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<p>Governo do Estado do Rio de Janeiro</p><p>Secretaria de Estado de Educação</p><p>Regional Sul Fluminense</p><p>CIEP Brizolão 999 D. Pedro D’Alcântara de Bragança 1º Imperador do Brasil</p><p>Avaliação de: ________________________</p><p>Professor(a): ________________________</p><p>Turma: ___________</p><p>Aluno: ____________________________________________________________</p><p>Nota:</p><p>ATIVIDADE DE INTERTEXTUALIDADE</p><p>1- Sobre o conceito de intertextualidade,</p><p>podemos afirmar:</p><p>I. Introdução de novos elementos no texto.</p><p>Pode-se também retomar esses elementos</p><p>para introduzir novos referentes;</p><p>II. Operação responsável pela manutenção</p><p>do foco nos objetos de discurso previamente</p><p>introduzidos;</p><p>III. Elemento constituinte do processo de</p><p>escrita e leitura: trata-se das relações</p><p>dialógicas estabelecidas entre dois ou mais</p><p>textos;</p><p>IV. Pode ocorrer de maneira implícita ou</p><p>explícita;</p><p>V. Responsável pela continuidade de um</p><p>tema e pelo estabelecimento das relações</p><p>semânticas presentes em um texto.</p><p>Estão corretas as proposições:</p><p>a) Todas estão corretas.</p><p>b) Apenas I, II e V estão corretas.</p><p>c) Apenas III e IV estão corretas.</p><p>d) III, IV e V estão corretas.</p><p>e) I e II estão corretas.</p><p>2- Sobre a intertextualidade explícita,</p><p>podemos afirmar que:</p><p>a) Ocorre de maneira velada, sem a citação</p><p>expressa do texto-fonte, cabendo ao leitor</p><p>reativar informações em sua memória para</p><p>perceber a intertextualidade.</p><p>b) Ocorre, apenas, nos textos poéticos, não</p><p>sendo admitida em outros gêneros, como o</p><p>gênero anúncio publicitário.</p><p>c) Ocorre somente por meio de paráfrase e</p><p>paródia do texto-fonte.</p><p>d) Trata-se de um plágio do texto-fonte, ou</p><p>seja, uma transcrição integral do texto-fonte.</p><p>e) Ocorre a citação da fonte do intertexto,</p><p>podendo ser encontrada nas citações, nos</p><p>resumos, resenhas e traduções, além de</p><p>estar presente também em diversos anúncios</p><p>publicitários.</p><p>3 – (UERJ – 2008) –</p><p>Ideologia</p><p>Meu partido</p><p>É um coração partido</p><p>E as ilusões estão todas perdidas</p><p>Os meus sonhos foram todos vendidos</p><p>Tão barato que eu nem acredito</p><p>Eu nem acredito</p><p>Que aquele garoto que ia mudar o mundo</p><p>(Mudar o mundo)</p><p>Frequenta agora as festas do “Grand Monde”</p><p>(...)</p><p>“E as ilusões estão todas perdidas (v. 3)”</p><p>Esse verso pode ser lido como uma alusão a</p><p>um livro intitulado Ilusões perdidas, de</p><p>Honoré de Balzac. Tal procedimento constitui</p><p>o que se chama de:</p><p>a) metáfora</p><p>b) pertinência</p><p>c) pressuposição</p><p>https://www.uerj.br/</p><p>d) intertextualidade</p><p>e) metonímia</p><p>4- No dia 7 de outubro de 2001, Estados</p><p>Unidos e Grã-Bretanha declararam guerra ao</p><p>regime Talibã, no Afeganistão.