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FUNDAÇÃO PEDRO LEOPOLDO QUALIDADE NO ATENDIMENTO BANCÁRIO Fabiana Cristina Alves Pedro Leopoldo Dezembro/2013 Fabiana Cristina Alves QUALIDADE NO ATENDIMENTO BANCÁRIO Relatório de Estágio apresentado ao Curso de Administração da Fundação Pedro Leopoldo, como requisito parcial para obtenção de título de Bacharel em Administração. Orientador: Professor Wilken Geraldo Moreira Pedro Leopoldo Dezembro/2013 AGRADECIMENTOS Agradeço primeiramente a Deus pelo dom da vida e por me confiar tarefas na certeza que de que seria capaz de realizá-las. Aos meus pais pelo amor incondicional e por me proporcionar a chance de concretizar mais um dos meus objetivos! Ao meu irmão André pelo carinho, apoio e compreensão. Ao Mateus pelo amor e incentivo! Ao meu orientador Wilken Moreira pela sabedoria, paciência e conhecimento passado no decorrer desse relatório. Enfim, a todos que direta ou indiretamente contribuíram para realização desse trabalho e conclusão do curso. Obrigada! “Se a gente não pensar que quer sempre mais, fatalmente teremos sempre menos. O homem só fracassa quando desiste de tentar. Todos os dias me levanto para vencer.” Aristóteles Onassis Sumário Página 1 Introdução..................................................................................... 7 2 2.1. Diagnóstico................................................................................... Introdução....................................................................................... 9 9 2.1.2. Apresentação da Empresa............................................................ 9 2.1.3. Dados Gerais................................................................................. 9 2.1.4. História........................................................................................... 9 2.1.5 Planejamento Estratégico.............................................................. 14 2.1.6 Filosofia de Trabalho..................................................................... 15 2.1.7. Principais Produtos........................................................................ 15 2.1.8. Grupo Mercantil do Brasil.............................................................. 16 2.1.9. Estrutura Organizacional............................................................... 17 2.2. Patrimônio Líquido......................................................................... 17 2.2.1 Capital Social Atual........................................................................ 19 2.3. Pontos Fortes e Fracos ................................................................. 20 2.4. Área de Tecnologia ....................................................................... 20 2.5. Área de Recursos Humanos ......................................................... 22 2.6. Área dos Canais de Atendimento .................................................. 25 2.7 Área Operacional da Agência ....................................................... 26 2.8 Área Comercial da Agência ........................................................... 28 2.9 Conclusão 29 3. Estudo Temático........................................................................... 30 3.1. Introdução ...................................................................................... 30 3.2. Qualidade ...................................................................................... 30 3.3. Atendimento .................................................................................. 32 3.3.1. Atendimento nas Agências Bancárias............................................ 34 3.4. Clientes .......................................................................................... 43 3.4.1. Satisfação dos Clientes ................................................................. 44 3.5. Treinamento .................................................................................. 49 3.6. Motivação ...................................................................................... 51 3.7. Conclusão ...................................................................................... 53 4. Considerações Finais ................................................................. 55 4.1. Conclusão ...................................................................................... 55 4.2 Recomendações ou Sugestões .................................................... 56 5. Referências Bibliográficas ............................................................. 57 7 1. INTRODUÇÃO Uma das maiores inquietações do momento em todo o mundo é a questão da qualidade. As empresas, preocupadas com sua sobrevivência no mundo globalizado e com a concorrência decorrente, não têm calculado esforços para se adequar às novas exigências do mercado. Desta maneira, cada vez mais as organizações bancárias buscam satisfazer as necessidades de seus clientes, fazendo uso cada vez mais do desenvolvimento de vários recursos. A Qualidade no atendimento ao cliente possui características que são fundamentais para o sucesso de qualquer organização, considerando que o cliente vive durante a compra um momento de satisfação. E o fato de sempre cumprimentar e responder ao cumprimento do cliente é também um fator primordial, pois é o tratamento que encanta o cliente e quando este se sente bem atendido o sucesso é sempre a venda, ressaltando que cliente cativo só se consegue com simpatia, atenção e ética. O cliente em primeiro lugar é à base da filosofia da qualidade total, em conformidade com a atual administração. Quando a empresa oferece um bom atendimento, o cliente fica sempre satisfeito, mesmo quando sua empresa não dispõe do que ele procura. Manter o foco no cliente é um objetivo da organização que visa estabelecer uma relação de confiança e credibilidade com seus clientes e para cultivar novos, é preciso valorização destes clientes. Levando em consideração suas sugestões e reclamações, a fim de corrigir possíveis erros futuros. Hoje, excelência em atendimento é assunto básico e obrigatório. Alguns erros ainda frequentemente cometidos podem constituir-se em prejuízos imensuráveis para algumas empresas. Através desse contexto iremos desenvolver o relatório de estágio na instituição financeira Mercantil do Brasil S/A, localizada em Pedro Leopoldo, com o propósito de alcançar a excelência no atendimento e identificar alguns pontos que devem ser melhorados. Nesse processo, lidamos com emoções diversas, frustrações e diferentes respostas, fatores surpresa, concorrência e a diversidade entre públicos. O intuito deste estudo é levantar alguns esclarecimentos acerca do assunto em questão, demonstrando o que vem ser um atendimento de qualidade, pois, pessoas são 8 diferentes, possuem comportamentos diferentes e, portanto, respondem de maneiras diferentes. O trabalho será feito em três etapas: A primeira delas é o diagnóstico da empresa em estudo, que será através, levantamento dos dados e a análise dos setores. A segunda etapa consiste em um estudo temático embasado em autores renomados que vai ajudar identificar os pontos chaves para um atendimento de qualidade e proporcionar satisfação aos clientes. A terceira e última etapa é onde serão feitas as propostas e sugestões de melhorias. 9 2. DIAGNÓSTICO 2.1. Introdução O presente diagnóstico discorrerá na instituição financeira Mercantil do Brasil S/A, agência de Pedro Leopoldo, onde será feita uma análise na qualidade do atendimentobancário, visando identificar as falhas e solucioná-las, para assim, alcançar um atendimento de qualidade, eficaz e de referência. Para o levantamento dos dados, pesquisamos as áreas do Mercantil do Brasil e posteriormente as áreas da agência de Pedro Leopoldo. São apresentados a seguir os dados gerais da empresa. 2.1.2. APRESENTAÇÃO DA EMPRESA 2.1.3. Dados Gerais Razão Social: Banco Mercantil do Brasil S/A Fundação: década de 40. Forma jurídica: Sociedade Anônima (S/A) Porte da empresa: Médio porte Quadro de funcionários: 3131 CNPJ: 17.184.037/0001-10 Endereço da Matriz: Rua Rio de Janeiro, 654 – 680, Centro, Belo Horizonte, MG. www.mercantildobrasil.com.br 2.1.4. História O Banco Mercantil do Brasil começou a sua trajetória de sucesso na década de 40. Empresários da cidade de Curvelo, centro-norte de Minas Gerais, decidiram criar um banco para os negócios da região. O primeiro nome do empreendimento foi http://www.mercantildobrasil.com.br/ 10 Banco Mercantil de Minas Gerais. Pouco tempo depois, em 1953, o Banco Mercantil já fazia um enorme sucesso e adquirido pelos irmãos Vicente de Araújo e Oswaldo de Araújo. A sede do banco foi transferida para a cidade de Belo Horizonte e a partir daí o desenvolvimento do Banco Mercantil passou a ser em nível estadual para depois atingir o país inteiro. Após essa mudança para a capital de Minas Gerais, novos acionistas começaram a fazer parte do novo grupo controlador, inclusive Milton Araújo, atual presidente do comitê diretivo e do conselho de administração do banco. Em 1955 a série de expansões do então Banco Mercantil de Minas Gerais prosseguiu com a aquisição do Banco Industrial de Minas Gerais. Já na década de 60 o banco extrapolou as fronteiras de Minas Gerais e adquiriu dois bancos do Rio de Janeiro, o Santa Cruz e o Metrópole. Com mais essa expansão o número de agências saltou de quatro para 52. Já na década de 70, acompanhando o desenvolvimento do Brasil como um todo, o Banco Mercantil de Minas Gerais adquiriu mais duas instituições financeiras. O Banco Industrial de Campina Grande e o Banco Mercantil do Brasil. Depois disso, o nome Mercantil do Brasil passou a ser utilizado pela instituição e com