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Modelos Metodologias e Financas na Carreira

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Independência financeira e finanças pessoais 
 
Saber administrar bem as finanças, compreendendo como é a própria remuneração, aplicando o 
dinheiro em situações que tenham valor, vivendo o presente e programando o futuro com o mesmo 
afinco, são temas relafivos à vida financeira que, quando aplicados, podem trazer boas colheitas para 
a vida das pessoas. 
Como as escolas não ensinavam (e em muitos casos, ainda não ensinam) a lidar com o dinheiro, 
podemos verificar profissionais competentes que muitas vezes têm problemas financeiros durante 
toda a vida. Dessa forma, neste tópico trataremos sobre educação financeira, convidando os 
estudantes a reflefirem e realizarem mudanças práficas em suas vidas. 
 
A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO FINANCEIRA 
Existe um ditado entre os economistas e profissionais da área financeira que diz: mais poderoso do 
que o dinheiro é a instrução financeira. Isso quer dizer que, em determinadas épocas da vida, podem 
chegar momentos mais conturbados financeiramente como desemprego, crises e falências, porém, 
caso haja conhecimentos sobre como o dinheiro funciona, é possível construir riquezas mesmo 
passando por fases mais desafiantes. 
Muitos países, como o Brasil, por exemplo, possuem dívidas nacionais e muitas delas advém de falta 
de gestão financeira. Uma boa nofícia é que a parfir de dezembro de 2019, todas as escolas no Brasil 
serão obrigadas a incluir em seu currículo escolar a educação financeira. Porém, embora esse 
assunto esteja evoluindo no país, ainda temos muito o que desenvolver. 
Vemos que as empresas entendem e vêm praficando cada vez mais a administração financeira, 
porém, o indivíduo muitas vezes acredita que é algo difícil, ou que isso não é para ele, ou até mesmo 
acha que não tem dinheiro o suficiente para ser administrado. Porém, a administração financeira 
pessoal é algo importante para todos, até mesmo para as crianças. Além do bem-estar pessoal, essa 
ação tem um importante papel na formação de uma economia mais inteligente e são os indivíduos 
conscientes economicamente que contribuem com a formação desse contexto social (FERREIRA, 
2017). 
Quando as pessoas aprenderem a usar o dinheiro de forma mais consciente, terão mais condições de 
invesfir no que realmente é importante para si. É bem possível que um indivíduo educado 
financeiramente tenha mais tranquilidade e estabilidade, que são fatores mais comuns em pessoas 
que não possuem endividamentos. 
Um ponto é que, ter consciência financeira, não se relaciona a não comprar algo que se gosta, ou 
deixar de viver coisas boas importantes para si, mas sim conseguir desenvolver um plano em que 
seja possível fazer coisas que se gosta e também poupar. 
Um fato relevante é: nem sempre as pessoas que ganham mais possuem mais dinheiro. Vemos 
muitos indivíduos buscarem cada vez mais realizarem seus sonhos, porém, muitas vezes as pessoas 
conseguem de fato aumentar suas rendas, mas não conseguem chegar onde querem. Isso não quer 
dizer que ganhar bem e melhorar a renda não seja importante, mas o fato de saber administrar é um 
item fundamental para a manutenção e acúmulo de riquezas, muitas vezes esquecido e 
desconsiderado. 
 
 
Existem alguns fatores que, quando bem administrados e conscientes, ajudam muito as pessoas a 
serem educadas financeiramente. Esses fatores são: saber fazer escolhas, controlar e planejar, 
considerar a temporalidade e diferenciar necessidade e desejo. 
As escolhas são, na maior parte das vezes, vinculadas a atender necessidades emocionais e agir 
racionalmente ao tomar decisões em relação aos gastos. A realização de desejos e a manutenção e 
busca de status influenciam diretamente nestas escolhas. 
Durante todo o tempo, nós escolhemos e tomamos decisões de modo consciente ou inconsciente. E, 
como somos seres emocionais, além de racionais, é comum tomarmos decisões com base nas 
emoções. A própria sociedade que vivemos nos esfimula a consumir e há estudos que comprovam a 
forte influência das propagandas e markefing de consumo, o tempo todo nos persuadindo, 
principalmente através das emoções. 
Há produtos e serviços que muitas vezes precisamos ou queremos, por terem significado para nós, 
mas o mercado age para que passemos a desejar cada vez mais essas mesmas coisas. Isso não quer 
dizer que não possamos desejar e consumir determinados produtos, porém, se nos condicionamos a 
atender todos os desejos criados, teremos uma relação complexa e difícil com os gastos, que 
provavelmente prejudicará uma vida mais estável e planejada financeiramente. 
É preciso desenvolver a consciência e o hábito de analisar com mais profundidade e sinceridade a 
real necessidade de consumir determinado produto. O apelo à manutenção do status é muitas vezes 
um pretexto para o consumo, para que o fato de usufruir determinado serviço ou a obtenção de um 
produto passe uma imagem de sucesso (BCB, 2013). Estar atento para essas arfimanhas emocionais 
é um esforço a ser feito, para incluir a razão nos momentos de decisões financeiras. 
Saber o quanto se gasta e se controlar é um dos fatores principais para que a educação financeira 
pessoal dê bons resultados. Esse controle é realizado através de anotações de tudo que se gasta 
diariamente, separando por temas que fazem parte da vida do indivíduo. Por exemplo, os gastos 
podem ser anotações seguindo os temas: alimentação, educação, filhos, lazer, saúde, transportes 
etc, por exemplo. 
Uma forma de realizar um controle e também planejar a vida financeira é através de um orçamento 
pessoal (BCB, 2013). O orçamento permite que se planeje os gastos e inclusive, que se faça 
economias para que se coloque projetos importantes para si em práfica. Através dessa ferramenta, é 
possível relacionar as entradas de dinheiro (receitas) e as saídas (despesas) de modo organizado e 
anotado. Ele permite a visualização da origem dos ganhos e para onde está indo o dinheiro. 
Quando se tem clareza e se consegue visualizar de forma mais geral essas informações, é possível 
desenvolver planos de ação para tomadas de decisão mais conscientes sobre a redução de 
determinados gastos e o invesfimento em temas que tenham mais significado para a vida, no 
determinado momento ou conforme os planos e objefivos de vida futuro. 
 
