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<p>TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARANÁ</p><p>14ª CÂMARA CÍVEL</p><p>Autos nº. 0045446-68.2024.8.16.0000</p><p>Embargos de Declaração Cível n° 0045446-68.2024.8.16.0000 ED</p><p>25ª Vara Empresarial de Curitiba</p><p>Embargante(s): RAFAEL ORATSH MASCARENHAS</p><p>Embargado(s): DARLAN RIGO</p><p>Relator: Desembargadora Substituta Cristiane Santos Leite</p><p>EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM AGRAVO DE INSTRUMENTO.</p><p>EMBARGOS DE TERCEIRO. ALEGADO ERRO DE PREMISSA</p><p>FÁTICO E OMISSÃO. EMBARGANTE QUE SUSCITA NÃO HAVER</p><p>GARANTIA HIPOTECÁRIA. ACOLHIMENTO. AUSÊNCIA DE</p><p>ANOTAÇÃO DE GARANTIA HIPOTECÁRIA NA MATRÍCULA DO</p><p>IMÓVEL. IMÓVEL DADO VOLUNTARIAMENTE EM GARANTIA AO</p><p>TERMO DE CONFISSÃO DE DÍVIDA MESMO SENDO ÚNICO IMÓVEL</p><p>DA FAMÍLIA. PRINCÍPIO DA BOA-FÉ E VEDAÇÃO AO</p><p>COMPORTAMENTO CONTRADITÓRIO. DESCABIDO O</p><p>RECONHECIMENTO DA IMPENHORABILIDADE DO BEM DE</p><p>FAMÍLIA NO PRESENTE CASO. PRECEDENTES DO STJ. ERRO DE</p><p>PREMISSA FÁTICO QUE EMBORA ACOLHIDO NÃO TEM O</p><p>CONDÃO DE ALTERAR A DECISÃO COLEGIADA. OMISSÃO</p><p>QUANTO A NÃO FUNDAMENTAÇÃO ACERCA DA NOVAÇÃO DO</p><p>CONTRATO ORIGINÁRIO. ACOLHIMENTO. EM QUE PESE A</p><p>FUNDAMENTAÇÃO DO AGRAVANTE E DO EMBARGANTE ACERCA</p><p>DA NOVAÇÃO DA DÍVIDA, SE INFERE QUE A DECISÃO RECORRIDA</p><p>NÃO VERSOU ACERCA DO TEMA. MATÉRIA NÃO APRECIADA EM</p><p>PRIMEIRO GRAU. IMPOSSIBILIDADE DE EXAME NESTA ESFERA</p><p>RECURSAL SOB PENA DE SUPRESSÃO DE INSTÂNCIA E OFENSA</p><p>AO DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO. VÍCIO SANADO. OMISSÃO</p><p>QUANTO A MORADIA DO EMBARGANTE NO IMÓVEL</p><p>PENHORADO. NÃO ACOLHIMENTO. PREQUESTIONAMENTO. ART.</p><p>1.025 DO CPC.</p><p>EMBARGOS DECLARATÓRIOS ACOLHIDOS EM PARTE, SEM A</p><p>ATRIBUIÇÃO DE EFEITOS INFRINGENTES.</p><p>VISTOS, relatados e discutidos estes autos de Embargos de Declaração n.</p><p>º 0045446-68.2024.8.16.0000 ED, em que se figura como RAFAEL ORATSHEmbargante</p><p>MASCARENHAS e, como , DARLAN RIGO.Embargado</p><p>I. RELATÓRIO.</p><p>Trata-se de Embargos de Declaração apresentado em face do v. Acórdão</p><p>de Agravo de Instrumento que, por unanimidade dos votos, deu provimento ao recurso (mov.</p><p>30.1 — Agravo de Instrumento).</p><p>Em suas razões recursais, o embargante exclama erro material por</p><p>premissa equivocada, sustentando que não se trata de garantia hipotecária, mas sim imóvel</p><p>dado em garantia, omissão quanto a manifestação da novação da dívida e omissão quanto a</p><p>comprovação de moradia do embargante no imóvel penhorado.</p><p>Sem contrarrazões.</p><p>Vieram-me conclusos para julgamento.</p><p>É a breve exposição.</p><p>II. VOTO E FUNDAMENTAÇÃO.</p><p>1.        Presentes os pressupostos de admissibilidade dos presentes recursos, tanto</p><p>os intrínsecos quanto os extrínsecos, os Embargos de Declaração.conheço</p><p>2.        Como sabido, os Embargos de Declaração são cabíveis quando houver, na</p><p>sentença ou no acórdão, obscuridade, contradição ou foi omitido ponto sobre o qual o juiz ou tribunal</p><p>devia pronunciar-se.</p><p>De regra, os Embargos Declaratórios não possuem caráter substitutivo ou</p><p>modificativo do julgado embargado, tendo, em verdade, um alcance muito mais integrativo ou</p><p>esclarecedor, ou seja, visa-se, com tal instrumento recursal, buscar uma declaração judicial que àquele se</p><p>integre de modo a possibilitar sua melhor inteligência ou interpretação.