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Aspectos Comportamentais e Psicológicos

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08/05/2023 17:04 Aspectos Comportamentais e Psicológicos da Atividade Física e Esportiva
https://ambienteacademico.com.br/mod/url/view.php?id=779257 1/17
ASPECTOS	COMPORTAMENTAIS	E
PSICOLÓGICOS	DA	ATIVIDADE	FÍSICA	E
ESPORTIVA
CAPITULO	3	-	A	SAU� DE	E	O	BEM-ESTAR	NA
ATIVIDADE	FI�SICA
Lucas	Silva	Skolaude
08/05/2023 17:04 Aspectos Comportamentais e Psicológicos da Atividade Física e Esportiva
https://ambienteacademico.com.br/mod/url/view.php?id=779257 2/17
08/05/2023 17:04 Aspectos Comportamentais e Psicológicos da Atividade Física e Esportiva
https://ambienteacademico.com.br/mod/url/view.php?id=779257 3/17
Introdução
Antes	 de	 iniciarmos	 esta	 unidade,	 precisamos	 dar	 luz	 às	 re�lexões	 que,	 no	 decorrer	 do	 texto,	 se	 farão
importantes.	Comecemos	com	os	seguintes	questionamentos:	o	conceito	de	bem-estar	parte	de	qual	premissa?	E
o	 conceito	 de	 saúde?	 Existe	 distinção	 entre	 exercı́cios	 praticados	 por	 idosos,	 crianças	 e	 adolescentes?	Qual	 a
relação	dessa	temática	com	os	aspectos	emocionais	envolvidos	nas	situações	de	aposentadoria,	abandono,	lesão
e	doping	nos	atletas?
No	 decorrer	 dos	 nossos	 estudos,	 a	 �im	 de	 possibilitarmos	 um	 espaço	 de	 construção	 para	 sanar	 as	 dúvidas
surgidas	pelos	questionamentos	acima,	haverá	dois	tópicos	que	explanarão	os	assuntos.	O	primeiro,	a	respeito
da	qualidade	de	vida	na	 atividade	 fı́sica	 e	no	 esporte,	 terá	 seu	 foco	na	 atividade	 fı́sica	 enquanto	qualidade	de
vida,	para	distintos	grupos	etários:	 idosos,	crianças	e	adolescentes.	 Já	o	segundo,	mas	não	menos	 importante,
desenvolverá	 o	 assunto	 referente	 aos	 aspectos	 emocionais	 de	 atletas	 quando	 vivenciam	 as	 experiências	 de
lesões	e	aposentadoria,	de	forma	precoce	ou	não.
Além	disso	é	de	signi�icativa	importância	que	possamos	evidenciar	que,	para	Pereira,	Teixeira	e	Santos	(2012),	o
conceito	de	qualidade	de	vida	é	considerado	muito	abrangente,	compreendendo	não	apenas	a	saúde	fı́sica,	mas,
também,	os	aspectos	psicológicos,	nı́veis	de	independência,	relações	sociais,	familiares,	escolares,	no	trabalho	e
com	 o	 meio	 ambiente.	 Ainda	 segundo	 os	 autores,	 termos	 referentes	 a	 qualidade	 vida	 e	 saúde	 não	 são
indissociáveis	e	possuem	importância	fundamental	na	constituição	um	do	outro.
Vamos	lá?	Acompanhe	esta	unidade	com	atenção!
3.1 Qualidade de vida na atividade física e no esporte
Para	 falar	 sobre	 qualidade	 de	 vida	 na	 atividade	 fı́sica	 e	 no	 esporte	 é	 preciso	 compreender	 a	 importância	 de
questionamentos	que,	de	 forma	signi�icativa,	 auxiliarão	o	 entendimento	do	 conhecimento	desenvolvido	nesse
primeiro	tópico.	Qual	é	o	papel	da	atividade	fı́sica	na	qualidade	de	vida	das	pessoas?	A	quais	pessoas	estamos
nos	referindo?	Em	relação	ao	auxı́lio	da	atividade	fı́sica	e	do	esporte,	de	que	forma	essas	práticas	 in�luenciam
realmente	a	vida	das	pessoas?
Precisamos	compreender	os	conceitos	da	qualidade	de	vida	na	vida	de	idosos,	já	que	o	envelhecimento	aumenta,
notoriamente,	 com	aumento	da	expectativa	de	vida	e,	o	 crescimento	da	população	 idosa	gera	necessidades	de
mudanças	 na	 estrutura	 social,	 para	 que	 estes	 indivı́duos	 tenham	 suas	 vidas	 prolongadas	 com	 qualidade
(MACIEL,	 2010).	 Não	 podemos	 esquecer,	 da	 importância	 da	 atividade	 fı́sica	 no	 cotidiano	 de	 crianças	 e
adolescentes,	tendo	em	vista	as	diversas	pesquisas	evidenciando	o	aumento	de	doenças	em	adultos.	Dentre	as
doenças,	podemos	citar	o	câncer,	a	osteoporose,	doenças	coronarianas,	mentais,	entre	outras,	que	poderiam	ser
evitadas	se	as	pessoas	usufruı́ssem	de	uma	vida	mais	ativa,	realidade	que	deve	ser	desenvolvida	e	incentivada
desde	a	infância	(SILVA;	LOCARDIA,	2016).
