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CONTEXTUALIZADA DE DEONTOLOGIA E LEGISLAÇÃO


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CONTEXTUALIZADA DE DEONTOLOGIA E LEGISLAÇÃO
Ricardo Marques Paiva
Farmácia
28295036
Controle Sanitário do comércio de medicamentos
 A proposta da contextualizada de Deontologia e Legislação é o desenvolvimento de um texto dissertativo, demonstrando o controle sanitário do comercio de medicamentos, especificamente a lei 5.991̸ 73. Por se tratar de uma contextualizada que exige uma interpretação da lei mencionada, será preciso definir alguns termos para melhor compreensão do trabalho. 
 A lei 5.991̸73 deixa claro em seu preâmbulo que se trata do controle sanitário do comércio de drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos. Fica evidente que se trata do comércio de vários produtos, porém, o nosso foco é o comércio de medicamentos. Então, para entendermos o controle sanitário no comércio de medicamentos é importante definirmos que medicamento, segundo a lei proposta, se trata do “produto farmacêutico, tecnicamente obtido ou elaborado, com finalidade profilática, curativa, paliativa ou para fins de diagnósticos” (BRASIL, 1973). E o controle sanitário é todo o conjunto de medidas regulatórias determinadas pela lei com o objetivo de eliminar, reduzir ou evitar os riscos associados ao comércio de medicamentos. 
 Com isso, segundo a lei 5.991̸ 73 esse controle sanitário se apresenta em 8 capítulos, que serão brevemente mencionados nesse trabalho. O primeiro capítulo define que a lei abrange todo o serviço público, militar e civil da administração direta e indireta presentes na União, nos Estados e nos Municípios. E a lei é aplicada as unidades de dispensação das instituições filantrópicas e beneficentes. E apresenta alguns conceitos de suma importância para o entendimento da lei. O segundo capítulo é propriamente sobre o comércio farmacêutico, e deixa claro que a dispensação de medicamentos é privativa de farmácias, drogarias, posto de medicamento e dispensário de medicamentos. O terceiro capítulo é especifico para a farmácia homeopática, definindo que a manipulação deve levar em consideração as farmacopeias legalizadas e a necessidade do pedido médico. O quarto capítulo aborda sobre a responsabilidade e assistência técnica dos estabelecimentos que comercializam medicamentos, fica definido que é obrigatório a presença de um farmacêutico devidamente habilitado em seu conselho regional, em tempo integral nas farmácias e drogarias. E cada profissional farmacêutico poderá atuar como técnico responsável em até duas farmácias: uma comercial e outra hospitalar.
 O quinto capítulo trata-se do licenciamento, fica definido que para o estabelecimento adquirir a licença para o funcionamento é necessário a presença de um responsável técnico e uma estrutura física adequada. A licença é liberada por 1 ano e pode ser revalidada por períodos iguais e sucessivos. O sexto capítulo é a respeito do receituário, fica definido que a receita só será aviada se a escrita for legível e a tinta, que contiver o endereço do paciente e o modo de usar o medicamento, e por fim deve conter os dados do prescritor; data, nome, registro do conselho e endereço do consultório. O sétimo capítulo abrange a fiscalização, e define que essa competência é dos órgãos de fiscalização sanitária dos Estados, Distrito Federal e Municípios. E a notificação será realizada pelo funcionário do órgão sanitário competente. E por fim temos as considerações finais.
 Realizei esse breve resumo da lei 5.991̸ 73 justamente para entendermos que o controle sanitário corresponde a essas medidas regulatórias com o intuito de reduzir, evitar e até mesmo eliminar os riscos associados ao comércio de medicamentos. Ficou muito claro que o local para o comércio de medicamentos precisa estar devidamente licenciado para essa condição, possuir uma estrutura física adequada e um responsável técnico devidamente registrado em seu conselho regional. E durante todo o período de funcionamento do estabelecimento é necessário a presença de um farmacêutico responsável, e todo estabelecimento que comercializa medicamentos passa por fiscalizações periódicas, passíveis de sofrer sanções. 
 Esse controle sanitário é importante para aplicarmos as demais leis e resoluções cabíveis a Assistência Farmacêutica e a Atenção Farmacêutica. Pois sabemos que a Assistência Farmacêutica é a relação do farmacêutico com o medicamento; desde o desenvolvimento até o destino final que é o paciente. Sempre objetivando uma farmacoterapia racional e uma melhora na qualidade de vida do paciente. E a Atenção Farmacêutica é o contato direto do farmacêutico com o paciente otimizando a farmacoterapia e mantendo a qualidade de vida do paciente. Isso é possível quando temos um controle sanitário para o comércio de medicamentos que determina a presença do profissional para atender o paciente e estabelece que os medicamentos precisam de manter a qualidade para atingir os objetivos pretendidos com a farmacoterapia.
 Sabemos que o comércio de medicamentos possui dupla natureza, ao mesmo tempo que o medicamento possui benefícios ao paciente, ele pode ser um risco a saúde e a vida se comercializado sem controle sanitário. Todas as medidas definidas no controle sanitário servem para proteger a saúde da população contra medicamentos ineficazes e desnecessários, promovendo o uso racional através de intervenções nas estratégias mercadológicas que visam o consumo de medicamentos como bens de consumo comuns (COSTA et al, 2017). 
 Para finalizar, vale ressaltar que segundo MASTROIANNI e LUCCHETTA (2011) o controle sanitário de medicamentos e a fiscalização são fundamentais para estabelecer a eficácia, segurança, qualidade e custos dos produtos farmacêuticos definidos pela Política Nacional de Medicamentos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
BRASIL. Lei n. 5.991, de 17 de dezembro de 1973. Diário Oficial da União. Brasília, DF, Poder Executivo, 17 dez. 1973. Disponível em: <http://www.planalto.gov. br/ccivil03/leis/l5991.htm>. Acesso em: 24 nov. 2022.
COSTA, Ediná Alves et al. Situação sanitária dos medicamentos na atenção básica no Sistema Único de Saúde. Revista de Saúde Pública, v. 51, 2017. Disponível em: <https://www.scielo.br/j/rsp/a/KW5tyNCQLgC8SYsc5ZNqH5r/?format=pdf&lang=pt.Acesso em: 25 nov. 2022.
JUNIOR, Antônio Carlos de Arruda Leite. Deontologia e Legislação. Recife: Ser Educacional, 2020.
MASTROIANNI, Patricia de Carvalho; LUCCHETTA, Rosa Camila. Regulamentação sanitária de medicamentos. Revista De Ciencias Farmaceuticas Basica e Aplicada, v. 32, n. 1, 2011.Disponível em: <http://rcfba.fcfar.unesp.br/index.php/ojs/article/view/ 388/386>. Acesso em: 24 nov. 2022.
SOUZA, Gisélia Santana. Trabalho em vigilância sanitária: o controle sanitário da produção de medicamentos no Brasil. 2007. 218p. Tese (Doutorado em Saúde Pública). Universidade Federal da Bahia, Instituto de Saúde Coletiva, 2007. Disponível em: <https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/10289/1/22222222222.pdf>. Acesso em: 24 nov. 2022.