Quanto às receitas, normalmente as pessoas têm uma visão mais correta, ou seja, elas sabem de 
onde vem. É comum que seja do trabalho (salário, bônus, comissões etc), mas pode ser também de 
pensão, aplicações financeiras e heranças. Já as despesas normalmente surpreendem quando se tem 
as anotações em mãos. 
Um outro fator é a temporalidade, que nos faz reflefir quando vale a pena gastar o dinheiro para a 
aquisição de um produto ou serviço. Muitas vezes, as pessoas anseiam pelo produto no momento 
presente e essa ansiedade é o único fator de decisão nestas situações. A tomada de decisão em 
casos como esse envolve uma análise considerando os seguintes fatores: 
 Há juros a serem pagos para o produto, caso seja parcelado? 
 Há desconto em pagamento à vista? 
 Há ganhos com invesfimentos, caso haja a postergação do consumo (até completar o valor 
para o pagamento à vista)? 
 Há economia com outros gastos caso haja a antecipação do produto? 
Quando as questões acima forem respondidas, há dados suficientes para se tomar uma boa decisão. 
Saber diferenciar entre desejo e necessidade também é fundamental para a tomada de decisão. Este 
aspecto também é um desafio que ajuda a compreender o que de fato é indispensável para a vida e 
o que queremos usufruir por prazer e safisfação. 
Outro fator muito importante neste caso é saber disfinguir desejo de necessidade. 
Um exemplo é que todos nós precisamos nos vesfir, mas ufilizar roupas de grife relaciona-se ao 
desejo. Um outro exemplo é a alimentação: é necessária para a vida da humanidade, mas frequentar 
restaurantes de luxo relaciona-se com a safisfação de um desejo (BCB, 2013). 
Da mesma forma que discufimos sobre decisões de consumo relacionadas à emoção erazão, a 
necessidade e o desejo também demanda o equilíbrio. Quando administramos nosso dinheiro, é 
necessário obtermos conhecimento de como fazê-lo e também agir de modo equilibrado. Os desejos 
são normais, todos nós temos e restringi-los excessivamente pode ser prejudicial para o bem-estar e 
safisfação com a vida. Porém, planejar o futuro traz conforto e segurança. 
As dificuldades acontecem quando os desejos são tratados como necessidade (BCB, 2013), sem 
ponderação e limites. Quando isso ocorre, há grandes chances de endividamento, uma vez que se 
perde o controle 
 
ENTENDENDO A REMUNERAÇÃO, DESCONTOS E CONTRIBUIÇÕES 
A forma mais comum de remuneração é o salário que obedece a legislação trabalhista brasileira – 
CLT (Consolidação das Leis do Trabalho). Porém, além deste, existem modelos de trabalho que 
implicam em formas diferentes de remuneração, como o autônomo, MEI e PJ. 
A remuneração com base na CLT implica que o indivíduo tem um contrato de trabalho com uma 
organização em que é estabelecida a relação de empregado/empregador, implicando que ambos 
devem respeitar os acordos firmados, conforme a legislação trabalhista. 
O profissional que tem o vínculo de trabalho através CLT tem a carteira de trabalho assinada pelo 
empregador, implicando no que é denominado vínculo empregafício. Quando esta relação de 
trabalho existe, as organizações fornecem aos seus colaboradores os seguintes benefícios legais: 
FGTS, INSS, décimo terceiro salário, férias remuneradas e vale transporte. Além destes, as 
organizações devem fornecer benefícios e seguir as orientações relacionadas à convenção colefiva 
da classe. Existem empresas que, além de benefícios legais e definidos em convenção colefiva, 
 
oferecem um plano de remuneração envolvendo bônus e outros benefícios, como estratégia para 
sua atrafividade, engajamento e retenção das pessoas. 
 
No modelo de trabalho CLT, o salário do colaborador também sofre descontos por conta de impostos 
a serem pagos ao governo, como o INSS (Insfituto Nacional de Serviço Social), IRPF (Imposto de 
Renda Pessoa Física), vale transporte e outros benefícios. 
Os descontos legais relafivos ao INSS e IRPF obedecem a uma tabela, na qual o percentual dos 
descontos é crescente conforme o valor do salário for aumentando. 
As Tabelas 1 e 2 a seguir apresentam os descontos do INSS e IRPF por faixa salarial no ano de 2019. 
 
Tabela 1. Contribuição do INSS. Fonte: ALVES, 2019. (Adaptado). 
 
