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<p>Anemia Ferropriva</p><p>Conceito: deficiência de ferro (microcítica e hipocrômica)</p><p>Tipos de ferro: Heme – origem animal: carnes, aves, peixes e miúdos.</p><p>Não Heme – frutas secas, ervilhas e feijões secos, castanhas, vegetais verdes escuros, cereais enriquecidos.</p><p>Dietoterapia: ingerir alimentos fontes de proteínas e ferro.</p><p>ingerir juntamente com o ferro não heme alimentos fontes de vitaminas C (laranja, limão, abacaxi, acerola, morango, kiwi, poncã, goiaba, entre outros).</p><p>suplementação com ferro oral ou injetável.</p><p>Inibidores de ferro: carbonatos (refrigerantes), oxalatos (espinafre, beterraba, chocolate), fosfato (casca de grãos – PTN origem vegetal), fitatos, cálcio (leite e derivados), fibras, chá,café, EDTA (conservante) e fosvitina (gema do ovo).</p><p>Anemia Megaloblástica</p><p>Conceito: deficiência da ingestão ou absorção de vitamina B12 e ácido fólico (folato).</p><p>hemácias e neutrófilos gigantes e imaturos, neutrófilos hiperseguimentados e diminuição de leucócitos e plaquetas.</p><p>Dietoterapia:</p><p>Folato</p><p>- Homens e mulheres – 400mcg/dia</p><p>- Crianças – 300 a 400mcg/dia</p><p>- Gestantes – 600mcg/dia</p><p>- Lactantes – 500mcg/dia</p><p>Fontes: espinafre, brócolis, alface, feijão, soja. Cevada, banana, melão, laranja, limão, cogumelos, proteína animal (fígado e rim).</p><p>Vitamina B12</p><p>- Homens e mulheres – 2,4mcg/dia</p><p>- Crianças – 1,5 a 2,0mcg/dia</p><p>- Gestantes – 3,0mcg/dia</p><p>- Lactantes – 2,8mcg/dia</p><p>Fontes: fígado, peixes, músculo, laticínios e ovo.</p><p>OBERVAÇÃO: Não submeter alimentos que contenham folato a baixas temperaturas para não perder suas propriedades.</p><p>Anemia Perniciosa</p><p>Conceito: anemia causada pela má absorção de B12 por falta do fator intrínseco (macrocítica e megaloblástica).</p><p>Dietoterapia: Injetável ou sublingual</p><p>Anemia Por Deficiência de Cobre</p><p>Conceito: anemia causada pela baixa ingestão de cobre.</p><p>Dietoterapia: ingerir alimentos fontes de cobre (mariscos (ostras), vísceras (fígado, rim), carnes, chocolates, nozes, grãos cereais, leguminosas secas e frutas secas).</p><p>Anemia por Desnutrição Proteico Calórica</p><p>Conceito: anemia causada pela redução de massa celular e número de hemácias em um mesmo volume sanguíneo (normocítica e hipocrômica).</p><p>Dietoterapia: dieta hiperprotéica e hipercalórica.</p><p>Anemia Falsiforme</p><p>Conceito: distúrbio hereditário em que a hemácia assume formato de foice. As células morrem prematuramente e também podem causar oclusão vascular.</p><p>Dietoterapia: dieta rica em folato (400 a 600mg)</p><p>vitamina E</p><p>zinco</p><p>Evitar: alimentos ricos em ferro (fígado, fórmulas ricas em ferro, cereais fortificados, vitamina C próximo às refeições).</p><p>Insuficiência ou Lesão Renal Aguda</p><p>Conceito: redução súbita na TFG, quantidade de filtrado por unidade nos néfrons e por uma alteração na capacidade de excreção de restos metabólicos.</p><p>Dietoterapia:</p><p>Energia: balanço nitrogenado positivo</p><p>Caloria: 30 – 35 kcal/kg/dia</p><p>Proteína: não dialítico e não desnutrido – 0,6g/kg/dia (máximo duas semanas depois aumenta gradativamente).</p><p>Dialítico e desnutrido – 1,0 a 1,2g/kg/dia até 1,4</p><p>Líquidos: dar no dia a mesma quantidade excretada e perdida no dia anterior.</p><p>Evitar hiperhidratação e se o paciente está retendo água.</p><p>Potássio: diminuir a ingestão para evitar a hipercalemia.</p><p>Não ingerir medicamentos que impeçam a excreção de potássio.