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08/05/2023 17:04 Aspectos Comportamentais e Psicológicos da Atividade Física e Esportiva https://ambienteacademico.com.br/mod/url/view.php?id=779257 1/17 ASPECTOS COMPORTAMENTAIS E PSICOLÓGICOS DA ATIVIDADE FÍSICA E ESPORTIVA CAPITULO 3 - A SAU� DE E O BEM-ESTAR NA ATIVIDADE FI�SICA Lucas Silva Skolaude 08/05/2023 17:04 Aspectos Comportamentais e Psicológicos da Atividade Física e Esportiva https://ambienteacademico.com.br/mod/url/view.php?id=779257 2/17 08/05/2023 17:04 Aspectos Comportamentais e Psicológicos da Atividade Física e Esportiva https://ambienteacademico.com.br/mod/url/view.php?id=779257 3/17 Introdução Antes de iniciarmos esta unidade, precisamos dar luz às re�lexões que, no decorrer do texto, se farão importantes. Comecemos com os seguintes questionamentos: o conceito de bem-estar parte de qual premissa? E o conceito de saúde? Existe distinção entre exercı́cios praticados por idosos, crianças e adolescentes? Qual a relação dessa temática com os aspectos emocionais envolvidos nas situações de aposentadoria, abandono, lesão e doping nos atletas? No decorrer dos nossos estudos, a �im de possibilitarmos um espaço de construção para sanar as dúvidas surgidas pelos questionamentos acima, haverá dois tópicos que explanarão os assuntos. O primeiro, a respeito da qualidade de vida na atividade fı́sica e no esporte, terá seu foco na atividade fı́sica enquanto qualidade de vida, para distintos grupos etários: idosos, crianças e adolescentes. Já o segundo, mas não menos importante, desenvolverá o assunto referente aos aspectos emocionais de atletas quando vivenciam as experiências de lesões e aposentadoria, de forma precoce ou não. Além disso é de signi�icativa importância que possamos evidenciar que, para Pereira, Teixeira e Santos (2012), o conceito de qualidade de vida é considerado muito abrangente, compreendendo não apenas a saúde fı́sica, mas, também, os aspectos psicológicos, nı́veis de independência, relações sociais, familiares, escolares, no trabalho e com o meio ambiente. Ainda segundo os autores, termos referentes a qualidade vida e saúde não são indissociáveis e possuem importância fundamental na constituição um do outro. Vamos lá? Acompanhe esta unidade com atenção! 3.1 Qualidade de vida na atividade física e no esporte Para falar sobre qualidade de vida na atividade fı́sica e no esporte é preciso compreender a importância de questionamentos que, de forma signi�icativa, auxiliarão o entendimento do conhecimento desenvolvido nesse primeiro tópico. Qual é o papel da atividade fı́sica na qualidade de vida das pessoas? A quais pessoas estamos nos referindo? Em relação ao auxı́lio da atividade fı́sica e do esporte, de que forma essas práticas in�luenciam realmente a vida das pessoas? Precisamos compreender os conceitos da qualidade de vida na vida de idosos, já que o envelhecimento aumenta, notoriamente, com aumento da expectativa de vida e, o crescimento da população idosa gera necessidades de mudanças na estrutura social, para que estes indivı́duos tenham suas vidas prolongadas com qualidade (MACIEL, 2010). Não podemos esquecer, da importância da atividade fı́sica no cotidiano de crianças e adolescentes, tendo em vista as diversas pesquisas evidenciando o aumento de doenças em adultos. Dentre as doenças, podemos citar o câncer, a osteoporose, doenças coronarianas, mentais, entre outras, que poderiam ser evitadas se as pessoas usufruı́ssem de uma vida mais ativa, realidade que deve ser desenvolvida e incentivada desde a infância (SILVA; LOCARDIA, 2016). Na contemporaneidade, de acordo com Cozac (2013), está comprovado que, quanto mais ativa é uma pessoa, menos limitações fı́sicas ela desenvolverá. Os benefı́cios que a prática regular de exercı́cios fı́sicos promove pautam-se, principalmente, na proteção da capacidade funcional em