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Projeto de Branding para OSC


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Branding
Apresentação do caso
Vamos conhecer uma organização sem fins lucrativos que trabalha em prol de cães e gatos em situação de abandono pela cidade. A Amigo Bicho nasce com a ideia de amenizar o sofrimento dos animais em estado de abandono, perdidos e encontrados nas ruas, e por meio de divulgações ajuda para que sejam adotados ou devolvidos a seus donos.
O desenvolvimento de um projeto de branding é um excelente caminho para construir um bom posicionamento da Amigo Bicho na cidade, assim poderá receber auxílio da população (seja em voluntários ou em doações). Nesse contexto, é importante que a OSC tenha um projeto de branding elaborado, para poder obter uma boa reputação na sociedade.
Vídeo:
Como desenvolver um projeto de branding para uma OSC?
Dica 01: Análise da Situação
Pesquisas situacionais são essenciais em qualquer projeto de marca, pois ajudam a mergulhar profundamente no ambiente da futura marca e a entender o que pode influenciar seu sucesso. Para isso, é fundamental realizar uma pesquisa que levanta dados para descobrir as informações, por exemplo, sobre os concorrentes existentes e potenciais. Quais dados são pertinentes para o projeto da OSC?
Dica 02: Promessa da Marca
A base de todo projeto de marca é a definição do objetivo e da personalidade da marca. A organização precisa definir seus valores, missão, visão e mensagem-chave, para que a equipe que trabalha com a marca possa ver que caminho seguir. As metas podem ser alteradas ou reajustadas posteriormente, mas algumas diretrizes básicas precisam ser fornecidas. Qual a personalidade da marca, ou seja, a mensagem-chave que deverá ser transmitida?
Dica 03: Criação da Identidade
A criação da identidade de sucesso é um processo que consiste em várias etapas. O primeiro estágio é realizar pesquisas de marketing, para evitar semelhanças com os logotipos de outras empresas, e tornar a entidade de marca original. Em seguida, a pesquisa criativa precisa ser realizada na busca de ideias e inspiração. Depois que todas as informações necessárias foram reunidas, é hora de ser criativo. Existem muitas maneiras de fazer com que as ideias surjam em sua melhor forma para escolher a direção do estilo e a paleta de cores certas. Quais formas, cores, fontes e signos você acredita que são interessantes para o projeto?
Resolução do Caso (N1)
ONDE ENCONTRAR O ENUNCIADO DA N1?
A atividade N1 deve ser focada no VIDEOCASO apresentado no link "Material de Aula" -> "Apresentação do Caso N1".
Orientações para a realização da Atividade:
1) A dissertativa deverá se concentrar no tema proposto e contemplar de forma efetiva o solicitado no enunciado;
2) Cópias, transcrições integrais e/ou análises cujo fundamento resida na utilização de ideias de terceiros e acervos pessoais sem a devida referência/citação, comprometem a nota da atividade. Por essa razão, recomenda-se não utilizar cópia integral ou parcial de trabalhos disponíveis na Internet, de obras de referência e acervos pessoais apresentados em outros momentos.
Atenção para estas observações;
3) A dissertativa deverá apresentar domínio conceitual com as devidas fundamentações, sendo consideradas também a reflexão e argumentação sobre o tema proposto;
4) Estrutura do argumento: Título, Apresentar Introdução, Desenvolvimento, Conclusão e Bibliografia, sobre a proposta da atividade;
5) Aderência ao conteúdo;
6) Criatividade e autonomia;
7) Clareza: as ideias devem ser apresentadas de forma clara, sem incoerências, e dialogar com o foco geral da atividade;
8) Em conformidade as normas gramaticais da Língua Portuguesa e normas da da Língua Portuguesa e normas da ABNT;
9) A dissertação deve ter aproximadamente de 20 a 30 linhas, (use como base, mas, não é obrigatório), fonte Arial ou Times new Roman, tamanho 12, parágrafo e espaçamentos simples, margens padrão;
10) O arquivo pode ser em PDF, DOC, WORD e outros elementos, quando necessários, podem ser anexados à parte, como texto na própria plataforma ou no próprio trabalho como links, vídeos, planilhas, imagens, etc. a 
Branding
Roteiro de Estudos
Autor: Dr. Thiago Garcia Martins
Revisor: Alcineide Silva
Caro(a) estudante, seja bem-vindo(a) à disciplina de Branding. É comum encontrarmos pessoas que pensam que o branding é apenas o desenvolvimento da marca de uma organização. Todavia, vamos perceber que esta área do marketing vai muito além da criação de uma identidade visual: construir marcas relevantes, que diferenciam seu produto/serviço no mercado, é criar uma ligação emocional e mental positiva com o público.
