Prévia do material em texto
Unidade 1 Página inicial Pular para o conteúdo principal Pular para a navegação INICIANDO UM PROJETO Professor : Esp. Fábio Luiz Iba Objetivos de aprendizagem Compreender o conceito de projeto, suas principais características e a contextualização histórica de gerenciamento de projetos. Analisar as fases que compõem o ciclo de vida de um projeto e os principais processos a serem desenvolvidos em cada fase. Compreender as principais técnicas para análise de viabilidade de um projeto. Apresentar as dez áreas do conhecimento desenvolvidas pelo Guia PMBOK e as principais características de cada área. Compreender os principais processos envolvidos na elaboração do termo de abertura do projeto, quais as suas principais atribuições e contribuições para o desenvolvimento do plano de projeto. https://sites.google.com/view/gaep1/p�gina-inicial https://getfireshot.com https://sites.google.com/view/gaep1/p%C3%A1gina-inicial https://sites.google.com/view/gaep1/p%C3%A1gina-inicial Plano de estudo A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade: Introdução ao conceito de projeto Ciclo de vida de um projeto Análise de viabilidade e suas técnicas Abordagem do Guia PMBOK Elaboração do termo de abertura de um projeto (Project Charter) Introdução Quando você imagina um projeto, provavelmente surjam imagens de projetos grandiosos e complexos em sua cabeça, que apenas grandes organizações são capazes de planejar e executar. No entanto, não raramente, você deve executar diversos projetos diferentes no seu cotidiano, sem se dar conta. Vamos refletir por meio de um pequeno exemplo: quando você se propõe a fazer uma viagem, o processo de planejamento do roteiro, destino, custos, materiais e prazos, fazem parte da concepção de um projeto, mesmo sem conhecer as principais ferramentas para gerenciá-lo, você cumpre o programado, ou seja, realiza a viagem. Diante deste contexto, percebemos que o nosso cotidiano é repleto de atividades ligadas a projetos, e, neste estudo inicial, alguns conceitos e ferramentas serão apresentados e conceituados, trazendo para a sua realidade as melhores práticas do gerenciamento de projetos, sejam eles de grande, médio ou pequeno porte. Neste estudo, algumas compreensões iniciais sobre projetos são necessárias para que, desta forma, uma sequência lógica se forme durante os seus estudos e facilite o entendimento dos conceitos e as aplicações das ferramentas. Por exemplo, o ciclo de vida de um projeto se inicia durante a fase de concepção e de idealização, e o acompanhará por todo o seu planejamento, execução, controle e encerramento, e durante todas estas fases, algumas técnicas são essenciais para a sua eficiente execução. Nesta primeira sessão, conheceremos algumas das principais ferramentas para o estudo de viabilidade do projeto, elaboração do termo de abertura (Project Charter), planejamento, execução, controle e encerramento, assim como as principais atividades envolvidas. Aprofundaremos na abordagem das principais áreas do conhecimento desenvolvidas pelo Guia PMBOK, que servirão como embasamento às ferramentas utilizadas. Avançar https://sites.google.com/view/gaep1/p�gina-inicial https://getfireshot.com https://sites.google.com/view/gaep1/p%C3%A1gina-inicial/unidade-1 UNICESUMAR | UNIVERSO EAD https://sites.google.com/view/gaep1/p�gina-inicial https://getfireshot.com Unidade 1 Página inicial Pular para o conteúdo principal Pular para a navegação INTRODUÇÃO AO CONCEITO DE PROJETO A gestão de projetos está longe de ser uma atividade recente. Há muitos séculos, grandes impérios faziam uso desta metodologia para a construção de grandes monumentos, alguns dos quais ainda podemos contemplar atualmente. A pirâmide de Quéops, do terceiro milênio antes de Cristo, é um clássico exemplo da aplicação de conhecimentos técnicos e gerenciais. A pirâmide tem a altura original de 146,4 metros e 230 metros em cada um dos lados, foi construída com 2.300.000 blocos de pedra, com peso médio de 2,5 toneladas, e se estima que em torno de 100 mil pessoas trabalharam na construção do monumento, movimentando 270 blocos de pedra por dia, em um período de aproximadamente 23 anos. Não é difícil imaginar a complexidade na execução desse projeto até mesmo hoje, com todas as ferramentas e equipamentos que temos à disposição. Após os egípcios terem desenvolvido as suas habilidades no planejamento e na execução de suas obras faraônicas, os romanos também se desenvolveram e, por sua vez, podem ser considerados grandes organizadores, engenheiros e gerentes de projeto, pois, como se sabe, eram dotados de uma grande capacidade inventiva e gerencial. Como resultado de suas habilidades, os romanos deixaram de legado às sociedades posteriores o conhecimento para a construção de portos, pontes, saneamento básico, rede de fornecimento de água e piscinas aquecidas, além do cimento e concreto que já utilizavam há dois mil anos. Mesmo as técnicas de projetos sendo praticadas há centenas de anos, a concepção das práticas de projeto como disciplina é uma atividade recente. Somente em meados dos anos de 1950 e 1960 é que tais técnicas foram organizadas e compiladas para a discussão e o desenvolvimento das melhores práticas. De acordo com Maximiano (2009), a primeira ferramenta moderna de gestão de projetos foi desenvolvida por Henry Gantt. Se trata de um cronograma em que as atividades são apresentadas em tarefas menores, representadas por meio de barras que indicam o período de duração de cada uma das atividades. Esta invenção surtiu grande efeito na fabricação de navios de guerra, gerando grande economia de tempo e recursos. Afinal, o que é um projeto? Já sabemos que as suas aplicações ocorrem antes mesmo da concepção do termo projeto, então, precisamos conceituar que vem a ser um. As definições deste conceito não apresentam grandes diferenças entre os autores estudiosos do tema, e algumas características são unânimes entre eles. Quadro 1 - Definições de projeto https://sites.google.com/view/gaep1/p�gina-inicial/unidade-1 https://getfireshot.com https://sites.google.com/view/gaep1/p%C3%A1gina-inicial https://sites.google.com/view/gaep1/p%C3%A1gina-inicial https://sites.google.com/view/gaep1/p%C3%A1gina-inicial/unidade-1#h.9duk5e1evgi9 Fonte: adaptado de Kelly e Nokes (2012). Entre as principais características que integram a definição de um projeto, é possível perceber que três atributos são indispensáveis: atividade temporária, produto singular e orçamento restrito. De acordo com Maximiano (2009), podem ser compreendidos pelos conceitos a seguir. Atividade temporária é a sequência de atividades temporárias, ou seja, são atividades que têm início, meio e fim. Caso não apresente caráter temporal finito, não pode ser considerado um projeto, mas sim uma atividade contínua, que, de acordo com Keeling (2002), representa as atividades cotidianas de uma organização ou setor. Produto singular faz parte da concepção de um projeto que envolve a entrega de um produto único, também chamado de deliverables . Os produtos de um projeto são classificados em três principais categorias: produtos físicos, informações, eventos e serviços. Orçamento restrito é uma das características importantes do projeto, pois cumprir o seu objetivo dentro das estimativas de custo é primordial para o seu sucesso ou não. Além das características inerentes ao conceito de projeto aqui apresentadas, outras duas condicionantes são importantes para esclarecimento: a primeira se refere às incertezas. Elas sinalizam que os caminhos a serem tomados pelo projeto são desconhecidos, e quanto maior for o grau de desconhecimento desses caminhos, maiores serão os riscos que os envolvem. A segunda condicionante a ser considerada é a complexidade do projeto, mensurável pela quantidade de variáveis envolvidas. Portanto, projetos podem ser classificados de acordo com a relação entre incertezas e complexidades.Figura 1 - Complexidade e incerteza de um projeto https://sites.google.com/view/gaep1/p�gina-inicial/unidade-1 https://getfireshot.com Fonte: adaptada de Maximiano (2009). Quanto maiores forem as incertezas e complexidades de um projeto, tanto maior será a quantidade de variáveis e de disciplinaridades dele. Um projeto com baixa complexidade e incerteza, por exemplo, é menos complexo de ser gerido e pode ser representado por projetos de pequeno porte, ao contrário daqueles que apresentam maior complexidade e incerteza, que, devido ao envolvimento de diversas áreas distintas à gestão, são difíceis de ser executados e podem ser exemplificados por grandes projetos. No Brasil, o desenvolvimento da gerência de projetos trilhou o mesmo caminho que em outras partes do mundo, com o planejamento da execução de instalações industriais pelas firmas projetistas e montadoras, claramente sob a influência norte-americana. O esquema de condução do projeto, quanto aos seus componentes básicos de engenharia de projeto, suprimentos e construção, atendendo aos objetivos especificados e aos limites de prazo e custo, passou a orientar a maior parte dos gerenciadores brasileiros. Durante a década de 1970, alguns projetos pioneiros, como o do metrô em São Paulo, tiveram a linha geral do seu gerenciamento baseada nesse conceito. Porém, as condições impostas pela estratégia de implantação adotada obrigaram a redefinição dos conceitos de qualidade, prazo e custo. Resultou, então, que o melhor prazo nem sempre deve ou pode ser o menor. O contrato de custo mais baixo não resulta no mais interessante em longo prazo, nem o melhor equipamento importado é, necessariamente, o mais conveniente. Fonte: Codas (1987). https://sites.google.com/view/gaep1/p�gina-inicial/unidade-1 https://getfireshot.com CICLO DE VIDA DE UM PROJETO De acordo com Keeling (2002), todo projeto passa por algumas fases, desde a sua concepção até o momento da sua conclusão, e cada