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Fornecimento de Tensão Secundária

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FORNECIMENTO DE TENSÃO 
SECUNDÁRIA DE DISTRIBUIÇÃO
2
Renato Kazuo Miyamoto
São Paulo
Platos Soluções Educacionais S.A 
2022
FORNECIMENTO DE TENSÃO SECUNDÁRIA 
DE DISTRIBUIÇÃO
1ª edição
3
2022
Platos Soluções Educacionais S.A
Alameda Santos, n° 960 – Cerqueira César
CEP: 01418-002— São Paulo — SP
Homepage: https://www.platosedu.com.br/
Head de Platos Soluções Educacionais S.A
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Conselho Acadêmico
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Mariana Gerardi Mello
Nirse Ruscheinsky Breternitz
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Coordenador
Mariana Gerardi Mello
Revisor
Charles William Polizelli Pereira
Editorial
Beatriz Meloni Montefusco
Carolina Yaly
Márcia Regina Silva
Paola Andressa Machado Leal
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)_____________________________________________________________________________ 
 Miyamoto, Renato Kazuo
Fornecimento de tensão secundária de distribuição / 
 Renato Kazuo Miyamoto. – São Paulo: Platos Soluções 
 Educacionais S.A., 2022. 
 44 p.
ISBN 978-65-5356-266-0
 1. Tensão secundária de distribuição. 2. Diagramas de 
entrada de serviço. 3. Níveis de tensões admissíveis. 
I. Título. 
3. Técnicas de speaking, listening e writing. I. Título. 
CDD 621.319
_____________________________________________________________________________ 
 Evelyn Moraes – CRB: 010289/O
M685f 
© 2022 por Platos Soluções Educacionais S.A.
Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida ou 
transmitida de qualquer modo ou por qualquer outro meio, eletrônico ou mecânico, incluindo 
fotocópia, gravação ou qualquer outro tipo de sistema de armazenamento e transmissão de 
informação, sem prévia autorização, por escrito, da Platos Soluções Educacionais S.A.
https://www.platosedu.com.br/
4
SUMÁRIO
Apresentação da disciplina __________________________________ 05
Definições Gerais e Terminologia ____________________________ 07
Condições de fornecimento de energia ______________________ 17
Características das entradas de serviço ______________________ 28
Segurança nas instalações elétricas __________________________ 39
FORNECIMENTO DE TENSÃO 
SECUNDÁRIA DE DISTRIBUIÇÃO
5
Apresentação da disciplina
Para realizar atividades rotineiras do nosso cotidiano, dependemos 
da energia elétrica. Por exemplo, ao acender uma iluminação artificial 
em nossa casa, ou ao carregar nosso aparelho celular, ou ao tomar um 
banho quente no chuveiro elétrico, precisamos de eletricidade. Desse 
modo, um conjunto de etapas acontece para que a energia elétrica saia 
da usina geradora e chegue a nossas residências, o consumidor final.
Essas etapas podem ser divididas em geração, transmissão e distribuição 
pertencentes ao sistema elétrico de potência. Na etapa de geração, no 
Brasil majoritariamente de fontes hidráulicas, ocorre a conversão de 
energia cinética em eletricidade, com níveis de tensão de saída entre 6 e 
25kV. Já na etapa de transmissão, ocorre a elevação dos níveis de tensão 
para 138kV a 765kV para o transporte até os consumidores. 
Por fim, na etapa de distribuição, os níveis de tensão são abaixados e 
direcionados aos consumidores. Existem dois tipos de distribuição: i) as 
redes primárias operam em média tensão, geralmente 34,5kV, 23,1kV 
ou 13,8kV, a depender da concessionária de fornecimento de energia 
elétrica; e ii) as redes secundárias são conectadas às redes primárias 
por transformadores de distribuição. No Brasil, geralmente esses 
transformadores encontram-se nos postes das redes aéreas e possuem 
tensões de saída padronizadas de 220V/127V ou 380V/220V. 
Nesse contexto, a disciplina Fornecimento de tensão secundária de 
distribuição aborda a conceituação do fornecimento de energia na 
rede secundária de distribuição. Para isso, são estudadas as principais 
terminologias e as definições sobre o fornecimento de energia às 
unidades consumidoras. 
6
Ainda, serão estudados os aspectos relacionados às características 
das entradas de serviço, dos sistemas de medição e dos ramais 
alimentadores. Adicionalmente, serão analisados diagramas de entradas 
de serviço e feitas as considerações necessárias em projetos de acordo 
com as normativas técnicas. Também falaremos das entradas de 
serviço para os consumidores primários. Por fim, estudaremos sobre as 
normativas de segurança em instalações elétricas e sobre os sistemas de 
aterramento, para que seja possível uma análise funcional de sistemas 
de fornecimento de tensão secundária de distribuição em conjunto com 
a garantia da segurança das instalações e das pessoas envolvidas nesse 
processo.
Bons estudos!
7
Definições Gerais 
e Terminologia
Autoria: Renato Kazuo Miyamoto
Leitura crítica: Charles William Polizelli Pereira
Objetivos
• Apresentar as terminologias utilizadas no 
fornecimento de tensão secundária de distribuição.
• Compreender as terminologias e definições do 
sistema de distribuição secundário.
• Compreender sobre o fornecimento de energia 
elétrica em baixa tensão.
8
1. Sistema de Distribuição Secundário
O Sistema Elétrico de Potência (SEP) é constituído de três etapas, a saber: 
geração, transmissão e distribuição de energia. A etapa de geração, no 
Brasil, ocorre majoritariamente através de fontes hidráulicas. Segundo 
a Empresa de Pesquisa Energética (EPE, 2021), aproximadamente 62,5% 
da oferta interna de energia é gerada por hidrelétricas. Nessa etapa, as 
tensões de saída nos geradores estão definidas entre 6 e 25kV.
A etapa de transmissão é responsável pelo transporte de energia 
elétrica entre a geração e os consumidores. De modo a promover uma 
viabilidade financeira, a transmissão ocorre em níveis elevados de 
tensão, geralmente definidos entre 138kV e 765kV (CREDER, 2021). Por 
fim, a etapa de distribuição inicia-se na subestação abaixadora e inclui o 
atendimento dos consumidores (cidades, bairros, indústrias), conforme 
apresentado na Figura 1.
O sistema de distribuição é subdividido em distribuição primária e 
secundária. As redes primárias operam em média tensão, geralmente 
34,5kV, 23,1kV ou 13,8kV, a depender da concessionária de fornecimento 
de energia elétrica. A título de curiosidade, as indústrias geralmente são 
atendidas em 34,5kV. Já as redes secundárias são conectadas às redes 
primárias por meio de transformadores potenciais de distribuição. No 
Brasil, geralmente esses transformadores encontram-se nos postes das 
redes aéreas e possuem tensões de saída padronizadas de 220V/127V 
ou 380V/220V, com circuitos que compreendem algumas centenas de 
metros (NISKIER; MACINTYRE, 2019).
9
Figura 1 – Esquema simplificado de um sistema elétrico.
Fonte: elaborada pelo autor.
Na Figura 1, temos:
• G: trata-se de um gerador (ex.: um gerador síncrono conectado a 
uma turbina hidráulica ou a vapor).