essas duas novas aquisições o número de agências se aproximou de 100. Década de 1940 Visão empresarial – Em Curvelo, no centro-norte de Minas Gerais, empresários fundam o Banco Mercantil de Minas Gerais. Década de 1950 Começo de uma tradição – Em 1953, adquirido por Oswaldo de Araújo e Vicente de Araújo, a sede do Banco Mercantil de Minas Gerais é transferida para Belo Horizonte, capital mineira. Incorporação – Novos acionistas passam a integrar o grupo controlador e, em 1955, o Banco Industrial Minas Gerais é incorporado. Década de 1960 11 Crescimento – Aquisição dos Bancos Santa Cruz e Metrópole, do Rio de Janeiro. O Banco amplia suas agências e passa a atuar fora do Estado. Edifício Sede - Em 1968 é inaugurado na Praça 7 de Setembro, o edifício marco do segmento econômico-financeiro do Estado. Década de 1970 Desenvolvimento nacional – O acelerado crescimento do país impulsiona novas aquisições – o Industrial de Campina Grande e o Mercantil do Brasil – e importantes mudanças: o Banco assume o nome Mercantil do Brasil. Década de 1980 Consolidação – Com aproximadamente 100 agências, o Mercantil do Brasil é um dos Bancos mais sólidos de Minas Gerais, com importância e reconhecimento no setor bancário e financeiro do país. Década de 1990 Revitalização – Em 1999, marca e agências são revitalizadas, afirmando a imagem da instituição, que cresceu ao longo do século XX, mantendo-se com sólidos princípios e tradição, mas também sempre atual e moderna. Década de 2000 Fortalecimento – Consolida-se uma instituição forte, valorizada, com foco na excelência do atendimento e na prestação do melhor serviço aos seus clientes, acionistas e usuários. Projetos de responsabilidade socioambiental ganham impulso e notoriedade e demonstram a atuação do Banco em prol do desenvolvimento da sociedade. 2009 – Em concorrência com os grandes bancos, o Mercantil do Brasil venceu o leilão do INSS relativo a 5 dos 6 lotes referentes ao estado de Minas Gerais e São Paulo. A conquista garante ao Mercantil do Brasil o direito de ser o banco de recebimento do primeiro benefício dos novos aposentados e pensionistas do INSS 12 de 2010 à 2014 nessas regiões que envolvem as áreas de rendimento médio mais alto do País. Década de 2010 70 anos de história – Em 2013, o Mercantil do Brasil comemora 70 anos de uma história de evolução contínua, com tradição e princípios consolidados e olhar para o futuro. Mercantil do Brasil Comemora 70 anos de história Tradicional e competitiva, a instituição financeira ocupa posição única no mercado e segue com a trajetória de crescimento. O Mercantil do Brasil comemorou 70 anos no mês maio. Hoje a instituição ocupa uma posição ímpar no mercado, já que é o único banco médio de varejo do Brasil. A trajetória bem-sucedida ao longo das sete décadas se deve ao fato de o banco ter um modelo de negócio consolidado, por meio do qual consegue atuar em vários segmentos. Segundo o vice-presidente executivo do Mercantil do Brasil, André Brasil, “a forma para crescermos mesmo em período de mudanças constantes é explicada por esse modelo. Por meio de nossa rede de agências, conseguimos oferecer uma gama completa de serviços, com um atendimento diferenciado. Por isso, permanecemos há tanto tempo no mercado”. O atendimento foi mesmo atestado como um diferencial do Mercantil do Brasil. A última pesquisa de imagem realizada no final de 2012 pela Vox Populi com clientes da instituição revela que o índice de satisfação geral com o banco é de 84,4%. Sendo que, dentre os pontos fortes, 30,9% destacam a cordialidade e atenção dos funcionários. Outra pesquisa realizada apontou que nove entre 10 clientes estão satisfeitos com o atendimento que recebem. Não por outro motivo as ações de marketing em comemoração aos 70 anos, na qual o banco investiu mais de R$ 2,5 milhões, apresentam como destaque a boa relação entre clientes e instituição. MB no mercado- Com desempenho acima da média do mercado financeiro em 2012 a instituição investiu R$ 31 milhões nos últimos três anos para ampliação e reforma da rede física de atendimento (abertura de novas agências), TI e pessoal. Em 2013, o MB espera crescer em torno de 20% nas operações de crédito, 13 nos dois segmentos PF e PJ. No acumulado do ano passado, o banco expandiu 32% em operações de crédito – crescimento quase duas vezes maior do que o do mercado (17%) e quatro vezes maior do que o dos bancos privados (8%). Para André, os resultados alcançados nos últimos anos ratificam a estratégia de negócios desenvolvida e a determinação na execução da mesma, em um segmento altamente competitivo. “O país passou por várias transformações econômicas e reordenamentos do sistema financeiro durante esses 70 anos. Os resultados consolidados que hoje ostentamos nos orgulham, pois comprovam que temos conseguido aliar a tradicional atuação segura e conservadora da instituição com a modernidade e a competitividade que o mercado financeiro nacional hoje exige”. A instituição mantém o programa de expansão da rede de agências, a maioria em Minas Gerais e no interior de São Paulo. “O objetivo é alcançarmos 200 agências ainda em 2013. O projeto original planejava que esse número fosse alcançado em 2014”, comenta o vice-presidente. Hoje são 185 agências espalhadas por todo o Brasil, exceto a região Norte. Como resultado dos investimentos realizados, o MB aumentou em 23% a sua base de clientes ativos. Em 2012 eram 1,4 milhões, hoje já passam de 1,7 milhões. O Mercantil do Brasil crioumais formas de aproximação com os seus públicos. A instituição teve o site totalmente reestruturado com novas ferramentas e facilidades e disponibilizou para os clientes e os usuários do banco mais dois canais de relacionamento – o Facebook e o Twitter (facebook.com/MercantildoBrasil / twitter.com/MercantilBrasil). De acordo com o ranking do Banco Central, entre os bancos privados nacionais, o Mercantil do Brasil ocupa a 7ª posição em Depósitos Totais, a 9ª em Carteira de Crédito, e é o 12º maior em Ativos Totais. Com sede em Minas Gerais, o MB oferece serviços e produtos diversificados, desde os direcionados às pessoas físicas, como crédito pessoal, empréstimo consignado, CDB, poupança, cartão de crédito, cheque especial entre outros, até aqueles voltados para empresas, como folha de pagamento, cobrança e capital de giro. Recentemente, pensando em expandir o mercado, o Banco Mercantil do Brasil abriu a sua primeira agência no exterior. Ela está localizada nas Ilhas Cayman 14 e tem como principal objetivo oferecer produtos e serviços para os seus clientes internacionais como forma de ampliar os negócios da empresa. 2.1.5. Planejamento estratégico Missão, Visão e Valores Os conceitos de Missão, Visão e Valores devem traduzir o universo da empresa: o que ela é, no que acredita, como atua, onde ela está e aonde quer chegar. É esse conjunto que deve ser adotado no dia a dia de todos os colaboradores da instituição, alinhando-se os discursos e as atuações de cada um. A finalidade da definição de Missão, Visão e Valores é promover a convergência dos esforços humanos, materiais e financeiros, em busca de um objetivo comum. Recentemente, o Mercantil do Brasil realizou um trabalho de reformulação de sua Missão, Visão e Proposta de Valor. O objetivo foi o de conseguir formar algo simples, de fácil memorização e que traduzisse de forma adequada o posicionamento da instituição no mercado. Missão Gerar soluções financeiras, com excelência e diferencial no relacionamento, remuneração adequada ao capital societário, recompensa justa ao capital humano e atuação socioambiental responsável. Visão Perpetuar o negócio com segurança, rentabilidade e competitividade. Proposta de Valor Prestar soluções financeiras com simplicidade, eficácia e diferencial no relacionamento. Atitudes-chave do "Compromisso com Você" - Seriedade: firmar conduta ética e relação de confiança com o cliente. 15 - Agilidade: dar retorno ao cliente em tempo hábil. - Assertividade: atender o cliente de modo simples e eficaz. - Conhecer o cliente: entender e atender as necessidades do cliente, com os produtos MB. 2.1.6. Filosofia de Trabalho O Mercantil do Brasil busca progredir, modernizar-se e crescer, sempre, mantendo-se fiel aos princípios que construíram sua tradição histórica. Já tendo consolidado posição de destaque no mercado nacional, além de respeitabilidade na comunidade econômico-financeira, a instituição busca a permanente evolução, adequando-se aos novos tempos, revigorando seu posicionamento estratégico, aperfeiçoando seus mecanismos e dinamizando suas atividades. Cordialidade, simplicidade e honradez são as bases da atuação do Mercantil do Brasil, que reafirma a convicção de se desenvolver junto à sociedade, em consonância com as suas necessidades e urgências. 