fase tem sua própria particularidade, seja pela necessidade de maior envolvimento das pessoas no projeto ou pelo maior dispêndio de recursos financeiros e materiais. De acordo com o Guia PMBOK (2013), os projetos são compostos por quatro fases, geralmente dispostas de forma sequencial, sendo elas: conceituação, planejamento, implementação e conclusão. Figura 2 - Ciclo de vida de um projeto https://sites.google.com/view/gaep1/p�gina-inicial/unidade-1 https://getfireshot.com https://sites.google.com/view/gaep1/p%C3%A1gina-inicial/unidade-1#h.90u05oj53nni Fonte: adaptada do Guia PMBOK (2013). Os projetos são diferentes entre si e apresentam variações quanto ao seu tamanho e complexidade, no entanto todos podem ser enquadrados na mesma estrutura genérica do ciclo de vida. De acordo com o Guia PMBOK (2013), o ciclo de vida do projeto não deve ser confundido com o do produto produzido pelo projeto, pois ambos atuam de forma independente e apresentam objetivos distintos. Para Keeling (2002), é importante a compreensão sobre o ciclo de vida de um projeto, pois as atividades acontecerão de forma lógica e sequencial, devendo ser planejadas e executadas considerando as especificidades de cada uma das fases. De acordo com Keeling (2002), a fase de conceituação de um projeto é o ponto de partida, é nesta etapa em que se identifica uma necessidade ou um desejo a ser atingido, é o momento em que as pessoas envolvidas determinam as razões pelas quais o projeto deve ser levado às próximas etapas e executado. O processo de amadurecimento da ideia de um projeto é permeado por algumas atividades específicas pertinentes a esta fase, tais como: a preparação de uma proposta que apresente o objetivo, as justificativas, os métodos, custos e benefícios que serão atingidos com a execução do projeto. Após o processo inicial de identificação das necessidades que o projeto atenderá, é necessária a elaboração de um estudo de viabilidade econômico-financeira para identificar os ganhos financeiros que serão gerados (caso seja um projeto de caráter econômico). Ainda, de acordo com o autor, após a fase de conceituação inicial, a segunda fase se trata da etapa responsável pelo planejamento. É neste momento que algumas definições importantes são feitas, tais como: a elaboração do plano de projeto, a escolha da equipe de especialistas e a delimitação de suas atribuições. Também é feita, nesta fase, a escolha formal do gerente do projeto que conduzirá o planejamento, a execução e o encerramento. Alguns autores consideram a fase de planejamento a etapa mais importante, pois as atividades de execução e encerramento serão conduzidas de acordo com o que foi planejado, e, consequentemente, os erros serão materializados no momento da execução. A terceira fase, de acordo com Keeling (2002), é aquela cujo planejamento é posto em prática, “a eficiência do trabalho estará diretamente associada à qualidade dos planos já formulados, à eficácia da administração, tecnologia, liderança e controle” (KEELING, 2012, p. 17). É possível, nesta fase, a realização de revisões e de atualizações do plano, assim que necessária. A quarta e última fase é a conclusão do projeto. É neste momento que toda a equipe é desfeita e cada membro volta para a sua atividade rotineira, os contratos são desfeitos e são realizadas as avaliações de encerramento, garantindo o atingimento do objetivo do projeto ou não. Figura 3 - Sequência típica de eventos durante o ciclo de vida do projeto https://sites.google.com/view/gaep1/p�gina-inicial/unidade-1 https://getfireshot.com Fonte: adaptada de Keeling (2002). Todo projeto, necessariamente, passa pelas quatro fases do ciclo de vida. No entanto cada um possui as suas particularidades, e elas podem alterar o fluxo de utilização dos recursos, por exemplo. De acordo com Gido e Clements (2007), o ciclo de vida de um projeto é aplicado de forma mais estruturada e formal quando está inserido em um ambiente corporativo, ou seja, ao estar vinculado diretamente a uma corporação. No entanto um projeto também pode ser conduzido por indivíduos ou voluntários sem nenhuma ligação corporativa, oferecendo a ele um caráter menos formal. Pesquisa desenvolvida pelo Project Management Institute (2016) referente à prioridade das empresas que utilizam a prática do gerenciamento de projetos, sobre a necessidade de desenvolvimento das equipes envolvidas no gerenciamento. https://sites.google.com/view/gaep1/p�gina-inicial/unidade-1 https://getfireshot.com Figura 4 - Prioridades do desenvolvimento de habilidades de gestão de projetos Fonte: PMI (2016, p. 9). ANÁLISE DE VIABILIDADE E SUAS https://sites.google.com/view/gaep1/p�gina-inicial/unidade-1 https://getfireshot.com TÉCNICAS Após a ideia da execução do projeto ser previamente aceita pelo patrocinador, faz-se necessária a elaboração de um estudo de viabilidade econômico-financeira propriamente dita, ou seja, é prudente que se verifique a exequibilidade e quais os possíveis retornos financeiros gerados pelo projeto. De acordo com Keeling (2002), esta é uma etapa de extrema importância, no entanto, muitas vezes, é ignorada ou desconsiderada por parte dos profissionais envolvidos, por não compreenderem os benefícios gerados pelo estudo. Para Gitman (2002), as técnicas de análise de viabilidade são utilizadas para a seleção de projetos que proporcionarão aos seus proprietários aumento de riqueza. Em um contexto empresarial, a maioria dos projetos visa à obtenção de retorno financeiro, ou seja, a geração de receita para a organização. Para tanto, o estudo de viabilidade possibilita a simulação desta realidade futura e facilita a tomada de decisão quanto à execução ou não do projeto. De acordo com Sanvicente e Santos (2000), existem diversas técnicas que possibilitam a previsão de geração de receitas, cabendo aos administradores decidirem qual técnica melhor atende aos interesses da empresa. Entre as principais técnicas, estão: o ValorPresente Líquido (VPL), a Taxa Interna de Retorno (TIR) e o payback . Valor Presente Líquido (VPL) Esta técnica desconta os fluxos de caixa da empresa em uma taxa específica. De acordo com Casarotto Filho e Kopittke (2000) e Gitman (2002), o Valor Presente Líquido é considerado uma técnica sofisticada de tomada de decisão, pois considera os fluxos de caixa obtidos durante toda a existência do projeto e não somente no instante em que se obtém saldo positivo. Portanto, o VPL traduz as entradas e as saídas de caixa para valores monetários atuais. A tomada de decisão baseada no Valor Presente Líquido pode ser resumida na forma a seguir. Quadro 2 - Critérios de decisão do VPL Fonte: adaptado de Gitman (2002). De acordo com Gitman (2002), quanto maior for o resultado do cálculo do VPL, maior será o retorno financeiro gerado pelo projeto à empresa, portanto, os administradores responsáveis pela aceitação ou não do projeto devem primar por aquele que apresente resultados maiores que zero. No entanto projetos com VPL menor ou igual a zero podem ser decididos baseados em critérios não financeiros. Taxa Interna de Retorno (TIR) https://sites.google.com/view/gaep1/p�gina-inicial/unidade-1 https://getfireshot.com A Taxa Interna de Retorno pode ser definida como a taxa de desconto que iguala o valor presente das entradas de caixa (GITMAN, 2002). A TIR também pode ser compreendida como a taxa de remuneração do capital e uma técnica avançada de tomada de decisão. Entretanto, para a decisão de aceitação ou não do projeto, é necessário que a TIR seja comparada com a Taxa Mínima de Atratividade (TMA), que representa a taxa mínima que o investidor está disposto a obter de retorno para entrar ou aceitar o projeto, sendo normalmente comparada a investimentos como poupança, renda fixa, fundos de investimento etc. (SAMANEZ, 2007). A tomada de decisão baseada na taxa interna de retorno pode ser baseada nos critérios apresentados a seguir. Quadro 3 - Critérios de decisão da TIR Fonte: adaptado de Gitman (2002). Uma das principais vantagens deste método é o fato de o seu resultado ser gerado em percentual, facilitando a comparação com outros investimentos, uma vez que esses investimentos também são, normalmente, gerados em percentuais. Período de payback De acordo com Gitman (2002), o período de payback representa o tempo exato para o retorno do capital investido a partir das entradas de caixa geradas pelo projeto. O período de payback é uma técnica bastante utilizada nas tomadas de decisões, e, no entanto, não é considerada muito eficiente por não considerar o valor do dinheiro no tempo, assim como ocorre com a TIR e o VPL. Para a tomada de decisão de aceitação ou não do projeto, é necessário que a empresa tenha definido claramente o prazo máximo aceitável para a obtenção do investimento. A decisão baseada no período de payback pode ser orientada pelos critérios apresentados a seguir. Quadro 4 - Critérios de decisão do período de payback https://sites.google.com/view/gaep1/p�gina-inicial/unidade-1 https://getfireshot.com Fonte: adaptado de Gitman (2002). Howard Schultz transformou a Starbucks Coffee Company, com sede em Seattle, de uma simples torrefadora local de café em uma lucrativa revendedora nacional de 90 milhões de dólares. Sua estratégia se baseia na crença de que cada dólar investido em seus empregados resultará em mais do que um dólar de lucro líquido. O treinamento de empregados é uma área que Schultz considera uma mina de ouro. Normalmente, a empresa gasta 25 horas de treinamento em cada novo empregado antes de ele assumir o trabalho. Os treinandos frequentam aulas em que são tratados assuntos específicos, como “Conhecendo o Café 101”. Schultz estima gastar mil dólares para treinar cada funcionário. Todavia as análises mostram que seus custos indiretos caíram de 12,3% para 8% em relação às vendas após os programas de treinamento. Como a média de vendas semanais