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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ CURSO DE PSICOLOGIA Alessandra Coelho Valentim Matrícula: 201907347321 Relatório Psicológico Relatório Psicológico atendendo à demanda da disciplina de Psicologia da Personalidade do Curso de Graduação em Psicologia da Universidade Estácio de Sá, como requisito parcial para a obtenção de nota da AV1. Professora: Jacqueline Maia CABO FRIO/RJ 2021 INVENTÁRIO DE EXPLORAÇÃO CLÍNICA (Caballo e Salazar, 2005) I. DADOS GERAIS Nome: Marisa da Silva Idade: 46 anos Data e local de nascimento: RJ 23/09/1974 Endereço: ------- Telefone: ------- Celular: -------- E-mail: -Ocupação: Do Lar Com quem está morando atualmente? Filho Local (casa, hotel, apartamento etc.)? Casa Estado civil: Divorciada Desde quando? Agosto/2001 II. DESCRIÇÃO DO PACIENTE Idade: 46 anos Sexo: () Masculino ( x) Feminino Estatura: 1,60 Peso: 70kg Cor dos olhos: Azul Usa óculos? Não Usa lentes de contato? Não Fez cirurgia nos olhos? Não Cor de pele: Branca Cor de cabelo: Loiro Aparência física geral: Boa III. DADOS CLÍNICOS Descreva com suas próprias palavras em que consiste seu principal problema: Não sei explicar, as vezes tenho vontade de sair andando e sumir. Como o problema afeta sua vida? Me deixa agitada e ansiosa. Em que áreas? Todas Descreva com suas próprias palavras o histórico e desenvolvimento do seu problema: Acho que começou há uns 2 ou 3 anos, comecei a repensar algumas coisas da minha vida, senti uma inquietação por mudança, mas não sabia exatamente o que, só não queria viver mais daquele jeito e surgiram pensamentos negativos e impotência de solucionar problemas. Por que acha que ele ocorre? Não sei Com que frequência? É constante Com que intensidade? ------- Duração: ---------- Em que tipo de situações ou circunstâncias ocorre o problema? Não tem uma situação específica, acontece sempre. O problema se manteve sempre igual ou piorou ou melhorou? Piorou muito após a morte repentina da minha mãe. Há alguma situação que você pode associar à melhora ou piora do problema? Não Com quem você já consultou sobre seu problema atual? Psicanalista Que tratamento fez ou faz? Fiz terapia, mas parei. Qual foi o efeito desse tratamento? Não pude observar devido ao curto período e desisti porque não tive condições financeiras. O que você faz quando o problema aparece? É um problema constante e o que sinto é uma vontade de sair, caminhar, pedalar e é isso que eu faço, caminho e pedalo por horas. O que faz para resolvê-lo? Convivo, vou levando, tomo remédios. O que pensa sobre seu problema? Que em razão dele tomei atitudes e decisões que podem ter sido precipitadas, mas não sou capaz de resolver. Como reagiram as pessoas em situações em que o problema ocorreu? Num primeiro momento meu filho ficou muito preocupado, depois tentou me ajudar. Como você se sente atualmente com seu comportamento (Seu problema)? Não me sinto bem, mas vou levando. Sublinhe qualquer dos seguintes sintomas que se apliquem atualmente a você: Dores de cabeça, tonturas, desmaios, palpitações, dores de estômago, falta de apetite, comer em excesso, problemas para evacuar, fadiga, preguiça, vômitos, insônia, pesadelos, ingestão de sedativos, consumo excessivo de álcool, consumo excessivo de cigarros, consumo de drogas, incapacidade de ter um momento agradável, incapacidade de prestar atenção, tensão, pânico, tremores, depressão, ideias de suicídio, tentativas de suicídio, choro fácil, dificuldade para relaxar, agitação, problemas sexuais, incapacidade de sentir prazer, preocupações constantes, problemas para se concentrar, temores absurdos, insatisfação com as férias e os fins de semana, ambição em excesso, ataques de ira, incapacidade de se manter em um emprego, clima negativo no lar, problemas econômicos. Outros. (Anote outros sintomas ou dificuldades) : Não quis acrescentar mais nada Sublinhe qualquer das seguintes características que se apliquem a você: Fica na defensiva, ciumento, desconfiado, irritado, suspeita das outras pessoas, não perdoa, não tem amigos, solitário, pouco interesse em relações sociais, pouco interesse em relações sexuais, pouco expressivo, se veste diferente, ansioso, “frio”, isolado, tem alucinações, escuta vozes, apegado à família, agressivo, impulsivo, mentiroso, em busca de novas sensações, sem medo, fica tediado facilmente, intranquilo, seguro de si mesmo, mais inteligente do que os outros, especial, não se impressiona com quase nada, líder, procura ser o centro das