Na	 contemporaneidade,	de	acordo	 com	Cozac	 (2013),	 está	 comprovado	que,	quanto	mais	 ativa	 é	 uma	pessoa,
menos	 limitações	 fı́sicas	 ela	 desenvolverá.	 Os	 benefı́cios	 que	 a	 prática	 regular	 de	 exercı́cios	 fı́sicos	 promove
pautam-se,	 principalmente,	 na	 proteção	 da	 capacidade	 funcional	 em	 todas	 as	 idades;	 entendida	 pelo
comportamento	para	desempenho	das	atividades	cotidianas	(CIOLAC;	GUIMARA� ES,	2004).
Já	um	estilo	de	vida	menos	ativo,	pode	signi�icar	 incapacidade	para	realizar	trabalhos	da	vida	diária	(limpar	a
casa,	fazer	compras,	cozinhar,	entre	outras).	Porém,	exercı́cios	fı́sicos	regulares,	segundo	Franchi	e	Montenegro
Júnior	(2005),	podem	promover	mudanças	qualitativas,	principalmente	na	alteração	da	maneira	de	realização	do
movimento,	 aumento	 na	 velocidade	 de	 execução	 da	 tarefa	 e	 adoção	 de	medidas	 de	 segurança	 para	 realizar	 a
tarefa.	Para	além	de	auxiliar	na	capacidade	funcional,	a	atividade	fı́sica	melhora	a	aptidão	fı́sica,	entendida	como
a	 capacidade	 de	 realizar	 as	 atividades	 do	 cotidiano	 com	 energia	 e	 evidenciar	 menor	 risco	 de	 desenvolver
doenças	ou	 circunstâncias	 crônicas	degenerativas,	 associadas	 aos	baixos	 ı́ndices	de	atividade	 fı́sica	 (MACIEL,
2010).
08/05/2023 17:04 Aspectos Comportamentais e Psicológicos da Atividade Física e Esportiva
https://ambienteacademico.com.br/mod/url/view.php?id=779257 4/17
Maciel	(2010),	ressalta	que	os	componentes	da	aptidão	fı́sica,	correlacionados	à	saúde,	podem	ser	in�luenciados
pelas	atividades	fı́sicas	habituais,	como	a	aptidão	cardiorrespiratória,	resistência	muscular,	força,	�lexibilidade,
entre	outros.	Por	conta	disso,	são	os	mais	avaliados,	sendo	especiais	na	condição	da	saúde.
No	que	diz	respeito	à	prática	de	atividade	fı́sica,	esta,	também,	promove	melhorias	em	distintos	aspectos,	como,
por	 exemplo,	 o	 sentimento	 de	 disposição	 corporal,	 aumento	 da	 densidade	mineral	 dos	 ossos,	 diminuição	 de
dores	sentidas	nas	articulações	e	melhora	das	possibilidades	de	alcance	de	movimentos	que	contam	com	força
e	�lexibilidade.	Além	disso	é	possı́vel,	ainda,	com	a	regularidade	de	exercı́cios,	aumentar	a	capacidade	aeróbia	e
diminuir	 da	 resistência	 vascular,	 incidência	 de	 sentimentos	 depressivos,	 baixa	 autoestima	 e	 ausência	 de
autocon�iança	(SILVA;	COSTA	JU�NIOR,	2011).	
3.1.1 Atividade Física na Qualidade de Vida em Idosos
Segundo	 Franchi	 e	 Montenegro	 Júnior	 (2005),	 o	 envelhecimento	 ampara-se	 em	 um	 fenômeno	 �isiológico,	 de
comportamento	 social	 ou	 cronológico.	 Nesse	 sentido,	 pode	 ser	 considerado	 um	 processo	 biossocial	 de
retrocesso,	observável	nos	seres	vivos,	a	partir,	principalmente,	da	perda	de	capacidade	ao	longo	da	vida,	devido
à	 ação	 de	 diversas	 variáveis,	 como	 danos	 acumulados	 no	 decorrer	 dos	 anos,	 genética,	 além	 de	 alterações
psicoemocionais.	Ainda	para	os	autores,	o	ato	de	envelhecer,	ampara-se	em	um	andamento	multidimensional,	já
que	há	uma	variabilidade	na	taxa	das	mudanças,	entre	perdas	e	ganhos,	nas	várias	caracterı́sticas	de	cada	sujeito.
Clique	nas	setas	a	seguir	para	entender	melhor.	
Sabendo	que	é	considerado	idoso	ou	pessoa	da	terceira	idade,	aquele	com	mais	de	60	anos,
segundo	Estatuto	do	Idoso	(Lei	10.741/2003).	Autores	como	Ciolac	e	Guimarães	(2004),	apontam
que	há,	um	aumento	considerável	da	expectativa	de	vida;	na	sociedade	brasileira	estima-se,
segundo	os	autores	e	de	acordo	com	dados	obtidos	pela	Organização	Mundial	da	Saúde	(OMS),	que
a	população	de	idosos	no	ano	de	2002	era	de	15	milhões.	
Sabendo	disso,	podemos	perceber,	juntamente	com	Maciel	(2010),	que	o	crescimento	da	população
idosa	gera	necessidades	de	mudanças	na	estrutura	social,	para	que	os	sujeitos	tenham	suas	vidas
prolongadas	e	não	permaneçam	distantes	do	contexto	social,	inativos,	incapazes	�isicamente,
dependentes	e	sem	qualidade	de	vida.	No	passado,	ainda	para	a	autora,	os	exercı́cios	fı́sicos
recomendados	para	idosos	eram	os	aeróbios,	pelos	seus	desdobramentos	no	sistema
cardiovascular	e	controle	dessas	doenças.	Atualmente,	diversos	estudos	demonstram	a
importância,	também,	dos	exercı́cios	que	envolvam	�lexibilidade	e	força,	pela	melhora	da
capacidade	funcional	e	autonomia	dos	idosos.
