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AO JUÍZO DA __ DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DA COMARCA DE BALNEÁRIO CAMBORIÚ. PALOMA NASCIMENTO, brasileira, solteira, portadora do RG ..... e inscrita no CPF sob o nº...., residente e domiciliada na...., devidamente representada por seu advogado que esta subscreve, vem com todo respeito, à presença de Vossa Excelência, com espeque nos Arts. 5º, V e X, da Constituição Federal; Art. 186, 927 e 944, todos do Código Civil e Art. 14 do CDC, propor AÇÃO DE REPARAÇÃO DE DANOS Em desfavor de PG LTDA, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ nº ............., com sede na ..............., pelas razões de fato e de direito abaixo delineadas: 1) DA JUSTIÇA GRATUITA Consoante o disposto nas Leis 1.060/50 e 7.115/83, o requerente declara para os devidos fins e sob as penas da lei, ser pobre, não tendo como arcar com o pagamento de custas e demais despesas processuais sem prejuízo do próprio sustento e de sua família pelo que requer os benefícios da justiça gratuita. Comprovantes anexos. 2) DA AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO Opta-se pela realização de audiência conciliatória, requerendo desde já citação da Requerida, por carta (CPC, art. 247, caput), ou por citação eletrônica, instando-a a comparecer à audiência. 3) RESUMO DOS FATOS A Autora comprou passagens aéreas com destino a Nova York, com o fim de realizar um curso programado para o dia 30 de outubro de 2023, porém realizou a compra das passagens para chegada em Nova York em 28 de outubro de 2023, para que pudesse descansar e realizar uma prova agendada antes daquele curso. Entretanto, por negligência e má prestação de serviço da empresa aérea, o voo foi cancelado, Paloma ficou mais de 6 hs para a empresa a encaminhasse para um hotel e por fim, após 48 hs de atraso, a passageira conseguiu embarcar em um voo para o destino pretendido. Ocorre que após 48 horas de atraso, a Autora chegou ao seu destino super atrasada, não havendo a possibilidade dela realizar a prova que era um dos requisitos para a realização do curso, restando assim frustrada toda a sua viagem. Diante do quadro fático ora narrado, é notório que os préstimos ofertados pela Ré foram extremamente deficitários, ocasionando, sem sombra de dúvidas, danos à Autora. Tal proceder gerou sentimentos de desconforto, constrangimento, aborrecimento e humilhação decorrentes dos atrasos nos voos. É a breve síntese. 4) DOS FUNDAMENTOS JURÍDICOS. A relação contratual é claramente de consumo. Nessas circunstâncias, a responsabilidade dos fornecedores, em decorrência de vício na prestação do serviço, é objetiva, nos termos do art. 14 do CDC. A Autora reúne todos os requisitos de consumidora, aqui hipossuficiente, onde o ônus da prova se reverte numa obrigação da Ré, ora fornecedora, portanto, a relação jurídica aqui presente tem por base a responsabilidade objetiva. No que tange aos danos morais e materiais, o Art. 737 do Código Civil assim dispõe: “O transportador está sujeito aos horários e itinerários previstos, sob pena de responder por perdas e danos, salvo motivo de força maior.” Assim sendo, a partir do momento que o contrato de prestação de serviços foi pactuado com hora, data e lugar determinado, a empresa Ré tem a obrigação de cumpri-lo, caso contrário entende-se que o presente contrato restou rescindido com todos os seus efeitos, inclusive os indenizatórios que aqui proclama. 5) DOS PEDIDOS Assim sendo, pedir e requerer a Vossa Excelência, a citação da Ré, via postal ou por meios eletrônicos, para, querendo, oferecer sua contestação oportunamente, sob pena de serem considerados verdadeiros os fatos alegados, esperando que ao final o pedido inicial seja julgado procedente, condenando-se a ré a: a) Indenizar a parte autora em danos morais, em função de todo o transtorno suportado pela parte demandante, no valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais) ou em valor superior a ser estipulado por esse MM. Juízo. b) Requer a inversão do ônus da prova, como previsto no artigo 6º, VIII, do Código de Defesa do Consumidor – CDC, e a condenação da demandada em custas processuais e honorários advocatícios. c) Por derradeiro, informa que tem interesse na audiência de conciliação e/ou de mediação. Protesta provar por todos os meios de prova admitidos em direito. Dá-se a causa o valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais) Nestes termos, pede deferimento. Brasília, 25 de outubro de 2023. Adevandro OAB-DF
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