é de 350 dólares por empregado, a economia semanal obtida com o treinamento é de 15,05 dólares. Fonte: Gitman (2002, p. 328). O período de payback é bastante utilizado por empresas de pequeno porte devido a sua facilidade de interpretação e cálculo. No geral, este método é aplicado como o básico para a decisão ou como informação complementar aos métodos mais sofisticados, como o TIR e o VPL. De acordo com Gitman (2002), não é uma tarefa fácil determinar qual é o melhor método de avaliação de investimento de capital a ser considerado no momento da decisão de implementação de um projeto. No entanto é importante que algumas percepções sejam clarificadas. O Valor Presente Líquido, por exemplo, sob uma perspectiva prática, pode não ser considerado adequado devido a sua dificuldade de medição ou de comparação com outros investimentos, uma vez que os valores resultantes do cálculo não são expressos em percentuais. Por outro lado, a Taxa Interna de Retorno, sob a perspectiva prática, possibilita ao tomador de decisão um parâmetro de comparação mais pragmático, pois os resultados são expressos em percentuais, assim como taxas de juros, medidas de lucratividade e rentabilidade de investimentos. https://sites.google.com/view/gaep1/p�gina-inicial/unidade-1 https://getfireshot.com A decisão, portanto, de qual método utilizar, irá variar de acordo com a perspectiva da organização e da ferramenta mais apropriada aos critérios do tomador de decisão. ABORDAGEM DO GUIA PMBOK O Guia PMBOK é um guia genérico das melhores práticas do gerenciamento de projetos, abrangendo uma série de processos que devem ser executados durante o ciclo de vida do projeto em dez áreas do conhecimento: integração, escopo, tempo, custo, recursos humanos, comunicação, riscos, aquisições, qualidade e stakeholders . Figura 5 - Áreas do conhecimento https://sites.google.com/view/gaep1/p�gina-inicial/unidade-1 https://getfireshot.com Fonte: adaptada do Guia PMBOK (2013). O escopo, de acordo com Kelly e Nokes (2012), é a soma dos produtos, serviços e resultados a serem fornecidos na forma de projetos. O gerenciamento do escopo do projeto é o processo que determina quais trabalhos são necessários para atender aos objetivos do projeto, aliado ao processo de controlar o escopo de cada um. O gerenciamento de escopo possui cinco grupos de processos. Planejamento do escopo: processo de criar um plano de gerenciamento do escopo do projeto que documente como tal será definido. Definição do escopo: processo de determinar, documentar e gerenciar as necessidades e requisitos das partes interessadas a fim de atender aos objetivos do projeto. Criar Estrutura Analítica do Projeto (EAP): o processo de subdivisão das entregas e do trabalho em componentes menores e mais facilmente gerenciáveis. O principal benefício desse processo é fornecer uma visão estruturada do que deve ser entregue. Verificação do escopo: processo de formalização da aceitação das entregas concluídas do projeto. Controle do escopo: processo de monitoramento do andamento do escopo do projeto, dos produtos e do gerenciamento das mudanças feitas na linha de base do escopo. Os projetos são transientes por definição: a sua duração é finita e os seus dias estão sempre contados, como afirmam Kelly e Nokes (2012). Mesmo quando a data de término não é uma restrição inflexível, cronogramas e gerenciamento de tempo ruim ou inexistente afetam todas as outras restrições, como custo, escopo e satisfação do cliente. De acordo com o Guia PMBOK (2013), a área de conhecimento e gerenciamento de tempo é composto por sete processos, que não precisam, necessariamente, ocorrer em sequência. Planejar o gerenciamento do cronograma: o processo de estabelecer as políticas, os procedimentos e a documentação para o planejamento, o desenvolvimento, o gerenciamento, a execução e o controle do cronograma do projeto. Definição da atividade: o processo de identificação e documentação das ações específicasa serem realizadas para produzir as entregas do projeto. https://sites.google.com/view/gaep1/p�gina-inicial/unidade-1 https://getfireshot.com Sequenciamento das atividades: o processo de identificação e documentação dos relacionamentos entre as atividades do projeto. Estimativa de recursos da atividade: o processo de estimativa dos tipos e quantidades do material, além de recursos humanos, equipamentos ou suprimentos que serão necessários para realizar cada atividade. Estimativa de duração da atividade: o processo de estimativa do número de período de trabalho que será necessário para terminar as atividades específicas com os recursos estimados. Desenvolvendo cronograma: o processo de análise das sequências das atividades, as suas durações, os recursos necessários e as restrições do cronograma, visando a criar o cronograma do projeto. Controle do cronograma: o processo de monitoramento do andamento das atividades do projeto, para a atualização do seu progresso e das mudanças feitas na linha de base do cronograma para a realização do que foi planejado. Conforme o Guia PMBOK (2013), o gerenciamento de custos do projeto inclui os processos envolvidos em estimativas, orçamentos e controle dos custos, de modo que o projeto possa ser terminado dentro do orçamento aprovado. Existem quatro processos que compõem o gerenciamento de custos, e que interagem entre si e as demais áreas do conhecimento. Planejar o gerenciamento dos custos: é o processo de estabelecer as políticas, os procedimentos e a documentação para planejamento, gestão, despesas e controle dos custos do projeto. Estimar os custos: é o processo de desenvolvimento de uma estimativa dos custos de recursos monetários necessários para terminar as atividades do projeto. Determinar o orçamento: é o processo de agregação dos custos estimados das atividades individuais ou dos pacotes de trabalho, para estabelecer uma linha de base dos custos autorizada. Controlar os custos: é o processo de monitoramento do andamento do projeto, para atualização no seu orçamento e gerenciamento das mudanças feitas na linha de base de custos. Para o Guia PMBOK (2013), o gerenciamento da qualidade do projeto inclui os processos e as atividades da organização executora, que, por sua vez, determinam as políticas de qualidade, os objetivos e as responsabilidades, de modo que o projeto satisfaça as necessidades para as quais foi empreendido. O gerenciamento da qualidade possui três processos. Planejar a qualidade: o processo de identificação dos requisitos e padrões da qualidade do projeto e as suas entregas, além da documentação de como ele demonstrará a conformidade com os requisitos e padrões de qualidade. Realizar a garantia da qualidade: o processo de auditoria dos requisitos de qualidade e dos resultados das medições de controle de qualidade, para garantir o uso dos padrões de qualidade e das definições operacionais. Realizar o controle da qualidade: o processo de monitoramento e registro dos resultados da execução das atividades de qualidade, para avaliar o desempenho e recomendar as mudanças necessárias. A abordagem básica do gerenciamento da qualidade são compatíveis com a ISO, no entanto, as duas disciplinas ressaltam a importância de quatro pontos: satisfação do cliente, prevenção em vez de inspeção, melhoria contínua (ciclo PDCA) e responsabilidade da gerência. Para Kelly e Nokes (2012), o planejamento de recursos humanos ocorre durante a fase de planejamento do ciclo de vida do projeto. É durante este processo que o gerente identifica os requisitos de recursos humanos do seu projeto, incluindo as funções e as responsabilidades, a estrutura hierárquica e o plano de gerenciamento de pessoal. Complementando, o Guia PMBOK (2013) sugere quatro processos para o gerenciamento dos recursos humanos. Desenvolver o plano de recursos humanos: o processo de identificação e de documentação de papéis, responsabilidades, habilidades necessárias e relações hierárquicas. Mobilizar a equipe do projeto: o processo de confirmação da disponibilidade dos recursos humanos e de obtenção da equipe necessária para terminar as atividades do projeto. Desenvolver a equipe do projeto: o processo de melhoria das competências, da interação da equipe e do ambiente geral para aprimorar o desempenho do projeto. Gerenciar a equipe do projeto: o processo de acompanhar o desempenho dos membros da equipe, fornecer feedback, resolver problemas e gerenciar mudanças para otimizar o desempenho do projeto. O gerenciamento das comunicações do projeto inclui processos necessários para assegurar que as informações sejam geradas, coletadas, distribuídas, armazenadas, recuperadas e organizadas de maneira apropriada, segundo o Guia PMBOK (2013). A maior parte do tempo do gerenciamento do projeto é gasto com a comunicação entre as partes interessadas. https://sites.google.com/view/gaep1/p�gina-inicial/unidade-1 https://getfireshot.com Planejar o gerenciamento das comunicações: o processo de desenvolver uma abordagem apropriada e um plano de comunicações do projeto com base nas necessidades de informações e de requisitos das partes interessadas, e nos ativos organizacionais disponíveis. Gerenciar as comunicações: o processo de criar, coletar, distribuir, armazenar, recuperar e dispor, de modo final, as informações do projeto, de acordo com o plano de gerenciamento das comunicações. Controlar as comunicações: o processo de monitorar e controlar as comunicações no decorrer de todo ciclo de vida do projeto, para assegurar que as necessidades de informação das partes interessadas sejam atendidas. De acordo com o Guia PMBOK (2013), o gerenciamento dos riscos do projeto inclui os processos de planejamento, identificação, planejamento de respostas, monitoramento e controle de riscos. Os riscos do projeto são sempre futuros. O risco é um evento ou uma condição incerta que, se ocorrer, tem efeito em, pelo menos, um