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<p>Orçamento na construção civil</p><p>consultoria, projeto e execução</p><p>ºCOPYRIGHT EDITORA PINI LTDA. Todos os direitos de reprodução</p><p>reservados pela Editora Pini Ltda.</p><p>Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)</p><p>(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)</p><p>Tisaka, Maçahiko</p><p>Orçamento na construção civil : consultoria, projeto e</p><p>execução / Maçahiko Tisaka. — São Paulo : Editora Pini,</p><p>2006.</p><p>ISBN 85-7266-173-5</p><p>1. Construção - Custos 2. Engenharia civil 3. Orçamento</p><p>1. Título.</p><p>06-4030 CDD-692.5</p><p>índices para catálogo sistemático:</p><p>1. Construção civil : Orçamento : Tecnologia</p><p>692.5</p><p>2. Orçamento : Construção civil : Tecnologia</p><p>692.5</p><p>Coordenação de Manuais Técnicos: Josiani Souza</p><p>Diagramação e capa: Mayara L. Pereira Revisão:</p><p>Mônica Costa</p><p>Editora Pini Ltda.</p><p>Rua Anhaia, 964 - CEP 01130-900 São Paulo, SP</p><p>Fone: 11 3352-7558 - Fax 11 3352-7587</p><p>Internet: www.piniweb.com - E-mail: manuais@pini.com.br</p><p>1a edição</p><p>1a tiragem: 2.000 exemplares, junho/2006</p><p>reimpressão: 1.000 exemplares, janeiro/2007</p><p>ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL</p><p>http://www.piniweb.com/</p><p>mailto:manuais@pini.com.br</p><p>sumário</p><p>APRESENTAÇÃO DO EDITOR ...............................................................................................................................15</p><p>PREFÁCIO ............................................................................................................................................................... 17</p><p>PRELIMINARES ...................................................................................................................................................... 18</p><p>ESCLARECIMENTOS NECESSÁRIOS ...................................................................................................................20</p><p>RESPONSABILIDADE DO ORÇAMENTISTA PERANTE A LEGISLAÇÃO BRASILEIRA.......................................21</p><p>PARTE 1</p><p>PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE ENGENHARIA CIVIL</p><p>CAPÍTULO I</p><p>CRITÉRIOS DE REMUNERAÇÃO ..........................................................................................................................25</p><p>1. INTRODUÇÃO.............................................................................................................................................25</p><p>2. PROJETOS..................................................................................................................................................26</p><p>3. EXECUÇÃO.................................................................................................................................................26</p><p>4. MODALIDADES DE FIXAÇÃO DOS PREÇOS ..........................................................................................26</p><p>4.1. NOS PROJETOS ................................................................................................................................26</p><p>4.1.1. MODALIDADE A....................................................................................................................26</p><p>4.1.2. MODALIDADE B....................................................................................................................2 7</p><p>4.1.3. MODALIDADE C....................................................................................................................2 7</p><p>4.2. NA EXECUÇÃO ..................................................................................................................................27</p><p>4.2.1. MODALIDADE A....................................................................................................................27</p><p>4.2.2. MODALIDADE B....................................................................................................................28</p><p>4.2.3. MODALIDADE C....................................................................................................................28</p><p>4.2.4. MODALIDADE D....................................................................................................................28</p><p>4.2.5. MODALIDADE E....................................................................................................................28</p><p>4.2.6. MODALIDADE F ....................................................................................................................28</p><p>5. CONTRATAÇÃO DOS SERVIÇOS .............................................................................................................28</p><p>5.1. SELEÇÃO DA EMPRESA OU DO PROFISSIONAL........................................................................... 28</p><p>5.2. TIPOS DE CONTRATAÇÃO ...............................................................................................................29</p><p>5.2.1. PARA PROJETOS.................................................................................................................29</p><p>5.2.2. PARA EXECUÇÃO................................................................................................................ 29</p><p>6. PAGAMENTO DOS SERVIÇOS..................................................................................................................30</p><p>ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL • 3</p><p>6.1. PAGAMENTOS REFERENTES A PROJETOS .................................................................................. 30</p><p>6.1.1. ENTREGA DOS PROJETOS.................................................................................................30</p><p>6.1.2. PROJETOS REPETIDOS ......................................................................................................30</p><p>6.1.3. EXECUÇÃO PARCIAL...........................................................................................................30</p><p>6.1.4. ADIAMENTO OU INTERRUPÇÃO DOS SERVIÇOS ............................................................ 30</p><p>6.1.5. RETOMADA DOS SERVIÇOS............................................................................................... 30</p><p>6.2. PAGAMENTOS REFERENTES À EXECUÇÃO...................................................................................31</p><p>6.2.1. PAGAMENTO DAS MEDIÇÕES............................................................................................31</p><p>6.2.2. PAGAMENTO POR ETAPAS DE CONCLUSÃO...................................................................31</p><p>7. CLASSIFICAÇÃO DOS PROFISSIONAIS ..................................................................................................31</p><p>8. RESPONSABILIDADE DO ENGENHEIRO E DO ARQUITETO ..................................................................32</p><p>PARTE 2</p><p>EXECUÇÃO DE OBRAS DE ENGENHARIA CIVIL</p><p>CAPÍTULO II</p><p>ORÇAMENTO DE OBRAS E SERVIÇOS................................................................................................35</p><p>1. INTRODUÇÃO............................................................................................................................................. 35</p><p>2. REMUNERAÇÃO NA EXECUÇÃO DE OBRAS E SERVIÇOS ...................................................................35</p><p>2.1. CONTRATAÇÃO DE OBRAS E SERVIÇOS.......................................................................................35</p><p>2.1.1. CONTRATAÇÃO POR EMPREITADA...................................................................................35</p><p>2.1.2. CONTRATAÇÃO POR ADMINISTRAÇÃO ...........................................................................35</p><p>2.2. PREÇO DOS SERVIÇOS POR EMPREITADA...................................................................................35</p><p>2.2.1. QUANTO AOS TIPOS DE CONTRATAÇÃO ......................................................................... 35</p><p>2.2.2. QUANTO À FORMA DE REMUNERAÇÃO ...........................................................................35</p><p>2.3. REMUNERAÇÃO DE SERVIÇOS POR ADMINISTRAÇÃO ...............................................................36</p><p>2.3.1. POR ADMINISTRAÇÃO CONTRATADA ..............................................................................36</p><p>2.3.2. SISTEMA MISTO OU ADMINISTRAÇÃO POR METAS DE PRAZOS E CUSTOS...............3</p><p>trabalhos concernentes a super e</p><p>infra-estrutura de estradas e obras-de-arte;</p><p>d) construção e reparação de túneis, pontes, viadutos, logradouros públicos e outras obras de urbanismo;</p><p>e) construção de sistemas de abastecimento de águas e de saneamento;</p><p>f) execução de obras de terraplenagem, pavimentação em geral, hidráulica, marítimas ou fluviais;</p><p>g) execução de instalações hidráulicas e elétricas e montagens industriais;</p><p>h) execução de obras de eletrificação e hidrelétricas;</p><p>i) exploração, conservação e recuperação de recursos naturais.</p><p>4. MODALIDADES DE FIXAÇÃO DOS PREÇOS</p><p>4.1. NOS PROJETOS</p><p>4.1.1. MODALIDADE A</p><p>Vamos designar por Modalidade A a forma de fixação de preços dos serviços de Engenharia com base no custo</p><p>estimado da obra ou do elemento objeto da proposta.</p><p>26 ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL</p><p>O custo deve ser o mais próximo da realidade. Entretanto, muitas vezes, são tomados como referencia valores</p><p>convencionais, de acordo com as características da obra ou dos serviços.</p><p>O preço dos serviços é fixado aplicando-se um percentual sobre o custo estimado, o qual deverá contemplar todas</p><p>as despesas na realização do serviço, acrescidas da margem desejada.</p><p>4.1.2. MODALIDADE B</p><p>A Modalidade B é a forma de fixação dos preços com base na previsão de produtos a serem apresentados ao</p><p>cliente, tais como desenhos, memoriais, relatórios, etc.</p><p>Esta modalidade tem sido utilizada mais para pequenos projetos, ou projetos de reformas, casos em que os serviços,</p><p>às vezes, têm valores percentualmente muito elevados em relação à obra.</p><p>4.1.3. MODALIDADE C</p><p>A Modalidade C é a forma de cobrar os serviços a partir de medições das horas gastas no trabalho. Pode-se</p><p>estabelecer um determinado valor para o preço horário de cada categoria, usualmente chamado de "preço de hora</p><p>técnica" ou de "tarifa horária".</p><p>A outra forma de fixação de preços conhecida como "cost plus" ou "cost plus fee" é estabelecer um coeficiente,</p><p>geralmente chamado de "k", que, multiplicado pelo custo horário de cada profissional envolvido, se chega ao preço</p><p>final.</p><p>Em qualquer dos casos o preço final deve contemplar todos os custos diretos, encargos sociais, todas as despesas</p><p>indiretas e o lucro.</p><p>Deve-se notar que no preço da hora técnica de consultores, principalmente em serviços que apresentem grandes</p><p>riscos ou conhecimentos extraordinários, a remuneração deve também compensar todo um acervo de</p><p>conhecimentos formado ao longo de muitos anos de experiência, e de toda a responsabilidade envolvida.</p><p>Nesta modalidade predomina a parcela correspondente às horas técnicas.</p><p>Entretanto, podem também entrar nas medições algumas parcelas referentes a despesas reembolsáveis, mais uma</p><p>taxa de administração (serviços de topografia, computação, reprografia, despesas de viagem, veículos, etc).</p><p>4.2. NA EXECUÇÃO</p><p>4.2.1. MODALIDADE A</p><p>EMPREITADA POR PREÇO UNITÁRIO</p><p>Custo Direto mais BDI. O Custo Direto é composto pela soma de todos os custos unitários mais todos os custos</p><p>diretamente relacionados com a produção. O Custo Unitário de cada serviço é o resultado do produto Quantidade x</p><p>Preço Unitário de cada um dos insumos, os quais, multiplicados pelo BDI, viram Preço Unitário. O preço total é a</p><p>soma de todos os resultados parciais dos serviços envolvidos.</p><p>O pagamento é feito através da medição no campo dos quantitativos dos serviços realizados a cada período.</p><p>ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL 27</p><p>4.2.2. MODALIDADE B</p><p>EMPREITADA GLOBAL</p><p>Custo Direto global mais BDI. Neste caso as quantidades dos serviços são previamente determinadas, arcando o</p><p>construtor com os riscos de um eventual erro na quantificação de cada serviço.</p><p>A medição no campo dos serviços realizados normalmente se faz pela determinação do percentual executado de</p><p>cada serviço, até o limite do valor proposto.</p><p>As eventuais modificações de projetos, ou a existência de situações imprevisíveis e que venham a alterar os</p><p>quantitativos previstos, são pagas à parte.</p><p>4.2.3. MODALIDADE C</p><p>EMPREITADA INTEGRAL</p><p>Trata-se de uma variante da Empreitada Global que pode ser chamada de "turn-key", em que o construtor assume</p><p>todas as despesas do início ao fim, até a entrega das chaves ou do empreendimento, funcionando para início da</p><p>operação.</p><p>4.2.4. MODALIDADE D</p><p>POR ADMINISTRAÇÃO CONTRATADA</p><p>Taxa de Administração sobre os custos gerais da obra. Neste caso é cobrada uma taxa, previamente estabelecida, a</p><p>ser aplicada mensalmente sobre os gastos da obra. Existem outras alternativas desta modalidade que incluem</p><p>reembolsos de determinados gastos e pagamentos fixos para determinados itens de custos.</p><p>4.2.5. MODALIDADE E</p><p>SISTEMA MISTO</p><p>Trata-se de um sistema misto, onde parte é paga por preços unitários e as demais por administração ou pelo sistema</p><p>de reembolso.</p><p>Nesta modalidade pode-se estabelecer metas de prazos e de gastos, com o estabelecimento de prêmios e multas</p><p>pelos alcances das metas e pelos atrasos.</p><p>4.2.6. MODALIDADE F</p><p>TAREFA</p><p>Destinados em geral para serviços de pequena monta.</p><p>5. CONTRATAÇÃO DOS SERVIÇOS</p><p>5.1. SELEÇÃO DA EMPRESA OU DO PROFISSIONAL</p><p>A escolha das empresas ou dos profissionais para a execução de determinados serviços específicos obedecem aos</p><p>seguintes critérios:</p><p>28 ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL</p><p>a) NA INICIATIVA PRIVADA</p><p>■ Consulta ao mercado;</p><p>■ Indicação ou recomendação;</p><p>■ Anúncios e propaganda em revistas técnicas;</p><p>■ Conhecimento de obras já realizadas;</p><p>■ Experiência profissional comprovada;</p><p>■ Análise técnica e econômica da empresa;</p><p>■ Análise da proposta de preços;</p><p>■ Negociação;</p><p>■ Outras.</p><p>b) NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA.</p><p>■ Estrito cumprimento às regras da Lei nº 8666/93;</p><p>■ Publicação de editais;</p><p>■ Divulgação via Internet;</p><p>■ Atendimento às condições do Edital;</p><p>■ Não há negociação;</p><p>■ Decisão pelo menor preço.</p><p>OBS.: No caso de contratação por DL (Dispensa de Licitação) para valores inferiores a um décimo do valor-limite</p><p>para convite, os serviços podem ser contratados diretamente, sem muitas formalidades. Quando o órgão contratante</p><p>da administração for uma "Agência Executora", o limite para o DL passa para 20% do valor do convite.</p><p>5.2. TIPOS DE CONTRATAÇÃO</p><p>5.2.1. PARA PROJETOS</p><p>■ Percentual sobre o valor da obra;</p><p>■ Determinação das quantidades de horas;</p><p>■ Contagem dos documentos a serem produzidos;</p><p>■ Importância do serviço no empreendimento;</p><p>■ Preço de serviços semelhantes;</p><p>■ Taxa de administração.</p><p>5.2.2. PARA EXECUÇÃO</p><p>■ Empreitada por preços unitários;</p><p>■ Empreitada por preço global;</p><p>■ Empreitada integral;</p><p>■ Contrato por administração;</p><p>■ Por tarefa.</p><p>OBS.: a Lei nº 8666/93 - Lei de Licitações, obrigatória para aplicação em órgãos públicos, não permite mais a</p><p>contratação pela modalidade de Administração para execução de obras.</p><p>ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL 29</p><p>Nos contratos por tarefa, ajusta-se a mão-de-obra para pequenos trabalhos por preço certo, com ou sem</p><p>fornecimento de materiais. Na administração pública, para valores menores do que um décimo do valor</p><p>estipulado para o limite de Convite, costuma-se recorrer à DL (dispensa de licitação) para a contratação.</p><p>6. PAGAMENTO DOS SERVIÇOS</p><p>6.1. PAGAMENTOS REFERENTES A PROJETOS</p><p>6.1.1. ENTREGA DOS PROJETOS</p><p>Em geral os pagamentos são feitos mediante a entrega dos projetos, ou até em 7 dias úteis, tempo suficiente para o</p><p>processamento administrativo das faturas. Até esse prazo o pagamento pode ser considerado à vista. Para períodos</p><p>de execução mais longos, os pagamentos podem ser feitos por etapas de entrega das partes dos serviços.</p><p>6.1.2. PROJETOS REPETIDOS</p><p>Os projetos repetidos devem ser devidamente pagos, conforme estipulado em cada capítulo da presente publicação.</p><p>Trata-se não apenas de pagamento dos direitos autorais do projetista, mas também da compensação pelo aumento</p><p>da responsabilidade.</p><p>6.1.3. EXECUÇÃO PARCIAL</p><p>Se for necessário apenas um anteprojeto que venha orientar a elaboração do projeto definitivo, este executado por</p><p>terceiros, o autor do anteprojeto terá direito</p><p>a uma remuneração correspondente a 40% do valor do projeto, salvo por</p><p>determinação em contrário de tabelas existentes de áreas especializadas que compõem esta publicação.</p><p>6.1.4. ADIAMENTO OU INTERRUPÇÃO DOS SERVIÇOS</p><p>Uma vez autorizado o início de um projeto, seu adiamento causará prejuízos ao contratado que estava preparado</p><p>para cumprir os prazos contratuais, o mesmo acontecendo se houver interrupção dos serviços depois de começados.</p><p>Os contratos deverão estipular uma compensação adequada para essas eventualidades, recomendando-se uma taxa</p><p>de 20% do valor total do projeto, a título de indenização, sem prejuízo dos custos de desmobilização prematura.</p><p>6.1.5. RETOMADA DOS SERVIÇOS</p><p>Havendo a retomada dos serviços após uma interrupção prolongada, o projetista terá um gasto adicional para</p><p>recomposição e análise das partes executadas. Para compensar esse gasto, recomenda-se a cobrança de uma taxa</p><p>adicional de 20% do valor total do projeto.</p><p>30 ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL</p><p>6.2. PAGAMENTOS REFERENTES À EXECUÇÃO</p><p>6.2.1. PAGAMENTO DAS MEDIÇÕES</p><p>Em geral, o pagamento da execução dos serviços é feito através de medições mensais, no fechamento de um</p><p>período de 30 dias, normalmente no final do mês.</p><p>No final do período, levanta-se a quantidade dos serviços executados, faz-se a medição e depois de aprovado pela</p><p>fiscalização é preparada a fatura de serviços, documento essencial para o processamento do pagamento.</p><p>As faturas pagas dentro do prazo de sete dias são consideradas à vista. Porém, se o prazo de pagamento for maior,</p><p>incidem juros na composição do BDI.</p><p>6.2.2. PAGAMENTO POR ETAPAS DE CONCLUSÃO</p><p>A outra forma de pagamento, geralmente utilizada no setor privado, é pela conclusão das etapas de execução. Do</p><p>mesmo modo, o pagamento é feito mediante apresentação da fatura de serviços.</p><p>7. CLASSIFICAÇÃO DOS PROFISSIONAIS</p><p>Sempre que a fixação dos preços é feita com base em tarifas horárias, torna-se importante a existência de critérios</p><p>de classificação dos profissionais envolvidos.</p><p>Podemos adotar os seguintes critérios:</p><p>■ ENGENHEIRO CONSULTOR. Profissional de nível superior com 15 ou mais anos de experiência na</p><p>especialidade ou grau equivalente (*) com mais de 5 (cinco) trabalhos publicados.</p><p>OBS.: Grau equivalente é o mérito técnico na especialidade, correspondendo a um acréscimo de X anos de</p><p>experiência profissional, como segue:</p><p>Mestrado = + 2 (dois) anos;</p><p>Doutorado = + 5 (cinco) anos.</p><p>■ ENGENHEIRO TITULAR. Profissional de nível superior com 15 anos ou mais de experiência na</p><p>especialidade ou grau equivalente.</p><p>■ ENGENHEIRO SÊNIOR.</p><p>A. idem, com no mínimo 12 anos, ou grau equivalente;</p><p>B. idem, com no mínimo 10 anos, ou grau equivalente.</p><p>■ ENGENHEIRO PLENO.</p><p>Idem com no mínimo 8 anos, ou grau equivalente.</p><p>■ ENGENHEIRO MÉDIO.</p><p>Idem com no mínimo 5 anos, ou grau equivalente.</p><p>ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL 31</p><p>■ ENGENHEIRO JÚNIOR.</p><p>A. idem, com mínimo de 2 anos de experiência.</p><p>B. idem, com menos de 2 anos de experiência.</p><p>NOTA: Válido também para arquitetos, ressalvadas algumas especificidades.</p><p>8. RESPONSABILIDADE DO ENGENHEIRO E DO ARQUITETO</p><p>Em princípio, todo serviço de Engenharia deveria ser de boa qualidade, desde que executado por profissionais</p><p>idôneos e capacitados para o serviço. Entretanto, mesmo que todos os procedimentos adotados na execução sejam</p><p>os mais recomendáveis, o produto final poderá ter defeitos.</p><p>A possibilidade de falha, embora pequena, é inerente aos serviços de Engenharia Civil. As imprecisões existentes</p><p>nas hipóteses de projetos usualmente adotadas e a heterogeneidade dos materiais de construção são responsáveis</p><p>por essa possibilidade.</p><p>As próprias normas de projetos, com seus critérios probabilísticos, aceitam essa possibilidade de falha. Entretanto, a</p><p>probabilidade de ocorrer a falha deverá ser sempre a menor possível e ela será tanto menor quanto mais grave forem</p><p>as possíveis conseqüências.</p><p>Se os profissionais envolvidos puderem demonstrar que seguiram todas as instruções das normas vigentes e</p><p>adotaram os procedimentos recomendados, de acordo com o "estado da arte", nenhuma responsabilidade lhes</p><p>caberá por eventual defeito no produto final.</p><p>Entretanto, as falhas importantes decorrem geralmente de erros cometidos pelos profissionais pela falta de atenção</p><p>às normas técnicas vigentes, pela má formação profissional e até por negligência no seu trabalho.</p><p>Erros de cálculo não percebidos, detalhamentos incorretos do projeto, inobservância de detalhes técnicos pelo</p><p>executante, produção e utilização de materiais de construção fora das especificações, etc, podem causar a ruína de</p><p>uma obra, com sérias conseqüências pessoais e materiais. Nesses casos os profissionais envolvidos deverão ser</p><p>responsabilizados civil e criminalmente.</p><p>O Código de Defesa do Consumidor é mais um instrumento legal que aumenta a responsabilidade dos</p><p>intervenientes. Para os projetos de maior risco, como é o caso dos projetos de estruturas complexas, é recomendável</p><p>que seja feita uma verificação por profissionais independentes do projetista. Tal procedimento poderá eliminar a</p><p>necessidade dos seguros correspondentes ou diminuir o valor dos respectivos prêmios.</p><p>Na execução de uma obra de Construção Civil, pode-se dizer que há uma cadeia de responsabilidades, que se inicia</p><p>no autor do projeto e termina no executor, solidarizando-se todos os que participaram do empreendimento.</p><p>32 ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL</p><p>ORÇAMENTO DE OBRAS E</p><p>SERVIÇOS</p><p>1. INTRODUÇÃO</p><p>A execução de obras de construção civil é classificada na categoria de prestação de serviços, muito embora a maior</p><p>parte dos seus insumos e fornecimentos de partes das obras provenha das indústrias.</p><p>Diferentemente dos serviços de elaboração de projetos e de consultoria na Engenharia Civil, o cálculo da</p><p>remuneração está associado ao levantamento dos custos diretos representados pelo valor dos insumos utilizados e</p><p>horas de utilização de mão-de-obra e de equipamentos que compõem seus custos unitários dos serviços.</p><p>Por outro lado, a remuneração propriamente dita, que poderia ser chamada de Lucro ou Benefício, está integrada</p><p>num fator chamado BDI, que, se acrescido ao custo direto, se chega ao valor de venda.</p><p>2. REMUNERAÇÃO NA EXECUÇÃO DE OBRAS E SERVIÇOS</p><p>2.1. CONTRATAÇÃO DE OBRAS E SERVIÇOS</p><p>Na construção civil existem basicamente duas formas de contratação:</p><p>2.1.1. CONTRATAÇÃO POR EMPREITADA</p><p>2.1.2. CONTRATAÇÃO POR ADMINISTRAÇÃO</p><p>2.2. PREÇO DOS SERVIÇOS POR EMPREITADA</p><p>Os serviços por empreitada podem classificar-se:</p><p>2.2.1. QUANTO AOS TIPOS DE CONTRATAÇÃO</p><p>a) Empreitada de Mão-de-Obra, quando o empreiteiro entra exclusivamente com a força de trabalho, ficando</p><p>os materiais por conta do contratante. Não deve ser confundida com locação de serviços, cujo objetivo é o</p><p>trabalho em si mesmo, enquanto que na empreitada contrata-se o resultado do trabalho.</p><p>b) Empreitada de Material e Mão-de-Obra, onde o empreiteiro concorre com materiais, mão-de-obra,</p><p>ferramentas e equipamentos de construção, respondendo pelo fornecimento de materiais, pela qualidade</p><p>de execução, prazos e pela segurança da obra, durante e após a execução.</p><p>2.2.2. QUANTO À FORMA DE REMUNERAÇÃO</p><p>a) Empreitada por Preço Global, que é aquela em que a contratada assume a responsabilidade de execução</p><p>de uma determinada obra, em troca de uma remuneração previamente acertada, assumindo os riscos</p><p>financeiros e econômicos que ela representa. O pagamento pode ser ajustado parceladamente em datas</p><p>ou etapas estabelecidas no contrato.</p><p>ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL 35</p><p>b) Empreitada Integral. Trata-se de uma forma mais ampla do que a Empreitada Global, pois a contratada</p><p>assume também todas as obrigações que normalmente são da contratante, deixando-a pronta para o uso.