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RELATÓRIO DE AULAS PRÁTICAS CURSO: FISIOTERAPIA DISCIPLINA: AVALIAÇÃO FUNCIONAL POLO: Brasilia – Asa Sul DF ALUNA: Fabiana Rodrigues Jansen RA.: 2295825 DATA: 03/11/2023 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO___________________________________________________________03 2 RESULTADOS E DISCUSSÕES____________________________________________04 AULA 01 ROTEIRO 1 - Avaliação Neurológica_________________________________04 AULA 02 ROTEIRO 1 - Avaliação Neurológica_________________________________10 AULA 03 ROTEIRO 1 - Avaliação do Sistema Respiratório ______________________17 AULA 04 ROTEIRO 1 - Avaliação do Sistema Circulatório________________________22 AULA 04 ROTEIRO 2 - Avaliação Postural ____________________________________26 3 CONSIDERAÇÕES FINAIS_________________________________________________28 4 REFERÊNCIAS ILUSTRATIVAS____________________________________________29 4 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS__________________________________________31 1 INTRODUÇÃO O presente relatório abordará os assuntos referentes a avaliação funcional, disciplina que discute os principais testes neurológicos, como: avaliação da sensibilidade; trato protopático; propriocepção; avaliação dos reflexos; tônus muscular, entre outros. Neste relatório se encontra ainda a avaliação da coordenação motora e estratégia de equilibrio. Na evolução dos estudos foi avaliado ainda o sistema respiratório, utilizando: inspeção estática: formas do tórax; inspeção dinâmica: frequência respiratória e ausculta. No decorrer das aulas foi avaliado também o sistema circulatório, utilizando o exame periférico; a inspeção; palpação e medindo a pressão arterial; na sequência foi medida frequência cardiaca e medição de pulso. Ainda nesse relatório é discutido sobre a avaliação postural de maneira estática, foram observadas e identificas alterações posturais. 2. RESULTADOS E DISCUSSÃO Aula 1, Roteiro 1 – Avaliação Neurológica Com o inicio dos relatos de avaliação neurológica, o objetivo era práticar à avaliação e identificação de alterações no sistema nervoso central através da avaliação da sensibilidade, dos reflexos e do tônus muscular. Iniciando-se pela sensibilidade, discutiu que a aprendizagem motora e o desempenho motor estão ligados à sensibilidade. Conforme uma tarefa motora é praticada, o indivíduo aprende a antecipar e corrigir ou modificar movimentos de acordo com inputs sensitivos organizados e integrados pelo sistema nervoso central, que usa essa informação para influenciar o movimento pelo controle por feedback e feedforward (O’SULLIVAN, SCHMITZ, FULK, 2018). Iniciando-se pela sensibilidade superficial ou exteroceptiva, após explicação sobre a avaliação, passou para a divisão de grupos, uns fazendo papel de paciente e outros de terapeuta, trocando-se os papéis num segundo momento. Paciente deveria ficar em posição sentada ou deitada, confortável e relaxado, e o terapeuta deveria explicar o teste ao paciente. Iniciando com os olhos abertos e em um segundo momento, a visão do paciente era oclusa, realizando o teste. Foi explicado que a sensibilidade superficial deve ser avaliada sob três aspectos: tátil, doloroso e térmico. O teste térmico não foi realizado em aula, mas explicado em detalhes. Ainda foi alertado a respeito dos testes, pois devem ser realizados ao mesmo tempo, de forma aleatória, para evitar somação de estímulo não questionandod o terapeuta ao paciente se sentiu algo, para não induzir comportamento, mas aguardar que o paciente relate sobre o que sentiu. Somente então o terapeuta deve perguntar o que sentiu e onde. O resultado da avaliação da sensibilidade tátil pode ser: anestesia (desaparecimento de uma modalidade sensorial); hipoestesia (diminuição da intensidade ou duração sensorial produzida por um estímulo); normoestesia (sem alteração da sensibilidade); e hiperestesia (aumento da intensidade ou duração sensorial produzida por um estímulo). Já a avaliação da sensibilidade dolorosa pode levar aos seguintes resultados: analgesia (perda da sensação dolorosa); hipoalgesia (diminuição do limiar cutâneo para estímulos nocivos, ou seja, dolorosos); normoalgesia (sensação dolorosa normal) e hiperalgesia (aumento do limiar cutâneo para estímulos nocivos, ou seja, dolorosos) Seguiu então para a prática, onde foi utilizado um material pontiagudo para aplicação de estímulos dolorosos e pincel para avaliação do tato grosso (tato protopático). Foi apresentado o estesiômetro (instrumento para examinar a percepção tátil) de sete monofilamentos de polietileno e nylon, de cores e espessuras diferentes. O próprio equipamento indica os pontos que devem ser testados e os resultados que podem ser alcançados com o teste. Figura 1 Fonte: Acervo Pessoal. No uso do equipamento foi impressionante ver como a sensibilidade, ainda que sem disfunções neurológicas, é diferente. Abaixo, algumas imagens da realização desses testes: Figura 2 Fonte: Acervo Pessoal. Na sequência, passou-se à avaliação da sensibilidade profunda ou proprioceptiva, em que se avalia o paciente quanto ao sentido de posição e ao sentido de movimento (cinestesia). Foram divididos grupos para avaliação da sensibilidade profunda. Para tanto, o paciente deveria ficar em posição sentada, confortável e relaxado, e o terapeuta deveria explicar o teste ao paciente e em seguida, a visão do paciente era oclusa. Para avaliar a cinestesia, o membro ou articulação avaliado é movimentado passivamente por meio da amplitude de movimento, devendo-se pedir ao paciente que indique verbalmente a direção do movimento enquanto o membro é movimentado. Por fim, para avaliar o sentido de posição, o membro ou articulação é movimentado e mantido em uma posição estática, devendo-se pedir ao paciente que relate verbalmente a posição e replique a