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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE –PB CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA – CCT DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA QUÍMICA CURSO: ENGENHARIA DE MATERIAIS DISCIPLINA: LABORATÓRIO DE QUÍMICA GERAL PROFESSORA: LUCIA MARIA GAUDENCIO DE ARAUJO LIMA NOME: JOSÉ VIEIRA NETO MATRÍCULA: 121111434 EXPERIÊNCIA 1: DENSIDADE DE SÓLIDOS E LÍQUIDOS CAMPINA GRANDE - PB 13 DE MARÇO DE 2024 2 LISTA DE TABELAS Tabela 1 – Dados Obtidos no Experimento – Densidade de Sólidos Tabela 2 – Massa, Volume e Densidade das Amostras Tabela 3 – Densidade Teórica de Sólidos Tabela 4 – Massa das Soluções Tabela 5 – Densidade Relativa das Soluções Tabela 6 - Densidade x Concentração de Soluções de NaCl 3 Sumário 1. INTRODUÇÃO ...................................................... 4 2. OBJETIVOS .......................................................... 5 2.1. OBJETIVO GERAL ..................................... 5 2.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS ...................... 5 3. METODOLOGIA ................................................... 6 3.1. MATERIAIS ................................................ 6 3.2. DENSIDADE DOS SÓLIDOS ................... 6 3.3. DENSIDADE DOS LÍQUIDOS .................. 6 3.3.1. Utilizando o picnômetro ........................... 6 3.3.2. Utilizando o densímetro ........................... 7 4. RESULTADOS E DISCUSSÕES .......................... 7 4.1. DENSIDADE DOS SÓLIDOS ................... 7 4.2. DENSIDADE DOS LÍQUIDOS ................. 9 4.2.1. Utilizando o picnômetro ........................... 9 4.2.2. Utilizando o densímetro ......................... 10 5. CONCLUSÃO ..................................................... 12 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ....................... 13 4 1. INTRODUÇÃO A densidade (também massa volúmica ou massa volumétrica) de um corpo define-se como o quociente entre a massa e o volume desse corpo. Desta forma pode-se dizer que a densidade mede o grau de concentração de massa em determinado volume. O símbolo para a densidade é ρ (a letra grega ró) e a unidade SI para a densidade é quilogramas por metro cúbico (kg/m³). Densidade relativa é a relação entre a densidade da substância em causa e a massa volúmica da substância de referência (a água é geralmente tomada como referência). É uma grandeza adimensional, devido ao quociente. Quando se diz que um corpo tem uma densidade de 5, quer dizer que tem uma massa volúmica 5 vezes superior à da água (no caso dos sólidos e líquidos). Há uma pequena diferença entre densidade e massa específica. A massa específica, embora definida de forma análoga à densidade, contudo para um material e não um objeto, é propriedade de uma substância, e não de um objeto. Supõe-se, pois, que o material seja homogêneo e isotrópico ao longo de todo o volume considerado para o cálculo, e que este seja maciço. Um objeto oco pode ter densidade muito diferente da massa específica do material que os compõem, a exemplo os navios. Embora a massa específica do aço seja maior do que a massa específica da água, a densidade de um navio - assumido uma estrutura "fechada", é certamente menor do que a da água. Para líquidos e gases as expressões densidade e massa específica dada às propriedades físicas destes estados - acabam sendo utilizadas como sinônimos. A densidade ou mais especificamente a massa específica da água à pressão normal e à temperatura de 25 °C, é de 1,00 g/cm³, e a 4 °C, onde se atinge sua densidade máxima, é de 1,03 g/cm³ (a água apresenta dilatação anômala). 5 2. OBJETIVOS 2.1. OBJETIVO GERAL • Calcular as densidades de alguns materiais sólidos e líquidos por diferentes métodos. 2.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS • Calcular as densidades de objetos irregulares; • Calcular as densidades de soluções de água mais etanol em diferentes concentrações, bem como, a densidade relativa; • Encontrar pelo método do deslocamento d’água o volume de sólidos irregulares para calcular suas densidades; • Entender que fatores influenciam na densidade dos materiais; • Comparar as densidades obtidas experimentalmente com valores teóricos e entender que fatores levam a possíveis variações; • Encontrar, por meio de um gráfico, a concentração desconhecida de uma solução conhecendo os outros valores. 