Quando o salário for maior que R$5.839,45, o desconto mantém o valor de R$642,34 (este é o teto 
do valor). 
 
 
Tabela 2. Desconto do IRPF em 2019. Fonte: Guia Práfico do Imposto de Renda, 2019. (Adaptado). 
 
Da mesma forma que ocorre com o INSS, o teto da contribuição de IRPF é R$869,36. 
Tanto o empregador como o empregado contribuem com esses tributos para o governo, a não ser o 
microempresário individual e o microempresário, que tem uma tributação diferenciada. O IRPF é 
uma obrigação do empregado e de todas as pessoas com uma determinada renda. O imposto de 
renda de PJ é uma obrigação, mas não se relaciona diretamente ao empregado. 
As empresas de lucro presumido e lucro real contribuem com 20% de INSS para o governo, já as 
empresas simples (com faturamento até R$ 360.000) e MEI não contribuem com o governo em 
relação ao INSS, embora sejam obrigadas a pagar todos os outros diretos do empregado. 
Além desta, há os descontos relafivos a vale transporte, que quando é ufilizado pelo profissional, 
pode sofrer o desconto de até 6% de seu salário mensal, sendo que o limite se refere ao valor total 
do vale transporte. Um exemplo é: um funcionário que tem o salário mensal de R$ 6.000, por conta 
dos 6%, terá R$ 400 descontados. Porém, se o valor mensal total do transporte for de R$ 300, ele 
poderá ser descontado em até R$ 300, no máximo. 
Quando uma empresa contrata um profissional com vínculo empregafício, normalmente o que é 
definido como remuneração principal e informado ao contratado é o salário bruto, porém, o valor 
recebido mensalmente é o salário líquido. De modo simplificado, o salário líquido refere-se ao 
resultado do salário bruto subtraindo os descontos que incidem sobre ele. 
Um exemplo: se uma pessoa tem o salário bruto de R$3800 e além destes, recebe um vale refeição 
de R$500,00 com desconto de 25% e assistência médica, em que sofre o desconto de R$50,00, o seu 
salário liquido será: 
3800,00 - 418 (11% INSS) = 3382,00 
3382,00 - 354,80 (IRRF) = 3036,20 
3036,00 - 125,00 (Vale Refeição) – 50,00 (Assistência Médica) = 2861,00 
Assim, o valor de R$ 2861,00 é o salário líquido do profissional. 
O importante a considerar neste caso é que, embora haja descontos consideráveis no valor do 
salário, uma parte dos gastos com alimentação e saúde são supridos através dos benefícios. Caso 
este profissional não fivesse vale refeição e assistência médica, teria custos muito superiores ao 
desconto aplicado pela organização. Além disso, esse profissional terá direito ao décimo terceiro 
salário, férias e décimo terceiro de férias e fundo de garanfia, além do seguro desemprego provido 
pelo governo, quando o profissional fiver sido demifido sem justa causa e não fiver outra renda. 
 
O Fundo de Garanfia de Tempo de Serviço (FGTS) corresponde a um salário a mais por ano que o 
empregador deposita em contas da Caixa Econômica Federal. Esses depósitos são realizados 
mensalmente, relafivo a 8% do salário do empregado que compreenderá um salário por ano de 
trabalho. 
O FGTS pode ser sacado quando o profissional for dispensado pela empresa sem justa causa. Neste 
caso, além do valor do fundo, o empregador aplicará a multa de 40% em relação ao valor já 
depositado. Além do caso de demissão sem justa causa, o empregado pode sacar o FGTS na compra 
de sua casa própria e em programas específicos oferecidos pelo governo. 
O décimo terceiro refere-se a um salário a mais pago ao empregado com vínculo empregafício no 
final do ano lefivo, sendo que parte deste pode ser pago no período das férias. 
As férias são referentes a um direito trabalhista em que o empregado tem direito a um período de 
gozo sem que haja interferência em sua remuneração. Sendo assim, o profissional fica 30 dias sem 
trabalhar e recebe sua remuneração + 1/3 do valor do seu salário. Por exemplo: se o salário do 
profissional é de R$ 1000, ele deve receber R$ 1000,00 + R$333,33 (1/3 sobre a remuneração). 
Uma forma de entender a remuneração e os descontos sofridos é analisar e compreender o holerite, 
documento obrigatório recebido mensalmente da empresa por profissionais que tem vínculo 
empregafício. 
O profissional autônomo é quem exerce afividade profissional sem vínculo empregafício, ou seja, 
por conta própria, sendo um trabalho que seja eventual, com ou sem exclusividade, e que não tenha 
subordinação direta. Supõe-se que o trabalhador autônomo assuma risco sobre suas afividades 
profissionais e que ele próprio dirija suas afividades e assuma o controle de sua jornada. 
É comum verificarmos o trabalho autônomo de profissionais, como: corretor de imóveis, médicos, 
denfistas, psicólogos, motoristas, representantes comerciais, e cada vez mais outros profissionais 
vem atuando neste modelo. 
O profissional autônomo precisa ter um cadastro na prefeitura e, após pagar uma taxa de serviço, 
terá um registro e poderá emifir notas fiscais. Eles não são descontados e também não recebem os 
direitos trabalhistas como os empregados com vínculo empregafício, como férias, 13º salário, FGTS 
etc. 
Os autônomos têm que pagar IRRF como pessoa física, então, seguem as mesmas informações 
apresentadas na Tabela 2 e, em relação ao INSS, o valor é 11%. Sendo assim, para profissionais que 
prestam serviços como autônomo, é necessário avaliar os custos relafivos a esse modelo de trabalho, 
além do risco maior e ao fato de não ter os mesmos direitos do trabalho pela CLT. É comum, cada vez 
mais profissionais autônomos passarem a exercer afividade profissional como PJ, sejacomo MEI ou 
ME, devido aos encargos serem menores. 
A MEI (Microempreendedor Individual) é um modelo de trabalho que permite a abertura de um 
CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica) sem custos para o microempreendedor e a abertura de 
uma empresa com certa facilidade, sendo possível a emissão de nota fiscal. A MEI não permite sócios 
e há necessidade de os serviços prestados estarem relacionados entre os permifidos. 
Um ponto importante da MEI é que o faturamento anual não deve ultrapassar R$ 81.000, o que 
indica a média máxima de R$6750 por mês. A contribuição do microempreendedor com a MEI é 
muito interessante e fica entre R$ 50 a R$ 55 por mês, reunindo os impostos (ICMS, ISS e Previdência 
Social) em um único documento, o DAS. Como microempreendedor (MEI), é possível a contratação 
de apenas um funcionário que receba um salário mínimo ou o piso salarial da categoria. Sendo 
assim, a MEI pode ser uma boa alternafiva de relação de trabalho, considerando as arrecadações 
tributárias, quando cumpre os requisitos de faturamento e de afividade prestada. Ela também não 
necessita de administração de um contador. 
 