posição do membro ou articulação com o membro oposto. Os resultados possíveis para a avaliação da sensibilidade profunda são alterada ou preservada. (CORREA, 2020) Realizadas estas avaliações, passou-se, então, à avaliação dos reflexos. Para a avaliação dos reflexos miotáticos, deve-se realizar uma percussão sobre o tendão muscular com o paciente em posição confortável e relaxado, sendo essencial a comparação dos resultados obtidos entre os dois hemicorpos . De acordo com os resultados obtidos, pode-se avaliar a intensidade dos reflexos, classificados em: ausente; hiporreflexia (diminuição da resposta do reflexo); normal; hiperreflexia (aumento da resposta do reflexo); e hiperrreflexia com aumento da área reflexógena (aumento da resposta do reflexo com resposta também de aumento no músculo correspondente ao tendão avaliado). Foram, então, praticados os seguintes reflexos: bicipital, tricipital, estilorradial, patelar e calcâneo. Para avaliação do reflexo bicipital, deve-se percutir sobre o tendão distal do bíceps com o braço do paciente levemente fletido, sendo esperada como resposta flexão do cotovelo e leve supinação. Abaixo, algumas fotos da realização desse teste: Figura 3 Fonte: Acervo Pessoal. Para o reflexo tricipital, deve-se percutir sobre o tendão distal do tríceps com o braço do paciente em abdução de 90° de ombro e flexão de 90° de cotovelo. A resposta esperada é a extensão do cotovelo. Figura 4 Fonte: Acervo Pessoal Durante a demonstração do teste o reflexo do paciente não era propriamente o esperado, pois este era acompanhado de uma contração do tronco. Na sequência, foi realizado o teste do reflexo estilorradial. No qual é realizada a percussão sobre o tendão do músculo braquiorradial com antebraço do paciente em posição neutra. Espera-se como resposta leve pronação e flexão dos dedos. Figura 5 Fonte: Acervo Pessoal. Na sequência, foi realizado o teste do reflexopatelar, percutindo-se sobre o tendão patelar com o joelho do paciente fletido a 90°. A resposta esperada era a extensão do joelho. Figura 6 Fonte: Acervo Pessoal. Enfim, foi realizado o teste do reflexo calcâneo, percutindo-se sobre o tendão do calcâneo com o tornozelo do paciente neutro. Espera-se como resposta flexão plantar do tornozelo. Figura 7 Fonte: Acervo Pessoal. Foi justificado que poderia não ser possível visualizar o reflexo em todos, o que poderia gerar uma classificação “ausente”, não atribuindo isso unicamente à falta de reflexo, mas também à falha na sua realização ou mesmo ao excesso de tentativas. A avaliação do tônus muscular visa a identificar a tensão de repouso e a reatividade dos músculos ao alongamento passivo (CORREA, 2020). O tônus pode ser caracterizado como: hipertônico (tônus aumentado e acima dos padrões normais em repouso); normal; ou hipotônico (tônus reduzido e abaixo dos níveis normais em repouso) . A avaliação pode ser realizada em três fases: observação inicial, avaliação do movimento passivo e dos reflexos miotáticos (de estiramento) e controle motor voluntário. (CORREA, 2020). A observação inicial pode revelar a presença de movimentos anormais ou de postura dos membros ou do corpo. Assim, padrões motores estereotipados (sinergismos anormais) são sugestivos de presença de anormalidades do tônus. Movimentos flutuantes involuntários podem significar distonia e a completa ausência de movimentos espontâneos pode indicar flacidez. Já a postura em posições fixas (antigravitacionais) pode ser sugestiva de espasticidade. A palpação, de sua vez, pode trazer informações sobre o estado de repouso dos músculos. Para realização dos testes do movimento passivo, o paciente deve ser instruído a relaxar, permitindo que o terapeuta sustente e movimente o membro. Todos os movimentos são avaliados, com particular atenção aos identificados como problemáticos no período da observação inicial (CORREA, 2020). Durante o teste do movimento passivo, o terapeuta deve manter contatos manuais firmes e constantes, movendo o membro aleatoriamente, numa frequência baixa e constante. Quando o tônus é normal, o membro se move facilmente e o terapeuta é capaz de alterar a direção e a velocidade sem sentir resistências anormais. Membros hipertônicos geralmente transmitem uma impressão de rigidez e resistência ao movimento e membros flácidos parecem pesados e não reativos. Movimentos mais velozes intensificam as respostas e aumentam a qualidade de resistência oferecida por um músculo espástico. A rigidez oferece uma resistência mais constante a todas as velocidades de movimentos. Um súbito afrouxamento indica sinal de canivete. A determinação do tônus deve ser realizada com base na comparação com as respostas de um membro normal. Após o teste de movimento passivo, é necessário especificar e classificar o grau de espasticidade como severa ou moderada. Para isso, a escala de Ashworth modificada é a mais utilizada, sendo esses os parâmetros: 0: não há aumento do tônus; 1: discreto aumento do tônus, manifestado por uma resistência mínima ao final do movimento, quando a articulação afetada é fletida ou estendida; 1+: discreto aumento do tônus, manifestado por contração associada a uma resistência mínima durante o restante do movimento (menos da metade da amplitude de movimento); 2: aumento mais pronunciado do tônus durante a maior parte da amplitude de movimento, mas a movimentação passiva é facilmente realizada;3: aumento considerável do tônus durante a maior parte da ADM, mas a movimentação passiva é realizada com dificuldade;4: articulação afetada rígida em flexão ou extensão. Aula 2, Roteiro 1 – Avaliação Neurológica Com a evolução dos relatos sobre avaliação neurológica, essa aula trouxe como objetivo avaliar e identificar as alterações no sistema nervoso central e periférico, em especial, a avaliação da coordenação motora grossa e fina. Coordenação é a capacidade