todas as idades; entendida pelo comportamento para desempenho das atividades cotidianas (CIOLAC; GUIMARA� ES, 2004). Já um estilo de vida menos ativo, pode signi�icar incapacidade para realizar trabalhos da vida diária (limpar a casa, fazer compras, cozinhar, entre outras). Porém, exercı́cios fı́sicos regulares, segundo Franchi e Montenegro Júnior (2005), podem promover mudanças qualitativas, principalmente na alteração da maneira de realização do movimento, aumento na velocidade de execução da tarefa e adoção de medidas de segurança para realizar a tarefa. Para além de auxiliar na capacidade funcional, a atividade fı́sica melhora a aptidão fı́sica, entendida como a capacidade de realizar as atividades do cotidiano com energia e evidenciar menor risco de desenvolver doenças ou circunstâncias crônicas degenerativas, associadas aos baixos ı́ndices de atividade fı́sica (MACIEL, 2010). 08/05/2023 17:04 Aspectos Comportamentais e Psicológicos da Atividade Física e Esportiva https://ambienteacademico.com.br/mod/url/view.php?id=779257 4/17 Maciel (2010), ressalta que os componentes da aptidão fı́sica, correlacionados à saúde, podem ser in�luenciados pelas atividades fı́sicas habituais, como a aptidão cardiorrespiratória, resistência muscular, força, �lexibilidade, entre outros. Por conta disso, são os mais avaliados, sendo especiais na condição da saúde. No que diz respeito à prática de atividade fı́sica, esta, também, promove melhorias em distintos aspectos, como, por exemplo, o sentimento de disposição corporal, aumento da densidade mineral dos ossos, diminuição de dores sentidas nas articulações e melhora das possibilidades de alcance de movimentos que contam com força e �lexibilidade. Além disso é possı́vel, ainda, com a regularidade de exercı́cios, aumentar a capacidade aeróbia e diminuir da resistência vascular, incidência de sentimentos depressivos, baixa autoestima e ausência de autocon�iança (SILVA; COSTA JU�NIOR, 2011). 3.1.1 Atividade Física na Qualidade de Vida em Idosos Segundo Franchi e Montenegro Júnior (2005), o envelhecimento ampara-se em um fenômeno �isiológico, de comportamento social ou cronológico. Nesse sentido, pode ser considerado um processo biossocial de retrocesso, observável nos seres vivos, a partir, principalmente, da perda de capacidade ao longo da vida, devido à ação de diversas variáveis, como danos acumulados no decorrer dos anos, genética, além de alterações psicoemocionais. Ainda para os autores, o ato de envelhecer, ampara-se em um andamento multidimensional, já que há uma variabilidade na taxa das mudanças, entre perdas e ganhos, nas várias caracterı́sticas de cada sujeito. Clique nas setas a seguir para entender melhor. Sabendo que é considerado idoso ou pessoa da terceira idade, aquele com mais de 60 anos, segundo Estatuto do Idoso (Lei 10.741/2003). Autores como Ciolac e Guimarães (2004), apontam que há, um aumento considerável da expectativa de vida; na sociedade brasileira estima-se, segundo os autores e de acordo com dados obtidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que a população de idosos no ano de 2002 era de 15 milhões. Sabendo disso, podemos perceber, juntamente com Maciel (2010), que o crescimento da população idosa gera necessidades de mudanças na estrutura social, para que os sujeitos tenham suas vidas prolongadas e não permaneçam distantes do contexto social, inativos, incapazes �isicamente, dependentes e sem qualidade de vida. No passado, ainda para a autora, os exercı́cios fı́sicos recomendados para idosos eram os aeróbios, pelos seus desdobramentos no sistema cardiovascular e controle dessas doenças. Atualmente, diversos estudos demonstram a importância, também, dos exercı́cios que envolvam �lexibilidade e força, pela melhora da capacidade funcional e autonomia dos idosos. Para Camboimet al. (2017), cinco fatores são recomendados para