</p><p>No caso em apreço, o embargante sustenta a ocorrência erro material, por entender</p><p>que o acordão embargado partiu de premissa equivocada, por não se tratar de garantia hipotecária, por</p><p>não constar na matrícula do imóvel a hipoteca referente à Confissão de Dívida, assim como não há</p><p>Escritura Pública de hipoteca gravada na matrícula.</p><p>Também, versa acerca da omissão quanto a não manifestação da novação da dívida</p><p>no referido acórdão, e omissão quanto a comprovação de moradia do embargante no imóvel penhorado.</p><p>Do erro de premissa fática.</p><p>A jurisprudência pátria admite o erro de fato, ou erro de premissa fática, como</p><p>sendo uma hipótese de cabimento de embargos por interpretação analógica do art. 966, VIII do CPC</p><p>/2015, que trata da rescisão de decisão de mérito fundada em erro de fato, portanto, prossigo a sua análise.</p><p>Aufere parcial razão o Embargante.</p><p>Ocorre que de fato, no presente caso, não se trata de garantia hipotecária, inclusive</p><p>correto ao afirmar que não consta na matrícula do referido imóvel a hipoteca referente a Confissão de</p><p>Dívida.</p><p>Porém, em que pese tais fatos, em contrarrazões, a parte Agravada, ora</p><p>Embargante, mencionou que o imóvel foi dado em garantia no termo de confissão de dívida exequendo,</p><p>desta forma:</p><p>Desta feita, em que pese não haver garantia hipotecária na matrícula do referido</p><p>imóvel, este foi dado em garantia no termo de confissão de dívida exequendo, e como é sabido, não pode</p><p>o devedor ofertar bem em garantia que é residência familiar, para que posteriormente venha suscitar que</p><p>a garantia não aufere respaldo legal, conforme o entendimento do Colendo Superior Tribunal de Justiça,</p><p>que versa:</p><p>PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO INTERNO NOS EMBARGOS DE</p><p>DECLARAÇÃO NO RECURSO ESPECIAL. EXECUÇÃO DE TÍTULO</p><p>EXTRAJUDICIAL. IMPENHORABILIDADE. AFASTADA. IMÓVEL DADO EM</p><p>GARANTIA. VEDAÇÃO AO COMPORTAMENTO CONTRADITÓRIO.</p><p>ACÓRDÃO RECORRIDO EM HARMONIA COM A JURISPRUDÊNCIA DESTA</p><p>CORTE. MANUTENÇÃO DA DECISÃO MONOCRÁTICA. 1. Execução de título</p><p>extrajudicial. 2. A jurisprudência desta Corte é firme no sentido de que não pode</p><p>o devedor ofertar bem em garantia que é sabidamente de residência familiar</p><p>para, posteriormente, vir a informar que tal garantia não encontra respaldo</p><p>legal, pugnando pela sua exclusão (vedação ao comportamento contraditório). 3.</p><p>Flexibilização do comando legal de proteção em relação ao bem de família,</p><p>tendo em vista a necessidade de se vedar, também, as atitudes que atentem contra</p><p>4. Agravo interno de e-STJa boa-fé e a eticidade, ínsitas às relações negociais.</p><p>fls. 343-255 não conhecido. Agravo interno de fls. e-STJ 229-242 não provido.</p><p>(AgInt nos EDcl no REsp n. 2.060.971/RJ, relatora Ministra Nancy Andrighi,</p><p>Terceira Turma, julgado em 28/8/2023, DJe de 30/8/2023.)