</p><p>c) Empreitada por Preços Unitários. Trata-se de uma outra modalidade muito utilizada quando não existe um</p><p>projeto final definido ou que a definição só será possível durante o desenvolvimento da própria obra. A</p><p>remuneração é definida pela quantidade executada em cada item de serviços ou etapa de trabalho. As</p><p>unidades mais utilizadas são o ml, m2, kg, mês, unidade e verba, quando o preço é representado por um</p><p>determinado valor global para a execução de uma atividade específica. O pagamento é feito com base em</p><p>medição de serviços efetivamente executados, em geral com periodicidade mensal.</p><p>d) Tarefa. Serviços de pequena monta, sem as formalidades exigidas para a sua contratação, não</p><p>ultrapassando o limite de Dispensa de Licitação previsto na lei.</p><p>2.3. REMUNERAÇÃO DE SERVIÇOS POR ADMINISTRAÇÃO</p><p>2.3.1. POR ADMINISTRAÇÃO CONTRATADA</p><p>Nessa modalidade de prestação de serviços, a contratada encarrega-se da execução da obra mediante remuneração</p><p>fixa ou cobrança de um percentual fixo sobre o seu custo, correndo por conta da contratante todos os ônus financeiro</p><p>e econômico do empreendimento.</p><p>Esse percentual denomina-se "taxa de administração".</p><p>Nessa modalidade de contrato, a contratante pode adquirir os materiais ou incumbir a contratada de fazê-lo, caso em</p><p>que esta atuará como preposto da contratante. O recrutamento do pessoal e a sua administração poderão ser feitos</p><p>em nome da contratante ou, se for em nome da contratada, com a adição das Leis Sociais previamente combinadas</p><p>e mais as taxas de administração.</p><p>As compras de materiais e contratação de terceiros são em geral faturadas em nome da Contratante para evitar</p><p>duplicidade de tributos.</p><p>2.3.2. SISTEMA MISTO OU ADMINISTRAÇÃO POR METAS DE PRAZOS E CUSTOS</p><p>Para determinados tipos de obras, geralmente de médio e grande porte, é possível aplicar uma outra modalidade de</p><p>contrato onde a contratada assume parte dos riscos financeiros da operação e recebe um percentual sobre os custos</p><p>da obra condicionado ao desempenho físico e financeiro da obra em execução.</p><p>Esse percentual pode variar para mais ou para menos dependendo das metas de custos maiores ou menores</p><p>atingidos em função do orçamento inicial aprovado por ocasião da assinatura do contrato.</p><p>Além disso, são estabelecidas no cronograma metas de prazos parciais chamadas de "datas-marco", para a</p><p>conclusão de determinadas etapas ou partes importantes da obra.</p><p>Para a antecipação de prazos, a partir de uma determinada data até a data-marco, são instituídos prêmios em função</p><p>dos ganhos de dias, da mesma forma que são estabelecidas multas progressivas, compensáveis ou não até a</p><p>próxima data-marco.</p><p>Este sistema de contrato permite ao contratante uma melhor garantia no cumprimento dos prazos e de preços,</p><p>através do estabelecimento de condições e limites de remuneração, simples ou compostas, dependendo das</p><p>características da obra e das negociações entre as partes.</p><p>36 ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL</p><p>EXECUÇÃO DE SERVIÇOS</p><p>POR EMPREITADA</p><p>1. EXECUÇÃO DE SERVIÇOS POR EMPREITADA</p><p>Qualquer que seja o tipo de empreitada, de mão-de-obra, preços unitários, global ou integral, o orçamento deve partir</p><p>da discriminação minuciosa dos serviços a serem realizados, levantamento dos quantitativos de cada um desses</p><p>serviços, definição dos custos unitários obtidos através da composição dos consumos dos insumos, mais os gastos</p><p>com a infra-estrutura necessária para a execução.</p><p>2. FUNDAMENTOS TÉCNICOS DO CÁLCULO DA REMUNERAÇÃO</p><p>2.1. PRELIMINARES</p><p>O objetivo deste Capítulo é proporcionar àqueles que lidam com orçamentos, propostas de preços e julgamentos de</p><p>licitações, públicas ou privadas, os principais fundamentos que compõem o preço final de venda dos serviços de</p><p>execução de obras de construção civil.</p><p>2.2. CÁLCULO DO PREÇO DE VENDA</p><p>Para o cálculo do preço de venda é necessário inicialmente levantar todos os custos diretos envolvidos numa</p><p>construção civil e depois adicionar uma margem sobre ele de modo a cobrir todos os gastos incidentes.</p><p>Este trabalho ensina a calcular a margem de remuneração pelos serviços a serem executados, tradicionalmente</p><p>chamados pelas iniciais "BDI", de Benefícios e Despesas Indiretas. Nesta margem estão incluídos todas as</p><p>despesas indiretas da administração, custos financeiros, taxas, impostos e o lucro. Não confundir BDI com LUCRO,</p><p>como pode acontecer com pessoas não afeitas a essa terminologia usada na construção civil.</p><p>Para isso é necessário entender como é feita a composição dos preços para a venda de um serviço de execução na</p><p>construção civil, onde entram não somente os materiais a serem utilizados, como também a mão-de-obra necessária</p><p>para a execução e todas as demais despesas com a administração, fiscalização, impostos, taxas, ferramentas e,</p><p>evidentemente, o lucro esperado pelo prestador dos serviços.</p><p>2.2.1. CUSTOS DIRETOS</p><p>A primeira parte a ser considerada são as DESPESAS OU CUSTOS DIRETOS (CD). São todos os custos</p><p>diretamente envolvidos na produção da obra, que são os insumos constituídos por materiais, mão-de-obra e</p><p>equipamentos auxiliares, mais toda a infra-estrutura de apoio necessária para a sua execução no ambiente da obra.</p><p>ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL 37</p><p>Estes custos diretos são representados numa PLANILHA DE CUSTOS, em que fazem parte:</p><p>■ Quantitativos de todos os serviços e respectivos custos obtidos através da composição de custos unitários;</p><p>■ Custo de preparação do canteiro de obras, sua mobilização e desmobilização;</p><p>■ Custos da administração local com previsão de gastos com o pessoal técnico (encarregado, mestre,</p><p>engenheiro, etc), administrativo (encarregado do escritório, de higiene e segurança, apontador, escriturário,</p><p>motorista, vigia, porteiro, etc.) e de apoio (almoxarife, mecânico de manutenção, enfermeiro, etc).</p><p>Para o cálculo dos custos de Mão-de-obra há que se acrescentar aos salários todos os encargos sociais, básicos,</p><p>incidentes e reincidentes e complementares (alimentação, transportes, EPI e ferramentas), que são encargos</p><p>obrigatórios que incidem sobre os trabalhadores e determinados pela legislação trabalhista específica.</p><p>2.2.2. BDI - BENEFÍCIO E CUSTOS INDIRETOS</p><p>A segunda parte é o que se costuma chamar de BDI - Benefício e Custos Indiretos, que é composto dos seguintes</p><p>elementos:</p><p>■ DESPESAS OU CUSTOS INDIRETOS. São os CUSTOS ESPECÍFICOS da Administração Central</p><p>diretamente ligados a uma determinada obra, tais como gerente de contrato, engenheiro fiscal e as</p><p>respectivas despesas de viagem e alimentação e o RATEIO de todos os custos da Administração Central</p><p>constituídos por salários de todos os funcionários, pró-labore de diretores, apoio técnico-administrativo e de</p><p>planejamento, compras, contabilidade, contas a receber e a pagar, almoxarifado central, transporte de</p><p>material e de pessoal, impostos, taxas, seguros, etc.</p><p>■ TAXA DE RISCO DO EMPREENDIMENTO</p><p>■ CUSTO FINANCEIRO DO CAPITAL DE GIRO</p><p>■ TRIBUTOS</p><p>■ TAXA DE COMERCIALIZAÇÃO</p><p>■ BENEFÍCIO OU LUCRO</p><p>Portanto, figurativamente, poderíamos representar da seguinte maneira:</p><p>Preço de Venda (PV) = Custo Direto (CD) + BDI</p><p>Entretanto, como BDI é expresso em percentual dos custos diretos, torna-se necessário colocá-lo da seguinte</p><p>maneira:</p><p>Sendo:</p><p>PV = Preço de Venda ou Orçamento</p><p>CD = Custo Direto ou Despesa Direta</p><p>BDI = Benefício e Despesa Indireta expresso em percentual</p><p>b = Benefício e Despesa Indireta expresso em número decimal</p><p>38 ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL</p><p>⎡ ⎤= + = +⎢ ⎥⎣ ⎦</p><p>DBI(%)PV CDx 1 ouPV CD(1 b)</p><p>100</p><p>O Orçamento para a execução de obras e serviços na Construção Civil é composto pelos seguintes elementos ou</p><p>etapas de cálculo:</p><p>a) Cálculo do Custo Direto</p><p>Despesas com material e mão-de-obra que serão incorporadas ao estado físico da obra. Despesas da</p><p>administração local, instalação do canteiro de obras e sua manutenção e sua mobilização e</p><p>desmobilização.</p><p>b) Cálculo das Despesas Indiretas</p><p>Despesas que, embora não incorporadas à obra, são necessárias para a sua execução, mais os impostos,</p><p>taxas e contribuições.</p><p>c) Cálculo do Benefício</p><p>Previsão de Benefício ou lucro esperado pelo construtor mais uma taxa de despesas comerciais e reserva</p><p>de contingência.</p><p>2.2.3. CÁLCULO DO CUSTO DIRETO</p><p>2.2.3.1. CONCEITO DO CUSTO DIRETO</p><p>O Custo Direto de uma obra é a somatória de todos os custos dos materiais, equipamentos e mão-de-obra aplicados</p><p>diretamente em cada um dos serviços na produção de uma obra ou edificação qualquer, incluindo-se todas as</p><p>despesas de infra-estrutura necessárias para a execução da obra.</p><p>2.2.3.2. CUSTOS UNITÁRIOS</p><p>A quantidade de material, de horas de equipamento e o número de horas de pessoal gastos para a execução de</p><p>cada unidade desses serviços, multiplicados respectivamente pelo custo dos materiais, do aluguel horário dos</p><p>equipamentos e pelo salário-hora dos trabalhadores, devidamente acrescidos dos encargos sociais, são chamados</p><p>de COMPOSIÇÃO DOS CUSTOS UNITÁRIOS, que veremos mais adiante.</p><p>Esses custos unitários multiplicados pelas quantidades correspondentes constituem os custos de cada um dos</p><p>serviços componentes da obra.</p><p>OBS.: Os Custos Unitários mais o BDI, calculado em função dos mesmos, transformam-se em Preços Unitários.</p><p>Portanto, não confundir Custos Unitários com Preços Unitários.</p><p>2.2.3.2.1. MATERIAIS - Aqueles utilizados para a composição dos custos unitários podem se apresentar de forma</p><p>natural, como areia a granel, semi processadas como brita e madeira, industrializados como cimento, aço de</p><p>construção, fios elétricos, cerâmicas, etc, produtos acabados para instalações hidráulicas e elétricas, etc.</p><p>Esses materiais podem ser representados por unidades de medida, em volumes, em áreas, em comprimentos, em</p><p>pesos, em sacos, etc.</p><p>O custo dos materiais deve ser considerado "posto obra", isto é, com o frete incluído, se o fornecedor não entregar</p><p>na obra sob suas expensas, e levados em conta todos os impostos e taxas que incidirem sobre o produto.</p><p>Os materiais comprados à vista ou faturados, capital próprio ou financiado, devem ser objeto de uma análise</p><p>financeira acurada por envolver questões de capital de giro próprio, juros bancários, descontos</p><p>ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL 39</p><p>à vista, projeção da inflação futura e principalmente o período de tempo irreajustável do contrato, pois pela legislação</p><p>atual o reajuste, mesmo que previsto, para obras acima de um ano, ocorrerá somente depois de 12 meses após</p><p>assinatura do contrato ou do l0 (mês de referência do orçamento).</p><p>2.2.3.2.2. EQUIPAMENTOS - O custo horário do transporte e movimentação dos materiais e pessoas</p><p>dentro da obra, tais como elevadores, gruas, caminhões, escavadeiras, tratores, etc, podem ser de</p><p>propriedade do construtor ou alugados no mercado e geralmente incluem o custo horário dos operadores. As revistas</p><p>especializadas trazem o custo do aluguel horário dos mais diferentes equipamentos.</p><p>Quando os equipamentos são de propriedade do construtor, são considerados a depreciação dos mesmos, juros do</p><p>capital investido na compra, óleo, combustível e os custos de manutenção com reposição de peças e outras</p><p>despesas eventuais.</p><p>2.2.3.2.3. MÃO-DE-OBRA - O custo deste item é representado pelo salário dos trabalhadores que</p><p>manuseiam os materiais, acrescidos dos encargos sociais e outras despesas que envolvem a participação</p><p>dos trabalhadores na obra.</p><p>Os operários da produção são em geral remunerados pelas horas trabalhadas em função das características do</p><p>trabalho que muitas vezes exigem um prolongamento ou redução na carga de trabalho.</p><p>CUSTO DE MÃO-DE-OBRA = SALÁRIO + ENCARGOS SOCIAIS</p><p>Nos custos de mão-de-obra, além da Leis Sociais, devem também ser computados os encargos referentes às</p><p>despesas de alimentação, transporte, EPI - equipamento de proteção individual e ferramentas de uso pessoal.</p><p>2.3. LEIS SOCIAIS</p><p>2.3.1. TAXA DE ENCARGOS SOCIAIS que incidem sobre os salários de HORISTAS</p><p>LEIS SOCIAIS - ENCARGOS BÁSICOS</p><p>A1 Previdência Social 20,00</p><p>A2 Fundo de Garantia por Tempo de Serviço - FGTS 8,50</p><p>A3 Salário-Educação 2,50</p><p>A4 Serviço Social da Indústria (SESI) 1,50</p><p>A5 Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) 1,00</p><p>A6 Serviço de Apoio à Pequena e Média Empresa (SEBRAE) 0,60</p><p>A7 Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) 0,20</p><p>A8 Seguro Contra Acidentes de Trabalho (INSS) 3,00</p><p>A9</p><p>A</p><p>SECONCI - Serviço Social da Indústria da Construção e Mobiliário</p><p>Total dos Encargos Sociais Básicos</p><p>1,00</p><p>38,30</p><p>LEIS SOCIAIS - ENCARGOS INCIDENTES E REINCIDENTES</p><p>B1 Repouso Semanal e Feriados 22,90</p><p>B2 Auxílio-enfermidade (*) 0,79</p><p>B3 Licença-paternidade (*) 0,34</p><p>B4 13º Salário 10,57</p><p>B5 Dias de chuva / falta justificada / acidente de trabalho (*) 4,57</p><p>B Total de Encargos Sociais que recebem as incidências de A 39,17</p><p>40 ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL</p><p>C1 Depósito por despedida injusta - 50% sobre [ A2 + (A2 + B) ] 5,91</p><p>C2 Férias (indenizadas) 14,06</p><p>C3</p><p>C</p><p>D1</p><p>D2</p><p>D</p><p>Aviso Prévio (indenizado)</p><p>Total de Encargos que não recebem as incidências globais de A</p><p>Reincidência de A sobre B</p><p>Reincidência de A2 sobre C3</p><p>Total das taxas das reincidências</p><p>Subtotal</p><p>(*) 13,12</p><p>33,09</p><p>15,00</p><p>1,11</p><p>16,12</p><p>126,68</p><p>ENCARGOS COMPLEMENTARES</p><p>E1 Vale-transporte (aplicar fórmula VT) 7,93</p><p>E2 Refeição mínima (aplicar fórmula VC) 6,60</p><p>E3 Refeição - almoço (aplicar fórmula VR) 27,87</p><p>E4 Refeição - jantar (aplicar fórmula VR) -</p><p>E5 EPI - Equipamento de Proteção Individual (aplicar fórmula EPI) 5,00</p><p>E6</p><p>E</p><p>Ferramentas manuais (aplicar fórmula FM)</p><p>Total das taxas complementares</p><p>2,00</p><p>49,40</p><p>TOTAL DOS ENCARGOS SOCIAIS Total Geral 176,08</p><p>2.3.2 TAXA DE ENCARGOS SOCIAIS que incidem sobre o salário dos MENSALISTAS</p><p>LEIS SOCIAIS - ENCARGOS BÁSICOS</p><p>A1 Previdência Social 20,00</p><p>A2 Fundo de Garantia por Tempo de Serviço 8,50</p><p>A3 Salário-Educação 2,50</p><p>A4 Serviço Social da Indústria (SESI) 1,50</p><p>A5 Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) 1,00</p><p>A6 Serviço de Apoio à Pequena e Média Empresa (SEBRAE) 0,60</p><p>A7 Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) 0,20</p><p>A8 Seguro Contra Acidentes de Trabalho (INSS) 3,00</p><p>A9</p><p>A</p><p>Seconci - Serviço Social da Indústria da Construção e Mobiliário</p><p>Total de Encargos Sociais Básicos</p><p>1,00</p><p>38,30</p><p>LEIS SOCIAIS - ENCARGOS INCIDENTES E REINCIDENTES</p><p>B</p><p>B</p><p>C1</p><p>13º salário</p><p>Total dos Encargos Sociais que recebem as incidências de A</p><p>Depósito por despedida injusta - 50% sobre [A2 + (A2 x B)]</p><p>8,22</p><p>8,22</p><p>4,60</p><p>C2 Férias (indenizadas) 10,93</p><p>C3</p><p>C</p><p>D1</p><p>Aviso Prévio (indenizado)</p><p>Total de encargos que não recebem incidências globais de A</p><p>Reincidência de A sobre B</p><p>(*)10,20</p><p>25,73</p><p>3,15</p><p>D2</p><p>D</p><p>Reincidência de A2 sobre C3</p><p>Total das taxas de reincidências</p><p>Sub-total</p><p>0,87</p><p>4,02</p><p>76,27</p><p>ENCARGOS COMPLEMENTARES (**)</p><p>E1 Vale-Transporte (aplicar fórmula VT) 7,93(*)</p><p>E2 Café da Manhã (aplicar fórmula VC) 6,60(*)</p><p>E3 Refeição - almoço (aplicar fórmula VR) 27,87(*)</p><p>ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL 41</p><p>E4 Refeição - jantar (aplicar fórmula VR) -</p><p>E5 EPI - Equipamento de Proteção Individual (aplicar fórmula EPI) 5,00(*)</p><p>E6 Ferramentas manuais (aplicar fórmula FM) 2,00(*)</p><p>E Total dos encargos complementares 49,40</p><p>TOTAL DOS ENCARGOS SOCIAIS Total geral 1.25,67</p><p>(*) Porcentual adotado</p><p>(**) Itens que devem ser calculados segundo mercado e critério da empresa.</p><p>NOTAS:</p><p>- Vale-Transporte: considerada redução de 6% sobre o salário/mês, pois os empregadores obrigam-se a</p><p>custear apenas o seu excedente.</p><p>- Refeição mínima: considerada dedução de 1% sobre o salário/hora por dia útil trabalhado, relativo ao</p><p>custeio da refeição mínima por parte do trabalhador.</p><p>- Refeições: considerado um limite mínimo de 95% para</p><p>os custos subsidiados pelos empregadores.</p><p>- Dias úteis: foram considerados 22 dias úteis por mês.</p><p>OBSERVAÇÕES:</p><p>■ As taxas de Leis Sociais e Riscos do Trabalho para horistas estão consideradas e calculadas de modo a</p><p>exprimir as incidências e reincidências dos encargos sociais, e a percentagem total é a adotada nas</p><p>Tabelas de Composição de Preços para Orçamentos (TCPO) da PINI, ou seja, é a taxa que incide sobre as</p><p>horas normais trabalhadas (de produção).</p><p>As taxas de Leis Sociais e Riscos do Trabalho para mensalistas estão consideradas e calculadas de modo</p><p>a exprimir as incidências e reincidências dos encargos sociais e a percentagem total adotada incide sobre a</p><p>folha de pagamento.</p><p>Após o cálculo dos custos diretos, há a necessidade de previsão dos custos indiretos envolvidos na</p><p>administração do negócio da empresa executante. Tal previsão em geral é feita com base na aplicação da</p><p>Taxa de BDI. Benefício e Despesas Indiretas.</p><p>2.4. CÁLCULO DOS ENCARGOS COMPLEMENTARES - FÓRMULAS BÁSICAS</p><p>2.4.1. VALE-TRANSPORTE: 12 x C x N - (S x 0,006)VT = x 100 =</p><p>S</p><p>⎡ ⎤</p><p>⎢ ⎥⎣ ⎦</p><p>2.4.2. VALE-CAFÉ DA MANHÃ: 2C x N - (0,033 x S x 22) x 0,01)VC = x 100 =</p><p>S</p><p>⎡ ⎤</p><p>⎢ ⎥⎣ ⎦</p><p>2.4.3. VALE-ALMOÇO ou JANTAR: 3C x N x 0,95</p><p>VR = x 100 =</p><p>S</p><p>⎡ ⎤</p><p>⎢ ⎥⎣ ⎦</p><p>Sendo:</p><p>C1 = tarifa de transporte urbano;</p><p>C2 = custo do café da manhã;</p><p>42 l ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL</p><p>C3 = Vale-Refeição - definido em Acordo Sindical;</p><p>N = número de dias trabalhados no mês;</p><p>S = salário médio mensal dos trabalhadores.</p><p>NOTA: Para a obtenção das taxas acima foram considerados: C1 = R$ 1,90; C2 = R$ 2,00; C3 = R$ 8,00 (Dissídio</p><p>Coletivo - Sinduscon SP); N = 22 dias e S = R$ 600,00</p><p>2.4.4. EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL</p><p>NOTA: De acordo com o Art. 166 da CLT, o NR-6 e o NR-18 da Lei nº 6.514/77, a empresa está obrigada a fornecer</p><p>EPI aos empregados. Aplicando-se a fórmula considerando custo médio mensal por operário de R$ 30,00, chega-se</p><p>à taxa de EPI = 5,00%.</p><p>2.4.5. FERRAMENTAS MANUAIS</p><p>NOTA: A empresa obriga-se a fornecer as ferramentas manuais necessárias para a execução dos serviços. Aplicar a</p><p>fórmula considerando o custo médio mensal por operário de R$ 12,00: S = R$ 600,00; taxa de FM = 2,0%.</p><p>Sendo:</p><p>N = número de trabalhadores na obra;</p><p>S = salário médio mensal;</p><p>P1, P2, P3,......... Pn = Custo de cada um dos EPI ou de ferramentas manuais;</p><p>F1, F2, F3, ........ Fn = Fator de utilização do EPI ou de ferramentas manuais, dado pela seguinte fórmula:</p><p>Sendo</p><p>t = tempo de permanência do EPI ou da Ferramenta à disposição da obra;</p><p>VU = Vida útil do EPI ou Ferramenta manual em meses.</p><p>2.5. COMPOSIÇÃO DE CUSTOS UNITÁRIOS</p><p>Como já mencionado anteriormente, os custos diretos de uma determinada obra são a somatória dos CUSTOS</p><p>UNITÁRIOS de todos os serviços específicos, multiplicados pelas suas respectivas quantidades.</p><p>ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL 43</p><p>1 1 2 2 3 3</p><p>1</p><p>n</p><p>PF + P F + P F + .......PnFn</p><p>EPI =</p><p>N</p><p>S</p><p>⎡ ⎤</p><p>⎢ ⎥</p><p>⎢ ⎥</p><p>⎢ ⎥</p><p>⎢ ⎥</p><p>⎢ ⎥⎣ ⎦</p><p>∑</p><p>x 100 =</p><p>1 1 2 2 3 3</p><p>1</p><p>n</p><p>PF + P F + P F + .......PnFn</p><p>FM =</p><p>N</p><p>S</p><p>⎡ ⎤</p><p>⎢ ⎥</p><p>⎢ ⎥</p><p>⎢ ⎥</p><p>⎢ ⎥</p><p>⎢ ⎥⎣ ⎦</p><p>∑</p><p>tF = 12 x VU</p><p>Para o cálculo dos CUSTOS UNITÁRIOS é necessário que conheçamos a sua COMPOSIÇÃO, isto é, quanto de</p><p>material vai ser utilizado, número de horas de pessoal qualificado e não-qualificado e o número de horas de</p><p>equipamento a ser utilizado, por unidade desses serviços.</p><p>No mercado pode ser encontrada alguma literatura sobre o assunto, mas a mais conhecida é a TCPO -Tabela de</p><p>Composição de Preços da PINI, onde podem ser encontrados os parâmetros de quantitativos e horas necessárias</p><p>para as composições dos principais serviços utilizados na construção civil e predial.</p><p>Os parâmetros que expressam os quantitativos e taxas horárias de pessoal e equipamentos na TCPO dão uma idéia</p><p>bastante próxima da realidade, mas as empresas de construção tradicionais e bem estruturadas costumam avaliá-los</p><p>através de constante Apropriação Analítica de Custos da Obra realizada, de modo a ter maior segurança na sua</p><p>política de preços.</p><p>2.5.1. EXEMPLOS DE COMPOSIÇÃO DE CUSTOS</p><p>2.5.1.1. EXEMPLO 1</p><p>Tabela TCPO-PINI</p><p>Código 04211.8.1 ALVENARIA de vedação com tijolo comum 5,7x9x 19 cm, juntas de 12 mm com argamassa mista de cimento, cal</p><p>h</p><p>i</p><p>d</p><p>r</p><p>a</p><p>t</p><p>a</p><p>d</p><p>a</p><p>e areia sem peneirar traço 1:2:6. tipo 5. unidade: m2</p><p>04211.3.4.1 Tijolocomummaciço5,7x9x19 un 46 84</p><p>(comprimento: 19 cm/largura 9 cm/altura: 5,7 cm)</p><p>COMPOSIÇÃO DETALHADA INCLUINDO A PRODUÇÃO DE INSUMOS</p><p>01270.0.40.1 pedreiro h 0,90 1,60</p><p>01270.0.45.1 servente h 0,98 1,85</p><p>02060.3.2.2 areia lavada tipo média m 0,0101 0,0304</p><p>02060.3.2.1 cal hidratada CH III kg 1,51 4,55</p><p>02060.3.5.1 cimento portland CP II. E 32 (resistência 32,00 MPA) kg 1,51 4,55</p><p>04211.3.4.1 Tijolo maciço comum 5,7 x 9 x 19 un 46 84</p><p>(*) este(s) insumo(s) tem seus componentes explícitos na "composição detalhada incluindo a produção de insumos".</p><p>Conteúdo do serviço</p><p>1. Consideram-se material e mão-de-obra para preparo de argamassa, marcação e execução da alvenaria.</p><p>Excetos os serviços de fixação (encunhamento) da alvenaria;</p><p>2. Perda adotada para os tijolos comuns: 2,00%.</p><p>Critério de medição</p><p>Pela área, vãos com área inferior ou igual a 2 m2 devem ser considerados cheios. Vãos com área superior a 2 m2</p><p>descontar apenas o que exceder a essa área.</p><p>44 ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL</p><p>CÓDIGO COMPONENTES UNID. CONSUMO</p><p>espessura da parede</p><p>5,7</p><p>04211.8.1.5</p><p>(cm)</p><p>9,0</p><p>04211.8.1.</p><p>01270.0.40.1 pedreiro h 0,90 1,60</p><p>01270.0.45.1 servente h 0,90 1,60</p><p>*04060.8.1.84 argamassa mista de cimento, cal hidratada e</p><p>areia sem peneirar traço 1:2:8</p><p>M3 0,0083 0,0250</p><p>Procedimento executivo</p><p>■ Executar a modulação da alvenaria, assentando-se os tijolos dos cantos; em seguida, fazer a marcação da</p><p>primeira fiada com tijolos assentados sobre uma camada de argamassa previamente estendida, alinhados</p><p>pelo seu comprimento.</p><p>■ Atenção à construção dos cantos, que deve ser efetuada verificando-se o nivelamento, perpendicularidade,</p><p>prumo e espessura das juntas, porque eles servirão como gabarito para construção em si.</p><p>■ Esticar uma linha que servirá como guia, garantindo o prumo e a horizontalidade da fiada.</p><p>■ Verificar o prumo de cada tijolo assentado.</p><p>■ As juntas entre os tijolos devem estar completamente cheias, com espessura de 12 mm.</p><p>■ As juntas verticais não devem coincidir entre fiadas contínuas, de modo a garantir a amarração dos tijolos.</p><p>Normas técnicas</p><p>NB-18. Condições e meio de trabalho na indústria da construção. 18.17. Alvenaria, revestimentos e</p><p>acabamentos.</p><p>NBR-8545. Execução de alvenaria sem função estrutural de tijolos e blocos cerâmicos.</p><p>NBR-8041. Tijolo maciço cerâmico para alvenaria. Forma e dimensões.</p><p>NBR-7170. Tijolo maciço cerâmico para alvenaria.</p><p>2.5.1.2. EXEMPLO 2</p><p>Tabela TCPO - PINI</p><p>15110 REGISTROS E VÁLVULAS</p><p>15110.8.1 REGISTRO de gaveta bruto, unidade: un</p><p>CÓDIGO COMPONENTE UNID. CONSUMO</p><p>diâmetro (mm)</p><p>15 (1/2”) 20 (1/4”) 25(1")</p><p>15110.8.1.1 15110.8.1.2 15110.8.1.3</p><p>01270.0.6.1 Ajudante de encanador h 0,54 0,54 0,54</p><p>01270.0.24.1 Encanador h 0,54 0,54 0,54</p><p>15110.3.1 Registro de gaveta (tipo de acabamento: bruto) un 1,00 1,00 l,00</p><p>15143.3.5.1 Fita de vedação para tubos e conexões</p><p>rosqueáveis (largura 1/2")</p><p>m 0,56 0,94 1,20</p><p>Conteúdo do Serviço</p><p>1. Material e mão-de-obra para instalação do registro na tubulação.</p><p>2. Registro de gaveta bruto: composto por sede, cunha com guias, corpo fundido, castelo envolvente, gaxeta,</p><p>haste e volante anatômico.</p><p>3. Destinado à interrupção eventual de passagem de água para reparo na rede ou no ramal. O registro deve</p><p>ficar completamente aberto para evitar danos em seus componentes.</p><p>ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL 45</p><p>Critério de medição</p><p>Por unidade instalada.</p><p>Procedimento</p><p>executivo</p><p>■ Limpar cuidadosamente as ranhuras internas do registro e as ranhuras externas do tubo (se for de aço</p><p>galvanizado) ou do adaptador (se for de PVC).