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Diabetes Mellitus: O Que É?

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SAÚDE COLETIVA E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA AS ATIVIDADES FÍSICAS E LAZER 
Profª IZABEL C. FAGURY VIDEIRA 
 
DIABETES 
DIABETES MELLITUS O QUE É? 
 
DIABETES MELLITUS ocorre, quando há falta de insulina ou 
ela não atua de forma eficaz, causando um aumento da taxa 
de GLICOSE no sangue (HIPERGLECEMIA). A INSULINA é 
produzida pelo PÂNCREAS. Todos nós precisamos de 
insulina para que nosso corpo funcione bem e possa utilizar 
glicose (açúcar) como principal fonte de ENERGIA 
 
TIPOS MAIS FREQÜENTES DE DIABETES 
Tipo1 - DIABETES MELLITUS INSULINODEPENDENTE 
Geralmente ocorre em crianças, jovens e adultos jovens e necessita de insulina para o 
seu controle. 
Tipo 2 - DIABETES MELLITUS NÃO INSULINODEPENDENTE 
É o tipo mais freqüente de Diabetes, aparece geralmente após os 40 anos de idade 
DIABETES GESTACIONAL 
É o tipo que aparece na gravidez, sobretudo se a mulher: 
 tem mais de 30 anos, 
 tem parentes próximos com Diabetes, 
 já teve filhos pesando mais de 4 Kg ao nascer, 
 já teve abortos ou natimortos, 
 é obesa ou aumentou muito de peso durante a gestação. 
SISTEMA DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DAS DOENÇAS CRÔNICAS NÃO 
TRANSMISSÍVEIS 
Diabetes Mellitus como doença traçadora para um sistema de vigilância 
epidemiológica para doenças crônicas não transmissíveis: 
1 - Atinge todas as faixas etárias, inclusive a mulher grávida, sem distinção de sexo, 
raça e condições sócio-econômicas. 
2 - Trata-se de uma doença de alta prevalência, que Requer vários procedimentos para 
o seu controle. Quando bem controlada evita complicações agudas e crônicas. Para 
seu controle é necessário o trabalho de equipe multidisciplinar. 
3 - Existem meios cientificamente comprovados para prevenir a doença (diabetes 
mellitus tipo 2) e suas complicações agudas e crônicas. 
4 - Está associada a várias outras doenças crônicas não transmissíveis (hipertensão 
arterial, doença coronariana e cerebrovascular, dislipidemias, neuropatias periféricas e 
autonômicas, lesões renais, levando até a insuficiência renal crônica terminal, 
retinopatia diabética. 
5 - A sobrevida tem aumentado significamente o que favorece o surgimento das 
complicações crônicas com custos econômicos e sociais elevados. 
6 - A prevalência no mundo inteiro vem crescendo, sendo considerado pela 
Organização Mundial de Saúde - OMS, como uma epidemia (estimativas mundiais para 
o ano 2000 são de 175,4 milhões de pessoas). 
7 - Dispõe de tratamento clínico definido. 
Diante destes fatos o Diabetes Mellitus representa uma nosologia que para preenche 
os requisitos necessários para funcionar como um modelo na área das doenças 
crônicas não transmissíveis. 
SINAIS DE ALERTA 
MUITAS PESSOAS TÊM DIABETES- E NÃO SABES PORQUE NÃO APRESENTAM 
NENHUM SINTOMA. ISTO É BASTANTE FREQÜENTE NO TIPO DE DIABETES QUE 
APARECE NO ADULTO (TIPO II). 
ATENÇÃO! SE VOCÊ 
- TEM PARENTES (pais, irmãos, tios,etc) COM DIABETES; 
- TEM EXCESSO DE PESO (especialmente do tipa abdominal); 
- TEM VIDA SEDENTÁRIA: 
- TEM MAIS DE 40 ANOS E AINDA: 
 FAZ TRATAMENTO PARA PRESSÃO ALTA E TEM COLESTEROL E 
TRIGLICERiDIOS ELEVADOS; 
 É MULHER E TEVE FILHOS pesando mais de 4 kg ao nascer ou abortos 
e/ou natimortos; 
 É HOMEM E TEM IMPOTÊNCIA SEXUAL. 
Profª IZABEL C. FAGURY VIDEIRA 
 