(Grifo nosso)</p><p>Desta maneira, e conforme destacado no Acórdão embargado, no qual</p><p>versou:</p><p>“Dado que os alienantes são dotados de capacidade civil e, deliberadamente,</p><p>optaram por dar o único imóvel residencial em garantia de um contrato de mútuo</p><p>que beneficiava outra pessoa, não se pode conceber a proteção irrestrita do bem</p><p>familiar, uma vez que essa proteção significaria o amparo à garantia após o</p><p>inadimplemento do débito, o que contrariaria a ética e a boa-fé, pilares</p><p>fundamentais em todas as relações contratuais”.</p><p>Assim, independentemente de se tratar de garantia real ou não, é fato que o</p><p>referido imóvel foi oferecido voluntariamente pelos devedores, em garantia à dívida exequenda, e neste</p><p>trilhar, é novamente o entendimento do Colendo Superior Tribunal de Justiça, nestas palavras:</p><p>AGRAVO INTERNO NOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO EM</p><p>RECURSO ESPECIAL - EMBARGOS DE TERCEIRO - DECISÃO</p><p>MONOCRÁTICA QUE NEGOU PROVIMENTO AO RECLAMO. IRRESIGNAÇÃO</p><p>DA PARTE EMBARGANTE. 1. Ao apreciar a garantia do bem de família,</p><p>instituída pelo art. 3º da Lei nº 8.009/90, a jurisprudência desta Corte privilegia o</p><p>princípio da boa-fé e proíbe o comportamento contraditório (venire contra</p><p>factum proprium), quando os integrantes da entidade familiar indicam como</p><p>(...)(AgInt nosgarantia de negócio jurídico o próprio imóvel em que residem.</p><p>EDcl no AREsp n. 671.528/PR, relator Ministro Marco Buzzi, Quarta Turma,</p><p>julgado em 5/6/2023, DJe de 14/6/2023.)(Grifo nosso).</p><p>E:</p><p>“como os próprios proprietários não podem mais opor impenhorabilidade do bem</p><p>de família, é descabido o reconhecimento, em benefício de outrem que</p><p>supostamente reside no imóvel”. (AgInt no AREsp n. 1.491.095/SP, relator</p><p>Ministro Luis Felipe Salomão, Quarta Turma, julgado em 29/10/2019, DJe de 5/11</p><p>/2019).</p><p>Assim, , e de modo a suprir tal erro,acolho o erro de premissa fático aventado</p><p>reconheço que o referido imóvel não foi gravado com garantia real hipotecária, mas foi ofertado em</p><p>garantia no termo de Confissão de Dívida, e desta maneira, não se altera o resultado da decisão</p><p>embargada, pelos fundamentos devidamente expostos.</p><p>Da alegada omissão quanto a novação da dívida.</p><p>De fato, no presente caso se verifica a omissão alegada pelo embargante, desta</p><p>maneira, passo a sanar o vício.</p><p>Ocorre que a insurgência dada pelo recurso de Agravo de Instrumento, se opôs a</p><p>decisão liminar proferida nos Embargos de Terceiro, que deferiu a suspensão dos atos de constrição sobre</p><p>o imóvel debatido.</p><p>Desta feita, em nada se discutiu acerca da novação da dívida na oportunidade</p><p>daquela decisão liminar, sendo assim, em que pese o Agravante tenha sustentado seus fundamentos</p><p>acerca da novação da dívida naquela oportunidade, assim como, o Agravado, ora embargante, em suas</p><p>devidas contrarrazões, se revela que tal discussão é incabível na presente oportunidade, estando na</p><p>realidade relacionada ao mérito dos Embargos de Terceiro.</p><p>Assim, impende-se que não ocorreu a análise do pedido pelo Douto Juízo de</p><p>Origem, acerca da ocorrência ou não da novação da dívida, dessa maneira, visto a sua não apreciação,</p><p>incorre sobre este juízo a vedação de análise deste ponto nesta esfera recursal, sob pena de supressão de</p><p>instância e de ofensa ao duplo grau de jurisdição.