atenções, sociável, extrovertido, atraente, tem muitos amigos, expressivo, estado de ânimo instável, tem sensações de vazio, perde o controle quando se irrita, tem ataques de ira, tem ideias de suicídio, relações conflituosas, teme o abandono, tristeza, choro, pouco falante, introvertido, tímido, teme capacidade de fazer amizades, sentimentos de solidão, sentimentos de inferioridade, grande capacidade de fantasiar, muito indeciso, necessidade de alguém em quem confiar, dificuldade para iniciar projetos, medo de ficar sozinho, perfeccionista, rígido, dedicado ao trabalho, organizado, pontual, difícil de convencer, tenso, sem valor, inútil, teme situações novas, medo de rejeição, medo de crítica, baixa autoestima, um “zé-ninguém”, “a vida está vazia”, incompetente, ingênuo, “não sei fazer nada direito”, feio, sem atrativos, sem amor, incompreendido, confuso, inseguro, com valor, simpático, inteligente, seguro, estimado pelos demais. Outros. (Anote outras características que o identifiquem.) * Cautelosa ( a paciente quis substituir a palavra “desconfiada” acima, por achar que não se encaixava em suas características). * Não sei organizar as coisas, pensamentos... tudo muito negativo. * Incompetente para algumas coisas * “indecisa” (Contou um episódio da venda de um imóvel , onde não conseguia resolver se fechava ou não a venda) Você acha que um tratamento psicológico pode ajudar em quê? Imagino que possa me ajudar a me deixar menos ansiosa e catastrófica, Manter organizado os meus pensamentos, o impacto que a morte da minha mãe ocasionou na minha vida. Que problemas você gostaria de solucionar? O da indecisão, o de não saber o que quero de uma maneira geral, ansiedade, sentimento negativo, o vácuo na minha vida após a morte da minha mãe, pensamentos de catástrofe. Há algum membro de sua família que teve ou tem esse problema ou parecido? Quem? Não sei. IV. DADOS FAMILIARES A) Pai Nome: Henrique Idade: falecido Se é falecido, qual foi a causa da morte: Infarto Ocupação: Advogado Que doenças tem ou teve? Não sei Teve problemas com consumo de álcool ou drogas? Não Recebeu tratamento psicológico ou psiquiátrico? Não Que tipo de pessoa foi (é), especialmente durante a sua infância? Na infância foi um pai bem presente e rígido. Tinha interesse por você? Sim Você estava interessado no que ele dizia? Sim Como ele castigava você? Falando muito e baixo. Você tinha confiança em seu pai? Sim Você se sentia amado e respeitado por ele? Sim Você procurava seu pai quando tinha problemas? Sim Ele tinha algum filho predileto? Não Como você se sentia em relação a isso? Bem Atualmente, como é o seu relacionamento com seu pai? Falecido há décadas. B) Mãe Nome: Lêda Idade: 86 anos quando faleceu Se é falecido, qual foi a causa da morte: AVC hemorrágico Ocupação: Escrivã Que doenças tem ou teve? Nenhuma que lembre. Teve problemas com consumo de álcool ou drogas? Não Recebeu tratamento psicológico ou psiquiátrico? Não Que tipo de pessoa foi (é), especialmente durante a sua infância? Maravilhosa, me tratava com amor (falou rindo e lembrando do jeito dela) Tinha interesse por você? Sim Você estava interessado no que ela dizia? Sim Como ela castigava você? Dava broncas euns beliscões discretos quando estava em público pra não chamar atenção brigando (Falou rindo). Você tinha confiança em sua mãe? Sim Você se sentia amado e respeitado por ela? Sim Você procurava sua mãe quando tinha problemas? Sim Ela tinha algum filho predileto? Não, pois sou filha única. Como você se sentia em relação a isso? Normal Atualmente, como é o seu relacionamento com sua mãe? Foi bom sempre (a mãe já é falecida). C) Irmãos Responda sobre seus irmãos: Nome Idade Estado Civil Ocupação Como era o relacionamento no passado? Como é agora? ----- ----- ----- ----- ----- ------- ----- ----- ----- ----- ----- ------- D) Pais Eles se amam (se amavam)? Acho que sim Gostavam de você? Sim Tinham um bom relacionamento entre eles? Sim Brigavam muito? Nunca presenciei brigas. Brigavam diante dos filhos ou longe deles? Não, nunca presenciei nada. Descreva a atmosfera do lar: Era feliz e harmonioso. Se você tem padrasto/madrasta, indique a idade em que sua mãe/pai voltou a casar- se: -------- E) Outras pessoas importantes Você teve outros adultos que tiveram influência em sua vida? Sim Quais são as pessoas mais importantes de sua vida? Meu filho. Descreva como eram e de que maneira tiveram um papel importante em sua vida: Não quis dizer... V. ANTECEDENTES PESSOAIS Você tinha algum medo durante sua infância? Não lembro de ter medos, me sentia