Manter o peso normal e atividade física regular são importantes para prevenir o 
surgimento do Diabetes Tipo II 
ORIENTAÇÃO GERAL PARA A DIETA DO DIABÉTICO 
Ingerir a quantidade desejada 
 Acelga, agriao, alface, almeirao, mostarda, bertalha, brócolis, taioba, chicória, 
repolho, couve, espinafre 
 Pepino, pimentão, tomate, rabanete, couve-flor, abobrinha 
 Palmito, aspargo, broto de bambu, aipo, jiló, maxixe, berinjela 
 Cebola, cebolinha, coentro, hortelã, salsa, chás e suco de limão com adoçante 
Ingerir conforme planejamento alimentar 
 Abóbora, beterraba, cenoura, chuchu, nabo, quiabo, vagem 
 Ervilha fresca ou seca, feijão, grão-de-bico, lentilha, milho-verde 
 Leite, manteiga ou margarina, queijo, iogurte, coalhada 
 Pão, arroz, macarrão, farinhas, biscoitos de sal ou água 
 Mandioca, batata inglesa, batata doce, cara inhame 
 Carne bovina (magras), aves, peixes,ovos, visceras e moluscos 
 Frutas em geral, suco de fruta natural 
 Maionese, carne e pescado defumados, salsicha, linguiça, chouriço, salame 
 Produtos -dietéticos tipo: pudim, "flan", chocolate, refrigerantes, geléia, 
gelatina 
Você deve evitar 
 Doces, bolos, leite condensado, chocolate e biscoitos não dietéticos 
 "Nescau", "toddy", farinha láctea 
 Carnes salgadas e toucinho, frituras 
 Bebidas alcoólicas. Refrigerantes comuns 
COMO USAR A INSULINA 
1 - Escolher o local para aplicar 
a insulina. Limpar a pele, 
usando algodão com álcool e 
deixar secar. Manter uma 
distância de mais ou menos 
2cm do local onde você tomou 
a injeção anterior, se a área do 
corpo for a mesma. 
2 - Fazer uma prega na pele 
onde você vai aplicar a insulina. 
Pegar na seringa como se fosse 
um lápis. Introduzir a agulha na 
pele, num ângulo de 90º, soltar 
a prega cutânea. 
OBS: Em pessoas muito magras 
ou crianças menores, a injeção 
poderá ser feita num ângulo de 
45º, para evitar que seja 
 
aplicada no Músculo. 
 
3 - Ao iniciar a aplicação de 
insulina, se for constatada a 
presença de sangue na seringa, 
seguir as seguintes orientações: 
1- Sangue em pequena 
quantidade: continuar a 
aplicação. 
2- Sangue em grande 
quantidade: para a aplicação 
.Jogue fora a seringa com 
insulina e prepare outra dose. 
 
4 - Injetar a insulina, 
empurrando o êmbolo até o 
final. 
Retirar a seringa e fazer uma 
levre pressão no local, usando o 
algodão com álcool. 
 
 
 
 
 
ATIVIDADES FÍSICAS 
 
 
 