A ME (Microempresa), envolve um cadastro na junta comercial e a consfituição de um contrato 
social. O faturamento anual de uma ME pode chegar até R$ 360 mil e ela tem uma abrangência 
muito maior de afividade em relação a MEI, permifindo a contratação de até nove funcionários. Esse 
fipo de empresa normalmente demanda a administração de um contador, pela sua maior 
complexidade e planejamento tributário. Para uma empresa pequena, o ideal é que seja enquadrada 
no simples nacional. Nesta categoria, a arrecadação varia de acordo com o faturamento e os 
descontos vão de 4% até 11,2%, dependendo do setor e afividade desenvolvida. 
Tanto a MEI como a ME oferecem o direito a aposentadoria por invalidez e idade, auxílio doença e 
licença maternidade, porém a MEI já conta com o INSS no DAS, que se refere a 5% da alíquota (base 
salário mínimo). Já no caso da ME, é necessário recolher esse imposto como contribuinte individual. 
Porém, um fato relevante a ser considerado é que o empresário não tem os mesmos direitos que um 
empregado e muitas vezes não tem as mesmas garanfias de confinuidade de como acontece com o 
trabalhador CLT. As opções para atuar a parfir dos modelos de trabalho apresentados devem 
considerar tanto as questões financeiras como as perspecfivas de carreira pessoais, além das 
disponibilidades do mercado para a tomada de decisão quanto aos modelos de trabalho. 
 
 
 
Análise de mercado de trabalho (SWOT) 
 
A análise de SWOT é uma das ferramentas de planejamento estratégico mais conhecidas 
mundialmente. A ufilização deste modelo oferece a possibilidade de realizar uma análise geral sobre 
determinada situação ou cenário, para que as tomadas de decisões sejam mais acertadas, racionais e 
ponderadas, considerando aspectos relevantes. 
Neste tópico, conheceremos esta ferramenta poderosa e sua aplicabilidade, buscando um 
planejamento mais preciso e tomadas de decisões mais eficazes. 
 
FORÇAS, FRAQUEZAS, OPORTUNIDADES E AMEÇAS 
O SWOT é um acrônimo definido no idioma inglês, desenvolvido por dois professores da 
Universidade de Harvard, Kenneth Andrews e Roland Christensen (FERREIRA et al., 2019), indicando 
uma análise a parfir de quatro principais pontos, a parfir da seguinte matriz: 
Strength – Forças 
Weaknesses – Fraquezas 
Opportunities – Oportunidades 
Threats – Ameaças 
A figura a seguir apresenta a matriz SWOT, através do desenho que normalmente é ufilizado em 
análises de cenário. 
 
Figura 1. Matriz SWOT. Fonte: Shufterstock. Acesso em: 03/09/2019. (Adaptado). 
 
Esta ferramenta permite a análise de ambientes internos e externos. Quando nos remetemos ao 
ambiente interno, nos referimos às forças e fraquezas, e se nos remetemos ao ambiente externo, 
pensamos nas oportunidades e ameaças. Um exemplo é na análise de uma empresa: idenfificar os 
pontos fortes e fracos tem a ver com caracterísficas internas da empresa, enquanto as oportunidades 
e ameaças são relacionados ao mercado, ou seja, concorrência, geografia, momento histórico e 
outros pontos externos. 
 