uma criança agitada. Quantos anos você tinha aproximadamente? ----- Você ainda tem algum medo? Do futuro, de não dar certo. Sublinhe qualquer dos seguintes sintomas que se aplique à época de sua infância: terrores noturnos, lentidão motora, tiques nervosos, problemas com a alimentação, refluxo esofágico, enurese noturna, sonambulismo, muita inquietação, chorava frequentemente, chupava o dedo, roía as unhas, gaguejava, infância feliz, infância infeliz, acidentes frequentes, medo de se separar de seus pais, temor a situações novas, medo de animais, medo de outras crianças, poucos amigos, intimidado por colegas da escola, isolado, problemas escolares, se assustava com facilidade, castigos fortes, abusos sexuais, inibição diante do sexo oposto. Descreva as doenças que você teve durante a infância: Bronquite. Sofreu intervenções cirúrgicas (Cite cada uma delas, especificando sua idade na época)? Não! Sofreu acidentes (Especifique sua idade e as consequências)? Não Quando foi a última vez que você se sentiu bem física e emocionalmente durante um longo período? Sempre fui agitada e introspectiva. Piorou há uns 2 anos. Atualmente você tem alguma doença? Não que eu saiba. Quais eram suas brincadeiras e interesses durante a infância (Incluindo as fantasias)? Gostava muito de andar de bicicleta, brincar de boneca e vendinha. Quais eram suas brincadeiras e interesses durante a adolescência? Praia, pedalar, nadar, viajar, dançar e ir ao cinema. VI. LAZER Quais são seus interesses atuais? Muitos, mas acabo não fazendo nada. As únicas coisas que gosto de fazer e faço são malhar, pedalar e caminhar. Com que você se ocupa na maior parte do tempo? Caminho, vou à academia, pedalo e assisto filmes. Você aproveita o seu tempo de lazer? Não Com quem compartilha o seu tempo de lazer? Ninguém O que costuma fazer em seus dias livres? Nada Como gosta de divertir-se? Gosto de viajar. VII. ÁREA SOCIAL Você passa muito tempo com seus amigos? Não Como seleciona suas amizades? É uma seleção natural, afinidade. Quantos amigos você tem? Amigos na acepção própria do termo, tenho 3. Mas tenho alguns com os quais eu não convivo pessoalmente, mas considero amigos. Quantos bons amigos? Três Por que você os considera “bons amigos”? Porque se preocupam quando estou doente e sei que posso contar com eles caso precise (num sentido amplo). Você acha fácil fazer novas amizades e conservá-las? Não Você tem dificuldade para conhecer gente nova? Não Atualmente alguma pessoa o incomoda? Não Existe alguém que está ajudando você ou que pode ajudá-lo? Sim VIII. DADOS ESCOLARES E ACADÊMICOS Idade em que começou a escola: Aos 4 anos Idade em que terminou: terminei o ensino médio aos 18 anos e aos 24 comecei o ensino superior, terminei aos 28 anos. Grau obtido: superior Período de permanência na universidade (nº de anos): 4 anos Curso: Ciências biológicas Grau de facilidade para os estudos: Médio Gostava da escola? (Explique o motivo.): Sim, sempre gostei de estudar Habilidades e dificuldades escolares: Dificuldades em Exatas e facilidade em humanas, até concluir o ensino médio, e acabei optando por Ciências Biológicas no curso superior, por ter afinidades. Como era o seu relacionamento com os colegas: 1) na escola: bom 2) na universidade: bom Fez amigos? Sim Ainda conserva algumas amizades? Sim Como era o seu relacionamento com os professores, orientadores e diretores 1) na escola: bom 2) na universidade: bom Tinha medo deles? Não Você tinha medo de alguém na escola ou na universidade? Não Essa(s) pessoa(s) era(m) do mesmo ou de sexo diferente? Diferentes O que você fez depois de terminar os estudos? Nada, não trabalhei. IX. ÁREA RELIGIOSA E ESPIRITUAL Descreva em linhas gerais sua educação religiosa: Católica Se não foram seus pais que o educaram, especifique quem o educou e que idade você tinha: ----- Essa educação religiosa ajudou você ou interferiu em algum aspecto de sua vida? Não soube responder. X. DADOS PROFISSIONAIS Idade em que começou a trabalhar: 19 anos Ocupações que teve (em ordem cronológica Explique por que mudou de atividade Vendedora(loja) Parei de trabalhar para cuidar do filho ----- ----- ----- ----- ----- ----- Que tipo de trabalho você realiza atualmente? Nenhum Você gosta do seu trabalho atual? -------- O que mais gosta em seu trabalho? ------ O que menos gosta em seu trabalho? ----- Gostaria de ter outro tipo de trabalho? ----- Gostaria de ter mais um trabalho? ----- Como é o relacionamento com seus colegas? ----- Como é o relacionamento com seu(s) chefe(s) ou superior(es)? ----- Está