Para	Camboimet	al.	(2017),	cinco	fatores	são	recomendados	para	os	idosos	visando	alcance	de
uma	melhor	qualidade	de	vida:	ocupação,	casa,	vida	independente,	comunicação	e	afeição.	Destes,
se	algum	estiver	de�iciente,	a	qualidade	de	vida	do	idoso	estará	de�icitária,	já	que	baixos	nı́veis	de
saúde	na	velhice	estão	correlacionados	com	a	depressão	e	angústia,	além	de	insatisfação	com	a
vida.		As	di�iculdades	do	idoso,	ainda	segundo	os	autores,	em	reavaliar	atividades	cotidianas
devido	a	problemas	fı́sicos,	acarretam	problemas	nas	relações	sociais	e	na	manutenção	da
autonomia,	trazendo,	assim,	prejuı́zos.
08/05/2023 17:04 Aspectos Comportamentais e Psicológicos da Atividade Física e Esportiva
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Podemos,	 então,	 dimensionar	 que	 o	 conceito	 de	 envelhecer	 com	 sucesso	 está	 amparado,	 segundo	 Franchi	 e
Montenegro	 Júnior	 (2005),	 em	questões	multidimensionais,	 como:	manter	 uma	 alta	 função	 fı́sica	 e	 cognitiva;
evitar	as	doenças	e	incapacidades;	engajar-se	em	atividades	sociais	e	produtivas.	Por	este	motivo	é	importante,
como	evidenciam	os	autores,	que	o	idoso	adquira	dentro	da	sua	rotina	e	estilo	de	vida,	hábitos	saudáveis,	além
de	atitudes	favoráveis	para	prevenção	e	manutenção	da	saúde	fı́sica,	emocional,	mental,	social	e	espiritual.	
De	acordo	com	Ciolac	e	Guimarães	(2004),	cabe	aos	pro�issionais	da	saúde,	gestores	públicos,	entre	outros,	a
atuação	 de	 maneira	 efetiva	 na	 mobilização	 de	 recursos	 e	 viabilidade	 de	 atividades	 que	 atinjam	 a	 população
idosa,	proporcionando	maior	qualidade	de	vida.	
Figura	1	-	A	importância	da	prática	regular	de	exercı́cios	na	melhor	idade.
Fonte:	skynesher,	Istock,	2019.
08/05/2023 17:04 Aspectos Comportamentais e Psicológicos da Atividade Física e Esportiva
https://ambienteacademico.com.br/mod/url/view.php?id=779257 6/17
Vamos,	no	próximo	tópico,	elucidar	os	aspectos	da	atividade	fı́sica	em	crianças	e	adolescentes	para	que,	dessa
forma,	possamos	entender	a	demanda	de	cada	sujeito,	levando	em	conta	a	faixa	etária	correspondente.
3.1.2 Atividade física e qualidade de vida para crianças e adolescentes
A	 prática	 regular	 de	 exercı́cios	 fı́sicos,	 de	 maneira	 geral,	 proporciona	 inúmeros	 benefı́cios	 à	 saúde	 e	 pode
prevenir	doenças	futuras	(PEREIRA;	TEIXEIRA;	SANTOS,	2012).	Em	relação	às	crianças	e	adolescentes,	para	Silva
e	 Locardia	 (2016),	 a	 atividade	 fı́sica	 desempenha	 papel	 fundamental	 sobre	 a	 condição	 fı́sica,	 mental	 e
psicológica.	Além	disso,	a	prática	de	atividade	fı́sica	pode	aumentar	a	sensação	de	bem-estar,	aceitação	social	e	a
autoestima	entre	as	crianças	e	adolescentes.
Segundo	Silva	e	Costa	Júnior	(2011),	na	idade	adulta,	pesquisas	revelam	que	a	falta	de	atividade	fı́sica	pode	gerar
doenças	 coronarianas,	 alguns	 tipos	 de	 câncer,	 diabetes	Mellitus,	 osteoporose,	 doenças	mentais	 e	 doenças	 do
pulmão.	 Nessa	 correlação,	 os	 autores	 identi�icaram	 que,	 essas	 doenças	 poderiam	 ser	 evitadas	 se	 as	 pessoas
construı́ssem	 uma	 vida	 mais	 ativa,	 hábito	 que	 deve	 ser	 desenvolvido	 e	 incentivado	 desde	 a	 infância,
perpassando	a	adolescência,	para	se	�irmar	na	idade	adulta	e	se	manter	até	a	velhice.
Além	 disso,	 ainda	 em	 consonância	 com	 Silva	 e	 Costa	 Júnior	 (2011),	 a	 prática	 de	 atividade	 fı́sica	 pode	 ser
relacionada	a	alguns	fatores	bené�icos.	Clique	nos	itens	a	seguir	e	conheça-os.
Alegria	 -	 resultante	 da	 interação	 com	 outros
jovens.
VOCÊ O CONHECE?