2.1.7. Principais Produtos As agências MB estão aptas a oferecer os produtos e serviços financeiros aos clientes. Os Produtos oferecidos pelo banco são distribuídos, conforme segue abaixo: Pessoas Físicas Contas correntes, Poupança, Depósitos a Prazo e Fundos; Crédito Pessoal, Cheque Especial, CDC – Veículos e Cartão de Crédito; Previdência Privada, Seguros e Capitalização; Serviços (cobrança, custódia, pagamentos de tributos e taxas, etc.) Pessoas Jurídicas Contas correntes, Poupança, Depósitos a Prazo e Fundos; 16 Capital de Giro, Desconto de Recebíveis, C. Garantia, CDC – Veículos, Finame, Leasing; Finanças e garantias locais e internacionais (Bidand Performance Bonds), Trade Finance, Crédito Imobiliário e Seguros; Serviços (cobrança, custódia, pagamentos de tributos e taxas, etc.) 2.1.8. Grupo Mercantil do Brasil Segmento Financeiro Banco Mercantil do Brasil S/A Banco Mercantil de Investimentos S/A Mercantil do Brasil Financeira S/A - Crédito, Financiamento e Investimentos Mercantil do Brasil Distribuidora S/A - Títulos e Valores Mobiliários Mercantil do Brasil Corretora S/A - Câmbio, Títulos e Valores Mobiliários Mercantil do Brasil Leasing S/A - Arrendamento Mercantil Mercantil Administração e Corretagem de Seguros S/A Segmento Não Financeiro Mercantil do Brasil Administradora e Corretora de Seguros e Previdência Privada S/A Mercantil do Brasil Imobiliária S/A Sansa - Serviços e Negócios Imobiliários S/A Cosefi - Companhia Securitizadora de Créditos Financeiros MBEI- Mercantil do Brasil Empreendimentos Imobiliários S/A Sede A sede do Mercantil do Brasil foi mantida em Minas Gerais, no centro de Belo Horizonte, na movimentada e histórica Praça 7. O edifício Vicente de Araújo, onde está instalada, é parte importada da trajetória da capital mineira, marcando presença como obra arquitetônica e como símbolo do segmento econômico-financeiro do Estado. 17 2.1.9. Estrutura Organizacional Estrutura Organizacional da Agência de Pedro Leopoldo 2.2. Patrimônio Líquido O Mercantil do Brasil registrou Lucro Líquido de R$ 14,3 milhões (Consolidado de R$ 16,6 milhões) no semestre. 18 Foram declarados Dividendos aos acionistas, na forma de Juros sobre o Capital Próprio no valor de R$ 13,3 milhões, relativamente ao primeiro semestre de 2013, correspondente a um valor líquido de imposto de renda de R$ 11,3 milhões, cabendo às Ações Ordinárias R$ 0,2538 e às Ações Preferenciais R$ 0,2820. O Patrimônio Líquido atingiu o montante de R$ 827,0 milhões em junho de 2013 e R$ 813,0 milhões em junho de 2012 (Consolidado R$ 827,2 milhões em junho de 2013 e R$ 806,9 milhões em junho de 2012). O Patrimônio Líquido Administrado é de R$ 878,0 milhões ante R$ 853,2 milhões de junho de 2012. Nas Receitas da Intermediação Financeira, sobressaíram-se as Receitas de Operações de Crédito e de Arrendamento Mercantil, totalizando R$ 1,1 bilhão, evolução de 19,3%. As Despesas da Intermediação Financeira posicionaram-se em R$ 849,1 milhões e representam 68,3% das Receitas da Intermediação Financeira, contra 67,1% de igual período de 2012. Crescimento de 9,0% nos últimos doze meses. As Despesas com Provisão para Risco de Operações de Crédito de R$ 321,1 milhões representam 25,8% das Receitas da Intermediação Financeira, ante 19,3% de igual período do exercício anterior (crescimento de 43,4% nos últimos doze meses). O Resultado Bruto da Intermediação Financeira posicionou-se em R$ 393,4 milhões, ante R$ 381,1 milhões de igual período de 2012, crescimento de 3,2%. Representa 31,7% das Receitas da Intermediação Financeira, contra 32,9% de igual período de 2012. As Receitas de Prestação de Serviços alcançaram R$ 19 74,0 milhões, contra R$ 65,7 milhões de 2012, crescimento de 12,7%. As Despesas de Pessoal posicionaram-se em R$ 171,7 milhões, perante R$ 164,4 milhões em 2012, evolução de 4,5%. As Despesas Administrativas são de R$ 254,2 milhões, contra R$ 210,8 milhões em 2012, expansão de 20,6%. A evolução relaciona-se, principalmente, com crescimento do custo de originação de operações de crédito de R$ 32,0 milhões (crescimento de 31,5%). O Patrimônio Líquido de Referência é de R$ 1,3 bilhão e inclui o Patrimônio Líquido Consolidado das Instituições Financeiras do Mercantil do Brasil e a Dívida Subordinada no montante de R$ 420,5 milhões, nos termos da Resolução CMN nº 3.444/2007. 2.2.1 Capital Social Atual O Capital social é dividido emações nominativas escriturais, da seguinte forma: a) Capital social – de domiciliados no país Ações MB - Múltiplo jun/13 jun/12 Quantidade R$ mil Quantidade R$ mil Ordinárias 26.262.082 246.864 26.262.082 246.864 Preferenciais 16.237.918 152.636 9.137.918 85.896 Total do capital subscrito e integralizado 42.500.000 399.500 35.400.000 332.760 Preferenciais - - 7.100.000 66.740 Total em circulação 42.500.000 399.500 42.500.000 399.500 Valor nominal em reais 9,4 9,4 b) Aumento de Capital Em Assembleia Geral Extraordinária, realizada em 09 de julho de 2012, foi homologado o aumento de capital social no valor de R$ 85.200 por subscrição de 7.100.000 novas ações preferenciais escriturais, sendo que R$ 66.740 foram incorporados ao capital social e R$ 18.460 registrados em Reserva de Capital, conforme deliberado na Assembleia Geral Extraordinária, realizada em 27 de fevereiro de 2012. O referido aumento de capital foi homologado pelo Banco Central do Brasil em 30 de agosto de 2012. Em Assembleia Geral Extraordinária, realizada em 10 de junho de 2013, foi deliberado aumento de capital social no valor de R$ 40.680 por subscrição de 3.600.000 novas ações preferenciais nominativas escriturais, cujo prazo final de 20 subscrição e integralização está previsto para o segundo semestre de 2013, sendo que R$ 33.840 serão incorporados ao capital social e R$ 6.840 registrados em Reserva de Capital, até posterior deliberação. 2.3 Pontos Fortes e Fracos da empresa Pontos Fortes Pode-se dizer que os pontos fortes do MB estão relacionados às atitudes chaves do “Compromisso com Você”. Seriedade: firmar conduta ética e relação de confiança com o cliente; Agilidade: dar retorno ao cliente em tempo hábil; Assertividade: atender ao cliente de modo simples e eficaz; Conhecer seu cliente: entender e atender as necessidades do cliente, com os produtos MB; Segmento Beneficiários INSS: possui uma carteira de ativos espetacular graças aos novos gerentes de contas deste segmento; Pontos Fracos Baixo valor liberado para compras no débito, limitado a R$500,00; Risco de Mercado : possibilidade de ocorrência de perdas resultantes da flutuação nos valores de mercado de posições detidas por uma instituição financeira. 2.4. Área de Tecnologia O Mercantil do Brasil entende que tecnologia é fundamental para o seu crescimento e, portanto, o maior desafio é inovar no processo de negócios com qualidade, agilidade e segurança. Assim, está atento ao mercado e organiza-se para modernizar e diversificar cada vez mais a sua rede de canais eletrônicos. A tecnologia, para um banco, é o mesmo que segurança, comodidade e rapidez: tudo que o cliente merece ter para a tranquilidade de sua vida financeira. O MB através de pesquisas detecta as necessidades do mercado, voltando recursos para inovação e criando meios estratégicos para otimizar o dia a dia de 21 seus usuários. Oferece produtos e serviços com a mais alta tecnologia e segurança e vem ampliando a sua capilaridade com a abertura de novos pontos de atendimento. Nesse contexto, o Mercantil do Brasil facilitou o acesso ao canal por meio de outros navegadores web, como o Chrome, Safari e Firefox. O canal responde por 18% das transações realizadas em canais eletrônicos e, além de usar tecnologia de ponta, está totalmente alinhado com os demais em termos de oferta de produtos e serviços. O Autoatendimento é outro canal que passou por reformulação geral da sua interface visual, proporcionando aos usuários maior interatividade, praticidade e agilidade no uso dos equipamentos que compõem a rede de autoatendimento. A implementação da tecnologia touch screen proporcionou ganhos significativos em termos de usabilidade e interatividade e foi muito bem recebida pelos clientes do Mercantil do Brasil. O canal Autoatendimento responde atualmente por 56% das transações efetuadas em canais eletrônicos. Em relação ao Call Center, o Mercantil do Brasil continua com uma das melhores avaliações de mercado em relação à qualidade do atendimento prestado aos clientes e usuários. Pontos Fracos x Pontos Fortes Pontos Fracos Constante manutenção nos caixas eletrônicos; Abastecimento na parte frontal, deixando funcionários e clientes expostos. Pontos Fortes Fluxo de clientes na Agência para pagamento no caixa é baixo; Clientes podem efetuar pagamentos até as 21h; Depósito on-line no autoatendimento, ou seja, o dinheiro cai na conta imediatamente; TPG‟s (caixa eletrônico que permite efetuar pagamentos) modernos e simples. 22 2.5. Área de Recursos Humanos Nossa Gente A excelência no atendimento faz parte do DNA do Mercantil do Brasil. Para oferecer serviços com perfil eficiente e humano, os colaboradores do Banco também recebem atenção diferenciada da instituição, com oportunidades de crescimento pessoal e profissional. Sistemas de premiação e programas de incentivo geram oportunidades reais de desenvolvimento. A atualização constante dos conhecimentos e habilidades dos colaboradores, por meio de treinamentos e capacitação, é um dos principais investimentos do Banco para a otimização de sua equipe. O Mercantil do Brasil preocupa-se ainda em manter um clima organizacional positivo, o que reflete em satisfação e, consequentemente, no atendimento de qualidade. Da mesma forma, aperfeiçoa processos e racionaliza rotinas, simplificando e agilizando o trabalho nas agências. Utiliza intensamente os mais modernos instrumentos eletrônicos, com a finalidade de facilitar a prestação de serviços e a tomada de decisões por parte dos clientes. Para oferecer tecnologia e segurança com calor humano, o Mercantil do Brasil valoriza as pessoas, em primeiro lugar. Afinal, um Banco é interativo de verdade quando interage com seus colaboradores e os estimula a interagir com o mundo. Filosofia Oferecer condições que permitam aos funcionários progredir de acordo com seu desempenho, habilidades e talentos. Incentivar e promover o aprimoramento, a capacitação e o permanente desenvolvimento dos funcionários. Oferecer remuneração e benefícios justos e competitivos. Recrutamento As pessoas interessadas fazem um cadastro no site do MB, onde aguardam oportunidades, através