objetivo do projeto. Ainda, de acordo com a bibliografia sugerida, existem seis processos de gerenciamento do risco. Planejar o gerenciamento dos riscos: o processo de definição da forma de conduzir as atividades de gerenciamento dos riscos de um projeto. Identificar os riscos: o processo de determinação dos riscos que podem afetar o projeto, além do processo de documentação das suas características. Realizar a análise qualitativa dos riscos: o processo de priorização de riscos para a análise ou a ação posterior por meio da avaliação e da combinação de sua probabilidade de ocorrência e impacto. Realizar a análise dos riscos: o processo de analisar numericamente o efeito dos riscos identificados nos objetivos gerais do projeto. Planejar as respostas aos riscos: o processo de desenvolvimento de opções e de ações para aumentar as oportunidades e reduzir as ameaças aos objetivos do projeto. Controlar os riscos: o processo de implementar planos de respostas aos riscos, acompanhar os riscos identificados, monitorar riscos residuais, identificar novos riscos e avaliar a eficácia do processo de gerenciamento dos riscos durante todo o projeto. Para Kelly e Nokes (2012), o gerenciamento de aquisições do projeto descreve os processos necessários para adquirir produtos ou serviços a partir de fontes externas. A aquisição pode envolver o estabelecimento de contratos formais, tais como compra, aluguel ou contratação, ou arranjos não contratuais. Os processos de gerenciamento de aquisições são estes apresentados a seguir. Planejar as aquisições: o processo de documentação das decisões de compra de um projeto, especificando a abordagem e identificando os fornecedores em potencial. Realizar as aquisições: o processo de obtenção de respostas de fornecedores, seleção de um fornecedor, confecção de um contrato. Administrar as aquisições: o processo de gerenciamento das relações de aquisições, monitoramento do desempenho do contrato, relações de mudanças e correçõesnos contratos, conforme necessário. Encerrar as aquisições: o processo de encerrar cada uma das aquisições do projeto. De acordo com o Guia PMBOK (2013), o gerenciamento das partes interessadas do projeto inclui os processos exigidos para identificar todas as pessoas, grupos ou organizações que podem impactar ou ser impactados pelo projeto, e, assim, desenvolver estratégias de gerenciamento apropriadas para a execução. A satisfação das partes interessadas deve ser gerenciada como um objetivo essencial. Os processos sugeridos para o gerenciamento das partes interessadas são estes apresentados a seguir. Identificar as partes interessadas: o processo de identificar pessoas, grupos ou organizações que podem impactar ou ser impactados por uma decisão, atividade ou resultado, além de analisar e documentar informações importantes relativas aos seus interesses. Planejar o gerenciamento das partes interessadas: o processo de desenvolver estratégias apropriadas pelo gerenciamento para engajar as partes interessadas de maneira eficaz no decorrer de todo o ciclo de vida do projeto, com base nas análises de suas necessidades, de seus interesses e do impacto potencial no sucesso do projeto. Gerenciar o engajamento das partes interessadas: o processo de se comunicar e trabalhar com as partes interessadas para atender às suas necessidades e expectativas, responder as questões à medida que elas ocorrem, e incentivar o engajamento apropriado das partes interessadas nas atividades do projeto no decorrer de todo ciclo de vida dele. Controlar o engajamento das partes interessadas: o processo de monitorar os relacionamentos das partes interessadas do projeto em geral, e ajustar as estratégias e planos para o engajamento dessas partes. O gerenciamento de integração, de acordo com Kelly e Nokes (2012), significa coordenar todos os outros processos e atividades do gerenciamento de projetos para garantir que os objetivos serão alcançados com o máximo de eficiência praticável. O Guia PMBOK (2013) afirma que o gerenciamento de integração do projeto inclui os processos e as atividades necessárias para https://sites.google.com/view/gaep1/p�gina-inicial/unidade-1 https://getfireshot.com identificar, definir, combinar, unificar e coordenar os vários processos e atividades dos grupos de processos do gerenciamento. Os processos de gerenciamento de integração são estes apresentados a seguir. Desenvolver o termo de abertura do projeto: o processo de desenvolver um documento que, formalmente, autoriza a existência de um projeto e dá ao gerente a autoridade necessária para aplicar recursos organizacionais às atividades do projeto. Desenvolver o plano de gerenciamento do projeto: o processo de definir, preparar e coordenar todos os planos subsidiários e integrá-los a um plano de gerenciamento de projeto abrangente. Orientar e gerenciar a execução do projeto: o processo de liderar e realizar o trabalho definido no plano de gerenciamento. Monitorar e controlar o trabalho do projeto: o processo de acompanhar, revisar e registrar o progresso do projeto para atender aos objetivos de desempenho definidos no plano de gerenciamento. Realizar o controle integrado de mudanças: o processo de revisar todas as solicitações de mudança, aprovar estas mudanças e gerenciá-las nas entregas, nos ativos de processo organizacionais, nos documentos do projeto e no plano de gerenciamento do projeto. Encerrar o projeto ou fase: o processo de finalização de todas as atividades de todos os grupos de processo de gerenciamento do projeto, encerrando formalmente o projeto ou a fase. Pesquisa demonstra que empresas que utilizam a metodologia de gerenciamento de projetos gastam 13 vezes menos recursos financeiros e são 2,5 vezes mais eficientes do que empresas que não utilizam a metodologia. Figura 6 - Prioridade do desenvolvimento de habilidades de gestão de projetos Fonte: PMI (2016, p. 8). A partir da compreensão das principais áreas do conhecimento sugeridas pelo Guia PMBOK (2013), é possível desenvolver o plano de gerenciamento do projeto. De acordo com o Guia, o plano de gerenciamento é o processo de documentação das ações necessárias para definir, preparar, integrar e coordenar todos os planos auxiliares. O plano de gerenciamento se torna a fonte principal sobre como ele será planejado, executado, monitorado, controlado e encerrado. Todo o planejamento deve ser registrado, e o plano se torna a diretriz do projeto, incluindo cada ação a ser tomada em cada situação. https://sites.google.com/view/gaep1/p�gina-inicial/unidade-1 https://getfireshot.com ELABORAÇÃO DO TERMO DE ABERTURA DE UM PROJETO (PROJECT CHARTER) Conforme o Guia PMBOK (2013), o termo de abertura é o documento que, formalmente, autoriza a existência de um projeto e dá ao gerente as suas delegações e autoridades necessárias para o seu gerenciamento. Na literatura, podem ser encontradas outras nomenclaturas dadas a esse documento (CHAGAS, 2009), no entanto, com a mesma função. Por exemplo: https://sites.google.com/view/gaep1/p�gina-inicial/unidade-1 https://getfireshot.com https://sites.google.com/view/gaep1/p%C3%A1gina-inicial/unidade-1#h.9cznvh8jf2we Os processos de elaboração do termo de abertura estão divididos em três etapas: as entradas, as ferramentas e técnicas, e as saídas. Figura 7 - Grupo de processos para elaboração do termo de abertura Fonte: Guia PMBOK (2013). De acordo com o Guia PMBOK (2013), as entradas são compostas por cinco tópicos: o primeiro se trata das especificações do trabalho do projeto (ETP), em que se descreve o produto, serviço ou resultado a ser entregue. As principais informações constantes em uma ETP são (1) necessidade de negócios, por exemplo, demanda de mercado, avanço tecnológico ou uma exigência legal; (2) descrição do escopo do produto, documentando as características do produto, serviço ou resultado que o projeto deverá criar; (3) plano estratégico que descreve as metas e objetivos da organização. O segundo tópico se refere ao business case que descreve as informações sob a perspectiva de negócio para justificar a sua necessidade ou não, por exemplo, necessidade organizacional, demanda de mercado, solicitação de cliente e necessidade de natureza social. O terceiro se trata dos acordos, que informam quais são as intenções iniciais do projeto, podendo ser representado por contratos, memorandos, carta de acordo, carta de intenções etc. O quarto tópico a ser analisado se refere aos fatores ambientais da empresa, que incluem padrões governamentais, industriais ou regulamentos, estrutura e cultura organizacional, além das condições de mercado. O quinto fator que pode influenciar a elaboração do termo de abertura de um projeto são os ativos de processos organizacionais, que podem ser descritos como os padrões de processos e modelos previamente estabelecidos de documentos, por exemplo. https://sites.google.com/view/gaep1/p�gina-inicial/unidade-1 https://getfireshot.com A etapa de aplicação de ferramentas e técnicas, de acordo com o Guia PMBOK (2013), são duas das principais atividades a serem desenvolvidas. A primeira se refere às opiniões especializadas, utilizada com frequência para o desenvolvimento do termo de abertura. Essas opiniões podem ser oriundas das mais diferentes áreas de atuação. Por exemplo, outras unidades da própria organização, consultores, stakeholders , setores econômicos e escritórios de projetos. A segunda atividade, por sua vez, trata das técnicas de facilitação: elas auxiliam a captação de ideias para o desenvolvimento do termo de abertura e de análise das informações recebidas. Entre as técnicas mais utilizadas, estão: brainstorming , resolução de conflitos e gerenciamento de reuniões. De acordo com o Guia PMBOK (2013), a última etapa trata da saída, ou seja, do resultado das etapas de entrada e de ferramentas e técnicas, cujo resultado gerado é o termo de abertura. Como já