os idosos visando alcance de uma melhor qualidade de vida: ocupação, casa, vida independente, comunicação e afeição. Destes, se algum estiver de�iciente, a qualidade de vida do idoso estará de�icitária, já que baixos nı́veis de saúde na velhice estão correlacionados com a depressão e angústia, além de insatisfação com a vida. As di�iculdades do idoso, ainda segundo os autores, em reavaliar atividades cotidianas devido a problemas fı́sicos, acarretam problemas nas relações sociais e na manutenção da autonomia, trazendo, assim, prejuı́zos. 08/05/2023 17:04 Aspectos Comportamentais e Psicológicos da Atividade Física e Esportiva https://ambienteacademico.com.br/mod/url/view.php?id=779257 5/17 Podemos, então, dimensionar que o conceito de envelhecer com sucesso está amparado, segundo Franchi e Montenegro Júnior (2005), em questões multidimensionais, como: manter uma alta função fı́sica e cognitiva; evitar as doenças e incapacidades; engajar-se em atividades sociais e produtivas. Por este motivo é importante, como evidenciam os autores, que o idoso adquira dentro da sua rotina e estilo de vida, hábitos saudáveis, além de atitudes favoráveis para prevenção e manutenção da saúde fı́sica, emocional, mental, social e espiritual. De acordo com Ciolac e Guimarães (2004), cabe aos pro�issionais da saúde, gestores públicos, entre outros, a atuação de maneira efetiva na mobilização de recursos e viabilidade de atividades que atinjam a população idosa, proporcionando maior qualidade de vida. Figura 1 - A importância da prática regular de exercı́cios na melhor idade. Fonte: skynesher, Istock, 2019. 08/05/2023 17:04 Aspectos Comportamentais e Psicológicos da Atividade Física e Esportiva https://ambienteacademico.com.br/mod/url/view.php?id=779257 6/17 Vamos, no próximo tópico, elucidar os aspectos da atividade fı́sica em crianças e adolescentes para que, dessa forma, possamos entender a demanda de cada sujeito, levando em conta a faixa etária correspondente. 3.1.2 Atividade física e qualidade de vida para crianças e adolescentes A prática regular de exercı́cios fı́sicos, de maneira geral, proporciona inúmeros benefı́cios à saúde e pode prevenir doenças futuras (PEREIRA; TEIXEIRA; SANTOS, 2012). Em relação às crianças e adolescentes, para Silva e Locardia (2016), a atividade fı́sica desempenha papel fundamental sobre a condição fı́sica, mental e psicológica. Além disso, a prática de atividade fı́sica pode aumentar a sensação de bem-estar, aceitação social e a autoestima entre as crianças e adolescentes. Segundo Silva e Costa Júnior (2011), na idade adulta, pesquisas revelam que a falta de atividade fı́sica pode gerar doenças coronarianas, alguns tipos de câncer, diabetes Mellitus, osteoporose, doenças mentais e doenças do pulmão. Nessa correlação, os autores identi�icaram que, essas doenças poderiam ser evitadas se as pessoas construı́ssem uma vida mais ativa, hábito que deve ser desenvolvido e incentivado desde a infância, perpassando a adolescência, para se �irmar na idade adulta e se manter até a velhice. Além disso, ainda em consonância com Silva e Costa Júnior (2011), a prática de atividade fı́sica pode ser relacionada a alguns fatores bené�icos. Clique nos itens a seguir e conheça-os. Alegria - resultante da interação com outros jovens. VOCÊ O CONHECE? Agnes Keleti, a campeã olıḿpica mais velha, está com 99 anos de idade. Atualmente, reside na Hungria. A atleta fez história ao ganhar quatro medalhas de ouro, três de prata e uma de bronze, em sua atuação dentro da ginástica artıśtica. Dessas quatro medalhas douradas, três foram em aparelhos individuais (trave de equilıb́rio, solo e barra) e a quarta, veio por meio da competição por equipes. Além disso, no decorrer de sua existência, Agnes sobreviveu ao perıódo de holocausto, ocorrido nos anos de 1940. No que se refere às medalhas, ela frisa que a quantidade não