das necessidades o setor responsável irá pesquisar os cadastros e após todo o processo, aqueles que se enquadram no perfil serão 23 chamados para fazerem uma entrevista presencial, estando aptos haverá o seu recrutamento. Treinamento Com o objetivo de diminuir a distância dos colaboradores ao conhecimento, e aumentar a comunicação, desenvolvimento e informação, o Banco Mercantil do Brasil criou um cenário de troca de aprendizagens, interatividade e de atividades colaborativas, utilizando software de educação à distância e-Learning. O Mercantil do Brasil foi reconhecido como referência nacional entre as melhores práticas de ensino a distância, no maios congresso brasileiro sobre esse tema, realizado no ano de 2010 em São Paulo, o E-Learning Brasil. O Programa Crescer MB, modelo de gestão de pessoas, do Mercantil do Brasil alinha estratégias do banco com as competências de seus funcionários. Estratégia é a palavra que melhor define a linha condutora do programa Crescer MB. Para contribuir no alcance dos objetivos de crescimento da instituição financeira, os seus funcionários são estimulados a desenvolver as competências essenciais ao negócio, visando também o crescimento profissional na carreira. O foco do Crescer MB é no crescimento profissional dos funcionários. Seu objetivo é torna-los mais identificados e felizes com suas carreiras e, por consequência, mais alinhados com as estratégias de negócio. O crescimento de cada está totalmente atrelado aos objetivos de crescimento do Mercantil do Brasil. Avaliação de Desempenho, Desenvolvimentoe Gestão de Carreiras são algumas frentes do Programa Crescer MB que funcionam de forma integrada e tem como objetivo principal garantir que as políticas e processos de gestão de pessoas estejam alinhados com os objetivos de crescimento definidos pelo MB. Plano de Carreira A avaliação de desempenho é realizada uma vez por ano. Ela é feira pelo próprio funcionário que se auto avalia. Após a avaliação, os gestores dão o retorno individual para cada funcionário avaliado e é gerado um relatório automatizado que informa ao funcionário seus pontos fortes e pontos de atenção. O relatório de avaliação tem como base as competências e metas definidas pelo banco para atingir 24 seus objetivos de crescimento. Após esse feedback, o funcionário terá então um prazo para, por meio de um sistema específico, desenvolver seu Plano de Desenvolvimento Individual – PDI, que tem por objetivo desenvolver e aprimorar as competências requeridas para o exercício do conjunto de funções do cargo ocupado. Após a construção desse Plano, cada funcionário tem maior clareza das competências necessárias para ampliar o seu desempenho. O Mercantil do Brasil tem definido atualmente as competências essenciais ao negócio, gerenciais para as lideranças e as técnicas, relacionadas ao cargo de cada um dos funcionários. A partir da definição das competências necessárias para cada profissional o Crescer MB possibilita aos funcionários do Mercantil do Brasil construir uma carreira mais assertiva. Com isso, o MB consegue um melhor aproveitamento de seus profissionais, identificando com mais agilidade os seus talentos. Como exemplo, o programa “Talentos Sob Medida”, de mapeamento e certificação (interna e externa), que qualifica profissionais para ocuparem cargos na área comercial. O sucesso do Crescer MB pode ser enfatizado por meio do número de participações dos funcionários em treinamentos e programas de desenvolvimento, que a cada ano avança mais as participações. Dados sobre as promoções Além de identificar e desenvolver talentos, com o Crescer MB os profissionais podem ser promovidos para outros cargos. Um exemplo disso foi o preenchimento de 105 vagas de Gerentes de Beneficiários do INSS com 90% dos funcionários da própria instituição, em 2009, a partir de recrutamento interno. Gestão Estratégica do Negócio Por se tratar de uma metodologia de gerenciamento do desempenho corporativo, aplicável a todos os níveis, o Balanced Scorecard (BSC) foi a ferramenta escolhida para auxiliar os gestores no processo de Gestão da Estratégia. O BSC consiste na utilização de Mapas Estratégicos e Indicadores de Desempenho com a finalidade de gerenciar os objetivos de crescimento da Instituição. Os mapas são representações gráficas da estratégia e os indicadores permitem verificar se os resultados estão de acordo com o esperado, ou se é preciso 25 fazer ajustes nos planos, através das chamadas Iniciativas Estratégicas – ações ou projetos que buscam a melhoria em processos e resultados. O Crescer MB adotado pelo banco possibilitou maior alinhamento à estratégia da instituição, viabilizou maior eficácia dos modelos de gestão de pessoas e adesão e comprometimento das lideranças. Pontos Fracos e Fortes Pontos Fracos Metas altas; Falta de treinamento inicial. Pontos Fortes Plano de Carreira; Oportunidades para aprendizes, estagiários, etc. 2.6. Área dos canais de atendimentos A excelência em atender o cliente é um dos pontos fortes do Mercantil do Brasil. Em cada canal de atendimento do banco, profissionais especializados esclarecem dúvidas e realizam operações, buscando agilizar e otimizar os processos. Três desses canais são o Gente Fone, o SAC e a Ouvidoria. O Gente Fone é um canal de relacionamento do cliente e seu banco transacional. Com uma ligação, é possível obter informações de saldos e estratos de contas correntes, poupanças e investimentos. O sistema é rápido e seguro. O acesso é realizado mediante senha. É um serviço exclusivo para clientes MB. Por ele você obtém informações sobre a conta de forma rápida, segura e sem sair de casa. Para realizar as transações no atendimento eletrônico é necessário que o cliente disque os quatro números da agência, o número da conta e sua senha do Gente Fone. O SAC, Serviço de Atendimento ao Cliente, funciona 24 horas todos os dias da semana e serve para esclarecer dúvidas, solicitar cancelamentos, reclamar, 26 sugerir, elogiar. Já o serviço de Ouvidoria funciona como um canal de relacionamento entre os cidadãos e as organizações. O contato deve acontecer nos casos em que não obteve-se a solução satisfatória por meio dos canais competentes de atendimento rotineiro. Pontos Fracos x Pontos Fortes Pontos Fracos O atendimento do gente fone é demorado; Muita burocracia. Pontos Fortes Praticidade; Comodidade. 2.7. Área Operacional da Agência A área operacional da agência de Pedro Leopoldo conta com um gerente administrativo, três supervisores administrativos, dois operadores de caixa e dois escriturários de agência. Gerente Administrativo Atua nos processos administrativos, financeiros e burocráticos da agência, a carga horária são 8 horas/dia. Supervisor Administrativo Um dos supervisores administrativos fica responsável pela tesouraria, abastecimento dos caixas eletrônicos, envio de demandas, custódia de cheque, etc. Os outros dão suporte aos gerentes comerciais, abrem contas, atendem aos clientes na parte interna da agência, fazem compensação de cheques. 27 Carga horária: 8 horas/dia. Operador de caixa Responsável pelo pagamento e recebimento de valores em dinheiro, cheque ou qualquer outra espécie, o atendimento ao cliente, depósitos, fechamento diário do caixa, etc. Carga horária: 6 horas/dia. Escriturário de agência Responsável pelo atendimento dos clientes no autoatendimento, empréstimos consignados no autoatendimento, microfilmagens e movimentos diários. Carga horária: 6 horas/dia. Pontos Fracos x Pontos Fortes Pontos Fracos Desvios de função; Sobrecarga de trabalho para alguns funcionários; Salas de autoatendimento muito cheias, dificultando o atendimento de qualidade; Poucos funcionários no autoatendimento. Pontos Fortes Bom atendimento; Bom relacionamento; Agência organizada e estruturada. 28 2.8. Área Comercial da Agência A área comercial da agência de Pedro Leopoldo conta com 3 gerentes, sendo um gerente de conta pessoa física, um gerente de conta pessoa jurídica e um gerente de conta beneficiário INSS. Gerente de conta Pessoa Física Gerencia a carteira de conta das pessoas físicas, responsável por realizar operações importantes, gerenciar informações sigilosas sobre o detentor da conta, confirmar operações de alto valor, realizar estornos, conceder empréstimos bancários, etc. Carga Horária: 8 horas/dia Gerente de conta Pessoa Jurídica Gerencia a carteira de conta das pessoas jurídicas (empresas), responsável por realizar operações importantes, gerenciar informações sigilosas sobre o detentor da conta, confirmar operações de alto valor, realizar estornos, conceder empréstimos bancários, capital de giro, etc. Gerente de conta Beneficiário INSS Responsável pelo atendimento aos aposentados e pensionistas do INSS, atua com vendas de empréstimo consignado INSS, abertura de contas, gerencia informações sigilosas, etc. Pontos Fracos e Pontos Fortes Ponto Fraco Desigualdade salarial entre a área operacional e a área comercial, sendo que o operacional contribui para alcançar a meta. Ponto Forte Profissionais com certificação Anbima (CPA 10) que atesta que os profissionais que desempenham atividades de comercialização e distribuição 29 de produtos de investimento diretamente junto ao público investidor em agênciasbancárias, bem como de atendimento ao público investidor. 