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<p>SEPSE</p><p>É um distúrbio orgânico, uma sindrome extremamente prevalente com mortalidade e</p><p>morbidade elevadas. Represente uma das maiores causas de morte em UTIs em todo</p><p>o mundo e esforços vem sendo desenvolvidos para a identificação precoce da sepse.</p><p>É causada por uma resposta desreguladora do organismo a infecção.</p><p>Sepse grave: Classificação extinta (as disfunções orgânicas foram incorporadas no</p><p>próprio conceito de sepse). A hiperlactatemia também deixou de ser critério de</p><p>disfunção orgânica.</p><p>Choque séptico: Anormalidade circulatória e celular/metabólica secundaria a sepse,</p><p>grave o suficiente para aumentar significativamente a mortalidade. Define-se como</p><p>hipotensão persistente que requer o uso de vasopressores para manter PAM > 65</p><p>mmHg e lactato >2 mmol/L (18mg/dL) após adequada ressuscitação volêmica.</p><p>Para pacientes com necessidade de diagnostico rápido pode-se usar o quick</p><p>SOFA (qSOFA): Pressão arterial sistólica < 100mmHg, alteração do nível de</p><p>consciência (qualquer pontuação na escala de coma de Glasgow menor que 15)</p><p>e frequência respiratória >22 ipm.</p><p>O que determina a sepse é o SOFA maior ou igual a dois.</p><p>O tempo de internação prolongado e debilitante nos pacientes idosos causa maior</p><p>resistência bacteriana, a necessidade de procedimentos invasivos, com IOT, sondas,</p><p>medicamentos, entre outros procedimentos aumenta o risco de SEPSE, bem como</p><p>intervenções a beira leito.</p><p>Sindrome da resposta inflamatória sistêmica (SRIS): É definida pela presença de no</p><p>mínimo dois dos seguintes sinas:</p><p>• Temperatura central > 38,3 ou <36 ou equivalente em termos de temperatura</p><p>axilar.</p><p>• Frequência cardíaca >90 bpm.</p><p>• Frequência respiratória >20 rpm ou paCO2< 32 mmHGg.</p><p>• Leucócitos totais >12.000/mm3, ou <4.000/mm3 ou presença de >10% de</p><p>formas jovens.</p><p>A SRIS não faz mais parte dos critérios para definição da presença de SEPSE, mas</p><p>continua tendo valor como instrumento de rastreamento para a definição de pacientes</p><p>com infecção e, potencialmente, em risco de apresentar sepse ou choque séptico.</p><p>O enfermeiro deve planejar, coordenar e implementar ações que promovem uma</p><p>avaliacao mais criteriosa a beira leito no sentido de rastrear a presença de infecção e</p><p>possível sepse por meio do reconhecimento precoce das disfunções orgânicas.</p><p>Também compete ao enfermeiro instituir de imediato intervenções baseadas nos dois</p><p>pilares cruciais que são tratamento e ressuscitação volêmica precoce.</p><p>Ações prioritárias:</p><p>• Coleta de lactato sérico (gasometria arterial).</p><p>• Coleta de culturas microbiológicas, coletando 2 ou mais amostras de</p><p>hemocultura.</p><p>• Início da terapia antimicrobiana empírica de amplo espectro dentro da primeira</p><p>hora do diagnóstico.</p><p>É necessário realizar:</p><p>• Um exame clinico minucioso;</p><p>• Frequência cárdica;</p><p>• Pressão arterial;</p><p>• Saturação arterial;</p><p>• Frequência respiratória;</p><p>• Temperatura corporal;</p><p>• Debito urinário;</p><p>É necessário também a instalação de um acesso venoso periférico calibroso e estar</p><p>atento a sinais de hipotensão e mensuração continua dos níveis de lactato.</p><p>Controle rigoroso glicêmico e suporte nutricional são alguns dos cuidados de</p><p>enfermagem.</p><p>O que diz respeito ao paciente séptico o número de necessidades humanas afetadas</p><p>ou parcialmente atendidas e muito grande, evidenciando-se problemas de</p><p>enfermagem diversos conceitos e diagnósticos peculiares de debito cardíaco</p><p>diminuído, perfusão tissular ineficaz, troca gasosa prejudicada, ventilação</p><p>espontânea prejudicada, choque séptico, hipertermia, risco de infecção, risco de</p><p>choque, risco de glicemia instável, entre outros.</p><p>É estabelecido o pacote de medidas com o objetivo de orientar e sistematizar as</p><p>prioridades para o tratamento da SEPSE.</p><p>• Pacote de 3 horas *até 3 horas*: Coleta de lactato, coleta e hemocultura antes</p><p>do início da antibioticoterapia, inicio do antibiótico de largo espectro por via IV</p><p>nas primeiras horas do tratamento, reposição volêmica vigorosa precoce em</p><p>pacientes com hipotensão ou lactato acima de duas vezes o valor de</p><p>referência.</p><p>• Pacote de 6 horas *até 6 horas* (para pacientes com hiperlactatemia ou</p><p>hipotensão persistente): Uso de vasopressores para manter a pressão arterial</p><p>média acima de 65 mmHg, reavaliação do status volêmico e perfusional.</p>