• T-1: trata-se de um Transformador Potencial (TP) do tipo elevador 
de tensão.
• LT: trata-se de uma Linha de Transmissão de energia, responsável 
pelo transporte da energia aos centros consumidores.
• T-2: trata-se de um Transformador Potencial (TP) abaixador (ou 
uma subestação abaixadora).
• DP: trata-se do sistema de Distribuição Primária (em média 
tensão).
• T-3 e T-4: trata-se de Transformadores Potenciais (TPs) de 
distribuição, utilizados para a adequação em fornecimento para 
baixa tensão.
• DS: trata-se do sistema de Distribuição Secundária de energia 
elétrica.
10
As redes de distribuição secundária podem ser implementadas em 
duas topologias: radial ou malha. Em termos gerais, a construção inicial 
das redes é realizada em malhas. Assim, conforme ocorre o aumento 
da demanda de cargas, são alocados novos transformadores de 
distribuição. Nesses casos, essas redes são convertidas em topologias de 
redes radiais (NERY, 2019).
Ainda, salienta-se que as redesde distribuição secundárias, ao contrário 
das subestações e das redes primárias, não contam com recursos de 
manobra de cargas para casos de contingência. Embora existam redes 
reticuladas para atendimento a essas situações, instaladas em São 
Paulo, no Rio de Janeiro e em Curitiba, essa solução torna-se dispendiosa 
(CREDER, 2021).
Para que seja possível uma análise mais aprofundada do sistema de 
fornecimento secundário de energia elétrica, é necessário conhecer 
sobre as suas terminologias e definições, como veremos a seguir.
1.1 Terminologia e definições
Para compreender as características do fornecimento secundário de 
energia elétrica, os termos e padrões utilizados neste material estão 
pautados na Resolução n. 414/2010 da ANEEL (Agência Nacional de 
Energia Elétrica), que dispõe sobre as condições de fornecimento de 
energia elétrica; na NBR5410 da ABNT (Associação Brasileira de Normas 
Técnicas), que dispõe sobre as Instalações elétricas de baixa tensão; 
na NTC 901100 da COPEL (Companhia Paranaense de Energia Elétrica), 
que dispõe sobre os padrões de fornecimento em tensão secundária 
de distribuição; e na RECON-BT da Light (Empresa de distribuição 
de energia do Rio de Janeiro), que dispõe sobre as condições de 
fornecimento de acordo com a Resolução n. 1000/2021 da ANEEL.
Assim, salienta-se que, para a realização de um projeto, é necessário 
realizar uma consulta aos padrões da distribuidora local de 
11
fornecimento de energia elétrica. A distribuidora documenta em suas 
normas técnicas as regras para definir se a distribuição de energia 
elétrica (primária ou secundária) deve ocorrer por ligação monofásica, 
bifásica ou trifásica, considerando a carga instalada, a rede de 
distribuição existente, o fator de demanda, entre outros fatores (ANEEL, 
2012; NISKIER; MACINTYRE, 2019).
Ainda, em algumas condições, o fornecimento deve ocorrer a partir de 
uma unidade transformadora instalada no limite interno da propriedade 
ou em via pública (RECON-BT, 2022; COPEL, 2020). O Quadro 1 apresenta 
as principais terminologias e definições para o fornecimento de tensão 
secundária de distribuição (COPEL, 2020; ANEEL, 2012).
Quadro 1 – Terminologias e definições
Terminologia Definição
Consumidor
Pessoa de caráter físico ou jurídico que solicita o fornecimento de 
energia elétrica e assume as responsabilidades sobre o pagamento 
das faturas e as obrigações contratuais e regulamentares.
Unidade consumidora 
(UC)
Um conjunto de instalações constituído de ramal de entrada, equipa-
mentos elétricos, condutores e acessórios que recebe energia elétri-
ca em um ponto de entrega, com medição individualizada. 
Entrada de serviço 
(ES)
Um conjunto de instalações (materiais, equipamentos e acessórios) 
situado entre a rede de distribuição da concessionaria de energia e 
o disjuntor da unidade consumidora.
Agrupamento de UC Um grupo de UC em um mesmo terreno, locado em um único ponto 
de entrega. 
Ponto de entrega 
O limite entre as instalações da distribuidora de energia e a unidade 
consumidora, ou seja, trata-se do limite da responsabilidade do for-
necimento.
Ramal de ligação As instalações (condutores e acessórios) entre o ponto de entrega e 
o ponto de conexão à rede da distribuidora.
Ramal de entrada
As instalações (condutores, acessórios e equipamentos) entre o 
ponto de entrega e a proteção do consumidor, ou seja, o ramal entre 
a caixa de medição e o quadro de distribuição da edificação.
12
Limite da propriedade
As delimitações entre a propriedade do consumidor e a via pública 
ou outras propriedades. Essa designação é determinada pelo poder 
público.
Recuo técnico 
A distância entre a parte externa da edificação e os alinhamentos 
horizontais. Esse recuo é utilizado para a instalação da caixa de me-
dição e proteção geral. Para os casos de entrada coletiva, é utilizado 
para a instalação do painel de medidores.
Sistema de 
aterramento
Um conjunto de condutores e acessórios destinados à proteção em 
malha de aterramento.
Declaração de cargas A totalidade das potências nominais de todos os equipamentos e 
sistemas de iluminação instalados em uma UC, informada em kW.
Fonte: adaptado de Copel (2020, p. 2); Creder (2021, p. 275).
A NBR5410 (ABNT, 2004) define os limites de fornecimento em Baixa 
Tensão (BT) para tensões alternadas compreendidas até 1000V com 
frequência de até 400Hz. No Brasil, as tensões mais usuais são 220/127V, 
230/115V e 380/220V em 60Hz (ABNT, 2004). Nesse sentido, destaca-se a 
importância de conhecer sobre as condições de fornecimento de energia 
elétrica em baixa tensão.
1.2 Fornecimento de energia elétrica em BT
Quando o consumidor for realizar uma ligação em baixa tensão, até 
75 kW, a concessionária deve dispor de um transformador. Para os 
casos em que a potência instalada for superior a 75kW, o consumidor 
é responsável pela aquisição do transformador, podendo variar de 
acordo com a região. O referido fornecimento de energia pode ser para 
entradas individuais ou coletivas. A Figura 2 ilustra um detalhe de uma 
entrada individual subterrânea.
13
Figura 2 – Detalhe de um ramal de ligação subterrâneo.
Fonte: Niskier e Macintyre (2019, p. 29).
Observa-se na Figura 2 o eletroduto subterrâneo para o ramal de ligação 
com o fornecimento pela concessionária, bem como a caixa de medição 
com vista para frente da via pública. A caixa para aterramento com haste 
cobreada de 2,4 m é um item obrigatório definido pelos critérios de 
segurança em instalações elétricas estabelecidos pela NR10 (CREDER, 
2021).