2.9. Conclusão Com base no diagnóstico, percebemos que o Banco Mercantil visa o atendimento de qualidade aos clientes, a área dos canais de atendimento demonstra que um dos pontos fortes do Mercantil do Brasil é a excelência em atender bem. Porém, ainda existem alguns pontos que devem ser melhorados para que o atendimento se torne referência. Um dos pontos fracos apontados na área operacional da agência de Pedro Leopoldo, é que existe poucos funcionários no autoatendimento, onde circula o maior número de clientes e requer um atendimento mais qualificado. A agência de Pedro Leopoldo está crescendo muito e a maioria dos nossos clientes são beneficiários do INSS e merecem uma atenção especial. Com o intenso movimento nos últimos e nos primeiros dias dos meses, foi observado que o atendimento deixa um pouco a desejar. A demora nas filas acarreta a clientes nervosos e sem paciência, o fato de todos terem que receber no autoatendimento deixam alguns clientes insatisfeitos e isso prejudica o atendimento. Sabendo que hoje em dia o mercado está muito competitivo, o banco precisa se diferenciar ainda mais nesse quesito, pois a marca do Mercantil é cliente satisfeito. Portanto, o propósito desse relatório de estágio, é focar na melhoria do atendimento ao cliente. 30 3. ESTUDO TEMÁTICO 3.1 Introdução O mundo hoje vive um momento constante de inovações, que se reflete na busca incessante pelo incremento da competitividade organizacional. Rápidas e intensas mudanças ocorrem nas organizações atuais e para se manter um alto padrão de qualidade em seus serviços, as empresas têm buscado um maior desenvolvimento do seu profissional, visando uma maior competitividade de mercado. O Estudo Temático a seguir tem como objetivo identificar através de embasamentos teóricos, como obter qualidade no atendimento e desenvolver o profissional para alcançar esse objetivo. 3.2 Qualidade Campos (1994) afirma que um produto ou serviço de qualidade é aquele que atende perfeitamente, de forma confiável, de forma acessível, de forma segura e no tempo certo às necessidades dos clientes. Resumidamente, qualidade poderia ser caracterizada pela busca da perfeição com o objetivo de agregar aos clientes a conscientização das facilidades de consumir os produtos e as variedades das empresas a oferecerem os produtos aos clientes. Qualidade é uma filosofia em que consiste na eliminação do retrabalho e a busca constante pelo "defeito zero" são as regras essenciais para as empresas que desejam a predominância do lucro. (ARAUJO, 2001, p. 211). Segundo Lacerda (2005, p. 20), “qualidade é a filosofia de gestão que procura alcançar o pleno atendimento das necessidades e a máxima satisfação das expectativas dos clientes”. Segundo Dalledone (2008), o acompanhamento sistemático da relação com o cliente é algo fundamental para a organização, pois, mantém a fidelidade do cliente e garante a diferença competitiva por muito mais tempo. E há seis elementos básicos que os clientes buscam, ao procurar um serviço: custo, competência, confiabilidade, continuidade, customização e comunicação. 31 Para Milet (1997), o conceito de qualidade está ligado aos produtos e é medido, na cabeça do consumidor, por critérios tais como durabilidade, robustez, facilidade de uso e ausência de falhas, entre outros. Serviço e qualidade no atendimento estão intimamente ligados, já que o atendimento engloba as dimensões relacionadas à venda de produtos/serviços e ao tratamento oferecido pelo funcionário no momento da venda. Todo cliente que procura uma empresa espera ser bem tratado e encontrar os produtos e serviços para satisfazerem as suas necessidades. O tratamento está ligado à forma de abordagem do funcionário ao cliente de forma que conquiste a sua simpatia. É um trabalho que não depende de recursos requintados de tecnologia, mas exclusivamente das habilidades do funcionário em estabelecer um canal de comunicação amigável com o cliente. Um produto oferecido para o cliente com qualidade, atinge um dos principais pontos de satisfação do cliente. É necessário que a empresa compreenda o interesse de seus clientes e saiba se colocar no lugar dos mesmos. A qualidade no atendimento é a porta de entrada de uma empresa, onde a primeira impressão é a que fica. A qualidade no atendimento ao cliente é um grande diferencial face à concorrência, porém apresenta um elevado grau de dificuldade. Isso acontece devido ao nível de atendentes. Se uma empresa deseja ter esta qualidade, terá de mudar sua própria cultura. O profissional terá de tomar consciência, de que sua imagem e a da empresa estão intimamente relacionadas (KOTLER, 2003). Segundo Lacerda (2005), o que define se um produto ou serviço é bom, são as atitudes do cliente diante do produto ou serviço por meio do conjunto das mudanças nos comportamentos, atitudes pessoais e atividades da empresa ao longo do tempo e não apenas no momento de prestação do serviço ou venda de um produto. Portanto, atender às necessidades dos clientes é função básica da empresa, para enfrentar a competitividade. O diferencial é surpreender de forma positiva o cliente, na sua experiência com o produto tangível ou intangível. Para isso são necessárias a participação consciente e motivada do colaborador e a sintonia com as necessidades explicitas e implícitas do cliente. 32 Ainda conforme Lacerda (2005, p.20) “Qualidade é a filosofia de gestão que procura alcançar o pleno atendimento das necessidades e a máxima satisfação das expectativas dos clientes/usuários em todos os processos de uma empresa”. De acordo com Lobos (1993), para se obter uma boa qualidade percebida no momento em que a qualidade experimentada atende às expectativas do cliente. Se as expectativas forem muito altas, a qualidade total percebida será baixa mesmo se a qualidade experimentada, medida em forma objetiva, for boa. Horovitz (1993), menciona a influência dos símbolos na percepção da qualidade pelo cliente. “Todos os signos verbais que acompanham o serviço desempenham, desse ponto de vista, um papel fundamental: olhar o cliente face a face, ceder-lhe a passagem, exprimir seu prazer em vê-lo com um sorriso, chamá-lo pelo nome”. O funcionário pode não perceber, mas o cliente avalia constantemente a qualidade do atendimento e dos serviços prestados. A avaliação da qualidade dos serviços pode ser feita por meio da defasagem entre as expectativas e as percepções do cliente. Expectativas são pontos de referências que os clientes possuem do serviço e as percepções se referem à execução do serviço em si. O desafio das empresas está em minimizar a distância entre as expectativas e as percepções dos clientes. 3.3 Atendimento Atender bem é servir o cliente, interno ou externo, da melhor forma possível, e não de forma mecânica, mal treinada. Atender bem é interessar-se verdadeiramente pelo problema do cliente e dispor-se, não só a resolver esse problema, mas a superar a expectativa do cliente. E entender que cada pessoa é única: não existe um padrão para atender a todos porque todos não são iguais. Bem lembram Blanchard (2003, p.36) que “nada é tão desigual quanto tratamento igual a pessoas desiguais”. Atender bem é também ampliar a visão e não se ater somente a um bom atendimento ao público, mas sim saber atender a todas as pessoas envolvidas no âmbito de atuação. Portanto, um bom atendimento envolve: relação com os colegas, ética no trabalho, atendimento ao público externo. Penteado (1989, p.81) explica que a imagem de uma empresa sofre grandes consequências de acordo com o comportamento daqueles que dela fazem parte e 33 exemplifica que, (...) tanto o presidente de uma empresa quanto o contínuo, sob certas circunstâncias, podem causaro mesmo prejuízo à imagem da empresa, embora seja provável que a má educação do presidente possa ter influências mais amplas e, portanto, mais graves. Basicamente, ele quer dizer aquela velha e conhecida frase: “o exemplo vem de cima”. Portanto, o condutor de uma equipe, além de fazer um bom trabalho em seu setor, deve estar atento ao comportamento da cúpula mais alta da empresa e, se for o caso, intervir em outras equipes ou até mesmo na administração para que a empresa fale a uma só voz. E essa voz uníssona é percebida pelo cliente como a própria “cara” da empresa. O profissional que lida com a responsabilidade pelo atendimento dentro de uma organização deve estar muito preocupado com tudo o que será falado ao cliente, antes mesmo de esse cliente adentrar a empresa. Fato é que, atendimento hoje, não deve mais ser pensado como um diferencial oferecido pela organização, mas, grosso e realista modo, como uma questão de o funcionário manter o emprego e a empresa continuar no mercado. Hoje em dia, muito já foi feito pela questão do atendimento raciocinado, que significa: as peças humanas que compõem o quadro profissional de uma empresa já entendem que a frase: “o cliente tem sempre razão” talvez não seja a mais adequada, mas “o cliente é o principal responsável pelo salário que eu ganho e, portanto, o problema dele deve ser resolvido da maneira mais inteligente e eficaz possível” – essa sim é uma frase que deve ser constantemente lembrada. É importante lembrar que um elemento de uma organização exerce – para ruim ou para boa – a função da imagem dessa organização. Penteado (1989) completa que “de sua competência, depende, pois, uma representação favorável”. Uma carta, um e-mail enviado, um telefone, uma logomarca... E principalmente, as pessoas. Tudo isso é a imagem de uma empresa, sendo bem ou mal transmitida em tempo integral. Por isso não pode haver descuido. É bom lembrar que, na mente do cliente, se uma empresa atendeu bem, cumpriu com sua obrigação; se atendeu mal, ele levará como uma ofensa pessoal e, certamente, divulgará seu descontentamento a um número de pessoas muito maior do que se pode imaginar. A empresa passa a 34 sua imagem; o cliente a decodifica como ele bem entende. Portanto, todo zelo e atenção são poucos. Treacy (2006) pede que as pessoas de uma organização se façam a seguinte pergunta: “por que os clientes devem fazer negócio com você?” e já emenda com um conselho básico: “comprometa-se com um valor superior para o cliente em tudo o que faz”. Senge (2006) acredita firmemente que a aprendizagem depende do nível de compromisso das pessoas e das interpretações que fazem das coisas e, assim, acredita mais na conscientização das pessoas para mostrarem o melhor que puderem do que corresponderem às ordens que vêm de cima. Atendimento ao cliente está muito, mas muito além do “cafezinho” oferecido ao cliente. O bom atendimento tem relação íntima com as palavras respeito, ética e eficácia. E só se aprende a atender bem quem aprende bem o conceito de respeito às diferenças e à individualidade. 