Podemos dizer que as forças e fraquezas podem ser mais controláveis do que as ameaças e 
oportunidades, e devem ser constantemente acompanhadas. Este acompanhamento é de suma 
importância no planejamento da empresa, auxiliando e colaborando com as decisões a serem 
tomada pelas organizações. 
Realizar uma análise de seu ambiente interno, de suas áreas de sua marca e de suas pessoas permite 
com que insfituições, empresas e grupos em geral, entendam o que fazem bem e possam enfafizar 
seu potencial, firando proveito de oportunidades interessantes e desenvolvendo seus pontos fracos 
através de planos de ação eficientes. 
Podemos citar seis ambientes externos importantes de serem analisados em uma análise de SWOT, 
são eles: ambiente econômico, polífico e legal, social, natural, tecnológico e compefifivo 
(CHURCHILL; PETER, 2000). 
Para exemplificar o contexto de ambiente, vamos imaginar um restaurante que serve refeições 
fípicas da culinária peruana, com ficket médio de R$70 (média de gastos de um cliente). Quando 
verificamos o ambiente externo para esse negócio, devemos realizar a seguinte análise: 
 Ambiente econômico - Relaciona-se a fatores financeiros que influenciam no negócio: qual a 
renda média do público que frequenta a região? 
 Ambiente polífico - São fatores voltados a políficas, regras e regulamentos: quais as regras 
necessárias para manter o funcionamento de um restaurante segundo a vigilância sanitária e 
órgãos regulamentadores? 
 Ambiente social - Vinculado à forma de viver, crenças, valores e interesses do grupo social. As 
pessoas da região têm interesse em comidas fípicas? 
 Ambiente natural - Refere-se à possibilidade de o ambiente fornecer o produto. O ambiente 
permite a compra ou o culfivo próprio deste fipo de alimentação? 
 Ambiente tecnológico - Implica em condições de aquisição e operação de tecnologias. O que é 
necessário para se diferenciar em relação a tecnologia ufilizada? 
 Ambiente compefifivo - Confere o atual mercado e a facilidade de novos entrantes. Quem são os 
concorrentes? Quantos existem? Caso surjam outros restaurantes, como será possível se 
diferenciar? 
A matriz SWOT nasceu como uma ferramenta estratégica importanfíssima para o mundo 
empresarial. Para compreendermos a sua aplicabilidade, se faz necessário entendermos melhor o 
conceito de estratégia. 
Muitos autores estudaram esse tema tão importante, mas de uma forma geral, podemos entender 
estratégia como uma afividade relacionada à importantes caminhos de uma organização ou de um 
grupo social e até mesmo a vida pessoal, em que são avaliados os ambientes internos e externos 
para que decisões sejam tomadas e afinjam metas e objefivos esperados. Neste trajeto, são 
adotadas ações e aplicações para as correções necessárias. 
A estratégia vislumbra tanto uma atuação presente como uma visão de futuro, mantendo e 
desenvolvendo a capacidade compefifiva e incrementando de vantagens para o grupo ou para si 
(CHIERAMONTE et al., 2015). 
O quadro a seguir apresenta uma forma de ufilizar a matriz SWOT para análise estratégica de um 
cenário e tomadas de decisão. 
Como veremos, é possível analisar a matriz correlacionando seus quadrantes, maximizando forças e 
oportunidades e minimizando fraquezas e ameaças. 
 
 
Quadro 1. Análise interna e externa. Fonte: CASTRO et al., 2008, p. 18. (Adaptado). 
 
Embora a matriz SWOT seja muito difundida no cenário empresarial, ela vem sendo ufilizada e 
adaptada ao estudo de cenários de grupos sociais de uma forma geral e até mesmo em análises para 
planejamentos pessoais quanto a vida profissional e pessoal. 
MATRIZ DE SWOT NA VIDA PROFISSIONAL E PESSOAL 
A adaptação da matriz de SWOT para análise da vida profissional pode trazer bons frutos para o 
autoconhecimento, planejamento e avaliação em tomadas de decisão.Uma forma de pensar a SWOT também é relacionar os dois quadrantes acima com questões 
relacionadas ao mundo interno. Os dois quadrantes abaixo referem-se ao mundo externo. 
Quando ufilizamos a matriz para vida profissional e pessoal, nos referirmos ao mundo interno, a 
caracterísficas individuais, envolvendo competências, qualidades e caracterísficas em geral que 
podem ajudar na carreira. 
Uma forma de fazermos essa autoavaliação para conhecer os pontos fortes é pensarmos em 
situações profissionais em que se obteve sucesso e retomar caracterísficas e competências que 
outras pessoas nos dizem que são nossos talentos. 
É importante considerar os feedbacks posifivos recebidos e avaliar os que se repetem com mais 
frequência. Quando avaliamos as fraquezas, é possível realizar a mesma autoavaliação, mas olhando 
para situações onde não se obteve sucesso por conta de algo que não conseguiu desenvolver da 
melhor forma e de feedbacks fornecidos por outras pessoas sobre pontos a desenvolver. 
Quando avaliamos os dois quadrantes inferiores, verifica-se questões externas em relação ao 
ambiente profissional em que se está inserido, que podem influenciar posifivamente 
(oportunidades) ou negafivamente (ameaças) na vida profissional. 
Neste caso, é analisado quais os fatores do ambiente, seja da empresa que se atua ou do mercado de 
trabalho de uma forma mais geral. Para realizar uma análise de SWOT, é necessário considerar o 
objefivo da análise em relação a vida profissional. Por exemplo, caso a proposta seja avaliar o cenário 
para crescer na carreira dentro de uma determinada empresa, o principal cenário externo a ser 
considerado será a empresa, porém, se o foco da análise de SWOT for o desenvolvimento da 
trabalhabilidade no mercado, o cenário poderá considerar possíveis clientes ou tomadores de 
serviços. 
 
Apresentaremos abaixo, as duas situações citadas apresentando matrizes que refletem as duas 
situações (emprego e trabalho). O Quadro 2 a seguir se refere a matriz de SWOT de um profissional 
que visa desenvolver-se na empresa atual. 
 