</p><p>■ No momento de instalação do registro de gaveta, a cunha deve estar na posição fechada. Estando aberto a</p><p>sede do registro (localizada no corpo), pode deformar quando rosqueada em demasia no tubo.</p><p>■ Ao usar tubo de ferro galvanizado, deve-se fazer número reduzido de fio de rosca (não superior ao registro)</p><p>para melhor acomodação das peças. Não apertar em demasia (este cuidado evita danificar o registro).</p><p>■ Também se deve tomar cuidado com as conexões de ferro e PVC, pois o aperto em demasia pode inutilizar</p><p>o registro.</p><p>Normas técnicas</p><p>■ NBR 05626. Instalações prediais de água fria.</p><p>2.5.1.3. EXEMPLO 3</p><p>Tabela TCPO-PINI</p><p>22 800.9.4. Caminhão com carroceria de madeira diesel, potência 160 HP (119 kW), capacidade útil 7.6 t, carroceria</p><p>5,8 m, vida útil 10.000 h.</p><p>CÓDIGO COMPONENTES UNID. CONSUMO</p><p>h produtivo</p><p>22800.9.4.3</p><p>h improdutivo</p><p>22800.9.4.4</p><p>01270.0.35.1 Motorista de veículo comercial/caminhão H 1,00 1,00</p><p>22050.3.39.34 Pneu 9 x 20 x 14 com câmara un 0,0024</p><p>22080.3.7.1 Graxa kg 0,0060</p><p>22080.3.9.1 Óleo Diesel I 25,60</p><p>22800.10.1.10 Depreciação de equipamentos de transportes 9,00 x 10'' 9,00 x 10 S</p><p>22800.11.1.10 Juros de Capital de equipamentos de transportes 3,84x10* 3,84x10"</p><p>22800.12.1.10 Manutenção de equipamentos de transportes 7,5 x 10 '</p><p>Conteúdo do serviço</p><p>1. Considerar filtros e lubrificantes conforme explicativo no início da divisão 22.</p><p>2.5.1.4. CÁLCULO DOS CUSTOS UNITÁRIOS</p><p>Para a obtenção dos custos unitários, multiplicam-se os parâmetros de consumo (ver TCPO) pelos preços</p><p>unitários dos materiais, preço horário dos equipamentos e pelos salários/hora dos empregados envolvidos.</p><p>46 ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL</p><p>Observar que os salários de cada mão-de-obra especializada são antes multiplicados pela taxa de Encargos Sociais</p><p>anteriormente detalhada, conforme a seguinte fórmula:</p><p>Custo unitário de mão-de-obra = salário horário (1 + e)</p><p>Sendo:</p><p>176,08 (*)</p><p>100</p><p>e = e = 1,7608 (*) Taxa de Leis Sociais sugerida</p><p>Portanto: Custo Unitário de Mão-de-obra = Salário horário x (2,7608)</p><p>2.5.1.5. DESPESAS DA ADMINISTRAÇÃO LOCAL DA OBRA (AL)</p><p>São as despesas decorrentes da montagem e manutenção da estrutura administrativa no local de execução para</p><p>atender às necessidades da obra, no que concerne a direção e fiscalização técnica, pessoal, programação, controle</p><p>de custos e de qualidade.</p><p>Os principais itens de despesas são:</p><p>■ Aluguel de equipamentos administrativos: mobiliário do escritório, telefones fixos e celulares,</p><p>computadores, aparelhos de ar-condicionado, ventiladores, geladeiras e fogão para copa, extintores de</p><p>incêndio, relógio de ponto, etc.</p><p>■ Aluguel de veículos leves e sua manutenção para locomoção na obra e serviços administrativos;</p><p>■ Consumos: materiais de escritório, materiais de limpeza, água e café, despesas com contas de água,</p><p>energia e telefone, combustível para abastecimento de veículos, etc.</p><p>■ Salários: engenheiro responsável, engenheiros setoriais, mestre de obras, técnicos de produção,</p><p>planejamento e de segurança do trabalho, enfermeiro, apontador, almoxarife, vigias, segurança patrimonial</p><p>e demais funcionários administrativos, exceto pessoal diretamente envolvido na produção que faz parte</p><p>dos custos diretos.</p><p>■ Serviços de apoio estratégico e logístico da obra: medicina e segurança do trabalho, controle tecnológico</p><p>de qualidade dos materiais e da obra.</p><p>2.5.1.6. CUSTO DIRETO DA INSTALAÇÃO DO CANTEIRO DE OBRAS</p><p>A infra-estrutura física da obra que possibilite o perfeito desenvolvimento da execução consiste no seguinte:</p><p>■ Regularização do terreno do canteiro de obras, construção provisória para escritório da obra, sala para a</p><p>chefia, sala para a fiscalização, sanitários completos, oficinas, bandeja salva-vida no caso de prédios, etc.</p><p>■ Alojamentos completos, refeitórios, vestiários, guaritas, etc.</p><p>■ Instalações provisórias de água, esgoto, telefone, eletricidade, iluminação, tapumes, cercas, etc.</p><p>■ Estradas de acesso, pavimentação provisória, etc.</p><p>■ Placas de obra de acordo com as especificações do cliente.</p><p>ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL 47</p><p>2.5.1.7. MOBILIZAÇÃO E DESMOBILIZAÇÃO DA OBRA</p><p>Em todo o período que antecede o início efetivo da obra e após o término do contrato ocorrem despesas que não</p><p>estão computadas nem nos custos unitários dos serviços e em nenhum dos itens que compõem os Custos Diretos.</p><p>São elas:</p><p>■ Deslocamento de pessoal especializado;</p><p>■ Transporte, carga e descarga de equipamentos a serem instalados no canteiro;</p><p>■ Despesas de viagem, hospedagem e alimentação, etc.</p><p>Da mesma forma, a Mobilização e Desmobilização é Custo Direto. 2.5.2.</p><p>ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS DIRETOS</p><p>A planilha de custos diretos deve conter os seguintes itens de serviços:</p><p>a) Preços unitários</p><p>■ LISTA DOS SERVIÇOS A SEREM REALIZADOS</p><p>Inicialmente, com o projeto, especificações, memorial descritivo e/ou os termos de referência nas mãos,</p><p>faz-se a relação de todos os serviços envolvidos.</p><p>■ LEVANTAMENTO DOS QUANTITATIVOS</p><p>Procede-se em seguida ao levantamento de todos os quantitativos dos serviços relacionados com as</p><p>respectivas unidades.</p><p>■ CÁLCULO DOS PREÇOS UNITÁRIOS</p><p>Em cada um dos serviços colocar os respectivos custos unitários obtidos pela Composição dos Custos</p><p>Unitários.</p><p>■ CÁLCULO DOS CUSTOS DE CADA UM DOS SERVIÇOS</p><p>Com a multiplicação dos quantitativos pelos custos unitários, obtém-se o custo de cada um dos serviços.</p><p>b) Administração local</p><p>c) Canteiro da obra</p><p>d) Mobilização e desmobilização</p><p>A soma dos custos unitários de cada item de serviços acrescidos dos custos da Administração Local, Canteiro de</p><p>Obras e Mobilização/Desmobilização representam os CUSTOS DIRETOS da obra.</p><p>48 ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL</p><p>2.5.2.1. EXEMPLO DE PLANILHA DE CUSTOS DIRETOS (MODELO):</p><p>OBRA: Reforma. Escola Mun. Pedro Álvares Cabral</p><p>LOCAL: Rua 7 de Setembro,1822 MUNICÍPIO: São Paulo</p><p>DATA-BASE:</p><p>maio/2003</p><p>CÓDIGO: 01/03</p><p>Código Discriminação Un. Quant. MO Material P. Unit. Subtotal</p><p>CUSTOS UNITÁRIOS</p><p>01.01 Escavação Manual até 1,5 m M:i 4,50 11,29 - 11,29 50,80</p><p>01.03 Broca de concreto D = 25 cm Ml 29,30 9,98 12,34 22,32 653,97</p><p>02.05 Concreto Fck = 25 MPA M3 8,53 59,53 166,89 226,42 1.931,36</p><p>02.06 Forma de madeira M2 28,18 11,17 12,35 23,52 662,79</p><p>03.01 Aço CA-50 Kg 241,47 1 .02 2,24 3,26 787,19</p><p>03.07 Laje Pré-fabricada E = 12cm M2 57,50 4,95 32,93 37,88 2.178,10</p><p>04.02 Alvenaria de tijolo barro E-15 M2 76,80 16,10 11,58 27,68 2.125,82</p><p>05.03 Porta de madeira L = 82 cm Un 3 63,57 199,85 263,42 790,26</p><p>06.06 Caixilho de ferro basculante M2 12,34 9,92 148,65 158,57 1.956,35</p><p>07.03 Tesouras p/telha francesa M2 98,00 12,69 29,75 42,44 4.159,12</p><p>07.09 Telha de barro francesa M2 98,00 7,23 8,64 15,87 1.555,26</p><p>08.10 Tubo de PVC de 40 mm Ml 23,00 8,89 2,63 11,52 264,96</p><p>08.14 Registro de gaveta 25 mm Un 2,00 6,01 12,26 18,27 36,54</p><p>09.05 Fio de cobre de 4 mm2 Ml 38,00 0,62 0,54 1,16 44,08</p><p>09.25 Luminária c/4 lâmpadas Un 6,00 11,70 154,62 166,32 997,92</p><p>10.04 Piso de cerâmica PI-5 M2 75,00 5,87 19,55 25,42 1.906,50</p><p>10.07 Revestimento de azulejo M2 13,67 13,65 21,34 34,99 478,31</p><p>11,13 Pintura Látex 3 demãos</p><p>ADMINISTRAÇÃO LOCAL</p><p>M2 148,00 4,49 2,99 7,48 1.107,04</p><p>11.14 Pessoal indireto da obra Mês 3,0 8.530,00</p><p>11.15 Despesas de manutenção</p><p>CANTEIRO DE OBRAS</p><p>Mês 3,0 2.356,00</p><p>11.16 Instalação</p><p>MOBILIZAÇÃO E DESMOBILIZAÇÃO</p><p>Vb 4.500,00</p><p>11.17 Custos de mobilização</p><p>Custos de desmobilização</p><p>Vb</p><p>Vb</p><p>1.000,00</p><p>1.800,00</p><p>CUSTO DIRETO. CD Total (*) R$ 39.872,37</p><p>(*) Valor do custo direto - não está incluído o BDI</p><p>OBS.: A planilha acima se transformará em Planilha de PREÇOS UNITÁRIOS somente depois de acrescido o BDI a ser determinado.</p><p>2.5.3. CÁLCULO DO BDI</p><p>2.5.3.1. DESPESAS INDIRETAS</p><p>São todas as despesas que não fazem parte dos insumos da obra e sua infra-estrutura no local</p><p>de</p><p>execução, mas que são necessárias para a sua realização.</p><p>2.5.3.1.1. DESPESAS DA ADMINISTRAÇÃO CENTRAL (AC)</p><p>Existem basicamente dois tipos de custos ou despesas da Administração Central:</p><p>ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL 49</p><p>2.5.3.1.1.1. DESPESAS ESPECIFICAS (l1}</p><p>São aquelas que oneram diretamente uma determinada obra, mas que são exercidas principalmente fora do seu</p><p>ambiente.</p><p>As principais despesas são:</p><p>1. Gerente do contrato e respectivos auxiliares que atuam na Administração Central.</p><p>2. Consultores especializados.</p><p>3. Despesas de viagem, estadia, alimentação, etc. para tratar especificamente de assuntos relacionados a</p><p>determinada obra.</p><p>Sendo:</p><p>I1 = Taxa de custo indireto expresso em percentual;</p><p>CE = Custo específico da obra na Administração Central;</p><p>CD = Custo Direto.</p><p>2.5.3.1.1.2. RATEIO DA ADMINISTRAÇÃO CENTRAL (l2)</p><p>O rateio da Administração Central é um percentual que se debita a determinada obra correspondente à soma de</p><p>todos os custos da estrutura central da empresa, proporcional ao tempo de execução e ao montante do contrato.</p><p>As principais despesas são:</p><p>■ Custo de propriedade ou aluguel do imóvel da sede da empresa e outros imóveis que dão apoio às obras,</p><p>como almoxarifado central, oficinas, garagens, etc.</p><p>■ Custo de instalação e manutenção da estrutura administrativa da sede central.</p><p>■ Salários do pessoal administrativo, compras, recrutamento e administração do pessoal, contas a pagar e a</p><p>receber, técnicos das áreas de planejamento e engenharia, motoristas, vigilantes, etc.</p><p>■ Remuneração dos diretores e gerentes.</p><p>■ Despesas de consumo, como contas de água, energia elétrica, telefones, combustíveis, etc.</p><p>■ Equipamentos de escritório, como computadores, impressoras, copiadoras, fax, aparelhos de ar-</p><p>condicionado, ventiladores, geladeiras, fogão, etc.</p><p>■ Serviços terceirizados, como assessorias contábil e jurídica, motoboy, serviços de segurança, manutenção</p><p>de computadores, etc.</p><p>Para o cálculo da taxa de participação da Administração Central na composição do BDI, podemos usar a seguinte</p><p>equação:</p><p>50 ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL</p><p>1</p><p>CEI = x 100</p><p>CD</p><p>2</p><p>Fi . nAC</p><p>Fa . 12I = x 100</p><p>CD</p><p>Sendo:</p><p>I1 e l2 = Taxa de custos indiretos da Administração Central expresso em percentual;</p><p>AC = custo anual da Administração Central;</p><p>Fi = faturamento da obra no exercício fiscal;</p><p>Fa = faturamento anual da empresa;</p><p>n = prazo de execução da obra em meses;</p><p>CD = custo Direto da Obra.</p><p>Assim, a soma dos custos indiretos da Administração Central pode ser representada por i:</p><p>I = I1 + I2</p><p>2.5.3.1.2. TAXA DE DESPESAS FINANCEIRAS</p><p>Nos tempos atuais, com a grande diferença existente entre os juros cobrados pelas instituições financeiras e os</p><p>rendimentos das aplicações em bancos, as despesas financeiras do Capital de Giro para financiar uma obra</p><p>assumem uma importância fundamental na avaliação da rentabilidade de um determinado contrato, e precisam estar</p><p>embutidas no preço.</p><p>Existem vários métodos de cálculo dessas despesas financeiras, mas basicamente devem ser consideradas as</p><p>seguintes circunstâncias:</p><p>Forma de Financiamento:</p><p>■ O empreiteiro trabalha com Capital de Giro Próprio.</p><p>■ O empreiteiro depende de empréstimos bancários.</p><p>■ O empreiteiro tem Capital de Giro insuficiente.</p><p>No primeiro caso, há que se considerar os juros que renderiam caso o dinheiro estivesse aplicado em alguma</p><p>instituição financeira.</p><p>No segundo caso, se o construtor depende unicamente dos recursos de terceiros, deverá considerar os juros que</p><p>pagaria se tivesse que recorrer a empréstimos bancários.</p><p>No terceiro caso, que é o mais comum, haveria que examinar o cronograma físico financeiro da obra e os prazos de</p><p>pagamentos determinados no contrato e fazer um minucioso estudo do fluxo financeiro, para viabilizar o resultado</p><p>final do empreendimento.</p><p>Prazos de Pagamento:</p><p>■ Até 7 dias, considerado o pagamento à vista.</p><p>■ Pagamento a prazo de 15 ou 30 dias. Este caso é muito comum na administração pública.</p><p>■ Pagamento a prazo de 60 dias. Casos especiais.</p><p>■ Pagamento em datas determinadas, desde que as obras estejam de acordo com o andamento do</p><p>cronograma físico-financeiro.</p><p>Formas de contagem dos prazos:</p><p>■ Contados a partir de datas determinadas ou último dia do mês.</p><p>ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL 51</p><p>■ A partir da data final do período da medição. Geralmente há um lapso de tempo de processamento</p><p>diferente para cada contratante até o momento do pagamento.</p><p>■ A partir da aprovação da medição. Dependendo da contratante e da disponibilidade do Fiscal, pode</p><p>decorrer um tempo significativo que deve ser considerado.</p><p>■ A partir da apresentação da Fatura de Serviços.</p><p>Outros encargos financeiros:</p><p>■ Taxa de juros sobre a retenção mensal sobre os faturamentos.</p><p>■ Encargos pagos por caução de garantia ou aval bancário.</p><p>Em resumo, para o cálculo das despesas financeiras é necessário considerar, além das informações acima, outros</p><p>parâmetros de desembolso, tais como compras de materiais ou serviços, à vista ou a prazo, pagamento semanal,</p><p>quinzenal ou mensal do pessoal, prazos de pagamento dos empreiteiros de mão-de-obra, etc.</p><p>Uma fórmula simplificada para o cálculo da taxa do custo financeiro pode ser expresso da seguinte maneira:</p><p>Sendo:</p><p>f = taxa de custo financeiro;</p><p>/ = taxa de correção monetária do mês devido à inflação; j = taxa de</p><p>juros mensais considerados;</p><p>n = número de dias entre a média ponderada do período de medição (desembolso)</p><p>até o dia do pagamento da Fatura.</p><p>OBSERVAÇÃO:</p><p>a) Esta taxa reflete a posição acumulada do custo financeiro dos saldos mensais de caixa, decorrente do fluxo</p><p>de caixa orçado para serviços de empreitada.</p><p>b) Se no contrato estiver prevista cláusula relativa à exigência de caução ou retenção de um determinado</p><p>percentual em cada pagamento, o custo financeiro decorrente deverá ser também considerado.</p><p>c) Independentemente da fórmula da taxa de custo financeiro acima proposto, para contrato com cláusula de</p><p>reajuste, mas que por exigência legal está impedido de ser reajustado antes de decorrido um ano da</p><p>assinatura do mesmo, deve-se fazer uma projeção da inflação para cada período de 12 meses, ou fração,</p><p>para calcular as perdas reais de rentabilidade prevista inicialmente.</p><p>2.5.3.1.3. TAXA DE RISCO DE EXECUÇÃO OU RESERVA DE CONTINGÊNCIA</p><p>O cálculo do orçamento de uma obra qualquer é feito considerando-se as condições normais para a sua execução,</p><p>bem como situações previsíveis dos fatores de produção e da economia.</p><p>As situações previsíveis podem ser: época das chuvas, evolução das taxas inflacionárias, evolução dos juros do</p><p>mercado, história de atrasos no pagamento por parte da contratante, baixa produtividade de mão-de-obra em</p><p>determinadas regiões, etc.</p><p>52 ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL</p><p>n n</p><p>30 30 = (1 + l) x (1 + j) - 1 =</p><p>⎡ ⎤</p><p>ƒ ⎢ ⎥</p><p>⎣ ⎦</p><p>No regime de empreitada por preços unitários, os parâmetros que podem variar são os seus quantitativos, mas os</p><p>preços unitários são predeterminados, a não ser as variações definidas pelos índices de reajustes previstos no</p><p>contrato. Portanto, qualquer variação nos preços decorrentes de fatores previsíveis ou erros involuntários na</p><p>elaboração do orçamento é de responsabilidade da contratada.</p><p>No regime de empreitada por preço global, a contratada assume inclusive os riscos de um eventual erro nos</p><p>quantitativos, tenham ou não sido levantados pela contratante, cuja aferição é também de responsabilidade da</p><p>contratada, e portanto assume riscos maiores.</p><p>Esses riscos devem ser avaliados e suas taxas ser estipuladas em função do tipo de contrato, empreitada por preços</p><p>unitários ou preço global, e em função da maior ou menor complexidade das obras e a experiência do construtor no</p><p>ramo, e podem variar de 0,5% a 5% do total dos custos.</p><p>Podem ser consideradas para efeito de definição da taxa de risco as seguintes circunstâncias:</p><p>a) Na implantação: divergências na topografia original, discrepâncias nos dados do sub-solo para efeito</p><p>de</p><p>fundação, necessidades de contenções e estabilizações não-previstas.</p><p>b) No projeto: falta de definição de alguns parâmetros e detalhes mal especificados.</p><p>c) Dificuldade no recrutamento de mão-de-obra local: grande rotatividade de mão-de-obra, rendimento abaixo</p><p>dos índices previstos na composição dos custos.</p><p>d) Materiais: dificuldades de encontrar certos materiais no mercado, consumo além do previsto, rejeição de</p><p>materiais fora da especificação, desperdício, etc.</p><p>e) Equipamentos: quebra de equipamentos, equipamento inadequado ou desempenho insatisfatório.</p><p>f) Furtos, paralisações por acidentes ou greves de operários, atrasos injustificados, multas, etc.</p><p>2.5.3.1.4. TRIBUTOS - TAXAS DE IMPOSTOS E CONTRIBUIÇÕES</p><p>2.5.3.1.4.1. PIS - TAXA DO PROGRAMA DE INTEGRAÇÃO SOCIAL</p><p>Para empresas que optaram por Lucro Presumido, a atual taxa de contribuição devida ao PIS é de 0,65% sobre a</p><p>receita operacional bruta, ou sobre o valor do faturamento. Assim, essa taxa incide sobre qualquer faturamento,</p><p>inclusive sobre os faturamentos dos serviços subempreitados.</p><p>PIS (L.P.) = 0,65 % s = 0,0065</p><p>No Lucro Real, essa taxa passou para 1,65 % (*)</p><p>PIS (LR.) = 1,65% s'=0,0165</p><p>2.5.3.1.4.2. COFINS - TAXA DE CONTRIBUIÇÃO PARA O FUNDO DE INVESTIMENTO SOCIAL</p><p>Para Lucro Presumido a atual taxa de COFINS é de 3,00% sobre a totalidade do faturamento e também incide em</p><p>cascata sobre todos os faturamentos parciais das subempreiteiras.</p><p>COFINS (L.P.) = 3,0 % v = 0,030</p><p>No Lucro Real, a partir de fevereiro de 2004, o COFINS passou a ser de 7,6 % (*).</p><p>COFINS (L.R.) = 7,60 % v’ = 0.076</p><p>(*) Excepcionalmente, até 31 de dezembro de 2006 essas taxas continuam as mesmas do Lucro Presumido.</p><p>ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL 53</p><p>2.5.3.1.4.3. IRPJ - IMPOSTO DE RENDA DE PESSOA JURÍDICA</p><p>A previsão para o recolhimento do Imposto de Renda vai depender de a contabilidade declarada para o efeito de</p><p>cálculo do IR ser sobre o Lucro Real ou Lucro Presumido.</p><p>Se a contabilidade declarada da empresa for por Lucro Real, corresponderá a uma taxa de 15% sobre o lucro líquido</p><p>apurado no ano, mais adicional de 10% sobre o que ultrapassar R$ 20.000,00 mensais.</p><p>Se o Benefício previsto no cálculo do BDl for de 10% (por exemplo), a taxa do Imposto de Renda será calculada</p><p>sobre esse percentual.</p><p>Portanto:</p><p>p = 0,015 mais o adicional, no Lucro Real.</p><p>Se a contabilidade for por Lucro Presumido, os tributos são os seguintes:</p><p>■ Prestação de Serviços sem aplicação de material - alíquota de 15,0% sobre base de cálculo de 32,0%, que</p><p>dá um imposto de 4,8% aplicado sobre o valor da fatura (*).</p><p>■ Prestação de Serviços com aplicação de material - alíquota de 15,0% sobre base de cálculo de 8,0%, que</p><p>dá um imposto de 1,2% aplicado sobre o faturamento.</p><p>Assim:</p><p>15 x 32,0% = 4,80%</p><p>Portanto:</p><p>p' = 0,048 para Lucro Presumido.</p><p>2.5.3.1.4.4. CSLL - CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO LÍQUIDO ou CS</p><p>Para empresas com contabilidade declarada por Lucro Real, será aplicada uma alíquota de 9,00% sobre o lucro</p><p>líquido apurado anualmente.</p><p>Da mesma forma, se o lucro líquido estimado for de 10,00%, a Contribuição Social será de 0,90%.</p><p>Portanto</p><p>c = 0,009 para Lucro Real.</p><p>Para empresas com contabilidade declarada por Lucro Presumido, a Contribuição Social é calculado na base de</p><p>9,00% sobre 32,00% da receita, o que dá uma alíquota de 2,88% sobre o Valor de Venda.</p><p>Portanto</p><p>c' = 0,0288 (*) para Lucro Presumido.</p><p>(*) Lei Federal nº 10.684, de 30.05.2003, resultado da Medida Provisória nº 107, de 10.02.2003. A partir de junho/2003 houve um</p><p>aumento de 1,08% para 2,88% do faturamento.</p><p>54 ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL</p><p>2.5.3.1.4.5. CPMF-CONTRIBUIÇÃO PROVISÓRIA SOBRE A MOVIMENTAÇÃO FINANCEIRA</p><p>Embora o percentual do CPMF seja relativamente pequeno, essa contribuição (imposto) incide em cascata sobre</p><p>todas as operações bancárias realizadas e, portanto, recai também sobre o total do faturamento.</p><p>A taxa do CPMF atualmente é de 0,38% sobre o valor da transação.</p><p>Portanto:</p><p>h = 0.0038</p><p>2.5.3.1.4.6. ISS - IMPOSTO SOBRE SERVIÇOS</p><p>O ISS é um imposto municipal cobrado sobre a parte de mão-de-obra dos serviços executados no município e varia</p><p>de 2,0% a 5,0%, dependendo do município. No de serviços que tem apenas fornecimento de mão-de-obra, o</p><p>imposto incide sobre o total da fatura.</p><p>Sendo o ISS devido no município de execução da obra ou dos serviços, o seu percentual é definido pela Câmara de</p><p>Vereadores local. A rigor, se a obra for realizada fora do município sede da empresa, a taxa deve recair somente</p><p>sobre a mão-de-obra efetivamente utilizada no município, isto é, sem o BDI. Porém não é o que acontece na prática.</p><p>Embora a base de cálculo do imposto esteja claramente definida como sendo sobre a mão-de-obra aplicada, na</p><p>prática existe muita confusão a respeito, pois cada município tem leis e procedimentos específicos que muitas vezes</p><p>desvirtuam esse princípio.</p><p>A taxa do ISS deveria ser cobrada apenas sobre a parte correspondente à mão-de-obra utilizada na prestação dos</p><p>serviços, mas na falta de uma comprovação mais explícita sobre gastos com mão-de-obra, algumas prefeituras</p><p>cobram sobre o faturamento, deduzidos os custos dos materiais, inclusive os custos com peças, combustíveis e</p><p>lubrificantes dos equipamentos próprios, e deduzidas as faturas de outros prestadores de serviços que tenham</p><p>recolhido ISS ao Município.</p><p>Há também prefeituras que aplicam a taxa sobre o valor da fatura descontando apenas o valor de compra dos</p><p>materiais, e outras que aplicam equivocadamente a taxa sobre a totalidade do valor da fatura de serviços</p><p>empreitados de material e mão-de-obra.</p><p>A cobrança de ISS sobre o total da fatura, sem os descontos acima mencionados, é irregular. Para maior clareza</p><p>costuma-se mencionar no próprio corpo da fatura a parte correspondente aos gastos com a mão-de-obra para que o</p><p>ISS seja calculado apenas sobre essa parcela.</p><p>No Município de São Paulo, a taxa do ISS para a construção civil é de 5,0%.</p><p>t = 0,05 (sobre a mão-de-obra).</p><p>2.5.3.2. DESPESAS DE COMERCIALIZAÇÃO</p><p>As despesas comerciais são aquelas que não se enquadram nem como despesas diretas nem como indiretas,</p><p>pois, a rigor, não são despesas administrativas.</p><p>ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL 55</p><p>São despesas impossíveis de ser alocadas a uma ou outra obra específica, pois incluem gastos com muitas</p><p>tentativas frustradas de insucesso comercial ou em licitações públicas, e poucas satisfatórias.</p><p>São considerados como despesas comerciais os seguintes gastos:</p><p>■ Gasto que a empresa faz para promover seu nome no mercado ou diretamente junto aos seus clientes</p><p>preferenciais visando a determinadas obras.</p><p>■ Divulgação da empresa em anúncios de revistas técnicas, anúncios comemorativos, folder de apresentação</p><p>da empresa, brindes, etc.</p><p>■ Despesas para a compra de edital, preparação de proposta técnica, consultores especiais, custo da</p><p>documentação e da pasta técnica, seguro de participação em licitações, ART e certidões do CREA,</p><p>despesas cartoriais com certidões, reconhecimento de firma e autenticações de documentos, cópias</p><p>xerográficas e fotográficas, viagens e estadia para visita à obra, etc.</p><p>■ Gastos com representação comercial, tais como despesas de viagem e hospedagem, alimentação,</p><p>comissão do representante, etc.</p><p>■ Promoção de eventos, brindes e presentes de Natal, contribuições beneficentes, contribuições político-</p><p>eleitorais, etc.</p><p>O cálculo do percentual geralmente se faz dividindo-se o custo anual em despesas comerciais pelo faturamento da</p><p>empresa no ano.</p><p>0 < u < 0,05 (variação de 0 a 5,0%).</p><p>2.5.3.3. BENEFÍCIO/LUCRO</p><p>Em tese, toda atividade empresarial ou a sua prestação de serviços deve ser remunerada financeiramente através do</p><p>que se costuma chamar de lucro.