de executar movimentos regulares controlados. Os movimentos coordenados se caracterizam por uma velocidade, distância, direção, ritmo e tensão muscular apropriados. Incoordenação e deficiência de coordenação são termos gerais usados na descrição do funcionamento motor anormal, caracterizado por movimentos desajeitados, estranhos, irregulares ou inacurados (CORREA, 2020). Foram discutidos ainda os propósitos da coordenação motora, a saber: avaliar a capacidade dos músculos ou grupos musculares que operam em conjunto na execução de uma tarefa ou atividade funcional; auxiliar nas metas e nos objetivos dos planos terapêuticos; proporcionar uma base para o desenvolvimento de um programa de exercícios terapêuticos para melhora da coordenação; auxiliar na determinação de métodos para ensino, simplificação e adaptação de uma atividade terapêutica; determinar os efeitos da intervenção terapêutica no movimento coordenado ao longo do tempo. A avaliação da coordenação motora se divide em duas categorias: (i) atividades motoras grossas, que envolvem grandes grupos musculares; e (ii) atividades motoras finas, que envolvem grupos musculares pequenos e avaliam destreza e habilidade de manipulação (CORREA, 2020). Foi apresentado ainda uma outra subdivisão de testes de equilibrio, a saber: dedo ao nariz (índex-nariz); dedo ao dedo do terapeuta (index-index); teste do rebote; teste calcanhar-joelho e diadococinesia. No teste índex-nariz, o ombro do paciente é abduzido a 90° com o cotovelo estendido. O paciente é convidado a trazer a ponta do dedo indicador à ponta do seu nariz. Pode-se alterar a posição inicial de partida para observar o desempenho em diferentes planos de movimento (O’SULLIVAN, SCHMITZ, FULK, 2018). No teste índex-índex do examinador, o paciente e o fisioterapeuta sentam-se de frente um para o outro. O dedo indicador do fisioterapeuta é colocado na frente do paciente. O paciente é convidado a tocar o dedo indicador do fisioterapeuta com a ponta do seu dedo indicador. A posição do dedo do fisioterapeuta pode ser alterada durante o teste para observar a capacidade de alterar a distância, direção e força do movimento. No teste do rebote, o paciente é posicionado com o cotovelo flexionado. O fisioterapeuta aplica resistência manual suficiente para produzir uma contração isométrica do bíceps. A resistência é subitamente liberada. Normalmente, o grupo muscular oposto (tríceps) irá se contrair e “frear” o movimento do membro. Muitos outros grupos musculares podem ser testados à procura desse fenômeno, como os abdutores de ombro ou flexores e extensores do cotovelo. No teste calcanhar-joelho, em decúbito dorsal, o paciente é convidado a tocar alternadamente o joelho e o hálux com o calcanhar do membro inferior oposto. No decorrer da aula, o teste foi realizado sentado. Enfim, a diadococinesia refere-se à capacidade de realizar movimentos alternados e sucessivos, sendo avaliada por meio de movimentos alternados de pronação e de supinação das mãos ou de flexão e extensão dos pés. A diadococinesia aparece alterada, nas síndromes cerebelares. Seguindo para à prática, os foram divididos grupos, e alguns dos testes acima realizados com os olhos fechados. Foi observado que, quando fechados os olhos, aumenta, o nível de dificuldade na realização do teste. Abaixo, algumas fotos dos testes que não demandam equilíbrio: Figura 8 - índex-nariz Fonte: Acervo pessoal Figura 9 – índex-nariz com olhos fechados Fonte: Acervo pessoal Figura 10 – índex-index Fonte: Acervo pessoal Figura 11 – calcanhar-joelho Fonte: Acervo pessoal Seguiu, então, à avaliação dos equilíbrios estático e dinâmico. A manutenção da estabilidade postural é uma tarefa complexa que requer do sistema nervoso central (SNC) a perfeita integração e a utilização adequada das informações de três sistemassensoriais importantes para essa função: sistemas vestibular, visual e somatossensorial (KOPCZYNSKI, 2012). O sistema vestibular tem seus receptores localizados no ouvido interno e sinaliza a posição e a movimentação da cabeça em relação à ação da gravidade. Assim, quando o corpo sofre perturbações em sua estabilidade, na maioria das vezes, promove repercussões sobre a orientação da cabeça, gerando repostas motoras tônicas automáticas e específicas de acordo com a direção da movimentação da mesma, com objetivo de realinhá‐la ao sentido da força gravitacional. Essas respostas motoras acabam por reorientar também o corpo, colaborando para a retomada da estabilidade. O sistema visual proporciona informações sobre a posição e a distância entre os objetos e as estruturas ao redor do corpo. Assim, quando o sistema visual acusa que está havendo redução ou aumento dessas distâncias, o SNC traduz essa informação como deslocamento do corpo e possível instabilidade eminente, produzindo respostas motoras específicas e estabilizantes. Já o sistema somatossensorial proporciona informação sobre a posição e o movimento dos segmentos do corpo no espaço e sobre as superfícies de apoio. Seus receptores periféricos estão na pele, nos músculos e nas articulações. A aplicação da vibração, por meio da estimulação dos fusos neuromusculares, causa a ilusão de maior comprimento muscular, o que gera respostas motoras tônicas, por parte dos sistemas de controle de equilíbrio, que tentam estabilizar a perturbação não real percebida pelo sistema nervoso do indivíduo (KOPCZYNSKI, 2012). Quando o conjunto de informações provenientes dos sistemas visual, vestibular e somatossensorial não é integrado adequadamente pelo SNC ou quando uma ou mais informações sensoriais não estão disponíveis em função dos danos ao sistema nervoso, podem ocorrer respostas motoras inadequadas. As características e condições musculares também têm participação determinante no bom controle do equilíbrio e agem como complementadores das funções dos