</p><p>Hortaliças</p><p>Pobres</p><p>Medianas</p><p>Ricas</p><p>Brócolis</p><p>Alface</p><p>Abóbora</p><p>Broto de feijão</p><p>Couve</p><p>Abobrinha</p><p>Mostarda cozida</p><p>Cenoura crua</p><p>Chuchu</p><p>Pimentão</p><p>Berinjela</p><p>Beterraba</p><p>Repolho crú</p><p>Pepino</p><p>Tomate</p><p>Frutas</p><p>Pobres</p><p>Medianas</p><p>Ricas</p><p>Caju</p><p>Abacaxi</p><p>Banana</p><p>Limão</p><p>Abacate</p><p>Mamão</p><p>Maracujá</p><p>Goiaba</p><p>Pêra cristalizada</p><p>Melancia</p><p>Laranja</p><p>Pêssego seco</p><p>Jabuticaba</p><p>Maça</p><p>Damasco seco</p><p>Diminuir o Potássio dos Alimentos</p><p>1. Descasque, corte em fatias finas e enxágue-os.</p><p>2. Coloque os vegetais em uma panela quase cheia de água e deixe de molho por duas horas.</p><p>3. Escorra, enxágue e escorra novamente.</p><p>4. Coloque água na panela de novo e deixe cozinhar.</p><p>5. Depois de cozidos, escorra os vegetais e jogue a água fora.</p><p>Para o feijão, a lentilha, o grão de bico e a soja:</p><p>Deixar de molho de um dia para o outro. Fazer uma primeira fervura em bastante água e, antes que esteja totalmente cozido, desprezar a primeira água da fervura, terminando o cozimento em uma nova água.</p><p>Controlar os Líquidos e a Sede</p><p>1. Coloque a quantidade permitida em água dentro de um vasilhame e faça um risco no nível da água.</p><p>2. Use copos e xícaras pequenos.</p><p>3. Beba somente quando tiver sede e evite alimentos salgados.</p><p>4. Tente respirar mais pelo nariz do que pela boca.</p><p>5. Coma frutas geladas no período entre as refeições e tome líquidos gelados.</p><p>6. Coloque pedaços de frutas no congelador (ex: fatias de pêssego ou maçã) e depois coloque na boca para derreter lentamente</p><p>7. Coloque água, limão, limonada em forminhas de gelo e coloque para congelar, depois chupe uma pedra de gelo quando estiver com sede.</p><p>8. Sucos de fruta pobre em potássio podem ser usados.</p><p>9. Água e alimentos gelados satisfazem mais a sede</p><p>Carambola</p><p>Existência de um composto neurotóxico que o rim não consegue excretar e também é composta por oxalato.</p><p>Doença Renal Crônica</p><p>Conceito: grande variedade de lesões renais caracteriza-se pelo declínio lento e estável na função renal.</p><p>Objetivo: reduzir o acúmulo de compostos nitrogenados tóxicos, prevenir distúrbios metabólicos, retardar progressão da doença renal crônica e prevenir desnutrição energética proteica.</p><p>Tratamento Conservador ou Pré-Dialítico – TFG <60 durante 3 meses</p><p>Dietoterapia:</p><p>- Energia - Manter balanço nitrogenado neutro (N excretado = N ingerido).</p><p>- Calorias</p><p>- Aumento de peso: 35 – 45 kcal/kg/PA</p><p>- Manutenção de peso: 35 kcal/kg/PA</p><p>- Redução de peso: 25 – 30 kcal/kg/PA</p><p>- Não prescrever menos que 25 kcal/kg/PA e cuidado com o aporte energético em pacientes com diabetes mellitus e inflamação.</p><p>- Carboidratos – 50 – 65% do total de kcal</p><p>- Lipídeos – 25 - 35% do total ou do restante de calorias estimadas.</p><p>- Sódio – 1 – 3g (individualizado para PA ou edema).</p><p>- Fósforo – 800mg ou ≤ 10mg/kg/dia</p><p>- Cálcio – 1000 – 1500mg</p><p>- Líquidos – sem restrição</p><p>- Proteínas</p><p>- Desnutrição e diabéticos: 0,8 – 1,0 g/kg/PA</p><p>- Manutenção: 0,6 – 0,8 g/kg/PA (60 a 80% AVB)</p><p>TFG > 60 – sem restrição (0,8 a 1,0 g/kg/dia)</p><p>25 - 60 – 0,6 g/kg/dia (PTN AVB >50%)</p><p>< 25 – 0,6 g/kg/dia (PTN AVB >50%)</p><p>0,3 suplementada com aaE (0,3) + cetoácidos (0,3)</p><p>Proteinúria > 3g / 24h – repor 1g de proteína da dieta para cada grama de proteinúria.