Agnes	Keleti,	 a	 campeã	 olıḿpica	mais	 velha,	 está	 com	99	 anos	 de	 idade.	 Atualmente,
reside	 na	 Hungria.	 A	 atleta	 fez	 história	 ao	 ganhar	 quatro	medalhas	 de	 ouro,	 três	 de
prata	 e	 uma	 de	 bronze,	 em	 sua	 atuação	 dentro	 da	 ginástica	 artıśtica.	 Dessas	 quatro
medalhas	 douradas,	 três	 foram	 em	 aparelhos	 individuais	 (trave	 de	 equilıb́rio,	 solo	 e
barra)	 e	 a	quarta,	 veio	por	meio	da	 competição	por	equipes.	Além	disso,	no	decorrer
de	 sua	 existência,	 Agnes	 sobreviveu	 ao	 perıódo	 de	 holocausto,	 ocorrido	 nos	 anos	 de
1940.	 No	 que	 se	 refere	 às	 medalhas,	 ela	 frisa	 que	 a	 quantidade	 não	 é	 o	 que	 mais
importa,	mas,	sim,	os	momentos	que	conseguiu,	por	meio	delas,	vivenciar	(PAULA,	A.	de,
2020).
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08/05/2023 17:04 Aspectos Comportamentais e Psicológicos da Atividade Física e Esportiva
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Realização	 -	 com	 o	 reconhecimento	 e
desenvolvimento	pessoal.
Benefıćios	 fıśicos	 -	 correlacionados	 à	 aparência,
desempenho	fıśico	e	benefıćios	à	saúde.
Benefıćios	psicológicos	-	relativos	à	con�iança	e	ao
humor.
Fatores	ligados	à	atividades	preferenciais	-	a	partir
da	 identi�icação	 da	 melhor	 opção	 de	 atividade
fıśica	a	se	realizar.
As	 pesquisas	 evidenciam,	 também,	 de	 acordo	 com	 Silva	 e	 Locardia	 (2016),	 que	 as	 práticas	 regulares	 de
atividades	 fı́sicas	 atuam	 diretamente	 na	 prevenção	 de	 inúmeras	 doenças	 que	 podem	 afetar	 crianças	 e
adolescentes.	Destas,	podemos	citar	como	exemplos:	a	obesidade,	mais	precisamente	do	tipo	II,	por	conta	dos
altos	 ı́ndices	 de	 sobrepeso	 e	 o	 distúrbio	 do	 sono,	 explicado	 por	 duas	 situações:	 a	 primeira,	 relacionada	 ao
aumento	da	temperatura	corporal	e	a	segunda,	relacionada	ao	aumento	do	gasto	energético.
Além	 disso,	 os	 autores	 reforçam,	 que	 o	 grupo	 pertencente	 a	 essa	 faixa	 etária	 está,	 cada	 vez	mais,	 exposto	 ao
desenvolvimento	 de	 problemas	 fı́sicos	 e	 psicológicos	 a	 curto	 e	 longo	 prazo,	 a	 partir	 de	 maus	 hábitos
alimentares,	 inserção	 precoce	 ao	 mundo	 digital,	 entre	 outros	 fatores.	 Sendo	 assim	 é	 pertinente	 ressaltar	 a
importância	de	promover	estratégias	de	promoção	da	saúde	que	proporcionem	estilos	de	vida	saudáveis.	Estas
estratégias,	 de	 acordo	 com	 Pereira,	 Teixeira,	 Santos	 (2012),	 estão	 ligadas	 a	 quatro	 fatores.	 Clique	 nas	 setas	 a
seguir	e	veja	quais	são	eles.
•
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identi�icação	de	fatores	de	risco	ligados	ao	sobrepeso	de	crianças;
superação	de	barreiras	à	atividade	fı́sica;
promoção	de	comportamentos	ligados	à	saúde;
estabelecimento	de	orientações	para	a	prática	orientada	de	atividade	fı́sica	por	jovens.
08/05/2023 17:04 Aspectos Comportamentais e Psicológicos da Atividade Física e Esportiva
https://ambienteacademico.com.br/mod/url/view.php?id=779257 8/17
Ainda	para	os	 autores,	 a	 saúde	mental,	 a	partir	da	 indução	de	 inúmeros	estudos	 realizados	 é	 uma	 importante
conquista	que	a	atividade	fı́sica	alcança,	juntamente	sua	relação	direta	com	a	autoestima,	ausência	ou	redução	da
ocorrência	 de	depressão	 e	 ansiedade.	Ainda	 em	 consonância	 com	o	 autor,	 as	 doenças	 cardiovasculares	 estão,
diretamente	associadas	ao	sedentarismo,	uma	vez	que	a	prática	de	atividade	fı́sica	entre	crianças	e	adolescentes
diminui	os	nı́veis	de	gordura	no	sangue.
Em	sentido	semelhante,	Ciolac	e	Guimarães	(2004),	evidenciam	que	a	prática	regular	de	exercı́cios	fı́sicos	está
associada,	de	maneira	signi�icativa,	a	menores	ı́ndices	de	pressão	arterial	em	repouso,	relação	válida	para	todas
as	 faixas	 etárias	 (criança,	 adolescente,	 jovens,	 adultos	 e	 idosos).	 Os	 autores,	 ainda	 enfatizam,	 que	 o	 suporte
familiar	 constitui	 importante	 apoio	 emocional,	 instrumental	 e	 informacional,	 além	 de	 os	 pais	 de
disponibilizarem	 a	 proporcionar	 modelos	 relevantes,	 associados	 à	 prática	 de	 atividade	 fı́sica	 às	 crianças	 e
adolescentes.	