é o que mais importa, mas, sim, os momentos que conseguiu, por meio delas, vivenciar (PAULA, A. de, 2020). • • 08/05/2023 17:04 Aspectos Comportamentais e Psicológicos da Atividade Física e Esportiva https://ambienteacademico.com.br/mod/url/view.php?id=779257 7/17 Realização - com o reconhecimento e desenvolvimento pessoal. Benefıćios fıśicos - correlacionados à aparência, desempenho fıśico e benefıćios à saúde. Benefıćios psicológicos - relativos à con�iança e ao humor. Fatores ligados à atividades preferenciais - a partir da identi�icação da melhor opção de atividade fıśica a se realizar. As pesquisas evidenciam, também, de acordo com Silva e Locardia (2016), que as práticas regulares de atividades fı́sicas atuam diretamente na prevenção de inúmeras doenças que podem afetar crianças e adolescentes. Destas, podemos citar como exemplos: a obesidade, mais precisamente do tipo II, por conta dos altos ı́ndices de sobrepeso e o distúrbio do sono, explicado por duas situações: a primeira, relacionada ao aumento da temperatura corporal e a segunda, relacionada ao aumento do gasto energético. Além disso, os autores reforçam, que o grupo pertencente a essa faixa etária está, cada vez mais, exposto ao desenvolvimento de problemas fı́sicos e psicológicos a curto e longo prazo, a partir de maus hábitos alimentares, inserção precoce ao mundo digital, entre outros fatores. Sendo assim é pertinente ressaltar a importância de promover estratégias de promoção da saúde que proporcionem estilos de vida saudáveis. Estas estratégias, de acordo com Pereira, Teixeira, Santos (2012), estão ligadas a quatro fatores. Clique nas setas a seguir e veja quais são eles. • • • identi�icação de fatores de risco ligados ao sobrepeso de crianças; superação de barreiras à atividade fı́sica; promoção de comportamentos ligados à saúde; estabelecimento de orientações para a prática orientada de atividade fı́sica por jovens. 08/05/2023 17:04 Aspectos Comportamentais e Psicológicos da Atividade Física e Esportiva https://ambienteacademico.com.br/mod/url/view.php?id=779257 8/17 Ainda para os autores, a saúde mental, a partir da indução de inúmeros estudos realizados é uma importante conquista que a atividade fı́sica alcança, juntamente sua relação direta com a autoestima, ausência ou redução da ocorrência de depressão e ansiedade. Ainda em consonância com o autor, as doenças cardiovasculares estão, diretamente associadas ao sedentarismo, uma vez que a prática de atividade fı́sica entre crianças e adolescentes diminui os nı́veis de gordura no sangue. Em sentido semelhante, Ciolac e Guimarães (2004), evidenciam que a prática regular de exercı́cios fı́sicos está associada, de maneira signi�icativa, a menores ı́ndices de pressão arterial em repouso, relação válida para todas as faixas etárias (criança, adolescente, jovens, adultos e idosos). Os autores, ainda enfatizam, que o suporte familiar constitui importante apoio emocional, instrumental e informacional, além de os pais de disponibilizarem a proporcionar modelos relevantes, associados à prática de atividade fı́sica às crianças e adolescentes. Figura 2 - A importância da prática de esporte na infância e adolescência. Fonte: eli�lamra, Istock, 2018. 08/05/2023 17:04 Aspectos Comportamentais e Psicológicos da Atividade Física e Esportiva https://ambienteacademico.com.br/mod/url/view.php?id=779257 9/17 A seguir, iniciaremos nossos estudos sobre aos aspectos emocionais que envolvem a aposentadoria e lesão em atletas. Atenção ao conteúdo! VOCÊ QUER LER? Olivro “Esporte e Atividade Fıśica na Infância e na Adolescência: uma abordagem multidisciplinar”, de Rose Jr., conta com o objetivo de contemplar as mais diversas tendências e especi�icidades relacionadas à prática esportiva infanto-juvenil. Além disso, a obra traz consigo uma perspectiva atual sobre temas de inúmeras áreas de conhecimento, como: Pedagogia, Fisiologia, Psicologia, Sociologia, Medicina esportiva e outras temáticas, que o tornam ainda mais abrangente. Escrito em uma linguagem clara e didática, ele apresenta os conceitos mais importantes e relevantes de forma destacada. 