</p><p>- Potássio – 40 – 70 mEq/dia (mEq – mg = x3,9)</p><p>- Vitaminas</p><p>- Vit. B6: 1,3 – 10mg</p><p>- Ác. Ascórbico: 60mg</p><p>- Ác. Fólico: 400mcg – 1,0mg</p><p>- Vit. B1: 2,4mcg</p><p>- Vit. B12: 2,4mcg</p><p>- Riboflavina: 1,1 – 1,3mg</p><p>- Biotina: 30mcg</p><p>- Vit. D: 0,25 – 0,5mcg</p><p>- Oligoelementos</p><p>- Ferro (mg) individualizada</p><p>- Zinco: 12 – 15mg</p><p>Tratamento Dialítico – TFG <10 ml/min ou <15 ml/min desnutrido ou diabético</p><p>Hemodiálise</p><p>Intervenção Nutricional:</p><p>- Perda de PS (Peso Seco) não intencional de 5% ou mais em 1 mês, ou 7,5% em 3 meses</p><p>- IMC < 20 kg/m2 ou PA < 80% do ideal</p><p>- Mudanças no apetite, na dieta, na função gastrintestinal</p><p>- Problemas de mastigação e deglutição</p><p>- Aumento das necessidades metabólicas</p><p>- Média de ganho de peso interdialítico > 2Kg (HD 3x/sem) e > 3Kg (HD 2x/sem), ou > que 7% do PS</p><p>- Edema, hipertensão, câimbras</p><p>- Albumina sérica < 4g/dl</p><p>- K sérico pré-diálise 3,5 ou 5,5mEq/l</p><p>- Ureia sérica pré-diálise > 200mg/dl ou < 130mg/dl</p><p>- Fósforo sérico pré-diálise < 4,5 ou > 6,0 mg/dl</p><p>- Cálcio sérico < 8,5 ou 11,0 mg/dl</p><p>- Glicemia > 120 mg/dl, HbA1c > 7%</p><p>- Colesterol <160 ou > 200 mg/dl</p><p>Dietoterapia:</p><p>- Calorias</p><p>- Aumento de peso: 35 – 45 kcal/kg/PA</p><p>- Manutenção de peso: 32 - 38 kcal/kg/PA</p><p>(média 35 kcal/kg/PA)</p><p>- Redução de peso: 25 – 30 kcal/kg/PA</p><p>- Proteínas</p><p>- Aumento de peso: 1,2 – 1,4g/kg</p><p>- Manutenção de peso: 1,2g/kg (50 a 60% de AVB)</p><p>- Carboidratos – 50 – 60% do total de kcal</p><p>- Fibras – 20 – 25g</p><p>- Lipídeos – 25 - 35% do total ou do restante de calorias estimadas.</p><p>- Sódio – 1 – 3g (individualizado para PA, edema e ganho de peso interdialítico).</p><p>- Potássio – 1 – 3g</p><p>- Cálcio – 1000 – 1500mg</p><p>- Líquidos – 500ml + volume urinário de 24 horas</p><p>- Fósforo – 800 – 1200mg</p><p>OBSERVAÇÕES:</p><p>- Suplementar cálcio e vitamina D ativa</p><p>- Usar quelante de fósforo em refeições com PTN</p><p>- 50% de PTN AVB</p><p>- Fontes de fósforo: frango, boi, fígado (boi), peixe, sardinha, ovo, leite, queijo, iogurte, feijão, soja, amendoim, pão francês, bolacha, refri/cola e cerveja.</p><p>- Quelantes: hidróxido de alumínio, carbonato de cálcio, acetato de cálcio, sevelamer, carbonato de latânio.</p><p>- Vitaminas</p><p>- Vit. B6: 10 – 50mg</p><p>- Vit. B12: 2,4mcg</p><p>- Ác. Fólico: 1,0 mcg – 5,0mg (para evitar desequilíbrio da homocisteína)</p><p>- Ác. Ascórbico: 60 – 100mg</p><p>- Vit. B1: 1,1 – 1,2mg</p><p>- Riboflavina: 1,1 – 1,3mg</p><p>- Biotina: 30mcg</p><p>- Oligoelementos</p><p>- Ferro: 200mg ou quantidade suficiente para manter a ferritina sérica > 100 mg/ml e a saturação da transferrina > 20%</p><p>- Zinco: 12 – 15mg.</p><p>Diálise Peritonial</p><p>Intervenção Nutricional:</p><p>- Perda de PS (Peso Seco) não intencional de 5% ou mais em 1 mês, ou 7,5% em 3 meses</p><p>- IMC < 20 kg/m2 ou PA < 80% do ideal</p><p>- Presença de peritonite, infecções, febre.