Figura	2	-	A	importância	da	prática	de	esporte	na	infância	e	adolescência.
Fonte:	eli�lamra,	Istock,	2018.
08/05/2023 17:04 Aspectos Comportamentais e Psicológicos da Atividade Física e Esportiva
https://ambienteacademico.com.br/mod/url/view.php?id=779257 9/17
A	seguir,	iniciaremos	nossos	estudos	sobre	aos	aspectos	emocionais	que	envolvem	a	aposentadoria	e	lesão	em
atletas.	Atenção	ao	conteúdo!
VOCÊ QUER LER?
Olivro	 “Esporte	 e	 Atividade	 Fıśica	 na	 Infância	 e	 na	 Adolescência:	 uma	 abordagem
multidisciplinar”,	 de	 Rose	 Jr.,	 conta	 com	 o	 objetivo	 de	 contemplar	 as	 mais	 diversas
tendências	 e	 especi�icidades	 relacionadas	 à	 prática	 esportiva	 infanto-juvenil.	 Além
disso,	 a	 obra	 traz	 consigo	 uma	 perspectiva	 atual	 sobre	 temas	 de	 inúmeras	 áreas	 de
conhecimento,	 como:	 Pedagogia,	 Fisiologia,	 Psicologia,	 Sociologia,	Medicina	 esportiva	 e
outras	 temáticas,	 que	 o	 tornam	 ainda	 mais	 abrangente.	 Escrito	 em	 uma	 linguagem
clara	 e	 didática,	 ele	 apresenta	 os	 conceitos	 mais	 importantes	 e	 relevantes	 de	 forma
destacada.
3.2 Aspectos emocionais envolvidos na aposentadoria e na
lesão dos atletas
Para	 uma	 melhor	 e	 mais	 e�icaz	 absorção	 do	 conhecimento,	 precisamos	 entender,	 primeiramente,	 que	 os
pro�issionais	atuantes	tanto	na	 área	da	Psicologia	do	Esporte,	quanto	na	Educação	Fı́sica,	precisam	aprofundar
seus	conhecimentos	acerca	dos	aspectos	emocionais	envolvidos	nas	situações,	comumente	vividas	por	atletas.
De	 forma	 precoce	 ou	 não,	 desde	 a	 aposentadoria	 ao	 abandono	 do	 esporte	 por	 conta	 de	 lesões	 ou	 exames
médicos	 que	 atestam	 a	 presença	 de	doping,	 faz	 parte	 das	 vivências	 destes	 sujeitos	 compreender	 a	 prevenção
como	uma	aliada	da	carreira.	(SARAGIOTTO;	PIERRO;	LOPES,	2014).
Mas,	 para	 que	 isso	 aconteça	 de	 forma	 efetiva,	 podemos	 nos	 perguntar:	 para	 um	 atleta,	 o	 signi�ica	 a
aposentadoria?	Será	a	oportunidade	de	deixar	a	carreira	pro�issional	um	pouco	de	lado	e	dar	vez	à	concretização
dos	projetos	pessoais?	Quais	são	os	fatores	psicológicos	envolvidos	nesse	processo?	Como	todos	os	momentos
que	 exigem	 algum	 tipo	 de	 mudança	 na	 vida,	 a	 aposentadoria	 seria	 uma	 fase	 que	 pode	 ser	 vivenciada	 como
maldição	 ou	 dádiva?	 E	 nos	 casos	 de	 lesões	 ou	 descobertas	 de	 doping,	 quais	 são	 as	 principais	 causas	 de
ocorrência?	Acontecem	com	todos	os	atletas	ou	existe	alguma	especi�icidade?	Qual	método	de	prevenção?	Em
quais	aspectos,	pro�issionais	como	Psicólogos	e	Educadores	Fı́sicos	podem	atuar?	Veremos	tudo	isto	a	seguir!
3.2.1 Aposentadoria
Inúmeros	 relatos	 de	 pro�issionais	 que	 atuam	 ou	 não,	 na	 categoria	 esportiva,	 consideram	 que	 o	momento	 da
aposentadoria	representa,	de	maneira	signi�icativa,	a	presença	de	questionamentos	ao	sentido	para	tudo	o	que	já
realizaram	 (OLIVEIRA,	 2016).	 Além	 disso,	 segundo	 Oliveira	 (2016),	 sabe-se	 que	 o	 processo	 de	 se	 aposentar,
08/05/2023 17:04 Aspectos Comportamentais e Psicológicos da Atividade Física e Esportiva
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mesmo	 com	 toda	 a	 dedicação	 de	 tempo	 e	 identi�icação,	 a	 partir	 do	 desenvolvimento	 de	 um	 papel	 social	 e
inúmeras	 vivencias	 na	 cultura	 esportiva,	 demanda	 abdicação	 de	 tudo	 aquilo	 que	 já	 foi	 feito	 para	 dar
oportunidade	de	realizar	outras	atividades	esportivas	ou	não.
	Do	ponto	de	 vista	 etário,	 segundo	Santos,	 Cappelle	 e	Maciel	 (2017),	 para	 os	 atletas,	 se	dá	 de	 forma	precoce,
geralmente	 antes	 dos	 40	 anos	 de	 idade.	 Isso	 ocorre,	 ainda	 segundo	 os	 autores,	 pelo	 alcance	 do	 auge	 de	 suas
carreiras	no	esporte	ou	por	opção	de	ausentar-se	da	modalidade	exercida,	antes	da	efetividade	de	alguma	lesão
séria.	E� 	importante	destacarmos,	que	a	aposentadoria	traz,	em	si,	uma	confusão	de	sentimentos,	por	evidenciar
o	encerramento	de	uma	fase,	como	outra	na	vida,	que	exige	maturidade	e	discernimento,	já	que,	na	maioria	das
vezes,	é	precoce	e	está	em	seu	auge	(SANTOS;	CAPPELLE;	MACIEL,	2017).
