Aula de teoria geral das obrigações

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Aula de teoria geral das obrigações
Histórico do Direito Obrigacional.
 O direito obrigacional nasce da forma como nós entendemos hoje com os códigos napoleônicos que buscavam uma unificação jurídica das obrigações, o que proporcionava o desenvolvimento das relações obrigacionais e com isso a prosperidade comercial e consequente desenvolvimento social tratando todos de maneira igual. 
 Nesse momento histórico o código napoleônico foi um grande avanço para o direito obrigacional. Ocorre que com a revolução industrial esses vínculos obrigacionais ficaram cada vez mais complexos e específicos, o que acarretou na necessidade de uma intervenção estatal nessas relações que visavam evitar o abuso de poder.
Elementos do Vínculo Obrigacional
Fontes do direito Obrigacional
1. A Lei – Será uma das principais fontes do Direito estando classificada como uma fonte primária e imediata. ex: imposto de renda. 
2. Ato ilícito – (186, 187, 188 cc). Esta fonte será mediata e nascera nos termos do art. 186 do CC, de uma ação ou de uma omissão praticada de forma voluntária, negligência ou em virtude de uma imprudência, fazendo nascer uma obrigação de reparar o dano causado a outrem. Ex: acidente de carro (causado em virtude de uma imprudência). Gerando assim uma obrigação de ressarcir outrem.
3. Contratos - Os contratos serão a maior fonte do direito obrigacional e serão formados mediante a vontade das partes que livremente estabelecerão os limites daquela obrigação, uma vez que os contratos obedecem alguns princípios como o da autonomia privada e o da força obrigatória dos contratos.
*Fontes que dependem da vontade das partes, os contratos são o maior gerador do dir. obrigacional, como por exemplo: os contratos de prestação de serviço e de compra e venda. (fonte voluntária) – nós escolhemos fazer um contrato. 
4. Atos unilaterais – (art. 854 ao 860 do CC) No direito civil teremos três atos unilaterais que irão criar obrigações, sendo o primeiro deles: promessa de recompensa (art. 854 ao 860).
 A promessa de recompensa se caracterizará pelo preenchimento de alguns requisitos, sendo que o primeiro deles será a obrigatoriedade de uma oferta pública.
 O segundo requisito será quanto aos sujeitos que está oferta se destinará, uma vez que estes deverão ser indeterminados. Vale destacar, que se a oferta for feita a uma pessoa determinada estará caracterizado a prestação de um serviço. 
 Poderá ocorrer a revogação da promessa de recompensa, desde que a parte que a tenha feito dê a mesma publicidade para revogação.
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Gestão de negócios, art. 861 a 875 CC.
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3. Do pagamento indevido, art. 876 a 883 CC – O pagamento indevido irá gerar dois tipos de ações: 
1. Ação de repetição de indébito
2. Ação de enriquecimento sem causa.
Vale destacar que para entrar com uma ação de repetição de indébito será necessário á configuração de um vínculo entre as partes (um vinculo jurídico), diferentemente do que ocorrerá com a ação de enriquecimento sem causa, onde não se configurara nenhuma espécie de vínculo jurídico. 
No caso de ação de repetição de indébito, poderá ser cobrado o pagamento em dobro nos termos do art. 940 CC. 
Estudar o art. 940 CC, que irá tratar das situações em que o pagamento deverá ser feito em dobro. – Caberá a repetição de indébito nas situações em que o pagamento for feito a pessoa errada ou nos casos da não existência ou nos casos em que a dívida não existir, uma vez que ela já esta paga.
Nesses casos deverá ser comprovado o pagamento errado.
- Situações em que não caberá a ação de repetição de indébito:
1. Quando o objeto for ilícito. Art. 883 CC. 
2. Obrigações naturais. Art. 882 CC.
3. Empréstimo para jogo
Ação de enriquecimento sem causa, Art. 884 a 886 CC.
1. Essa ação será usada nos casos de um enriquecimento do credor e um empobrecimento do devedor.
2. Será usada também nas situações em que não se configura uma relação jurídica, ou seja, nada foi pactuado entre o credor e o devedor.
3. A ação de enriquecimento sem causa, no que tange a uma cobrança indevida deverá ser proposta no prazo de 3 anos da cobrança.
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Da de teorização.
Vale ressaltar que a de teorização é a perda do valor originário do objeto, e poderá ocorrer de duas maneiras;
 
1. Sem culpa do devedor art. 235 CC – resolve a obrigação 
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Aceita a coisa como ela está (pede abatimento).
2. Com culpa do devedor art. 236 CC – resolve a obrigação mais perdas e danos.
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Aceita a coisa como está + perdas e danos.