Caro(a) estudante, ao ler este roteiro, você vai:
· entender o conceito de branding;
· Estudar as etapas de um projeto de branding;
· identificar estratégias e posicionamento;
· definir uma boa identidade visual;
· avaliar pontos de contato e gestão de ativos.
Introdução
Percebe-se que atualmente o mercado de consumo está enfatizando valores imateriais dos produtos e serviços. Esta realidade cobra que as organizações tenham uma gestão de marcas como uma ferramenta concreta para o desenvolvimento de negócios e no ganho de competitividade estratégica.
As marcas são processos de simbolismos que representam valores, emoções, promessas e qualidades escondidas. Por isso, o branding tem sido cada vez mais discutido e aplicado nas organizações atuais. É preciso entender a relação entre identidade e posicionamento e o papel do branding como estratégia de marketing para poder construir marcas relevantes que diferenciam seu produto/serviço no mercado.
Conceito de Branding
Você já analisou como algumas marcas se tornaram sinônimos da sua categoria de produto? Algumas delas são tão potentes que são usadas para nomear setores inteiros, no macarrão instantâneo, na lâmina de barbear, no iogurte, na esponja de aço, nas fitas adesivas e em diversos produtos que fazem parte do nosso dia a dia.
É muito valioso atingir esse patamar. Existem casos em que as marcas valem mais do que a estrutura física de um negócio. E o branding é uma estratégia que auxilia essas organizações a chegarem a esse nível e vai muito além do conceito de desenvolver uma marca bonita e original.
De acordo com Schultz e Barnes (2001), o conceito de marca aparece a partir dos pecuaristas que necessitavam marcar seu rebanho com a "marca da fazenda". Então, surge o termo branding: já que brand significa “marca" em Inglês e possui sua origem na palavra brandt , a qual significava “queimar”.
[...] À medida que o comércio se desenvolveu, a marca passou a significar a origem ou fonte de um produto ou a forma de diferenciar, uns dos outros, os que produziam artigos semelhantes, tais como prateiros, fabricantes de porcelana ou cerâmicas, de artigos de couro e de espadas (SCHULTZ; BARNES, 2001, p. 36).
Dessa maneira, quanto mais produtos marcados, mais a marca era divulgada e trazia vantagens aos produtores. Se o produto era bom, ter a marca de determinada fazenda fazia com que os animais e os produtos deles derivados se valorizassem e, por consequência, tinham mais procura em trocas comerciais.
O foco de trabalhar mais a publicidade do que a construção da marca como a entendemos hoje, as primeiras campanhas de marketing direcionadas para o grande público, começaram na segunda metade do século XIX. Era fundamental que os profissionais da área do marketing e publicidade deviam, primeiro, mudar o modo como as pessoas viviam e consumiam. Assim, os comerciais eram mais informativos e tinham a intenção de convencer os consumidores a mudarem seus hábitos de consumo. Segundo Naomi Klein (2008, p. 29), primeiro era necessário informar aos consumidores sobre novas invenções e produtos (telefones, luz elétrica, etc.), sendo que vários "desses novos produtos traziam marcas – e algumas delas estão por aí hoje –, mas isso era quase incidental. Esses produtos eram em si mesmo uma novidade; e isso praticamente bastava como publicidade".
Assim, nota-se que é na evolução da sociedade e do comércio que se mostram a modificação da natureza das marcas e também o lugar em que ocupam nas relações mercadológicas.Essa evolução trouxe um papel mais importante da marca e sua relação com os produtos e consumidores.
Hoje, as marcas passaram a significar e absorver um valor simbólico. Klein aponta que o que as marcas disputam é um espaço na mente do consumidor (KLEIN, 2002). Entendemos, então, que a marca, além de ter uma representatividade de apelo visual para um indivíduo, carrega atributos psicológicos. Tanto que algumas marcas estão tão bem construídas em nossas mentes que podem estar em outro idioma que conseguimos reconhecê-las.
O branding tem seu conceito relacionado a um modelo de gestão que busca criar diferenças e características a um determinado produto, para, assim, ajudar o comprador a tomar uma decisão mais esclarecida. Ries e Trout (2006) apresentam que as empresas que se diferenciam no mercado são aquelas que ganham espaço na mente do consumidor. Sendo assim, o mercado não é uma batalha de vendas e sim de percepções.