satisfeito com o que ganha? ------ É suficiente para cobrir suas despesas básicas e fazer algumas coisas que você gosta? ----- Ambição(ões): Ganhar na Quina (Falou rindo) XI. SEXUALIDADE Qual era a atitude de seus pais em relação ao sexo (Por exemplo, houve instrução sexual ou discussões sobre o assunto em sua casa) ? Minha mãe conversava sobre sexo. Quando e como você teve suas primeiras informações sobre sexo? Aos 12 anos eu acho. Conversando com minha mãe. Quando você tomou consciência de seus próprios impulsos sexuais? Com uns 12 anos mais ou menos. Em que situação você teve seus primeiros impulsos sexuais (Por exemplo, com meninos/as, em um cinema, vendo fotografias etc.)? Filme Na época, você teve encontros com vários(as) garotos(as) ou um(a) por vez? Mais tarde, aos 14/15 anos com rapazes, um por vez. Frequentava festas, bailes etc.? Sim Qual era a frequência de seus encontros, diariamente, finais de semana, uma vez ao mês etc.? Finais de semana . Quando você tem um encontro, o que normalmente faz? Vai ao cinema, vai jantar, vai a bares etc.? Não tenho tido encontros ultimamente. Quando se interessou especialmente por alguém? Com 17 anos. Havia alguém que se interessasse por você? Sim. Quando começou a ter uma relação mais séria com alguém? (Envolvendo encontros fixos frequentes, comprometer-se, etc.). Ou você nunca teve uma relação mais séria? Aos 17 anos, com a pessoa que se tornou meu marido. O que gostava nele(a)? Tudo Trocou carícias com alguém? Sim Já se masturbou? Não respondeu. Experimentou sentimentos de angústia ou culpa por causa do sexo ou da masturbação (Se a resposta for “sim”, explique)? Não Você teve relações sexuais? Sim Se não teve relações sexuais, gostaria de ter tido? ----- O que o impediu?----- Se você é casado atualmente, teve relações sexuais antes do casamento? Sim Você se sente satisfeito com sua vida sexual atual? Se a resposta for positiva ou negativa, explique um pouco mais: Não me sinto satisfeita, estou sozinha. De alguma maneira, você se sente inibido sexualmente? Não XII. RELACIONAMENTO AFETIVO *a paciente divorciou-se há 20 anos e não tem parceiro atualmente. A) Dados do parceiro(a) Nome: ----- Idade: ----- Ocupação: ----- Como pode definir seu parceiro(a)? (Use suas próprias palavras.) ----- B) Histórico da relação Quando conheceu seu parceiro(a) atual? Quanto tempo saiu com seu parceiro(a) antes de comprometer-se? O que gostava nele(a)? Ela/ele tinha interesse em se comprometer com você? Depois que se casou você se interessou por outras/os mulheres/homens? Seu relacionamento com seu parceiro(a) é (era) satisfatório? O que satisfaz você no relacionamento com o seu parceiro(a)? O que não satisfaz? De que maneira você gostaria de mudar o seu relacionamento com seu parceiro(a)? Quais são as áreas de compatibilidade? Quais são as áreas de incompatibilidade? Você é feliz com seu parceiro(a)? Você tem queixas do seu parceiro(a)? Brigam? Normalmente, quais são os motivos das brigas? Quanto tempo costuma durar? Como costumam terminar as brigas? Como você expressa amor ao seu parceiro(a)? Como ele(a) expressa a você? A maneira como ele(a) expressa satisfaz você? (Em caso negativo, descreva como gostaria que fosse): Como você chama carinhosamente seu parceiro(a)? Como ele(a) chama você? Você compartilha com seu parceiro(a) seus sentimentos mais profundos? (Sonhos, preocupações, alegrias, temores etc.) Você considera que seu parceiro(a) leva em conta nas decisões e projetos dele(a)? Que projetos ou planos vocês têm como casal? Como compartilham o tempo juntos? Como manejam as finanças do casal? Como você se relaciona com a família do seu parceiro(a)? (Sogros, cunhados, etc.) Se você está divorciado(a) e voltou a casar ou a viver com alguém, qual é a diferença da relação anterior? Quanto tempo demorou, depois do divórcio, para você se casar novamente? Ele(a) era casado(a) anteriormente? C) Sexualidade do casal Considera satisfatória a vida sexual com seu parceiro(a)? Explique um pouco mais, independente se a resposta for positiva ou negativa: Qual é a frequência de suas relações sexuais? Você está satisfeito com essa frequência? (Em caso negativo, diga que frequência seria ideal para você). Você tem ou teve dificuldades durante o ato sexual? (Por exemplo, dor durante a penetração, ejaculação precoce, falta de desejo, não ter orgasmos etc.) Vocês se acariciam mutuamente? Seu parceiro já pediu para que você fizesse algo que você se negou? (Em caso afirmativo, explique a razão) Você já pediu algo ao seu parceiro(a) que