sistemas sensoriais e motores. A elasticidade muscular comprometida, ou seja, a presença de encurtamentos musculares, limita as amplitudes de movimentos articulares e pode trazer problemas de alinhamento corporal, impedindo o corpo de manter em equilíbrio. Para tentar manter ou reposicionar o centro de massa do corpo sobre a base de suporte, o sistema nervoso utiliza, basicamente, duas formas de ajuste do tônus muscular: os ajustes tônicos antecipatórios (mudanças na atividade muscular tônica de base, somadas a modificações biomecânicas, que ocorrem anteriormente a uma perturbação postural previsível), e os ajustes tônicos compensatórios (resposta a uma perturbação inesperada percebida pelo sistema de receptores periféricos e informada aos centros do SNC para que respostas motoras específicas sejam produzidas). A avaliação do equilíbrio é investigada com o paciente na posição ereta equilíbrio estático) e durante a marcha (equilíbrio dinâmico). Na impossibilidade de o paciente se manter em pé, o equilíbrio é avaliado na posição sentada (CORREA, 2020). São formas de avaliar os equilíbrios estático e dinâmico de um paciente: de pé em postura normal e confortável; de pé com base estreita de sustentação; de pé com um pé diretamente diante do outro (dedo de um dos pés toca o calcanhar do outro pé); de pé sobre um dos pés; deslocar inesperadamente o equilíbrio (ao mesmo tempo, proteger o paciente de quedas); de pé, alternar entre flexão do tronco, flexão lateral do tronco para ambos os lados e o retorno ao normal; andar colocando o calcanhar de um dos pés diretamente adiante do dedo do outro pé; andar ao longo de uma linha reta desenhada ou marcada no assoalho; andar para o lado e para trás; marchar no lugar; parar e reiniciar abruptamente a caminhada ou alterar a velocidade das atividades durante a deambulação; andar em círculos e alternar direções; andar sobre os calcanhares ou sobre a ponta dos pés. Foi demonstrado ainda, o Sinal de Romberg, em que o paciente deve permanecer em posição ortostática, pés unidos e olhos fechados. O teste será positivo, ou seja, o paciente apresenta comprometimento do equilíbrio estático, se forem evidenciadas oscilações corpóreas, podendo haver queda em qualquer direção. Algumas vezes, somente a utilização de manobras especiais – paciente colocar um pé na frente do outro, posição de Tandem, ou se manter apoiado num pé só, permite evidenciar o sinal de Romberg. Após a explicação passou-se para a realização dos testes de equilíbrio. Onde foram testados tanto o equilíbrio estático quanto o dinâmico, nas mais diversas posições, tendo sido possível evidenciar, diferenças na capacidade de se equilibrar, sem que isso tenha por causa qualquer lesão do sistema nervoso. Figura 12 – equilíbrio estático Fonte: Acervo pessoal Figura 13 – equilíbrio dinâmico Fonte: Acervo pessoal Finalmente passou a discutir as estratégias motoras do equilíbrio, iniciando pela estratégia de tornozelo que faz parte do controle da inclinação anteroposterior na postura ortostática, sendo o primeiro ajuste postural compensatório utilizado para restabelecer o centro de massa a uma posição de estabilidade. Essa estratégia é mais utilizada quando há pequenas perturbações e a superfície de apoio é estável, sofrendo influência da amplitude de movimento (ADM) e da força dos músculos do tornozelo. Para avaliação da estratégia de tornozelo, o terapeuta faz pequenas oscilações no paciente em superfície estável. Também podemos observar essa estratégia quando o indivíduo se encontra em superfície instável, pois requer maiores ajustes posturais. A estratégia de quadril controla o movimento do centro de massa, produzindo o movimento largo e rápido nas articulações do tronco anterior e do quadril. Esta estratégia é utilizada para recuperar o equilíbrio em resposta a perturbações mais rápidas e maiores, ou quando a superfície de apoio é mais instável ou menor que os pés. Enfim, a estratégia do passo ocorre quando as estratégias sem deslocamento (tornozelo e quadril) são insuficientes para recuperar o equilíbrio, dessa forma, um passo é utilizado para realinhar a base de sustentação sobre o centro de massa. Essa estratégia tenta adaptar o corpo novamente ao equilíbrio diante de uma perturbação na qual o centro de gravidade ultrapassa o limite da estabilidade do indivíduo. Para avaliação da estratégia de passo, é possível realizar uma oscilação rápida e intensa do paciente, fazendo com que haja o deslocamento do centro de massa. Após, passa a realizar testes das estratégias de equilíbrio. Durante a prática foi utilizada uma bola suíça para realização de deslocamentos do centro de massa, tendo sido possível verificar que, em sedestação, a estratégia para retornar ao equilíbrio é descendente, iniciando-se pelos músculos abdominais e torácicos para após acionar os músculos da coxa e perna. Abaixo, algumas fotos dos exercícios realizados em sala: Figura 14 Fonte: Acervo pessoal Figura 15 Fonte: Acervo pessoal Aula 3, Roteiro 1 – Avaliação do Sistema Respiratório O objetivo nesta aula foi o de avaliar e identificar as alterações no sistema Respiratório. O sistema respiratório é composto por diferentes partes, sendo que todas elas possuem sua importância e podem tanto estar em perfeito estado quanto estarem comprometidas, prejudicando o indivíduo (CORREA, 2020). No decorre da aula foi instruido que a avaliação do sistema respiratório deve ser iniciada pela inspeção estática, com o paciente na posição de pé, com o tórax descoberto, alinhado e evitando as distorções de postura e em relaxamento. Quando o paciente não puder ficar em pé, a inspeção deverá sermfeita preferencialmente na posição sentada. Para a inspeção lateral, o paciente deverá flexionaros ombros e apoiar com as palmasdas mãos a nuca. No momento da avaliação primeiro deve-se ter uma visão de todo o