 Do dever de restituir - LER O ARTIGO 338 CC
1. Dar coisa incerta (art.243 a 246 do CC). É aquela que será definida pelo seu gênero e sua quantidade. Vale destacar que a escolha da qualidade do objeto caberá ao devedor que não poderá fornecer um objeto de valor muito inferior ao praticado no mercado e nem será obrigado a dar o objeto de valor muito superior ao praticado no mercado.
2. Obrigação de fazer (art.247 a 249 CC). No que diz respeito ás obrigações de fazer, identificamos dois tipos; 
As obrigações de fazer algo fungível: que serão aquelas que poderão ser executadas por qualquer pessoa.
As obrigações de fazer algo infungível: serão aquelas obrigações personalíssimas, só podem ser executadas pelo devedor, podendo o juiz inclusive estabelecer multa diária para a sua execução em caso de descumprimento.
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Quanto á execução
1. Sem urgência: dependerá de decisão judicial.
2. Com urgência: não dependerá de decisão judicial. (Parágrafo 1˚, do art. 249 CC)
3. Obrigação de não fazer (art. 250 a 251 CC): Será aquela obrigação negativa e personalíssima, ou seja, infungível. Em que uma pessoa promete absterce da prática de um ato.
Infungível – é único
Fungível – substituível 
A obrigação e um vinculo pessoal e juridico que confere a uma das partes (sujeito ativo) o direito de exigir o comprimento de uma prestação que podera ser positiva ou negativa.
É uma relação transitória 
Art 233 do cc ate 420 
Prestação positiva 
Elementos do vínculo obrigacional 
1 Sujeitos 
2 material
3 imaterial
1 elementos subjetivos também conhecida como as partes daquela relação. Serão 2 os sujeitos do vínculo obrigacional, o credor (sujeito ativo) e o devedor (sujeito passivo). 
Elemento material também conhecido como o objeto daquela relação obrigacional, ou seja, é aquilo que se prometeu. Este objeto se transformará em uma obrigação de dar, fazer ou não fazer. 
3 elemento imaterial ou mediato que será o vínculo jurídico entre as partes. Este vínculo jurídico podera nascer com a vontade das partes podendo neste caso ser unilateral como por exemplo o contrato de doação ou bilateral os contratos em geral. A segunda forma de nascimento do vínculo obrigacional sera o ato ilícito como por exemplo nos casos de um acidente de trânsito em que o responsável sera obrigado a indenizar a vítima . 
4 lei 
Imposto de renda
Tributos
E por fim o vínculo jurídico poderá nascer da lei como por exemplo nos casos de pagamento de imposto de renda podera nascer da lei. 
A pessoa jurídica assim como a natural integraram os elementos subjetivos poderam integrar o vínculo obrigacional. Estes sujeitos poderam ser determinados ou indeterminados. 
Os sujeitos determinados serão aqueles que facilmente serão identificados diferentemente dos sujeitos indeterminados em que uma das partes daquele vínculo obrigacional não será identificado em um primeiro momento. 
Observação 2 
O elemento objetivo poderá ser negativo ou positivo. Será negativo quando me for exigido uma omissão por parte do devedor e será positivo quando exigir uma ação (dar ou fazer). Este objeto poderá ser direto, que é a própria prestação em si ou indireto que será a própria coisa o bem.
Obrigação 3 
O final da obrigação poderá ocorrer de duas formas são elas: o adimplemento e o inadimplemento. 
Fontes das obrigações 
Lei, sera uma das principais fontes do direito, estando classificada como uma fonte primária e imediata. Exemplo: imposto de renda 
O ato ilícito, fonte mediata do direito
Arts. 186,187 e 188 
Ato ilícito, esta fonte será mediata e nascera nos termos do art 186 do cc de uma ação ou uma omissão praticada de forma voluntária, negligência ou em virtude de uma imprudência, fazendo nascer uma obrigação de reparar o dano causado a outrem. 
3 contratos
Obrigações de dar
Serão divididas em dar coisa certa e dar coisa incerta 
233 a 242 do código civil - coisa certa
 243 e seguintes do código civil - coisa incerta 
Vale destacar que as obrigações de dar coisa certa, o seu objeto deverá apresentar três características, o gênero, a quantidade e a qualidade diferentemente das obrigações de dar coisa incerta em que serão caracterizadas pelo gênero e quantidade. 
Perda do objeto sem culpa antes da tradição 
Tradição é a entrega da coisa. 
Depois que ocorre a tradição, a pessoa que recebe o objeto, é a responsável pelo objeto.