</p><p>Leia trechos das declarações do presidente</p><p>dos Estados Unidos, George W. Bush, e de</p><p>Osama Bin Laden, líder muçulmano, nessa</p><p>ocasião:</p><p>George Bush:</p><p>Um comandante-chefe envia os filhos e filhas dos</p><p>Estados Unidos à batalha em território estrangeiro</p><p>somente depois de tomar o maior cuidado e depois</p><p>de rezar muito. Pedimos-lhes que estejam</p><p>preparados para o sacrifício das próprias vidas. A</p><p>partir de 11 de setembro, uma geração inteira de</p><p>jovens americanos teve uma nova percepção do</p><p>valor da liberdade, do seu preço, do seu dever e do</p><p>seu sacrifício. Que Deus continue a abençoar os</p><p>Estados Unidos.</p><p>Osama Bin Laden:</p><p>Deus abençoou um grupo de vanguarda de</p><p>muçulmanos, a linha de frente do Islã, para destruir os</p><p>Estados Unidos. Um milhão de crianças foram mortas</p><p>no Iraque, e para eles isso não é uma questão clara.</p><p>Mas quando pouco mais de dez foram mortos em</p><p>Nairóbi e Dar-es-Salaam, o Afeganistão e o Iraque</p><p>foram bombardeados e a hipocrisia ficou atrás da</p><p>cabeça dos infiéis internacionais. Digo a eles que</p><p>esses acontecimentos dividiram o mundo em dois</p><p>campos, o campo dos fiéis e o campo dos infiéis. Que</p><p>Deus nos proteja deles.</p><p>Adaptados de O Estado de S. Paulo, 8/10/2001.</p><p>Pode-se afirmar que:</p><p>A) a justificativa das ações militares encontra</p><p>sentido apenas nos argumentos de George</p><p>W. Bush.</p><p>B) a justificativa das ações militares encontra</p><p>sentido apenas nos argumentos de Osama</p><p>Bin Laden.</p><p>C) ambos apoiam-se num discurso de fundo</p><p>religioso para justificar o sacrifício e</p><p>reivindicar justiça.</p><p>D) ambos tentam associar a noção de justiça</p><p>a valores de ordem política, dissociando-a de</p><p>princípios religiosos.</p><p>E) ambos tentam separar a noção de justiça</p><p>das justificativas de ordem religiosa,</p><p>fundamentando-a numa estratégia militar.</p><p>5 –– (UNIFOR CE/2014) –</p><p>Texto I</p><p>Peixinho sem água, floresta sem mata</p><p>É o planeta assim sem você</p><p>Rios poluídos, indústria do inimigo</p><p>É o planeta assim sem você</p><p>http://mataatlantica-pangea.blogspot.com. br/2009/10/parodia-meio-</p><p>ambiente_02.html</p><p>Texto II</p><p>Avião sem asa</p><p>Fogueira sem brasa</p><p>Sou eu assim, sem você</p><p>Futebol sem bola</p><p>Piu-Piu sem Frajola</p><p>Sou eu assim, sem você</p><p>(Claudinho e Buchecha)</p><p>Os textos I e II apresentam intertextualidade,</p><p>que, para Julia Kristeva, é um conjunto de</p><p>enunciados, tomados de outros textos, que</p><p>se cruzam e se relacionam. Dessa forma,</p><p>pode-se dizer que o tipo de intertextualidade</p><p>do texto I em relação ao texto II é</p><p>a) epígrafe, pois o texto I recorre a trecho do</p><p>texto II para introduzir o seu texto.</p><p>b) citação, porque há transcrição de um</p><p>trecho do texto II ao longo do texto I.</p><p>c) paródia, pois a voz do texto II é retomada</p><p>no texto I para transformar seu sentido,</p><p>levando a uma reflexão crítica.</p><p>d) paráfrase, porque apesar das mudanças</p><p>das palavras no texto I, a ideia do texto II é</p><p>confirmada pelo novo texto.</p><p>e) alusão, porque faz referência, de modo</p><p>implícito, ao texto II para servir de termo de</p><p>comparação.</p><p>https://www.unifor.br/</p><p>6-</p><p>Jornal Zero Hora, 2 mar. 2006.