</p><p>Entretanto, há na nossa legislação tributária, fiscal e contábil uma série de definições de lucro que dificulta o</p><p>entendimento e a questão de qual deles deve ser considerado. Temos pelo menos as seguintes formas de lucro:</p><p>Lucro Líquido, Bruto, Contábil,</p><p>Real, Presumido, Arbitrado, Antes do IR, etc.</p><p>Deixar de considerar o lucro equivale a admitir falta de profissionalismo ou ser considerada uma entidade</p><p>beneficente.</p><p>Entretanto, o chamado BENEFÍCIO não pode ser conceituado apenas como a expressão do lucro a ser pretendido</p><p>pelo construtor, pois engloba outras obrigações e incertezas previsíveis e imprevisíveis.</p><p>A taxa adotada como Benefício deve ser entendida como uma provisão de onde será retirado o lucro do</p><p>construtor, após o desconto de todos os encargos decorrentes de inúmeras incertezas que podem ocorrer</p><p>durante as obras, difíceis de serem mensuradas no seu conjunto. É diferente da taxa de risco de execução,</p><p>do qual já falamos anteriormente.</p><p>Podem fazer parte da taxa do benefício algumas eventuais despesas com:</p><p>■ Pagamentos de assessorias jurídicas ou custas judiciais.</p><p>■ Eventuais falhas na elaboração do orçamento.</p><p>■ Atrasos nos pagamentos absorvidos pela empresa.</p><p>56 ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL</p><p>■ Falha no dimensionamento da mão-de-obra indireta.</p><p>■ Reservas de contingência para furtos em obra, assaltos, chuvas e inundações excepcionais, mudanças não</p><p>previsíveis na economia, etc.</p><p>De uma maneira geral, na construção civil, é costume adotar o Benefício em torno de 10%.</p><p>0,05 < b < 0,15 (Benefício pode variar de 5,0% a 15,0%)</p><p>2.5.4. FATORES QUE INFLUENCIAM E PODEM MODIFICAR A COMPOSIÇÃO DA TAXA DO BDI</p><p>A composição da taxa do BDI depende de vários fatores, tais como:</p><p>2.5.4.1. PRAZO DA OBRA</p><p>Um dos fatores que mais influenciam os custos indiretos da obra, e por conseqüência o BDI, é o tempo de duração</p><p>da obra.</p><p>Como o BDI é calculado para um determinado prazo de obra, se por alguma razão houver uma demora além desse</p><p>prazo, a maioria dos custos, principalmente de mão-de-obra, tendem a aumentar proporcionalmente a essa dilatação</p><p>do prazo.</p><p>Da mesma maneira, se o construtor conseguir executar a obra em menos tempo que o previsto estará ganhando</p><p>mais com essa redução, desde que o faça com a mesma estrutura inicialmente prevista.</p><p>■ Antecipação ou prorrogação dos prazos estabelecidos, com o mesmo volume de serviços.</p><p>■ Redução ou dilatação dos prazos pela modificação no volume de serviços.</p><p>■ Aumento ou redução do volume de serviços, mantidos os prazos iniciais.</p><p>2.5.4.2. PORTE DA OBRA</p><p>O cálculo do BDI é muito simples para obras pequenas, mas à medida que vão se tornando maiores e mais</p><p>complexas, os itens a serem considerados também aumentam consideravelmente.</p><p>Poderíamos dividir as obras segundo o seu porte em:</p><p>2.5.4.3. OBRAS DE PEQUENO PORTE</p><p>■ Construção de unidades prediais para fins habitacionais, comerciais e industriais.</p><p>■ Serviços de terraplenagem de vias públicas em áreas urbanas.</p><p>■ Pavimentação de vias públicas urbanas.</p><p>■ Redes de água, esgoto e drenagem urbana.</p><p>■ Pontes e viadutos, de pequena a média extensão (< 12,0 m).</p><p>■ Serviços especializados de engenharia, como fundações, contenção, rebaixamento, recuperação estrutural</p><p>localizada.</p><p>2.5.4.4. OBRAS DE MÉDIO PORTE</p><p>■ Instalações comerciais e industriais de médio porte.</p><p>ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL 57</p><p>■ Condomínios residenciais e conjuntos habitacionais.</p><p>■ Serviços de terraplenagem de rodovias, ferrovias e similares.</p><p>■ Pequenas barragens.</p><p>■ Pavimentação de rodovias e grandes avenidas.</p><p>■ Pontes e viadutos de grande extensão (12 m < I < 1000 m).</p><p>■ Instalações complexas de ar-condicionado, linhas de transmissão de energia, subestações rebaixadoras de</p><p>tensão, etc.</p><p>2.5.4.5. OBRAS DE CONSTRUÇÃO PESADA</p><p>■ Implantação de complexos comerciais e industriais.</p><p>■ Grandes barragens e usinas hidrelétricas.</p><p>■ Implantação de obras ferroviárias e metroviárias.</p><p>■ Complexo de pontes e viadutos especiais.</p><p>■ Linhas de altíssima tensão de energia, linhas tronco de gás, adutoras de água e coletores tronco de</p><p>esgotos e seu tratamento, etc.</p><p>■ Construção de portos, diques, aeroportos e grandes canais de irrigação.</p><p>2.5.4.6. PORTE DA EMPRESA</p><p>■ O porte da empresa é também um fator que concorre para tornar maior ou menor o BDI.</p><p>■ Empresa de pequeno porte, em geral, tem uma estrutura administrativa pequena. Portanto, o seu custo é</p><p>também pequeno.</p><p>■ Empresa de médio porte já tem uma estrutura administrativa e organizacional maior, com setores</p><p>independentes de custos, suprimentos, compras, planejamento, etc.</p><p>■ Empresas de grande porte, teoricamente, por ser maior a sua escala, tende a ter uma distribuição de</p><p>custos menor. Entretanto, seus custos indiretos depende da relação faturamento/número de obras.</p><p>2.5.4.7. TIPOS DE OBRA</p><p>■ Serviços de terraplanagem e urbanização.</p><p>■ Construção de unidades residenciais.</p><p>■ Conjuntos habitacionais.</p><p>■ Construção de edifícios urbanos verticais.</p><p>■ Unidades industriais e comerciais.</p><p>■ Complexos industriais.</p><p>■ Construção de "Shoppings Centers".</p><p>■ Obras viárias e rodoviárias.</p><p>■ Obras ferroviárias.</p><p>■ Pontes e viadutos; obras-de-arte especiais.</p><p>■ Obras de túneis e galerias subterrâneas.</p><p>■ Petroquímica, refinarias de petróleo, usinas térmicas.</p><p>■ Usinas hidrelétricas.</p><p>■ Usinas nucleares de geração de energia.</p><p>■ Linhas de transmissão.</p><p>■ Obras aquáticas e subaquáticas.</p><p>58 ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL</p><p>■ Construção de portos e diques.</p><p>■ Construção de aeroportos.</p><p>2.5.4.8. LOCALIZAÇÃO E CARACTERÍSTICAS ESPECIAIS</p><p>■ Zona urbana de tráfego controlado (acesso e horário).</p><p>■ Local de alto índice pluviométrico.</p><p>■ Local inóspito ou sem acesso terrestre.</p><p>■ Grande distância dos centros de suprimento.</p><p>■ Falta de infra-estrutura, tais como energia, água, etc.</p><p>2.5.4.9. PROBLEMAS OPERACIONAIS</p><p>■ Trabalho em carga (alta tensão).</p><p>■ Local de grande densidade de tráfego não permitindo interrupção.</p><p>■ Trabalho predominantemente ou exclusivamente noturno.</p><p>■ Trabalho sem interrupção das atividades normais de produção.</p><p>2.5.4.10. SITUAÇÕES CONJUNTURAIS</p><p>■ Elevado nível de inflação.</p><p>■ Congelamento de preços.</p><p>■ Falta de mão-de-obra.</p><p>■ Falta de determinados materiais básicos.</p><p>■ Falta de pagamento ou atrasos nos pagamentos.</p><p>■ Mudança na legislação.</p><p>2.5.4.11. NÍVEL DE QUALIDADE EXIGIDA</p><p>■ Nível de tolerância nas medidas físicas.</p><p>■ Qualidade de acabamento acima dos padrões normais.</p><p>■ Ensaios de laboratório mais freqüentes e específicos.</p><p>■ Exigência de detalhamento de projetos muito especiais.</p><p>■ Exigências de níveis elevados de Planos de Qualidade.</p><p>2.5.4.12. PRAZOS E CONDIÇÕES DE PAGAMENTO</p><p>■ Pagamento antecipado.</p><p>■ Pagamento à vista (até 7 dias após as medições).</p><p>■ Pagamento a 30 ou 60 dias.</p><p>■ Pagamento semanal ou quinzenal.</p><p>■ Pagamento após a entrega total dos serviços.</p><p>■ Pagamento com cláusulas de premiação ou multa.</p><p>2.5.4.13. CONDIÇÕES ESPECIAIS DO EDITAL</p><p>■ Com fornecimento parcial de materiais que não integram os custos diretos da obra.</p><p>■ A contratante assume parte dos custos indiretos.</p><p>ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL 59</p><p>■ A contratante considera parte dos custos diretos incluído nos custos indiretos da contratada.</p><p>■ A contratada não paga o reajuste mesmo para prazos longos de execução.</p><p>■ A contratada é responsável pela obtenção de todas as licenças e alvarás de construção junto</p><p>aos órgãos públicos.</p><p>2.5.4.14. TRADIÇÃO E CONFIABILIDADE DA CONTRATANTE</p><p>■ A contratante tem tradição de pagar em dia.</p><p>■ A contratante fornece projetos totalmente definidos e definitivos.</p><p>■ A fiscalização tem fama de séria e competente.</p><p>■ A administração é simples e desburocratizada.</p><p>60 ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL</p><p>ROTEIRO DE CÁLCULO PASSO A PASSO</p><p>1. CÁLCULO DOS CUSTOS DIRETOS</p><p>Como todo e qualquer orçamento, embute-se um certo grau de imprecisão em função dos preços</p><p>variáveis do mercado, dos erros de avaliação dos coeficientes utilizados na composição de preços e de</p><p>determinados critérios utilizados para se chegar aos custos diretos.</p><p>Entretanto, na média, os custos diretos de uma determinada obra, observadas as mesmas condições de</p><p>trabalho e de dificuldade, não podem ter grandes oscilações de valores entre uma empresa e outra ou de</p><p>um órgão</p><p>e outro.</p><p>A seguir, vamos desenvolver passo a passo a seqüência de procedimentos para o cálculo do orçamento</p><p>de uma determinada obra:</p><p>1o PASSO</p><p>TER EM MÃOS O PROJETO BÁSICO OU PROJETO EXECUTIVO COM TODOS OS PROJETOS</p><p>COMPLEMENTAREI TAIS COMO INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS, ELÉTRICAS, AR-CONDICIONADO,</p><p>ETC, E MEMORIAIS DESCRITIVOS DAS ESPECIFICAÇÕES.</p><p>2o PASSO</p><p>LISTAR TODOS OS SERVIÇOS ENVOLVIDOS E COLOCÁ-LOS EM GRUPOS SEGUNDO ORDEM</p><p>LÓGICA.</p><p>3o PASSO</p><p>PLANILHAR, ITEMIZANDO CADA SERVIÇO, CRIANDO COLUNAS ONDE CONSTEM O ITEM,</p><p>DISCRIMINAÇÃO, QUANTIDADE, UNIDADE, PREÇO UNITÁRIO, PREÇO DO ITEM E SUBTOTAL.</p><p>4o PASSO</p><p>LEVANTAR E COLOCAR NA PLANILHA AS QUANTIDADES DE CADA SERVIÇO E SUAS</p><p>RESPECTIVAS UNIDADES (ML, M2, M3, Kg, UN, VB, ETC).</p><p>5o PASSO</p><p>CALCULAR OS CUSTOS UNITÁRIOS DE CADA SERVIÇO.</p><p>Para o cálculo dos custos unitários, quaisquer que sejam os tipos de contratação ou formas de</p><p>remuneração, é necessário partir da composição dos custos unitários, isto é, para cada unidade de</p><p>serviço é preciso saber</p><p>ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL 61</p><p>quanto vai de materiais (consumo) e seus respectivos preços de aquisição e a quantidade de horas de</p><p>serviço de mão-de-obra, especializada ou não, que devem ser multiplicados pelos respectivos salários</p><p>acrescidos dos encargos sociais e o tempo de utilização de equipamentos com o aluguel horário dos</p><p>mesmos.</p><p>Os coeficientes de materiais, mão-de-obra e equipamentos, para cada unidade de serviços, podem ser</p><p>encontrados no Manual TCPO da PINI, que é o instrumento de trabalho indispensável para quem lida</p><p>com orçamento de obra.</p><p>Estes custos unitários e a soma de todos eles são, respectivamente, custos diretos unitários, que fazem</p><p>parte dos CUSTOS DIRETOS.</p><p>6o PASSO</p><p>LISTAR TODOS OS MATERIAIS QUE CONSTAM DA COMPOSIÇÃO DE CUSTOS UNITÁRIOS DA</p><p>TCPO E COTAR SEUS PREÇOS DE MERCADO.</p><p>7o PASSO</p><p>DETERMINAR O SALÁRIO DO TRABALHADOR DE CADA ESPECIALIDADE A SER UTILIZADA (NO</p><p>MÍNIMO, PISO SALARIAL).</p><p>8o PASSO</p><p>DEFINIR A TAXA DE LEIS SOCIAIS, CALCULANDO OS ENCARGOS COMPLEMENTARES ATRAVÉS</p><p>DAS FÓRMULAS PARA ALIMENTAÇÃO, TRANSPORTE, ETC, E DEFINIR O CUSTO HORÁRIO DE</p><p>CADA TRABALHADOR.</p><p>9º PASSO</p><p>COTAR OS PREÇOS DE ALUGUEL DOS EQUIPAMENTOS QUE CONSTAM NA COMPOSIÇÃO.</p><p>10º PASSO</p><p>COM ESSES DADOS, CALCULAR OS CUSTOS UNITÁRIOS DOS SERVIÇOS ATRAVÉS DA</p><p>UTILIZAÇÃO DA "COMPOSIÇÃO DE CUSTOS UNITÁRIOS". UTILIZAR O TCPO DA PINI OU</p><p>EQUIVALENTE.</p><p>11º PASSO</p><p>TRANSPORTAR PARA A PLANILHA TODOS OS CUSTOS UNITÁRIOS OBTIDOS E OBTER O CUSTO</p><p>DE CADA SERVIÇO.</p><p>12º PASSO</p><p>CALCULAR OS CUSTOS DA ADMINISTRAÇÃO LOCAL. LEMBRAR QUE OS SEUS CUSTOS SÃO</p><p>PROPORCIONAIS AO PRAZO ESTIMADO DA OBRA E INCLUEM OS SALÁRIOS DO PESSOAL,</p><p>CONSUMO DE MATERIAIS DE HIGIENE E ADMINISTRATIVO, ÁGUA, ENERGIA, TELEFONE, ETC.</p><p>62 ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL</p><p>CALCULAR O CUSTO DE IMPLANTAÇÃO DO CANTEIRO DE OBRA COM AS EDIFICAÇÕES</p><p>PROVISÓRIAS, INSTALAÇÕES, ELÉTRICAS E SANITÁRIAS, TAPUMES, PLACAS DE OBRA, ETC.</p><p>12º PASSO</p><p>EVENTUALMENTE, CUSTOS DE MOBILIZAÇÃO E DESMOBILIZAÇÃO COM CUSTOS DE</p><p>TRANSPORTE, CARGA E DESCARGA COM EQUIPAMENTOS ESPECIAIS E MÃO-DE-OBRA DE</p><p>APOIO LOGÍSTICO.</p><p>Assim, somados todos os custos diretos dos serviços, obtém-se o CUSTO DIRETO DA OBRA = CD.</p><p>Rara a obtenção do Preço de Venda, basta calcular o BDI e acrescentá-lo ao Custo Direto, segundo a</p><p>fórmula já enunciada anteriormente: PV = CD (1 + b).</p><p>2. CÁLCULO DO BDI</p><p>15º PASSO:</p><p>Fará calcular o BDI é necessário ter em mãos uma série de informações que vão constar da sua composição:</p><p>■ CUSTO DIRETO da obra, obtido nos passos anteriores.</p><p>■ Local de execução da obra e a sua distância à sede da empresa.</p><p>■ Prazo de execução da obra.</p><p>■ Conhecimento sobre a infra-estrutura local de serviços (água, energia, linha telefônica,</p><p>transportes, recursos humanos, fornecedores de materiais e serviços, etc).</p><p>■ ISS da prefeitura local.</p><p>■ Salários dos funcionários da Administração Central.</p><p>■ Despesa mensal da Administração Central.</p><p>■ Média de faturamento da empresa ou do exercício fiscal.</p><p>■ Se a contabilidade da empresa é por Lucro Real ou Presumido.</p><p>■ Taxa de juros cobrados pelo seu banco comercial.</p><p>■ Média dos últimos índices mensais de inflação.</p><p>■ Taxas dos tributos federais.</p><p>■ Gastos da empresa na comercialização.</p><p>16º PASSO</p><p>CALCULAR A TAXA DO CUSTO INDIRETO DA ADMINISTRAÇÃO CENTRAL.</p><p>As taxas de custos indiretos são sempre função do Custo Direto da obra em análise, antecipadamente</p><p>levantado. Não é possível calcular essas taxas sem antes ter o valor do Custo Direto já calculado.</p><p>São dois os custos indiretos a serem considerados:</p><p>■ Taxa Específica da Administração Central.</p><p>■ Taxa de Rateio da Administração Central.</p><p>ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL 63</p><p>17º PASSO</p><p>CALCULAR A TAXA DE CUSTO ESPECÍFICO DA ADMINISTRAÇÃO CENTRAL</p><p>Rara calcular essa taxa é necessário planejar a necessidade e a freqüência de atendimento do</p><p>profissional ou profissionais de apoio da Administração Central (engenheiro ou administrador) e os seus</p><p>custos envolvidos, no transporte, alimentação, estadia, etc, ou consultorias especializadas, não previstas</p><p>nos custos diretos.</p><p>A taxa se obtém dividindo-se esses custos pelo Custo Direto já calculado, pela fórmula abaixo.</p><p>18o PASSO</p><p>CALCULAR O RATEIO DA ADMINISTRAÇÃO CENTRAL.</p><p>Para calcular a taxa de Rateio da Administração Central é necessário primeiro calcular o custo mensal de</p><p>toda a Administração da Sede e seus complementos.</p><p>A fórmula do Rateio é dada por:</p><p>(*) ver detalhes no Regulamento do BDI.</p><p>19º PASSO</p><p>ESTABELECER A TAXA DE RISCO DO EMPREENDIMENTO (r).</p><p>Essa taxa é estabelecida em função de vários fatores já descritos anteriormente e em geral são adotados</p><p>valores que vão de 1(um) a 5 (cinco) % dos custos diretos.</p><p>20º PASSO</p><p>CALCULAR A TAXA DO CUSTO FINANCEIRO. A</p><p>taxa é calculada segundo a fórmula abaixo:</p><p>TAXAS QUE INCIDEM SOBRE O VALOR FINAL DO ORÇAMENTO OU VALOR DE VENDA.</p><p>64 ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL</p><p>CE1 =</p><p>CD</p><p>l</p><p>DMAC x FMO x N(*) R = x 100 =</p><p>FMAC x CDTO</p><p>n n</p><p>30 30 = (1 + l) x (1 + j) - 1 =</p><p>⎡ ⎤</p><p>ƒ ⎢ ⎥</p><p>⎣ ⎦</p><p>21º PASSO</p><p>CALCULAR A TAXA DE IMPOSTO SOBRE SERVIÇO - ISS.</p><p>Como o ISS incide apenas sobre a parte da M.O. (mão-de-obra) no total do faturamento, para simplificar</p><p>vamos chamar de coeficiente "u" a participação percentual da M.O. no faturamento da obra.</p><p>t = u x t'</p><p>Sendo:</p><p>t' = 0,05 (taxa do ISS, por exemplo, em São Paulo = 5,00%).</p><p>u = participação percentual da M.O. no faturamento. Depende do tipo de serviço: se envolver fornecimento</p><p>de material, vai de 30% a 70%. Se for apenas fornecimento de M.O., é 100%.</p><p>22º PASSO</p><p>DEFINIR AS TAXAS DE IMPOSTOS E CONTRIBUIÇÕES.</p><p>São os seguintes os impostos e contribuições obrigatórios que incidem sobre o valor do faturamento:</p><p>COFINS = 3% (*) v = 0,03</p><p>PIS = 0,65% (*) s = 0,0065</p><p>IRPJ = 1,2%(*) p = 0,048</p><p>CSLL = 1,08%(*) c = 0,0288</p><p>CPMF = 0,38% h - 0,0038</p><p>TOTAL = 6,31% g = 0,01171</p><p>(*) Contabilidade por Lucro Presumido com emprego de material. Na contabilidade pelo Lucro Real, esses percentuais são outros e</p><p>incidem sobre o lucro líquido anual.</p><p>23º PASSO</p><p>CALCULAR A TAXA DE DESPESA COMERCIAL.</p><p>Taxa cobrada para cobrir custos na compra de editais, seguro caução para participação em licitação,</p><p>seguro garantia de execução, preparação de propostas técnicas, cópias e autenticações, ARTs, etc.</p><p>Somar todas as despesas incorridas para esse objetivo durante o exercício fiscal e dividi-las pelo</p><p>faturamento no mesmo período.</p><p>Limites: 0 < u < 0,05.</p><p>24º PASSO</p><p>CALCULAR A TAXA DE BENEFÍCIO/LUCRO.</p><p>A Taxa de Benefício é um percentual sobre o Preço de Venda, adotado pelo construtor e expresso em</p><p>números decimais. A Taxa de Benefício nunca pode ser zero, uma vez que se trata de uma atividade</p><p>ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL 65</p><p>econômica visando ao lucro. Os construtores costumam adotar um percentual médio de lucro da ordem</p><p>de 10,0%.</p><p>Limites: 0,05 < b < 0,15.</p><p>25º PASSO</p><p>Aplicar</p><p>6</p><p>CAPÍTULO III</p><p>EXECUÇÃO DE SERVIÇOS POR EMPREITADA...................................................................................37</p><p>1. EXECUÇÃO DE SERVIÇOS POR EMPREITADA.......................................................................................37</p><p>2. FUNDAMENTOS TÉCNICOS DO CÁLCULO DA REMUNERAÇÃO...........................................................37</p><p>2.1. PRELIMINARES ..................................................................................................................................37</p><p>2.2. CÁLCULO DO PREÇO DE VENDA ...................................................................................................37</p><p>2.2.1. CUSTOS DIRETOS ...............................................................................................................37</p><p>2.2.2. BDI - BENEFÍCIO E CUSTOS INDIRETOS...........................................................................38</p><p>2.2.3. CÁLCULO DO CUSTO DIRETO ...........................................................................................39</p><p>2.3. LEIS SOCIAIS .....................................................................................................................................40</p><p>4 ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL</p><p>2.3.1. TAXA DE ENCARGOS SOCIAIS QUE INCIDEM SOBRE OS SALÁRIOS DE HORISTAS ..40</p><p>2.3.2. TAXA DE ENCARGOS SOCIAIS QUE INCIDEM SOBRE O SALÁRIO DOS MENSALISTAS 41</p><p>2.4. CÁLCULO DOS ENCARGOS COMPLEMENTARES-FÓRMULAS BÁSICAS ................................... 42</p><p>2.4.1. VALE-TRANSPORTE ...........................................................................................................42</p><p>2.4.2. VALE-CAFÉ DA MANHÃ ..................................................................................................... 42</p><p>2.4.3. VALE-ALMOÇO ou JANTAR .................................................................................................42</p><p>2.4.4. EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL.................................................................... 43</p><p>2.4.5. FERRAMENTAS MANUAIS.................................................................................................. 43</p><p>2.5. COMPOSIÇÃO DE CUSTOS UNITÁRIOS..........................................................................................43</p><p>2.5.1. EXEMPLOS DE COMPOSIÇÃO DE CUSTOS......................................................................44</p><p>2.5.2. ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS DIRETOS ...................................................... 48</p><p>2.5.3. CÁLCULO DO BDI ................................................................................................................49</p><p>2.5.4. FATORES QUE INFLUENCIAM E PODEM MODIFICAR A COMPOSIÇÃO DO BDI ...........57</p><p>CAPÍTULO IV</p><p>ROTEIRO DE CÁLCULO PASSO A PASSO .......................................................................................... 61</p><p>1. CÁLCULO DOS CUSTOS DIRETOS...........................................................................................................61</p><p>2. CÁLCULO DO BDI ......................................................................................................................................63</p><p>CAPÍTULO V</p><p>FUNDAMENTOS TEÓRICOS..................................................................................................................67</p><p>1. CÁLCULO ANALÍTICO DO PREÇO DE VENDA .........................................................................................67</p><p>1.1. CÁLCULO ANALÍTICO DOS PREÇOS UNITÁRIOS..........................................................................67</p><p>2. CÁLCULO ANALÍTICO DO BDI ...................................................................................................................69</p><p>CAPÍTULO VI</p><p>MEMÓRIA DE CÁLCULO DAS LEIS SOCIAIS ....................................................................................... 71</p><p>1. PARA HORISTAS........................................................................................................................................71</p><p>2. PARA MENSALISTA....................................................................................................................................79</p><p>CAPÍTULO VII</p><p>METODOLOGIA DE CÁLCULO DO ORÇAMENTO DE EDIFICAÇÕES - REGULAMENTO DO BDI85</p><p>1. COMPOSIÇÃO DO CUSTO DIRETO E DO BDI.........................................................................................85</p><p>CAPÍTULO VIII</p><p>APLICAÇÃO DA METODOLOGIA - EXERCÍCIOS SIMULADOS E COMENTADOS............................. 95</p><p>1. CONDIÇÕES GERAIS ................................................................................................................................95</p><p>1.1. BASE DE DADOS ...............................................................................................................................95</p><p>1.2. PORTE DAS EMPRESAS...................................................................................................................95</p><p>ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL • 5</p><p>1.3. ESTRUTURA FUNCIONAL DA EMPRESA ........................................................................................ 95</p><p>1.4. SALÁRIOS-NÍVEL SALARIAL DOMINANTE NA EMPRESA.............................................................. 96</p><p>1.5. VALOR-LIMITE DE LICITAÇÃO ......................................................................................................... 97</p><p>1.6. CUSTO DIRETO, PRAZO E DEMANDA DE PESSOAL DE PRODUÇÃO ......................................... 97</p><p>1.7. DEFINIÇÃO DOS PARÂMETROS A SEREM ADOTADOS NOS EXERCÍCIOS ................................ 98</p><p>1.7.1. CÁLCULO DO CUSTO DIRETO .......................................................................................... 98</p><p>1.7.2. CÁLCULO DO BDI ................................................................................................................ 98</p><p>1.8. FÓRMULAS A SEREM USADAS NO CÁLCULO ............................................................................. 101</p><p>1.8.1. FÓRMULA DE CÁLCULO DO BDI...................................................................................... 101</p><p>1.8.2. FÓRMULA DE CÁLCULO DO PREÇO DE VENDA ........................................................... 101</p><p>2. EXERCÍCIOS............................................................................................................................................ 102</p><p>2.1. DL - DISPENSA DE LICITAÇÃO ...................................................................................................... 102</p><p>2.1.1. EXERCÍCIO SIMULADO Nº 1 ............................................................................................ 102</p><p>2.1.2. EXERCÍCIO SIMULADO Nº 2 ............................................................................................ 105</p><p>2.2. CARTA-CONVITE............................................................................................................................. 107</p><p>2.2.1. EXERCÍCIO SIMULADO Nº 3 ............................................................................................ 107</p><p>2.2.2. EXERCÍCIO SIMULADO Nº4 ............................................................................................. 110</p><p>2.2.3. EXERCÍCIO SIMULADO Nº 5 ............................................................................................. 112</p><p>2.3. TP - TOMADA DE PREÇOS ............................................................................................................. 112</p><p>2.3.1. EXERCÍCIO SIMULADO Nº 6 ............................................................................................. 112</p><p>2.3.2. EXERCÍCIO SIMULADO Nº 7 ............................................................................................. 