Quadro 2. Matriz SWOT - Empregabilidade 
 
O próximo quadro mostra a matriz de SWOT de um profissional que atua como consultor na área de 
Desenvolvimento Humano e Profissional e pretende desenvolver sua trabalhabilidade. 
 
Quadro 3. Matriz SWOT - Trabalhabilidade. 
 
 
Já o próximo quadro se refere à análise da matriz SWOT apresentada no Quadro 3, considerando o 
cruzamento dos quatro quadrantes. O quadro apresenta possibilidades de ações a parfir destas 
análises, que possivelmente seriam difíceis de serem feitas se a ferramenta não fivesse sido aplicada. 
 
Quadro 4. Análise de SWOT. 
 
 
 
Ferramentas para planejamento e gestão 
 
As ferramentas metodológicas são recursos interessantes para desenvolver, principalmente, projetos 
profissionais, compreender processos, resolver problemas e estruturar planos de ação. Elas 
permitem atuar de forma mais planejada e enxergar possíveis soluções para situações que, se não 
parássemos para analisar e detalhar, provavelmente não conseguiríamos enxergar como 
oportunidades de melhoria ou como ponto de precaução e atenção. 
O diagrama de Ishikawa, também denominado “diagrama de causa e efeito ou espinha de peixe” 
devido à sua forma, foi desenvolvido por Kaoru Ishikawa, no Japão, na década de 50. 
Por meio de sua forma gráfica, é possível avaliar um determinado processo e interpretá-lo. Para 
desenvolver esse fipo de diagrama, é necessário que haja um problema a ser resolvido e, a parfir 
disso, um grupo de pessoas levanta hipóteses sobre suas possíveis causas. 
O problema é escrito à direita do diagrama de forma clara e objefiva. A parfir dele, uma linha 
horizontal e outras semiverficais são traçadas, representando as causas levantadas, conforme 
apresentado no Diagrama 1. 
 
Diagrama 1. Diagrama de Ishikawa. Fonte: COUTINHO, 2013, p. 23. (Adaptado). 
 
O diagrama é definido a parfir de seis categorias, denominadas 6M: mão de obra, equipamentos, 
materiais, meio ambiente, medições e métodos. As causas levantadas são encaixadas de acordo com 
as seis categorias e suas respecfivas invesfigações devem remeter às causas originais. As 6M 
funcionam como um guia para orientar a análise de problemas. 
O diagrama de Ishikawa tem base em uma conversa denominada brainstorming (chuva de ideias), na 
qual as possibilidades são consideradas e organizadas conforme as seis categorias. 
 
Uma forma interessante de desenvolver essas metodologias é pensar e discufir causas por cada 
categoria. Por exemplo: imagine que o problema seja insafisfação do cliente. Serão levantadas 
hipóteses para todas as seis categorias. A parfir das causas levantadas, outras ferramentas podem 
devem ser ufilizadas, como a ferramenta 5W2H e/ou a regra de Pareto, para se chegar à causa raiz. 
As causas de nível 2 são levantadas através do brainstorming, as de nível 1 são desdobradas a parfir 
da ferramenta 5W2H, Pareto, dentre outras, conforme demonstrado no Diagrama 1. 
 
A ferramenta 5W2H compreende uma forma de estruturar o pensamento, tornando-o mais 
organizado e definido antes de implementar uma solução. Ela propicia uma análise sob diversas 
circunstâncias. Os 5W do nome correspondem às seguintes palavras inglesas: 
 What (o quê?); 
 When (quando?); 
 Why (por quê?); 
 Where (onde?); 
 Who (quem?). 
E os 2H, por sua vez, correspondem às seguintes palavras: 
 How (como?); 
 How much (quanto?). 
A proposta da ferramenta é se perguntar sobre cada um dos fatores no momento de desenvolver 
uma afividade, avaliar uma causa ou realizar um projeto. A parfir delas, é possível visualizar o 
envolvimento dos processos e diferenciar afividades. 
O Quadro 5 representa as questões a serem realizadas em cada um dos elementos da ferramenta. 
 
 
Quadro 5. Método 5W2H. Fonte: REIS, et al, 2016, p. 6. (Adaptado) 
 
Por meio dessa ferramenta, é possível eliminar muitas incertezas devido à objefividade das respostas 
promovidas. Uma forma de fazer isso é no desdobramento de causas-raízes, no diagrama de causa e 
efeito, ou na definição de planos para a execução de projetos. 
O diagrama ou gráfico de Pareto foi introduzido pelo economista italiano Vilfredo Pareto. A 
ferramenta permite definir um número pequeno de situações que produzem grandes melhorias em 
processos. Ela parte do princípio de Pareto, ou seja, 80% dos problemas são ocasionados por 20% 
das causas. Isso quer dizer que poucas situações causam muitos problemas. Sendo assim, esse 
princípio busca focar nos reais problemas e atuar de forma simplificada. Embora o número sugerido 
(80/20) não seja uma verdade absoluta, é importante considerá-lo como um princípio no qual muitos 
problemas têm poucas causas. 
Podemos dizer que um dos fundamentais objefivos do gráfico de Pareto é priorizar, determinando 
quais são os principais problemas a serem resolvidos e quais causas são mais relevantes. 
A ferramenta ufiliza princípios quanfitafivos para ordenar os problemas de qualidade. Dessa forma, 
para construir um gráfico de Pareto, é necessário realizar um levantamento dos problemas em 
alguma área, setor ou produto da empresa. Algumas ferramentas de levantamento são: pesquisa de 
safisfação, quesfionários ou documentos contendo observações coletadas etc. A parfir disso, deve-se 
construir o gráfico com os dados coletados. 
Um fato fundamental é que a regra de Pareto necessita de dados para que os problemas possam ser 
idenfificados. Desse modo, o gráfico implica em quanfificar os problemas por fipos e, a parfir deles, 
idenfificar o percentual de cada um, colocá-los em ordem decrescente e apresentar um gráfico no 
qual seja possível verificar os problemas individualmente e de forma acumulada. 
 