Por	todos	esses	percalços,	mas,	principalmente,	por	trazer	consigo	um	sentimento	forte	de	perda,	dentro	dessa
temática	temos	poucas	discussões	e	debates,	tanto	entre	os	atletas,	quanto	entre	as	demais	pessoas	envolvidas
na	 situação,	 como:	 comissão	 técnica,	 empresários,	 familiares,	 entre	 outros.	 Isso	 se	 dá,	 em	 grande	 parte	 dos
casos,	 pela	 ausência	 da	 importância	 ao	 planejamento	 necessário	 relacionado	 ao	 tema,	 ainda	 que	 haja	 sérios
riscos	de	lesão	e	necessidades	emergentes	para	interromper	a	carreira	de	forma	precoce	(AGRESTA;	BRANDA�O;
BARROS	NETO,	2008).
De	maneira	geral,	a	carreira	de	um	jogador,	pro�issional	ou	não,	começa	cedo	e,	principalmente,	pela	rotina	de
desgaste	 fı́sico	e	mental,	não	 costuma	 ir	muito	além	dos	 trinta	anos	 (WEINBERG;	GOULD,	2017).	No	entanto,
depois	de	encerrada	a	carreira,	segundo	Campos,	Cappelle	e	Maciel	(2017),	o	esporte	brasileiro	não	conta	com
polı́ticas	públicas	ou	privadas	para	o	alcance	de	ex-atletas.	Neste	caso,	além	de	perderem,	na	maioria	das	vezes,
sua	 identidade	 pro�issional,	 não	 há	 a	 efetividade	 de	 programas	 que	 permitam	 a	 subsistência	 da	 vida	 de	 um
pro�issional	aposentado,	em	diferentes	categorias.	Aqui,	 é	 importante	ressaltarmos	que	nos	referimos	 àqueles
que	possuem	salários	altı́ssimos	e	nenhuma	programação	de	contribuição	em	planos	de	aposentadoria.
Ainda	para	os	 referidos	 autores,	 o	 sofrimento	do	 corpo	 e	da	psique,	 nas	 inúmeras	 representações	 que	 advém
com	 o	 processo	 de	 aposentadoria,	 podem	 ser	 gatilhos	 fáceis	 para	 um	 possı́vel	 adoecimento	 e	 não	 para	 um
possı́vel	 recomeço,	 a	 partir	 do	 desenvolvimento	 de	 novas	 habilidades	 e	 capacidades	 que	 possibilitem	 uma
colocação	 laboral	 no	meio	 social,	 quando	 fosse	 esse	 o	 caso	 necessário.	 Dessa	 forma,	 a	 formação	 acadêmica,
adquirida,	 por	 exemplo,	 concomitantemente	 à	 carreira	 esportiva,	 se	 constituiria	 como	 signi�icativa	 opção	 de
preocupação	em	relação	ao	futuro	que	viria	após	a	atuação	como	atleta	de	categorial	pro�issional	ou	não,	mas,
como	bem	sabemos,	essa	preocupação	não	faz	parte	do	meio	esportivo	(OLIVEIRA,	2016).
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Sendo	assim,	podemos	perceber	que,	de	maneira	signi�icativa,	com	relação	ao	momento	de	aposentadoria	ou,	até
mesmo,	 de	 abandono	da	 carreira,	 os	 pro�issionais	 das	 categorias	 esportivas	 apresentam	di�iculdades.	 Isso	 se
deve,	 na	maioria	 das	 vezes,	 pelo	 inı́cio	 e	 �inalização	 precoces,	 além	 do	 lugar	 que	 a	 carreira	 esportiva	 ocupa,
como	 hábito	 ou	 referência	 de	 vida.	 Diante	 desse	 fato,	muitos	 pro�issionais	 acabam	 por	 adiar	 esse	momento,
traçando	 novas	 metas	 a	 serem	 alcançadas	 antes	 da	 aposentadoria,	 já	 que	 se	 encontram	 no	 auge	 (AGRESTA;
BRANDA�O;	BARROS	NETO,	2008).
CASO
Este	caso	ocorreu	nos	Estados	Unidos	da	América,	durante	toda	a	trajetória	da	atleta
de	hipismo,	Laura	Graves	e	seu	cavalo	Verdades.	A	 inserção	da	Psicologia	do	Esporte
se	 deu	 durante	 todo	 o	 percurso	 de	 tomada	 de	 decisão,	 até	 o	 anúncio	 o�icial	 e
emocionado	 da	 aposentadoria	 do	 cavalo,	 antes	 dos	 Jogos	 Olıḿpicos	 de	 Tóquio.	 O
animal	 possui	 18	 anos	 de	 idade	 e	 está	 com	 Laura	 desde	 os	 seis	 meses.	 Durante	 a
circunstância	de	anúncio	da	parada	em	sua	vida	pro�issional,	a	atleta	evidencia	que	a
Psicologia	 foi	 requerida	 para	 um	 melhor	 entendimento	 desse	 processo	 com	 o
trabalho	 já	 desenvolvido,	 uma	 vez	 que	 ela	 e	 o	 animal	 estiveram	 juntos	 nas	 mais
celebres	 circunstâncias	da	vida	pro�issional.	Aqui	 é	 importante	evidenciarmos	que	o
pro�issional	 da	 Psicologia	 do	 Esporte	 não	 é	 solicitado	 somente	 quando	 se	 refere	 ao
processo	 de	 aposentadoria	 do	 atleta,	 mas,	 de	 tudo	 o	 que	 o	 envolve	 e	 o	 abala
emocionalmente,	como,	por	exemplo,	o	brusco	corte	na	relação	do	pro�issional	com	o
animal	que	o	acompanha	no	exercıćio	da	pro�issão	(PAULA,	2020).		