A Figura 3(a) ilustra um detalhe para uma entrada individual aérea, 
com ancoramento em poste particular. Observa-se a presença da caixa 
para aterramento (obrigatório), e a altura para a instalação da caixa 
de medição deve estar compreendida entre 1,35 e 1,65m. O poste, a 
caixa e o disjuntor devem ser homologados pela concessionária de 
fornecimento de energia elétrica (COPEL, 2020). Um pingadouro deve 
ser instalado para o fornecimento aéreo, fixado na extremidade do 
eletroduto de descida, de modo a evitar a queda de impurezas e de água 
14
na tubulação, conforme ilustra a Figura 3(b). A distância entre o ponto de 
fixação do ramal de ligação e o pingadouro deve estar entre 0,5 e 0,9 m.
Figura 3 – Ramal de ligação aéreo: (a) Vista lateral; 
 (b) Detalhe do ramal.
Fonte: Niskier e Macintyre (2019, p. 29); Copel (2020, p. 86).
Do mesmo modo que o sistema de entrada, a saída pode ser 
subterrânea ou aérea. Os componentes da instalação, como os 
condutores, os eletrodutos e os dispositivos de proteção, devem 
ser projetados de acordo com a normativa NBR 5410, respeitando 
os padrões de segurança estabelecidos pela NR10. A solicitação 
de fornecimento deve ser realizada após a consulta às diretrizes 
estabelecidas pela concessionária, de modo a obter as condições do 
atendimento para o tipo de entrada (aéreo ou subterrâneo), o nível de 
tensão e outras características necessárias para a apresentação de um 
projeto de instalação de entrada (CREDER, 2021).
15
1.3 Apresentação de projeto de entrada de energia
Um projeto de entrada de energia contempla um estudo de viabilidade, 
documentado em um memorial descritivo. No referido documento, 
realiza-se a análise da carga instalada e da demanda de energia de 
acordo com o ramo de atuação (comércio, indústria, residência) para a 
posterior solicitação de fornecimento na concessionária. Assim, pode-se 
realizar a solicitação sob as seguintes situações (RECON-BT, 2022):
• Para novas ligações e/ou alterações de carga de até 15kW: não 
há a obrigatoriedade de apresentação de ART (Anotação de 
Responsabilidade Técnica) em entradas individuais exclusivamente 
residenciais, em baixa tensão (220/127V), monofásicas e 
polifásicas, localizadas em regiões urbanas.
• Para novas ligações e/ou alterações de carga de até 15kW: há a 
obrigatoriedade de apresentação de ART em entradas individuais 
não residenciais, em baixa tensão (220/127V), monofásicas e 
polifásicas, localizadas em regiões urbanas.• Para novas ligações e/ou alterações de carga superior a 15kW: há 
a obrigatoriedade de apresentação de ART e de projeto elétrico da 
entrada.
• Para novas ligações e/ou alterações de carga para entradas 
coletivas: há a obrigatoriedade de apresentação de e de projeto 
elétrico da entrada.
Os projetos elétricos de entrada devem dispor das seguintes 
informações: i) tensão de fornecimento requerida; ii) diagrama 
unifilar; iii) quadro de cargas; iv) análise de demanda; v) planta baixa 
com os detalhes construtivos do centro de medição, caixas, painéis, 
passagens, eletrodutos e aterramento; e vi) características técnicas dos 
equipamentos e materiais.
16
Os condutores de aterramento do neutro e de proteção devem ser de 
cobre e o dimensionamento deve seguir a seção mínima dos condutores 
do ramal de entrada. Ainda, a proteção mecânica no trajeto de ligação 
entre o neutro da concessionária (dentro da caixa de medição) até a 
haste de aterramento deve ser realizada por eletroduto de PVC rígido. A 
conexão entre esses elementos deve ser realizada através de conectores 
fabricados com materiais não ferrosos, a fim de evitar processos 
corrosivos (NISKIER; MACINTYRE, 2019).
Neste Tema foi possível abordar as características do sistema de 
distribuição secundário e suas condições gerais de fornecimento. 
Destaca-se a importância do conhecimento técnico e específico sobre 
os procedimentos e o funcionamento do fornecimento de tensão 
secundária de distribuição.
Referências
ABNT. Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR5410: Instalações elétricas de 
baixa tensão. Rio de Janeiro: ABNT, 2004.
ANEEL. Agência Nacional de Energia Elétrica. Resolução Normativa 414/2010: 
atualizada até a REN 499/2012. Brasília: ANEEL, 2012.
COPEL. Companhia Paranaense de Energia. Normas Técnicas COPEL – 
Fornecimento em Tensão Secundária de Distribuição: NTC 901100. Curitiba: 
Copel Distribuição, 2020.
CREDER, H. Instalações Elétricas. 16. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2021.
EPE. Empresa de Pesquisa Energética. Balanço Energético Nacional 2021: Ano 
base 2020. Rio de Janeiro: EPE, 2021.
NERY, N. Instalações Elétricas: princípios e aplicações. 3. ed. São Paulo: Érica, 2019.
NISKIER, J.; MACINTYRE, A. J. Instalações Elétricas. 6. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2019.
RECON-BT. Entradas individuais e coletivas: regulamentação para fornecimento 
de energia elétrica a consumidores em baixa tensão. Rio de Janeiro: Light, 2022. 
17
Condições de fornecimento 
de energia
Autoria: Renato Kazuo Miyamoto
Leitura crítica: Charles William Polizelli Pereira
Objetivos
• Apresentar os aspectos gerais relacionados ao 
fornecimento de tensão secundária de distribuição.
• Compreender sobre os tipos de fornecimento de 
energia elétrica.
• Compreender sobre as características do ponto de 
entrada de serviço.
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1. Aspectos relacionados ao 
fornecimento de energia
O fornecimento de energia elétrica no sistema secundário de 
distribuição ocorre em quatro modalidades: i) nova ligação – para 
situações destinadas a uma nova unidade consumidora; ii) aumento de 
carga – para situações em que, devido ao aumento de carga almejada 
pelo cliente, faz-se necessário o acréscimo do número de fases para 
a alimentação da unidade consumidora; iii) ligação provisória em 
obras – para situações de fornecimento temporário (não definitivo) 
por um tempo determinado, como em obras ou eventos; e iv) reforma 
– para situações em que são necessárias adequações de entrada 
de uma unidade consumidora, seja por solicitação do cliente ou da 
concessionária de energia elétrica (NISKIER; MACINTYRE, 2019).
O tipo de fornecimento em baixa tensão depende das normas técnicas 
e dos critérios estabelecidos pela concessionária de fornecimento de 
energia, que leva em consideração a demanda máxima prevista de carga 
pela unidade consumidora. O fornecimento pode ser realizado como 
segue (CREDER, 2021; COPEL, 2020):
• Monofásico a dois fios, 127V, (1 fase e um neutro).
• Monofásico a três fios, 254/127V (duas fases e um neutro) – área 
rural em que se considera uma menor demanda energética.
• Bifásico a três fios, 220/127V (duas fases e um neutro).
• Trifásico a quatro fios, 220/127V (três fases e um neutro).
As características dos tipos de fornecimento serão discutidas no tópico a 
seguir.