</p><p>- Mudanças no apetite e ingestão alimentar <30 kcal/kg</p><p>- Mudanças na prescrição da dieta</p><p>- Problemas de mastigação e deglutição</p><p>- Presença ou tratamento de neoplasia</p><p>- Náuseas, vômitos, diarreia, obstipação</p><p>- Edema de extremidade, edema pulmonar</p><p>- Albumina sérica < 4g/dl</p><p>- K sérico pré-diálise 3,5 ou 5,5mEq/l</p><p>- Ureia sérica pré-diálise > 100mg/dl ou < 180mg/dl</p><p>- Fósforo sérico > 6,0 mg/dl</p><p>- Cálcio sérico < 8,5 ou 11,0 mg/dl</p><p>- Anormalidades na glicemia</p><p>- Anormalidades nos lipídios séricos</p><p>Dietoterapia:</p><p>- Calorias</p><p>- Aumento de peso: 35 – 50 kcal/kg/PA</p><p>- Manutenção de peso: 25 - 35 kcal/kg/PA (média 35 kcal/kg/PA)</p><p>- Redução de peso: 20 – 35 kcal/kg/PA</p><p>- Proteínas</p><p>- Aumento de peso e peritonite: 1,4 – 1,6g/kg</p><p>- Manutenção de peso: 1,2 – 1,3g/kg</p><p>- Carboidratos</p><p>- 35% do total de kcal</p><p>- Em torno de 60 a 80% da glicose do dialisato são absorvidos via peritoneal (100 a 150g/glicose/dia). Correspondendo em média a 20 a 30%da ingestão usual do paciente</p><p>- Lipídeos – 35% do total ou do restante de calorias estimadas.</p><p>- Fibras – 20 – 25g</p><p>- Líquidos – pode não ser restringido, dependendo da PA e retenção hídrica.</p><p>- Sódio – 3 – 4g (individualizado para PA e retenção hídrica).</p><p>- Potássio – não restringido, exceto se o nível sérico for alto</p><p>- Fósforo – 1000 – 1200mg</p><p>- Cálcio – 1000 – 1500mg</p><p>- Vitaminas</p><p>- Vit. B6: 10 – 50mg</p><p>- Ác. Ascórbico: 100mg</p><p>- Ác. Fólico: 1,0 mcg – 5,0mg</p><p>- Vit. B1: 1,1 – 1,2mg</p><p>- Vit. B12: 2,4mcg</p><p>- Riboflavina: 1,1 – 1,3mg</p><p>- Biotina: 30mcg</p><p>- Vit. D: 0,25 – 0,5mcg</p><p>- Oligoelementos:</p><p>- Ferro (mg): 200 ou quantidade suficiente para manter a ferritina sérica > 100 ng/ml e a saturação da transferrina > 20%</p><p>- Zinco (mg): 12 – 15</p><p>Litíase Renal ou Nefrolitíase</p><p>Conceito: presença de cálculos renais.</p><p>Hipercalciúria Idiopática</p><p>- Absorção excessiva de cálcio pelo TGI</p><p>- Não reduzir o cálcio</p><p>Hipercalciúria Absortiva Tipo II</p><p>Controle de cálcio dietético:</p><p>- Homens: 800 mg/dia</p><p>- Mulheres pré-menopausa: 1.000 mg/dia;</p><p>pós-menopausa: 1.200 mg/dia</p><p>- Controle de oxalato</p><p>- Ingestão líquida: 250 ml a cada 4 horas</p><p>Hiperoxalaciúria</p><p>- Baixa ingestão de oxalato</p><p>- Ingestão líquida - 250 ml a cada 3 horas</p><p>- Objetivo volume urinário de 2000 a 2500ml/24h</p><p>- Restrição de vitamina C - não mais do que 1g/dia</p><p>Alimentos ricos em oxalato</p><p>- Café, cerveja, chá, bebidas achocolatadas</p><p>- Sucos de abacaxi, pêssego, pêra, ameixas, laranja, morango, uva, tangerina, framboesa</p><p>- Cacau, colas</p><p>- Sardinhas, tofu, molho de tomate</p><p>- Aspargos, brócolis, couve de bruxelas, cenoura, milho, ervilha, alface, tomate, nabo</p><p>- Feijões, acelga, pepino, escarola, berinjela, alho poró, espinafre, mostarda, agrião, quiabo, salsa</p><p>- Pêssegos, cereja, amora, amendoim, nozes, amêndoas</p><p>Hiperuricosúria</p><p>- Evitar ingestão excessiva de carne, peixe e aves</p><p>- Máximo 0,8 a 1 g de proteína por Kg peso/dia</p><p>- Evitar a ingestão excessiva de bebidas alcoólicas</p><p>- Reduzir ingestão de Purinas</p><p>- O intervalo entre a ingestão de ptn animal e o sono deve ser no mínimo de 4 horas</p><p>Alimentos Ricos em Purinas</p><p>Alto: Aspargos, couve flor, leguminosas, espinafre, germe e farelo de trigo, carnes, peixes</p><p>MUITO ALTO: Anchova, rins, arenque, fígado, sardinha, pães doces, molhos em geral</p><p>- Proteína: 0,8 a 1,0 g/Kg/dia</p><p>- Lipídios: não mais do que 25% do VET</p><p>- Sódio: menos do que 4 g/dia</p><p>- Potássio: aumentado</p><p>Alimentos fontes de Citrato de Potássio:</p><p>- Bananas, frutas cítricas (laranja, limão), damascos, melões e tomates</p><p>- Salmão, linguado, atum, sardinhas e bacalhau</p><p>- Acelga, alface romana, nabo, couve</p><p>- Legumes, brócolis, couve-flor, couve-de-bruxelas, feijões verdes, batatas sem casca.