3.3.1 Atendimento nas agências bancárias Hoje em dia, os bancos brasileiros avançaram muito, disponibilizando ao cliente o uso de canais alternativos, como: autoatendimento, internet banking, casas lotéricas, correspondentes bancários, dentre vários outros canais. O acesso deve ser facilitado, presteza e clareza nas informações ao cliente, local de atendimento o mais confortável possível, liberdade de escolha do consumidor pelo canal de atendimento, atendimento prioritário e facilitado no guichê de caixa para gestantes, pessoas acima de 60 anos e portadores de necessidades especiais, qualidade no atendimento, dispositivo de emissão eletrônica de senhas, tempo de espera nos guichês de caixa em até 15 minutos (podendo chegar a 30 minutos em dias de pico), ampliação do horário de atendimento (se for o caso), direito à utilização dos guichês de caixa, autoatendimento bem equipado (bem sinalizado, e com abastecimento adequado das máquinas, inclusive para fins de semana), orientação ao uso correto do autoatendimento (sem imposição desse uso), controle e segurança, divulgação dos serviços, tempo de fila de espera máximo estipulado, telefone da ouvidoria em local visível ao público. 35 Um aspecto importante do atendimento nas agências bancárias diz respeito ao tempo de espera nas filas de caixa. A gestão do tempo de espera para atendimento na fila deve ser diária, tempestiva e permitir ações corretivas imediatas. O gerenciamento de filas – é uma exigência da FEBRABAN (Federação Brasileira dos Bancos, 2011) e, mais que exigência, um direito do cliente, e tem feito com que muitas agências bancárias modifiquem alguns procedimentos de forma a atender o cliente em um tempo preciso, com conforto, zelando pela segurança e dando a ele o direito de escolher qual canal lhe é mais conveniente. Isso cria de tal forma, uma proximidade com o cliente, que tem feito muito bem, não só para os clientes, mas para os próprios bancos. Estando mais próximos de seus clientes, podem fazer bons negócios, que sejam oportunos e lucrativos para ambas as partes. Segundo Kotler (1999, p. 33), o foco no cliente passou a ser a chave para se desenvolver produtos e serviços na arte de encantar e seduzir clientes. Com base no desenvolvimento de programas de qualidade, as empresas do setor financeiro estão procurando combinar o foco no cliente com processos eficazes para o desenvolvimento de produtos e serviços que atendam de maneira detalhada aos desejos dos clientes. De fato, no mercado financeiro, é importante ressaltar que antes de desenvolver produtos é fundamental “desenvolver” clientes. O cliente vive momentos diferentes a cada circunstância da sua vida e as suas expectativas de desempenho de um produto financeiro variam no tempo e no espaço. Oferecer um bom negócio deve, portanto, ser a base de qualquer estratégia, para a retenção de clientes. Conforme Abensur (1999), a necessidade dos bancos em reduzir custos administrativos e operacionais sem prejuízo da qualidade de atendimento tem levado o segmento a um elevado investimento em automação. Novas tecnologias permitem aos bancos oferecer aos seus clientes canais diversificados de atendimento para a realização de transações de saques, depósitos, pagamento de contas, talonários, transferências e investimentos. É importante que as empresas saibam de que forma o aprendizado ocorre junto ao consumidor de modo a direcionar sua estratégia de atendimento às necessidades deste consumidor. Um estudo realizado pela FEBRABAN (2011), através do Instituto Brasileiro da Ciência Bancária mostrou que muitas implantações 36 de Caixas Automáticos não obtiveram sucesso devido à falta de informação ao cliente. A utilização do serviço é baixa em função daquilo que os autores chamam de falta de aculturamento do cliente. Isto mostra a importância da participação das organizações no processo de aprendizado do cliente em relação ao consumo dos produtos e serviços oferecidos por estas organizações. Com o aumento da demanda de serviços, as instituições bancárias desenvolveram projetos de grandes investimentos em alternativas de processamento de informações, baseados não apenas na política de redução de custos, ou seja, de que as transações tradicionalmente realizadas com a intervenção humana teriam seus custos reduzidos quando transferidas para uma plataforma eletrônica, como também no atendimento das necessidades e expectativas dos clientes, o que tem sido um dos maiores desafios para os bancos. Segundo Gianesi; Corrêa (1994, p. 20): [...] a organização bancária, como qualquer outra empresa, constitui um sistema social, que se compõe de certo número de subconjuntos de comunidades de trabalho, onde são definidas certas tarefas e “funções” para cada membro, qualquer queseja seu nível hierárquico ou sua especialização. O principal problema, nesse caso, é que em tais sistemas não se fixam os papéis que os indivíduos devem desempenhar, os estilos de relações entre chefes e subordinados e entre colegas do mesmo nível, bem como as formas possíveis de cada um informar e informar-se. Em outras palavras, as limitações do sistema encontram-se concentradas no esquema de comunicação global entre as pessoas da organização, comunicação essa que comporta dois aspectos: uma interação entre duas ou mais pessoas e uma troca de informações por ocasião da interação. Segundo a Federação Brasileira de Bancos (FEBRABAN, 2011), a população atendida pelos bancos cresce a cada dia e os seus serviços estão cada vez maiores em números. Em 2010 a população “bancarizada” chegou a 125,7 milhões, realidade bem diferente do inicio da década de 90, quando este número era em torno de 40 milhões. De acordo com a FEBRABAN (2011), o número de bancos em atividade permanece relativamente estável nos últimos anos. Uma gradativa redução de instituições nacionais se revela ao longo dos anos, resultado de fusões entre os 37 próprios bancos nacionais e também entre bancos estrangeiros e nacionais, o que, por sua vez, tem implicado um aumento do número de bancos estrangeiros no país nos últimos três anos. Segundo Gerson (1999), atendimento com qualidade não tem custo, já um atendimento deficiente a clientes sai muito caro. Por isso é necessário ser feito treinamentos e capacitações com os funcionários, afim de que minimizem as barreiras existentes entre os clientes, observando também que cada cliente não pode ser tratado com indiferença. Pois um mau atendimento pode gerar graves problemas para a empresa, como é o caso do boca a boca, um cliente insatisfeito divulga mais o nome daquela empresa do que um cliente satisfeito. O atendimento ao publico é uma atividade complexa em que interagem diversos elementos. Para melhorá-lo é preciso que se tenha uma visão global e integrada de todos os aspectos considerados relevantes, mesmo que, num determinado momento, se opte por acatar um ponto determinado. (DANTAS, 2004 p. 36) Clientes insatisfeitos são mais propensos a divulgar de forma negativa a imagem da empresa, o que leva a ocasionar problemas de imagem e reputação da mesma. Já os clientes satisfeitos tendem a se fidelizar com as empresas que satisfazem as suas necessidades, mas não divulgam a empresa na mesma expansão que um insatisfeito. De acordo com Kotler (2000), 95% dos clientes insatisfeitos não reclamam, apenas deixam de comprar e um cliente insatisfeito costuma contaminar outros treze, enquanto um satisfeito influencia apenas cinco. E agora com o avanço das redes sociais esse número aumenta consideravelmente. Para Bee (2000), é necessário que o funcionário compreenda que o seu atendimento é importante, pois pode ser que ele seja responsável por metas de vendas e atendimento, ou por uma equipe e suas metas; estar querendo obter um aumento ou apenas porque o seu superior disse que se trata de um assunto muito importante. Talvez seja por perceber que seu emprego depende da sobrevivência da empresa e que o atendimento ao cliente é um elemento vital para sobrevivência da organização. Funcionários motivados contribuem para o crescimento da organização, pois os mesmos precisam perceber que podem contribuir para o fortalecimento e 38 crescimento da empresa. Através de capacitações e estímulos o funcionário percebe que ambas as partes se complementam e que seu atendimento contribui para o desenvolvimento e satisfação dos clientes. Ainda, segundo Bee (2000), ele afirma que existem alguns pontos importantes, para os quais deve-se estar atentos: 1. Clientes satisfeitos provocam menos estresse. São poucos os que, tendo que lidar com um cliente insatisfeito, não conhecem as pressões que tais situações causam; 2. Clientes satisfeitos tomam menos tempo. Lidar com queixas e problemas pode consumir muito tempo e eles sempre surgem quando está mais ocupado; 3. Clientes satisfeitos falam de sua satisfação a outras pessoas, o que amplia a boa reputação; 4. Clientes são seres humanos – é natural querer proporcionar um atendimento atencioso, prestativo e eficiente. Para Fitzsimmons (2000, p. 232): [...] todas as ações do Banco são passos direcionados para o atendimento. E este, por sua vez, requer providências de todas as células da Empresa. É o sistema de atendimento que irá direcionar os demais sistemas da organização, visto ser a satisfação do cliente o que proporcionará as condições de permanência do Banco no mercado. Dessa forma, todas as áreas da instituição detêm uma parcela de responsabilidade na execução de um atendimento de qualidade, que deve estar concretamente presente em todas as suas funções e procedimentos. A preocupação com a satisfação do cliente é uma constante nas empresas que se colocam como competitivas no mundo atual. Não se concebe mais uma organização que não possua foco em seus clientes. Essa satisfação se da através da avaliação que o consumidor faz em relação a um produto ou serviço. O não atendimento das necessidades e expectativas do cliente gera insatisfação com os serviços e consequentemente com a empresa. Os dez mandamentos do bom atendimento segundo Walker (1991, p. 122) 1. Atenda bem todas as pessoas - supere uma eventual má impressão inicial que o Cliente, por ventura, tenha causado: sorria! Seja cortês e paciente utilizando sempre o tratamento “senhor” e “senhora”. 