É importante compreender que o branding é um projeto estruturado e possui como objetivo garantir que os recursos, o desenvolvimento e a manutenção de marcas encontram-se integrados e, como resultado, criem mais valor ao acionista. Em outras palavras, é um projeto que procura alinhar a promessa e a entrega.
Entenda que o branding é uma orientação focada em estratégias e na construção e execução de um planejamento dentro do modelo de gestão de uma empresa. Então, é muito mais do que um logotipo ou um design, já que as marcas se  relacionam com a cultura das pessoas e surgem como resultado da relação da empresa com o mercado. A marca tem a capacidade de agregar todos os aspectos tangíveis e  intangíveis.
Percebemos que o branding está relacionado em ações que buscam criar imagens mentais para produtos e serviços nos públicos. Com base nessa conexão emocional que surge por parte do consumidor em relação à marca, temos o conceito "brand equity". Kotler explica brand equity como sendo:
[...] o valor agregado atribuído a são os valores intrínsecos às marcas, que são os ativos geradores de percepção positiva na mente das pessoas. Esse valor pode se refletir no modo como os consumidores pensam, sentem e agem em relação à marca, bem como nos preços, na participação do mercado e na lucratividade que a marca proporciona à empresa. O Brand Equity é um importante ativo intangível que representa valor psicológico e financeiro para a empresa (KOTLER; KELLER, 2012, p. 270).
O modelo mais difundido é o de David Aaker. Ele considera brand equity como um conjunto de cinco categorias de ativos e passivos ligados à marca, os quais aumentam ou diminuem o valor proporcionado por um produto ou serviço (AAKER, 2002, p. 16).
Os ativos e passivos nos quais o Brand Equity se baseia, no modelo de Aaker, podem ser agrupados em cinco categorias: (1) lealdade à marca; (2) conhecimento do nome; (3) qualidade percebida; (4) associações à marca em acréscimo à qualidade percebida; (5) outros ativos da marca, como patentes, trademarks, relações com canais de distribuição etc.
Concluímos então que o Branding está relacionado à ação de ressignificar produtos e serviços, dotando-os de brand equity. Existem várias visões diferentes do conceito e modelos de brand equity, mas há concordância no fato de brand equity estar relacionado a se obter, com uma marca, resultados diferentes daqueles que se obteriam se o mesmo produto ou serviço não fosse identificado por aquela marca.
Há, então, um grande desafio aos profissionais de marketing, que é construir uma marca forte, gerando experiências positivas e aderentes ao perfil do produto ou serviço.
A gestão de branding, ou gestão de marcas, é um trabalho que pode durar muitos anos, porém os resultados dela são extremamente positivos para as empresas, não apenas para as grandes corporações mas também para os pequenos negócios. A gestão da marca passa pelo naming , que é a criação do nome do produto ou serviço voltado para atrair a atenção do público-alvo.
Figura 1 - Gestão de branding
Fonte: Adaptado de Sebrae (2017).
A próxima etapa é a criação do “logotipo”, que é um conjunto formado por figuras ou imagens e letras que representam ou simbolizam uma determinada entidade, marca, produto ou serviço. Um logotipo é resultado da escolha de fontes de símbolos e cores que descrevem uma relação com o negócio e o mercado-alvo, o que resulta na definição da marca ou da identidade visual, conforme exemplo a seguir.
Figura 2 - Identidade visual segundo público-alvo
Fonte: eightonesix / Freepik.
O processo de gestão da marca envolve a utilização de gráficos, sites e blogs , materiais digitais e não digitais diversos, como fachadas de lojas e/ou outros estabelecimentos. Após a definição da identidade visual, é necessário realizar o registro dela no órgão competente no Brasil, pelo site do Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI). Esse registro assegura a propriedade intransferida de uma marca.
LIVRO
Administração de Marketing
Autor: Philip Kotler e Kevin L. Keller
Editora: Pearson - Biblioteca virtual da Ânima.
Ano: 2012
Comentário: o livro é uma grande referência para o marketing e possui informações relevantes sobre o branding e a construção de marcas de sucesso. Que tal entender como as empresas criam posicionamentos poderosos para suas marcas? Faça  a leitura da Parte 4 e entenda mais sobre isso.
Disponível na Biblioteca Virtual da Ânima.
Projeto de Branding
Diversos autores apresentam variadas metodologias para a concepção de uma identidade visual. Em algumas referências, encontramos resumos das etapas do trabalho de construção da identidade da marca.