ele(a) se negou? Como você proporciona prazer a seu parceiro(a)? Como seu parceiro proporciona prazer a você? Tem ou teve relações sexuais fora do casamento? (Se for algo que ocorreu atualmente, especifique): Você ou seu parceiro(a) têm comportamentos sexuais que considera pouco comum? Se você acha que sim, descreva-os brevemente: XIII. FILHOS Quantos filhos você tem? 1 Se não tem filhos, quantos você espera ter (Se pretende ter)? ------ Gosta de todos os seus filhos? sim Tem algum favorito? ---- Que idade tem cada um? 26 anos Foram todos desejados? sim Foram todos planejados? sim Responda o seguinte sobre seus filhos: Nome: Felipe Idade: 26 anos É filho(a) do(a) seu(a) parceiro atual? ----- É filho(a) do seu(a) parceiro(a) com outra pessoa? ----- É filho com outra pessoa que não é o(a) seu(a) parceiro(a)? Sim, meu ex-marido. Como o descreveria (com suas próprias palavras) como é sua relação com ele(a)? Boa. Um filho especial e sossegado. Não me gera aflições. Você teve algum aborto (espontâneo ou induzido)? Descreva quando foi e as razões para isso: ----- XIV. PROBLEMAS E OBSESSÕES Você tem ideias que não é capaz de tirar da cabeça? Sim Você tem ideias absurdas ou desagradáveis? Sim Existem coisas que você se vê obrigado a fazer, do contrário fica nervoso(a)? Sim, mas nada específico que eu me lembre agora. Você é supersticioso(a)? Não sei, às vezes Tem pensamentos que tenta evitar a todo custo? Tenho, as pessoas sempre tem, medo de pensar no futuro. XV. OUTRAS QUESTÕES Em que lugares você se sente mais à vontade? Em casa Alguém já interferiu em seu trabalho ou seu relacionamento afetivo etc. (Pais, familiares, amigos)? Não Qual é o seu maior sonho? Ser feliz, conseguir um emprego, vencer os medos, ver o meu filho feliz e formado. Quais são suas preocupações mais importantes? São tantas...ultimamente de ordem financeira, de ter condições de me manter, meu filho voltar à faculdade e conseguir um trabalho. O que você gostaria que mudasse em sua vida? Gostaria que a minha vida voltasse a ser como era há 2 anos. Qual é a pessoa mais importante de sua vida? Meu filho Você gosta de onde mora? Sim, mas me sinto dependente. Está insatisfeito com algo? Sim, algumas coisas. Há algum membro da sua família que sofre de alcoolismo, epilepsia ou alguma outra enfermidade que possa ser considerada “doença mental”? Não. Alguma vez você perdeu o controle sobre si mesmo (Em forma de choro, agressão, pânico etc.)? Sim Descreva outras experiências que perturbaram ou atemorizaram você, e que não tenha mencionado anteriormente. Não lembro Quais são as situações que acalmam você e trazem tranquilidade? Sair e ficar horas na rua. XVI. DESCRIÇÃO DE SI MESMO Faça uma descrição de si mesmo com suas próprias palavras: Não quis fazer, acha difícil falar de si mesma. XVII. DESCRIÇÃO DO COMPORTAMENTO DO(A) PACIENTE DURANTE A ENTREVISTA Muito Inadequada inadequada Normal Adequada Muito adequ ada Comportamento geral de interação com o terapeuta 4 Contato visual 4 Expressão facial 3 Sorrisos 4 Latência de resposta 4 Gestos 3 Auto manipulações 3 Postura corporal 3 Orientação corporal 3 Volume de voz 4 Entonação 3 Fluência da fala 4 Tempo de fala 3 Pausas 3 Senso de humor 4 Verbalizações auto derrotistas 4 Verbalizações positivas 4 Autorrevelações em geral 3 Habilidade social geral manifestada 4 Ansiedade geral manifestada 3 Aparência/atrativos físicos apresentados 4 Nota: Este quadro pode ser preenchido pelo terapeuta ao final da sessão com o paciente. No caso de o IEC ser utilizado como instrumento a ser preenchido pelo paciente, não se deve incluir a última página. Relatório de Avaliação Psicológica O presente relatório tem por objetivo atender a demanda da disciplina de Psicologia da Personalidade do curso de Psicologia da Universidade Estácio de Sá, ministrada pela professora Jacqueline Maia. Autora/Aluna: Alessandra Coelho Valentim Nome do Paciente: Marisa da Silva (nome fictício) Idade: 46 anos Estado civil: Divorciada Motivo da avaliação Paciente procurou ajuda profissional para lidar com mudança de comportamento marcada por ansiedade, agitação, distúrbios do sono, aumento de apetite e ganho de peso. Procedimento A primeira sessão de entrevista da anamnse foi realizada no dia 10 de setembro de 2021, na residência da paciente às 17:00h, com duração de 3h. A segunda sessão foi no dia 12 de setembro às 14:00hs, em uma varanda preparada para este fim, na residência da aluna, tendo duração de 2h, finalizando a entrevista. O instrumento utilizado para entender a demanda foi