39 2. Atenda de imediato - não deixe o Cliente esperando. Aja com rapidez. “Por favor, aguarde que vou atendê-lo(a) em seguida...” é uma maneira de pedir paciência ao Cliente. Mas lembre-se: rapidez não é sinônimo de afobação e nervosismo. 3. Dê atenção ao cliente - o cliente mais importante é aquele que está na nossa frente conversando conosco. É essencial que ele perceba isso. 4. Mostre boa vontade - o cliente precisa ver em nós o interesse em satisfazê-lo. Procure entender como ele se sente e como ele gostaria de ser tratado. 5. Preste orientação segura - primeiro é necessário identificar a necessidade do Cliente e depois, de maneira segura, dar as devidas orientações. Se você não sabe como orienta-lo, diga isso a ele e vá buscar a solução com alguém que conheça o assunto. 6. Utilize vocabulário do cotidiano - devem ser utilizadas palavras de fácil entendimento sempre evitando as gírias. Evite também usar as siglas internas, que em si não digam nada. Fique certo de que o cliente entendeu suas orientações. 7. Não dê ordens - o Cliente não gosta de ser mandado! Em vez de “entre na fila” diga “por favor, aguarde na fila”. 8. Não discuta com o cliente - de que adianta ganhar a discussão e perder o Cliente? Não encare as reclamações do Cliente como uma crítica pessoal a você. Ouça o Cliente irritado sem interrompê-lo. Se assim mesmo ele não se acalmar, encaminhe-o ao Gerente do setor competente. 9. Fale a verdade - trate o Cliente sempre com honestidade. Mesmo não sendo agradável, é melhor assumir uma eventual falha do que dar ao Cliente a impressão de que está escondendo informações ou omitindo problemas. 10. Crie e sugira soluções - busque, com sua equipe, soluções criativas para a melhoria do atendimento. Lembre-se: você é o ouvido da empresa. O atendimento ao público não é apenas o simples ato de atender o cliente, esta baseado na ação de escutar, tratar adequadamente e buscar soluções que satisfaçam as necessidades do mesmo, ou seja, é uma busca constante de compreender e solucionar os problemas de seus possíveis clientes. A concorrência é algo que tem a cada dia se firmado no mercado como pressuposto da qualidade, uma vez que se sobressaem as empresas que melhor oferecem serviços e produtos. No setor bancário não é diferente, as estratégias para angariar a cada dia parcelasmais significativas no mercado financeiro têm se 40 tornado evidentemente mais ousada, sendo que, o cliente se torna também mais exigente em relação a essa qualidade, na qual, celeridade e segurança são quesitos indispensáveis. Ao analisar a trajetória dos bancos nas últimas décadas, ver-se-á que a estabilização da economia alterou seu funcionamento em face dos novos padrões de rentabilidade, obrigando as agências a ampliarem a escala operacional para manter as margens de lucros, mediante novas operações e crescente ampliação da carteira de clientes, também a cada dia mais eclética. Por outro lado a otimização da produção, nos critérios de produzir mais e melhor com menos custos também se aplica ao setor, de modo que, nem sempre os resultados podem ser considerados satisfatórios. Esse pensamento coaduna-se com o de Silva (2010), ao considerar que a estabilização da economia acarretou em perdas para as organizações financeiras, exigindo das mesmas reações em torno de medidas administrativas voltadas para a redução de suas despesas e de seus quadros de funcionários, processo este que acarretou agravos, a citar, o aumento das filas e a intensificação do autoatendimento, como alternativa ao atendimento direto ao cliente. Percebendo esta realidade, os bancos, como toda e qualquer empresa de serviços, embora se expandindo mundialmente e desconhecendo fronteiras geográficas, veem-se também na iminência de repensar a metodologia de se relacionarem com seus clientes, uma vez que a fidelização é fator posto a sua sobrevivência. A qualidade dos serviços prestados, seja pelos funcionários das centrais de atendimento, pelos atendentes das agências e, principalmente pelos gerentes de negócios dos bancos, é considerada o fator-chave de sucesso das instituições, não só pelas vendas efetuadas, pela conquista de novos clientes, como também para a manutenção e fidelização dos atuais (SILVA, 2010). O atendimento às pessoas numa empresa de serviços, particularmente, antes de se constituir num diferencial competitivo, é uma obrigação posta ao fator respeito ao consumidor de seus serviços e por isso, as empresas precisam valorizar o atendimento e as pessoas. A própria concorrência impõe que sobreviver no ramo de negócio bancário atualmente é um exercício de busca constante pela alta qualidade dos produtos, variedade, preços satisfatórios, produtos personalizados, facilidade e agilidade no atendimento e atenção pessoal. Essa regra vale inclusive para os bancos estatais em face da agressividade de mercado das carteiras dos bancos 41 privados, bem como, da própria dinâmica dos bancos centrais de cada país que impõem auto regulação da qualidade e auto sustentabilidade nas operações de mercado. Em nome dessa qualidade, os bancos têm investido massificamente em tecnologia, de modo a atingir clientes mais ecléticos e distantes de suas agências. O autoatendimento é uma realidade mundial, como tal, também inerente ao cotidiano das operações financeiras brasileiras. Segundo a FEBRABAN (2003), o setor bancário nacional investiu nos últimos anos R$ 2,2 bilhões ou cerca de US$ 1,1 bilhão em informática e telecomunicações, em contrapartida, a redução de funcionários é outra realidade bastante questionável, uma vez que essa variável tem crescido em descompasso com as inovações tecnológicas e com o volume atual da escala operacional dessas instituições. A esse respeito, Silva (2010, p. 7) se pronuncia com a seguinte advertência: Não é a tecnologia que o Banco dispõe e oferece a seus clientes que ditará o grau de qualidade percebida por estes, mas a qualidade, isto é, a capacidade que a tecnologia disponível tem de agregar valor ao cliente, de tal forma que ele perceba isso como um diferencial entre o seu banco e os bancos concorrentes. É verdade que a tecnologia no mundo atual é indispensável, uma vez que todos os setores da economia realizam pesados investimentos, porém no caso dos bancos, assim, como em qualquer setor, a qualidade depende da tecnologia, mas a tecnologia, por si só não assegura a qualidade requerida pelo cliente. Não raro observa-se que a automação despersonaliza o atendimento, afasta o cliente do contato pessoal com a agência e com as referências pessoais que tem nela, podendo provocar fobias, medos e bloqueios no trato com máquinas, causando assim sucessivos transtornos aos clientes. A celeridade, cuja intenção é predominante na automação dos serviços bancários, muitas vezes não compactua com a praticidade e rapidez pretendida, pois nem todos os clientes têm a mesma habilidade com os terminais, gerando ainda mais estresse e descontentamento em filas extensas e desconfortáveis. A automação de certa forma transferiu as filas de caixa para as filas dos terminais eletrônicos, levando à avaliação que se por um lado melhorou a questão da celeridade, em dado setor, por outro complicou o desempenho dos serviços bancários, pela quase que ausência de auxilio a que o próprio banco deve 42 atualmente mais aos clientes, que em qualquer outra época da história dos sistemas financeiros. Com base em Correa; Caon (2006), a psicologia do usuário tem mostrado em seus estudos que a gestão das filas e o fluxo de cliente requerem medidas que diminuam custo de espera, hoje, superestimado por mais de 20% dos clientes. O mesmo estudo também revelou o imperativo na adoção de novas estimativas de padrão de segurança, já que a espera do pré-processo também a compromete e parece maior que o tempo de processo, reconhecendo o autor que as medidas adotadas pelas agências para atenuar o estresse são ainda insuficientes diante das demandas. As filas são um dos referenciais para mensuração da qualidade dos serviços e são resultantes do déficit da estrutura humana no conjunto operacional, em contrapartida ao aumento do fluxo de clientes, uma vez que o sistema foi diversificado, mas parte dos bancos passou a oferecer mais serviços, como princípio de autogestão e auto sustentabilidade nas operações de mercado, independente