3.2 Aspectos emocionais envolvidos na aposentadoria e na lesão dos atletas Para uma melhor e mais e�icaz absorção do conhecimento, precisamos entender, primeiramente, que os pro�issionais atuantes tanto na área da Psicologia do Esporte, quanto na Educação Fı́sica, precisam aprofundar seus conhecimentos acerca dos aspectos emocionais envolvidos nas situações, comumente vividas por atletas. De forma precoce ou não, desde a aposentadoria ao abandono do esporte por conta de lesões ou exames médicos que atestam a presença de doping, faz parte das vivências destes sujeitos compreender a prevenção como uma aliada da carreira. (SARAGIOTTO; PIERRO; LOPES, 2014). Mas, para que isso aconteça de forma efetiva, podemos nos perguntar: para um atleta, o signi�ica a aposentadoria? Será a oportunidade de deixar a carreira pro�issional um pouco de lado e dar vez à concretização dos projetos pessoais? Quais são os fatores psicológicos envolvidos nesse processo? Como todos os momentos que exigem algum tipo de mudança na vida, a aposentadoria seria uma fase que pode ser vivenciada como maldição ou dádiva? E nos casos de lesões ou descobertas de doping, quais são as principais causas de ocorrência? Acontecem com todos os atletas ou existe alguma especi�icidade? Qual método de prevenção? Em quais aspectos, pro�issionais como Psicólogos e Educadores Fı́sicos podem atuar? Veremos tudo isto a seguir! 3.2.1 Aposentadoria Inúmeros relatos de pro�issionais que atuam ou não, na categoria esportiva, consideram que o momento da aposentadoria representa, de maneira signi�icativa, a presença de questionamentos ao sentido para tudo o que já realizaram (OLIVEIRA, 2016). Além disso, segundo Oliveira (2016), sabe-se que o processo de se aposentar, 08/05/2023 17:04 Aspectos Comportamentais e Psicológicos da Atividade Física e Esportiva https://ambienteacademico.com.br/mod/url/view.php?id=779257 10/17 mesmo com toda a dedicação de tempo e identi�icação, a partir do desenvolvimento de um papel social e inúmeras vivencias na cultura esportiva, demanda abdicação de tudo aquilo que já foi feito para dar oportunidade de realizar outras atividades esportivas ou não. Do ponto de vista etário, segundo Santos, Cappelle e Maciel (2017), para os atletas, se dá de forma precoce, geralmente antes dos 40 anos de idade. Isso ocorre, ainda segundo os autores, pelo alcance do auge de suas carreiras no esporte ou por opção de ausentar-se da modalidade exercida, antes da efetividade de alguma lesão séria. E� importante destacarmos, que a aposentadoria traz, em si, uma confusão de sentimentos, por evidenciar o encerramento de uma fase, como outra na vida, que exige maturidade e discernimento, já que, na maioria das vezes, é precoce e está em seu auge (SANTOS; CAPPELLE; MACIEL, 2017). Por todos esses percalços, mas, principalmente, por trazer consigo um sentimento forte de perda, dentro dessa temática temos poucas discussões e debates, tanto entre os atletas, quanto entre as demais pessoas envolvidas na situação, como: comissão técnica, empresários, familiares, entre outros. Isso se dá, em grande parte dos casos, pela ausência da importância ao planejamento necessário relacionado ao tema, ainda que haja sérios riscos de lesão e necessidades emergentes para interromper a carreira de forma precoce (AGRESTA; BRANDA�O; BARROS NETO, 2008). De maneira geral, a carreira de um jogador, pro�issional ou não, começa cedo e, principalmente, pela rotina de desgaste fı́sico e mental, não costuma ir muito além dos trinta anos (WEINBERG; GOULD, 2017). No entanto, depois de encerrada a carreira, segundo Campos, Cappelle e Maciel (2017), o esporte brasileiro não conta com polı́ticas públicas ou privadas para o alcance de ex-atletas. Neste caso, além de perderem, na maioria das vezes, sua identidade pro�issional, não há a efetividade de programas que permitam a subsistência da vida de um pro�issional aposentado, em diferentes categorias. Aqui, é importante ressaltarmos que nos referimos àqueles que possuem salários altı́ssimos e nenhuma programação de contribuição em planos de aposentadoria. Ainda para os referidos autores, o sofrimento do corpo e da psique, nas inúmeras representações que advém com o processo de aposentadoria, podem ser gatilhos fáceis para um possı́vel adoecimento e não para um possı́vel recomeço, a partir do desenvolvimento de novas habilidades e capacidades que possibilitem uma colocação laboral no meio social, quando fosse esse o caso necessário. Dessa forma, a formação acadêmica, adquirida, por exemplo, concomitantemente à carreira esportiva, se constituiria como signi�icativa opção de preocupação em relação ao futuro que viria após a atuação como atleta de categorial pro�issional ou não, mas, como bem sabemos, essa preocupação não faz parte do meio esportivo (OLIVEIRA, 2016). 08/05/2023 17:04 Aspectos Comportamentais e Psicológicos da Atividade Física e Esportiva https://ambienteacademico.com.br/mod/url/view.php?id=779257 11/17 Sendo assim, podemos perceber que, de maneira signi�icativa, com relação ao momento de aposentadoria ou, até mesmo, de abandono da carreira, os pro�issionais das categorias esportivas apresentam di�iculdades. Isso se deve, na maioria das vezes, pelo inı́cio e �inalização precoces, além do lugar que a carreira esportiva ocupa, como hábito ou referência de vida. Diante desse fato, muitos pro�issionais acabam por adiar esse momento, traçando novas metas a serem alcançadas antes da aposentadoria, já que se encontram no auge (AGRESTA; BRANDA�O; BARROS NETO, 2008). CASO Este caso ocorreu nos Estados Unidos da América, durante toda a trajetória da atleta de hipismo, Laura Graves e seu cavalo Verdades. A inserção da Psicologia do Esporte se deu durante todo o percurso de tomada de decisão, até o anúncio o�icial e emocionado da aposentadoria do cavalo, antes dos Jogos Olıḿpicos de Tóquio. O animal possui 18 anos de idade e está com Laura desde os seis meses. Durante a circunstância de anúncio da parada em sua vida pro�issional, a atleta evidencia que a Psicologia foi requerida para um melhor entendimento desse processo com o trabalho já desenvolvido, uma vez que ela e o animal estiveram juntos nas mais celebres circunstâncias da vida pro�issional. Aqui é importante evidenciarmos que o pro�issional da Psicologia do Esporte não é solicitado somente quando se refere ao processo de aposentadoria do atleta, mas, de tudo o que o envolve e o abala emocionalmente, como, por exemplo, o brusco corte na relação do pro�issional com o animal que o acompanha no exercıćio da pro�issão (PAULA, 2020). 08/05/2023 17:04 Aspectos Comportamentais e Psicológicos da Atividade Física e Esportiva https://ambienteacademico.com.br/mod/url/view.php?id=779257 12/17 A partir de agora, estudaremos a ocorrência de lesão nos atletas.Leia atentamente! 3.2.2 Lesão dos Atletas Para Saragiotto, Pierro e Lopes (2014), a natureza das lesões sofridas pelos atletas é diferente, de acordo com as distintas categorias esportivas praticadas, no entanto, a grande maioria dos acidentes dentro das práticas esportivas ocorre, principalmente, combinando signi�icativos fatores, portanto é difı́cil identi�icar o exato mecanismo que provocou a lesão. Ainda segundo os autores, estudos epistemológicos, realizados em competições internacionais e Jogos Olı́mpicos, evidenciam que as taxas de lesões nos atletas variam entre 10 e 65%, sendo a maioria delas efetivadas nos membros inferiores dos jogadores, sendo assim, evitar que tais acontecimentos