Com o passar dos anos, e conforme o crescimento do branding, várias metodologias foram se desenvolvendo e o planejamento de branding estabeleceu diferentes etapas durante o processo de construção. O sistema explicado por Alina Wheeler (2019) é o que mais se utiliza no mercado. Trata-se de um método linear e objetivo, no qual percorremos 5 etapas da metodologia:
· condução da pesquisa;
· classificação da estratégia;
· design da identidade;
· criação de pontos de contato;
· gestão de ativos.
Este processo é definido por fases distintas com pontos lógicos de início e finalização, o que facilita as tomadas de decisão nos intervalos apropriados. A eliminação de etapas ou a reorganização do projeto pode apresentar uma atraente forma de cortar custos e tempo, porém, isso pode acarretar riscos substanciais e impedir benefícios em longo prazo. O processo, quando feito corretamente, pode produzir resultados extraordinários, como podemos ver na figura a seguir.
Figura 3 - Metodologia segundo Wheeler
Fonte: Wheeler (2012, p. 80).
Como visto, nessas 5 etapas, já é delimitado o que precisa ser realizado em cada parte, havendo aberturas para outras experimentações, mas, com o risco de aumento de tempo e custos. A metodologia se aplica a diferentes tipos de projetos, muitos de branding, mas também de diferentes áreas de negócios. Vamos discutir cada etapa no decorrer deste material.
LIVRO
Design de identidade da marca
Autora: Alina Wheeler
Editora: Bookman
Ano: 2012
Comentário: saiba mais sobre como as organizações planejam o branding. Esse livro apresenta exemplos e cases, além de ser um guia completo para a produção de um projeto de branding, o que inclui conteúdos para a elaboração de uma poderosa identidade de marca. Em especial, a parte 2 do livro é focada no projeto de branding.
Disponível na Biblioteca Virtual da Ânima.
Estratégia e Posicionamento
Para definir uma boa estratégia de posicionamento, é necessário realizar uma análise situacional da marca em seu ambiente. Isto é, é necessário realizar um levantamento de informações relevantes, para que assim possamos observar os diferenciais, as fraquezas e as ameaças do mercado.
A primeira etapa, a condução da pesquisa, tem como foco entender a organização: sua missão, visão, mercados-alvo, cultura corporativa, vantagem competitiva, pontos fortes e fracos, estratégias de marketing e desafios para o futuro. Então é necessário fazer uma pesquisa de campo e levantar os dados pertinentes parafundamentar o projeto.
Diversas ferramentas podem ser usadas para identificar necessidades e percepções dos stakeholders, como o levantamento de informações dentro da própria organização, marketing, mercado e concorrência, mas também buscar dados externos por meio de entrevistas e focus group . E, caso a organização já possua uma marca, devemos realizar uma análise da arquitetura.
Na classificação da estratégia, sintetizaremos todos os dados levantados na primeira etapa. Essa fase envolve exame metódico e imaginação estratégica. Trata-se de análise, descoberta, síntese, simplicidade e clareza. Essa combinação de pensamento racional e inteligência criativa caracteriza as melhores estratégias, que vão para onde outros não estão.
O foco é o de sintetizar o que for coletado, classificando a estratégia de marca, elaborando um programa de posicionamento, fazendo uma cocriação quanto aos atributos de marca; desenvolver um brief (resumo de marca) e um resumo criativo e, por fim, estabelecer uma estratégia de nomes (caso não possua).
A missão, a visão e os valores podem ser redefinidos nesta etapa, pois estão relacionados ao posicionamento que a marca quer conquistar na mente dos públicos. A visão é aonde a organização quer chegar no futuro, é um plano de longo prazo no qual a empresa opera para alcançar seus objetivos e metas de visão. A missão é um tipo de abordagem que se baseia na filosofia central da organização. Já os valores são características e preceitos morais que orientam as ações da organização.
A promessa da marca é o que uma empresa promete entregar para quem comprou seu produto ou serviço, seja no aspecto emocional seja no funcional. A promessa forma a maior parte da experiência da marca e, por essa razão, a empresa não pode prometer algo que não pode entregar. Uma estratégia de branding bem-sucedida levará a um sucesso na experiência de marca que clientes obtiverem, que é resultado de uma promessa de marca bem definida e relevante.
LIVRO
Gestão de marcas
Autora : Cristina Maria de Aguiar Pastore
Editora : Intersaberes
Ano : 2018
Comentário : o livro discute os fundamentos da gestão estratégica de marca, em que apresenta, além da evolução histórica do conceito de marca, o posicionamento, a segmentação e a organização arquitetônica de marcas; discute o valor da marca para a organização e para os públicos. Em especial, o Capítulo 3 discorre sobre brand equity.