descrito anteriormente,ele tem a função de autorizar o projeto com algumas informações básicas para que seja iniciado o planejamento, tais como: finalidade ou justificativa do projeto; objetivos mensuráveis do projeto e critérios de sucesso relacionados; requisitos de alto nível; premissas e restrições; descrição de alto nível do projeto e seus limites; riscos de alto nível; resumo do cronograma de marcos; resumo de orçamento; lista das partes interessadas; requisitos para aprovação do projeto; gerente do projeto, responsabilidade, nível de autoridade; nome e autoridade do patrocinador. O termo de abertura auxilia o gerente de projetos no processo de elaboração do plano de projeto (processo de definir, preparar, coordenar todos os planos auxiliares e integrá-los a um plano de gerenciamento abrangente), fornecendo as informações básicas para um planejamento mais eficiente. De acordo com Menezes (2009), o termo de abertura de um projeto deve conter as seguintes informações. Histórico: traz informações básicas para que os participantes compreendam a motivação, o apoio, a oposição e as resistências para a execução do projeto. Objetivo: deve ser passível de mensuração e de fácil compreensão. Produtos do projeto: apresenta quais serão os subprodutos criados pelo projeto. Principais marcos de controle: são indicações sobre em quais momentos no tempo do projeto as atividades serão iniciadas ou encerradas. Premissas: são fatores considerados como reais, verdadeiros ou certos, são hipóteses levantadas no planejamento do projeto. Riscos: fatores que poderão gerar ameaças e oportunidades ao projeto. Restrições: são fatores que limitarão o projeto, podem ser determinados por meio de contratos. Projetos inter-relacionados: são projetos que se relacionarão com o projeto que se pretende desenvolver. Critério de aceitação: determinação de critérios de avaliação dos subprodutos ou produtos do projeto. Assinatura: determinação das pessoas que poderão ser responsáveis pelo aceite ou pelas aprovações necessárias no decorrer do projeto. Revisões: deverá conter este item no termo de abertura caso as revisões do projeto sejam feitas de maneira formal. Plano de comunicação: neste ponto se determinam de quais formas serão feitas as comunicações com as partes interessadas, comunicações que podem ocorrer por meio de relatórios e reuniões formais. Plano de gerenciamento de mudanças: havendo necessidade de mudanças no projeto, quais serão as providências a serem tomadas e de qual maneira deverão ser conduzidas as mudanças. Complementarmente, Xavier (2009) apresenta cinco principais pontos que devem conter um termo de abertura ou estarem relacionados a ele de forma indireta: https://sites.google.com/view/gaep1/p�gina-inicial/unidade-1 https://getfireshot.com Após a emissão do termo de abertura e a sua assinatura de autorização, o planejamento do projeto é iniciado com o gerente do projeto e sua equipe de planejamento. O escopo passa a ser detalhadamente descrito a partir deste momento, conforme será discutido nos próximos estudos. Avançar UNICESUMAR | UNIVERSO EAD https://sites.google.com/view/gaep1/p�gina-inicial/unidade-1 https://getfireshot.com https://sites.google.com/view/gaep1/p%C3%A1gina-inicial/atividades Unidade 1 Página inicial Pular para o conteúdo principal Pular para a navegação ATIVIDADES 1. Todo projeto apresenta seu ciclo de vida, que normalmente é composto por quatro fases, desde sua concepção até sua conclusão: (1) iniciação; (2) organização (planejamento); (3) execução do trabalho; (4) encerramento. De acordo com essas fases, assinale a alternativa incorreta. a) Na fase de iniciação de um projeto é que se identifica uma necessidade a ser atendida, é o momento em que são determinadas as razões para que o projeto seja levado às próximas etapas. b) Na fase de planejamento são feitas algumas atribuições importantes, por exemplo, a escolha da equipe e a elaboração do plano de projeto, no entanto, o gerente deve ser escolhido na fase anterior, ou seja, na fase de iniciação. c) A fase de execução é o reflexo do que foi desenvolvido inicialmente, e na fase de planejamento, as falhas das fases anteriores se tornam evidentes. d) A fase final é o momento em que o projeto é entregue e os contratos são desfeitos, as equipes encerram suas atividades e voltam às suas atividades rotineiras. e) O ciclo de vida de um projeto não deve ser confundido com o ciclo de vida do produto criado pelo projeto, pois possuem objetivos distintos. 2. A análise de viabilidade de um projeto tem por objetivo identificar a sua exequibilidade, ou seja, verificar se o projeto resultará em retornos financeiros positivos para o patrocinador. Neste sentido, algumas ferramentas auxiliam a tomada de decisão quanto à viabilidade ou não. Assim, analise as afirmativas a seguir e assinale verdadeiro (V) ou falso (F). ( ) Uma das principais ferramentas para o estudo de viabilidade é o Valor Presente Líquido (VPL), que considera o fluxo de caixa gerado durante toda a existência do projeto. ( ) A interpretação do VPL pode ser resumida da seguinte forma: VPL maior que zero significa que o projeto deve ser aceito, o VPL menor que zero significa que o projeto também deve ser aceito, e o VPL igual a zero significa que é indiferente quanto ao aspecto financeiro se o projeto deve ou não ser aceito. ( ) A Taxa Mínima de Atratividade (TMA) representa o mínimo que o investidor está disposto a ganhar com o investimento e não deve ser utilizada como parâmetro de comparação com a Taxa Interna de Retorno (TIR). ( ) O método de payback determina o período necessário para recuperar ou igualar o capital que será investido no projeto. A sequência correta para a resposta da questão, é: https://sites.google.com/view/gaep1/p�gina-inicial/atividades https://getfireshot.com https://sites.google.com/view/gaep1/p%C3%A1gina-inicial https://sites.google.com/view/gaep1/p%C3%A1gina-inicial a) V, F, F, V. b) F, F, F, V. c) V, V, F, V. d) V, V, V, F. e) F, F, V, V. 3. O Guia PMBOK é um guia genérico das melhores práticas de gerenciamento de projetos, abrangendo uma série de processos que devem ser executados durante o ciclo de vida do projeto em dez áreas do conhecimento. Sobre as áreas do conhecimento apresentadas pelo Guia PMBOK (2013) e as suas melhores práticas, analise as afirmativas a seguir. I - O gerenciamento da integração significa coordenar todos os outros processos e atividades do gerenciamento de projetos para garantir que os objetivos sejam alcançados com o máximo de eficiência PORQUE II - o plano de gerenciamento do projeto é a principal fonte de como ele será planejado, executado, monitorado, controlado e encerrado. Está correto o que se afirma em: a) A afirmativa I está correta, e a afirmativa II está incorreta. b) A afirmativa I está incorreta, e a afirmativa II está correta. c) As afirmativas I e II estão corretas, e a afirmativa II não é justificativa da afirmativa I. d) As afirmativas I e II estão corretas, e a afirmativa II é justificativa da afirmativa I. e) As afirmativas I e II são falsas. 4. De acordo com o Guia PMBOK (2013), o escopo é a soma dos produtos, serviços e resultados que são entregues em forma de projeto. O gerenciamento do escopo é o processo que determina quais trabalhos são necessários para atender ao objetivo do projeto. Sobre o gerenciamento do escopo, assinale a alternativa correta . a) Planejamento do escopo é o processo de criar um plano de gerenciamento do escopo do projeto que documenta como o projeto será definido. b) Criar a EAP é o processo de subdividir as entregas em componentes maiores. c) O processo de formalização da aceitação das entregas concluídas do projeto é denominado de controle do escopo. d) O processo de monitorar o andamento do escopo do projeto é denominado de verificação do escopo. e) Nenhuma das alternativas anteriores está correta. 5. De acordocom o Guia PMBOK (2013), o termo de abertura é o documento que autoriza a existência de um projeto e atribui ao gerente suas delegações e autoridades. Sobre o termo de abertura de um projeto, analise as afirmativas a seguir e assinale verdadeiro (V) ou falso (F). ( ) A etapa de entrada conta com cinco processos: especificação do trabalho do projeto, business case, acordos, fatores ambientais da empresa e ativos de processos da empresa. ( ) O processo de ferramentas e etapas conta com dois processos: opinião especializada e técnicas de facilitação. ( ) O processo de saída traz como resultado o termo de abertura do projeto. https://sites.google.com/view/gaep1/p�gina-inicial/atividades https://getfireshot.com ( ) O processo de entrada, denominado como especificações do trabalho do projeto, descreve o produto, serviço ou resultado a ser entregue pelo projeto. A sequência correta para a resposta da questão é: a) V, F, F, F. b) V, V, F, V. c) F, V, V, V. d) V, V, V, V. e) F, V, F, V. Resolução das atividades Avançar UNICESUMAR | UNIVERSO EAD https://sites.google.com/view/gaep1/p�gina-inicial/atividades https://getfireshot.com https://sites.google.com/view/gaep1/p%C3%A1gina-inicial/resumo Unidade 1 Página inicial Pular para o conteúdo principal Pular para a navegação RESUMO Neste encontro, estudamos as principais características e conceitos de um projeto, a partir de um breve relato histórico, compreendemos as diversas aplicabilidades do conceito de projeto, e, ainda que não tenhamos consciência, as atividades inerentes a sua gestão estão inseridas em nosso cotidiano. Compreendemos o ciclo de vida de um projeto, que, da mesma forma que um produto qualquer, apresenta a fase de início, em que se estudam as principais ideias que comporão o projeto e qual demanda que ele buscará atender; a fase de planejamento se trata de delimitar e definir os recursos que serão necessários para o atingimento do objetivo do projeto, a fase de execução é o momento em que tudo o