tórax, comparando-se um lado com o outro para verificar possíveis assimetrias e anormalidades instaladas, devendo-se observar e anotar cicatrizes, escoriações, hematomas, trofismo muscular e coloração da pele. Ás formas do tórax também foram avaliadas, e pode ser normolíneo, longilíneo ou brevilíneo, sendo todas esses formas normais de tórax. Para sua classificação, é utilizado o Ângulo de Charpy ou ângulo epigástrico, formado pelas duas rebordas costais. O tórax será normolíneo ou mediolíneo se o Ângulo de Charpy for igual a 90º; brevilíneo se o Ângulo de Charpy for maior do que 90º; longilíneo se o Ângulo de Charpy for menor do que 90. Quando divididos em grupos, todos que foram avaliados possuiama o tórax do tipo normolíneo. Figura 16 Fonte: Acervo pessoal Já as deformidades do tórax podem ser de origem congênita, por conta das alterações gerais ou por doenças do aparelho respiratório. O tórax patológico pode ser classificado em: tórax em tonel, enfisematoso, inspiratório, em barril ou globoso, em que ocorre o aumento dos diâmetros anteroposterior e transverso, as costelas se encontram horizontalizadas, assim como o diafragma, além do apagamento das fossas supra e infraclaviculares, abauladas, e a cifose torácica. O ângulo de Charpy tem mais de 90 ºC. A impressão é de que, ao olhar para o tórax, o paciente está constantemente inspirando, frequente no paciente enfisematoso; tórax expiratório, chato, paralítico ou tísico, em que há uma diminuição do diâmetro anteroposterior com predominância do diâmetro longitudinal. A impressão é de que o paciente está em constante expiração e por isso é também conhecido como tórax em expiração permanente. O paciente costuma ter pescoço longo, clavículas saltadas, costelas bem oblíquas, fossas supra e infraclaviculares bem marcadas, espaços intercostais bem visíveis e normalmente afundados, assim como a borda interna das clavículas e os processos espinhosos da coluna torácica salientes. O tórax paralítico pode ser de origem congênita ou adquirida,como ocorre na tuberculose pulmonar extensa; tórax raquítico ou em peito de pombo ou cariniforme (pectus carinatum), caracterizado por alterações dos diâmetros torácicos com achatamento das faces laterais e anteriorização do esterno, conhecido como peito de pombo. Os pacientes apresentam um afundamento (depressão) na inserção diafragmática, conhecido como sulco de Harrison e nódulos nas articulações condrocostais chamado de rosário raquítico; tórax infundibuliforme ou pectus escavatum, caracterizado por uma depressão/afundamento da metade inferior do esterno, que se estende até o apêndice xifoide. É frequentemente congênito e pode ser encontrado no raquitismo. Quanto à deformidade, atinge somente o terço inferior do esterno, sendo o tórax chamado de tórax de sapateiro; tórax cifótico, lordótico e escoliótico, resultado das curvaturas anormais da coluna vertebral. Na cifose ocorre o exagero da convexidade posterior da coluna dorsal; na lordose há convexidade anterior da coluna dorsal; na escoliose ocorre o desvio lateral da coluna dorsal. Via de regra, essa anomalia é congênita, mas pode ser encontrada na osteomalácia. Após, deve-se realizar a inspeção dinâmica do tórax do paciente. Para tanto, o paciente deve estar tranquilo, sem alteração na frequência respiratória. Os tipos respiratórios são: misto ou toracoabdominal (costoabdominal): expansões abdominal (diafragmática) e costal ocorrem simultaneamente. Esse tipo é melhor observado quando o paciente está em pé ou sentado; torácico ou costal: os movimentos são mais visíveis na parte superior do tórax (pela maior atividade dos músculos intercostais). Ocorre em lesões parenquimatosas das bases pulmonares, afecções dolorosas do diafragma ou patologicamente (aumento da pressão abdominal ascite) e fisiologicamente na gravidez; abdominal ou diafragmático: ocorre uma distensão abdominal devido à ampla excursão diafragmática. São frequentes em alterações patológicas das regiões apicais, nas afecções dolorosas do tórax, como pleuris e fraturas. Em pacientes muito emagrecidos, podemos encontrar o fenômeno de Litten, uma movimentação diafragmática visível; paradoxal: assincronismo entre o movimento abdominal e o torácico com retração abdominal à inspiração (sinal de Hoover). Na parte prática da aula, foram realizados os diversos tipos de respiração (com exceção da paradoxal), tentando observar as diferenças entre elas. Quanto à frequência respiratória, foi abordado ser o número de respirações por minuto, contada pela quantidade de vezes que uma pessoa realiza os movimentos inspiratórios e expiratórios durante 1 minuto. Em condições basais, normalmente, a frequência respiratória é de 16 a 20 respirações por minuto para homem; de 18 a 24 para mulher; e de 25 a 30 para as crianças. A frequência respiratória aumentada é polipneia. Quando os movimentos respiratórios se tornam superficiais, além do aumento da frequência, denomina-se taquipneia. Podem causar polipneia as lesões pulmonares ou pleurais que restrinjam o campo da hematose,insuficiência cardíaca, alterações gerais (febre, anemia e intoxicações), lesões do sistema nervoso e estados psiconeuróticos. Quanto a Bradipneia ocorre quando a frequência respiratória diminui e pode ser sintoma de obstruções brônquicas, hipertensão intracraniana, acidoses metabólicas graves (como a da uremia) e diabetes. Passando à ausculta, pode ser ela realizada de forma imediata ou direta e mediata ou indireta. A ausculta direta é feita pela aplicação do pavilhão auricular sobre a parede torácica, e a indireta é realizada com o auxílio do estetoscópio. A direta tem a vantagem de ser mais rápida, pois a área respiratória explorada a cada aplicação do ouvido é ampla, maior que a atingida pelo método indireto. A ausculta direta, contudo, é pouco utilizada, pois a indireta apresenta maior