115</p><p>2.4. CONCORRÊNCIA............................................................................................................................. 117</p><p>2.4.1. EXERCÍCIO SIMULADO Nº 8 ............................................................................................. 118</p><p>2.4.2. EXERCÍCIO SIMULADO</p><p>a fórmula do BDI:</p><p>BDI =</p><p>\\ + i)(1 + r)(1 + f)^</p><p>1 - (t + s + c + I) -1 x 100 =</p><p>CÁLCULO DO PREÇO DE</p><p>VENDA. 26º PASSO</p><p>Aplicar a fórmula:</p><p>CONCLUSÃO: PV = PREÇO DE VENDA = ORÇAMENTO</p><p>66 ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL</p><p>J</p><p>BDIPV = CD x 1 +</p><p>100</p><p>⎡ ⎤ =⎢ ⎥⎣ ⎦</p><p>FUNDAMENTOS TEÓRICOS</p><p>1. CÁLCULO ANALÍTICO DO PREÇO DE VENDA</p><p>O preço de venda PV é a soma de todos os preços resultantes da multiplicação dos preços unitários com as suas</p><p>respectivas quantidades, acrescido do BDI calculado.</p><p>1.1. CÁLCULO ANALÍTICO DOS PREÇOS UNITÁRIOS</p><p>Para o cálculo dos custos unitários, conforme descrições anteriores, é necessário entender analiticamente de que</p><p>parcelas são compostos os mesmos:</p><p>O preço unitário "pi" de um serviço qualquer "i" pode ser representado pela seguinte fórmula:</p><p>(1)</p><p>MOi = custo de mão-de-obra direta por unidade de serviço i;</p><p>MTi = custo dos materiais por unidade de serviço i;</p><p>EQi = custo do aluguel de equipamentos por unidade de serviço i;</p><p>e = taxa de encargos sociais;</p><p>l = taxa de custos indiretos; I = l1, l2, l3 ................... In</p><p>r = taxa de riscos de execução;</p><p>B = taxa de benefícios antes dos descontos com CS e IR;</p><p>f = taxa de custo financeiro do capital de giro;</p><p>t = taxa de Imposto Sobre Serviços (incide apenas sobre a Mão-de-obra);</p><p>u = taxa de despesa comercial;</p><p>g =v + s + p + c + h (impostos e contribuições obrigatórias);</p><p>v = taxa do Fundo de Investimento Social - COFINS;</p><p>s = taxa do Programa de Integração Social - PIS;</p><p>p = taxa do Imposto de Renda;</p><p>c = taxa de Contribuição Social sobre o Lucro Líquido;</p><p>h = taxa de CPMF.</p><p>O Preço Unitário de um determinado serviço "i" pode também ser expresso pela seguinte fórmula:</p><p>pi = MOi (1 + e)(1 + b1) + (MTi + EQi)(1 + b2) (2)</p><p>ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL 67</p><p>MOi(1 + e) MTi + EQipi = - + (1 + l)(1 + r)(1 + f)</p><p>1 - (t + g + u + B) 1 - (g + U + B)</p><p>⎡ ⎤</p><p>⎢ ⎥</p><p>⎣ ⎦</p><p>Sendo:</p><p>b, = taxa de benefício e despesas indiretas, incidente sobre o custo unitário</p><p>total de mão-de-obra direta por unidade de serviço "i"; b2 = taxa de</p><p>benefício e despesas indiretas, incidente sobre os custos</p><p>unitários totais dos materiais e equipamentos de construção por unidade de</p><p>serviço.</p><p>OBS.: Nas expressões (1) e (2), todas as taxas estão expressas em decimal.</p><p>Portanto, o Preço de Venda (PV) de serviços e obras (orçamento), contratados por empreitada de material</p><p>e mão-de-obra, pode ser expresso por:</p><p>n</p><p>i = 1</p><p>PV = qipi∑</p><p>Onde:</p><p>qi = quantidade de serviço qualquer "i";</p><p>pi = preço unitário de serviço qualquer "i1</p><p>Portanto:</p><p>PV =</p><p>n</p><p>i = 1</p><p>∑ [MOi (1 + e) (1 + b1 + (MTi + EQi) (1 +b2)]</p><p>(3)</p><p>Se b1 = b2 = b:</p><p>PV =(1 + b) qi [MOi (1 + e) + Mti + EQi] (4)</p><p>Sendo:</p><p>n</p><p>i = 1</p><p>∑ qi [MOi(1 + e) + MTi + EQi] = CD (Custo Direto)</p><p>ou:</p><p>Ou, finalmente:</p><p>(5)</p><p>68 ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL</p><p>n</p><p>i = 1</p><p>∑</p><p>1PV = (1 + b) CD ou PV = CD 1 BDI</p><p>100</p><p>⎛ ⎞+⎜ ⎟</p><p>⎝ ⎠</p><p>BDIPV = CD 1+</p><p>100</p><p>⎛ ⎞</p><p>⎜ ⎟</p><p>⎝ ⎠</p><p>2. CÁLCULO ANALÍTICO DO BDI</p><p>Para o cálculo analítico do BDI, reportemo-nos à fórmula inicial (2):</p><p>pi = MOi (1 + e)(1 + b1) + (MTi + EQi )(1 + b2)</p><p>A aplicação de duas taxas distintas de BDI, no caso b1 e b2, decorre do fato de que as taxas do Imposto</p><p>Sobre Serviços - ISS é aplicada somente para a parcela de mão-de-obra. Portanto, poderíamos</p><p>considerar:</p><p>Para Mão-de-obra: (6)</p><p>Para Materiais e Equipamentos: 2</p><p>(1+l) (1+r) (1+b = 1</p><p>1-(g+u+B)</p><p>ƒ)</p><p>− (7)</p><p>NOTA IMPORTANTE: Observe que as taxas que incidem sobre os custos diretos estão no numerador e as taxas que incidem sobre o</p><p>valor da venda (ou do faturamento) estão no denominador.</p><p>Para a elaboração das composições dos preços unitários dos serviços, poderíamos calcular uma única</p><p>taxa de BDI, "b", aplicável aos Custos Diretos, conforme a seguinte fórmula:</p><p>(8)</p><p>Substituindo (6) e (7) em (8), teremos:</p><p>n n</p><p>i=1 i 1</p><p>n</p><p>i 1</p><p>`(1+l)(1=r)1+f (1 l)(1 r)(1 f )qiMOi(1 e) qi(MTi EQi)</p><p>1 (t g u B) 1 (g u B)</p><p>b =</p><p>qi[MOi(1 e) MTi EQi]</p><p>=</p><p>=</p><p>⎡ ⎤ ⎡ ⎤+ + +</p><p>+ + +⎢ ⎥ ⎢ ⎥− + + + − + +⎣ ⎦ ⎣ ⎦</p><p>+ + +</p><p>∑ ∑</p><p>∑</p><p>(9)</p><p>BDIb = ou BDI = 100b</p><p>100</p><p>Conhecida a fórmula analítica do BDI, voltemos à equação (5):</p><p>ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL 69</p><p>1</p><p>(1+l) (1+r) (1+b = 1</p><p>1 (t g u B)</p><p>ƒ)</p><p>−</p><p>− + + +</p><p>n n</p><p>1 2</p><p>i=1 i 1</p><p>n</p><p>i 1</p><p>b qiMOi (1+e)+b qi(MTi + EQi)</p><p>b =</p><p>qi[MOi(1 e) MTi EQi]</p><p>=</p><p>=</p><p>+ + +</p><p>∑ ∑</p><p>∑</p><p>BDIPV = CD 1+</p><p>100</p><p>BDI PV BDI PV1 ou ainda = 1</p><p>100 CD 100 CD</p><p>⎡ ⎤</p><p>⎢ ⎥⎣ ⎦</p><p>+ = −</p><p>Portanto:</p><p>`PVBDI = 100 -1</p><p>CD</p><p>⎡ ⎤</p><p>⎢ ⎥⎣ ⎦</p><p>Como já mencionado anteriormente, BDl é também chamado de Benefício e Despesas Indiretas. No</p><p>próximo bloco vamos definir as Despesas Indiretas.</p><p>70</p><p>ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL</p><p>MEMÓRIA DE CÁLCULO DAS LEIS</p><p>SOCIAIS</p><p>MEMÓRIA DE CÁLCULO DAS LEIS SOCIAIS - PINI</p><p>A seguir vamos transcrever a memória de cálculo das taxas de Leis Sociais adotadas pela Editora PINI, publicada</p><p>mensalmente na Revista Construção Mercado.</p><p>TAXAS DE LEIS SOCIAIS E RISCOS DO TRABALHO NOS CUSTOS DA CONSTRUÇÃO*</p><p>1. PARA HORISTAS</p><p>A adoção por inteiro das taxas de "Leis Sociais", da forma como a temos apresentado, ou seja, utilizando a</p><p>porcentagem total sobre a mão-de-obra operacional, poderá obviamente ser feita quando se esteja efetuando um</p><p>orçamento através de composições de preços. A mão-de-obra operacional, quando se calcula, por exemplo, a tabela</p><p>de composições de preços para execução de um metro quadrado de alvenaria de elevação, é a mão-de-obra</p><p>representada pelos oficiais e pelos serventes que estejam assentando os tijolos, preparando a argamassa,</p><p>transportando os materiais, enfim, executando o trabalho por inteiro, cujo tempo médio de execução, por metro</p><p>quadrado de alvenaria, foi então medido e consta da respectiva composição. Ali, portanto, somente estarão</p><p>mencionadas as horas/homens empregadas pelos executantes do serviço. O seu salário/hora nominal será então</p><p>multiplicado por esses coeficientes de produção média, assim fixados em composição, resultando o custo da mão-</p><p>de-obra operacional para o aludido trabalho.</p><p>Sobre esse custo operacional de mão-de-obra, há que incidir, necessariamente, todas as porcentagens que</p><p>apontamos na tabela, desde os encargos sociais chamados básicos, passando pelo repouso semanal remunerado,</p><p>férias e 13º salário, até chegar a considerar também a influência dos dias de chuva, faltas justificadas, acidentes de</p><p>trabalho, greves, falta ou atraso de materiais ou serviços na obra e de outras dificuldades eventuais.</p><p>Assim, orientamos a onze edições consecutivas de nosso livro TCPO - "Tabelas de Composições de Preços para</p><p>Orçamentos", e para cada edição preparamos a respectiva taxa atualizada de "Leis Sociais".</p><p>Poderemos, pois, expressar a mão-de-obra produtiva(*), ou o tempo de trabalho útil durante um ano, em dias ou em</p><p>horas, sem demais preocupações quanto aos salários do pessoal empregado ou quanto ao valor em reais das folhas</p><p>de pagamento, ou ainda quanto ao montante das "Leis Sociais" sobre eles incidentes.</p><p>CONCEITO DE ANO PRODUTIVO:</p><p>Jornada mensal de trabalho => 220 horas/mês</p><p>Jornada diária de trabalho => 220 horas/30 dias = 7,3333 horas/dia</p><p>ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL 71</p><p>1 ano => 365 dias x 7,3333 h = 2.676,65 h</p><p>Descanso Semanal Remunerado => 52 domingos x 7,3333 h = 381,33 h</p><p>Feriados ==> 13 dias x 7,3333 h = 95,33 h</p><p>Auxílio-enfermidade ==> 15 dias x 7,3333 h x 15% (*) = 2,25 dias = 16,50 h</p><p>Licença-paternidade ==> 5 dias x 7,3333 h x 19,40% (*) = 0,97 dias = 7,11 h</p><p>(A ser confirmado por lei complementar, isto é, será verificado se a previdência social assumirá este encargo. Neste</p><p>caso o empresário terá o reembolso e recalcular-se-á a taxa de Leis Sociais.)</p><p>Dias de chuva/faltas justificadas/acidentes de trabalho/greves/falta ou atrasos na entrega dos materiais ou serviços</p><p>na obra/outras dificuldades</p><p>==> 12,96 dias x 7,3333 h = 95,04 h</p><p>Deduzindo-se do total de horas anuais (2.676,65) as não-trabalhadas, teremos horas produtivas igual a 2081,34 h,</p><p>equivalente a 283,82 dias úteis por ano (2081,34 horas/ano/7,3333 horas/dia).</p><p>(*) percentual adotado - vide item correspondente.</p><p>ENCARGOS SOCIAIS BÁSICOS</p><p>A 1. Previdência Social ................................................................................................................................... 20,0%</p><p>Tal contribuição é fixada por Lei e seu recolhimento mensal é feito sobre todas as parcelas pagas a título de</p><p>remuneração do trabalho. O Decreto-lei nº 2.318, de 30.12.86, extinguiu o limite máximo para a contribuição do</p><p>empregador.</p><p>Conforme Lei nº 7787, de 30.06.89, a Contribuição para Previdência Social passou para 20% (vigência 01.09.89)</p><p>sobre o total das remunerações pagas ou creditadas, limitadas até 10 salários mínimos, no decorrer do mês, aos</p><p>segurados empregados, avulsos, autônomos e administradores, abrangendo e extinguindo as contribuições para</p><p>salário-família, salário-maternidade, abono anual e o pró-rural, bem como a Contribuição Básica para a Previdência</p><p>Social, que juntas somavam 17,45%) e passam a partir desta data para 20%>.</p><p>A 2. Fundo de Garantia por Tempo de Serviço................................................................................................8,5%</p><p>De acordo com o que dispõe a Lei nº 5.107, de 13.09.1966, e em consonância com o seu respectivo Regulamento</p><p>(Decreto nº 59.820, de 20.12.1966), todas as empresas sujeitas à Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) ficam</p><p>obrigadas a depositar, em conta bancária vinculada, importância correspondente a 8%> (oito por cento) da</p><p>remuneração de cada empregado, inclusive 13º salário, optante ou não, do sistema instituído pelo Fundo de Garantia</p><p>por Tempo de Serviço (FGTS), a qualquer título, e sem limite.</p><p>A Lei complementar n" 110, de 29.06.2001, instituiu uma contribuição adicional de cinco décimos por cento sobre a</p><p>remuneração devida do FGTS a cada trabalhador (8%) pelo prazo de 60 meses, a contar de 01/10/2001, referente à</p><p>reposição dos expurgos ocorridos nos Planos Verão (fevereiro de 1989) e Collor 1 (março de 1990). Desse total, 8%</p><p>irão para a conta do trabalhador e 0,5%> para uma conta especial que vai repor os expurgos.</p><p>72 ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL</p><p>A 3. Salário-Educação.................................................................................................................................... 2,50%</p><p>Conforme Decreto nº 87.043, de 22.03.1982</p><p>A 4. Serviço Social da Indústria (SESI).......................................................................................................... 1,50%</p><p>Conforme Lei nº 5.107, de 13.09.1966</p><p>A 5. Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI)........................................................................1,00%</p><p>Conforme Decreto nº 6.246, de 05.02.1944</p><p>A 6. Serviço de Apoio à Pequena e Média Empresa (SEBRAE) ..................................................................0,60%</p><p>Instituído conforme Medida Provisória nº 151/1990 e Leis nº 8.029, de 12/04/1990, e 8.154, de 28/12/ 1990, com</p><p>contribuição escalonada em 0,1% em 1991, mais 0,2% em 1992 e mais 0,3%o em 1993, totalizando o recolhimento</p><p>de 0,6%, em vigor.</p><p>A 7. INCRA ....................................................................................................................................................... 0,20%</p><p>Conforme Lei nº 2.613/55, que autorizou a União a criar o Serviço Social Rural, Decreto-lei nº 1.110/70 que instituiu o</p><p>INCRA, extinguindo o Instituto Brasileiro de Reforma Agrária e Instituto de Desenvolvimento Agrário, e Decreto-lei nº</p><p>1.146, de 31.12.1970, que consolidou os dispositivos sobre as contribuições criadas pela Lei n" 2.613/55.</p><p>Todos os encargos acima representam taxas fixas de recolhimento obrigatório pelas empresas.</p><p>A 8. Seguro contra os riscos de acidentes do trabalho...............................................................................3,00%</p><p>De acordo com a Portaria nº 3.002, de 02.01.92, do Ministério de Estado do Trabalho e Previdência Social, a</p><p>contribuição da empresa destinada ao financiamento da complementação das prestações por acidente de trabalho,</p><p>competência novembro/1991, passou para 3% sobre o total das remunerações pagas ou creditadas, no decorrer do</p><p>mês, aos segurados empregados, trabalhadores avulsos e médico-residentes, referindo-se ao item III, empresas em</p><p>cuja atividade preponderante o risco seja considerado grave. Cabe ressaltar que essa taxa pode ser reduzida através</p><p>da eficácia da prevenção de acidentes, medida anualmente pelos coeficientes de gravidade e de freqüência de</p><p>acidentes registrados em cada empresa.</p><p>A 9. Serviço Social da Indústria da Construção e do Mobiliário (SECONCI) ............................................ 1,00%</p><p>Somente aplicável em localidade onde exista ambulatório do SECONCI, às empresas filiadas aos Sindicatos de</p><p>Grandes Estruturas ou às empresas de construção civil em cujos Acordos Sindicais já esteja prevista tal contribuição.</p><p>E possível para empresas que não se enquadram nas situações acima associar-se ao SECONCI, que garante</p><p>benefícios médico-assistenciais aos funcionários. Porém, nesses casos a contribuição passa para 3%.</p><p>A porcentagem relativa ao SECONCI foi fixada em acordos salariais sucessivos.</p><p>A = 38,30% (Total)</p><p>ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL 73</p><p>ENCARGOS SOCIAIS QUE RECEBEM AS INCIDÊNCIAS DE A</p><p>74</p><p>B 1. Descanso Semanal e Feriados ....................................................................................................................22,9</p><p>Sobre as 2081,34 horas de produção durante um ano, há que se considerar as horas correspondentes aos 52</p><p>domingos e 13 feriados, ou seja, 476,66 horas (65 x 7,3333 h) pagas pelos empregadores, em que:</p><p>476,66 x 100/2081,34 = 22,90%.</p><p>Foram considerados 10 feriados nacionais, um municipal e conforme item 4 das Novas Condições, constante do</p><p>Acordo Coletivo de Trabalho de Maio/1989 (São Paulo/SP), nos dias 24 e 31 de dezembro o empregado fica</p><p>dispensado do trabalho, sem prejuízo de remuneração. Assim foram considerados mais dois feriados em nosso</p><p>cálculo.</p><p>B 2. Auxílio-Enfermidade ................................................................................................................................ 0,79%</p><p>Em conformidade com o que dispõe a Lei nº 3.807, e 26.08.1960, os primeiros 15 dias de auxílio-doença concedidos</p><p>pelo INSS devem ser pagos pelos empregadores.</p><p>Nestas condições, a dedução poderá ser orientada da seguinte forma:</p><p>15 x 7,3333 x 100/2081,34 = 5,29%</p><p>Porém, segundo dados estatísticos constantes do Anuário Estatístico do Brasil de 1990 (IBGE), somente 15% dos</p><p>beneficiários do INSS recorrem a esse auxílio. Teremos assim:</p><p>5,29x0,15 = 0,79%,</p><p>B 3. Licença-Paternidade...............................................................................................................................0,34 %</p><p>Considerando-se incidência de indivíduos do sexo masculino no setor da construção civil da ordem de 97% e que</p><p>somente 20%> desse pessoal obterá o benefício da licença-paternidade, temos, para os 5 dias de afastamento, que</p><p>foi fixado provisoriamente, conforme artigo 10º, inciso II, §1Io das Disposições Transitórias da Nova Constituição.</p><p>7,3333 x 5x0,97 x 0,20 x 100/2081,34 = 0,34%o</p><p>B 4. 13º salário .............................................................................................................................................. 10,57%</p><p>Através da Lei nº 4.090, de 13.07.1962, os empregadores estão obrigados ao pagamento de um 13º salário, a ser</p><p>liquidado no mês de dezembro de cada ano, podendo a primeira metade ser paga por ocasião das férias dos</p><p>empregados.</p><p>Relacionamos então a influência desses 30 dias sobre o montante das horas produtivas, lembrando que de acordo</p><p>com a Lei nº 7.787, de 30.06.89, o 13º salário passa a receber incidências globais dos Encargos</p><p>Básicos:</p><p>30 x 7,3333 x 100/2081,34 = 10,57%</p><p>ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL</p><p>B 5. Dias de chuva/faltas justificadas/acidentes de trabalho/greves/falta ou atraso na entrega de mate</p><p>riais ou serviços na obra/outras dificuldades.............................................................................................. 4,57%</p><p>Os dias de chuva são dias não-trabalhados, mas pagos. Portanto, passam a ser incluídos nos Encargos Sociais que</p><p>recebem as incidências dos encargos do grupo A.</p><p>Conforme dados do Instituto Nacional de Meteorologia, nos últimos 10 anos tem chovido, em média,</p><p>128 dias no ano. Se no ano temos 283,82 dias úteis, para calcularmos proporcionalmente quantos dias</p><p>chuvosos são dias úteis: 283,82 x 128/365 = 99,53 dias = 729,89 horas.</p><p>Dessas 729,89 horas, considerando que 20% ocorrem durante o dia ou têm duração considerável,</p><p>temos: 729,89 x 0,20 = 145,98 horas.</p><p>Como em uma obra apenas 20% das atividades necessitam de bom tempo:</p><p>145,98 x 0,20 = 29,20 horas ou 3,98 dias.</p><p>Conforme artigo 473 da CLT, é permitido ao empregado se ausentar do trabalho sem perda de remuneração nos</p><p>casos de morte do cônjuge, casamento, doação de sangue, serviço militar e alistamento eleitoral, totalizando 8</p><p>dias/ano.</p><p>Consideraremos a incidência de 3 faltas nessas circunstâncias, mais 6 dias de afastamento por motivo de acidentes</p><p>de trabalho, greves, falta ou atraso na entrega de materiais ou serviços na obra e outras dificuldades (estimativa), ou</p><p>seja, 9 dias, que somados aos 3,98 dias de chuva totalizam 12,98 dias por ano:</p><p>12,98 x 7,3333 x 100/2081,34 = 4,57%</p><p>B = 39,17% (Total)</p><p>ENCARGOS SOCIAIS QUE NÃO RECEBEM AS INCIDÊNCIAS GLOBAIS DE A</p><p>C 1. Depósito por despedida injusta: 50% sobre A 2 + (A 2 x B) ............................................................... 5,91 %</p><p>A referida taxa destina-se a prover o depósito de 40% sobre o valor do Fundo de Garantia, a que estão obrigados os</p><p>empregadores quando dispensam empregados sem justa causa. Na indústria da construção civil, mais do que em</p><p>qualquer outra, tal fato ocorre com maior freqüência, eis que ao término de um dado volume de obras, e sobretudo na</p><p>eventual falta de outras, os empresários recorrem à rescisão contratual, para não sobrecarregar inutilmente as suas</p><p>folhas de pagamento. Terão agora, no ato da dispensa sem culpa do empregado, de depositar 40%o sobre o que</p><p>estiver na conta do FGTS em nome desse empregado.</p><p>Sabendo-se que a taxa de 8% do FGTS recai também sobre os encargos que capitulamos no item "B", será</p><p>necessário completar os 8% com mais essa reincidência. Neste caso, os 40% do depósito obrigatório a que aludimos</p><p>deverá incidir sobre 8% + (8%o x 39,17%).</p><p>A Lei complementar nº 110, de 29.06.2001, instituiu uma contribuição adicional de dez por cento sobre o total dos</p><p>depósitos do FGTS quando a empresa demite o trabalhador sem justa causa, com vigência a partir de 01/10/2001.</p><p>Essa contribuição refere-se à reposição dos expurgos ocorridos nos Planos Verão (fevereiro de 1989) e Collor 1</p><p>(março de 1990) sobre os depósitos do FGTS. Assim, a multa passa de 40%> para 50%> para as dispensas</p><p>injustificadas. Como a Lei não define prazo de vigência, é possível que as empresas venham a pagar os 10% até que</p><p>o patrimônio do FGTS seja reconstituído. Teremos:</p><p>0,50 x [0,085 + (0,085 x 0,3917)1 x 100 = 5,91%</p><p>ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL 75</p><p>C2. Férias .........................................................................................................................................................4,06%</p><p>Dada a taxa de rotatividade na construção civil, as férias anuais serão necessariamente indenizadas. Dessa forma,</p><p>obtém-se:</p><p>30 x 7,3333 x 100 / 2081,34 = 10,57%</p><p>Conforme o que dispõe o artigo 7o, inciso XVII, dos direitos sociais previstos pela Constituição da República</p><p>Federativa do Brasil, as férias anuais devem ser remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário</p><p>normal. Assim, teremos:</p><p>10,57 x 1,33 = 14,06%</p><p>Conforme Decreto nº 90.817, de 17.01.1985 - DOU 18.01.1985-, e Leis nº 8.212 e 8.213/91 (Plano de Custeio e</p><p>Plano de Benefícios da Previdência Social, art. 28, § 9o), alterada pela Lei nº 9.528 (10/12/ 97), não incide</p><p>contribuição previdenciária nos casos de férias indenizadas (integrais ou proporcionais), não gozadas, mas pagas em</p><p>dinheiro, ao final do contrato de trabalho.</p><p>C3. Aviso Prévio ............................................................................................................................................13,12%</p><p>Há dois casos distintos de aviso prévio:</p><p>a) 100% indenizado (§ 1º art. 487, da CLT);</p><p>b) com horário reduzido de duas horas diárias, sem prejuízo do salário, conforme art. 488 da CLT.</p><p>Partindo-se da hipótese de que em construção civil, do total dos casos de aviso prévio, 100% pertencem ao tipo A, e</p><p>considerando-se ainda que o tempo médio de permanência na obra de um funcionário é de 9,67 meses (*), conforme</p><p>dados obtidos de boletim do CEBAT Ministério do Trabalho, temos:</p><p>30 x 7,3333 x 100/(2081.34 x 9.67) = 13,12%</p><p>12</p><p>Conforme Leis nº 8.212 e 8.213/1991 (Plano de Custeio e Plano de Benefícios da Previdência Social, art. 28, § 8o),</p><p>alterada pela Lei nº 9.528 (10/12/1997), não incide contribuição previdenciária nos casos de aviso prévio indenizado.</p><p>Apenas durante a vigência da Medida Provisória nº 1.523-7 (de 30/04/1997 a 10/12/1997) foi devida a cobrança.</p><p>C = 33,09% (Total)</p><p>TAXA DE REINCIDÊNCIA</p><p>D 1. Reincidência de A. sobre B. (38,30% x 39,17%).....................................................................................5,00%</p><p>Calculando a incidência dos 38,30% do agrupamento representado pelos encargos sociais básicos, sobre os 39,17%</p><p>dos que recebem a sua reincidência, deve-se acrescentar ao total mais 15,00%).</p><p>D 2. Reincidência de A 2. sobre C 3. (8,5% x 13,12%) =................................................................................ 1,11%</p><p>Cumpre considerar ainda a influência do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço sobre o aviso prévio</p><p>76 ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL</p><p>indenizado, conforme Instrução Normativa nº3, de 26/6/1996, da Secretaria de Fiscalização do Trabalho, lembrando</p><p>que a taxa vigente entre 01/10/2001 e 30/09/2006 passou de 8% para 8.5% (ver item A 2.):</p><p>8,5% sobre 13,12% =1,11 %.</p><p>D =16,12% (Total)</p><p>Encontramos assim a porcentagem total que incide sobre o valor nominal da mão-de-obra operacional</p><p>aplicada na indústria de construções, quando se executam orçamentos pelo sistema de composições de</p><p>preços unitários: 126.68%.</p><p>Os itens abaixo discriminados também devem ser incluídos no cálculo de Leis Sociais. Porém, cada empresa</p><p>deve adotá-los segundo seu critério, lembrando que vale-transporte e as refeições podem ser parcialmente</p><p>deduzidos do Imposto de Renda, diminuídas as parcelas cobradas dos empregados:</p><p>VALE-TRANSPORTE</p><p>Conforme determina o Decreto nº 95.247/87, o empregador obriga-se a cobrir as despesas de transportes, para o</p><p>montante excedente a 6% (seis por cento) do salário do trabalhador. Assim, a fórmula para obtermos um custo</p><p>estimado relativo ao vale-transporte é a seguinte:</p><p>REFEIÇÃO MÍNIMA (CAFÉ DA MANHÃ)</p><p>De acordo com o disposto na cláusula terceira, parágrafo segundo da Convenção Coletivo de Trabalho de Maio/2000</p><p>(São Paulo/SP), as empresas obrigam-se a fornecer uma refeição mínima matinal, com custeio de 1% (um por cento)</p><p>do valor do salário/hora por dia útil trabalhado. Temos, portanto:</p><p>REFEIÇÕES</p><p>Conforme cláusula terceira, parágrafo primeiro da Convenção Coletiva de Trabalho de Maio/2000 (São Paulo/SP), as</p><p>empresas ficam obrigadas a fornecer aos seus empregados almoço, ticket-refeição, cesta-básica ou</p><p>ticket/vale/cheque supermercado, subsidiados no mínimo em 95% do respectivo valor. Assim:</p><p>SEGURO DE VIDA E ACIDENTES EM GRUPO</p><p>A cláusula vigésima da Convenção Coletiva de Trabalho de maio/95 (São Paulo/SP) determinou que as empresas</p><p>farão um seguro de vida e acidentes em grupo, em favor dos seus empregados</p><p>e tendo como beneficiários aqueles</p><p>identificados junto ao INSS. Assim:</p><p>ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL 77</p><p>(C . N)-(S . 