A prática de atividades físicas é uma recomendação recorrente. Não é por 
menos: já vimos que, além de melhorar a qualidade de vida, atividades físicas podem 
ajudar na prevenção de doenças crônicas e até com de alguns tipos de câncer. 
Voltamos a mencioná-la hoje, como um fator importante no tratamento do diabetes. 
Quando praticamos uma atividade física um dos processos que ocorrem é a 
utilização do açúcar disponível no corpo – a glicose – como fonte de energia para os 
músculos. Este mecanismo necessita de um hormônio produzido pelo pâncreas 
chamado insulina. Quando há uma deficiência de insulina no corpo e um aumento 
acima do normal de glicose no sangue, ocorre o tão conhecido diabetes. 
Atividade física, prevenção e tratamento de diabetes têm muito em comum, 
como explica o Dr. Pablius Braga, do Centro de Medicina do Exercício e do Esporte, do 
Hospital 9 de Julho. 
O diabetes é considerado uma doença crônica, ou seja, de longa duração e 
relacionada, em boa parte, com bons hábitos alimentares e uma dieta bem 
personalizada pobre em açúcares e gorduras. Não chega a ser uma novidade, isto 
porque a dieta proposta para pessoas com diabetes é muito usada por pessoas que 
querem apenas emagrecer e não apresentam risco para desenvolver a doença. Ou 
seja, pelo cuidado e prevenção de obesidade. 
A curto prazo, o exercício regula a quantidade de açúcar no sangue, já que os 
músculos consomem mais este carboidrato. Esse efeito pode se prolongar por horas, 
ou até mesmo dias, depois do exercício. Assim, o exercício aumenta a sensibilidade à 
insulina e também à captação de açúcar pelo músculo. A insulina é o hormônio 
responsável pela redução da taxa de glicose no sangue. A longo prazo ocorre a 
diminuição da gordura corporal, além do aumento da concentração de HDL-colesterol 
(também chamado de colesterol bom) e diminuição de LDL-colesterol (ou colesterol 
ruim). Também ocorrem a diminuição da pressão arterial, melhora no funcionamento 
cardiovascular, aumento de massa muscular e, como resultado, melhora da qualidade 
de vida. Muitos benefícios que vão além da condição diabética. 
Claro que esse processo deve estar associado a estratégias para monitorar e 
controlar a glicemia, principalmente nos casos de diabetes 1, o que geralmente seapresenta na criança e ocorre por uma deficiência na produção de insulina. “O uso 
frequente de técnicas de auto-monitoração glicêmica e a implantação de 
insulinoterapia intensificada permitem ao portador de diabetes do tipo 1 desenvolver 
estratégias e ajustes no consumo de carboidratos e doses de insulina, para poder 
participar de maneira mais segura em um programa de atividade física.”, ressalta Dr. 
Pablius. Isso explica o porquê pacientes com diabetes tipo 1 precisam de um 
acompanhamento médico antes de começar uma atividade física mais intensa. 
Já o diabetes do tipo 2, a mais comum, geralmente aparece na idade adulta e 
está muito associada à obesidade. Segundo o Dr. Pablius, “o risco de diabetes do tipo 2 
aumenta à medida em que aumenta o IMC (índice de massa corporal)”. Essa é a 
relação entre altura e peso: quanto maior o peso, maior o número do índice. Para os 
portadores deste tipo de diabetes, os benefícios da atividade física são mais imediatos. 
O Dr. Pablius ainda explica: “Prescrição de atividade física para o portador de 
diabetes do tipo 2 é um grande coadjuvante no tratamento e hoje, junto da 
necessidade de perder peso, uma das indicações mais apropriadas para corrigir a 
resistência à insulina e controlar a glicemia nesse tipo de diabetes (que representa 90% 
http://www.diabetes.org.br/prevencao-e-tratamento/280-consultas-e-exames
http://www.bancodesaude.com.br/diabetes/diabetes-tipo-2
dos casos)”. Vale lembrar que a dieta praticada pela pessoa também é um 
componente importante do controle do diabetes tipo 2. 
Mas antes de começar a se exercitar, não se esqueça que o tipo exercício e sua 
intensidade dependem do estado de saúde de quem pratica. Portanto, o paciente com 
diabetes deve primeiro consultar um médico do esporte. Assim, será possível ter um 
diagnóstico das possibilidades de prática de exercícios, levando em conta a aptidão e a 
condição física do paciente, como deixa claro Dr. Pablius: “O paciente portador de 
diabetes deve submeter-se a um exame clínico geral (fundo de olho, presença de 
neuropatia, osteoartrite, entre outros), avaliação física e cardiovascular, incluindo, 
sempre que possível, uma prova de esforço (ergometria ou ergoespirometria)”. 
Uma boa relação de dieta alimentar com um gasto calórico pela prática saudável de 
atividade física são eficazes para perda de peso, melhora de condicionamento físico e 
um bom aproveitamento de nutrientes recebidos pela alimentação. 
Portanto, para o diabetes, o exercício físico tem os seguintes benefícios: 
Melhora a utilização de açúcar (glicose) pelos músculos devido ao aumento de gasto 
de energia no momento do exercício. 
Melhora a sensibilidade das células para a insulina. Exatamente o que está com 
produção diminuída no diabetes. 
Diminui a gordura corporal, ou massa gorda que é tão ruim para quem tem diabetes 
quanto para quem quer tratar obesidade ou preveni-la. Diminuindo a gordura corporal 
a utilização de insulina pelas células torna-se mais eficaz . 
Com a melhora a capacidade cardiorrespiratória, a circulação do corpo como um todo 
melhora. Consequentemente, a ação de medicamentos utilizados no tratamento de 
diabetes torna-se melhor. 
Melhorando o tratamento de diabetes fatores como motivação, auto-estima e vontade 
para novos desafios tornam-se mais presentes. 
Diminuiu a ansiedade para comer por exemplo. Este um fator muito importante, 
porque o exercício físico e a dieta saudável funcionam como reguladores do apetite. 
Com uma boa orientação, feita pelo médico do esporte você vai descobrir que 
atividades como alongamento, atividade aeróbia (caminhada, corrida e bicicleta) e 
atividade de força ( a conhecida musculação) podem ser a chave de seu sucesso no 
tratamento e em seu investimento na sua saúde e forma física. Mas não se esqueça, o 
exercício físico deve ser prazeroso e deve atender às suas necessidades. Escolha uma 
modalidade de exercício que lhe agrade e que você tem certeza de que o fará feliz. 
Diante de tantos argumentos, fazemos a pergunta: vale ou não a pena fazer 
exercício físico? Se a resposta é sim, procure um especialista em medicina do esporte e 
descubra: o que eu posso fazer de exercício físico, qual a carga de esforço saudável 
para mim e até onde eu posso chegar 
http://www.pordentrodo9dejulho.com.br/medicina-do-exercicio-e-do-esporte/para-correr-mais-e-sem-riscos/
http://www.pordentrodo9dejulho.com.br/medicina-do-exercicio-e-do-esporte/exercite-se-sem-traumas/
http://www.pordentrodo9dejulho.com.br/medicina-do-exercicio-e-do-esporte/teste-ergometrico/
http://www.pordentrodo9dejulho.com.br/medicina-do-exercicio-e-do-esporte/porque-monitorar-seu-treinamento/
Profª IZABEL C. FAGURY VIDEIRA 
 