</p><p>Na criação do texto, o chargista Iotti usa</p><p>criativamente um intertexto: os traços</p><p>reconstroem uma cena de Guernica, painel</p><p>de Pablo Picasso que retrata os horrores e a</p><p>destruição provocados pelo bombardeio a</p><p>uma pequena cidade da Espanha. Na</p><p>charge, publicada no período de carnaval,</p><p>recebe destaque a figura do carro, elemento</p><p>introduzido por Iotti no intertexto. Além dessa</p><p>figura, a linguagem verbal contribui para</p><p>estabelecer um diálogo entre a obra de</p><p>Picasso e a charge, ao explorar</p><p>A) uma referência ao contexto, “trânsito no</p><p>feriadão”, esclarecendo-se o referente tanto</p><p>do texto de Iotti quanto da obra de Picasso.</p><p>B) uma referência ao tempo presente, com o</p><p>emprego da forma verbal “é”, evidenciando-</p><p>se a atualidade do tema abordado tanto pelo</p><p>pintor espanhol quanto pelo chargista</p><p>brasileiro.</p><p>C) um termo pejorativo, “trânsito”,</p><p>reforçando-se a imagem negativa de mundo</p><p>caótico presente tanto em Guernica quanto</p><p>na charge.</p><p>D) uma referência temporal, “sempre”,</p><p>referindo-se à permanência de tragédias</p><p>retratadas tanto em Guernica quanto na</p><p>charge.</p><p>E) uma expressão polissêmica, “quadro</p><p>dramático”, remetendo-se tanto à obra</p><p>pictórica quanto ao contexto do trânsito</p><p>brasileiro.</p><p>Luscar. Cartum.</p><p>Nesse cartum, o artista lança mão do recurso</p><p>da intertextualidade para construir o texto.</p><p>Esse recurso é constituído pela presença de</p><p>informações que remetem a outros textos. O</p><p>emprego desse recurso no cartum revela</p><p>uma crítica</p><p>A) à qualidade da informação prestada pela</p><p>mídia brasileira.</p><p>B) aos altos níveis de violência no país</p><p>veiculados pela mídia.</p><p>C) à imparcialidade dos telejornais na</p><p>veiculação de informações.</p><p>D) à ausência de critérios para divulgação de</p><p>notícias em telejornais.</p><p>E) ao incentivo da mídia a atos violentos na</p><p>sociedade.</p><p>8- (Enem 2020 — 2ª aplicação)</p><p>TEXTO I</p><p>Participação feminina em projetos</p><p>submetidos à Fapesp*</p><p>Mulheres na ciência. Pesquisa Fapesp, n. 259, set. 2017.</p><p>TEXTO II</p><p>As ações “Meninas Internacionais no Dia das</p><p>TIC” são comemoradas todos os anos no</p><p>mundo todo. O evento tem como objetivo</p><p>criar um ambiente global que capacita e</p><p>incentiva mulheres jovens a considerar a</p><p>área crescente de TIC (Tecnologias de</p><p>Informação e Comunicação), permitindo que</p><p>tanto as profissionais quanto as empresas de</p><p>tecnologia colham os</p><p>benefícios de uma</p><p>maior participação feminina nesse setor.</p><p>Segundo a União Internacional de</p><p>Telecomunicações (UIT), atualmente existem</p><p>cerca de 260 milhões de usuárias de internet</p><p>a menos na comparação com os homens</p><p>conectados. E, para reverter esse cenário, o</p><p>evento busca proporcionar atividades de</p><p>capacitação, além de discutir assuntos</p><p>factuais sobre o mercado de trabalho.</p><p>Disponível em: www.em.com.br. Acesso em:</p><p>21 maio 2018.</p><p>Em ambos os textos, constata-se que a</p><p>participação das mulheres nas diferentes</p><p>áreas de conhecimento</p><p>a) apresenta taxas de crescimento</p><p>significativas em relação à dos homens.</p><p>b) superou a produção masculina na</p><p>construção de projetos ao longo dos anos.