0,06) . 100</p><p>S</p><p>(C . N)-(S/30 . 22) . 0,01 . 100</p><p>S</p><p>(C . N) . 0,95 . 100</p><p>S</p><p>Onde:</p><p>C = Custo médio de condução (un), refeição (un) ou seguro (custo mensal)</p><p>N = Número médio de conduções ou refeições (mês)</p><p>S = Salário médio nominal (mês)</p><p>Jt = Jornada anual total (h)</p><p>Jp = jornada anual produtiva (h)</p><p>22 = Dias úteis mês</p><p>Observações:</p><p>1) Para São Paulo, Rio de Janeiro ou demais cidades onde existem ambulatórios do Seconci, Leis Sociais de</p><p>126,68%. Demais regiões 125,29% (exclui-se A 9., alterando a reincidência em D 1.).</p><p>2) Os dados adotados pela Pini (*) foram obtidos através de estimativas estatísticas. Consideramos ainda 2 anos de</p><p>prazo médio de execução de uma obra e 9,67 meses de rotatividade de pessoal.</p><p>3) Na ocorrência de dispensa do empregado no mês que antecede o dissídio, o empregador é obrigado ao</p><p>pagamento de uma remuneração adicional de um salário.</p><p>4) Segundo o artigo 169 do Decreto nº 357, de 07.12.1991, o segurado que sofreu acidente de trabalho tem garantia,</p><p>pelo prazo mínimo de 12 meses, à manutenção do seu contrato de trabalho na empresa, após a cessação do</p><p>auxílio-doença acidentado. A não-observância dessa garantia incorre em indenização, não considerada em nossos</p><p>cálculos pela falta de dados estatísticos sobre sua ocorrência.</p><p>5) Em face das indefinições quanto a sua implementação, a assistência gratuita aos filhos e dependentes dos</p><p>trabalhadores, desde o nascimento até 6 anos em creches e pré-escolas, garantida através do artigo 7, inciso XXV</p><p>da Constituição, não está sendo considerada no cálculo.</p><p>6) Além do custo do auxílio-enfermidade e afastamento por acidente de trabalho, é necessário considerar ainda o</p><p>complemento de benefício previdenciário, conforme cláusula décima quarta da Convenção Coletiva de Trabalho de</p><p>maio/2000 (São Paulo/SP), que estabelece que "as empresas complementarão, até o limite do salário líquido do</p><p>empregado, o benefício previdenciário por motivo de doença ou acidente de trabalho, do décimo sexto ao</p><p>sexagésimo dia do afastamento". O custo não foi considerado na composição de Leis Sociais devido à dificuldade</p><p>em aferi-lo.</p><p>7) Após o cálculo dos custos diretos advindos da própria execução dos serviços, há necessidade de uma previsão</p><p>dos custos indiretos envolvidos na administração do negócio da empresa executante. Tal previsão geralmente é</p><p>feita com base na aplicação de uma taxa sobre o total dos custos diretos (mão-de-obra, leis sociais, inclusive,</p><p>materiais e equipamentos). A Taxa aplicada é chamada BDI - Benefício e Despesas Indiretas pela maior parte das</p><p>empresas e órgãos públicos e poderá ou não incluir um lucro.</p><p>Os itens seguintes não são considerados em nosso estudo de Leis Sociais e devem ser incluídos nas Despesas</p><p>Indiretas:</p><p>78 ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL</p><p>C . 100</p><p>S</p><p>■ PIS/PASEP, pela sua similaridade com um imposto, uma vez que incide sobre as receitas operacionais.</p><p>■ COFINS, uma vez que incide sobre a Receita Bruta.</p><p>TAXAS DE LEIS SOCIAIS E RISCOS DO TRABALHO NOS CUSTOS DA CONSTRUÇÃO</p><p>2. PARA MENSALISTA</p><p>A adoção por inteiro das taxas de "Leis Sociais" para mensalistas, ou seja, sobre a folha de pagamento, difere</p><p>daquela adotada sobre a mão-de-obra operacional, utilizada quando se esteja efetuando um orçamento através de</p><p>composições de preços. A mão-de-obra operacional, quando se calcula, por exemplo, a tabela de composições de</p><p>preços para execução de um metro quadrado de alvenaria de elevação, é a mão-de-obra representada pelos oficiais</p><p>e pelos serventes que estejam assentando os tijolos, preparando a argamassa, transportando os materiais, enfim,</p><p>executando o trabalho por inteiro, cujo tempo médio de execução, por metro quadrado de alvenaria, foi então medido</p><p>e consta da respectiva composição. Ali, portanto, somente estarão mencionadas as horas/homens empregadas</p><p>pelos executantes do serviço. O seu salário/hora nominal será então multiplicado por esses coeficientes de produção</p><p>média, assim fixados em composição, resultando o custo da mão-de-obra operacional para o aludido trabalho.</p><p>Sobre os valores da Folha de físgamento há que se fazer incidir, necessariamente, as porcentagens adotadas na</p><p>tabela referente aos encargos sociais chamados básicos e as provisões para pagamento de 13º salário, férias,</p><p>depósito por despedida injusta e aviso prévio, desconsiderando-se itens como repouso semanal remunerado,</p><p>feriados, dias de chuva, etc, já que os mesmos estão inclusos no salário mensal do empregado.</p><p>Poderemos expressar as horas trabalhadas durante um ano em dias ou em horas, sem demais preocupações</p><p>quanto aos salários do pessoal empregado ou quanto ao valor em reais das folhas de pagamento, ou ainda quanto</p><p>ao montante das "Leis Sociais" sobre eles incidentes.</p><p>Conceito de ano trabalhado:</p><p>■ Jornada mensal de trabalho =-> 220 horas/mês</p><p>■ Jornada diária de trabalho ==> 220 horas/30 dias = 7,3333 horas/dia</p><p>■ 7 ano ==> 365 dias x 7,3333 h = 2.676,65 h</p><p>ENCARGOS SOCIAIS BÁSICOS</p><p>A 1. Previdência Social ..................................................................................................................................20,0%</p><p>Tal contribuição é fixada por Lei e seu recolhimento mensal é feito sobre todas as parcelas pagas a título de</p><p>remuneração do trabalho. O Decreto-lei nº 2.318, de 30.12.1986, extinguiu o limite máximo para a contribuição do</p><p>empregador.</p><p>Conforme Lei nº 7.787, de 30.06.1989, a Contribuição para Previdência Social passou para 20% (vigência</p><p>01.09.1989) sobre o total das remunerações pagas ou creditadas, limitadas até 10 salários mínimos, no decorrer do</p><p>mês, aos segurados empregados, avulsos, autônomos e administradores,</p><p>ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL 79</p><p>abrangendo e extinguindo as contribuições para salário-família, salário-maternidade, abono anual e o pró-rural, bem</p><p>como a Contribuição Básica para a Previdência Social, que juntas somavam 17,45% e passam a partir desta data</p><p>para 20%.</p><p>A 2. Fundo de Garantia por Tempo de Serviço ...............................................................................................8,5%</p><p>De acordo com o que dispõe a Lei nº 5.107, de 13.09.1966, e em consonância com o seu respectivo Regulamento</p><p>(Decreto nº 59.820, de 20.12.1966), todas as empresas sujeitas à Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) ficam</p><p>obrigadas a depositar, em conta bancária vinculada, importância correspondente a 8% (oito por cento) da</p><p>remuneração de cada empregado, inclusive 13º salário, optante ou não, do sistema instituído pelo Fundo de Garantia</p><p>por Tempo de Serviço (FGTS), a qualquer título, e sem limite.</p><p>A Lei complementar nº 110, de 29.06.2001, instituiu uma contribuição adicional de cinco décimos por cento sobre a</p><p>remuneração devida do FGTS a cada trabalhador (8%) pelo prazo de 60 meses, a contar de 01/10/2001, referente à</p><p>reposição dos expurgos ocorridos nos Planos Verão (fevereiro de 1989) e Collor 1 (março de 1990). Desse total, 8%</p><p>irão para a conta do trabalhador e 0,5% para uma conta especial que vai repor os expurgos.</p><p>A 3. Salário-Educação .....................................................................................................................................2,50%</p><p>Conforme Decreto nº 87.043, de 22.03.1982</p><p>A 4. Serviço Social da Indústria (SESI) .......................................................................................................... 1,50%</p><p>Conforme Lei nº 5.107, de 13.09.1966</p><p>A 5. Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI).........................................................................1,00%</p><p>Conforme Decreto nº 6.246, de 05.02.44</p><p>A 6. Serviço de Apoio à Pequena e Média Empresa (SEBRAE) .................................................................. 0,60%</p><p>Instituído conforme Medida Provisória nº 151/90 e Leis nº 8.029, de 12/04/1990, e 8.154, de 28/12/ 1990, com</p><p>contribuição escalonada em 0,1% em 1991, 0,2% em 1992</p><p>e 0,3% em 1993, totalizando o recolhimento de 0,6%, em</p><p>vigor.</p><p>A 7. INCRA ....................................................................................................................................................... 0,20%</p><p>Conforme Lei nº 2.613/1955, que autorizou a União a criar o Serviço Social Rural, Decreto-lei nº 1.110/ 1970, que</p><p>instituiu o INCRA, extinguindo o Instituto Brasileiro de Reforma Agrária e Instituto de Desenvolvimento Agrário, e</p><p>Decreto-lei nº 1.146, de 31.12.1970, que consolidou os dispositivos sobre as contribuições criadas pela Lei nº</p><p>2.613/1955.</p><p>Todos os encargos acima representam taxas fixas de recolhimento obrigatório pelas empresas.</p><p>A 8. Seguro contra os riscos de acidentes do trabalho .................................................................................3,0%</p><p>De acordo com a Portaria n" 3.002, de 02.01.92 do Ministério de Estado do Trabalho e Previdência Social,</p><p>80 ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL</p><p>a contribuição da empresa destinada ao financiamento da complementação das prestações por acidente de trabalho,</p><p>competência novembro/1991, passou para 3% sobre o total das remunerações pagas ou creditadas, no decorrer do</p><p>mês, aos segurados empregados, trabalhadores avulsos e médico-residentes, referindo-se ao item III, empresas em</p><p>cuja atividade preponderante o risco seja considerado grave. Cabe ressaltar que essa taxa pode ser reduzida através</p><p>da eficácia da prevenção de acidentes, medida anualmente pelos coeficientes de gravidade e de freqüência de</p><p>acidentes registrados em cada empresa.</p><p>A 9. Serviço Social da Indústria da Construção e do Mobiliário (SECONCI) ............................................... 1,0%</p><p>Somente aplicável em localidade onde exista ambulatório do SECONCI, às empresas filiadas aos Sindicatos de</p><p>Grandes Estruturas ou às empresas de construção civil em cujos Acordos Sindicais já esteja prevista tal contribuição.</p><p>A porcentagem relativa ao SECONCI foi fixada em acordos salariais sucessivos.</p><p>É possível para empresas que não se enquadram nas situações acima associar-se ao SECONCI, que garante</p><p>benefícios médico-assistenciais aos funcionários. Porém, nesses casos a contribuição passa para 3%.</p><p>A = 38,30% (Total)</p><p>ENCARGOS SOCIAIS QUE RECEBEM AS INCIDÊNCIAS DE A</p><p>B 1. 13º salário ................................................................................................................................................ 8,22%</p><p>Através da Lei nº 4.090, de 13.07.1962, os empregadores estão obrigados ao pagamento de um 13º salário, a ser</p><p>liquidado no mês de dezembro de cada ano, podendo a primeira metade ser paga por ocasião das férias dos</p><p>empregados.</p><p>Relacionamos então a influência desses 30 dias sobre o montante das horas trabalhadas, lembrando que de acordo</p><p>com a Lei nº 7.787, de 30.06.1989, o 13" salário passa a receber incidências globais dos Encargos Básicos:</p><p>30 x 7,3333 x 100/2676,65 = 8,22%</p><p>B = 8,22% (Total)</p><p>ENCARGOS SOCIAIS QUE NÃO RECEBEM AS INCIDÊNCIAS GLOBAIS DE A</p><p>C 1. Depósito por despedida injusta: 50% sobre A 2. + (A 2. x B) ..............................................................4,60%</p><p>A referida taxa destina-se a prover o depósito de 40% sobre o valor do Fundo de Garantia, a que estão obrigados os</p><p>empregadores quando dispensam empregados sem justa causa. Na indústria da construção civil, mais do que em</p><p>qualquer outra, tal fato ocorre com maior freqüência, eis que ao término de um dado volume de obras, e sobretudo</p><p>na eventual falta de outras, os empresários recorrem à rescisão contratual, para não sobrecarregar inutilmente as</p><p>suas folhas de pagamento. Terão agora, no ato da dispensa sem culpa do empregado, de depositar 40% sobre o que</p><p>estiver na conta do FGTS em nome desse empregado.</p><p>Sabendo-se que a taxa de 8% do FGTS recai também sobre os encargos que capitulamos no item "B", será</p><p>necessário completar os 8% com mais essa reincidência. Neste caso, os 40% do depósito obrigatório a que aludimos</p><p>deverá incidir sobre 8% + {8% x 8,22%).</p><p>ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL 81</p><p>A Lei complementar nº 110, de 29.06.2001, instituiu uma contribuição adicional de dez por cento sobre o total dos</p><p>depósitos do FGTS quando a empresa demite o trabalhador sem justa causa, com vigência a partir de 01/10/2001.</p><p>Essa contribuição refere-se à reposição dos expurgos ocorridos nos Planos Verão (fevereiro de 1989) e Collor 1</p><p>(março de 1990) sobre os depósitos do FGTS. Assim, a multa passa de 40% para 50% para as dispensas</p><p>injustificadas. Como a Lei não define prazo de vigência, é possível que as empresas venham a pagar os 10% até que</p><p>o patrimônio do FGTS seja reconstituído. Teremos:</p><p>0,50 x [0,085 + (0,085 x 0,0822)] x 100 = 4,60%</p><p>C2. Férias .......................................................................................................................................................10,93%</p><p>Dada a taxa de rotatividade na construção civil, as férias anuais serão necessariamente indenizadas. Dessa forma,</p><p>obtém-se:</p><p>30 x 7,3333 x 100/2676,65 = 8,22%</p><p>Conforme o que dispõe o artigo 7o, inciso XVII, dos direitos sociais previstos pela Constituição da República</p><p>Federativa do Brasil, as férias anuais devem ser remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário</p><p>normal. Assim, teremos:</p><p>8,22 x 1,33 = 10,93%</p><p>Conforme Decreto nº 90.817, de 17.01.1985 - DOU 18.01.1985 -, e MP nº 1.523-7, de 30/4/1997, não incide</p><p>contribuição previdenciária nos casos de férias indenizadas (integrais ou proporcionais), não gozadas, mas pagas em</p><p>dinheiro, ao final do contrato de trabalho.</p><p>C3. Aviso Prévio ............................................................................................................................................10,20%</p><p>Há dois casos distintos de aviso prévio:</p><p>a. 100% indenizado (§ 1o, art. 487, da CLT);</p><p>b. com horário reduzido de duas horas diárias, sem prejuízo do salário, conforme art. 488 da CLT.</p><p>Partindo-se da hipótese de que em construção civil, do total dos casos de aviso prévio, 100% pertencem ao tipo A, e</p><p>considerando-se ainda que o tempo médio de permanência na obra de um funcionário é de 9,67 meses (*), conforme</p><p>dados obtidos de boletim do CEBAT - Ministério do Trabalho, temos:</p><p>30 x 7,3333 x 100/(2676.65 x 9,67) = 10,20</p><p>12</p><p>C = 25,73% (Total)</p><p>TAXA DE REINCIDÊNCIA</p><p>D 1. Reincidência de A. sobre B. (38,30% x 8,22%) = ...................................................................................3,15%</p><p>Calculando a incidência dos 38,30%) do agrupamento representado pelos encargos sociais básicos, sobre os 8,22%</p><p>dos que recebem a sua reincidência, deve-se acrescentar ao total mais 3,15%.</p><p>82 ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL</p><p>D 2. Reincidência de A 2. sobre C 3. (8,5% x 10,20%) = ..............................................................................0,87%</p><p>Cumpre considerar ainda a influência do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço sobre o aviso prévio</p><p>indenizado, conforme Instrução Normativa nº 3, de 26/6/96, da Secretaria de Fiscalização do Trabalho,</p><p>lembrando que a taxa vigente entre 01/10/2001 e 30/09/2006 passou de 8% para 8.5% (ver item A 2):</p><p>8,5% sobre 10,20% = 0,87%.</p><p>D = 4,02% (Total)</p><p>Encontramos assim a porcentagem total que incide sobre o valor da mão-de-obra mensalista,</p><p>aplicada na indústria de construções sobre os valores de folha de pagamento: 76.27%.</p><p>Os itens abaixo discriminados também devem ser incluídos no cálculo de Leis Sociais. Porém,</p><p>cada empresa deve adotá-los segundo seu critério, lembrando que vale-transporte e as refeições</p><p>podem ser parcialmente deduzidos do Imposto de Renda, diminuídas as parcelas cobradas dos</p><p>empregados:</p><p>VALE-TRANSPORTE</p><p>Conforme determina o Decreto nº 95.247/87, o empregador obriga-se a cobrir as despesas de</p><p>transportes, para o montante excedente a 6% (seis por cento) do salário do trabalhador. Assim, a fórmula</p><p>para obtermos um custo estimado relativo ao vale-transporte é a seguinte:</p><p>REFEIÇÃO MÍNIMA (CAFÉ DA MANHÃ)</p><p>De acordo com o disposto</p><p>na cláusula terceira, parágrafo segundo da Convenção Coletivo de Trabalho</p><p>de maio/2000 (São Paulo/SP), as empresas obrigam-se a fornecer uma refeição mínima matinal, com</p><p>custeio de 1% (um por cento) do valor do salário hora por dia útil trabalhado. Temos portanto:</p><p>REFEIÇÕES</p><p>Conforme cláusula terceira, parágrafo primeiro da Convenção Coletiva de Trabalho de maio/2000 (São</p><p>Paulo/SP), as empresas ficam obrigadas a fornecer aos seus empregados almoço, ticket-refeição, cesta-</p><p>básica ou ticket/vale/cheque supermercado, subsidiados no mínimo em 95% do respectivo valor. Assim:</p><p>SEGURO DE VIDA E ACIDENTES EM GRUPO</p><p>A cláusula vigésima da Convenção Coletiva de Trabalho de maio/95 (São Paulo/SP) determinou que as</p><p>empresas farão um seguro de vida e acidentes em grupo, em favor dos seus empregados e tendo como</p><p>beneficiários aqueles identificados junto ao INSS. Assim:</p><p>ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL 83</p><p>(C . N) - (S . 0,06) . 100</p><p>S</p><p>(C . N) - ((S/30 . 22) . 0,01) . 100</p><p>S</p><p>C . N . 0,95 . 100</p><p>S</p><p>C . 100</p><p>S</p><p>Onde:</p><p>C = Custo médio de condução (un), refeição (un) ou seguro (custo mensal)</p><p>N = Número médio de conduções ou refeições (mês)</p><p>S = Salário médio nominal (mês)</p><p>Jt = Jornada anual total (h)</p><p>Jp = Jornada anual produtiva (h)</p><p>22 = Dias úteis mês</p><p>Observações:</p><p>1) Para São Paulo e Rio de Janeiro, Leis Sociais de 76,27%. Demais Estados, 75,18% (exclui-se A 9., alterando a</p><p>reincidência em D 1.).</p><p>2) Os dados adotados pela Pini (*) foram obtidos através de estimativas estatísticas. Consideramos ainda 2 anos de</p><p>prazo médio de execução de uma obra e 9,67 meses de rotatividade de pessoal.</p><p>3) Na ocorrência de dispensa do empregado no mês que antecede o dissídio, o empregador é obrigado ao</p><p>pagamento de uma remuneração adicional de um salário.</p><p>4) Segundo o artigo 169 do Decreto nº 357, de 07.12.1991, o segurado que sofreu acidente de trabalho tem garantia,</p><p>pelo prazo mínimo de 12 meses, a manutenção do seu contrato de trabalho na empresa, após a cessação do</p><p>auxílio-doença acidentado. A não-observância dessa garantia incorre em indenização, não considerada em nossos</p><p>cálculos pela falta de dados estatísticos sobre sua ocorrência.</p><p>5) Em face das indefinições quanto a sua implementação, a assistência gratuita aos filhos e dependentes dos</p><p>trabalhadores, desde o nascimento até 6 anos em creches e pré-escolas, garantida através do artigo 7, inciso XXV</p><p>da Constituição, não está sendo considerada no cálculo.</p><p>6) Além do custo do auxílio-enfermidade e afastamento por acidente de trabalho, é necessário considerar ainda o</p><p>complemento de benefício previdenciário, conforme cláusula décima quarta da Convenção Coletiva de Trabalho</p><p>de maio/2000 (São Paulo/SP), que estabelece que "as empresas complementarão, até o limite do salário líquido</p><p>do empregado, o benefício previdenciário por motivo de doença ou acidente de trabalho, do décimo sexto ao</p><p>sexagésimo dia do afastamento". O custo não foi considerado na composição de Leis Sociais devido à dificuldade</p><p>em aferi-lo.</p><p>7) Após o cálculo dos custos diretos advindos da própria execução dos serviços, há necessidade de uma previsão</p><p>dos custos indiretos envolvidos na administração do negócio da empresa executante. Tal previsão geralmente é</p><p>feita com base na aplicação de uma taxa sobre o total dos custos diretos (mão-de-obra, leis sociais, inclusive,</p><p>materiais e equipamentos). A Taxa aplicada é chamada BDI -Benefícios e Despesas Indiretas pela maior parte das</p><p>empresas e órgãos públicos e poderá ou não incluir um lucro.</p><p>Os itens abaixo não são considerados em nosso estudo de Leis Sociais e devem ser incluídos nas Despesas</p><p>Indiretas:</p><p>■ PIS/PASEP, pela sua similaridade com um imposto, uma vez que incide sobre as receitas operacionais.</p><p>■ COFINS, uma vez que incide sobre a Receita Bruta.</p><p>São Paulo, dezembro de 2002.</p><p>84 ! ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL</p><p>METODOLOGIA DE CÁLCULO DO</p><p>ORÇAMENTO DE EDIFICAÇÕES</p><p>Regulamento do BDI</p><p>1. COMPOSIÇÃO DO CUSTO DIRETO E DO BDI</p><p>O presente Regulamento, aprovado pelo Conselho Deliberativo do INSTITUTO DE ENGENHARIA, em sua Sessão</p><p>nº 1.363, de 30.08.2004, é recomendado aos orçamentistas de empresas públicas e privadas na elaboração de</p><p>orçamentos para a construção e reforma de edificações, em todo o território nacional.</p><p>A - PREÇO DE VENDA</p><p>DEFINIÇÃO: O preço de venda é o resultado da aplicação de uma margem denominada BDI sobre o Custo Direto</p><p>calculado na planilha de orçamento.</p><p>FÓRMULA PARA O CÁLCULO DO PREÇO DE VENDA</p><p>Para a obtenção do Preço de Venda, será aplicada a seguinte fórmula:</p><p>_</p><p>PV = Preço de Venda</p><p>BDI = Benefício e Despesas Indiretas</p><p>CD = Custo Direto</p><p>B-CUSTO DIRETO1</p><p>DEFINIÇÃO: O Custo Direto é resultado da soma de todos os custos unitários dos serviços necessários para a</p><p>construção da edificação, obtidos pela aplicação dos consumos dos insumos sobre os preços de mercado,</p><p>multiplicados pelas respectivas quantidades, mais os custos da infra-estrutura necessária para a realização da obra.</p><p>B.1 - INSUMOS QUE COMPÕEM O CUSTO DIRETO UNITÁRIO</p><p>Mão-de-obra - são representados pelo consumo de horas ou fração de horas de trabalhadores qualificados e/ou</p><p>não-qualificados para a execução de uma determinada unidade de serviço multiplicado pelo custo horário de cada</p><p>trabalhador.</p><p>1 Estrutura de Custos Diretos: Custo Unitário dos Serviços, Custo da Administração Local, Canteiro de Obras e Acampamento, Mobilização e</p><p>Desmobilização e eventuais No âmbito do Governo Federal já há uma determinação do TCU no sentido de que os custos acima devem ser</p><p>considerados Custos Diretos por serem assim classificados contabilmente.</p><p>ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL 85</p><p>BDIPV = CD x 1</p><p>100</p><p>⎡ ⎤+⎢ ⎥⎣ ⎦</p><p>O custo horário é o salário/hora do trabalhador mais os encargos sociais.</p><p>Materiais - são representados pelo consumo de materiais a serem utilizados para a execução de uma determinada</p><p>unidade de serviço, multiplicado pelo preço unitário de mercado.</p><p>Equipamentos - são representados pelo número de horas ou fração de horas necessárias para a execução de uma</p><p>unidade de serviço, multiplicado pelo custo horário do equipamento.</p><p>OBS.: Os consumos dos insumos são obtidos pela experiência de cada uma das empresas do ramo da construção</p><p>ou através da Tabela de Composição de Custos de Orçamentos, sendo a mais conhecida a TCPO da Editora PINI.</p><p>B.2 - ENCARGOS SOCIAIS SOBRE A MÃO-DE-OBRA</p><p>DEFINIÇÃO: São encargos obrigatórios exigidos pelas Leis Trabalhistas ou resultante de Acordos Sindicais</p><p>adicionados aos salários dos trabalhadores.</p><p>Os Encargos Sociais dividem-se em três níveis:</p><p>■ Encargos Básicos e Obrigatórios.</p><p>■ Encargos Incidentes e Reincidentes.</p><p>■ Encargos Complementares.