o inventário de exploração clínica (Caballo eSalazar, 2005). Descrição da demanda A Sra. Marisa, relata que sempre foi caseira e introspectiva, nem triste e nem mal-humorada e sempre gostou muito de viajar, mas quehá aproximadamente dois anos passou a ficar mais fechada, desanimada e deprimida, perdeu interesse pelas coisas que gostava de fazer, passou a fazer maior uso de álcool do que o de costume e quando não está malhando ou na rua, permanece sempre em casa e em frente à TV assistindo filmes e notícias, desmotivada em não conseguir trabalho, isola-se cada vez mais de tudo, tendo pensamentos ruins e catastróficos. Em agosto de 2019, sua mãe faleceu de forma repentina – apesar de ter 86 anos, era muito bem de saúde e um A.V.C hemorrágico, tirou sua vida! Era ela quem sustentava a família com a sua boa aposentadoria e a aposentadoria do esposo, falecido há anos. Após a morte de sua mãe foi morar com o seu filho e começou a sentir muita agitação, ansiedade, sentia necessidade de sair para caminhar e pedalar a fim de extravasar, depois se isolava no seu quarto para descansar e pensar, e essa passou a ser sua rotina, ficava em torno de duas a três horas, às vezes até mais tempo fora de casa diariamente, o que gerava conflitos com o seu filho. Passou a manifestar uma ansiedade constante, aumento do apetite, aumentando o consumo do álcool (alega ter adquirido 15 kg nos últimos dois anos mesmo indo à academia e pedalando). Sra. Marisa alega que junto a essa turbulência e ansiedade, sentia a necessidade de mudar alguma coisa em sua vida, conseguir um emprego, pois segundo ela “estava tudo muito difícil”, mas sempre que saía a procura, já tinha em mente que não iria conseguir e apresentava sintomas, como: taquicardia, sudorese excessiva, tonturas, insônia. Seu filho sugeriu que procurasse uma terapia, coisa que relutou muito em começar a fazer, mas parou após 3 meses de tratamento por ocasião da pandemia e por não ter condições financeiras. Há um ano mais ou menos, sem conseguir emprego, resolveu vender um imóvel da família que estava para locação, após refletir bastante sobre as dificuldades que a inquietavam e a deixavam numa ansiedade constante e generalizada, atribuindo às dificuldades financeiras à razão do problema. Quando perguntei sobre as dificuldades financeiras, ela disse que se sentia frustrada, sem perspectiva na vida e que toda vez que ia em busca de um emprego, surgiam pensamentos como: “sei que não vou conseguir, alguém que me empregue”, “meu filho vai brigar comigo”, “não vou conseguir pagar as minhas dívidas”. Esses pensamentos geravam muita ansiedade e parte dos sintomas citados acima. Eles significavam para a Sra. Marisa uma falta de competência, fazendo com que ela se sentisse cada vez mais impotente e incapaz, ficando claro que sua autoestima estava em declínio e de forma rápida. Análise As respostas dadas no questionário foram sempre muito superficiais, mostrando certa impaciência para responder e ansiedade. As demais informações que venho relatar foram extensão das questões não respondidas a contento e a fim de entender melhor o contexto, uma vez que ela se mostra resistente e tensa a responder algumas perguntas de forma mais detalhada. Percebe-se que a paciente já vinha apresentando um comportamento atípico antes da morte da mãe, porém, após o evento, claramente o comportamento anterior de inércia e introspecção muda para uma agitação e ansiedade, realizando longas pedaladas, caminhadas e frequência na academia na busca simbólica de algo que não sabia o que era. Em meio à crise age com impulsividade na ânsia de mudanças tomando decisões que depois vem a se arrepender. Ao mesmo tempo mostra indecisão ao resolver as coisas, como a venda de um imóvel, mencionado no inventário. Um outro aspecto observado no inventário foi que a Sra. Marisa já demonstrava certa inquietação desde muito antes do atual episódio, ao lidar com os fatos de ter pensamentos sempre negativos, ser indecisa e não conseguir um emprego, mas acomodava-se com a situação pois nunca lhe faltara nada, visto ser a mãe a provedora do seu conforto. Conclusão Ao término da atividade foi verificado que a paciente demonstra inquietação, indecisão, dúvidas, transtorno de ajustamento, transtornos de ansiedade generalizada, medo do futuro, sofrimento extremo devido a morte repentina de sua mãe, pensamentos automáticos tendenciosos e sentimento de culpa, por talvez ter prejudicado seu filho, por ter trancado à faculdade para poder trabalhar e prover o sustento da casa. De acordo