Disponível na Biblioteca Virtual da Ânima.
De acordo com Melo et al. (2018), os conceitos da gestão estratégica de marcas estão presentes por toda a história das marcas. Esses conceitos servem para direcionar as estratégias organizacionais, a cultura, o posicionamento, a segmentação e a estruturação das arquiteturas das marcas. A gestão de marca fornece importantes informações e deliberações sobre o valor do ativo “marca” para o contexto empresarial; o brand equity (equidade da marca) é o resultado final esperado da gestão do branding .
A gestão da marca permite estabelecer indicadores do valor agregado pela marca a um produto ou serviço na resposta do mercado. Esse valor agregado percebido tem por objetivo responder sobre a percepção e a resposta de comportamento do consumidor em relação a uma marca, como esse valor influencia na decisão de compra e, obviamente, por consequência, na lucratividade do negócio (MELO et al. 2018).
Identidade Visual
Uma vez que a investigação e a análise são feitas, a promessa da marca foi acordada, finalmente, começa o processo de design criativo. O design é um processo que busca integrar significado por meio das formas. Os melhores designers trabalham no cruzamento da imaginação estratégica, intuição, excelência em design e experiência.
É na etapa de design da identidade que iremos mensurar todo o conteúdo levantado, avaliando a estratégia definida e explorando, ao máximo, as possibilidades criativas. Nessa etapa, é interessante realizar um brainstorm (reunião de ideias) com a finalidade de desenvolver a arquitetura de marca e apresentar o visual guides.
Nome, logo e slogan de uma marca devem sempre buscar remeter a boas experiências. Assim, de acordo com Ferreira, Santos e Serra (2014), uma marca desejável deverá ter os seguintes atributos:
· Facilidade na leitura e compreensão.
· Facilidade de identificação e recordação.
· Facilidade na pronúncia do nome e que esse nome tenha somente uma possibilidade de pronúncia.
· Facilidade de pronúncia em outros idiomas.
· Transmissão de benefícios do produto.
· Disponibilidade legal para uso.
Além do nome, os símbolos da marca desempenham um papel importante na forma como os consumidores a reconhecem. O slogan pode deixar mais evidente a promessa, combinando nele todos os valores e atributos. Na verdade, é aquela frase, de preferência curta, que busca representar e promover uma marca por meio de uma rápida identificação e memorização de seus produtos e serviços.
A linguagem visual também é fundamental. Os logotipos, com suas cores e formatos, são parte integrante da identidade de uma marca, formando uma parte essencial na comunicação de um produto ou serviço, bem como na identidade da empresa.
Música específica, cores ou símbolos também têm um significado específico. Pense, por exemplo, no "plim-plim" da Rede Globo. É tão difundida que, muitas vezes, a marca não precisa aparecer, e já se sabe do que se trata.
Por meio de vários elementos, a marca pode alcançar uma posição concreta na mente do cliente, criando a conexão emocional que toda gestão de branding considera seu objetivo principal.
LIVRO
Design para quem não é designer
Autor: Robin Willians
Editora: Callis
Ano: 2013
Comentário: o livro é essencial para compreender os conceitos de design. Mesmo que você já seja um expert, tenho certeza de que irá aprender algo novo, pois, de maneira muito fácil e didática, a autora apresenta conceitos que serão essenciais para a construção de identidades de marcas fortes. Leia os capítulos 7, 8 e 9 para entender o poder das fontes e cores na comunicação.
Disponível na Biblioteca Virtual da Ânima.
Pontos de Contato e Gestão de Ativos
A quarta fase do projeto de branding é a Criação de Pontos de Contato. Essa etapa trata do refinamento e desenvolvimento do design. O conceito de design da identidade da marca foi aprovado e um senso de urgência gera uma confusão de perguntas: "Quando poderemos publicar nas redes sociais?", seguido por "Quando podemos instalar a fachada?".
Um ponto de bastante relevância, referenciado por Consolo (2015), é o conceito de design estratégico, como símbolo para a gestão da identidade corporativa. Segundo a autora, uma boa identidade corporativa está diretamente incorporada à participação de todas as áreas da organização e reforça a importância da participação do designer nas decisões estratégicas das empresas, especialmente no planejamento, ligados à gestão de marcas.