</p><p>Os Encargos Sociais Básicos são:</p><p>DESCRIÇÃO</p><p>A.1 Previdência Social</p><p>A.2 Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS)</p><p>A.3 Salário-Educação</p><p>A.4 Serviço Social da Indústria (SESI)</p><p>A.5 Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI)</p><p>A.6 Serviço de Apoio à Pequena e Média Empresa (SEBRAE)</p><p>A.7 Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA)</p><p>A.8 Seguro Contra Acidentes de Trabalho (INSS)</p><p>A.9 Serviço Social da Indústria da Constr. e Mobiliário (SECONCI)</p><p>A Total de Encargos Sociais Básicos</p><p>Os Encargos Sociais Incidentes e Reincidentes são:</p><p>B.1 Repouso Semanal e Feriados</p><p>B.2 Auxílio-enfermidade</p><p>B.3 Licença-paternidade</p><p>B.4 13º Salário</p><p>B.5 Dias de chuva / falta justificada / acidente de trabalho</p><p>B Total de Encargos Sociais que recebem incidências de A</p><p>HORISTA MENSAL</p><p>20,00 20,00</p><p>8,50 8,50</p><p>2,50 2,50</p><p>1,50 1,50</p><p>1,00 1,00</p><p>0,60 0,60</p><p>0,20 0,20</p><p>3,00 3,00</p><p>1,00 1,00</p><p>38,30 38,30</p><p>22,90</p><p>(*)0,79</p><p>(*)0,34</p><p>10,57 8,22</p><p>(*)4,57</p><p>39,17 8,22</p><p>86 ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL</p><p>Cl Depósito por despedida injusta 50% sobre [ A.2 + (A.2 + B )] 5,91 4,60</p><p>C.2 Férias (indenizadas) 14,06 10,93</p><p>C.3 Aviso-Prévio (indenizado) (*) 13,12 (*)10,20</p><p>C Total de Encargos que não recebem incidências globais de A 33,09 25,73</p><p>D.1 Reincidência de</p><p>A sobre B 15,00 3,15</p><p>D.2 Reincidência de A.2 sobre C.3 1,11 0,87</p><p>D Total das Taxas das Reincidências 16,12 4,02</p><p>Total das Taxas Incidentes e Reincidentes 88,38 37,97</p><p>Subtotal 126,68 76,27</p><p>Os Encargos Complementares são:</p><p>E.1 Vale-transporte2 Aplicar a fórmula 7,93 7,93</p><p>E.2 Refeição Mínima3 Aplicar a fórmula 6,60 6.60</p><p>E.3 Refeição - Almoço4 Aplicar a fórmula 27,87 27,87</p><p>E.4 Refeição - Jantar Aplicar a fórmula</p><p>E.5 EPI - Equipamento de Proteção Individual Aplicar a fórmula 5,00 5,00</p><p>E.6 Ferramentas manuais Aplicar a fórmula 2,00 2,00</p><p>E Total das Taxas Complementares 49,40 49,40</p><p>Percentagem Total de Encargos Sociais 176,08 125,67</p><p>B.3 - CÁLCULO DOS ENCARGOS COMPLEMENTARES - FÓRMULAS BÁSICAS</p><p>VALE-TRANSPORTE:</p><p>VALE-CAFÉ DA MANHÃ:</p><p>VALE-ALMOÇO ou JANTAR:</p><p>Sendo:</p><p>C1 = tarifa de transporte urbano;</p><p>C2 = custo do café da manhã;</p><p>C3 = Vale-Refeição - definido em Acordo Sindical;</p><p>N = número de dias trabalhados no mês;</p><p>S = salário médio mensal dos trabalhadores.</p><p>2 Lei nº 7.418/85 e Decreto n" 95.247/87: é obrigatório o fornecimento de transporte aos empregados. Exemplo de determinação da taxa:</p><p>C1 = R$1,90; N = 22; S = R$600,00; VT = 7,93%</p><p>3 Acordo Coletivo de Trabalho - Sinduscon SP - custo aprox. de R$ 2,00; Exemplo de determinação da taxa com a aplicação da fórmula</p><p>VC = 6,60%.</p><p>4 Acordo Coletivo de Trabalho - Sinduscon SP - Valor acordado do VR = R$ 8,00, almoço ou jantar. Exemplo de determinação da taxa com</p><p>a aplicação da fórmula: VR = 27,87%.</p><p>ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL 87</p><p>12 x C x N - (S x 0,06)VT = x 100 =</p><p>S</p><p>⎡ ⎤</p><p>⎢ ⎥⎣ ⎦</p><p>1C x N - (0,033 x S x 22) x 0,01)VC = x 100 =</p><p>S</p><p>⎡ ⎤</p><p>⎢ ⎥⎣ ⎦</p><p>3C x N x 0,95VR = x 100 =</p><p>S</p><p>⎡ ⎤</p><p>⎢ ⎥⎣ ⎦</p><p>EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL5</p><p>FERRAMENTAS MANUAIS6</p><p>Sendo:</p><p>N = número de trabalhadores na obra;</p><p>S = salário médio mensal;</p><p>P1, P2, P3, .........Pn = Custo de cada um dos EPI ou de ferramentas manuais;</p><p>F1, F2, F3, ....... Fn = Fator de utilização do EPI ou da ferramentas manuais, dado pela seguinte fórmula:</p><p>Sendo</p><p>t = tempo de permanência do EPI ou da ferramenta à disposição da obra em meses;</p><p>VU = Vida útil do EPI ou Ferramenta manual em meses.</p><p>B.4 - ADMINISTRAÇÃO LOCAL7</p><p>DEFINIÇÃO: É um componente do Custo Direto constituído por todas as despesas incorridas na montagem e na</p><p>manutenção da infra-estrutura da obra necessária para a execução da edificação.</p><p>A Administração Local compreende as seguintes atividades básicas de despesa:</p><p>■ Chefia da obra - engenheiro responsável;</p><p>■ Administração do Contrato;</p><p>■ Engenharia e Planejamento;</p><p>■ Segurança do Trabalho;</p><p>■ Produção - mestre-de-obra e encarregados;</p><p>■ Manutenção dos equipamentos;</p><p>5 De acordo com o Art. 166 da CLT, NR-6 e NR-18 da Lei n" 6.514/77, a empresa está obrigada a fornecer EPI aos empregados. Aplicando-se</p><p>a fórmula considerando custo médio mensal por operário de R$ 30,00, chega-se à taxa de EPI = 5,00.</p><p>6 A empresa obriga-se a fornecer as ferramentas manuais necessárias para a execução dos serviços. Aplicar a fórmula considerando o custo</p><p>médio mensal por operário de R$ 12,00: taxa de FM = 2,0%.</p><p>7 Administração Local é classificada contabilmente como custo direto e, portanto, não deve fazer parte da composição do BDI.</p><p>88 ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL</p><p>n</p><p>1 1 2 2 3 3</p><p>1</p><p>PF + P F + P F + ....... PnFn</p><p>EPI = x 100 =</p><p>N</p><p>S</p><p>⎡ ⎤</p><p>⎢ ⎥</p><p>⎢ ⎥</p><p>⎢ ⎥</p><p>⎢ ⎥⎣ ⎦</p><p>∑</p><p>n</p><p>1 1 2 2 3 3</p><p>1</p><p>PF + P F + P F + ....... PnFn</p><p>FM = x 100 =</p><p>N</p><p>S</p><p>⎡ ⎤</p><p>⎢ ⎥</p><p>⎢ ⎥</p><p>⎢ ⎥</p><p>⎢ ⎥⎣ ⎦</p><p>∑</p><p>tF =</p><p>VU</p><p>■ Manutenção do Canteiro;</p><p>■ Consumos de energia, água e telefone fixo e móvel;</p><p>■ Gestão da qualidade e produtividade;</p><p>■ Gestão de Materiais;</p><p>■ Gestão de Recursos Humanos;</p><p>■ Administração da obra - pessoal do escritório;</p><p>■ Seguro de garantia de execução, ART, etc.</p><p>Essas despesas farão parte da Planilha de Orçamento em itens independentes da composição de custos unitários,</p><p>especificados como Administração Local, podendo-se adotar as seguintes alternativas de lançamento:</p><p>■ Preços compostos analiticamente;</p><p>■ Custo mensal ou horário de mão-de-obra administrativa ou técnica;</p><p>■ Custos mensal reembolsável;</p><p>■ Custo mensal ou total de manutenção do canteiro de obras;</p><p>■ Verba;</p><p>■ Módulo de Verba.</p><p>B.5 - CANTEIRO DE OBRA8</p><p>DEFINIÇÃO: Canteiro de Obra é um componente do Custo Direto necessário para a construção da obra e</p><p>compreende as seguintes instalações dimensionadas de acordo com o seu porte:</p><p>■ Preparação do terreno para instalação do canteiro.</p><p>■ Cerca ou muro de proteção e guarita de controle de entrada do canteiro.</p><p>■ Construção do escritório técnico e administrativo da obra constituídos por sala do engenheiro responsável,</p><p>sala de reunião, sala do assistente administrativo, sala dos engenheiros, sala de pessoal e recrutamento,</p><p>sala da fiscalização, etc.</p><p>■ Sala de enfermaria, almoxarifado, carpintaria, oficina de ferragem, etc.</p><p>■ Vestiários, sanitários, cozinha e refeitório.</p><p>■ Oficina de manutenção de veículos e equipamentos.</p><p>■ Alojamento para os empregados.</p><p>■ Placas da obra.</p><p>Da mesma forma como no cálculo da despesa de Administração Local, deverá constar num item independente da</p><p>composição de custos unitários, lançados na planilha, compostos analiticamente, como custo reembolsável, como</p><p>verba ou como módulo de verba.</p><p>B.6 - MOBILIZAÇÃO E DESMOBILIZAÇÃO9</p><p>DEFINIÇÃO: É componente do Custo Direto constituído por despesas incorridas para a preparação da infra-</p><p>estrutura operacional da obra e a sua retirada no final do contrato e compreende os seguintes serviços:</p><p>■ Transporte, carga e descarga de materiais para a montagem do canteiro de obra. Montagem e</p><p>desmontagem de equipamentos fixos de obra.</p><p>8 O Canteiro de Obras deve ser classificado como Custo Direto por ser um custo diretamente relacionado com a execução da obra.</p><p>9 O Tribunal de Contas da União, através da Decisão n" 1.332/2002, considera como Custo Direto as despesas com a Instalação do Canteiro</p><p>e Acampamento e Mobilização e Desmobilização.</p><p>ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL • 89</p><p>■ Transporte, hospedagem, alimentação e despesas diversas do pessoal próprio ou contratado para a</p><p>preparação da infra-estrutura operacional da obra.</p><p>■ Aluguel horário de equipamentos especiais para carga e descarga de materiais ou equipamentos pesados</p><p>que compõem a instalação.</p><p>Essa despesa deve compor a planilha de orçamento como item independente podendo ser calculada analiticamente</p><p>ou por verba.</p><p>C - BDI - BENEFÍCIO E DESPESAS INDIRETAS</p><p>DEFINIÇÃO: O BDI é o resultado de uma operação matemática para indicar a "margem" que é cobrada do cliente</p><p>incluindo todos os custos indiretos, tributos, etc, e a sua remuneração pela realização de um determinado</p><p>empreendimento.</p><p>O resultado dessa operação depende de uma série de variáveis, entre as quais podemos apresentar algumas mais</p><p>importantes:</p><p>■ Tipo de obra.</p><p>■ Valor do contrato.</p><p>■ Prazo de execução.</p><p>■ Volume de faturamento da empresa.</p><p>■ Local de execução da obra.</p><p>Fará a execução de obras com projetos especiais, complexos ou de maior porte, recomenda-se calcular o BDI</p><p>especificamente para cada situação, observadas as peculiaridades físicas e técnicas de cada uma delas.</p><p>C.1 - FÓRMULA DO BDI</p><p>Para o cálculo do BDI, será aplicada a seguinte fórmula básica:</p><p>Sendo:</p><p>i = taxa de administração central;</p><p>r = taxa de risco do empreendimento;</p><p>f = taxa de custo financeiro do capital de giro;</p><p>t = taxa de tributos federais;</p><p>s = taxa de tributo municipal - ISS;</p><p>c = taxa de despesas de comercialização;</p><p>I = lucro ou remuneração liquida da empresa.</p><p>As taxas no numerador incidem sobre os custos diretos.</p><p>As taxas no denominador incidem sobre o Preço de Venda (faturamento).</p><p>90 ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL</p><p>l R F1 + 1 1</p><p>(1+i)(1+r)(1+f)100 100 100BDI = 1 X 100 = 1 X 100 =</p><p>T + S + C + L 1 (r + s + c + l)1</p><p>100</p><p>⎡ ⎤⎛ ⎞⎛ ⎞⎛ ⎞⎛ ⎞+ +⎢ ⎥⎜ ⎟⎜ ⎟⎜ ⎟⎜ ⎟ ⎡ ⎤⎛ ⎞⎝ ⎠⎝ ⎠⎝ ⎠⎢ ⎥⎜ ⎟ − −⎢ ⎥⎜ ⎟⎢ ⎥ −⎛ ⎞⎜ ⎟ ⎝ ⎠⎣ ⎦− ⎜ ⎟⎜ ⎟⎢ ⎥⎝ ⎠⎝ ⎠⎣ ⎦</p><p>C.2 - CÁLCULO DAS DESPESAS INDIRETAS - ADMINISTRAÇÃO</p><p>CENTRAL</p><p>C.2.1 - DESPESAS ESPECÍFICAS DA ADMINISTRAÇÃO CENTRAL10</p><p>DEFINIÇÃO: São despesas claramente definidas para atender a determinadas obras pagas total ou parcialmente</p><p>pela Administração Central.</p><p>Exemplos:</p><p>■ Gerente de contrato.</p><p>■ Consultor técnico especial.</p><p>■ Projetos - detalhamento.</p><p>■ Laudos de auditoria especial.</p><p>■ Despesas de viagem, transporte, hotéis, refeições etc.</p><p>C.2.2 - RATEIO DA ADMINISTRAÇÃO CENTRAL"</p><p>DEFINIÇÃO: Rateio é a parcela de despesa da Administração Central, debitada a determinada obra segundo os</p><p>critérios estabelecidos pela direção da empresa.</p><p>As despesas da Administração Central são aquelas incorridas durante um determinado período com salários de todo</p><p>o pessoal administrativo e técnico lotado ou não na sede central, no almoxarifado central, na oficina de manutenção</p><p>geral, pró-labore de diretores, viagens de funcionários a serviço, veículos, aluguéis, consumos de energia, água, gás,</p><p>telefone fixo ou móvel, combustível, refeições, transporte, materiais de escritório e de limpeza, seguros, etc.</p><p>DMAC x FMO x NTaxa de = RATEIO = x 100 =</p><p>FMAC x CDTO</p><p>DMAC - Despesa Mensal da Administração Central.</p><p>FMO - Faturamento Mensal da Obra.</p><p>N - Prazo da Obra em meses.</p><p>FMAC - Faturamento Mensal da Administração Central.</p><p>CDTO - Custo Direto Total da Obra.</p><p>C.3 -TAXA DE RISCO DO EMPREENDIMENTO12 - Aplicável aos contratos de Empreitada por Preços</p><p>Unitários, Preço Fixo, Global ou Integral</p><p>DEFINIÇÃO: Taxa se aplica para empreitadas por preço unitário, preço fixo, global ou Integral, para cobrir eventuais</p><p>incertezas decorrentes de omissão de serviços, quantitativos irrealistas ou insuficientes, projetos malfeitos ou</p><p>indefinidos, especificações deficientes, inexistência de sondagem do terreno, etc.</p><p>10 Computar no custo o tempo gasto pelo Gerente de Contrato ou Coordenador-Geral durante todo o prazo do contrato, multiplicado pelo seu salário</p><p>mais Leis Sociais e dividido pelo Custo Direto, além de outras despesas com refeições, transporte, estadia etc. e demais despesas específicas da</p><p>obra.</p><p>11 No Rateio da Administração Central considerar o seguinte: a média mensal de todos os gastos da estrutura administrativa e operacional da</p><p>empresa como Diretoria, engenheiros de apoio técnico, gerentes, contador, comprador, contas a pagar, secretária, office-boy, vigilante, faxineira, etc,</p><p>mais todas as despesas administrativas e de consumo do escritório central. Levantar o faturamento médio mensal da empresa e o faturamento médio</p><p>mensal da obra. Determinar o Custo Direto da obra e o seu prazo de execução e em seguida aplicar a fórmula da Taxa de Rateio.</p><p>12 Alguns autores chamam de taxa de eventuais ou imprevistos.</p><p>ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL 91</p><p>Essa taxa é determinada em percentual sobre o custo direto da obra e depende de uma análise global do risco do</p><p>empreendimento em termos orçamentários.</p><p>C.4 - CUSTO FINANCEIRO -Aplicável para contratos com pagamento a prazo</p><p>DEFINIÇÃO: O custo financeiro é pago para pagamentos a prazo e compreende uma parte pela perda monetária</p><p>decorrente da defasagem entre a data do efetivo desembolso e a data da receita correspondente, e a outra parte de</p><p>juros correspondentes ao financiamento da obra paga pelo executor.</p><p>Os custos financeiros serão calculados conforme a seguinte fórmula:</p><p>Sendo :</p><p>f = taxa de custo financeiro;</p><p>i = taxa de inflação média do mês ou a média da inflação mensal dos últimos meses. Não é inflação futura;</p><p>j = juro mensal de financiamento do capital de giro cobrado pelas instituições financeiras;</p><p>n = número de dias decorridos.</p><p>C.5 - TRIBUTOS</p><p>C.5.1 -TRIBUTOS FEDERAIS13</p><p>DEFINIÇÃO: São tributos obrigatórios que incidem sobre o faturamento ou lucro das empresas.</p><p>Na opção pelo Lucro Real, para o IRPJ e a CSLL a base de cálculo é o lucro líquido efetivamente havido, estando</p><p>impossibilitado de estabelecer de antemão as taxas desses tributos. Como a Lei nº 8666/93 exige que os dados na</p><p>licitação sejam objetivos e transparentes, para o efeito da composição do BDI, serão utilizados os tributos do Lucro</p><p>Presumido incidindo sobre o faturamento da obra.</p><p>TRIBUTOS FEDERAIS COM MATERIAL SEM MATERIAL</p><p>PIS - Programa de Integração Social</p><p>Presumido</p><p>0,65</p><p>Lucro Real</p><p>1,65</p><p>Presumido</p><p>0,65</p><p>L. Real</p><p>1,65</p><p>COFINS - Financiamento da Seguridade Social 3,00 7,60 (*) 3,00 7,60 (*)</p><p>IRPJ - Imposto de Renda de Pessoas Jurídicas 1,20 (**) 4,80 (**)</p><p>CSLL - Contribuição Social para Lucro Líquido 1,08 (**) 2,88 (**)</p><p>CPMF - Contrib. Prov. Sobre Mov. Financeira 0,38 0,38 0,38 0,38</p><p>(*) descontar os créditos com materiais (até 31/12/2006 é 3%)</p><p>(**) os impostos incidem sobre o Lucro Líquido apurado.</p><p>13 Alguns órgãos consideram que a totalidade dos participantes tem suas contabilidades regidas por Lucro Real, desconhecendo que as pequenas e</p><p>médias empresas são regidas na sua maioria pelo Lucro Presumido, o que está errado. Além disso, a opção pelo Lucro Real impossibilita a</p><p>consideração do PIS, IRPL e CSLL no BDI. Portanto, como a Lei exige que os dados sejam objetivos, adotam-se para os fins de cálculo do BDI os</p><p>impostos do Lucro Presumido.</p><p>92 ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL</p><p>n n</p><p>30 30 = (1+i) x (1+j) - 1 =</p><p>⎡ ⎤</p><p>ƒ ⎢ ⎥</p><p>⎣ ⎦</p><p>C.5.2 -TRIBUTO MUNICIPAL - ISS</p><p>DEFINIÇÃO: Trata-se de um tributo municipal cobrado pela prestação de serviços no local de execução da obra ou</p><p>de serviço.</p><p>Cada município estabelece uma alíquota que vai de 2,0 % a 5,0 % sobre a despesa de Mão-de-obra no local de</p><p>execução da obra. Nas faturas de serviços de execução deverá haver a menção explícita da utilização de materiais e</p><p>estar indicado o valor correspondente à parcela de mão-de-obra aplicada.</p><p>No Município de São Paulo a alíquota do ISS é de 5,0%.</p><p>C.6 -TAXA DE COMERCIALIZAÇÃO</p><p>DEFINIÇÃO: E o resultado de todas os gastos não computados como Custos Diretos ou Indiretos, referentes à</p><p>comercialização do produto mais as reservas de contingência ocorridas num determinado período dividido pelo</p><p>faturamento global no mesmo período.</p><p>Podem ser consideradas como custos de comercialização as seguintes despesas: compras de editais de licitação,</p><p>preparação de propostas de habilitação e técnicas, custos de caução e seguros de participação, emolumentos,</p><p>despesas cartoriais, despesas com visitas técnicas, viagens comerciais, assessorias técnicas e jurídicas</p><p>especializadas, propaganda institucional, brindes, comissão de representantes comerciais, reservas de contingência</p><p>para eventuais roubos, assaltos, inundações não cobertas por seguro, chuvas atípicas prolongadas, etc.</p><p>C.7 - LUCRO OU MARGEM DE REMUNERAÇÃO</p><p>DEFINIÇÃO: Lucro ou margem é uma parcela destinada a remunerar o custo de oportunidade do capital aplicado,</p><p>capacidade administrativa, gerencial e tecnológica adquirida ao longo de anos de experiência no ramo,</p><p>responsabilidade pela administração do contrato e condução da obra através da estrutura organizacional da empresa</p><p>e investimentos na formação profissional do seu pessoal, e criar a capacidade de reinvestir no próprio negócio.</p><p>C.8 -TABELA DE COMPOSIÇÃO DO BDI</p><p>ITEM DISCRIMINAÇÃO TAXAS A</p><p>CONSIDERAR NO BDI</p><p>PROCEDIMENTO OBRAS</p><p>TAXAS</p><p>- BDI COM</p><p>MÍNIMAS</p><p>1</p><p>Administração Central</p><p>Mínimo</p><p>6,00</p><p>Máximo</p><p>20,00</p><p>soma</p><p>PRESUM.</p><p>6,00</p><p>L. REAL</p><p>6,00</p><p>1.1 Rateio da Adm. Central 5,00 15,00 calcular 5,00 5,00</p><p>1.2 Despesas específicas 1,00 5,00 calcular 1,00 1,00</p><p>2 Taxa de risco 1,00 5,00 estimar 1,00 1,00</p><p>3 Custo financeiro 2,00 5,00 calcular 2,00 2,00</p><p>4 Tributos 8,31 22.31 soma 8,31 6,04</p><p>4.1 PIS 0,65 1,65 definido 0,65 0,66 (*)</p><p>4.2 COFINS 3,00 7.60 definido 3,00 3,00</p><p>4.3 IRPJ 1,20 4,80 definido 1,20 (**)</p><p>4.4 CSLL 1,08 2,88 definido 1,08 (**)</p><p>4.5 CPMF 0,38 0,38 definido 0,38 0,38</p><p>ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL 93</p><p>ITEM DISCRIMINAÇÃO TAXAS A</p><p>CONSIDERAR NO BDI</p><p>PROCEDIMENTO OBRAS</p><p>TAXAS</p><p>- BDI COM</p><p>MÍNIMAS</p><p>Mínimo Máximo PRESUM. L. REAL</p><p>4.6 ISS 2,00 5,00 estimar 2,00 2,00 (*)</p><p>5 Taxa de</p><p>Comercialização</p><p>2,00 5,00 calcular 2,00 2,00</p><p>6 Lucr 5,00 15,00 expectativa 5,00 7,27(***)</p><p>BDI - Aplicar a fórmula calcular 28,94 % 28,94 %</p><p>Obs.:</p><p>(*) Considerando 60,0% de materiais e 40,0% de M.O. aplicados respectivamente sobre 1,65% do PIS, 7,60% do COFINS e 5,00%</p><p>do ISS.</p><p>(**) No Lucro Real, IRPJ e CSLL estão considerados no lucro.</p><p>(***) Se forem aplicadas as taxas do L. Real, para um BDI equivalente no Presumido, a taxa do lucro aumenta para 7,27%.</p><p>NOTA: Este Regulamento será revisado periodicamente em função de alterações na legislação, mudanças nas alíquotas ou valores</p><p>de mercado.</p><p>São Paulo, 30.08.2004</p><p>A íntegra deste regulamento encontra-se também no site www.ie.org.br</p><p>94 ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL</p><p>http://www.ie.org.br/</p><p>APLICAÇÃO DA METODOLOGIA</p><p>EXERCÍCIOS SIMULADOS E</p><p>COMENTADOS</p><p>1. CONDIÇÕES GERAIS</p><p>O BDl depende de vários fatores que influenciam na sua determinação, em função do porte da empresa, do valor do</p><p>contrato, prazos de execução, etc. Vamos apresentar a seguir uma série de simulações mais próximas da realidade,</p><p>diferenciando-as pelo porte das empresas e relacionando-as à capacidade de atender aos vários níveis de valores de</p><p>contratação, previstos na Lei de Licitações (Lei Federal nº 8.666/93).</p><p>1.1. BASE DE DADOS</p><p>Para facilitar a compreensão dos próximos exercícios e para não ser repetitivo com relação a alguns dados que</p><p>vamos empregar, apresentamos a seguir várias informações resumidas e parâmetros comuns que poderão ajudar o</p><p>entendimento e o raciocínio do orçamentista.</p><p>1.2. PORTE DAS EMPRESAS</p><p>CLASSIFICAÇÃO DAS EMPRESAS</p><p>1 - MINIEMPRESA (*): faturamento médio mensal de R$ 100.000,00</p><p>2 - PEQUENA EMPRESA: faturamento médio mensal de R$ 400.000,00</p><p>3 - MÉDIA EMPRESA: faturamento médio mensal de R$ 1.000.000,00</p><p>4 - GRANDE EMPRESA: faturamento médio mensal de R$ 5.000.000,00</p><p>OBS.: (*) Chamaremos de miniempresa, pois pela legislação tributária, no segmento da construção civil, não existe a categoria de</p><p>microempresa.</p><p>1.3. ESTRUTURA FUNCIONAL DA EMPRESA</p><p>Uma vez definido o porte, imaginemos para cada uma delas a menor estrutura técnica e administrativa factível</p><p>(administração central), abaixo da qual pode comprometer o bom desempenho da execução de uma obra de</p><p>construção em matéria de prazo, qualidade e eventualmente de segurança.</p><p>ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL 95</p><p>FUNÇÃO MINI PEQUENA MÉDIA GRANDE</p><p>01 Gerente de Obras X X</p><p>02 Engenheiro Coordenador (x) X X</p><p>05 Engenheiro de Obras (x) (x) X</p><p>06 Orçamentista (x) X</p><p>07 Engenheiro Jr. X X</p><p>08 Mestre-de-Obras X X</p><p>09 Técnico de Edificações X X</p><p>10 Auxiliar Técnico X X</p><p>11 Gerente Administrativo X X</p><p>12 Secretária X X X X</p><p>13 Recepcionista X X</p><p>14 Comprador X X X</p><p>15 Contador X X</p><p>16 Contas a Pagar X X</p><p>17 Encarregado Pessoal X X X</p><p>18 Escriturário X X</p><p>19 Office-Boy X X</p><p>20 Vigilante/porteiro X X</p><p>21 Faxineira/copeira X X</p><p>22 Outros não listados</p><p>OBS.: (x) - quantidade parcial</p><p>x - quantidades mínimas (pode haver mais de um em cada categoria)</p><p>1.4. SALÁRIOS - NÍVEL SALARIAL DOMINANTE NA EMPRESA</p><p>Para o cálculo dos custos indiretos referentes ao Custo Específico da Administração Central e rateio da</p><p>Administração Central, vamos adotar para os nossos exercícios números arredondados próximos do MENOR VALOR</p><p>DO MERCADO DE SALÁRIOS. Entretanto, a empresa ou o órgão público licitante, para o seu uso particular, poderá</p><p>adotar os seus salários reais atualizados para a época do orçamento.</p><p>SALÁRIO DO PESSOAL INTEGRANTE DOS CUSTOS INDIRETOS</p><p>FUNÇÃO MÁXIMO SALÁRIOS DE MERCADO</p><p>MÉDIO</p><p>MÍNIMO SALÁRIO</p><p>ADOTADO</p><p>01 Gerente de Proj.e Obras 12.026,00 8.487,00 6.880,00</p><p>02 Engenheiro Coordenador 14.479,00 7.328,00 5.001,00</p><p>03 Engenheiro Residente 7.603,00 6.203,00 3.188,00</p><p>04 Engenheiro de Obras 2.892,00 2.485.00 * 1.800,00</p><p>05 Orçamentista 5.199,00 4.559,00 3.353,00</p><p>06 Engenheiro Jr. 5.183,00 2.266,00 * 1.800,00</p><p>07 Técnico de Edificações 2.734,00 1.967,00 1.344,00</p><p>08 Mestre-de-Obras 2.872,00 2.845,00 1.769,00</p><p>09 Auxiliar Técnico 1.108,00 770,00 706,00</p><p>10 Gerente Administrativo 14.586,00 7,079,00 2.355,00</p><p>11 Secretária 3.637,00 2.423,00 1.202,00</p><p>12 Recepcionista 1.399,00 740,00 486,00</p><p>96 ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL</p><p>13 Comprador 7.198,00 4.354,00 1.813,00</p><p>14 Contador 7.207,00 3.994,00 2.004,00</p><p>15 Contas a Pagar 4.324,00 3.455,00 2.003,00</p><p>16 Encarregado Pessoal 6.792,00 3.460,00 1,942,00</p><p>17 Escriturário 1.915,00 825,00 630,00</p><p>18 Digitador 2.207,00 1.094,00 483,00</p><p>19 Office-Boy 675,00 465,00 *300,00</p><p>20 Vigilante/porteiro 1.602,00 515,00 401.00</p><p>21 Faxineira/copeira 1.254,00 573,00 *300,00</p><p>Fonte: Suplemento Semanal da Folha de S. Paulo de 18.04.2004 e outras publicações congêneres.</p><p>* salário mínimo atual (2005).</p><p>1.5. VALOR-LIMITE DE LICITAÇÃO</p><p>Como participante de obras públicas, todos os procedimentos administrativos estão vinculados à Lei</p><p>Federal nº 8.666/93 e, assim, vamos também adotar a mesma classificação de limites de licitação</p><p>estabelecidas na Lei. A empresa deverá estabelecer a sua política de participação em uma, duas ou em</p><p>todas as modalidades de licitação.</p><p>DL - Dispensa de Licitação Valor limite de R$ 30.000,00 (*)</p><p>CARTA-CONVITE Valor limite de R$ 150.000,00</p><p>TP -Tomada de Preços Valor limite de R$ 1.500.000,00</p><p>CONCORRÊNCIA Valor acima de R$ 1.500.000,00</p><p>Adotaremos um valor médio de</p><p>R$ 15.000.000,00 para os nossos exercícios.</p><p>OBS.: O valor-limite para DL é de R$ 15.00,00, porém, se a licitante for uma agência executiva, isto é, um órgão do governo que tem como uma das</p><p>funções a execução de obras, o limite dobra para R$ 30.000,00 (parágrafo único do Art. 24 da Lei nº8.666/1993).</p><p>1.6. CUSTO DIRETO, PRAZO E DEMANDA DE PESSOAL DE PRODUÇÃO</p><p>Para facilitar o nosso raciocínio, vamos criar uma correspondência lógica entre o porte das empresas, tipo de</p><p>contrato, valor do CD, prazo de execução e quantidade de pessoal de obra (CD). A quantidade de pessoal</p><p>representa o custo de 40% do PV, e considerada a média dos pisos salariais de serventes e trabalhadores</p><p>qualificados.</p><p>TIPO DE</p><p>CONTRATO</p><p>PORTE DA</p><p>EMPRESA</p><p>VALOR ESTIM. R$</p><p>DO CUSTO DIRETO</p><p>PRAZO DE</p><p>EXECUÇÃO</p><p>Nº PESSOAL</p><p>MÉDIO / MÊS</p><p>DL MINI* 10.000,00 1 MÊS 4</p><p>CONVITE PEQUENA 100.000,00 3 MESES 8</p><p>TP MÉDIA 1.000.000,00 10 MESES 20</p><p>CONCOR. GRANDE 10.000.000,00 24 MESES 80</p><p>ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL</p><p>97</p><p>1.7. DEFINIÇÃO DOS PARÂMETROS A SEREM ADOTADOS NOS EXERCÍCIOS</p><p>1.7.1.CÁLCULO DO CUSTO DIRETO</p><p>Para calcular o Custo Direto da obra conforme as instruções da Metodologia para o Cálculo dos Custos Diretos,</p><p>devemos estabelecer alguns parâmetros de custos mínimos a fim de calcular os Encargos Complementares sobre a</p><p>mão-de-obra, custos da Administração Local e outros custos considerados diretos:</p><p>■ No cálculo do Custo Unitário de todos e cada um dos serviços, adotam-se:</p><p>- Os salários dos trabalhadores obedecerão ao piso salarial definido pelo dissídio coletivo da categoria.