Exercícios Físicos e Diabetes Mellitus 
De acordo com XAVIER (2009), o sentimento dos diabéticos com relação à sua 
condição leva a todos os agentes da saúde, a inferir que a doença significa mais do que 
um conjunto de sintomas, mas que possui muitas representações simbólicas e 
culturais. A forma pela qual os indivíduos entendem a realidade vai determinar a sua 
maneira de se conduzir na vida. Assim, de acordo com o que o paciente sabe de sua 
doença, seu real significado, seus riscos e controle de suas atitudes e estilo de vida se 
encaminharão para a prática no seu cotidiano. 
 Diante do alto interesse do núcleo da saúde no tratamento de seus pacientes 
diabéticos, aumenta-se a busca por novas condutas para que o mesmo conviva com a 
doença, mas de forma que não a deixe atrapalhar nas atividades diárias. Diante disto, 
várias pesquisas foram feitas e tiveram como resultado a implantação de programas 
de exercícios físicos para que surtissem efeitos positivos sobre os portadores desta 
doença crônica. Desde o século XVIII, o exercício físico vem sendo defendido como 
instrumento que traz benefícios no tratamento de pacientes com diabetes mellitus 
(RAMALHO, 2008). As atividades físicas são importantes para os diabéticos (tipos I e 
II), devendo ser praticadas regularmente. Pois entre outras coisas, evitam o 
desenvolvimento e as complicações da doença, ajudam a manter o peso ideal, 
controlam a glicose na corrente sanguínea, evitam o endurecimento dos membros e 
melhoram suas condições gerais de saúde (FRANCO, 2005). Em pacientes diabéticos 
tipo I, apesar de um programa de exercícios melhorar a sensibilidade à insulina, não 
demonstra uma melhora no controle glicêmico, mas é indiscutível que eles possam 
influenciar nos resultados. 
 No entanto, estes podem ser alterados, se, a fim de prevenir a hipoglicemia, o 
paciente não aplicar a insulina, não tiver uma orientação nutricional adequada, sobre o 
que deve ser ingerido antes dos exercícios e exagerar na alimentação. Nos de tipo II, a 
ocorrência freqüente de resistência à insulina, obesidade, anormalidade no perfil 
lipídico e doença cardiovascular, tornam o exercício um potente coadjuvante aliado na 
terapêutica e com baixo risco de hipoglicemia. 
 