de serem estatais ou não. Nesses termos, oportuno se faz listar os princípios da administração de filas de clientes apontados por Corrêa; Caon (2006): A existência de fila é mau sinal na ótica do serviço ao cliente e bom sinal na ótica estrita da utilização dos recursos, pois o equilíbrio adequado deve ser buscado; devemos procurar olhar a fila sob a ótica do consumidor, para entender suas expectativas, percepções e angústias; a espera, normalmente pode ser considerada tolerável pelo cliente em horários de pico, mas não em qualquer momento. (CORREA e CAON, 2006, p. 349). Afirmam Correa; Caon (2006) que “O tempo de espera deve parecer aceitável e razoável; a prioridade do atendimento deve ser percebida como justa,” otimizando um fator negativo que é a incerteza por parte do cliente, reduzindo-se o tempo de espera, e atentando para em que condições terá que esperar. Nesse particular, vale pensar em meios de distrair o cliente para reduzir sua sensação de espera, dando- lhe algo para fazer, em locais confortáveis. Pontua a mesma fonte que é válido nessa ocasiões, inclusive o treinamento do cliente para utilização dos procedimentos automáticos, uma vez que essa medida é útil tanto a este quanto ao banco. Muitas vezes o Marketing na empresa evolui mais que a sua capacidade de atendimento, sendo que tal descompasso resulta em congestionamento. Aconselha-se que da mesma forma que se administra as boas cartadas de marketing devem ser também administradas o crescente fluxo de cliente, que é sinal de saúde para a empresa, 43 mas de riscos caso a mesma não esteja preparada para oferecer a qualidade devida no atendimento. É oportuno pois: Tentar reduzir a aleatoriedade da chegada de clientes pelo sistema de reservas; mudar o número de servidores para reduzir o tempo de espera em filas; fornecer pontos de atendimentodiferenciados para tipos diferentes de serviços para maior proporcionalidade entre demanda de serviço e tempo de espera. (CORREA; CAON, 2006, p. 349). Como se percebe, os bancos têm inovado significativamente a prestação de serviços aos clientes, bem como, o consumidor de serviços bancários tem também evoluído seus conceitos acerca da qualidade, incluindo fatores como personificação, segurança e principalmente, celeridade, como os quesitos mais observados pelos mesmos. Gerir uma empresa do sistema financeiro com a complexidade das operações em face dos serviços a que pretende atualmente, requer uma reinvenção cotidiana das relações cliente e agente de serviço, de modo a pactuar objetivos de ambos. 3.4 Clientes A definição de clientes é um questionamento bastante abrangente, pois sua definição não se restringe a apenas o de consumidores de produtos e serviços, seu contexto é mais extenso, pois estes podem ser diferenciados de diversas formas desde clientes externos a internos. Os clientes são considerados um dos fatores mais importantes para as empresas, pois todas dependem deles para atingir o sucesso e manter sua existência. O cliente é a pessoa que recebe os produtos resultantes de um processo, no intuito de satisfazer suas necessidades e de cuja aceitação depende a sobrevivência de quem os fornece (LOBOS, 1993). Mas para a empresa, não basta apenas conquistar novos clientes e sim tentar mantê-los. Segundo Kotler (2000), conseguir um novo cliente é de cinco a sete vezes mais caro do que manter os já existentes. Então, o esforço na retenção de clientes é, antes de tudo, um investimento que irá garantir aumento nas vendas e redução das despesas. Clientes fiéis possuem tendência a comprar por mais de um canal (telefone, loja, internet etc.) e tendem a consumir mais. Esses clientes reclamam quando têm uma experiência ruim porque querem ver seu problema resolvido, acreditam na empresa e querem melhorá-la. Já os clientes infiéis, por sua 44 vez vão embora sem o menor remorso, e pior ainda, falam mal da empresa. Nas empresas, interage-se diariamente, com dois tipos de clientes: • Cliente externo – é aquele que dá sentido a existência e a razão de ser da empresa. Toda empresa só se mantém no mercado se existirem clientes que necessitem de seus produtos e os busquem. • Cliente interno – diz respeito ao corpo funcional, que envolve todos os que na empresa trabalham. Dentro dela, um colega sempre pode ser cliente de outro. Cada cliente está disposto a pagar um determinado valor pelo serviço ou produto. Cabe ao atendente identifica-lo, bem como seus respectivos valores. Segundo LAS CASAS (1991): [...] trabalhando com uma organização de serviços, frequentemente encontramos gerentes que têm apenas uma vaga noção do que realmente é importante na mente dos consumidores. É muito arriscado prever o que os consumidores querem e irão pagar. Aprender o que o consumidor pensa é importante e pode constituir-se em verdadeiro desafio. A companhia deve mostrar aos consumidores os benefícios que recebem pelo dinheiro que eles pagam. É de suma importância saber escutar os clientes, pois existem muitos que não se manifestam espontaneamente e terminam ficando insatisfeitos ao não serem compreendidos. Qualquer cliente busca a compreensão dos seus problemas e serviços ligados a um atendimento com qualidade. 3.4.1 Satisfação do Cliente Segundo Kotler (2000, p. 58), a satisfação consiste na sensação de prazer ou desapontamento resultante da comparação do desempenho percebido de um produto em relação às expectativas do comprador. Fica claro por essa definição que a satisfação é função de desempenho e expectativas percebidos. Se o desempenho não alcançar as expectativas, o cliente ficará insatisfeito. Se o desempenho alcançar as expectativas, o cliente ficará satisfeito. Se o desempenho for além das expectativas, o cliente ficará altamente satisfeito e encantado. Muitas empresas estão objetivando a alta satisfação porque clientes meramente satisfeitos mudam facilmente de fornecedor quando aparece uma oferta melhor. Os que estão altamente satisfeitos são muito menos propensos a mudar. Um alto nível de 45 satisfação ou encantamento cria um vínculo emocional com a marca, não apenas uma preferência racional. O resultado é um alto grau de fidelidade do cliente. Ainda conforme Kotler (2000, p. 58), os compradores formam suas expectativas com base em experiências anteriores em compras, conselhos de amigos e colegas, informações e promessas de profissionais de marketing e de concorrentes. Se os profissionais de marketing estabelecerem expectativa muito altas, o comprador provavelmente ficará desapontado. A satisfação do cliente está bastante focada em seu atendimento. Este, quando bem executado, supre as expectativas e gera valor para empresa e a fidelização de seus clientes (Performance Research Associates, 2008). Tratar bem os clientes não é apenas atender bem e, sim, dar uma estrutura e satisfazer suas necessidades. O respeito, Godfrey (2008, p. 7) menciona: O cliente não deve ficar somente satisfeito, mas „encantado‟- surpreso por suas necessidades não terem sido apenas supridas, e sim mais do que atendidas. (Performance Research Associates, 2008). Há pouco tempo, os clientes não tinham tanta importância para a empresa e trabalhar na área de atendimento ao cliente seria uma atividade sem potencial de crescimento, até que, no final dos anos 1990, pesquisadores do universo empresarial começaram a reaprender a lidar com os clientes com embasamento de que as organizações que empenhavam em prestar um serviço de alta qualidade estavam obtendo melhores resultados financeiros, além de manterem a fidelidade de seus clientes. Hoje, manter o foco no cliente, compreender e fazer suas necessidades tornou-se uma meta organizacional e recebeu atenção especial. Focado nisto, o pesquisador de Administração Dr. Leonard Berry e seus colegas da Texas A&M University, descobriram como os clientes avaliam qualidade e atendimento. Quase tudo que se faça pelo cliente pode ser encaixado em uma dessas cinco categorias: 1. Confiabilidade: Cumprir de modo confiável e exato, o que foi prometido. 2. Empatia: grau de atenção e cuidado individual que se demonstra aos clientes. 3. Segurança: capacidade de transmitir sinceridade, competência e confiança aos clientes. 4. Aparência: Aparência física das instalações, dos equipamentos e a sua própria. 46 5. Resposta: A boa vontade manifestada em ajudar os clientes. Cuidar do cliente é garantir sua satisfação e garantir sua permanência no mercado. Corresponder ao que é desejado, ao que o cliente tem como expectativa deve ser o objeto do processo administrativo. E isto vai além das especificações do produto, através de atitudes que garantem conforto, segurança, praticidade, eficiência, agilidade, bem-estar, etc., estes aspectos possibilitam a satisfação do cliente, o que significa juntamente encontrar o que é desejado. Exigir percepção e imaginação para gerar novas formas de surpreender o seu cliente, pois o que surpreendeu hoje pode se tornar rotina quando muitos passam a oferecer a “surpresa”. A satisfação é a sensação de prazer ou desapontamento que o cliente tem após a compra. Se o desempenho não alcançar as expectativas, o cliente ficará insatisfeito. Se alcançá-las, ficará satisfeito; se o desempenho for acima das expectativas, ele ficará encantado. A empresa deve medir a satisfação com regularidade, pois a chave para retenção de clientes está em sua satisfação. O cliente que estiver sempre satisfeito, permanece fiel por mais tempo; ele compra mais a medida que a empresa lançar seus produtos, fala bem da empresa e, assim, dá menos atenção aos produtos dos concorrentes. As empresas precisam monitorar melhor o nível de satisfação dos clientes, pois quanto mais