comodidade tanto para o avaliador como para o paciente. Para realização da ausculta, deve-se estar com o paciente em pé ou sentado, com o tórax parcialmente ou totalmente descoberto. Não se deve auscultar o paciente com roupa. Na impossibilidade de auscultar o paciente em pé ou sentado, faz-se o exame em decúbito dorsal e lateral. Para maior facilidade, deve-se solicitar que o paciente respire com a boca entreaberta, sem fazer ruído, devendo os movimentos respiratórios ser regulares e de igual amplitude respiratória, evitando-se movimentos respiratórios muito amplos ou superficiais. A ausculta, assim como os outros métodos, deve ser realizada de maneira ordenada, na face posterior, anterior e lateral; primeiramente em um hemitórax e depois no outro e, em seguida, comparativamente (CORREA, 2020). A ausculta do sistema respiratório evidencia dois sons distintos de acordo com a região examinada. Sobre a laringe e a traqueia tem-se um ruído de grande intensidade formado por vibrações de alta frequência, com predominância da fase expiratória, denominado ruído laringotraqueal. Na superfície do tórax, tem-se um ruído mais suave, onde predomina a fase inspiratória; está relacionado à passagem de ar pelas porções periféricas do tecido pulmonar, conhecido por murmúrio vesicular. O aumento ou a diminuição da intensidade do murmúrio vesicular estão intimamente relacionados à livre circulação do ar nas vias aéreas e à expansibilidade do parênquima pulmonar, repercutindo alterações funcionais restritivas e obstrutivas (SARMENTO, 2016). Em condições normais, o murmúrio vesicular pode apresentar variações de sua intensidade na dependência da amplitude dos movimentos respiratórios da elasticidade da parede torácica e da região do tórax. No homem, é mais intenso nas regiões infraclaviculares e infraescapulares; na mulher, predomina nas regiõesanterossuperiores; nas crianças, o murmúrio vesicular é mais intenso e de tonalidade mais elevada do que no adulto. Em condições normais, o ruído laringotraquial é mal transmitido pelo parênquima pulmonar. Porém, quando houver condições que favoreçam sua transmissão até a superfície torácica, é possível auscultar um ruído caracterizado por uma fase expiratória mais aguda, intensa e duradoura do que a inspiratória, o chamado sopro. Os sopros, segundo as variações de sua intensidade, altura e timbre, podem ser classificados em: sopro tubário ou tubárico: ocorre quando o ar passa pelo brônquio pérvio situado no seio da consolidação parenquimatosa; sopro cavitário: de tonalidade grave, tem timbre especial devido à presença da cavidade que funciona como um ressoador (ocorre pelo turbilhonamento do ar ao entrar dentro de uma cavitação no parênquima); sopro anfórico: constituído por um som fundamental grave sobre o qual se atestam sobretons agudos, o que lhe confere um timbre musical característico, podendo ser encontrado no pneumotórax e em grandes cavidades vazias, com mais de 7 centímetros de diâmetro, de paredes lisas e tensas; sopro pleural: ocorre devido à condensação decorrente do colapso pulmonar, causada pelo líquido pleural e pela compressão dos brônquios que tomam forma de bico de clarineta. Quando da realização da prática, foi consideravelmente difícil discriminar os ruídos normais do pulmão, tendo sido audível com mais facilidade o ruído laringotraquial. Figura 17 Fonte: Acervo pessoal Os ruídos respiratórios audíveis em condições anormais são denominados sons adventícios, podendo ter sua origem na árvore brônquica, vias aéreas distais ou no espaço pleural (SARMENTO, 2016). Com a evolução dos relatos, foram conhecidos os sons pulmonares anormais, a saber: os estertores roncantes e sibilantes: ambos possuem a mesma origem, traduzindo uma obstrução parcial dos brônquios. Quando houver secreções espessas nos grandes brônquios, ocorrem os roncos. Os roncos são ruídos intensos, de tonalidade grave, que ocupam as duas fases da respiração, podendo, por vezes, ser ouvidos a distância, não só pelo avaliador, como também pelo próprio paciente. Corresponde às vibrações que, na palpação, são chamadas de frêmito brônquico. Os roncos podem alterar-se, desaparecer ou mudar de lugar tanto com a respiração como a tosse devido à mobilização das secreções intrabrônquicas. Os sibilos são ruídos bastante agudos, muitas vezes também ouvidos a distância, que podem ser localizados ou generalizados. Nessa última eventualidade, acompanham-se de intensa dispneia, como ocorre no acesso de asma brônquica. São mais intensos na expiração, por conta da dificuldade que o ar encontra para sair. Seguindo com os sons estertores crepitantes, que são ruídos finos, homogêneos, de mesma altura, timbre e intensidade, sendo auscultados apenas na fase inspiratória. Denominados estertores alveolares, justamente porque são produzidos pelo deslocamento das paredes dos alvéolos, causados pela entrada de ar no seu interior. Em razão do local onde são produzidos, não são modificados pela tosse. O estertor crepitante indica sempre um comprometimento alveolar, tal como ocorre na pneumonia, no infarto pulmonar e na fase inicial do edema agudo do pulmão. Ainda conhecendo os sons, foram estudados os estertores subcrepitantes são ruídos mais grossos e de tonalidade mais grave do que os estertores crepitantes, assemelhando-se ao arrebentamento de pequenas bolas. Diferem entre si quanto à altura, à intensidade e ao timbre; e são encontrados no fim da inspiração e no começo da expiração. Originam-se no conflito entre a corrente aérea e as secreções líquidas existentes na luz bronquiolar, podendo ser modificados pela tosse; atrito pleural, nas inflamações da pleura, por se tornar rugosa, seu deslizamento se torna doloroso, originando vibrações que podem ser percebidas pela palpação e pela ausculta (atrito pleural). O atrito pleural se localiza comumente nas regiões