com o CID 10 (2007, p.44), o transtorno de ajustamento refere-se ao sentimento de opressão e de incapacidade de funcionamento, podendo haver "sintomas físicos relacionados a estresse, como insônia, cefaleia, dor abdominal, dor no peito, palpitações". Nesta classificação, cujo código o CID denomina de F-43.2, são identificados os aspectos diagnósticos seguintes: • Reação aguda a evento estressante ou traumático recente. • Sofrimento extremo resultado de um evento recente ou preocupação com o evento. • Os sintomas podem ser primariamente somáticos. • Outros sintomas podem incluir: humor deprimido; ansiedade; preocupação; sentimento de incapacidade de funcionar. (CID 10, 2007, p. 44). De acordo com a APA, o primeiro critério diagnóstico do transtorno de ansiedade generalizada é: Ansiedade e preocupação (expectativa apreensiva) excessivas, demonstradas pela paciente, que estão presentes por mais dias que ausentes, durante pelo menos seis meses, incidindo sobre uma série de acontecimentos ou atividades (como o desempenho no trabalho ou nos estudos). (APA, 1994, p.435, apud Caballo, 2003, p. 212). Neste caso, é importante salientar, conforme bem destaca Caballo (2003, p. 212), que a preocupação tem que ser "de difícil controle e deve produzir uma deterioração ou mal-estar significativos em áreas importantes do funcionamento (p. ex., social, do trabalho etc.). Este autor chama a atenção para o Transtorno de Ansiedade Generalizada como um diagnóstico clínico adicional muito frequente nos casos de ansiedade, visto em diversas pesquisas e na sua prática clínica. A paciente mencionada, com Transtorno de Ansiedade Generalizada normalmente preocupa-se desproporcionadamente com o futuro e comete vários erros do pensamento, como a catastrofização, por exemplo, por ter dificuldade de raciocinar com base na realidade. Suas interpretações dos eventos tomam grandes proporções, exagerando os efeitos, enfatizando os aspectos negativos e ignorando os positivos. Por essa razão, a Sra. Marisa têm dificuldades para tomar decisões, para solucionar problemas, para mudanças etc. As intervenções cognitivo-comportamentais mais empregadas no quadro ora descrito são: a psicoeducação, a identificação dos pensamentos automáticos e das emoções, a identificação das crenças centrais e intermediárias, a reestruturação cognitiva, a resolução de problemas e a avaliação do processo. A psicoeducação é um recurso importante no processo psicoterápico e deve ser o pontapé inicial neste processo. A paciente deve ser informada sobre a funcionalidade ou não das suas reações comportamentais. Segundo Barlow e colaboradores (2009, p. 235), "os pacientes recebem informações em relação às sequelas cognitivas, fisiológicas e comportamentais das reações emocionais e como esses três componentes interagem". O passo seguinte é identificar os pensamentos automáticos e as emoções, avaliando-os posteriormente. Os pensamentos automáticos surgem em função da interpretação dada a uma situação e ocorrem paralelamente a pensamentos manifestos. Todos nós apresentamos pensamentos automáticos, porém, as pessoas que não estão angustiadas normalmente costumam testá-los e verificar sua disfuncionalidade, uma vez que elas enxergam a realidade como ela realmente se apresenta. Beck (1997, p. 87) nos fala que "pessoas com transtornos psicológicos [...], com frequência, interpretam erroneamente situações neutrasou até mesmo positivas e, desse modo, seus pensamentos automáticos são tendenciosos". Ao identificar tais pensamentos, examiná-los e corrigir os seus erros, os pacientes podem se sentir melhor. As crenças centrais e intermediárias são então identificadas e modificadas a fim de se construir modelos alternativos de comportamento, baseado na escolha consciente. Essas crenças são facilmente identificadas ao se preencher um formulário com dados sobre os pensamentos automáticos, as emoções/os sentimentos/as sensações e os comportamentos e/ou crenças do paciente (Beck, op. cit.). Com este formulário, é possível reconhecer as relações entre os pensamentos automáticos e as crenças do paciente. As crenças centrais estão, conforme aponta a autora acima citada, relacionadas invariavelmente à infância. São ideias rígidas e cristalizadas sobre si mesmo, enquanto as crenças intermediárias estão relacionadas às regras, atitudes e suposições do paciente. Tanto um tipo de crença quanto outro são direcionados ao próprio paciente, ao outro e ao futuro. Após a identificação dos pensamentos automáticos e das crenças disfuncionais do