</p><p>c) vem sendo estimulada por meio de ações</p><p>educativas em diferentes setores.</p><p>d) tem se transformado, seja pela iniciativa</p><p>feminina, seja pelo incentivo de</p><p>organizações.</p><p>e) dobrou em relação à atuação de</p><p>pesquisadores do outro gênero, no intervalo</p><p>de 16 anos.</p><p>9- O mito de Narciso é uma interpretação da</p><p>mitologia grega que narra a história de um</p><p>jovem caçador fascinado pela sua própria</p><p>beleza. Das citações abaixo, aquela que não</p><p>se aproxima tematicamente do mito grego é</p><p>a) “Eu me amo, eu me amo</p><p>Eu não posso mais viver sem mim”</p><p>Ultraje a Rigor, “Eu me amo”</p><p>b) “Se Narciso se encontra com Narciso</p><p>E um deles finge</p><p>Que ao outro admira</p><p>(para sentir se admirado)</p><p>O outro</p><p>Pela mesma razão finge também</p><p>E ambos acreditam na mentira”</p><p>Ferreira Gullar, “Narciso e Narciso”</p><p>c) “Quando eu te encarei frente a frente não</p><p>vi o meu rosto</p><p>Chamei de mau gosto o que vi de mau gosto</p><p>o mau gosto</p><p>É que Narciso acha feio o que não é espelho”</p><p>Caetano Veloso, “Sampa”</p><p>d) “e fazem de mim homem-anúncio</p><p>itinerante,</p><p>escravo da matéria anunciada.</p><p>Estou, estou na moda.</p><p>É doce estar na moda,</p><p>ainda que a moda</p><p>seja negar a minha identidade”</p><p>Carlos Drummond de Andrade, “Eu, etiqueta”</p><p>e) “Ninguém a outro ama, senão que ama</p><p>O que de si há nele, ou é suposto”</p><p>Fernando Pessoa, “Ninguém a outro ama”</p><p>10- TEXTO I</p><p>Mar português</p><p>Ó mar salgado, quanto do teu sal</p><p>São lágrimas de Portugal!</p><p>Por te cruzarmos, quantas mães choraram,</p><p>Quantos filhos em vão rezaram!</p><p>Quantas noivas ficaram por casar</p><p>Para que fosses nosso, ó mar!</p><p>Valeu a pena? Tudo vale a pena</p><p>Se a alma não é pequena.</p><p>Quem quer passar além do Bojador</p><p>Tem que passar além da dor.</p><p>Deus ao mar o perigo e o abismo deu,</p><p>Mas nele é que espelhou o céu.</p><p>PESSOA, Fernando. Mar Português. In: Antologia Poética.</p><p>Organização Walmir Ayala. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2014. p.</p><p>15.</p><p>TEXTO II</p><p>Disponível em:</p><p><https://tirasdidaticas.files.wordpress.com/2014/12/rato79.jpg?w=64</p><p>0&h=215> Acesso em: 13 nov. 2018.</p><p>O sentido da tirinha é construído a partir da</p><p>relação que ela estabelece com os famosos</p><p>versos de Fernando Pessoa: “Tudo vale a</p><p>pena/ Se a alma não é pequena”. A forma</p><p>como o texto II remete ao texto I</p><p>a) parafraseia as palavras de Fernando</p><p>Pessoa a partir de citações indiretas que são</p><p>empregadas em uma nova situação</p><p>comunicativa.</p><p>b) traduz objetivamente a intenção do poeta</p><p>português, que se mostra confuso em</p><p>relação ao fazer poético.</p><p>c) revela uma situação parodística, pois</p><p>desconstrói o sentido original do poema de</p><p>Pessoa e cria humor na narrativa.</p><p>d) constrói um hipertexto, pois permite ao</p><p>leitor a liberdade de uma leitura intertextual</p><p>dinâmica.</p><p>e) faz alusão aos desafios enfrentados pelos</p><p>portugueses durante o período de Expansão</p><p>Marítima.</p><p>ATIVIDADE DE INTERTEXTUALIDADE</p>