laterais do tórax, é mais audível no fim da inspiração e no começo da expiração, acentua-se com a pressão do estetoscópio sobre o tórax e com a inspiração profunda e não influenciado pela tosse. Não havia entre os avaliados, ninguém que estivesse com qualquer alteração no sons pulmonares. Por fim, passou-se à ausculta da voz, que deve ser realizada comparando-se regiões simétricas do tórax, de maneira ordenada e sistemática, enquanto o paciente pronuncia, em voz natural, a expressão trinta e três. Em condições normais, ouve-se um ruído indistinto, não sendo possível identificar a articulação da palavra, ruído denominado broncofonia normal, que varia a intensidade conforme a região e a tonalidade da voz (CORREA, 2020). Aula 4, Roteiro 1 – Avaliação do Sistema Circulatório A partir desta aula serão avaliadas e identificadas as alterações no sistema cardiovascular. O sistema cardiovascular, também conhecido como sistema circulatório, é responsável por bombear o sangue arterial (rico em oxigênio) proveniente dos pulmões para todo o corpo e direcionar o sangue venoso (sangue desoxigenado) até o coração. Esse ciclo se refaz para garantir o bom funcionamento das circulações arterial e venosa (CORREA, 2020). O sistema circulatório é composto pelo coração e pelos vasos sanguíneos (artérias veias e capilares) e as suas funções são: transportar os gases resultantes da respiração e necessários para a respiração celular; transportar nutrientes e substâncias resultantes do metabolismo; transportar elementos do sistema imunitário (CORREA, 2020). No exame físico da circulação periférica, é possível avaliar, inspecionar e palpar os tecidos periféricos e, com exames complementares, analisar a integridade dos vasos sanguíneos. A inspeção se dá pela comparação dos membros que estão sendo avaliados. Deve-se observar a presença de anormalidades na pele, assimetrias, alterações no tecido subcutâneo, camada muscular e coloração dos membros superiores e dos membros inferiores bilateralmente. Na palpação, deve-se avaliar temperatura, edema, elasticidade da pele e enchimento capilar. Para avaliar temperatura, se realiza palpação cuidadosa nas extremidades das mãos e dos pés bilateralmente. Alterações da temperatura nessas extremidades podem indicar distúrbios circulatórios. Para avaliação do edema, deve-se pressionar a região dos membros inferiores por cerca de 10 segundos e perceber se há a presença de edema, bem característico de sobrecarga de volume na circulação, por conta da retenção de líquidos, ou presença de edema, que se dá em casos de obstrução venosa local. Para avaliar a elasticidade da pele, deve-se pinçar com o polegar e o indicador uma prega da pele, incluindo o tecido subcutâneo. Em situações de normalidade, a prega se desfaz rapidamente, mas se desfizer lentamente indica sinal de desidratação. Para avaliar o enchimento capilar, deve-se comprimir a pele em uma área suspeita de acometimento vascular e, ao retirar a compressão, contar o tempo em que a pele recupera a coloração normal. Esse retorno deve ocorrer em até 5 segundos. Após explicação a respeito da avaliação, iniciou-se a demonstração da palpação das artérias, na sequência iniciou práticas seguindo os exemplos. A artéria carótida comum é palpável na região anterior do músculo esternocleidomastoideo, devendo ser pressionada na direção caudal, realizando-se o procedimento bilateralmente para comparar a frequência, o ritmo, a amplitude e a regularidade dos pulsos. A artéria subclávia é palpável acima do terço médio da clavícula, com o examinador posicionado anteriormente ou posteriormente ao paciente. A artéria axilar, talvez a mais difícil de ser localizada, é palpável no vértice da região axilar, com o ombro em abdução de 90°. O pulso pode ser avaliado com os dedos no cavado axilar. A artéria braquial é palpada nadireção da superfície medial do terço médio do braço entre o compartimento muscular anterior e posterior. A artéria radial, talvez a mais fácil de ser localizada, é palpada no terço distal do antebraço anteriormente entre os tendões do músculo abdutor (lateralmente) longo do polegar e do músculo flexor ulnar do carpo (medialmente). Igualmente, a artéria ulnar é palpada no terço distal do antebraço anteriormente na altura do processo estiloide ulnar. A artéria femoral é palpável ao nível do trígono femoral no ponto médio entre a sínfise púbica e a espinha ilíaca anterossuperior. Finalmente, a artéria tibial posterior é palpável posteriormente ao maléolo medial. Na realização prática, a artéria ulnar, radial e carótida comum foram as mais fáceis de ser palpadas. A braqueal e a femoral, apesar de localizadas, demandaram um pouco mais de concentração para sua identificação. Durante a prática, foi realizada a oclusão da artéria ulnar e radial, levando à uma parcial isquemia da circulação na mão. Quando liberado o fluxo, a cor vermelha se espalha pelas palmas das mãos, pela retomada forte do fluxo sanguíneo. Com a evolução dos relados acerca do sistema circulatório passou-se, então ao aprendizado e prática da aferição da pressão arterial. A mensuração dos níveis de pressão arterial (PA) é realizada por um método indireto com técnica auscultatória, muito confiável e utilizada na prática clínica no dia a dia para aferição da PA. Ela é resultante do funcionamento da bomba cardíaca ventricular esquerda, bem como da resistência vascular periférica. É descrita como pressão arterial sistólica (PAS), que reflete a pressão arterial máxima de sangue durante a sístole ventricular e de pressão arterial diastólica (PAD), que reflete a pressão arterial mínima durante a diástole ventricular (enchimento dos ventrículos) (CORREA, 2020). Alguns dispositivos são necessários para que o procedimento técnico e manual seja realizado de maneira correta, como o esfigmomanômetro e o estetoscópio, equipamentos