gerem ainda mais sofrimento e prejuı́zo, é o objetivo principal de todos os pro�issionais que trabalham com esportes (SARAGIOTTO; PIERRO; LOPES, 2014). Segundo Carvalho (2009), é importante salientar que o atleta lesionado sofre várias repercussões psicológicas, que acabam por prejudica-lo de maneira signi�icativa na sua vida cotidiana e desportiva, di�icultando o processo de reabilitação. Nesse sentido, ainda para o autor, podemos de�inir como lesão um aspecto contraı́do durante a participação em uma atividade desportiva, de caráter competitivo ou recreativo, o qual pressupõe uma disfunção do organismo, produzindo dor e levando à interrupção ou limitação de uma atividade desportiva. Com a intenção de prevenir os episódios de lesões, desde os anos 90, são desenvolvidos modelos teóricos baseados, principalmente, em quatro estágios: o estabelecimento da dimensão do problema (prevalência e incidência das lesões); etiologia e mecanismo das lesões; implementação de uma intervenção para a prevenção de lesões e mensuração da efetividade da ação proposta para a prevenção (SARAGIOTTO; PIERRO; LOPES, 2014). Para Carvalho (2009), o investimento no processo de prevenção é muito mais efetivo e menos custoso, já que milhares de atletas em todo o mundo sofrem lesões, envolvendo imenso investimento �inanceiro em processos de reabilitação. Ainda segundo a autora, as lesões, além dos custos numéricos, também provocam danos fı́sicos e psicológicos aos atletas; os primeiros, evidenciados a partir dos efeitos danosos ao funcionamento fı́sico, Figura 3 - O momento da aposentadoria, nem sempre fácil, mas necessário. Fonte: FOTOKITA, Istock, 2019. 08/05/2023 17:04 Aspectos Comportamentais e Psicológicos da Atividade Física e Esportiva https://ambienteacademico.com.br/mod/url/view.php?id=779257 13/17 prejudicando o processo de treino e, consequentemente, o seu desenvolvimento. Já os segundos, podem ser os impactos adversos nos pensamentos, sentimentos e ações dos pro�issionais, como: raiva, depressão, confusão, medo, frustração, preocupação, baixa autoestima e incertezas. Diante disso, precisamos levar em conta que o rendimento no trabalho não corresponde apenas aos atletas, treinadores ou comissão técnica, mas, também, na garantia à assistência necessária para o não desamparo dos pro�issionais envolvidos nos esportes de alto rendimento. VOCÊ SABIA? O Direito Desportivo não conta com a presença de uma legislação que disponibilize, aos pro�issionais do esporte de alto rendimento, uma proteção relacionada às lesões que possam acontecer no decorrer do trabalho, por conta da exposição do corpo ao esgotamento. A pro�issão de atleta, além de ser exaustiva, se torna preocupante, principalmente por não possuir nenhum auxıĺio para cuidar da saúde e garantir boas condições de vida futura (AMADO, 2012). 08/05/2023 17:04 Aspectos Comportamentais e Psicológicos da Atividade Física e Esportiva https://ambienteacademico.com.br/mod/url/view.php?id=779257 14/17 De acordo com Cardoso (2016), pode ser considerado doping, a utilização de substâncias ou métodos capazes de aumentar, de maneira arti�icial, o desempenho esportivo, sejam eles potencialmente prejudiciais à saúde do atleta ou a seus adversários, ou ainda, contra o contrato do jogo. Ainda para o autor, os casos de doping e a intervenção das instituições responsáveis, revelam aspectos signi�icativos para compreendermos o esporte contemporâneo e as suas implicações biológicas, éticas, sociais e psicológicas. Além disso, Cardoso (2016) ressalta a importância das campanhas de conscientização referentes aos males que o doping causa ao atleta. E� preciso saber que a prática não só é ofensiva à saúde como pode levar o esportista à morte; é antônima ao esporte, considerada imoral e antiética, bem como ilegal, pois fere a moral esportiva, despreza a ética entre os esportistas e viola a legislação do esporte. Figura 4 - Saber que a lesão faz parte do esporte de alto rendimento e ter amparo no tratamento é essencial para o bom desempenho do atleta pro�issional. Fonte: ViewApart, Istock, 2019. 