paciente, a reestrutura cognitiva deve tomar lugar e possibilitar a aplicação da habilidade de solução de problemas. Reestruturar cognitivamente pensamentos e crenças significa, no caso de transtorno de ansiedade, questionar os pensamentos, procurar evidências a favor e contra as avaliações e interpretações dos eventos, da realidade. Além disso, é necessário identificar os erros cognitivos característicos dos pacientes ansiosos, tais como a catastrofização, a leitura mental e a generalização, e modificá-los (Leahy, 2011). Os erros cognitivos são erros de julgamento ou equívocos dos nossos pensamentos na forma de avaliar o que nos acontece. A catastrofização configura-se na antecipação do futuro em termos negativos e a paciente acredita que o que acontecerá será tão horrível que ela não vai suportar. Com a leitura mental, a paciente acredita que conhece os pensamentos e intenções de outros (ou que eles conhecem seus pensamentos e intenções) sem ter evidências suficientes. A generalização significa tomar casos negativos isolados e os generalizar, tornando-os um padrão interminável com o uso repetido de palavras como "sempre", "nunca", "todo", "inteiro" etc. A partir da reestruturação cognitiva pode-se, então, passar à resolução de problemas e possibilitar as escolhas conscientes do paciente, tornando-o autônomo e senhor das suas decisões. É importante salientar, conforme Possendoro, que: Os pacientes com TAG parecem exibir plena capacidade para resolução dos problemas mais comuns. Suas dificuldades parecem advir dos altos níveis de excitação (vigilância) e ansiedade, que terminam por prejudicar sua capacidade de raciocínio, além de gerar esquiva, dificultando, afastando ou procrastinando as soluções dos problemas enfrentados. (Possendoro in Angelotti, 2007, p. 73). Caballo (2003) traça algumas intervenções específicas para a preocupação. Dentre elas, destaca-se e importa, neste estudo, o treinamento em solução de problemas adaptado (TSP) - este treinamento diz respeito às preocupações com problemas baseados na realidade, os quais podem ser modificados. Para isso, devem-se utilizar dois tipos de estratégias: 1. Orientação em relação ao problema - envolve as reações cognitivas e comportamentais do paciente ao problema. O paciente com transtorno de ansiedade tem orientação deficiente em relação ao problema, o que dificulta a aplicação das habilidades de solução de problemas, uma vez que ela apresenta preocupação excessiva e sensação de falta de controle pessoal. 2. Habilidades de solução de problemas - referem-se aos comportamentos de solução de problemas. Este componente compreende quatro passos: a) definição do problema; b) geração de soluções alternativas; c) tomada de decisão; e d) prática da solução escolhida e avaliação de seus efeitos. O tratamento na abordagem cognitiva comportamental nos casos de ansiedade, tanto de ajustamento quanto generalizada, requer um foco na resolução de problemas e na habilidade de escolhas. Nessa proposta, os ganhos do paciente se direcionam à autonomia, pois ele passa de uma atitude passiva e evitativa em função do sentimento de impotência, de incapacidade e do medo de tomar decisões, a uma postura menos rígida e consciente das suas reais possibilidades de escolhas . BIBLIOGRAFIA Angelotti, Gildo (org.). (2007). Terapia Cognitivo-comportamental para os transtornos de ansiedade. São Paulo: Casa do Psicólogo. [ Links ] Classificação de transtornos mentais e de comportamento da CID-10: Diretrizes diagnósticas e de tratamento para transtornos mentais em cuidados primários (2007) - Coord. Organiz. Mundial da Saúde. Porto Alegre: Artmed. [ Links ] Barlow, David H. e col. (2009). Manual clínico dos transtornos psicológicos: tratamento passo a passo. 4. Ed. Porto Alegre: Artmed. [ Links ] Beck, Judith S. (1997). Terapia cognitiva: teoria e prática. Porto Alegre: Artes Médicas. [ Links ] Caballo, Vicente E. (2008). Manual de avaliação e treinamento das habilidades sociais. São Paulo: Santos. [ Links ] ______. (2003). Manual para o tratamento cognitivo-comportamental dos transtornos psicológicos: transtornos de ansiedade, sexuais, afetivos e psicóticos. São Paulo: Santos. [ Links ] Dobson, D. e K. S. Dobson. (2010). A terapia cognitivo-comportamental baseada em evidências. Porto Alegre: Artmed. [ Links ] Leahy, R. L. (2011). Livre de ansiedade. Porto Alegre: Artmed. [ Links ] javascript:void(0); javascript:void(0); javascript:void(0); javascript:void(0); javascript:void(0); javascript:void(0); javascript:void(0); javascript:void(0);