</p><p>Portanto, sendo o agravo de instrumento um recurso que possui cognição restrita à</p><p>análise do acerto ou desacerto da decisão impugnada, do qual não se faz possível o exame de questões</p><p>não apreciadas, não cabe por meio deste instrumento recursal a satisfação pretendida pelo agravante,</p><p>novamente sob pena de supressão de instância.</p><p>Neste sentido, é o entendimento desta Colenda 16ª Câmara Cível:</p><p>AGRAVO DE INSTRUMENTO – EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL –</p><p>DECISÃO QUE INDEFERIU O REQUERIMENTO DE NULIDADE DOS ATOS</p><p>PROCESSUAIS PRATICADOS EM VIRTUDE DA INEFICÁCIA DAS</p><p>RESPECTIVAS INTIMAÇÕES – INCONFORMISMO DA PARTE EXECUTADA –</p><p>ALEGAÇÃO DE INOBSERVÂNCIA DA CESSÃO DE CRÉDITO NOTICIADA</p><p>NOS AUTOS – NÃO CONHECIMENTO – TESE NÃO APRECIADA EM</p><p>PRIMEIRO GRAU – ANÁLISE DO TEMA QUE CONFIGURARIA</p><p>SUPRESSÃO DE INSTÂNCIA – IMPOSSIBILIDADE DE CONHECIMENTO,</p><p>-SOB PENA DE VIOLAÇÃO DO DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO</p><p>ALEGAÇÃO DE ERRO JUDICIÁRIO POR CONTA DA AUSÊNCIA DE</p><p>HABILITAÇÃO DO NOVO PATRONO DA PARTE EM DECORRÊNCIA DE</p><p>SUBSTABELECIMENTO COM A CONSEQUENTE AUSÊNCIA DE INTIMAÇÃO</p><p>DOS ATOS SUBSEQUENTES – INOCORRÊNCIA - MANIFESTAÇÕES</p><p>PRATICADAS NOS AUTOS QUE IMPOSSIBILITAM O RECONHECIMENTO DA</p><p>TESE DE NULIDADE, PRESUMINDO A CIÊNCIA DO VÍCIO</p><p>ANTERIORMENTE À ARGUIÇÃO - CONFIGURAÇÃO DE “NULIDADE DE</p><p>ALGIBEIRA” - OCORRÊNCIA DE PREJUÍZO EFETIVO NÃO CONSTATADA -</p><p>DESNECESSIDADE DE INTIMAÇÃO NA SITUAÇÃO EVIDENCIADA –</p><p>EXERCÍCIO DO CONTRADITÓRIO DIFERIDO - RECURSO PARCIALMENTE</p><p>CONHECIDO E DESPROVIDO.</p><p>(TJPR - 16ª Câmara Cível - 0102468-21.2023.8.16.0000 - Londrina -  Rel.:</p><p>DESEMBARGADOR MARCO ANTONIO MASSANEIRO -  J. 06.03.2024);</p><p>Ainda em relação à alegação de omissão quanto à alegada novação da dívida,</p><p>embora seja o caso de acolhimento dos embargos pela omissão, eis que houve o vício apontado, por outro</p><p>lado, cabe lembrar que “a sentença faz coisa julgada às partes entre as quais é dada, não prejudicando</p><p>terceiros” (CPC, art. 506), de modo que, no caso, o julgamento do recurso 0062592-64.2020.8.16.0000,</p><p>no qual entendeu o Tribunal, pela não ocorrência/não verificação da novação da dívida, a rigor, não pode</p><p>ser revisado neste ato.</p><p>De todo modo, ainda que se reconheça a possibilidade de o Embargante discutir a</p><p>respeito de ter ou não havido a novação da dívida e, por consequência, a extinção da garantia apresentada</p><p>ao contrato de confissão de dívida, essa questão, a rigor, diz respeito ao mérito dos embargos de terceiro.</p><p>O recurso de agravo de instrumento, entretanto, foi interposto contra a decisão liminar proferida nos</p><p>embargos de terceiro que deferiu a suspensão dos atos de constrição sobre o imóvel.</p><p>Ora, como se sabe, para fins de determinar a suspensão da constrição sobre o</p><p>imóvel objeto dos embargos de terceiro, basta estar suficientemente comprovada a posse ou o domínio,</p><p>nos termos do art. 678 do Código de Processo Civil. E, no caso específico, a despeito das alegações feitas</p><p>pela parte Embargante, conforme reconhecido expressamente por ocasião do julgamento do recurso “em</p><p>sede de cognição sumária da concessão de tutela provisória, não esta demonstrada a probabilidade do</p><p>direito perseguido, restando insuficiente a juntada probatória fornecida pelo embargante, não</p><p>demonstrando efetivamente sequer que reside no mesmo imóvel, visto que juntou apenas o comprovante</p><p>residencial em nome de seu genitor” (mov. 30.1 - 0111990-72.2023.8.16.0000 AI). Logo, a ausência de</p><p>constatação de provas suficientes da posse do Embargante sobre o imóvel, por si só, basta à revogação da</p><p>decisão de primeiro grau que havia determinado a suspensão dos atos de expropriação.