 Todo paciente, independente do tipo de diabetes apresentada, deve realizar 
uma avaliação prévia para saber quais exercícios e em que quantidade praticá-los. Esta 
avaliação consiste na observação e na palpação do paciente, notando suas 
extremidades, o tônus fisiológico do músculo, força para um determinado movimento 
(aplicando o teste de força), articulações e pele (viscosidade e possível edema). Na 
avaliação é muito importante fazer uma anamnese, ressaltando o peso (se encontra 
dentro de seu peso normal), se possuem histórico familiar de diabetes e se fazem 
parte de nenhum grupo étnico de alto risco. É relevante submeter o paciente a um 
exame clínico geral, para a observação de fundo de olho, presença de neuropatias, 
osteopatias, e cardiopatias. 
 Profª IZABEL C. FAGURY VIDEIRA 
 
 
 Ainda se faz importante essas avaliações, pois o paciente, ao realizar 
determinados exercícios podevir a sofrer alguma compensação articular ou lesão 
muscular. Assim, um profissional como o fisioterapeuta, por exemplo, pode detectar 
alguma alteração deste tipo e traçar um plano de tratamento específico para o 
mesmo, de acordo com as indicações e as contra-indicações, utilizando alguns recursos 
manuais, como manobra articular de Maitland, técnica de Jones ou algum tipo de 
alongamento, a depender do que o paciente apresenta. 
 