essenciais e utilizáveis para o manejo adequado dos níveis de PA. Durante a mensuração da PA, um manguito é aplicado e insuflado na parte superior do braço. Essa insuflação deve ser o suficiente para assegurar que a artéria braquial seja completamente ocluída e, em sequência, o diafragma do estetoscópio é colocado sobre a artéria braquial na altura da fossa cubital. Nesse ponto, ainda não devem ser auscultados ruídos durante a ausculta. Em seguida, a pressão do manguito deve ser reduzida gradualmente por meio de uma válvula de controle em que a pressão na artéria esteja apenas acima da pressão do manguito. Na sequência, uma pequena quantidade de sangue pode passar através do antebraço durante a sístole, caracterizando os ruídos pulsantes. Durante a desinsulflação do manguito, diversos ruídos podem ser auscultados, os denominados sons de Korotkoff, determinantes e audíveis na PAS e PAD, que são representativos das oscilações na parede arterial durante o impulso do sangue no ciclo cardíaco. Os sons de Korotkoff são compostos por fases: fase 1: os ruídos se assemelham a batimentos que começam gradualmente e aumentam de intensidade. Esses ruídos surgem como resultado das paredes dos vasos batendo umas contra as outras durante a diástole. O início dos ruídos dessa fase é equivalente à pressão máxima na artéria, ou seja, a pressão sanguínea sistólica; fase 2: os ruídos se tornam mais suaves e longos, sendo considerados como um som agudo devido à turbulência do fluxo sanguíneo. fase 3: os ruídos ficam mais claros e se tornam novamente firmes e altos; fase 4: os ruídos vão gradualmente silenciando, pois a pressão na artéria braquial se tornou tão baixa que as paredes da artéria não se tocam mais durante a diástole; fase 5: os ruídos desaparecem logo que a artéria é menos comprimida do que a pressão mínima (diastólica) no vaso sanguíneo, caracterizado como fase de silêncio. Na realização da prática, os ruídos mais facilmente identificáveis foram os da fase 1 e fase 5, quando acabam os ruídos. Figura 18 Fonte: Acervo Pessoal É parte essencial da avaliação do paciente, que a pressão arterial seja aferida nos dois braços, com o paciente deitado, sentado e em pé, anotando os valores. Quanto à frequência cardíaca, trata-se do número de contrações que o coração realiza por minuto, podendo ser contados manualmente em qualquer lugar do corpo onde haja pulsação arterial, sendo as artérias radial e a carótida as mais utilizadas para o manejo desse procedimento. Seguiu, então, a realizar a contagem da frequência cardíaca, utilizando-se um cronômetro para monitorar os segundos/minutos durante a contagem da frequência radial, Para tanto, palpou-se inicialmente a artéria radial e, num segundo momento, a artéria carótida, deve-se realizar evitando o uso do polegar, pois ele possui seu próprio pulso. Aula 4, Roteiro 2 – Avaliação Postural Finalizando as aulas práticas desta disciplina foi abordado a avaliação postural, com o objetivo de avaliar e identificar as alterações posturais no paciente. Conhecer sobre a avaliação postural é fundamental para todos os fisioterapeutas, no entanto, não basta saber os métodos clássicos ou tecnológicos, deve-se compreender o que realmente é a postura e quais fatores a influenciam, para que a relação clínica e as avaliações sejam realizadas de forma correta. Durante a avaliação foi identificada uma leve elevação do ombro direito em relação ao esquerdo, bem como uma inclinação lateral da cabeça. O quadril estava alinhado, não haviam curvaturas anormais na coluna vertebral. Os joelhos estavam levemente hiperestendidos, sem valgo ou varo, e os pés estavam alinhados. Figura 19 Fonte: Acervo Pessoal Durante as práticas de avaliação postural, foi identificado ainda um pé que realiza a marcha em pronação, o que foi confirmado, e na sequência foi demonstrado como um suporte medial auxiliaria o alinhamento do tendão. Figura 20 Fonte: Acervo Pessoal 3. CONSIDERAÇÕES FINAIS Realizar a descrição das aulas prática de avaliação funcional, contribuiram bastante para a revisão e a fixação dos conteúdos estudados anteriormente. Nestas aulas práticas foi possível realizar associações das avaliações com as patologias existentes e mais comuns, como por exemplo a maneira com que é realizada a ativação muscular para o controle e equilibrio. Concluo esse relatório com um conhecimento mais claro a respeito dos tipos de avaliação, que é a parte principal e essencial de qualquer tratamento fisioterapêutico. 4. FIGURAS E ILUSTRAÇÕES Figura 1 Arquivo pessoal. Figura 2 Arquivo pessoal. Figura 3 Arquivo pessoal. Figura 4 Arquivo pessoal. Figura 5 Arquivo pessoal. Figura 6 Arquivo pessoal. Figura 7 Arquivo pessoal. Figura 8 Arquivo pessoal. Figura 9 Arquivo pessoal. Figura 10 Arquivo pessoal. Figura 11 Arquivo pessoal. Figura 12 Arquivo pessoal. Figura 13 Arquivo pessoal. Figura 14 Arquivo pessoal. Figura 15 Arquivo pessoal. Figura 16 Arquivo pessoal. Figura 17 Arquivo pessoal. Figura 18 Arquivo pessoal. Figura 19 Arquivo pessoal. Figura 20 Arquivo Pessoal 5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CORREA, Juliana Barbosa. Avaliação Funcional. São Paulo: Editora Sol, 2020. KOPCZYNSKI, Marcos C. Fisioterapia em Neurologia. Barueri: Editora Manole, 2012. Ebook. ISBN 9788520451748. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788520451748/. Acesso em: 02 nov. 2023. O’SULLIVAN, Susan B.; SCHMITZ, Thomas J.; FULK, George D. Fisioterapia: avaliação e tratamento 6a ed.. Barueri: Editora Manole, 2018. E-book. ISBN 9786555762365. Disponívelem: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786555762365/. Acesso em: 02 nov. 2023. SARMENTO, George Jerre V. Fisioterapia respiratória de A a Z. Barueri: Editora Manole, 2016. E-book. ISBN 9788520459577. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788520459577/. Acesso em: 02 nov. 2023.