</p><p>- Magnésio: aumentado</p><p>- Fibras: 20 g por dia</p><p>- Líquidos: estimulados: 250 ml a cada 4 horas, fora do período de sono.</p><p>- Oxalato de Cálcio: evitar (antes correlacionar ingestão x excreção); cuidado com a suplementação de Vit C.</p><p>- Cálcio: normalmente recomendado para indivíduos sadios: entre 800 a 1200 mg,</p><p>- Exceção: pacientes com hipercalciúria absortiva do tipo II deverão receber menos cálcio</p><p>EVITAR – Refrigerantes e chás.</p><p>Síndrome Nefrítica</p><p>Conceito: doença aguda que se caracteriza por inflamação do glomérulo impedindo a eliminação renal de sódio e H2O = Hipervolemia.</p><p>Sintomas: edema, hematúria, hipertensão e oligúria.</p><p>Dietoterapia:</p><p>- Proteínas – 0,6g/Kg/dia (hipoproteica – até 2 semanas e aumentar gradativamente)</p><p>- Sódio – 1 – 2 g/dia (hipossódica)</p><p>- Se o sódio estiver muito baixo, fazer restrição hídrica</p><p>- Líquidos – até 600ml/dia – ajustada conforme perda ou ganho de peso diário</p><p>Síndrome Nefrótica</p><p>Conceito: compreende um grupo de doenças que resultam de uma perda da barreira glomerular à proteína.</p><p>Manifestações Primárias:</p><p>- Hipoalbuminemia (perda de proteínas na urina)</p><p>- Formação de edema (retenção sódio e água)</p><p>- Hiperlipidemia (aterosclerose e progressão da doença renal)</p><p>Manifestações Secundárias:</p><p>- Hipovitaminose D (resultando em hipocalcemia)</p><p>- Estado hipercoagulável</p><p>- Anemia hipercrômica e microcítica</p><p>- Massa muscular depletada</p><p>Sintomas:</p><p>- Edema palpebral, tissular, nos joelhos, na bolsa escrotal (homens)</p><p>- Inapetência, sensação de mal-estar generalizado</p><p>- Dor abdominal, abdômen distendido, dificuldade respiratória</p><p>- Perda de massa muscular</p><p>- Hipotensão em crianças (choque), adultos hipertensos, hipotensos ou normotensos</p><p>- Urina espumosa (proteinúria), oligúria, insuficiência renal subitamente</p><p>Dietoterapia: controlar edema, manter estado nutricional e evitar a progressão para LRC terminal.</p><p>Líquidos – até 600ml/dia – ajustada conforme perda ou ganho de peso diário</p><p>Energia – 30 – 35 Kcal/Kg/dia</p><p>Proteína – Normo</p><p>Potássio – Normo</p><p>Sódio – 2 a 3 g/dia – Hipo</p><p>- Ascite – Volume diminuído e fracionamento aumentado</p><p>- Edema grave – 500mg</p><p>Ferro – suplementação</p><p>Vitamina D – reposição</p><p>Lipídeos</p><p>- Restrição de Lipídio Total: 30%</p><p>- Gordura Saturada: 10%</p><p>- Colesterol: 300 mg/dia se não responder ao medicamento</p><p>- Paciente libera ácidos graxos para formar albumina - dislipidemia</p><p>- Raramente a dieta atinge seu objetivo - necessário medicamento</p><p>Doenças Ósseas e Reumáticas</p><p>Hiperuricemia e Gota</p><p>Conceito: distúrbio do metabolismo das purinas em que ocorrem concentrações anormalmente elevadas de ácido úrico no sangue (hiperuricemia), esse excesso provoca formação de cristais de ácido úrico que se acumulam nas articulações (gota).</p><p>Dietoterapia:</p><p>- Medicação (observar interação droga x nutrientes), dieta, evitar jejum prolongado, aumentar ingestão de líquidos (aumentar excreção de ácido úrico)</p><p>- Evitar álcool – aumenta renovação de ATP e produção de urato, acúmulo de</p><p>ácidos orgânicos (competição com acido úrico), intoxicação com etanol, cetoacidose diabética e aumento de ácidos causando hiperuricemia.</p><p>- Evitar alimentos ricos em purinas como: carnes de animais novos, miúdos em geral, peixes e frutos do mar e aves como galeto, peru, pombo e ganso.</p><p>- Moderar, nos outros tipos de carnes e sal.