 Após a inspeção e, de acordo com o diagnóstico e os resultados, será possível 
criar um plano de exercícios que este paciente possa efetuar e em quais quantidades 
praticá-los. Também é muito importante traçar um plano alimentar, pois ele terá que 
se restringir a determinados alimentos antes, durante e depois da prática do exercício. 
Um indicador importante no controle da diabetes, resultando na alteração da 
hemoglobina dos glóbulos vermelhos, é a hemoglobina glicosilada, que aliada ao 
controle do açúcar na corrente sanguínea, melhora seus índices com os exercícios 
regulares (SÖNKSEN, 2000). Segundo FRANCO (2005), o diabetes não impede a prática 
de esportes. Basta apenas, quando o paciente é tratado com insulina, tomar algumas 
precauções. O paciente diabético deve verificar se sua diabetes esta bem controlada, 
pois em caso de um exercício intenso poderá agravar ainda mais suas glicemias; 
diminuir as doses de insulina que vão atuar durante o exercício; comer mais: antes ou 
durante um exercício longo, por exemplo, uma caminhada, e, sobretudo depois, já que 
um mal-estar hipoglicêmico poderá surgir após uma atividade física; e evitar a injeção 
de insulina no membro que vai trabalhar, por exemplo, na coxa, no caso de bicicleta, 
pois a reabsorção de insulina será mais acelerada. 
 O nível circulante de insulina antes e durante o exercício é também essencial 
para o desempenho e a prevenção da fadiga. O corpo precisa de certa quantidade de 
insulina circulante durante o exercício: quando reduzida, pode causar uma resposta 
hormonal excessiva, que eleva o nível de glicose sangüínea e a produção de cetonas. 
Por outro lado, se o nível de insulina circulante for alto durante a atividade, pode inibir 
a liberação de alguns hormônios que elevam a glicose levando a hipoglicemia (VÍVOLO, 
2008). A melhora nas medidas fisiológicas, tais como a redução de triglicérides e do 
LDL, o aumento do HDL, a diminuição da freqüência cardíaca em repouso e em 
atividade, a redução da pressão arterial, entre outras que decorrem de um estilo de 
vida fisicamente ativo, são ainda mais importantes nos portadores de diabetes, uma 
vez que o risco de mortalidade por doenças coronarianas é quatro a cinco vezes 
maiores nesses indivíduos em comparação com aqueles que não apresentam diabetes 
(FRANCO, 2005). A redução dos índices de glicemia é um dos efeitos mais 
significativos da atividade física no diabetes. A glicose é fonte predominante de 
energia nos 30 primeiros minutos de exercício (VÍVOLO, 2008). Assim, a atividade física 
tem função parecida com a insulina, no que diz respeito ao aumento da utilização de 
glicose pela célula. Uma queda para valores inferiores a 60-70 mg/dl caracteriza 
hipoglicemia induzida pelo exercício, o que é mais comum em pessoas com diabetes 
que utilizam insulina do que os que não usam. Mas mesmo indivíduos que não têm 
diabetes estão sujeitos a hipoglicemias durante o exercício, o que causa tontura, visão 
turva e até desmaio. De acordo com FECHIO e MALERBI (2004), apesar das vantagens 
da atividade física, uma grande parte da população é inativa ou se exercita em níveis 
insuficientes para alcançar resultados satisfatórios para a saúde. Estima-se que 50% 
dos indivíduos que começam um programa de exercício interrompem-no nos primeiros 
seis meses. A literatura tem apontado que a maioria das desistências ocorre durante 
os três meses iniciais com resultados semelhantes em todas as faixas etárias, 
independentemente do sexo. Tal como ocorre em pessoas não diabéticas, a prática 
regular de exercício pode produzir importantes benefícios a curto, médio e longo prazo 
(MERCURI e ARRECHEA, 2001). Nestes benefícios pode-se incluir o aumento do 
consumo da glicose, diminuição na concentração basal e pós-prandial da insulina, 
aumento na resposta dos tecidos à insulina, melhora nos níveis da hemoglobina 
glicosilada, melhora o perfil lipídico, pois diminui os triglicerídeos e contribui para 
diminuir a pressão arterial. Aumenta o gasto energético, pois favorece na redução do 
peso corporal, diminuição na massa total de gordura, preservação e aumento da 
massa muscular, melhora no funcionamento do sistema cardiovascular, aumenta a 
força e elasticidade muscular, promove uma sensação de bem-estar e melhora na 
qualidade de vida. No mais, independentemente das alterações fisiológicas que 
acompanham o exercício, também ocorrem alterações comportamentais que 
favorecem o cuidado e o autocontrole por parte do paciente. E, conseqüentemente, 
contribuem para melhorar sua auto-estima, convívio social, para que a doença não 
venha a impedir que ele realize todas as atividades normais que uma pessoa sem a 
doença desempenha. 
É claro que os programas para portadores da DM não podem ser iguais aos de uma 
pessoa que não a possui. 
 A orientação deve ser individualizada com relação a duração, intensidade, 
modalidade e freqüência. É especialmente importante a realização do aquecimento, 
do resfriamento e do alongamento. Como produzem mais produtos finais de 
glicosilação do que os não diabéticos (ou seja, as moléculas de glicose aderem a várias 
estruturas do corpo, incluindo a cartilagem e o colágeno),os pacientes diabéticos 
apresentam uma maior tendência ao endurecimento e perda da sua flexibilidade 
normal. Também, correm mais risco de desenvolver doença cardíaca e sofrer infartos 
silenciosos, dessa forma, o aquecimento e o resfriamento adequados ajudam a 
impedir a arritmia ou os eventos cardíacos sofridos durante e depois do exercício. 
 São mais propensos à desidratação quando o açúcar sanguíneo sofre alta 
anormal. Com o volume sanguíneo reduzido (resultante de uma combinação entre a 
sudorese e a desidratação preexistente), pode haver um desmaio caso o indivíduo pare 
o exercício abruptamente sem fazer o resfriamento, permitindo que o corpo 
desconcentre o fluxo sanguíneo dos músculos e o devolva à circulação central 
(TEIXEIRA, 2008). A atividade física prescrita em pacientes portadores de diabetes 
deveria reunir as características descritas no gráfico 1. 
 