 
O gráfico de Ganft, ou diagrama de Ganft, é uma ferramenta desenvolvida por Henry Ganft, 
engenheiro americano e consultor. Ela tem como finalidade planejar e controlar afividades ou 
tarefas. 
Embora seja uma ferramenta anfiga, é um importanterecurso para gestão de projetos, permifindo a 
visualização dos avanços das etapas do projeto e todo seu andamento. O gráfico de Ganft pode ser 
ufilizado de forma muito simples, como em folhas de papel quadriculado, no Excel ou por meio de 
sistemas de gestão. 
Atualmente, muitos softwares de mercado se baseiam no gráfico de Ganft para oferecer uma solução 
tecnológica e ofimizada de gestão de projetos. 
Por meio dele, é possível idenfificar e acompanhar o início e o término de cada afividade, inclusive os 
atrasos, os progressos e as tarefas. Isso permite que o responsável pelo projeto aja e decida a parfir 
de informações mais precisas. Além disso, em um projeto que envolve muitas pessoas, é possível 
verificar os responsáveis pelas tarefas e a sua ordenação. 
Diferentemente do Pareto e da espinha de peixe, que levantam possíveis problemas e exploram 
causas, o Ganft auxilia no acompanhamento de projetos e afividades de um projeto em andamento. 
Sendo assim, controle e acompanhamento são os mofivos pelos quais a ferramenta existe. Dessa 
forma, alguns fatores são importantes para que ele cumpra com as necessidades esperadas, tais 
como: tempo (cronograma), tarefas, responsáveis, sinalizações (que indicam quais tarefas dependem 
do término de outras), objefivos e metas. 
 
 
Construindo projetos pessoais e profissionais 
 
Os projetos estão relacionados ao desenvolvimento ou à construção de algo. Nesse senfido, quando 
pensamos em construir uma casa, criar um produto, construir um trabalho específico para atender 
melhor os clientes ou desenvolver algo novo em nossas vidas pessoais, podemos desenvolver um 
projeto. 
Os projetos possuem caracterísficas e modelos específicos e um dos mais importantes fundamentos 
é que um projeto tem início, meio e fim. Caso alguma construção ou desenvolvimento sejam 
confínuos, não os caracterizamos como projeto. Esses casos são caracterizados por rofinas ou por 
processos estabelecidos. Alguns exemplos de projetos são: projetos pessoais, corporafivos, 
operacionais, de pesquisa e desenvolvimento, desenvolvimento de um software e aplicafivos, dentre 
outros. 
 
O DESENVOLVIMENTO DE PROJETOS 
Ao verificarmos um projeto realizado, é comum pensarmos que ele foi fruto de uma boa ideia e de 
esforço. No entanto, quando não conhecemos muito sobre desenvolvimento, gestão e metodologia 
de projetos, não imaginamos que há uma estrutura pré-definida e um certo modo de atuação para 
lidar com a produção do determinado produto/serviço/tema, buscando seu melhor resultado. Os 
resultados posifivos de um projeto ocorrem por conta de um processo estruturado que envolve fases 
definidas como iniciação, planejamento, execução, acompanhamento e conclusão. 
Além das fases estruturadas, existem algumas premissas básicas que caracterizam um projeto: 
 Todo projeto tem um objefivo claro; 
 Os projetos são temporais, ou seja, possuem início, meio e fim; 
 Eles são específicos e únicos, embora haja semelhanças entre dois ou mais projetos, cada 
projeto tem seus requisitos e especificidades; 
 As limitações relacionadas a recursos como tempo, custos e pessoas necessitam ser 
consideradas; 
 Cada projeto possui estrutura própria, embora possa comparfilhar recursos e pessoas com 
outros projetos. 
Um projeto visa desenvolver um trabalho que não é rofineiro e isso envolve uma forma de trabalho 
diferente, menos burocráfica e hierárquica, em que todos estejam voltados a um objefivo comum. 
Um projeto corporafivo envolve pessoas de diferentes áreas e com diferentes visões que contribuem 
para o mesmo fim. Um projeto pessoal, por sua vez, diz respeito a uma pessoa que tem como 
objefivo coordenar os planos e ações para afingir um resultado esperado. 
Na finalização de um projeto, seja pessoal ou de uma organização, é importante verificar as lições 
aprendidas. Embora os projetos sejam específicos, é possível empregar aprendizados anteriores em 
projetos diversos, fazendo algumas adaptações às necessidades. 
Um projeto também possui fases, conforme mostra o Diagrama 2. 
 
 
Diagrama 2. Fases de um projeto. Fonte: Shufterstock. Acesso em: 07/10/2019. (Adaptado). 
 