08/05/2023 17:04 Aspectos Comportamentais e Psicológicos da Atividade Física e Esportiva https://ambienteacademico.com.br/mod/url/view.php?id=779257 15/17 A trajetória pro�issional de Tiago, dentro do esporte, permite que o tomemos como exemplo de um atleta com histórico de lesão que mudou a história de sua carreira. VOCÊ QUER VER? O curta-metragem, pensado e produzido pela Loove Filmes, sobre a vida de Tiago Vianna, ilustra os assuntos tratados nesta unidade, principalmente quanto às lesões sofridas por atletas, em pleno exercıćio pro�issional. Tiago, atualmente é treinador de uma equipe de kickboxing, representante da cidade de Bauru, em diferentes competições da modalidade. A partir do trabalho realizado com esses jovens, ele já conseguiu ver seus atletas na conquista de inúmeros campeonatos nacionais e sul- americanos, além de sua própria superação (FREITAS, 2013). Conclusão Concluı́mos nossos estudos sobre saúde e bem-estar na atividade fı́sica. Agora você possui o conhecimento relacionado aos conceitos de qualidade de vida e atividade fı́sica para idosos, crianças e adolescentes. Além disso, você sabe mais sobre os aspectos emocionais envolvidos em fatores que in�luenciam diretamente na vida de atletas dentro da prática esportiva: aposentadoria, abandono, doping e lesões. Nesta unidade, você teve a oportunidade de: Entender que, além de auxiliar na capacidade funcional, a atividade física melhora a aptidão física e diminui o risco de desenvolver doenças ou circunstâncias crônicas degenerativas; Constatar que a prática regular de exercícios físicos promove benefícios em todas as idades, prevenindo uma possível incapacidade para realizar trabalhos da vida diária; Saber que o conceito de qualidade de vida compreende não somente a saúde física, mas, também, aspectos psicológicos; Aprender exercícios físicos recomendados para idosos, garantindo melhora da capacidade funcional e autonomia; • • • • 08/05/2023 17:04 Aspectos Comportamentais e Psicológicos da Atividade Física e Esportiva https://ambienteacademico.com.br/mod/url/view.php?id=779257 16/17 Reconhecer que a atividade física desempenha papel fundamental sobre aspectos físicos e psicológicos, para crianças e adolescentes; Compreender que a aposentadoria traz consigo uma confusão de sentimentos e consequências que requerem maturidade e planejamento; Conhecer o conceito de lesão; Evidenciar que doping é considerado prejudicial, criminoso e pode ser circunstancial para a destruição da carreira de um atleta. • • • • Bibliografia AGRESTA, M.; BRANDA�O, M.; BARROS NETO, T. Causas e Consequências fı́sicas e emocionais do término de carreira esportiva. Revista Brasileira de Medicina do Esporte, Riode Janeiro, v. 14, n.16, nov. /dez. 2008. AMADO, J. Direito Desportivo. Revista Cientí�ica Virtual da Escola Superior de Advocacia da OAB, São Paulo, v. 4, n.10, 2012. BRASIL. Lei n. 10.741, de 1 de outubro de 2003. Dispõe sobre o Estatuto do Idoso e dá outras providências. Brası́lia, 2003. Disponı́vel em: (http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/l10.741.htm)http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003 /l10.741.htm (http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/l10.741.htm). Acesso em 20 fev. 2020. CAMPOS, R.; CAPPELLE, M.; MACIEL, L. Carreira Esportiva: o esporte de alto rendimento como trabalho, pro�issão e carreira. Revista Brasileira de Orientação Pro�issional, Florianópolis, v.18, n.1, jun. 2017. CAMBOIM, F.; NO� BREGA, M.; DAVIM, R.; CAMBOIM, J.; NUNES, R.; OLIVEIRA, S. Benefı́cios da atividade fı́sica na terceira idade para a qualidade de vida. 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