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1.1 Tipos de fornecimento
O fornecimento de energia através da rede de distribuição ocorre em 
duas etapas: a primária e a secundária. A rede primária opera em média 
tensão (34,5kV, 23,1kV ou 13,8kV), com o objetivo de suprir uma área de 
atendimento mais abrangente. Já a rede secundária visa ao atendimento 
a um local específico (NERY, 2019). As referidas redes são conectadas 
entre si, por meio de transformadores de distribuição e assim percorrem 
os caminhos de distribuição, geralmente por vias aéreas, interligados a 
postes, similar ao ilustrado na Figura 1.
Figura 1 – Rede de distribuição secundária e conexão por postes.
Rede de distribuição 
secundária em baixa tensão: 
trifásica a quatro fios
Rede de distribuição 
primária em média tensão 
Fase A
Fase B
Fase C
Neutro
Transformador 
abaixador
Fonte: acervo do autor.
Conforme apresentado anteriormente, o fornecimento em baixa tensão 
(380V, 220V ou 127V) pode ocorrer a dois, três ou quatro fios. A partir da 
análise da Figura 1, observa-se uma parte de uma rede de distribuição 
secundária, que opera a quatro fios, trifásica, em que o condutor neutro 
se encontra na extremidade superior (definido por normativas técnicas). 
20
Ainda, salienta-se que o sistema de iluminação pública também opera 
conectado a essa rede (ANEEL, 2012).
Para o dimensionamento da entrada de serviço, devem ser considerados 
o número de fases, o disjuntor de proteção e os ramais de ligação e 
de entrada, em que as características são informadas por documentos 
técnicos de cada concessionária, como mostrado em um exemplo na 
Tabela 1 (COPEL, 2020).
Tabela 1 – Tabela para dimensionamento de entrada de energia
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8 63 1 2 M 10 16 16 32 16 19
11 50 2 3 B 10 10 10 32 10 19
14 63 2 3 B 10 16 16 32 10 19
19 50 3 4 T 10 10 10 32 10 19
24 63 3 4 T 16 16 16 32 16 19
30 80 3 4 T 16 25 25 40 16 19
21
38 100 3 4 T 16 35 35 40 16 19
48 125 3 4 T 25 50 50 60 25 25
57 150 3 4 T 35 70 70 60 35 25
67 175 3 4 T 50 95 95 75 50 25
76 200 3 4 T 50 95 **** 75 50 25
* M – Monofásico; B – Bifásico; T – Trifásico.
** Condutor em cobre com F e N, isolação PVC (70°C) e método de instalar B1, conforme a 
Tabela 33 da NBR 5410.
*** Condutor em cobre com F e N, isolação PVC (70°C) e método de instalar D, conforme a 
Tabela 33 da NBR 5410.
**** Somente permitido condutor com isolação EPR ou XLPE (90°C).
Fonte: adaptada de Copel (2021, p. 35).
Na Tabela 1, as dimensões estabelecidas para os condutores e 
eletrodutos seguem os critérios mínimos. Assim, para os casos em 
que as instalações exigirem, podem ser adotadas medidas superiores, 
seguindo os critérios estabelecidos pela NBR 5410 (ABNT, 2004). Ainda, 
para o ramal de entrada, o condutor neutro deve ser de mesma seção 
nominal do condutor da fase.
De acordo com a NBR 5410 (ABNT, 2004), o método de instalar B1 utiliza 
condutores isolados em eletroduto embutido na alvenaria. Já o método 
de instalar D, utiliza condutores unipolares ou multipolares isolados em 
eletroduto enterrado no solo, com proteção para no mínimo 1kV (COPEL, 
2020). Adicionalmente, devem ser previstos circuitos de proteção 
22
contendo disjuntores e um sistema de aterramento. Os disjuntores deproteção devem ser escolhidos considerando alguns aspectos, listados a 
seguir.
1.2 Proteção da entrada de energia elétrica
A entrada de energia elétrica deve dispor de dispositivos de proteção 
contra sobrecorrente, de modo a garantir efeitos de sobrecarga e curto-
circuito, e o dimensionamento deve estar em conformidade com a 
ABNT. A Tabela 2 apresenta a capacidade mínima de interrupção dos 
dispositivos de proteção de entrada de energia, considerando uma 
tensão de 220V (RECON-BT, 2022).
Tabela 2 – Capacidade mínima de interrupção
Condutor do 
ramal de en-
trada (mm²)
Sistema de fornecimento em baixa tensão (ramal 15 metros)
Aéreo Subterrâneo
Radial Radial Reticulado 
generalizado
Reticulado 
dedicado
6
5kVA
15kVA 15kVA
Ve
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25
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35
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70
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20kVA
30kVA 40kVA
120
150 40kVA
50kVA
185 50kVA
Fonte: adaptada de Niskier e Macintyre (2019, p. 41).
Para os agrupamentos de medição em que não se faz necessária 
a aprovação do projeto elétrico da entrada de energia, cabe ao 
consumidor e/ou responsável técnico a instalação de um dispositivo de 
proteção contra surtos (DPS). Nesse caso, o DPS deve ser dimensionado 
23
considerando os critérios da NBR 5410 e da NBR 5419 (NISKIER; 
MACINTYRE, 2019).
Sua instalação deve ser após a medição do disjuntor de proteção geral, 
preferencialmente na entrada do quadro de distribuição da edificação. 
Sua função está relacionada a promover a proteção das pessoas, das 
instalações e dos equipamentos contra tensões induzidas pelo lado 
primário das instalações. Nesse sentido, recomenda-se que cargas 
sensíveis disponham de relés para a interrupção de fornecimento de 
energia (CREDER, 2021).
1.3 Ponto de entrada de serviço individual
A entrada de serviço constitui-se de um conjunto de equipamentos e 
condutores interligados entre o poste de derivação e o ramal de entrada. 
Na Figura 2, a entrada de serviço está identificada como A-F para um 
ramal subterrâneo e como A-C para um ramal aéreo (COPEL, 2020).
Figura 2 – Esquema simplificado de entrada de serviço individual.
Fonte: Copel (2020, p. 42).
O ponto de entrada de serviço é definido como o limite para a entrada 
da energia na edificação. Na Figura 2, o ponto de entrada de serviço 
24
individual está identificado como D. Para entradas aéreas, há uma 
altura mínima exigida por norma. Assim, define-se uma altura de 5,5 
m para situações que envolvem a travessia de ruas, becos e garagens 
de caminhões; de 4,5 m para situações em que haja a entrada de 
estacionamento de automóveis e residências; e de 3,5 m para locais em 
que ocorra apenas travessia de pedestres (COPEL, 2020; ANEEL, 2012).
A entrada de serviço pode ser subterrânea ou aérea. Adicionalmente, a 
saída para o consumidor também pode utilizar uma dessas estratégias. 
A Figura 3 ilustra o fornecimento para a unidade consumidora individual, 
com entrada de serviço aérea, medição em muro frontal e saída 
subterrânea.
Figura 3 – Esquema de entrada aérea e saída subterrânea
Entrada aérea
Saída 
subterrânea 
Aterramento
Fonte: adaptada de Copel (2020, p. 76).
Na Figura 3, observa-se uma entrada trifásica a 4 fios, com as 
delimitações do pingadouro. A saída é do tipo subterrânea, e os 
25
eletrodutos e os condutores devem ser dimensionados de acordo com 
a NBR 5410. A haste de aterramento pode ser instalada na parte interior 
da propriedade.