Para criar os pontos de contato, é necessário, primeiramente, finalizar o design da identidade de marca. Uma vez que há essa definição, é importante realizar o registro da marca nos órgãos competentes (no Brasil, é o Instituto Nacional da Propriedade Industrial - INPI). Necessitamos também desenvolver aparência e sentido da marca, pensando nas diversas aplicações e, claro, utilizando a arquitetura de marca nos diversos meios e formatos.
Por fim, na gestão ativos, devemos elaborar a sinergia ao redor da marca. Isso pode ser feito ao desenvolver a estratégia e o plano de lançamento. É claro que, inicialmente, a marca deve ser apresentada para os diretores e colaboradores da empresa, ou seja, o primeiro lançamento deve ser interno para que depois façamos um externo. É importante, também, desenvolver e acompanhar as diretrizes de padronização e normatização.
O gerenciamento de ativos de identidade de marca requer uma liderança esclarecida e um compromisso de longo prazo de fazer todo o possível para construir a marca.
Conclusão
Caro estudante, vimos que uma marca é um processo disciplinado usado para aumentar a conscientização e aumentar a lealdade do cliente. Requer um projeto que geraráresultados no futuro. Branding é aproveitar todas as oportunidades para expressar por que as pessoas devem escolher uma marca em detrimento de outra.
Os desejos de liderar, superar a concorrência e oferecer aos funcionários as melhores ferramentas para alcançar os clientes são as razões pelas quais as empresas aproveitam a marca. Ao desenvolver um projeto de branding, é preciso confiar no processo. Embora a pesquisa seja fundamental para iniciá-lo, é importante interpretar dados, pois é a partir deles que o insight vem.
Esperamos que este material tenha ajudado a entender como desenvolver estratégias de identidade e orientar as empresas e suas marcas, a fim de que se destaquem em seu mercado de referência: relacionamento com o cliente, expressão por meio de sua personalidade, visão e valores, processo de implantação e acompanhamento de marcas.
Referências Bibliográficas
AAKER, D. A. Como construir marcas líderes . Tradução de Bazán Tecnologia e Linguística. São Paulo: Futura, 2002.
CONSOLO, C. Marcas : design estratégico. Do símbolo à gestão da identidade corporativa. São Paulo: Blucher, 2015.
FERREIRA, M. P.; SANTOS, J. C.; SERRA, F. R. Ser empreendedor : pensar, criar e moldar a nova empresa. São Paulo: Saraiva, 2014.
INPI — INSTITUTO NACIONAL DA PROPRIEDADE INDUSTRIAL. Disponível em: http://www.inpi.gov.br/ . Acesso em: 24 maio 2021.
KLEIN, N. Sem logo : a tirania da marcas em um planeta vendido. Tradução de Ryta Vinagre. 2. ed. Rio de Janeiro: Record, 2002.
KLEIN, N. A doutrina do choque : a ascensão do capitalismo de desastre. Rio de Janeiro: Record, 2008.
KOTLER, P.; KELLER, K. Administração de Marketing . São Paulo: Pearson, 2012.
MELO, B. et al. Gestão de marcas . Porto Alegre: Saga Educação, 2018.
PASTORE, C. M. A. Gestão de marcas . Campo Largo: Intersaberes, 2018.
RIES, A.; TROUT, J. Posicionamento : a Batalha por sua Mente. São Paulo: M Books, 2006.
SCHULTZ, D. E; BARNES, B. E. Campanhas estratégicas de comunicação de marca . Rio de Janeiro: Qualitymark, 2001.
SEBRAE — SERVIÇO BRASILEIRO DE APOIO ÀS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS. Sua marca, sua empresa! 24 mar. 2017. Disponível em: https://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/ufs/pr/artigos/sua-marca-sua-empresa,987bb00f1410b510VgnVCM1000004c00210aRCRD . Acesso em: 24 maio 2021.
TOMIYA, E. Gestão do valor da marca : como criar e gerenciar marcas valiosas. Rio de janeiro: SENAC, 2010.
WHEELER, A. Design de identidade de marca : um guia completo para a criação, construção e manutenção de marcas fortes. 3. ed. Porto Alegre: Bookman, 2012.
WHEELER, A. Design de identidade de marca :  guia essencial para toda a equipe de gestão de marcas [recurso eletrônico] / Alina Wheeler ; tradução Francisco Araújo da Costa. – 5. ed. – Porto Alegre : Bookman, 2019.
WILLIANS, R. Design para quem não é designer . São Paulo: Callis, 2013.© 2020 - ÂNIMA - Todos direitos reservados
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