 
 
 
 
*No caso de obesidade, a prática diária é recomendada 
** O tempo sugerido deve ser acrescentado de 5-10 minutos de 
exercícios de alongamento e mobilidade articular antes e após a 
atividade principal. 
 
 A implantação de um programa de atividade física em pacientes que 
apresentam também outras doenças torna-se mais difícil. Porém com persistência é 
possível que esses pacientes adotem um “novo” estilo de vida para terem resultados 
mais positivos futuramente. A mudança de comportamento do paciente diabético 
sedentário é muito proveitosa, já que agora se dispõe a ocupar seu tempo com a 
realização de atividades físicas. A diabetes é mais difícil de ser tratada do que outras 
condições crônicas, como à hipertensão, por exemplo, porque sua administração 
próspera está diretamente relacionada a uma maior extensão na melhora do estilo de 
vida, que está fora do alcance do profissional. Dessa forma, estes travam verdadeiras 
“batalhas” com seus pacientes diabéticos em relação à mudança de hábitos 
alimentares, exercícios e mudanças que envolvem hábitos vitalícios. Além disso, 
muitos sentem dificuldade em tratar a questão da instabilidade de comportamento, 
pois a maioria não foi preparada para isso. 
 
 De uma maneira lógica, os diabéticos passam a acreditar mais no tratamento, 
quandoverificam, por intermédio do teste da glicemia capilar antes e depois do 
exercício, que este, diminuiu os níveis glicêmicos, controlando o diabetes e 
melhorando, assim, a auto-estima dessas pessoas (TEIXEIRA, 2008). 
 
Conclusão 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A prática de exercícios físicos é imprescindível no tratamento e controle da 
Diabetes Mellitus, já que com seus diversos benefícios ajuda não só a melhorar o 
quadro físico do paciente, mas também, o lado emocional, mental e o seu convívio na 
sociedade como uma pessoa não diabética. Também é importante levar em 
consideração a personalidade do paciente, pois ele pode estar seguindo todas as 
recomendações corretamente, mas ser uma pessoa, agitada, nervosa ou depressiva, o 
que pode acarretar o aumento dos níveis glicêmicos, alterando o controle da doença 
(TEIXEIRA, 2008). 
 
Referências Bibliográficas 
CÁCERES, T. Nosso Corpo Produz Insulina e Glucagon. Mato Grosso do Sul, 2007. Disponível em: 
http://www.diabetes.etc.br/produz-insulina-glucagon. Acesso em: 13/06/2009. 
FECHIO, J. J.; MALERBI, F. E. K. Adesão a um programa de atividade física em adultos portadores de 
diabetes. São Paulo, 2004. Disponível em: 
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-27302004000200 010 
&lng=pt&nrm=isso. Acesso em:10/06/2009. 
FRANCO, L. L. Diabetes: como prevenir, tratar e conviver. São Paulo, 2005. 
MEDEIROS, R. J. Cicatrização de feridas diabéticas e varicosas. São Paulo, 2008. Disponível em: 
http://medeirosfisio.web44.net/cicatriza_feridas. htm. Acesso em: 19/06/2009. 
MERCURI, N., ARRECHEA, V. Atividade física e diabetes mellitus. Argentina, 2001. Disponível em: 
http://www.saudeemmovimento.com.br/revista/ artigos/diabetes_clinica/v5n5_exercicio.pdf. Acesso 
em: 05/06/2009. 
RAMALHO, A. C. Diabetes e Atividade Física. 2008. Disponível em: 
http://www.sitemedico.com.br/sm/materias/index.php?mat=1151. Acesso em: 18/04/2009. 
SÖNKSEN, P.; FOX, C.; JUDD, S. Tudo sobre diabetes: respostas ás suas dúvidas. São Paulo, 2000. 4 ed. 
Ed. Andrei. 
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Profª IZABEL C. FAGURY VIDEIRA