A Figura 4 ilustra o fornecimento para a unidade consumidora individual, 
com entrada de serviço aérea, medição em muro frontal e saída aérea.
Figura 4 – Esquema de entrada aérea e saída aérea.
Entrada aérea
Saída aérea 
Aterramento
Fonte: Copel (2020, p. 42).
Para uma saída aérea, são utilizados condutores multiplex, roldanas de 
fixação e uma estrutura de subida com eletrodutos, similar à de entrada. 
Para uma saída subterrânea, são utilizados eletroduto embutido no piso 
ou na parede e condutores de cobre. De acordo com a Copel (2020) e 
RECON-BT (2022), a partir do ponto de entrega, são permitidos apenas 
26
condutores de cobre isolados, rígidos ou flexíveis. Em ramais com 
eletrodutos aparentes ou enterrados, admitem-se condutores isolados 
sem cobertura adicional.
Para as ligações trifásicas, deve ser adotado o sistema de identificação 
por cores, a saber: fase A – Cor amarela; fase B – Cor branca; e fase 
C – Cor vermelha. O condutor neutro deve ser isolado e identificado 
com a cor azul-claro, enquanto o condutor de aterramento deve ser 
identificado com a cor verde.
As fases são conectadas no ponto de entrega da rede de distribuição. 
Na caixa de medição, elas devem estar ligadas ao medidor, e o condutor 
neutro deve estar ligado ao aterramento. Na saída do medidor, as fases 
são conectadas a um disjuntor de proteção. Por fim, por meio de um 
eletroduto, os condutores fase, neutro e terra são ligados entre o padrão 
de entrada até o interior da edificação (CREDER, 2021).
Para a utilização de condutores flexíveis, a conexão entre o ramal de 
ligação e o de entrada deve ser realizada com terminal de compressão. 
Para a conexão entre o disjuntor e o medidor, devem ser utilizados 
terminais adequados com a seção do condutor. Para a utilização de 
condutores rígidos, não é obrigatória a utilização de terminal nessas 
conexões (ANEEL, 2012; COPEL, 2020, RECON-BT, 2022).
Os eletrodutos devem ser dimensionados conforme NBR5410 e 
podem ser de PVC rígido, aço galvanizado e dutos flexíveis em trechos 
enterrados ou embutidos. Quando a distância entre a medição e o 
ponto de entrada de serviço for superior a 15 m ou em situações em 
que houver mudança de direção dos dutos, é necessária a instalação 
de caixas de passagem, exclusivas para essa finalidade (ANEEL, 2012; 
COPEL, 2020, RECON-BT, 2022).
27
Neste Tema, estudamos sobre as características relacionadas ao 
fornecimento de energia em baixa tensão, bem como sobre os aspectos 
relacionados à proteção e ao ponto de entrada de serviço.
Referências
ABNT. Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR5410: Instalações elétricas de 
baixa tensão. Rio de Janeiro: ABNT, 2004.
ANEEL. Agência Nacional de Energia Elétrica. Resolução Normativa 414/2010: 
atualizada até a REN 499/2012. Brasília: ANEEL, 2012.
COPEL. Companhia Paranaense de Energia. Normas Técnicas COPEL – 
Fornecimento em Tensão Secundária de Distribuição: NTC 901100. Curitiba: 
Copel Distribuição, 2020.
CREDER, H. Instalações Elétricas. 16. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2021.
NERY, N. Instalações Elétricas: princípios e aplicações. 3. ed. São Paulo: Érica, 2019.
NISKIER, J.; MACINTYRE, A. J. Instalações Elétricas. 6. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2019.
RECON-BT. Entradas individuais e coletivas: regulamentação para fornecimento 
de energia elétrica a consumidores em baixa tensão. Rio de Janeiro: Light, 2022.
28
Características das 
entradas de serviço
Autoria: Renato Kazuo Miyamoto
Leitura crítica: Charles William Polizelli Pereira
Objetivos
• Apresentar os aspectos gerais relacionados ao 
fornecimento de tensão aos consumidores 
do Grupo A.
• Compreender sobre as entradas de serviço no 
sistema de distribuição.
• Compreender sobre as subestações conectadas ao 
sistema de distribuição.
29
1. Entradas de serviço no sistema 
de distribuição
O fornecimento de energia elétrica no sistema de distribuição ocorre em 
duas etapas: a primária e a secundária. As redes secundárias operam 
em níveis de baixa tensão para atendimento a locais específicos. Já 
as redes primárias operam em média tensão e são dedicados a áreas 
abrangentes e consumidores do grupo A, cuja tensão de fornecimento 
é superior a 2,3kV e cuja demanda é superior a 75kW (NISKIER; 
MACINTYRE, 2019).
Esses consumidores, geralmente industriais, demandam uma entrada 
de serviço conectada à rede de distribuição primária (34,1kV, 24,1kV 
ou 13,8kV). Nesses casos, há a necessidade de transformadores 
abaixadores ou de uma subestação consumidora (FILHO, 2018). Uma 
subestação é constituída por um arranjode equipamentos, condutores 
e transformadores empregados para adequação dos níveis de tensão 
utilizados no sistema de fornecimento. Uma subestação de consumidor 
é construída em propriedade particular, limitada a uma tensão de 69kV e 
conectada ao sistema de distribuição primário, conforme ilustra a Figura 
1.
O valor das cargas da unidade consumidora define a capacidade nominal 
da subestação ou do transformador individual. Sua localização depende 
da distribuição espacial do terreno do consumidor, sendo geralmente 
empregada próximo aos centros de carga. No entanto, devem ser 
observados os aspectos relacionados às dimensões necessárias, às áreas 
classificadas e ao fator econômico de implementação (CREDER, 2021).
30
Figura 1 – Sistema elétrico de potência: redes de distribuição
Fonte: Filho (2021, p. 2).
Os projetos nas redes de distribuição relacionados ao consumidor 
primário e as subestações consumidoras utilizam a normativa NBR 
14039 (ABNT, 2003). Os projetos e as instalações destinados ao 
consumidor secundário aplicam a NBR 5410 (ABNT, 2004; NISKIER; 
MACINTYRE, 2019).
A Figura 2 ilustra os elementos de entrada de serviço para uma unidade 
consumidora do Grupo A. Nela, a indicação A corresponde ao ponto de 
ligação, que vai do ramal de ligação aéreo até o ponto B (definido como 
ponto de entrega). Observa-se que o ponto de entrega é do tipo aéreo 
por meio de um poste particular. A concessionária de energia autoriza a 
utilização de entrada subterrânea (FILHO, 2021).
O ponto de entrada está ilustrado na indicação C. Na subestação do 
consumidor, há um transformador potencial, utilizado para a adequação 
31
dos níveis de tensão. Após a transformação, a medição em baixa tensão 
ocorre na indicação D (FILHO, 2018).
Para os trechos com passagem subterrânea, é necessário prever caixas 
de passagem de alvenaria ou concreto, com dimensões 80 x 80 x 80 cm. 
Ainda, para o dimensionamento dos condutores, deve-se considerar 
uma queda de tensão admissível de 5% no percurso entre o ponto de 
ligação (A) e o medidor no posto de transformação (D) (NERY, 2019).