</p><p>- Frutas e legumes tem folato, vit. C e fibras com papel protetor</p><p>OBSERVAÇÃO:</p><p>- Ácido úrico muito alto, ingerir ovos, leite e derivados</p><p>- Dieta só ajuda 25% após 10 dias de inicio.</p><p>Artrite Reumatoide</p><p>Conceito: doença autoimune debilitante e, com frequência, incapacitante, com efeitos pessoais, sociais e econômicos, esmagadores. Afeta os tecidos intersticiais, os vasos sanguíneos, a cartilagem, o osso, os tendões e os ligamentos, bem como as membranas sinoviais que revestem as superfícies articulares.</p><p>Dietoterapia:</p><p>- VET – DACP – FI de 1,14 a 1,35</p><p>- Desnutrido 35 a 40 Kcal/Kg/p</p><p>- Proteínas – 1,5 a 2,0 g/Kg/d</p><p>- Lipídeos – normo (ômega 3)</p><p>- Cúrcuma</p><p>- Cálcio e Vit. D</p><p>- Vitaminas – aumentadas, principalmente antioxidantes (A, C e E)</p><p>- Minerais – aumentados – Cu e Zn</p><p>Osteoartrite</p><p>Conceito: destruição da cartilagem com inflamação assimétrica.</p><p>Dietoterapia:</p><p>- Controlar o VET, se for obeso</p><p>- Aumentar ingestão de cálcio e Vit. D</p><p>OBSERVAÇÃO: doença limita a atividade física – dificuldade de emagrecimento em obesos.</p><p>Doenças Cardiovasculares</p><p>Conceito: doenças que alteram o funcionamento do sistema circulatório do coração, vasos sanguíneos e vasos linfáticos. Os fatores de risco imutáveis são idade, hereditariedade, sexo e raça, e os fatores de risco mutáveis são tabagismo, hipertensão, diabetes, obesidade, sedentarismo, alcoolismo, dislipidemia, contraceptivo e estresse mental.</p><p>Hipertensão Arterial (HAS)</p><p>Conceito: pressão arterial persistentemente elevada, que é a força exercida por unidade de área sobre as paredes das artérias.</p><p>Dietoterapia:</p><p>- Diminuir a ingestão de sódio (preparar refeições com pouco sal ou nenhum; Adicionar 1g em cada refeição para HAS grave).</p><p>- Evitar alimentos ricos em sódio como:</p><p>Processados (enlatados, embutidos, conservas, molhos prontos, caldos de carne, temperos prontos industrializados, defumados, bebidas isotônicas, caldo Knorr, chips, sopas industrializadas, shoyo, Ajinomoto, queijo salgado, amendoim e pipoca salgada, bolacha salgada, carne seca, bacalhau, maionese, mostarda, katchup e margarina com sal). Maior que 300mg de sódio/100g de produto já é considerado hiperssódico.</p><p>- Aumentar alimentos ricos em potássio (para aumentar excreção de sódio).</p><p>Feijão, grão de bico, ervilha fresca ou seca, aveia, germe de tricô, beterraba, batata, rabanete, mandioca, cenoura, cará, salsa, almeirão, couve de Bruxelas, couve manteiga, chicória, espinafre, amora, abacate, banana, cereja crua, damasco, melão, maracujá.</p><p>Dieta DASH</p><p>Conceito: dieta projetada e desenvolvida para baixar HAS de maneira natural com combinações de alimentos naturais, frutas, vegetais, nozes, leguminosas, grãos integrais, laticínios com pouca gordura, carnes magras e aves e com baixo teor de sódio.</p><p>Dietoterapia:</p><p>- Na 1500mg/dia (2/3 de colher de chá de sal)</p><p>- Substituir sal por alho, pimenta, limão, ervas, temperos e especiarias naturais.</p><p>- Leites e derivados com pouca gordura.</p><p>- Aumentar consumo de fibras, vitaminas, minerais e antioxidantes.</p><p>- Aumentar consumo de alimentos fontes de Mg, Ca, K, proteínas frutas.</p><p>- Diminuir carboidratos de baixo índice glicêmico.</p><p>- Acrescentar a alimentação banana, suco de laranja, mamão, leguminosas, batatas, ameixas, uvas passas, batata doce, tomate, nozes, legumes, vegetais, grãos integrais, aves, peixes</p><p>- Álcool moderado.</p><p>Dislipidemia</p><p>Primária: genética e ambiental (dieta inadequada, sedentarismo).