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<p>Apesar do avanço tecnológico</p><p>(cineangiocoronariografia,</p><p>revascularização miocárdica,</p><p>ultrassonografia, cintilografia cardíaca</p><p>e cerebral, tomografia</p><p>computadorizada, drogas anti-</p><p>hipertensivas e inotrópicas cardíacas)</p><p>ainda é alto o índice de óbitos</p><p>precoces por doenças</p><p>cardiovasculares.</p><p>O Brasil aparece em 9º lugar na lista</p><p>dos países cuja população morre mais,</p><p>em números absolutos, de doenças</p><p>cardíacas, e é o 6º em AVC.</p><p>Cigarro é o grande vilão nos países</p><p>desenvolvidos.</p><p>Sedentarismo, obesidade, diabetes e</p><p>pressão alta são considerados os</p><p>principais fatores de risco para o</p><p>desenvolvimento de doenças</p><p>cardiovasculares.</p><p>O coração é o responsável pelo</p><p>fornecimento do fluxo de sangue</p><p>oxigenado aos órgãos e tecidos do</p><p>corpo, de modo a atender às</p><p>necessidades metabólicas.</p><p>A contração cardíaca ocorre por meio</p><p>de um estímulo elétrico.</p><p>Classificação das cardiopatias:</p><p>1. Cardiopatia isquêmica;</p><p>2. Cardiopatia hipertensiva;</p><p>3. Miocardiopatias;</p><p>4. Valvopatias;</p><p>5. Pericardites;</p><p>6. Dor pulmonar crônica;</p><p>7. Cardiopatias congênitas;</p><p>8. Doenças da aorta.</p><p>Sintomas:</p><p>Dispneia – sintoma mais frequente da</p><p>insuficiência cardíaca;</p><p>Pode ocorrer em indivíduos normais,</p><p>durante atividade física;</p><p>Na dispneia de origem cardíaca, a</p><p>respiração é rápida e superficial, sem</p><p>conseguir encher os pulmões de ar.</p><p>A dispneia no cardiopata deve-se a:</p><p>→ Aumento do trabalho necessário</p><p>a respiração, diminuição da</p><p>capacidade vital, hiperventilação,</p><p>diminuição da luz dos brônquios,</p><p>hipóxia e retenção de dióxido de</p><p>carbono.</p><p>Dor precordial – principais causas</p><p>são isquemia do miocárdio e</p><p>pericardite;</p><p>A insuficiência da circulação leva a dor</p><p>precordial, também conhecida como</p><p>angina do peito;</p><p>Os pacientes que sofrem desta dor</p><p>são acometidos durante algum esforço</p><p>ou durante as refeições;</p><p>Pacientes relatam dor no tórax e</p><p>sensação de aniquilamento.</p><p>Localização:</p><p>→ Região retroesternal, irradiando</p><p>para braço esquerdo;</p><p>→ Sensação de opressão e</p><p>estrangulamento, e relaciona-se</p><p>com esforço físico.</p><p>Duração:</p><p>→ Geralmente entre 1 e 10</p><p>minutos.</p><p>Dor provocada por infarto no</p><p>Miocárdio:</p><p>→ Semelhante a angina do peito;</p><p>→ Mais prolongada – normalmente</p><p>mais de 30 minutos;</p><p>→ Mais intensa e sem relação com</p><p>esforço físico.</p><p>Palpitações – batimentos cardíacos</p><p>mais sentidos de forma consciente.</p><p>Exemplos: sensação de murro dentro</p><p>da caixa torácica, consciência de</p><p>batimentos extranumerários ou falhos,</p><p>disparos da frequência cardíaca.</p><p>Edema – acúmulo de liquido</p><p>intersticial;</p><p>→ Manifestação mais relevante,</p><p>porém, geralmente de</p><p>observação tardia;</p><p>→ Se instala quando há aumento</p><p>da pressão venosa, e retenção</p><p>de água e sódio;</p><p>→ É precedido por aumento de</p><p>peso (3 a 5 kg);</p><p>→ Pressão aplicada pelo polegar</p><p>deixa depressão nos tecidos –</p><p>cacifo.</p><p>Ascite – sinal de cardiopatia</p><p>avançada;</p><p>→ Acúmulo de líquido no interior da</p><p>cavidade abdominal;</p><p>→ Manifesta-se mais tarde que o</p><p>edema, porém são de mesmo</p><p>mecanismo;</p><p>→ Sintoma comum de doenças</p><p>hepáticas.</p><p>Cianose – coloração azulada da pele</p><p>e mucosas;</p><p>→ Devido a saturação insuficiente</p><p>de sangue arterial em relação ao</p><p>oxigênio ou ao seu consumo</p><p>exagerado nos tecidos periféricos.</p><p>Tipos:</p><p>→ Cianose central – oriunda de</p><p>alteração cardíaca ou pulmonar;</p><p>→ Diagnostico: saturação de</p><p>oxigênio < 85%;</p><p>→ Cianose periférica – saída</p><p>elevada de oxigênio nos tecidos,</p><p>pele fria e mucosas quentes (ex:</p><p>língua) sem cianose.