</p><p>Assim, , sanando o vício, demonstrando aacolho a omissão aventada</p><p>impossibilidade de discussão do pleito na oportunidade do recurso de Agravo de Instrumento, e por</p><p>decorrência lógica nestes Embargos de Declaração, assim ante a impossibilidade de discussão da matéria</p><p>aventada, é de se manter incólume a decisão embargada.</p><p>Da alegada omissão quanto a comprovação de moradia do embargante no</p><p>imóvel penhorado.</p><p>Por fim, não vislumbro a omissão aventada, já que fora disposta pelo acórdão</p><p>embargado, no qual restou entendido que o embargante não demonstrou efetivamente que reside no</p><p>referido imóvel discutido nos autos, evidenciando no presente caso, o mero inconformismo com a</p><p>decisão proferida unanimemente pelo colegiado desta Colenda 14ª Câmara Cível.</p><p>Destarte, pronunciar-se sobre o acerto ou desacerto do entendimento esposado da</p><p>decisão, não pode ser discutido nos estreitos limites dos Embargos Declaratórios, mesmo porque, como</p><p>já decidiu o Colendo Supremo Tribunal Federal, os Embargos de Declaração têm pressupostos certos,</p><p>não se prestando a corrigir .error in judicando</p><p>Se o intuito da parte é alterar o entendimento adotado pela Corte e o resultado do</p><p>julgamento, deve se socorrer dos instrumentos recursais adequados, colocados à sua disposição pela</p><p>legislação processual vigente.</p><p>Por fim, quanto ao prequestionamento, conforme o art. 1.025 do CPC, a simples</p><p>interposição dos embargos de declaração já é suficiente para prequestionar a matéria, mesmo que os</p><p>embargos de declaração sejam inadmitidos ou rejeitados.</p><p>Logo, verificados os vícios referentes ao erro de premissa fático e omissão quanto</p><p>acolho parcialmente os presentes embargos declaratórios, porém, pelosa discussão de novação da dívida,</p><p>motivos já expostos, assim como os vícios já sanados, mantenho a decisão colegiada na íntegra, sem</p><p>atribuição de efeitos infringentes.</p><p>Conclusão:</p><p>Ante todo o exposto, eis meu voto pelo dos Embargos deparcial acolhimento</p><p>Declaração, sem atribuição de efeitos infringentes, nos termos da fundamentação .supra</p><p>III — DECISÃO</p><p>Ante o exposto, acordam os Desembargadores da 14ª Câmara Cível do TRIBUNAL DE</p><p>JUSTIÇA DO PARANÁ, por unanimidade de votos, em julgar EMBARGOS DE</p><p>DECLARAÇÃO ACOLHIDOS EM PARTE o recurso de RAFAEL ORATSH</p><p>MASCARENHAS.</p><p>O julgamento foi presidido pelo (a) Desembargador João Antônio De Marchi, sem voto, e</p><p>dele participaram Desembargadora Substituta Cristiane Santos Leite (relator),</p><p>Desembargador Francisco Eduardo Gonzaga De Oliveira e Desembargadora Josély Dittrich</p><p>Ribas.</p><p>30 de agosto de 2024</p><p>Desembargadora Substituta Cristiane Santos Leite</p><p>Juiz (a) relator (a)</p>

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