que foi planejado entra em atividade. É neste momento, também, que há um maior dispêndio de recursos, seja material, humano ou financeiro. A fase final do ciclo de vida do projeto é o momento em que se verifica o atingimento do objetivo ou não, e mesmo que ele não tenha sido atingido, o projeto se encerra. Foram analisadas, também neste encontro, as principais ferramentas para o estudo ou a análise de viabilidade de um projeto, ou seja, compreendemos que, antes de se iniciar o planejamento e a execução, se faz necessária a verificação de sua viabilidade econômico-financeira, para determinar se o projeto gerará os resultados financeiros esperados pelos patrocinadores e demais envolvidos. Diante de todas as técnicas de análise apresentadas, compreendemos que cada técnica é indicada para cada situação específica, e que é possível, também, a aplicação de todas elas no mesmo estudo. Para finalizar este encontro, estudamos um dos principais documentos de iniciação de um projeto, o termo de abertura, que é o documento responsável pela autorização. É a partir dele que a equipe e o gerente são definidos e autorizados a planejar e executar o projeto. Avançar UNICESUMAR | UNIVERSO EAD https://sites.google.com/view/gaep1/p�gina-inicial/resumo https://getfireshot.com https://sites.google.com/view/gaep1/p%C3%A1gina-inicial https://sites.google.com/view/gaep1/p%C3%A1gina-inicial https://sites.google.com/view/gaep1/p%C3%A1gina-inicial/eu-indico Unidade 1 Página inicial Pular para o conteúdo principal Pular para a navegação Material Complementar Leitura Um Guia do Conhecimento em Gerenciamento de Projetos (Guia PMBOK) Autor: Project Management Institute Editora: Saraiva Sinopse: o Guia PMBOK (Project Management Body of Knowledge) fornece um conjunto amplamente reconhecido de boas práticas com o intuito de causar um impacto significativo no sucesso de um projeto. Filme Jobs Ano: 2013 Sinopse: de hippie sem foco nos estudos a líder de uma das maiores empresas de tecnologia do mundo. Este é Steve Jobs (Ashton Kutcher), um sujeito de personalidade forte e dedicado, que não se incomoda de passar por cima dos outros para atingir suas metas, o que lhe traz dificuldades em manter relações amorosas e de amizade. Comentário: excelente filme para a compreensão da gestão de projetos sob a perspectiva de uma grande corporação. Acesse Na Web Palestra de um profissional em gerenciamento de projetos. Neste e-Talk, ele explica a importância dos projetos para criar um serviço ou produto único e inovador. Como fazer um projeto com foco em gestão e inovação? Acesse Avançar UNICESUMAR | UNIVERSO EAD https://sites.google.com/view/gaep1/p�gina-inicial/eu-indico https://getfireshot.com https://sites.google.com/view/gaep1/p%C3%A1gina-inicial https://sites.google.com/view/gaep1/p%C3%A1gina-inicial http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Funicesumar.edu.br&sa=D&sntz=1&usg=AOvVaw1CEGrzjq65qeUp8QuVEPU4 https://www.youtube.com/%20watch?v=zGxmcxodq5k&t=1390s https://sites.google.com/view/gaep1/p%C3%A1gina-inicial/refer%C3%AAncias Unidade 1 Página inicial Pular para o conteúdo principal Pular para a navegação REFERÊNCIAS CASAROTTO FILHO, N.; KOPITTKE, B. H. Análise de Investimentos . 9. ed. São Paulo: Atlas, 2000. CODAS, M. M. B. Gerência de Projetos: uma reflexão histórica. RAE - Revista de Administração de Empresas , Rio de Janeiro, v. 27, n. 1, p. 33-37, jan./mar. 1987. Disponível em: < http://rae.fgv. br/rae/vol27-num1-1987/gerencia-projetos-reflexao-historica >. Acesso em: 6 set. 2017. GIDO, J.; CLEMENTS, J. P. Gestão de Projetos . São Paulo: Thomson Learning, 2007. GITMAN, L. J. Princípios de Administração Financeira , 7. ed. São Paulo: Harbra, 2002. KEELING, R. Gestão de Projetos: uma abordagem global. São Paulo: Saraiva, 2002. KELLY, S.; NOKES, S. O Guia Definitivo do Gerenciamento de Projetos , 2. ed. Porto Alegre: Bookman, 2012. MAXIMIANO, A. C. A. Administração de Projetos: como transformar ideias em resultados. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2009. MENEZES, L. C. M. Gestão de Projetos . São Paulo: Atlas, 2009. PROJECT MANAGEMENT INSTITUTE - PMI. Um Guia do Conjunto de Conhecimentos em Gerenciamento de Projetos . (Guia PMBOK) 5. ed. Pensilvânia: Project Management Institute, 2013. SAMANEZ, C. P. Gestão de Investimento e Geração de Valor . São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007. SANVICENTE, A. Z.; SANTOS, C. C. Orçamento na Administração de Empresas: planejamento e controle. São Paulo: Atlas, 2000. XAVIER, C. M. Gerenciamento de Projetos: como definir e controlar o escopo do projeto. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2009. Avançar UNICESUMAR | UNIVERSO EAD https://sites.google.com/view/gaep1/p�gina-inicial/refer�ncias https://getfireshot.com https://sites.google.com/view/gaep1/p%C3%A1gina-inicial https://sites.google.com/view/gaep1/p%C3%A1gina-inicial http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Frae.fgv.&sa=D&sntz=1&usg=AOvVaw2CpYTcp6pM5V255kJRhtCg https://sites.google.com/view/gaep1/p%C3%A1gina-inicial/aprofundando Unidade 1 Página inicial Pular para o conteúdo principal Pular para a navegação APROFUNDANDO O orçamento de capital é um processo de análise e seleção apropriada de projetos de investimentos a longo prazo. Algumas vezes, esse trabalho representa mais uma arte que uma ciência. Em muitos casos, os fatores que determinam o sucesso de um projeto de investimento (condições econômicas gerais, concorrência, taxas de juros, regulamentações governamentais etc.) estão fora do controle direto das empresas. Também, o horizonte de tempo de muitos projetos se estende até um futuro distante (dez anos ou mais), de modo que a projeção do tempo e dos benefícios desses investimentos podem se tornar um processo altamente incerto. A Quaker Oats Company despende várias centenas de milhares de dólares ao ano em projetos de investimento de capital. Dado o volume de dinheiro envolvido, o orçamento de capital representauma importante atividade organizacional. Quando avaliamos qualquer projeto de capital, tentamos determinar a fonte, a época de ocorrência, o montante e a variabilidade potencial de seus fluxos de caixa. Um processo que, às vezes, é mais fácil de falar do que de fazer. Da mesma forma que muitas empresas, a Quaker tem como objetivo maximizar o retorno de seus investimentos de capital. A decisão de orçamento de capital depende de muitos fatores quantitativos e qualitativos, incluindo a duração do projeto, o emprego de tecnologias existentes ou em desenvolvimento, o tamanho e a abrangência do projeto. As técnicas utilizadas para avaliar a viabilidade financeira dos projetos de investimento incluem o payback, a Taxa Interna de Retorno (TIR) e o Valor Presente Líquido (VPL). Na Quaker, há a preferência pelo VPL (fluxo de caixa descontado), porque esta técnica fornece os critérios de decisão mais apropriados. Por exemplo, suponha que a empresa considera investir 1 milhão de dólares no projeto A, com TIR de 20% e VPL de 200 mil dólares, ou investir 10 mil dólares em um projeto alternativo B com TIR de 100% e VPL de 10 mil dólares. A regra da TIR levaria a empresa a escolher o projeto B (retorno maior). Todavia, a experiência de vida (a realidade) diz que o projeto A (mais dinheiro) é a alternativa preferível. Mantendo inalteradas as demais variáveis, é melhor obter mais riqueza do que maiores retornos. O VPL leva corretamente a essa conclusão e cria um procedimento que se acredita estar mais de acordo com os objetivos dos acionistas. Geralmente, vários fatores são críticos para o sucesso de um projeto. Por meio da análise de sensibilidade, tenta-se entender a natureza e o grau de risco associados a esses fatores. Preparando uma base de suposições realistas, é possível analisar o impacto das mudanças das variáveis-chave nos resultados financeiros. Esta importante consideração no planejamento permite monitorar os fatores críticos de sucesso desde o início do projeto e ajustar rapidamente a estratégia no futuro, se necessário. Em geral, as características de risco em todos os vários negócios da Quaker são similares. Desta forma, aplica-se uma taxa de desconto coerente, entre as divisões para o orçamento de capital. Todavia, se as características de um novo projeto (processo de fabricação, meios de distribuição, clientes, tecnologia ou mercado geográfico) diferem significativamente dos negócios habituais, a empresa utiliza uma taxa de desconto maior ajustada ao risco para avaliar esse investimento. Finalmente, é fácil ter uma falsa impressão de confiança examinando apenas os dados numéricos de um projeto. A análise financeira, por si só, não deve substituir o bom senso, nem critérios baseados nos negócios. Consequentemente, antes de iniciar qualquer análise financeira, é necessário fazer algumas perguntas básicas: qual é a finalidade deste investimento? O que https://sites.google.com/view/gaep1/p�gina-inicial/aprofundando https://getfireshot.com https://sites.google.com/view/gaep1/p%C3%A1gina-inicial https://sites.google.com/view/gaep1/p%C3%A1gina-inicial acontecerá se o investimento não for realizado? As respostas a estas questões, frequentemente, determinam se um projeto é aceito ou não. As decisões de investimento baseadas no VPL, TIR e payback podem ser resumidas conforme a tabela a seguir. Quadro 1 - Critérios de decisão de investimento Fonte: adaptado de Gitman (2002). PARABÉNS! Você aprofundou ainda mais seus estudos! Avançar UNICESUMAR | UNIVERSO EAD https://sites.google.com/view/gaep1/p�gina-inicial/aprofundando https://getfireshot.com https://sites.google.com/view/gaep1/p%C3%A1gina-inicial/editorial Unidade 1 Página inicial Pular para o conteúdo principal Pular para a navegação EDITORIAL DIREÇÃO UNICESUMAR Reitor Wilson de Matos Silva Vice-Reitor Wilson de Matos Silva Filho Pró-Reitor de Administração Wilson de Matos Silva Filho Pró-Reitor Executivo de EAD William Victor Kendrick de Matos Silva Pró-Reitor de Ensino de EAD Janes Fidélis Tomelin Presidente da Mantenedora Cláudio Ferdinandi C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ . Núcleo de Educação a Distância; IBA , Fábio Luiz; Gestão e Análise de Escopo em Projetos. Fábio Luiz Iba. Maringá-Pr.: UniCesumar, 2017. 