6 3. METODOLOGIA 3.1. MATERIAIS • Objeto de ferro oxidado; • Objeto de aço inoxidável; • Objeto de alumínio; • Objeto de cobre; • Balança analítica; • Proveta; • Água; • Etanol; • NaCl; • Densímetro; • Picnômetro; • Termômetro; • Barômetro. 3.2. DENSIDADE DE SÓLIDOS Inicialmente, foram pesados quatro objetos de formas irregulares e materiais diferentes, obtendo e anotando suas respectivas massas. Em seguida, foi colocada numa proveta uma quantidade de água suficiente para cobrir a primeira amostra. Anotou-se esse volume de água inicial e pôs, em seguida, o primeiro objeto. Anotou-se agora o volume final da água juntamente com o objeto. Esse procedimento foi repetido com as outras três amostras. 3.3. DENSIDADE DE LÍQUIDOS 3.3.1. Utilizando o picnômetro Após medir a temperatura e a pressão atmosférica com um termômetro e um barômetro, respectivamente, foram separadas três soluções de etanol mais água em diferentes concentrações (20%, 40% e 50%) e três picnômetros vazios de diferentes volumes. Pesou-se cada um desses picnômetros na balança analítica e anotou suas massas, ou seja, a massa inicial. Em seguida, colocou cada uma das soluções em cada um deles e os pesou novamente, anotando agora a massa total (massa do picnômetro + massa da 7 solução). Por fim, como já se tem as massas e os volumes das soluções, foi possível calcular suas densidades. 3.3.2. Utilizando o densímetro Primeiro, foram separadas cinco amostras de solução de NaCl em diferentes concentrações, uma delas com valor desconhecido. Depois, transferiu-se para uma proveta e calculou-se a densidade de cada uma delas utilizando o densímetro, imergindo o instrumento cuidadosamente para que a leitura seja precisa e anotou-se os resultados obtidos. 4. RESULTADOS E DISCUSSÕES 4.1. DENSIDADE DE SÓLIDOS Ao realizar o experimento para calcular a densidade dos quatro sólidos, inicialmente observou-se que os objetos eram irregulares e por isso não seria possível calcular os seus volumes por simples relações geométricas. Foi utilizado, portanto, o método do deslocamento de volume de água, com base no Princípio de Arquimedes, o qual afirma que o volume de água deslocado por um sólido é exatamente igual ao volume do próprio sólido, ou seja, a diferença entre o volume final e o inicial (Tabela 1). Tabela 1 – Dados Obtidos no Experimento – Densidade de Sólidos Amostra Volume inicial (mL) Volume final (mL) Volume da amostra (mL) Aluminio 20 25 5 Latão 20 24 4 Ferro 20 22 2 Bronze 20 21 1 Fonte: dados experimentais obtidos pelo autor. Após obter as massas, pesando na balança analítica, e os volumes, pelo método anteriormente descrito, de cada amostra foi possível calcular suas respectivas densidades em g/cm³ (Tabela 2). 8 Tabela 2 – Massa, Volume e Densidade das Amostras Amostra Massa (g) Volume (mL) Densidade (g/mL) Aluminio 12,92 5 2,58 Latão 36,64 4 9,16 Ferro 23,80 2 11,90 Bronze 6,91 1 6,91 Fonte: dados experimentais obtidos pelo autor. Ao comparar os valores das densidades das amostras obtidos experimentalmente com seus valores teóricos (Tabela 3), foi possível observar algumas discordâncias de valores. É possível medir essas divergências por meio da fórmula: No entanto, como a densidade é uma propriedade específica de cada material, quando há grande variação nos valores teórico e experimental,esses erros devem ser devido a alguns fatores como: • Composição do Material: a amostra de cobre utilizada no laboratório, por exemplo, não era do cobre puro, mas sim uma liga metálica que continha o elemento. Por isso, a grande discrepância em sua densidade teórica e experimental; • Alteração Química do Material: o ferro utilizado no laboratório passou por um processo químico de oxidação. Também por isso, houve grande discrepância nos valores teórico e experimental de sua densidade. Tabela 3 – Densidade Teórica de Sólidos Substância Densidade (g/mL) Aluminio 2,7 Latão 7,9 Ferro 7,9 Bronze 8,9 Fonte: FELTRE, 2004. 