</p><p>Hemoptise – escarro sanguinolento</p><p>por hemorragia da árvore respiratória;</p><p>não tão frequente, exceto nos casos</p><p>de estenose mitral e infarto pulmonar.</p><p>Síncope – perda passageira da</p><p>consciência devido a um fluxo</p><p>inadequado ou à baixa perfusão dos</p><p>tecidos cerebrais;</p><p>Pode ter diversas causas, entre elas</p><p>algumas cardiopatias (rendimento</p><p>cardíaco diminui bruscamente por</p><p>baixa frequência cardíaca).</p><p>• Pulso arterial;</p><p>• Frequência cardíaca;</p><p>• Pressão arterial.</p><p>Pulso arterial</p><p>Sentido durante a palpação de uma</p><p>artéria com a finalidade de determinar</p><p>a frequência cardíaca.</p><p>→ Artéria radial;</p><p>→ Artéria carótida;</p><p>→ Artéria temporal;</p><p>→ Artéria pediosa dorsal.</p><p>Frequência cardíaca:</p><p>Quando regular, pode contar os</p><p>batimentos por 15 segundos e</p><p>multiplicar por 4.</p><p>Quando irregular, recomenda-se</p><p>contar por 30 segundos;</p><p>Frequência de 60 a 100 bpm em</p><p>adultos em repouso.</p><p>→ Bradicardia sinusal – frequência</p><p><60bpm;</p><p>→ Taquicardia sinusal – frequência</p><p>>120 bpm.</p><p>Pressão arterial:</p><p>Mensuração precisa somente com</p><p>cateterismo intra-arterial;</p><p>Para fins clínicos os</p><p>esfigmomanômetro é suficiente.</p><p>Antes de aferir: Paciente deve estar</p><p>confortável e aquecido em ambiente</p><p>calmo; Antes de medir, ficar na mesma</p><p>posição por 5 minutos.</p><p>É uma doença crônica não</p><p>transmissível de natureza multifatorial,</p><p>assintomática (na grande maioria dos</p><p>casos) que compromete</p><p>fundamentalmente o equilíbrio dos</p><p>sistemas vasodilatadores e</p><p>vasoconstritores, levando a um</p><p>aumento da tensão sanguínea nos</p><p>vasos, capaz de comprometer a</p><p>irrigação tecidual e provocar danos</p><p>aos órgãos por eles irrigados.</p><p>• Condição multicausal e</p><p>multifatorial;</p><p>• O controle adequado da</p><p>hipertensão diminui o risco da</p><p>insuficiência coronariana,</p><p>insuficiência cardíaca</p><p>congestiva, acidente vascular</p><p>cerebral e insuficiência renal</p><p>crônica.</p><p>Diagnóstico:</p><p>• Realizar a aferição da pressão</p><p>arterial em toda avaliação clínica.</p><p>• Utilizar aparelhos calibrados e</p><p>técnica adequada.</p><p>• Realizar no mínimo duas</p><p>medidas com intervalos de 2’</p><p>entre elas.</p><p>• Na 1ª avaliação verificar nos dois</p><p>membros superiores.</p><p>• Nos idosos, diabéticos e</p><p>pacientes em uso de medicação</p><p>anti-hipertensiva verificar a PA</p><p>também na posição ortostática.</p><p>Hipertensão arterial > 18 anos</p><p>Complicações:</p><p>• Doença cerebrovascular;</p><p>• Doença arterial coronária;</p><p>• Insuficiência cardíaca;</p><p>• Insuficiência renal crônica;</p><p>• Doença vascular de</p><p>extremidades</p><p>Tratamento não medicamentoso:</p><p>• Redução do peso corpóreo;</p><p>• Redução da ingestão de sódio;</p><p>• Maior ingestão de alimentos</p><p>ricos em K+;</p><p>• Redução consumo bebidas</p><p>alcoólicas;</p><p>• Exercícios físicos isotônicos</p><p>regulares;</p><p>• Abolir o tabagismo;</p><p>• Diminuir ingestão de colesterol e</p><p>gorduras saturadas.</p><p>Tratamento medicamentoso:</p><p>• Diuréticos (Hidroclorotiazida,</p><p>Clortalidona);</p><p>• Inibidores adrenérgicos</p><p>(Alfametildopa, Clonidina,</p><p>Propranolol, Atenolol);</p><p>• Vasodilatadores arteriais diretos;</p><p>• Inibidores da enzima de</p><p>conversão (IECA) (Captopril,</p><p>Enalapril);</p><p>• Antagonistas dos canais de</p><p>cálcio (ACC) (Amlodipina);</p><p>• Antagonistas do receptor AT1 da</p><p>angiotensina II (ARAII)</p><p>(Valsartan, Losan).</p><p>Alguns cardiopatas quando</p><p>submetidos a tratamentos</p><p>odontológicos estão expostos a vários</p><p>riscos sangramento excessivo em</p><p>cirurgia, anestésicos locais, estresse</p><p>da dor, bacteremias decorrentes de</p><p>procedimentos cruentos que podem</p><p>ocasionar quadro de endocardite</p><p>bacteriana.