43 p. “Pós-graduação Universo - EaD”. 1. Gestão. 2. Análise. 3. Projetos. 4. EaD. I. Título. CDD - 22 ed. 658 CIP - NBR 12899 - AACR/2 Pró Reitoria de Ensino EAD Unicesumar Diretoria de Design Educacional Equipe Produção de Materiais Fotos : Shutterstock NEAD - Núcleo de Educação a Distância Av. Guedner, 1610, Bloco 4 - Jardim Aclimação - Cep 87050-900 Maringá - Paraná | unicesumar.edu.br | 0800 600 6360 Retornar UNICESUMAR | UNIVERSO EAD https://sites.google.com/view/gaep1/p�gina-inicial/editorial https://getfireshot.com https://sites.google.com/view/gaep1/p%C3%A1gina-inicial https://sites.google.com/view/gaep1/p%C3%A1gina-inicial https://sites.google.com/view/gaep1/p%C3%A1gina-inicial Unidade 2 Página inicial Pular para o conteúdo principal Pular para a navegação PLANEJANDO O ESCOPO Professor : Esp. Fábio Luiz Iba Objetivos de aprendizagem Compreender os principais processos referentes ao gerenciamento do escopo. Analisar os processos ligados à coleta de requisitos e às principais ferramentas e técnicas para a análise das informações de entrada. Estudar as principais ferramentas e técnicas para a coleta de requisitos e a compreensão das vantagens e desvantagens de cada ferramenta ou técnica. Compreender os principais processos relacionados à atividade de definição do escopo. Analisar as principais ferramentas e técnicas para a definição do escopo do projeto. https://sites.google.com/view/gaep2/p�gina-inicial https://getfireshot.com https://sites.google.com/view/gaep2/p%C3%A1gina-inicial https://sites.google.com/view/gaep2/p%C3%A1gina-inicial Plano de estudo A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade: Introdução ao planejamento do gerenciamento do escopo Coleta dos requisitos Ferramentas e técnicas para coletar requisitos Definição do escopo Ferramentas e técnicas para definição do escopo Introdução Neste estudo, primaremos pela compreensão dos processos que envolvem o planejamento do escopo do projeto. Após o entendimento inicial dos conceitos norteadores de um projeto, a fase de planejamento se torna uma das principais etapas a serem desenvolvidas pelo gerente e a equipe envolvida. Para o desenvolvimento adequado do escopo do projeto, ou seja, para a identificação de todas as entregas que serão criadas ao final do projeto (produto, serviço ou demais entregas), alguns processos são imprescindíveis para o gestor do projeto, por exemplo, a identificação dos requisitos que atenderão às necessidades e às expectativas dos principais stakeholders (cliente, patrocinador, comunidade, equipe do projeto, organizações envolvidas etc.). Os requisitos determinarão se o projeto cumprirá seu objetivo de acordo com as exigências iniciais, e algumas ferramentas e técnicas auxiliam o gerente do projeto e a equipe de planejamento na atividade de coletar as informações corretamente. Atividade que, apesar de complexa, pode contribuir positivamente ao processo. Conseguir definir objetivamente os principais requisitos do projeto possibilita à equipe de planejamento estabelecer qual escopo o projeto buscará entregar, ou seja, qual o produto ou serviço que ele trará como resultado para atender a uma demanda inicial, seja ela de mercado ou o cumprimento de determinação legal, por exemplo. A determinação do escopo traçará o caminho para o futuro do projeto: se for mal elaborado, consequentemente, o projeto poderá falhar quanto ao atendimento dos requisitos dos stakeholders, e, assim, ser concluído sem sucesso. Elaborar o escopo detalhado e que atenda aos requisitos é, sem sombra de dúvidas, uma das atividades principais do gerente do projeto eda sua equipe, pois de nada adiantará a aplicação das técnicas e ferramentas voltadas ao gerenciamento do escopo, se elas não objetivarem ao atendimento das necessidades e anseios dos principais interessados. Avançar https://sites.google.com/view/gaep2/p�gina-inicial https://getfireshot.com https://sites.google.com/view/gaep2/p%C3%A1gina-inicial/unidade-2 UNICESUMAR | UNIVERSO EAD https://sites.google.com/view/gaep2/p�gina-inicial https://getfireshot.com Unidade 2 Página inicial Pular para o conteúdo principal Pular para a navegação INTRODUÇÃO AO PLANEJAMENTO DO GERENCIAMENTO DO ESCOPO O gerenciamento do escopo, de acordo com Kelly e Nokes (2012), é o processo de determinar quais trabalhos devem ser executados para que o objetivo do projeto seja atingido, aliado ao processo de controlar o escopo. Ainda, de acordo com os autores, qualquer atividade de planejamento ou trabalho que não tenha como foco atender ao objetivo, deve ser considerada desperdício e não deve ser realizada. Grande parte dos projetos, aproximadamente dois terços deles, fracassam devido à dificuldade de controlar as entregas, cronogramas e orçamentos. De acordo com o Guia PMBOK (2008, 2013), o gerenciamento do escopo do projeto inclui seis processos para que apenas o necessário seja feito para o atingimento do sucesso do projeto. Planejar o gerenciamento do escopo: é o processo de criar um plano de gerenciamento do escopo que descreva como o escopo será definido e controlado. Coletar os requisitos: se trata do processo de registrar as necessidades e os requisitos das partes interessadas, com a proposta de atender ao objetivo do projeto. Definir o escopo: descreve detalhadamente o projeto e o produto criados por ele. Criar EAP: processo de divisão das entregas em componentes menores, facilitando o gerenciamento. Validar o escopo: processo de formalização das entregas do projeto. Controlar o escopo: o processo de monitoramento do andamento do escopo do projeto e do produto. Figura 1 - Processos de gerenciamento do escopo https://sites.google.com/view/gaep2/p�gina-inicial/unidade-2 https://getfireshot.com https://sites.google.com/view/gaep2/p%C3%A1gina-inicial https://sites.google.com/view/gaep2/p%C3%A1gina-inicial https://sites.google.com/view/gaep2/p%C3%A1gina-inicial/unidade-2#h.9duk5e1evgi9 Fonte: adaptada de Vargas (2009). Para Kelly e Nokes (2012), o gerenciamento do escopo também pode ser usado para as atividades envolvidas com o gerenciamento do escopo do projeto e do produto. Deve-se, portanto, ter claramente compreendido que os dois termos são definidos como: escopo do produto: é usado para descrever as características e funções do produto criado pelo projeto; escopo do projeto: é usado para descrever o trabalho que deve ser realizado para entregar um produto ou serviço. Os processos utilizados para gerenciar o escopo, assim como as ferramentas e técnicas, podem variar de projeto para projeto. Figura 2 - Gerenciamento do escopo do projeto: sequência de processos e atividades https://sites.google.com/view/gaep2/p�gina-inicial/unidade-2 https://getfireshot.com Fonte: adaptada de Kelly e Nokes (2012). Baseado nos grupos de processos de gerenciamento de escopo, é possível planejar esse gerenciamento, que, de acordo com o Guia PMBOK (2013, p.106), “é o processo de criar um plano de gerenciamento do escopo do projeto que documenta como tal escopo será definido, validado e controlado”. O maior benefício proporcionado por esse processo é o fornecimento de instruções de como será feita a gerência do escopo do projeto durante todo o seu ciclo de vida. Figura 3 - Planejar o gerenciamento do escopo: entradas, ferramentas e técnicas, saídas Fonte: adaptada do Guia PMBOK (2013). De acordo com o Guia PMBOK (2013), o desenvolvimento do plano de gerenciamento do escopo e o detalhamento prévio do escopo, iniciam-se com as informações contidas no termo de abertura do projeto, desenvolvido, por sua vez, na fase de iniciação. Para Kelly e Nokes (2012), além da utilização do termo de abertura para o desenvolvimento do planejamento do escopo, outras entradas são importantes a serem consideradas neste processo. Por exemplo, as condições de mercado nas quais a organização está inserida, a cultura da empresa, políticas e procedimentos relativos ao processo de planejamento, bem como as informações dos históricos de projetos anteriores que sejam relevantes para o desenvolvimento do escopo. Fatores como o tamanho e a complexidade do projeto influenciam a quantidade de esforços necessários para completar o processo de definição do escopo. Se a organização se envolve com muitos projetos pequenos ou semelhantes, pode fazer sentido usar um modelo padrão para gerenciamento do escopo (KELLY; NOKES, 2012, p. 146). https://sites.google.com/view/gaep2/p�gina-inicial/unidade-2 https://getfireshot.com Ainda, de acordo com os autores, os projetos apresentam características exclusivas, no entanto é possível que sejam desenvolvidos pela organização um modelo genérico, em que seja passível de replicar os mais diversos projetos desenvolvidos pela empresa. A vantagem principal da criação de um modelo generalista de planejamento de escopo se refere ao ganho de eficiência, uma vez que, modelos que tenham gerado resultados positivos aos projetos anteriores, podem trazer os mesmos resultados aos projetos em execução. Os dois principais resultados gerados pelo processo de planejamento do escopo são: (1) o plano de gerenciamento do escopo; (2) o plano de gerenciamento dos requisitos. De acordo com o Guia PMBOK (2013), o plano de gerenciamento do escopo descreve como ele será definido, desenvolvido, monitorado, controlado e verificado, incluindo, como parte de seus componentes, os seguintes itens: o processo de preparação da especificação detalhada do escopo do projeto; o processo que habilita a criação da EAP; o processo que estabelece como a EAP será mantida