// Processo inicial 
Neste momento, são definidos e refinados os objefivos do projeto, obtendo-se a aprovação para 
realizá-lo junto aos envolvidos. Também é necessário reunir informações imprescindíveis sobre o 
projeto, como as restrições do escopo, tempo e custo. 
O escopo do projeto é algo muito importante e diz respeito à expectafiva do cliente final em relação 
ao projeto. Envolve o mapeamento do trabalho necessário para que se consiga afingir o resultado. 
A parfir do início do projeto, são registradas todas as outras etapas, sendo necessário coletar 
informações sobre as equipes, definir metas e responsabilidades. 
O foco é a compreensão macro do projeto, como o que pode influenciar as etapas, os riscos e as 
definições iniciais. 
As principais afividades dessa fase envolvem: definir o objefivo e refiná-lo; idenfificar e entender os 
problemas a serem resolvidos; idenfificar quem são as pessoas que sofrerão o impacto do projeto e 
que áreas/pessoas estão envolvidas na sua execução; determinar o escopo e equilibrar o tempo, o 
custo e a qualidade. 
O Diagrama 3 apresenta uma das principais responsabilidades da etapa inicial do projeto, que deve 
ser monitorada nas etapas seguintes, referindo-se às restrições do projeto relafivas a tempo, custo e 
recursos (humanos e materiais). 
 
 
Diagrama 3. A Restrição Tripla. Fonte: KERZNER; SALADIS, 2011 p. 26. (Adaptado) 
 
// Processo de planejamento 
Esta fase se refere a toda organização e preparação necessária para o projeto. Neste momento, são 
verificadas e especificadas as necessidades das pessoas, as ferramentas e medidas, e os indicadores 
para que os objefivos sejam afingidos. 
Podemos resumir que as principais afividades dessa fase envolvem: montar a equipe de projeto; 
nivelar as informações de uma forma que todos estejam alinhados; definir os indicadores e as 
medidas do projeto; definir o cronograma de trabalho; detalhar e direcionar os gastos, conforme 
orçamento; realizar a reunião de Kick-off. 
O Kick-off é uma reunião de abertura de projeto, que marca a finalização do planejamento e o início 
da execução. Nessa reunião, a equipe parficipa colocando os pontos críficos e os desafios do projeto, 
que devem fazer parte do controle do gestor do projeto. 
 
// Processo de execução 
Neste momento, os entregáveis (tudo que deve ser apresentado no final do projeto) estarão em 
desenvolvimento para que sejam apresentados ao cliente. Esse processo envolve a construção da 
solução a parfir do desenvolvimento das tarefas definidas, conforme o cronograma e a metodologia 
insfituída. A execução é a essência do projeto, e se refere à realização em si. 
As principais afividades desta fase dizem respeito a reuniões frequentes sobre o status e andamento 
do projeto; reporte ao cliente; resolução de possíveis problemas e necessidades de ajustes; 
resolução de crises. 
 
// Controle do projeto 
Refere-se a uma fase que ocorre concomitantemente às fases de planejamento e execução, 
principalmente execução. 
 
Além de averiguar o cumprimento das afividades propostas, dos prazos e custos que garanfirão a 
asserfividade do projeto, essa etapa envolve o monitoramento do clima, buscando projetar um 
ambiente agradável, humano e favorável para as pessoas executarem as afividades. Nesse senfido, 
atualmente, as responsabilidades têm sido cada vez mais depositadas aos membros do fime, sendo 
que, erros e correções de desvios fazem parte de um projeto e necessitam ser encarados pelos 
próprios executores. 
As principais afividades desta etapa envolvem: monitorar o progresso; corrigir desvios; garanfir o 
bom ambiente de trabalho. 
 
// Encerramento 
Esta é a fase da entrega ao cliente, incluindo a documentação do projeto e o encerramento do 
contrato ou acordo. É neste momento que são levantados, junto à equipe, as liçõesaprendidas a 
parfir dos marcos relevantes do projeto. 
As principias tarefas desta etapa referem-se a: análise e performance do projeto; retorno de clientes 
e equipes; fechamento e documentação do projeto. 
Além da metodologia tradicional de projetos, muitos projetos são geridos a parfir de modelos ágeis 
de projetos. Os modelos ágeis envolvem etapas semelhantes ao modelo tradicional, citados acima, 
porém, uma das caracterísficas que se diferencia é que, em projetos tradicionais, entende-se que o 
produto deva ser entregue ao cliente totalmente finalizado, após todo o cumprimento de todo 
projeto, enquanto os métodos ágeis podem ser usados em projetos que permitem entregas que 
envolvam o mínimo de funcionalidade dos produtos, solucionando uma parte do problema do 
cliente e, as etapas subsequentes são entregues após feedbacks, para que melhorias sejam 
realizadas. Um exemplo é o desenvolvimento de produtos a parfir de versões, que evoluem de 
acordo com as necessidades detectadas. 
Quando desenvolvemos projetos pessoais, é importante seguirmos as mesmas etapas propostas 
como em casos de projetos corporafivos, realizando adaptação quanto ao tema definido, e 
considerando que, normalmente, não há clientes e equipes, porém, podem haver outros integrantes 
que contribuem para afingir os resultados. 
É comum, em projetos pessoais, querermos ir logo à execução, mas é importante pensar na fase 
inicial e no planejamento para que a execução seja coordenada, e assim, os resultados tenham mais 
possibilidades de serem afingidos. 
 
 
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