9 4.3. DENSIDADE DE LÍQUIDOS 4.3.1. Utilizando o picnômetro Tabela 4 – Massa das Soluções Solução Massa do picnômetro (g) Massa total (g) Massa da solução (g) ´10% etanol + 90% água 40,97 94,23 53,26 20% etanol + 80% água 41,08 95,63 54,55 Fonte: dados experimentais obtidos pelo autor. Tabela 5 – Densidade das Soluções Solução Massa (g) Volume (mL) Densidade (g/mL) ´10% etanol + 90% água 53,26 50 1,0652 20% etanol + 80% água 54,55 50 1,0910 Temperatura 24ºC Pressão 712 mmHg Fonte: dados experimentais obtidos pelo autor. Sabendo que a densidade da água é de 1 g/cm³ e a densidade do etanol é de 0,79 g/cm³, ambas a 1 atm e a 25 C°, conclui-se que a densidade relativa seria 0,79, ou seja, o etanol por ser um líquido mais denso ao ser misturado à água criou uma densidade relativa menor que a da água. Se a densidade relativa de uma substância é menor do que 1 então ela é menos densa do que a referência, se for superior a 1 então ela é mais densa do que a referência. Ficou evidente também que a densidade de uma mistura varia e que seu valor está entre os valores de densidades dos componentes. No caso da mistura de água e etanol, os valores de densidades ficaram sempre entre a densidade do etanol e a da água (Tabela 5). Além dessa constatação, é possível notar que a densidade de uma mistura assume valores mais próximos do componente em maior proporção. Deve-se destacar, entretanto, que isso ocorre à temperatura ambiente (25°C) e à pressão de 1 atm ou em valores muito próximos. Como o experimento foi feito a 24°C e a 0,94 atm, não ocorreram grandes variações. 10 A densidade varia com a temperatura porque a temperatura influencia no “espaço” necessário para comportar moléculas e átomos. Ou seja, influencia diretamente no volume. Por exemplo, quando o líquido é aquecido, as moléculas ou átomos se agitam e acabam por se separar, o que faz com que precisem de mais espaço. 4.3.2. Utilizando o densímetro A densidade da solução relaciona a massa com o volume da própria solução e não é uma forma de expressar a sua concentração que é definida pela massa do soluto pelo volume da solução. No entanto, a densidade de uma solução depende de sua concentração. Por isso, é possível relacionar os valores obtidos experimentalmente (Tabela 6) para obter o valor da concentração desconhecida por meio de um gráfico Concentração x Densidade (figura 1). A partir do gráfico, encontra-se o valor desconhecido como sendo aproximadamente 50 g/L. Tabela 6 – Densidade x Concentração de Soluções de NaCl Densidade (g/cm³) Concentração (g/L) 1,035 60 1,045 80 1,030 Desconhecida Fonte: dados experimentais obtidos pelo autor 11 Figura 1 gráfico Densidade x Concentração Fonte: dados experimentais obtidos pelo autor y = 2000x - 2010 R² = 1 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 1,028 1,03 1,032 1,034 1,036 1,038 1,04 1,042 1,044 1,046 C o n ce n tr aç ão ( g/ L) Densidade (g/cm³) Concentração (g/L) Concentração (g/L) Linear (Concentração (g/L)) 12 5. CONCLUSÃO A densidade é, portanto, uma propriedade muito útil. Com ela, podemos reconhecer materiais e verificar a autenticidade dos objetos. Deve-se, entretanto, atentar às seguintes condições: • A densidade varia com a temperatura e a pressão; • Ao contrário das substâncias puras, as misturas não apresentam densidade característica, variando com a composição e a proporção de cada componente; • É possível medir a densidade de objetos irregulares, utilizando o método do deslocamento d’água; • É possível encontrar a densidade de uma solução sabendo valores das densidades e concentrações por meio de um gráfico que relaciona a densidade com a concentração. Com as experiências realizadas foi possível verificar isso e outras coisas interessantes referentes a essa propriedade específica de grande importância prática. 13 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS TUNES, Suzel. TAKEDA, Milton. Química e Sociedade: a ciência, os materiais e o lixo: módulo 1, ensino médio. São Paulo: Nova Geração, 2003. p. 48 – 52. FELTRE, Ricardo. Conhecendo a matéria e suas transformações. Química Geral. São Paulo: Moderna, 2004. 6. ed. v. 1. p. 26 - 29. SARDELA, Antônio. Propriedades da matéria. Ática, 2000. p. 15 – 19.Curso Completo de Química. São Paulo: MORTIMER, Eduardo. MACHADO, Andréa. Química: ensino médio. São Paulo: Scipione, 2008. p. 15 – 27.