</p><p>Secundária: doenças e medicamentos.</p><p>Dietoterapia:</p><p>- O consumo de colesterol alimentar deve ser menor que 300mg/dia</p><p>- O consumo de ácidos graxos saturados (g) deve estar de acordo com a ingestão calórica diária e não deve passar de 10% do VET. Em indivíduos com fatores de risco associadas a doenças cardiovasculares o consumo deve ser menor que 7% do VET.</p><p>- Não é indicado o consumo de coco e óleo de coco para o tratamento de hipercolesterolemia.</p><p>- Não consumir óleo de palma.</p><p>- Moderar no consumo de manteiga (manter valores dentro das recomendações de gordura saturada).</p><p>- Controlar o consumo de carne vermelha, miúdos e aves com pele e também cortes gordurosos. Além disso, observar o modo de preparo para minimizar o consumo de gordura saturada.</p><p>- Controlar o consumo de queijo dando preferência a queijos com menor teor de gordura. Consumir com cautela queijos brancos.</p><p>- Substituir os ácidos graxos saturados por ácidos graxos monoinsaturados (associado com Vitamina E).</p><p>- Suplementação com ômega 3 marinho (2-4g/dia). Hipertrigliceridemia grave maior que 500mg/dL</p><p>- Consumir refeições a base de peixe pelo menos duas vezes na semana.</p><p>- Suplementação de ômega 3 marinho (1g/dia) para indivíduos com risco baixo a moderado. Auxilia também a diminuir o risco de doenças cardiovasculares, assim como o consumo de ômega 3 de origem vegetal.</p><p>- Substituir os ácidos graxos saturados por ácidos graxos poli-insaturados, incluindo ômega 6 (5% a 10% do VET total).</p><p>- Evitar o consumo de ácido graxo trans.</p><p>- Controlar o consumo de café (elevam o colesterol sérico).</p><p>- Reduzir o consumo de carboidrato simples.</p><p>- Reduzir o consumo de bebida alcoólica.</p><p>- Consumir soja (aumenta a eliminação da bile pelo intestino diminuindo colesterol plasmático, protege contra aterosclerose e formação de trombos e atua como antioxidante).</p><p>- Aumentar o consumo de flavonoides como cereja, amora, uva, morango, jabuticaba, grãos, batata, berinjela, feijão, cebola, rabanete, couve, escarola, nabo, vinhos e suco de uva.</p><p>- Aumentar o consumo de vitamina C (frutas cítricas e vegetais como brócolis, repolho e tomate), vitamina E (óleos de sementes, noves, abacate, grãos, cereais, ovos, vegetais verdes e grãos de soja) e carotenoides (frutas, tomate, cenoura, brócolis, pimentão, espinafre, entre outros legumes).</p><p>Insuficiência Cardíaca Congestiva</p><p>Conceito: incapacidade dos ventrículos de bombear quantidades adequadas de sangue para manter necessidades periféricas do organismo. Como consequência tem-se a diminuição do débito cardíaco e fluxo renal e retenção de sódio e água provocando edema periférico e pulmonar.</p><p>Tratamento: modificações no estilo de vida, dieta, fármacos ou até intervenção cirúrgica (aliviar sintomas, melhorar capacidade funcional e qualidade de vida e prevenção e desenvolvimento da progressão).</p><p>Dietoterapia:</p><p>- Edema – restrição hídrica, reduzir sódio.</p><p>- Evitar frituras, gorduras saturadas e trans, em caso de dislipidemia, ajustar quantidade com o tipo. 25 – 30%.</p><p>- Proteínas de acordo com a necessidade.</p><p>- Ingerir carboidratos complexos.</p><p>- Consistência – fácil mastigação</p><p>- Fracionamento aumentado (5 a 6 refeições/dia)</p><p>- VET</p><p>- DACEP 30 kcal/kg/Pa</p><p>- Sódio</p><p>- Evitar alimentos ricos em sódio</p><p>-Restrição leve – aproximadamente 2,5g a 4,0g</p><p>-Edema, restrição moderada – aproximadamente 1,0g a 2,0g</p><p>- Colesterol não mais que 300mg/dia</p><p>- Proteína</p><p>- Normo a Hiper</p><p>- Desnutrição avançada - 2,0g/kg/PA/dia</p><p>- Eutróficos - 1,0g/kg/PA/dia</p><p>- Função renal diminuída – 0,8g/kg/PA/dia</p><p>- Carboidrato</p><p>- 50 a 60% (caso de retenção de dióxido de carbono, reduzir e oferecer menos carboidrato simples).