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A	partir	de	agora,	estudaremos	a	ocorrência	de	lesão	nos	atletas.Leia	atentamente!
3.2.2 Lesão dos Atletas 
Para	Saragiotto,	Pierro	e	Lopes	(2014),	a	natureza	das	lesões	sofridas	pelos	atletas	é	diferente,	de	acordo	com	as
distintas	 categorias	 esportivas	 praticadas,	 no	 entanto,	 a	 grande	 maioria	 dos	 acidentes	 dentro	 das	 práticas
esportivas	 ocorre,	 principalmente,	 combinando	 signi�icativos	 fatores,	 portanto	 é	 difı́cil	 identi�icar	 o	 exato
mecanismo	 que	 provocou	 a	 lesão.	 Ainda	 segundo	 os	 autores,	 estudos	 epistemológicos,	 realizados	 em
competições	internacionais	e	Jogos	Olı́mpicos,	evidenciam	que	as	taxas	de	lesões	nos	atletas	variam	entre	10	e
65%,	 sendo	 a	 maioria	 delas	 efetivadas	 nos	 membros	 inferiores	 dos	 jogadores,	 sendo	 assim,	 evitar	 que	 tais
acontecimentos	 gerem	ainda	mais	 sofrimento	 e	prejuı́zo,	 é	 o	 objetivo	principal	 de	 todos	os	pro�issionais	 que
trabalham	com	esportes	(SARAGIOTTO;	PIERRO;	LOPES,	2014).
	 	 	 	 	 	 	 	 	 	 	 	 Segundo	 Carvalho	 (2009),	 é	 importante	 salientar	 que	 o	 atleta	 lesionado	 sofre	 várias	 repercussões
psicológicas,	 que	 acabam	 por	 prejudica-lo	 de	 maneira	 signi�icativa	 na	 sua	 vida	 cotidiana	 e	 desportiva,
di�icultando	 o	 processo	 de	 reabilitação.	 Nesse	 sentido,	 ainda	 para	 o	 autor,	 podemos	 de�inir	 como	 lesão	 um
aspecto	contraı́do	durante	a	participação	em	uma	atividade	desportiva,	de	caráter	competitivo	ou	recreativo,	o
qual	 pressupõe	 uma	 disfunção	 do	 organismo,	 produzindo	 dor	 e	 levando	 à	 interrupção	 ou	 limitação	 de	 uma
atividade	desportiva.
Com	 a	 intenção	 de	 prevenir	 os	 episódios	 de	 lesões,	 desde	 os	 anos	 90,	 são	 desenvolvidos	 modelos	 teóricos
baseados,	 principalmente,	 em	 quatro	 estágios:	 o	 estabelecimento	 da	 dimensão	 do	 problema	 (prevalência	 e
incidência	das	lesões);	etiologia	e	mecanismo	das	lesões;	implementação	de	uma	intervenção	para	a	prevenção
de	lesões	e	mensuração	da	efetividade	da	ação	proposta	para	a	prevenção	(SARAGIOTTO;	PIERRO;	LOPES,	2014).
Para	Carvalho	(2009),	o	 investimento	no	processo	de	prevenção	 é	muito	mais	efetivo	e	menos	custoso,	 já	que
milhares	de	atletas	em	todo	o	mundo	sofrem	lesões,	envolvendo	imenso	investimento	�inanceiro	em	processos
de	reabilitação.	Ainda	segundo	a	autora,	as	lesões,	além	dos	custos	numéricos,	também	provocam	danos	fı́sicos
e	 psicológicos	 aos	 atletas;	 os	 primeiros,	 evidenciados	 a	 partir	 dos	 efeitos	 danosos	 ao	 funcionamento	 fı́sico,
Figura	3	-	O	momento	da	aposentadoria,	nem	sempre	fácil,	mas	necessário.
Fonte:	FOTOKITA,	Istock,	2019.
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prejudicando	o	processo	de	treino	e,	consequentemente,	o	seu	desenvolvimento.	Já	os	segundos,	podem	ser	os
impactos	adversos	nos	pensamentos,	sentimentos	e	ações	dos	pro�issionais,	como:	raiva,	depressão,	confusão,
medo,	frustração,	preocupação,	baixa	autoestima	e	incertezas.
Diante	 disso,	 precisamos	 levar	 em	 conta	 que	 o	 rendimento	 no	 trabalho	 não	 corresponde	 apenas	 aos	 atletas,
treinadores	ou	comissão	técnica,	mas,	também,	na	garantia	à	assistência	necessária	para	o	não	desamparo	dos
pro�issionais	envolvidos	nos	esportes	de	alto	rendimento.	
VOCÊ SABIA?