Figura 2 – Entrada de serviço para consumidor do Grupo A.
Fonte: Filho (2018, p. 535).
Os tipos de subestações são escolhidos de acordo com as condições 
técnicas e econômicas, podendo ser classificados em: abrigados e 
ao tempo (CREDER, 2021). A seguir, estudaremos sobre as principais 
características das subestações de energia elétrica.
32
1.1 Subestações conectadas ao sistema de distribuição
As subestações de instalação interior são aquelas abrigadas do tempo, 
isto é, são instaladas no interior da propriedade, como em prédios 
residenciais, fábricas, entre outros. Para tal, podem ser em edificação 
de alvenaria ou por invólucro metálico. As construídas em alvenaria 
são mais comuns em aplicações industriais. Nesse tipo, há a divisão em 
compartimentos, denominados postos ou cabines, que desempenham 
uma função específica:
• Cabine de medição primária: local destinado à alocação de 
equipamentos auxiliares de medição, como transformadores de 
corrente e de tensão.
• Cabine de proteção primária: local destinado à alocação das chaves 
seccionadoras e dos dispositivos de proteção, como disjuntores e 
fusíveis.
• Cabine de transformação: local destinado à instalação dos 
transformadores de potência com barreiras incombustíveis e 
dispositivos de contenção para o caso de vazamento de óleo.
Ainda, deve ser previsto um sistema corta-chamas com barreira de 
proteção. As subestações podem ter diversas classificações, conforme 
estudaremos a seguir.
1.2 Classificação das subestações de energia elétrica
Existe uma diversidade de tipos de subestações, que são construídas de 
acordo com as características da carga, do espaço físico e dos benefícios 
econômicos. Por exemplo, a Figura 3 ilustra uma subestação externa ao 
nível do solo construída em alvenaria. Haveria a possibilidade de outras 
combinações, pois a subestação poderia ser interna, em plano elevado 
e construída em estrutura metálica. Adicionalmente, o ramal de entrada 
33
poderia ser do tipo subterrâneo (NISKIER; MACINTYRE, 2019; ABNT, 
2003).
Figura 3 – Vista frontal de uma subestação com ramal aéreo.
Fonte: Filho (2018, p. 545).
Na Figura 3, observa-se uma entrada do tipo aérea. Na infraestrutura 
de comunicação ao posto de medição, há buchas de passagem, para-
raios e uma proteção mecânica por eletroduto não magnético. No 
posto de medição, são utilizados transformadores de potencial (TP) 
e transformadores de corrente (TC) para a realização da leitura de 
consumo de energia. Na sequência, é necessário um posto de proteção, 
contendo disjuntores e chaves seccionáveis. Os postos de transformação 
são empregados para a adequação dos níveis de tensão, através da 
utilização de transformadores, dimensionados a partir da demanda de 
carga (FILHO, 2021). Há ainda a necessidade de uma ventilação, realizada 
a partir de telas aramadas.
As subestações podem ser classificadas de acordo com (FILHO, 2018):
34
• Alocação da construção: a construção pode ser do tipo abrigada 
(interna) ou desabrigada (externa). Em uma construção externa, há 
intempéries climáticas, como chuva, sol e descargas atmosféricas.
• Tipo de estrutura: a subestação pode ser construída em alvenaria 
ou em estrutura metálica. Geralmente, as em estrutura metálica 
são mais baratas, mas demandam sistemas de proteção mais 
robustos.
• Tipo do ramal de entrada: pode ser aéreo ou subterrâneo. A 
escolha leva em consideração as características da carga e da 
edificação.
• Posição: a subestação pode ser em plano elevado ou a nível do 
solo. A escolha depende do espaço físico disponível e da demanda 
de carga. Em uma subestação em plano elevado, o transformador 
é fixo em uma torre ou plataforma, geralmente de concreto 
armado.
A Figura 4 ilustra uma subestação de torre em poste único. De acordo 
com os critérios de classificação, trata-se de uma alocação externa, tipo 
alvenaria (considera-se a base), ramal aéreo e posição em plano elevado.
Observam-se na Figura 4 as dimensões admissíveis para a altura do 
poste, das chaves fusíveis e dos para-raios. Vale salientar que os critérios 
mínimos podem sofrer alterações de acordo com a concessionária de 
fornecimento de energia elétrica. Assim, o poste deve ser enterrado 
no mínimo 1700 mm, com altura entre o solo e a sua altura máxima de 
9300 mm. O posto de transformação deve ser instalado a 2500 mm da 
altura superior do poste, e sua alimentação deve possuir uma proteção 
por chaves fusíveis, isoladores e para-raios (FILHO, 2018; ABNT, 2003).
35
Figura 4 – Vista de uma subestação em poste com ramal aéreo.
Fonte: Filho (2018, p. 550).
Nas subestações, sob qualquer topologia, a quantidade de 
transformadores é definida de acordo com as características das cargas. 
Assim, é possível optar por um único transformador ou por vários 
transformadores operando em paralelismo (FILHO, 2018; NERY, 2019).
1.3 Distribuição das cargas
Em algumas instalações elétricas, é necessário dimensionar mais de 
um transformador para uma subestação, a fim de que, em eventuais 
falhas, não haja prejuízo total de fornecimento. Nesse sentido, os 
36
transformadores são conectados entre si por meio do secundário (NERY, 
2019).
Em termos gerais, para uma potência de até 500kVA, opta-se pelo 
emprego de um transformador, mas para potências superiores é 
conveniente a utilização de pelo menos dois transformadores em 
paralelo. A operação em paralelo eleva o custo de implementação, haja 
vista a necessidade de circuitos adicionais de proteção e de condutores. 
No entanto, essa atividade promove confiabilidade na distribuição 
(NISKIER; MACINTYRE, 2019).
Para os casos em que há a necessidade de mais de três 
transformadores, é necessário dimensionar um sistema de 
seccionamento para a interligação das cargas ligadas à barra 
de distribuição. Para que seja possível o serviço paralelo de 
transformadores, é necessário garantir alguns pontos (FILHO, 2021):
• A alimentaçãoprimária dos transformadores deve possuir as 
mesmas características elétricas.
• Os transformadores devem possuir o mesmo deslocamento 
angular.
• As tensões secundárias dos transformadores devem ser idênticas.
• Os fatores de potência devem ser iguais.
Se os transformadores em paralelo tiverem essas mesmas 
características, em teoria, teriam as cargas distribuídas uniformemente. 
Em termos práticos, considerando uma diferença de impedância ou 
potência entre os dispositivos, a carga se distribui diferentemente nos 
postos de transformação (CREDER, 2021).
A Figura 5 ilustra um paralelismo entre transformadores em barramento 
dividido. Nos casos de cargas em desequilíbrio, deve-se considerar 
37
uma distribuição de potência (carga) de modo a evitar ao máximo um 
desbalanço de fase. A ABNT (2013) estabelece que transformadores 
fabricados sob as mesmas características podem possuir uma diferença 
percentual de 0,5%± na relação de transformação; 7,5%± na impedância; e 
20,0%± na corrente a vazio (FILHO, 2018; ABNT, 2013).