</p><p>- Consistência</p><p>- DACEP</p><p>- Fadiga e dispneia – dieta que exija pouca ou nenhuma mastigação</p><p>- Suplementar potássio caso algum diurético cause excreção deste. Cálcio e magnésio também, mas devem ser controlados e talvez suplementados.</p><p>- Restrição hídrica variável e estabelecida de acordo com o balanço hidroeletrolítico.</p><p>Infarto Agudo do Miocárdio</p><p>Conceito: processo aterosclerótico que levam a formação de placas de ateroma que reduzem ou obstrui a luz coronária que leva sangue para o miocárdio, com isso, há limitação do fluxo coronário e necrose da área do miocárdio.</p><p>Dietoterapia:</p><p>- Fracionamento – Aumentado (4 a 6 refeições/dia)</p><p>- Volume – Diminuído para evitar sobrecarga de trabalho cardíaco no processo de digestão.</p><p>- Fibras alimentares</p><p>- 20 – 30g/dia</p><p>- Facilitar funcionamento intestinal, aumentar volume fecal e retardar a absorção do amido tornando mais lenta a absorção de glicose.</p><p>- SE NECESSÁRIO suplementação hipercalórica via oral.</p><p>- Líquidos</p><p>- Adulto – 1500mL/dia (30mL/kg de peso).</p><p>- Idoso > 65 anos – 1700ml /dia (30mL/kg de peso).</p><p>- Em alguns casos há necessidade de restrição hídrica.</p><p>Trombose</p><p>Conceito: formação de um trombo no interior do coração ou de um vaso. Pode ocorrer em uma veia situada na superfície do corpo. Tromboembolia – complicação.</p><p>Tratamento: prevenir formação de coágulos e dissolver os existentes.</p><p>Medicamentos: anticoagulantes (heparina, enoxaparina e warfarina).</p><p>Dietoterapia:</p><p>- Vitamina K – participa dos fatores de coagulação, em excesso pode levar a formação de coágulos. Por outro lado, deixar de ingerir vitamina K pode diminuir a produção dos fatores de coagulação podendo aumentar o risco de sangramento.</p><p>- O ideal é manter uma dieta balanceada com alimentos que contenham vitamina K</p><p>- Alimentos para comer raramente e em pequenas quantidades:</p><p>- Alimentos muito gordurosos e fígado animal.</p><p>- Chás de folhas verdes como cidreira, erva doce, mate, hortelã, boldo, chá verde, chá preto, alecrim e arruda.</p><p>-Alimentos para comer com cuidado (pode ser todos os dias, mas apenas UM TIPO e em PEQUENA QUANTIDADE)</p><p>- Couve, salsa, espinafre, acelga (1pires).</p><p>- Agrião, alface, brócolis, cebolinha, couve-flor, escarola, ervilha, grão de bico, lentilha, repolho, soja (1 prato de sobremesa raso).</p><p>- Alimentos para comer livremente</p><p>- Abóbora, aipo, alho, batata, berinjela, cenoura, chuchu, cogumelo, milho, nabo, pepino sem casca, pimentão amarelo e vermelho, rabanete, tomate vermelho; frutas em geral sem casca; arroz, macarrão, feijão; peixes, carnes sem gordura, frango (sem pele); leite e derivados (com pouca gordura, preferencialmente); doces em geral, mel; pães, ovos; refrigerantes e sucos.</p><p>- Não exagerar no consumo de cebola, palmito, abacate, beterraba, feijão de soja e derivados.</p><p>- Ajustar dose de anticoagulantes em atividades físicas e evitar esportes de colisão ou objetos para evitar sangramentos.</p><p>- Bebida alcóolica em pequena quantidade. Evitar o consumo em excesso.</p><p>- Em relação a óleos, prefira embalagens de plástico para que a luz oxide a vitamina diminuindo sua absorção.</p>