O	 Direito	 Desportivo	 não	 conta	 com	 a	 presença	 de	 uma	 legislação	 que
disponibilize,	 aos	 pro�issionais	 do	 esporte	 de	 alto	 rendimento,	 uma	 proteção
relacionada	às	lesões	que	possam	acontecer	no	decorrer	do	trabalho,	por	conta	da
exposição	do	corpo	ao	esgotamento.	A	pro�issão	de	atleta,	além	de	ser	exaustiva,	se
torna	 preocupante,	 principalmente	 por	 não	 possuir	 nenhum	 auxıĺio	 para	 cuidar
da	saúde	e	garantir	boas	condições	de	vida	futura	(AMADO,	2012).
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De	acordo	com	Cardoso	(2016),	pode	ser	considerado	doping,	a	utilização	de	substâncias	ou	métodos	capazes
de	aumentar,	de	maneira	arti�icial,	o	desempenho	esportivo,	sejam	eles	potencialmente	prejudiciais	 à	saúde	do
atleta	 ou	 a	 seus	 adversários,	 ou	 ainda,	 contra	 o	 contrato	 do	 jogo.	 Ainda	 para	 o	 autor,	 os	 casos	 de	doping	 e	 a
intervenção	 das	 instituições	 responsáveis,	 revelam	 aspectos	 signi�icativos	 para	 compreendermos	 o	 esporte
contemporâneo	 e	 as	 suas	 implicações	 biológicas,	 éticas,	 sociais	 e	 psicológicas.	 Além	 disso,	 Cardoso	 (2016)
ressalta	a	 importância	das	campanhas	de	conscientização	referentes	aos	males	que	o	doping	causa	ao	atleta.	E�
preciso	 saber	 que	 a	 prática	 não	 só	 é	 ofensiva	 à	 saúde	 como	 pode	 levar	 o	 esportista	 à	 morte;	 é	 antônima	 ao
esporte,	considerada	imoral	e	antiética,	bem	como	ilegal,	pois	fere	a	moral	esportiva,	despreza	a	ética	entre	os
esportistas	e	viola	a	legislação	do	esporte.
Figura	4	-	Saber	que	a	lesão	faz	parte	do	esporte	de	alto	rendimento	e	ter	amparo	no	tratamento	é	essencial	para
o	bom	desempenho	do	atleta	pro�issional.
Fonte:	ViewApart,	Istock,	2019.
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A	trajetória	pro�issional	de	Tiago,	dentro	do	esporte,	permite	que	o	tomemos	como	exemplo	de	um	atleta	com
histórico	de	lesão	que	mudou	a	história	de	sua	carreira.	
VOCÊ QUER VER?
O	 curta-metragem,	 pensado	 e	 produzido	 pela	 Loove	 Filmes,	 sobre	 a	 vida	 de	 Tiago
Vianna,	 ilustra	 os	 assuntos	 tratados	 nesta	 unidade,	 principalmente	 quanto	 às	 lesões
sofridas	por	atletas,	em	pleno	exercıćio	pro�issional.	 	Tiago,	atualmente	 é	 treinador	de
uma	 equipe	 de	 kickboxing,	 representante	 da	 cidade	 de	 Bauru,	 em	 diferentes
competições	 da	 modalidade.	 A	 partir	 do	 trabalho	 realizado	 com	 esses	 jovens,	 ele	 já
conseguiu	 ver	 seus	 atletas	 na	 conquista	 de	 inúmeros	 campeonatos	 nacionais	 e	 sul-
americanos,	além	de	sua	própria	superação	(FREITAS,	2013).		
Conclusão
Concluı́mos	 nossos	 estudos	 sobre	 saúde	 e	 bem-estar	 na	 atividade	 fı́sica.	 Agora	 você	 possui	 o	 conhecimento
relacionado	 aos	 conceitos	 de	 qualidade	 de	 vida	 e	 atividade	 fı́sica	 para	 idosos,	 crianças	 e	 adolescentes.	 Além
disso,	você	sabe	mais	sobre	os	aspectos	emocionais	envolvidos	em	fatores	que	in�luenciam	diretamente	na	vida
de	atletas	dentro	da	prática	esportiva:	aposentadoria,	abandono,	doping	e	lesões.	
Nesta	unidade,	você	teve	a	oportunidade	de:
Entender que, além de auxiliar na capacidade funcional, a
atividade física melhora a aptidão física e diminui o risco de
desenvolver doenças ou circunstâncias crônicas degenerativas;
Constatar que a prática regular de exercícios físicos promove
benefícios em todas as idades, prevenindo uma possível
incapacidade para realizar trabalhos da vida diária;
Saber que o conceito de qualidade de vida compreende não
somente a saúde física, mas, também, aspectos psicológicos;
Aprender exercícios físicos recomendados para idosos, garantindo
melhora da capacidade funcional e autonomia;
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Reconhecer que a atividade física desempenha papel fundamental
sobre  aspectos físicos e psicológicos, para crianças e adolescentes;
Compreender que a aposentadoria traz consigo uma confusão de
sentimentos e consequências que requerem maturidade e
planejamento;
Conhecer o conceito de lesão;
Evidenciar que  doping é considerado prejudicial, criminoso e pode
ser circunstancial para a destruição da carreira de um atleta. 
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https://www.torcedores.com/noticias/2020/01/campea-olimpica-mais-velha-ainda-viva-completa-99-anos-de-idade
https://www.torcedores.com/noticias/2020/01/norte-americana-do-hipismo-se-emociona-ao-anunciar-aposentadoria-do-cavalo
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