e aprovada; o processo que especifica como as entregas concluídas serão aceitas; o processo para controlar as solicitações de mudanças no escopo do projeto. O plano de gerenciamento dos requisitos, de acordo com o Guia PMBOK (2013), é utilizado para descrever como os requisitos do projeto serão analisados, documentados e gerenciados. Os componentes do gerenciamento dos requisitos podem incluir os seguintes pontos: como as atividades dos requisitos serão planejadas, rastreadas e relatadas; análises das mudanças do produto gerado pelo projeto; priorização de requisitos. Estes pontos são importantes para ter, claramente determinadas, quais as melhores práticas quanto ao gerenciamento dos requisitos. https://sites.google.com/view/gaep2/p�gina-inicial/unidade-2 https://getfireshot.com COLETA DOS REQUISITOS De acordo com o Guia PMBOK (2013, p. 109), coletar requisitos “é o processo de determinar, documentar e negociar as necessidades e requisitos das partes interessadas a fim de atender aos objetivos do projeto”. O principal benefício do processo de coletar requisitos é o embasamento para a definição e o gerenciamento do escopo. Figura 4 - Coletar os requisitos: entradas, ferramentas e técnicas, saídas Fonte: adaptada do Guia PMBOK (2013). O sucesso de um projeto está diretamente relacionado à capacidade das partes interessadas no levantamento dos requisitos, bem como pela maneira com que esses requisitos identificados serão documentados e gerenciados. Segundo o Guia PMBOK (2013), os requisitos são responsáveis pelo atendimento às necessidades e às expectativas do patrocinador, cliente ou outras partes interessadas, sendo considerados o alicerce para a elaboração de uma EAP eficiente. Os requisitos podem ser classificados de tal forma que permitam um maior detalhamento futuro. Entre as classificações, estão: necessidades de negócio: tais como as oportunidades de novos negócios para a organização patrocinadora do projeto; requisitos de partes interessadas:são detalhados de acordo com as necessidades a serem atendidas para suprir uma demanda de uma parte ou de um grupo de partes interessadas; requisitos de solução: detalham atributos, funções e características do produto ou serviço. Os requisitos de solução são divididos em: funcionais, que descrevem os comportamentos do produto, e os não funcionais, que incluem as condições ambientais para que o produto ou serviço seja eficaz; requisitos de transição: descrevem as capacidades passageiras ou temporárias; requisitos do projeto: são as condições que devem ser atendidas pelo projeto, por exemplo, ações ou processo a serem cumpridos; requisitos de qualidade: são os critérios necessários para que a conclusão do projeto atenda a todos os requisitos do projeto. https://sites.google.com/view/gaep2/p�gina-inicial/unidade-2 https://getfireshot.com O processo de identificação e registro dos requisitos a serem atendidos pelo projeto se inicia por meio das entradas das informações do termo de abertura e dos planos de gerenciamento das partes interessadas, dos requisitos e do gerenciamento do escopo. Após coletar as informações necessárias, algumas técnicas e ferramentas são utilizadas para a interpretação e a descrição dos requisitos. O patrocínio executivo efetivo é fundamental para o sucesso das iniciativas estratégicas de uma organização. O envolvimento ativo de um patrocinador executivo é, na verdade, o principal motor do sucesso do projeto e do programa. Apesar desta descoberta, apenas três em cinco projetos envolveram patrocinadores executivos. Figura 5 - Apoio do patrocinador Fonte: PMI (2016). Sucesso de um projeto De acordo com Keeling (2002), nem todos os projeto chegam ao final esperado de sucesso, muitos deles fracassam durante seu ciclo de vida, sendo os motivos bem diversos. Independentemente de o projeto ser grandioso e complexo, ou de pequeno porte e mais simplificado, alguns cuidados devem ser tomados, e a atenção do gestor e da equipe do projeto deve estar voltada aos fatores críticos do planejamento e da execução do projeto. Segundo o autor, os componentes de sucesso de um projeto podem ser determinados pela avaliação dos seguintes critérios: https://sites.google.com/view/gaep2/p�gina-inicial/unidade-2 https://getfireshot.com Alguns projetos fracassam ou são abandonados antes do término por diversas razões. Quando os objetivos não são alcançados dentro do prazo e do custo determinado, a qualidade do projeto é comprometida. De acordo com Keeling (2002), alguns projetos do passado também eram arriscados de serem executados. [...] os grandes projetos do passado eram notoriamente arriscados. O fracasso em fornecer um resultado condizente com as expectativas ou de concluir o projeto no prazo e dentro do orçamento era comum, e, quanto maior o projeto, maior o receio da escalada nos custos. Muitos empreendimentos ambiciosos eram abandonados a um custo elevado e após esforço prolongado; outros eram concluídos a um custo muito maior do que seu orçamento original (por exemplo, a Ópera de Sydney e o Eurotúnel), e ainda, outros eram abandonados com um mínimo de realização quando o entusiasmo pelo conceito minguava ou um patrocinador era incapaz de financiar custos em espiral ascendente (KEELING, 2002, p. 74). Nos últimos anos, no entanto, a gerência de projetos se desenvolveu, e os gerentes passaram a adquirir habilidades fundamentais para uma melhor avaliação da viabilidade dos projetos, da análise dos riscos, da coleta de requisitos e de métodos mais sofisticados de controle do projeto. Causas de fracasso dos projetos Segundo Keeling (2002), alguns fatores comuns ao fracasso de projetos nos Estados Unidos incluem determinados fatores, mas não estão limitados a eles: coordenação ineficaz de recursos e esforços; relações humanas deficientes ou falhas. Os fracassos dos projetos do Reino Unido, por exemplo, apresentam problemas um pouco diferentes, incluindo os seguintes: baixo desempenho da administração do projeto com o consultor ou o contratado; organização equivocada, ou seja, não raramente os projetos são malsucedidos devido a um equívoco na atribuição das responsabilidades dos envolvidos, principalmente dos envolvidos que apresentam maior impacto no desempenho do projeto; fracasso em avaliar a viabilidade, em calcular os riscos e planejar a contingência; controle ineficiente dos custos do projeto. Alguns outros fatores podem ser relacionados a projetos malsucedidos, e, não raro, esses não são eficientes no atingimento de seus objetivos devido a fatores externos ao projeto, por exemplo, instabilidade política do país em que eles estão sendo desenvolvidos. Segundo Keeling (2002), outros motivos podem estar ligados ao insucesso do projeto, tais como: objetivos inadequados, falta de viabilidade, planejamento inconsistente ou inadequado, controle ineficaz e relações humanas frágeis. Ainda, segundo o autor, algumas falhas podem ocorrer de acordo com a fase em que o projeto se encontra, conforme mostra o quadro a seguir. Quadro 1 - Fonte de fracasso por fase https://sites.google.com/view/gaep2/p�gina-inicial/unidade-2 https://getfireshot.com Fonte: adaptado de Keeling (2002). De acordo com o quadro, nota-se que o fracasso de um projeto pode ser relacionado a cada fase em que ele está situado. A coleta dos requisitos do projeto pode refletir o insucesso no atingimento do seu objetivo final. https://sites.google.com/view/gaep2/p�gina-inicial/unidade-2 https://getfireshot.com FERRAMENTAS E TÉCNICAS PARA COLETAR REQUISITOS De acordo com o Guia PMBOK (2013), algumas ferramentas e técnicas podem ser aplicadas no processo de desenvolvimento dos requisitos. Elas facilitam o processo de identificação de requisitos e serão apresentadas a seguir. Entrevistas Esta é uma técnica bastante conhecida não somente no mundo do gerenciamento de projeto. Muitos gestores, jornalistas e recrutadores, por exemplo, utilizam as entrevistas para obterem as informações necessárias. De acordo com o Guia PMBOK (2013): https://sites.google.com/view/gaep2/p�gina-inicial/unidade-2 https://getfireshot.com https://sites.google.com/view/gaep2/p%C3%A1gina-inicial/unidade-2#h.o2mvm79nxvc1 [...] uma entrevista é um meio formal ou informal de extrair informações das partes interessadas através de conversas diretas com as mesmas. Ela normalmente é realizada através de perguntas preparadas ou espontâneas e do registro das respostas. As entrevistas são frequentemente conduzidas individualmente, entre um entrevistador e um entrevistado, mas podem envolver múltiplos entrevistadores e/ou entrevistados (GUIA PMBOK, 2013, p. 113). No processo de coletar requisitos, torna-se primordial a utilização das entrevistas, pois entrevistar executivos, patrocinadores ou pessoas qualificadas no assunto que o projeto atenderá, pode auxiliar na identificação e na descrição das entregas do projeto. Grupos de discussão Os grupos de discussão, segundo o Guia PMBOK (2013), devem ter um mediador treinado e capacitado para conduzir o grupo aos objetivos estabelecidos. Com esta técnica, é possível reunir pessoas qualificadas e especialistas no assunto para compartilharem informações pertinentes ao projeto, e que possam auxiliar no atingimento dos objetivos. Oficinas facilitadas As oficinas facilitadas reúnem as partes interessadas em sessões de discussão voltadas à identificação de requisitos. Segundo o Guia PMBOK (2013, p. 114), “em virtude da sua natureza de grupo interativo, sessões bem facilitadas podem gerar confiança, promover relações e aprimorar a comunicação entre os participantes”. Indústrias de desenvolvimento de software, por exemplo, utilizam de sessões de Joint Application Design (JAD) para levantamento de requisitos, enquanto indústrias de manufatura fazem uso do Desdobramento da Função de Qualidade (DQF). Técnicas de criatividade em grupo As identificações dos requisitos do projeto