Figura 5 – Barramento com transformadores em paralelo.
Fonte: Filho (2018, p. 557).
Adicionalmente, em alguns consumidores, ocorre a alocação de um 
sistema de geração de emergência para o suprimento de determinadas 
cargas. Assim, no instante em que ocorrer um distúrbio na rede elétrica, 
os geradores são interligados ao barramento de fornecimento das 
cargas que devem ser atendidas. Nesse instante, uma chave de manobra 
automática realiza essa ligação. Para tal, os condutores de saída do 
gerador devem possuir uma capacidade de corrente de no mínimo 
115% da corrente nominal da carga a ser atendida. O gerador deve estar 
em conformidade com o sistema de aterramento previsto na NR10 – 
Segurança em instalações e serviços em eletricidade.
38
Neste Tema, estudamos sobre as características relacionadas ao 
fornecimento de energia em média tensão para o atendimento aos 
consumidores do Grupo A. Ainda, aprendemos sobre as subestações 
conectadas ao sistema de distribuição e sua classificação.
Referências
ABNT. Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 5410: Instalações elétricas de 
baixa tensão. Rio de Janeiro: ABNT, 2004.
ABNT. Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 14039: Instalações elétricas 
em média tensão de 1,0kV a 36,2kV. Rio de Janeiro: ABNT, 2003.
ABNT. Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR16126: Projeto mecânico de 
transformadores e reatores para sistemas de potência. Rio de Janeiro: ABNT, 2013.
CREDER, H. Instalações Elétricas. 16. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2021.
FILHO, M. J. Instalações Elétricas Industriais. 9. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2018.
FILHO, M. J. Subestações de alta tensão. Rio de Janeiro: LTC, 2021.
NERY, N. Instalações Elétricas: princípios e aplicações. 3. ed. São Paulo: Érica, 2019.
NISKIER, J.; MACINTYRE, A. J. Instalações Elétricas. 6. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2019.
39
Segurança nas 
instalações elétricas
Autoria: Renato Kazuo Miyamoto
Leitura crítica: Charles William Polizelli Pereira
Objetivos
• Apresentar os aspectos gerais relacionados às 
normativas de segurança em instalações elétricas.
• Compreender sobre as ligações de aterramento em 
instalações elétricas.
• Compreender sobre as aplicações das normativas 
de segurança para o fornecimento de tensão 
secundária de distribuição.
40
1. Sistemas de aterramento nas 
instalações elétricas
O conceito de aterramento está relacionado à conexão de estruturas, 
instalações e equipamentos à terra, de modo a definir uma referência 
para a rede elétrica com a terra, em situações como: descargas 
eletrostáticas, correntes de descargas atmosféricas, correntes de 
supressores de surtos e correntes provenientes de defeitos em 
equipamentos (NISKIER; MACINTYRE, 2019). O objetivo do aterramento 
consiste, em casos de falhas ou descargas, em interligar eletricamente 
um condutor carregado em um percurso de baixa resistência até a terra, 
propiciando a menor diferença de potencial possível. Sua utilização 
engloba motivos de segurança ou exigências para o funcionamento de 
algum equipamento (NERY, 2019; MTE, 2019).
São considerados três tipos de aterramento (CREDER, 2021):
• Aterramento funcional: ligação à terra de um dos condutores 
de distribuição (geralmente o neutro), de modo a promover 
a confiabilidade, a segurança e o correto funcionamento das 
instalações, como previsto na NBR5410 (ABNT, 2004).
• Aterramento de proteção: ligação à terra de elementos condutores 
singular à instalação, definido como massas, de modo a promover 
a proteção contra choques provenientes de um contato direto.
• Aterramento de trabalho: definido como um aterramento 
temporário, utilizado para a garantia da segurança em serviços de 
manutenção em que parte das instalações encontra-se energizada. 
O aterramento deve ser retirado após o período de manutenção.
Os critérios para os sistemas de aterramento em baixa tensão 
encontram-se na normativa NBR5410 (ABNT, 2004) e podem ser 
complementados pela normativa NBR 5419 (ABNT, 2015).
41
O contato direto ou indireto a um condutor energizado ou a uma massa 
de um elemento metálico que esteja em contato com um condutor 
energizado apresenta risco. Assim, uma pessoa que toque nesse 
equipamento, na ausência de um aterramento, promove a passagem da 
corrente de descarga pelo seu corpo. Os efeitos de um choque elétrico 
variam de acordo com a intensidade da corrente, o percurso da corrente 
no corpo e a duração do choque (CREDER, 2021).
Nesse sentido, para evitar esses acidentes, as carcaças dos 
transformadores de distribuição e dos motores nas indústrias e os 
equipamentos elétricos em geral são ligados à terra. A Figura 1 ilustra 
um esquema simplificado de uma ligação à terra de um alimentador em 
baixa tensão em 220/127V (NISKIER; MACINTYRE, 2019).
Figura 1 – Esquema de ligação à terra de um 
sistema em baixa tensão
Fonte: Niskier e Macintyre (2019, p. 122).
42
Na Figura 1, se houver uma falha de isolamento ou um contato de um 
condutor energizado com um equipamento, a corrente elétrica fluirá 
à terra e promoverá um curto-circuito que desligará o disjuntor de 
proteção.
Além dos efeitos do choque elétrico descritos anteriormente, o percurso 
do choque elétrico no corpo humano é um fator que define a severidade 
do acidente (ABNT, 2004; MTE, 2019). Nesse sentido, a Figura 2 ilustra 
alguns percursos da corrente elétrica no corpo humano para um 
eventual choque elétrico.
Figura 2 – Exemplos de percursos da corrente elétrica em um 
choque elétrico
Fonte: Niskier e Macintyre (2019, p. 122).
Na Figura 2(a), a corrente vai da mão esquerda à direita, passando por 
órgãos vitais para a respiração e para a circulação, o que caracteriza o 
choque como um dos casos mais graves. A Figura 2(b) ilustra um caso 
mais severo, em que a corrente entra pela mão direita e passa pelo 
diafragma, pelo coração e pela região abdominal (CREDER, 2021).
Para o caso ilustrado na Figura 2(c), caracterizada como choque por 
tensão de passo, a corrente circula entre o pé esquerdo e o pé direito, 
passando pelas pernas e pelo abdômen; é considerado menos severo, 
se comparado aos anteriores. Por fim, na Figura 2(d), o percurso da 
corrente elétrica é pequeno e suas consequências não são graves 
(NISKIER; MACINTYRE, 2019).
43
De acordo com a ABNT (2004), o aterramento deve ser integrado à 
edificação por meio de eletrodo de aterramento ou das armaduras de 
aço das fundações das construções. O aterramento do condutor neutro 
deve ser realizado na entrada do fornecimento de energia, no padrão de 
entrada. Desse ponto em diante, o neutro é tratado como um condutor 
energizado.
Um sistema de aterramento é constituído basicamente por condutores 
de proteção, pelas ligações de aterramento e por eletrodos de 
aterramento (CREDER, 2021). A seguir, estudaremos sobre as 
características dos eletrodos de aterramento.