</p><p>Endocardite infecciosa:</p><p>• Inflamação do revestimento</p><p>interno do coração, afetando as</p><p>estruturas valvulares;</p><p>• Pode ser de origem infecciosa ou</p><p>não (ex: febre reumática e lúpus</p><p>eritematoso sistêmico);</p><p>• Pode ser provocada por fungos e</p><p>bactérias, podendo ser</p><p>classificada em:</p><p>Subaguda – organismos de</p><p>virulência menor, com evolução</p><p>de meses ou anos;</p><p>Aguda – organismos agressivos,</p><p>podendo levar a óbito e seis</p><p>semanas.</p><p>Sinais e sintomas:</p><p>→ Febre;</p><p>→ Perda de apetite;</p><p>→ Calafrios noturnos;</p><p>→ Calafrios inferiores;</p><p>→ Perda de peso;</p><p>→ Fraqueza;</p><p>→ Petéquias;</p><p>→ Respiração curta;</p><p>→ Artralgias de extremidade;</p><p>→ Sopros cardíacos;</p><p>→ Hemorragias sublinguais</p><p>lineares;</p><p>→ Esplenomegalia;</p><p>→ Anemia.</p><p>Complicações:</p><p>→ Insuficiência cardíaca</p><p>congestiva;</p><p>→ Embolias da grande circulação;</p><p>→ Formação de aneurismas</p><p>micóticos;</p><p>→ Insuficiência renal;</p><p>→ Formação de abcessos</p><p>intracardíacos.</p><p>Alto risco:</p><p>→ Próteses valvulares;</p><p>→ Endocardite bacteriana prévia;</p><p>→ Doenças cardíacas congênitas</p><p>cianótica;</p><p>→ Shunts pulmonares colocados</p><p>cirurgicamente.</p><p>Risco moderado:</p><p>→ Outras malformações cardíacas</p><p>congênitas;</p><p>→ Disfunções valvares adquiridas</p><p>(febre reumática);</p><p>→ Miocardiopatias hipertróficas;</p><p>→ Prolapso de válvula mitral com</p><p>regurgitamento.</p><p>Recomendada para:</p><p>→ Anestesia intraligamentar;</p><p>→ Exodontias;</p><p>→ Procedimentos periodontais</p><p>cruentos;</p><p>→ Implante dentário;</p><p>→ Reimplante de dente</p><p>avulsionado;</p><p>→ Endodontia;</p><p>→ Colocação de fio retrator;</p><p>→ Procedimentos nos quais</p><p>possam ter sangramento.</p><p>Recomendação da American Heart</p><p>Association (AHA)</p><p>Prolapso da válvula mitral:</p><p>• Ocorre um regurgitamento do</p><p>sangue através do orifício mitral</p><p>necessitando profilaxia da</p><p>endocardite.</p><p>• Geralmente assintomática, ou</p><p>leves dores no hemitórax</p><p>esquerdo e palpitações.</p><p>• Causas específicas</p><p>desconhecidas, sequela de febre</p><p>reumática e doenças</p><p>coronarianas.</p><p>Prolapso da válvula mitral com</p><p>regurgitamento:</p><p>• Como na maioria dos casos não</p><p>há sintomas, não há</p><p>necessidade de tratamento;</p><p>• Probabilidade de endocardite é</p><p>de 3 a 8 vezes maior –</p><p>PROFILAXIA ANTIBIÓTICA.</p><p>Terapia medicamentosa:</p><p>Anestésico – o uso do vasoconstritor</p><p>é controverso, porém ainda</p><p>recomendada, pois melhora e prolonga</p><p>o efeito do anestésico. – prilocaína</p><p>com vasoconstritor felipressina.</p><p>Analgésico – se o paciente não toma</p><p>anticoagulantes, qualquer analgésico,</p><p>caso contrário, o ácido acetilsalicílico é</p><p>contra indicado.</p><p>Anti-inflamatório – evitar diclofenaco,</p><p>piroxican e corticoides – aumentam</p><p>retenção de água.</p><p>Optar por benzidamina (50 mg 6/6h)</p><p>ou ácido mefenâmico (500 mg 8/8h).</p><p>Ideal:</p><p>Solicitar avaliação do cardiologista,</p><p>explicando quais procedimentos serão</p><p>realizados.</p><p>O que fazer?</p><p>• Síncope;</p><p>• Colocar o paciente deitado de</p><p>costas (posição supina), com os</p><p>pés mais alto que a cabeça;</p><p>• Manter vias aéreas livres;</p><p>• Administrar oxigênio, se</p><p>necessário;</p><p>• Observar os sinais vitais;</p><p>• Acalmar o paciente.</p><p>Parada cardíaca</p><p>• Chame imediatamente o serviço</p><p>médico de emergência 192;</p><p>• Deite o paciente de costas e</p><p>verifique o pulso;</p><p>• Inicie os procedimentos de</p><p>reanimação: coloque as mãos</p><p>entrelaçadas no centro do tórax</p><p>e comprima-o entre 4 e 5 cm –</p><p>15 compressões a cada 2</p><p>respirações - até o socorro</p><p>chegar. A cada 30 vezes,</p><p>verifique se há pulso e continue.</p>