1.1 Eletrodos de aterramento
O eletrodo de aterramento é um elemento utilizado para promover 
um percurso de baixa impedância para osolo. Pode ser uma única 
haste enterrada ou um conjunto de hastes interligadas. A eficiência do 
sistema de aterramento depende de uma baixa resistência. Em termos 
práticos, isso depende de diversos fatores, como: a resistividade do solo, 
a umidade do solo, a temperatura ambiente e as características dos 
condutores e dos materiais utilizados (CREDER, 2021).
A NBR 5419 estabelece um valor referência para a resistência de 
aterramento, considerando um valor inferior a 10 Ohms, se possível. 
Ainda, estabelece a importância de equipotencializar as instalações, 
ou seja, manter todos os equipamentos e instalações com o mesmo 
potencial elétrico, a fim de evitar descargas elétricas (ABNT, 2015; NERY, 
2019).
A Figura 3 ilustra um detalhamento de caixa de passagem com eletrodo 
de aterramento empregado em um padrão de entrada de baixa tensão. 
Os eletrodos, também conhecidos como “haste de aterramento”, são 
44
construídos em aço e revestidos com cobre, sendo utilizados com 
comprimento médio de 2,4 m. Sua ligação com o condutor neutro deve 
ser realizada por conector em local visível.
Figura 3 – Eletrodo de aterramento.
Fonte: Copel (2020, p. 56).
Para instalações industriais e comerciais que disponham de mais de um 
sistema de aterramento, recomenda-se uma integração (CREDER, 2021):
• Integrar o condutor neutro e os condutores de proteção da rede 
de distribuição.
• Integrar o sistema de aterramento interligado ao Sistema de 
Proteção contra Descargas Atmosféricas (SPDA).
• Em casos em que haja várias malhas de SPDA, é necessário 
integrá-las entre si.
• Integrar o aterramento das instalações que alimentam 
equipamentos eletrônicos.
45
• Integrar o aterramento das estruturas metálicas, tubulações, 
ferragens, máquinas, entre outras.
Essa integração otimiza o sistema de aterramento, podendo contribuir 
com uma melhor unificação das referências à terra e com uma redução 
da resistência de aterramento, devido ao aumento da área da malha 
(NISKIER; MACINTYRE, 2019). A seguir, estudaremos sobre as ligações de 
aterramento.
1.2 Ligações de aterramento
A Copel (2020) e a ABNT (2004) estabelecem uma interligação entre 
o condutor neutro da concessionária de distribuição de energia e o 
eletrodo de aterramento, o que deve ser realizado dentro da caixa de 
medição através de terminal específico, conforme ilustra a Figura 4, para 
um diagrama de um sistema trifásico a quatro fios.
Figura 4 – Diagrama de ligação em caixa de medição.
Vai para a 
haste de 
aterramento
Conector
Neutro 
concessionária 
- Terra
F–F–F–N 
Fonte: adaptada de Copel (2020, p. 6).
46
Adicionalmente, a NBR5410 estabelece que em uma instalação elétrica 
deve ser previsto um terminal ou uma Barra de Equipotencialização 
(BEP), localizado próximo à entrada de fornecimento ou dentro da 
edificação, conforme ilustra a Figura 5 (ABNT, 2004).
Figura 5 – Eletrodo de aterramento.
Fonte: Creder (2021, p. 134).
A interligação entre o eletrodo de aterramento e o barramento de terra 
do quadro de distribuição interna garante o grau mínimo de proteção 
requerido às instalações elétricas em baixa tensão. As conexões para o 
aterramento de tubulações metálicas são realizadas por abraçadeiras 
47
do mesmo material da tubulação, para evitar a corrosão (COPEL, 2020; 
FILHO, 2018).
Para instalações industriais, as ligações ao aterramento podem ser 
realizadas por meio da conexão dos condutores ao barramento geral 
de aterramento presente no quadro de distribuição ou diretamente 
à malha de aterramento (FILHO, 2021). Os condutores devem possuir 
bitola mínima requerida pela NBR 5410, conforme estudaremos a seguir.
1.3 Condutores de proteção
A função de um condutor de proteção é garantir um caminho para a 
passagem de corrente elétrica até a malha de terra. A seção mínima 
para os condutores de proteção é definida de acordo com a seção dos 
condutores das fases e deve ser do mesmo material, preferencialmente 
cobre (CREDER, 2021). A Tabela 1 apresenta a seção mínima (S) dos 
condutores de proteção em função do condutor fase, para o material 
cobre.
Tabela 1 – Seção mínima dos condutores de proteção
Seção do condutor fase 
(em mm²)
Seção mínima do condutor de 
proteção (em mm²)
S ≤16 S
16 < S ≤ 35 16
S > 35 S/2
 Fonte: adaptada de ABNT (2004, p. 150).
Para os casos em que um condutor de proteção é comum a mais 
de um circuito, ele deve estar instalado no mesmo eletroduto e ser 
dimensionado de acordo com a maior seção de fase entre todos os 
circuitos (ABNT, 2004; NISKIER; MACINTYRE, 2019).
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Além de condutores de cobre, a NBR 5410 estabelece que podem ser 
utilizados condutores de proteção com as seguintes características 
(ABNT, 2004):
• Ramificações de cabos multipolares.
• Condutores isolados ou nus.
• Coberturas metálicas e blindagem de cabos.
• Chapas metálicas e eletrodutos metálicos (devem atender a 
procedimentos de segurança).
Neste Tema, estudamos sobre as características relacionadas à 
segurança nas instalações elétricas de baixa tensão. Ainda, aprendemos 
sobre os sistemas de aterramento e as características dos aterramentos 
no fornecimento secundário de tensão.
Referências
ABNT. Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 5410: Instalações elétricas de 
baixa tensão. Rio de Janeiro: ABNT, 2004.
ABNT. Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 5419: Proteções de 
estruturas contra descargas atmosféricas. Rio de Janeiro: ABNT, 2015.
COPEL. Companhia Paranaense de Energia. Normas Técnicas COPEL – 
Fornecimento em Tensão Secundária de Distribuição: NTC 901100. Curitiba: 
Copel Distribuição, 2020.
CREDER, H. Instalações Elétricas. 16. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2021.
FILHO, M. J. Instalações Elétricas Industriais. 9. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2018.
FILHO, M. J. Subestações de alta tensão. Rio de Janeiro: LTC, 2021.
MTE. Ministério do Trabalho e Emprego. NR10: Segurança em instalações e serviços 
em eletricidade. Atualização SEPRT 915. Brasília: MTE, 2019.
NERY, N. Instalações Elétricas: princípios e aplicações. 3. ed. São Paulo: Érica, 
2019.
NISKIER, J.; MACINTYRE, A. J. Instalações Elétricas. 6. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2019.
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BONS ESTUDOS!
	Sumário
	Apresentação da disciplina
	Definições Gerais e Terminologia
	1. Sistema de Distribuição Secundário 
	Referências 
	Condições de fornecimento de energia
	Objetivos
	1. Aspectos relacionados ao fornecimento de energia
	Referências 
	Características das entradas de serviço
	Objetivos
	1. Entradas de serviço no sistema de distribuição
	Referências 
	Segurança nas instalações elétricas
	Objetivos
	1. Sistemas de aterramento nas instalações elétricas
	Referências