</p><p>- Adotamos para o piso salarial de servente o valor de R$ 550,00 e o de trabalhador qualificado, de R$</p><p>650,00, de acordo com o último Dissídio Coletivo sindical de cada região.</p><p>- O custo do pessoal da produção será de 40,0% do custo direto da obra.</p><p>- Consideramos um servente para cada trabalhador qualificado.</p><p>- A taxa de encargos sociais adotados para os trabalhadores horistas é de 1 76,08%, de acordo com a</p><p>"Metodologia de Cálculo de Custos Diretos" do Instituto de Engenharia.</p><p>- Os encargos complementares foram calculados conforme fórmulas apresentadas na "Metodologia",</p><p>podendo ser o percentual revisto de acordo com a realidade da obra e do momento.</p><p>- Dias úteis considerados é de 22 dias por mês.</p><p>- O custo do transporte corresponde ao de ônibus urbano na cidade de São Paulo no valor de R$ 2,00 por</p><p>viagem.</p><p>- O custo do café da manhã foi calculado em R$ 2,00, constituído por um sanduíche de pão com frios</p><p>mais um pingado (copo de leite com café).</p><p>- Todo funcionário recebe um Vale-Refeição</p><p>no valor de R$ 8,00, que é o valor estabelecido no Dissídio</p><p>Coletivo da categoria (Sinduscon-SP).</p><p>■ Calcular os custos da Administração Local de acordo com as despesas com o pessoal administrativo,</p><p>engenheiro residente, mestre e despesas gerais de manutenção e de consumo.</p><p>■ Calcular os custos do Canteiro de Obras na construção de instalações provisórias de escritório,</p><p>almoxarifado, refeitórios, vestiários, sanitários, completos, com iluminação, móveis, computadores, etc.</p><p>■ Calcular os custos da Mobilização e Desmobilização de equipamentos, transportes, pessoal, etc.</p><p>OBS.: Nos Custos Diretos das obras deverão ser também computados os custos decorrentes das exigências contidas nas</p><p>normas regulamentadoras de segurança NR-18para obras com mais de 20 trabalhadores.</p><p>1.7.2. CÁLCULO DO BDI</p><p>O cálculo do BDI obedece à "Metodologia de Cálculo do BDI" do IE, o que permite transparência e adoção de</p><p>parâmetros dentro da atual legislação tributária, fiscal e contábil, além de possibilitar a colocação de dados</p><p>atualizados do mercado, de modo a não deixar qualquer dúvida na sua formulação e no resultado final obtido.</p><p>1.7.2.1. CÁLCULO DOS CUSTOS INDIRETOS</p><p>7.7.2.7.7. ADMINISTRAÇÃO CENTRAL</p><p>Os CUSTOS INDIRETOS da Administração Central são divididos em duas partes distintas:</p><p>98 ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL</p><p>■ Custos Específicos da Administração Central - São custos indiretos de uma determinada obra que são</p><p>debitados à administração central e não entram no seu rateio geral.</p><p>■ Rateio da Administração Central - São os custos indiretos que oneram a administração central da empresa</p><p>proporcionais ao valor do contrato e ao prazo da obra.</p><p>Adotam-se para o cálculo da Administração Central os seguintes parâmetros:</p><p>- Os salários dos funcionários da Administração Central são aqueles próximos dos sugeridos no quadro</p><p>anterior.</p><p>- As Leis Sociais adotados é de 76,27% para mensalistas.</p><p>- Os custos com refeições, transportes e eventuais seguros são calculados em função dos gastos reais.</p><p>- Inclusão do pró-labore dos sócios ou dos diretores da ativa.</p><p>- Custo de transporte do engenheiro foi considerado o uso do seu veículo particular e pagamento da</p><p>quilometragem a R$ 0,57/km.</p><p>- Computar todas as despesas envolvidas na Administração Central menos os custos com a</p><p>comercialização, que é contabilizado separadamente.</p><p>- Dias úteis de trabalho será de 22 dias ao mês.</p><p>- Adotar as fórmulas apresentadas no Regulamento.</p><p>1.7.2.1.2. DESPESA FINANCEIRA</p><p>A despesa financeira não muda em função da modalidade de contrato, pois está relacionada com a forma de</p><p>pagamento da fatura e não com o valor da venda.</p><p>Assim, vamos considerar inflação de 0,5 ao mês, juros de capital de giro de 3,0% tomado em banco e pagamento a</p><p>30 dias da medição. Temos:</p><p>30 30</p><p>30 30(1 0,005) x (1 + 0,03) - 1 = 0,0352 ou 3,52</p><p>⎡ ⎤</p><p>⎢ ⎥ƒ = +⎢ ⎥</p><p>⎢ ⎥⎣ ⎦</p><p>Sendo:</p><p>f = custo financeiro do capital de giro;</p><p>t = taxa de inflação média do mês;</p><p>j = taxa de juros bancários por mês;</p><p>n = prazo de pagamento em dias.</p><p>OBS.: Não foram considerados na fórmula os custos financeiros decorrentes da proibição de reajustar os contratos durante cada</p><p>período de 12 meses, determinados pelo Plano Real.</p><p>1.7.2.1.3. TAXA DE RISCO DO EMPREENDIMENTO</p><p>Trata-se de uma taxa a ser estabelecida pelo proponente, levando-se em conta o grau de confiabilidade do projeto</p><p>básico, seus detalhes, quantitativos, erros e omissões contidos na planilha de custos diretos, etc.</p><p>As taxas de risco podem variar de 0,5% a 5,0% do valor dos Custos Diretos.</p><p>Portanto,</p><p>0,5 R 5,0≤ ≤</p><p>ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL 99</p><p>1.7.2.2. TRIBUTOS</p><p>Consideremos os seguintes tributos incidindo sobre o valor de venda:</p><p>TRIBUTOS e CONTRIBUIÇÕES LUCRO PRESUMIDO % LUCRO REAL %</p><p>SERVIÇOS COM</p><p>MATERIAL</p><p>SERVIÇOS SEM</p><p>MATERIAL</p><p>SERVIÇOS COM</p><p>MATERIAL</p><p>SERVIÇOS SEM</p><p>MATERIAL</p><p>PIS - Programa de Integração Social 0,65 0,65 1,65 1,65</p><p>COFINS - Financiamento da Seguridade Social 3,00 3,00 7,60(1) 7,60(1)</p><p>IRPJ - Imposto de Renda de Pessoas Jurídicas 1,20 4,80 1,50(2) 1,50(2)</p><p>CSLL - Contribuição Social sobre o Lucro Líquido 1,08 2,88 0,90 (3) 0,90 (3)</p><p>CPMF - Contribuição Provisória Mov. Financeira 0,38 0,38 0,38 0,38</p><p>ISS - Imposto sobre Serviços (São Paulo) 2,00(4) 5,00 2,00(4) 5,00</p><p>TOTAL DOS TRIBUTOS 8,31 16,71 14,03 17,03</p><p>OBS.: (1) Até 31.12.2006 a taxa permanece 3,0%.</p><p>(2) Mínimo de 1,50% para uma expectativa de lucro de 10,00%.</p><p>(3) Mínimo de 0,90% para uma expectativa de lucro de 10,00%.</p><p>(4) Considerando 40,00% de mão-de-obra do total da fatura.</p><p>1.7.2.3. TAXA DE COMERCIALIZAÇÃO</p><p>As despesas de comercialização não constam de nenhum item de Custos Diretos ou Custos Indiretos, inclusive nos</p><p>custos da administração central rateados para essa obra específica e, portanto, deverão ser calculados em separado.</p><p>A taxa de Comercialização é obtida dividindo-se todas as despesas comerciais ocorridas num determinado período</p><p>de tempo, por exemplo, de um exercício, dividido pelo faturamento do mesmo exercício. É por isso que fica no</p><p>denominador por ser proporcional ao faturamento e não ao custo direto da obra.</p><p>As principais despesas de comercialização são:</p><p>- Comissão do representante comercial ou salário de Gerente Comercial quando não computados nos custos</p><p>da administração central. Almoços, jantares, despesas de viagens aéreas e terrestres gastos para captação</p><p>de obras. 1,0% a 2,0%</p><p>- Brindes de Natal, folhetos promocionais de propaganda, assessoria de imprensa, contribuições</p><p>beneficentes e sociais, etc. 0,0 a 0,5%</p><p>- Custos relativos à compra de editais, transportes, vistorias, certidões, autenticações, elaboração das</p><p>propostas (técnica e administrativa) bem e mal-sucedidas, papéis, cópias reprográficas, toners, etc.</p><p>Considerar a possibilidade otimista de sucesso de um para 10 participações em licitações públicas. Estes</p><p>custos podem estar entre 1,0% a 5,0% do valor das propostas.</p><p>0,5 % a 2,0%</p><p>- Custos relativos a seguro garantia de participação em licitações, ART do CREA (0,2 a 1,5% do</p><p>valor do contrato), juros de caução de garantia, assessoria jurídica especializada para promover recursos,</p><p>liminares, etc. 0,5%</p><p>Portanto, TOTAL de 2,0% = C = 5,0%</p><p>100 ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL</p><p>1.7.2.4. PERCENTUAL DE LUCRO (OU TAXA DE BENEFICIO)</p><p>Como já definimos anteriormente, o Benefício pode ser definido como expectativa de Lucro desejado pelo</p><p>proponente na viabilização dessa obra, mais reserva de contingência para eventuais imprevisibilidades da</p><p>contratação.</p><p>Dependendo do tipo e porte da obra, o percentual de lucro pode estar entre 5,0% a 15,0% do valor de</p><p>venda.</p><p>Nas nossas hipóteses vamos considerar uma previsão de Lucro médio de 10,0%.</p><p>1.8. FÓRMULAS A SEREM USADAS NO CÁLCULO</p><p>1.8.1. FÓRMULA DE CÁLCULO DO BDI</p><p>Fórmula do BDI simplificada para o efeito do nosso exercício:</p><p>Sendo:</p><p>Dl = Despesa Indireta ou Cl = Custo Indireto;</p><p>R = Taxa de Risco do empreendimento;</p><p>F = Custo financeiro do capital de giro;</p><p>DL = Despesas Legais (tributos federais + ISS);</p><p>C = Custo de comercialização;</p><p>B = Benefício ou Bonificação.</p><p>OBS.: as letras minúsculas são em valores decimais.</p><p>1.8.2. FÓRMULA DE CÁLCULO DO PREÇO DE VENDA</p><p>Sendo:</p><p>PV = Preço de Venda ou Valor da Fatura</p><p>CD = Custo Direto</p><p>BDI = Benefício e Despesa Indireta.</p><p>ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL 101</p><p>DI R F1 + 1 1</p><p>100 100 100BDI = 1 x 100 = ou</p><p>DL C B1</p><p>100</p><p>(1+1)(1+r)(1+f)BDI = 1 x 100 =</p><p>1 (g c b)</p><p>⎡ ⎤⎛ ⎞⎛ ⎞⎛ ⎞⎛ ⎞+ +⎢ ⎥⎜ ⎟⎜ ⎟⎜ ⎟⎜ ⎟</p><p>⎝ ⎠⎝ ⎠⎝ ⎠⎢ ⎥⎜ ⎟ −</p><p>+ +⎢ ⎥⎛ ⎞⎜ ⎟− ⎜ ⎟⎜ ⎟⎢ ⎥⎝ ⎠⎝ ⎠⎣ ⎦</p><p>⎡ ⎤⎛ ⎞</p><p>−⎢ ⎥⎜ ⎟− + +⎝ ⎠⎣ ⎦</p><p>BDIPV = CD + 1</p><p>100</p><p>⎛ ⎞+⎜ ⎟</p><p>⎝ ⎠</p><p>2. EXERCÍCIOS</p><p>2.1. DL - DISPENSA DE LICITAÇÃO</p><p>HIPÓTESES A CONSIDERAR</p><p>Vamos considerar o Custo Direto - CD de R$ 20.000,00 e calcular o BDI correspondente a essa faixa de preço.</p><p>Como já vimos no quadro anterior, é um serviço a ser executado no prazo de 30 dias, com a utilização dos seguintes</p><p>trabalhadores: um encarregado, um pedreiro (ou carpinteiro) ou um encanador (ou eletricista)</p><p>Nº 9 ............................................................................................. 121</p><p>CAPÍTULO IX</p><p>PLANILHAS DE CÁLCULO DO BDI...................................................................................................... 125</p><p>1. PLANILHA BÁSICA DE CÁLCULO DO BDI .............................................................................................. 125</p><p>2. "CHECK-LIST" DE LEVANTAMENTO DOS CUSTOS .............................................................................. 126</p><p>2.1. CUSTO DIRETO DA OBRA .............................................................................................................. 126</p><p>2.2. COMPOSIÇÃO DO BDI .................................................................................................................... 1 32</p><p>CAPÍTULO X</p><p>EXECUÇÃO DE SERVIÇOS POR ADMINISTRAÇÃO .........................................................................137</p><p>1. REMUNERAÇÃO DE SERVIÇOS POR ADMINISTRAÇÃO..................................................................... 137</p><p>1.1. POR ADMINISTRAÇÃO CONTRATADA.......................................................................................... 137</p><p>1.2. POR ADMINISTRAÇÃO COM CUSTO REEMBOLSÁVEL MAIS A REMUNERAÇÃO .................... 1 38</p><p>1.2.1. TAXA C1, PARA FORNECIMENTO DE MÃO-DE-OBRA .................................................... 138</p><p>1.2.2. TAXA C2PARA O FORNECIMENTO DE MATERIAIS......................................................... 138</p><p>6 ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL</p><p>1.2.3. TAXA C3 PARA ALUGUEL DE EQUIPAMENTOS.............................................................. 138</p><p>1.2.4. REMUNERAÇÃO................................................................................................................ 138</p><p>1.3. SISTEMA MISTO OU ADMINISTRAÇÃO POR METAS DE PRAZOS E CUSTOS......................... 1 39</p><p>PARTE 3</p><p>REMUNERAÇÃO NA ENGENHARIA CONSULTIVA E DE PROJETOS</p><p>CAPÍTULO XI</p><p>SERVIÇOS MULTIDISCIPLINARES .................................................................................................... 143</p><p>1. SERVIÇOS MULTIDISCIPLINARES........................................................................................................ 143</p><p>1.1. INTRODUÇÃO.................................................................................................................................. 143</p><p>1.2. ESTUDOS DE PRÉ-INVESTIMENTO .............................................................................................. 143</p><p>1.3. PROJETO ......................................................................................................................................... 143</p><p>1.3.1. PROJETO CONCEITUAL ...................................................................................................144</p><p>1.3.2. PROJETO BÁSICO ............................................................................................................144</p><p>1.3.3. PROJETO EXECUTIVO...................................................................................................... 144</p><p>1.4. ASSISTÊNCIA TÉCNICA À IMPLANTAÇÃO....................................................................................144</p><p>1.5. GERENCIAMENTO DA IMPLANTAÇÃO..........................................................................................145</p><p>1.6. ASSESSORIA................................................................................................................................... 145</p><p>1.7. OUTROS SERVIÇOS .......................................................................................................................145</p><p>1.8. A SELEÇÃO DA CONSULTORA ......................................................................................................145</p><p>1.9. ELABORAÇÃO DO ORÇAMENTO PRELIMINAR - MÉTODOS.......................................................146</p><p>1.9.1. MÉTODO 1 - PERCENTUAL SOBRE O VALOR DA OBRA ...............................................146</p><p>1.9.2. MÉTODO 2 - LISTAGEM DE ATIVIDADES E QUANTIDADES DE HORAS A APLICAR ...149</p><p>1.9.3. MÉTODO 3 - CONTAGEM DOS DOCUMENTOS A SEREM PRODUZIDOS.....................160</p><p>1.9.4. MÉTODO 4 - IMPORTÂNCIA DO SERVIÇO NO EMPREENDIMENTO .............................160</p><p>1.9.5. MÉTODO 5 - PREÇO DE SERVIÇOS SEMELHANTES .....................................................161</p><p>1.9.6. MÉTODO 6 - CONTRATOS POR ADMINISTRAÇÃO.........................................................161</p><p>1.9.7. CONSIDERAÇÕES GERAIS...............................................................................................174</p><p>CAPÍTULO XII</p><p>ARQUITETURA GERAL........................................................................................................................ 183</p><p>1. INTRODUÇÃO...........................................................................................................................................183</p><p>2. OBJETIVO .................................................................................................................................................183</p><p>3. CONTEÚDO E ABRANGÊNCIA................................................................................................................183</p><p>3.1. SERVIÇOS COBERTOS...................................................................................................................183</p><p>3.2. SERVIÇOS DESCOBERTOS ...........................................................................................................183</p><p>4. DOCUMENTOS RELACIONADOS............................................................................................................184</p><p>ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL 7</p><p>5. DEFINIÇÕES............................................................................................................................................. 184</p><p>6. MODALIDADES DE REMUNERAÇÃO...................................................................................................... 184</p><p>7. TABELA BÁSICA....................................................................................................................................... 185</p><p>8. TABELA DE HONORÁRIOS...................................................................................................................... 186</p><p>9. CLASSIFICAÇÃO DAS EDIFICAÇÕES..................................................................................................... 186</p><p>9.1. HABITAÇÃO ..................................................................................................................................... 186</p><p>9.1.1. PERMANENTE.................................................................................................................... 186</p><p>9.1.2. TEMPORÁRIA ..................................................................................................................... 186</p><p>9.1.3. COLETIVA........................................................................................................................... 186</p><p>9.2. TRABALHO....................................................................................................................................... 187</p><p>9.2.1. AGROPECUÁRIA................................................................................................................ 187</p><p>9.2.2. INDÚSTRIAS ....................................................................................................................... 187</p><p>9.2.3. COMÉRCIO ......................................................................................................................... 187</p><p>9.2.4. SERVIÇOS .......................................................................................................................... 187</p><p>9.3. LAZER .............................................................................................................................................. 188</p><p>9.3.1. ESPORTE ...........................................................................................................................</p><p>e dois serventes, para</p><p>um serviço que inclui uma pequena construção ou uma reforma com instalações hidráulicas e/ou elétricas e serviços</p><p>gerais de revestimento, alvenaria e pisos.</p><p>Vamos considerar que o local da obra fica a 30 quilômetros da sede e serão utilizados trabalhadores do quadro</p><p>permanente da empresa devido a ser uma obra de curta duração.</p><p>Definidos esses dados preliminares, vamos calcular cada um dos custos indiretos.</p><p>2.1.1. EXERCÍCIO SIMULADO Nº 1</p><p>Vamos admitir uma estrutura tecnoadministrativa menor possível, no limiar da viabilidade, isto é, abaixo da qual se</p><p>pode comprometer a exeqüibilidade da obra.</p><p>Calcular antes os Custos Diretos conforme a Metodologia apresentada.</p><p>CÁLCULO DOS CUSTOS INDIRETOS</p><p>ADMINISTRAÇÃO CENTRAL</p><p>DESPESAS ESPECÍFICAS</p><p>PESSOAL</p><p>■ Engenheiro responsável - no mínimo, visita à obra na abertura junto com o fiscal da contratante, três visitas</p><p>semanais (uma por semana) e uma visita para o encerramento da obra. Total de 5 visitas, cada uma</p><p>gastando um período, ou 2,5 dias úteis, ou 1/8 do mês. Salário de engenheiro com até dois anos de</p><p>experiência a R$ 1.800.00 (ver tabela de salários).</p><p>Nessas condições, temos:</p><p>1 1</p><p>1.800,00 x 1,7627Rateio do salário + = 396,60</p><p>8</p><p>396,60custo indireto do engenheiro i = 0,01983 ou l = 1,98%</p><p>20.000,00</p><p>⎛ ⎞</p><p>⎜ ⎟</p><p>⎝ ⎠</p><p>=</p><p>102 ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL</p><p>■ Despesas de transporte</p><p>Pagamento da quilometragem: 30 km x 2 x 5 x 0,57 = R$ 171,00</p><p>RATEIO DA ADMINISTRAÇÃO CENTRAL</p><p>Vamos supor que uma empresa de porte muito pequeno fature cerca de R$ 100.000,00 por mês e execute por volta</p><p>de 4 a 5 obras simultaneamente. A menor estrutura imaginável para essa situação é ter em seu quadro de pessoal</p><p>uma secretária e um auxiliar técnico para ajudar nos orçamentos, licitações, compras, etc. O engenheiro de obra já</p><p>está computado separadamente na fiscalização da obra específica. Teremos o seguinte custeio de toda a</p><p>Administração Central.</p><p>PESSOAL</p><p>Secretária Aux.</p><p>Técnico</p><p>PRÓ-LABORE de sócios</p><p>Sócios ( 2 )</p><p>INSS:</p><p>R$ 1.202,00 x 1,7627 R$</p><p>1.108,00 x 1,7627</p><p>R$ 2.000,00 x 2 =</p><p>20,0%</p><p>2.118,76</p><p>1.953,07</p><p>4.000,00</p><p>800,00</p><p>DEMAIS DESPESAS</p><p>Aluguel (+ IPTU, Taxas, etc.)</p><p>Escritório de contabilidade (*)</p><p>Consumo (energia, água, telefone, etc.)</p><p>Despesas de escritório</p><p>800,00</p><p>400,00</p><p>450,00</p><p>100,00</p><p>TOTAL R$ 10.621,83</p><p>Como ainda não sabemos o percentual do BDI, vamos adotar o limite superior do valor do DL de R$ 30.000,00,</p><p>supondo que o valor do PV chegue a esse valor. Depois de obtido o BDI real poderemos corrigi-lo, se for o caso.</p><p>O rateio da administração central será:</p><p>10.621,83 x 30.000,00RATEIO = = 0,1593 ou 15,93%</p><p>100.000,00 x 20.000,00</p><p>Total do Custo Indireto da Administração Central será:</p><p>Cl = 1,98 + 0,85 + 15,93 = 18,76% ou i = 0,1876</p><p>OBS.: A administração local, alimentação, transporte, EPI e ferramentas estão considerados nos encargos complementares de mão-</p><p>de-obra na Planilha de Custos Diretos.</p><p>ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL 103</p><p>2 2</p><p>1 2</p><p>171,00i = = 0,0085 ou l = 0,85%</p><p>20.000,00</p><p>l l = 2,79%+</p><p>OUTRAS TAXAS</p><p>Taxa de Risco do Empreendimento:</p><p>Taxa de Custo Financeiro:</p><p>Tributos federais e municipal:</p><p>Taxa de Comercialização:</p><p>Lucro:</p><p>0,00%</p><p>3,53%</p><p>8,31%</p><p>0,00%</p><p>10,00%</p><p>RESUMO</p><p>ITEM DESCRIÇÃO PARCIAL TOTAL</p><p>1 ADMINISTRAÇÃO CENTRAL 18,04</p><p>1.1 Pessoal 1,98</p><p>1.2 Gastos Gerais 0,85</p><p>1.3 Rateio Adm. Central 15,21</p><p>2 TAXA DE RISCO 0,00 0,00</p><p>3 DESPESA FINANCEIRA 3,52 3,52</p><p>4 TRIBUTOS 8,31</p><p>4.1 PIS/COFINS 3,65</p><p>4.2 IRPJ 1,20</p><p>4.3 CSLL 1,08</p><p>4.4 CPMF 0,38</p><p>4.5 ISS 2,00</p><p>5 DESPESA COMERCIAL 0,00 0,00</p><p>6 EXPECTATIVA DE LUCRO 10,00 10,00</p><p>CÁLCULO DO BDI</p><p>Portanto,</p><p>BDI = 49,57%</p><p>O preço de venda ficará assim:</p><p>(próximo dos R$ 30.000,00 como provisoriamente estimamos)</p><p>104 ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL</p><p>18,76 3,521 + 1 +</p><p>100 100BDI = 1 x 100 = 50,49%</p><p>8,31 + 10,01 -</p><p>100</p><p>⎧ ⎫⎡ ⎤⎛ ⎞⎛ ⎞</p><p>⎪ ⎪⎜ ⎟⎜ ⎟⎢ ⎥⎪ ⎪⎝ ⎠⎝ ⎠⎢ ⎥ −⎨ ⎬</p><p>⎛ ⎞⎢ ⎥⎪ ⎪⎜ ⎟⎢ ⎥⎪ ⎪⎝ ⎠⎣ ⎦⎩ ⎭</p><p>50,49PV = 20.000,00 1 + = R$ 20.098,00</p><p>100</p><p>⎛ ⎞</p><p>⎜ ⎟</p><p>⎝ ⎠</p><p>COMENTÁRIOS</p><p>Esse resultado de 50,49% de BDl, aparentemente alto para alguns, é a expressão do resultado de um cálculo</p><p>matemático e transparente, considerando-se uma estrutura organizacional reduzida e utilizando dados de mercado.</p><p>2.1.2. EXERCÍCIO SIMULADO Nº 2</p><p>Vamos considerar agora o caso em que o próprio titular da empresa resolvesse ele mesmo fiscalizar as obras</p><p>(todas), a partir de suas próprias casas numa medida de extrema economia.</p><p>- O próprio dono da empresa executa todas as funções de contratar, fiscalizar e administrar a execução, não</p><p>só da obra em estudo como também de todas as demais que irão compor o faturamento mensal de R$</p><p>100.000,00.</p><p>- Não paga aluguel, pois trabalha em imóvel de sua propriedade ou em sua própria residência.</p><p>- Não tem funcionários e eventualmente recorre a pessoas de sua família para atender a recados, pagar</p><p>contas de fornecedores, mandar e receber correspondências.</p><p>- Gerencia as obras através do seu veículo particular, que também serve de escritório ambulante.</p><p>- O telefone central é o seu celular, onde também recebe recados.</p><p>- As compras de materiais e a contratação de pessoal para a obra são feitas pelo próprio titular, utilizando o</p><p>seu veículo de trabalho.</p><p>ADMINISTRAÇÃO CENTRAL</p><p>DESPESAS ESPECÍFICAS</p><p>Pessoal - 0,0 (não tem empregados).</p><p>Despesas gerais específicas da obra:</p><p>Transportes: Quilometragem - Visitas à obra: 5 x 30 x 2 x 0,57 = 1 71,00</p><p>Idas ao órgão contratante: 5 x 10 x 2 x 0,57 = 57,00</p><p>Compras e recrutamento: 15 x 30 x 0,57 = 256,00</p><p>Refeições fora de casa: 10 x 8,00 = 80,00</p><p>Total (R$) 564,00</p><p>RATEIO DA ADMINISTRAÇÃO CENTRAL</p><p>Pró-labore do titular 5.000,00</p><p>INSS (20,0%) 1.000,00</p><p>Condomínio, IPTU, Taxa do lixo (de sua casa) 350,00</p><p>Conta de água, energia e telefone fixo (de sua casa) 250,00</p><p>Telefone celular 350,00</p><p>Assessoria contábil 500,00</p><p>Despesas de escritório (papéis, cartório, cartuchos) 200,00</p><p>Faxineira - uma vez por semana a 30,00 120,00</p><p>Total 7.770,00</p><p>ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL 105</p><p>1 1</p><p>564,00i = = 0,0282 ou l 2,82%</p><p>20.000,00</p><p>=</p><p>OBS.:</p><p>1. Consideramos neste caso, o que não é raro nos dias de hoje, que o próprio titular obtenha o seu sustento através de um</p><p>pró-labore um pouco maior, correspondente ao rendimento do trabalho para o seu sustento e ficaria satisfeito se o resultado</p><p>do empreendimento fosse equilibrado, isto é, lucro igual a zero.</p><p>2. Os custos de refeições, transportes, EPI e ferramentas dos trabalhadores de produção da obra estão considerados nos</p><p>encargos complementares do Custo Direto.</p><p>CUSTO FINANCEIRO DO CAPITAL DE GIRO</p><p>Vamos adotar o mesmo percentual para os demais, que é igual a 3,52%.</p><p>RESUMO</p><p>DESCRIÇÃO PARCIAL TOTAL</p><p>1 Administração Central 14,47</p><p>1.1 Pessoal -</p><p>1.2 Gastos Gerais 2,82</p><p>1.3 Rateio 11,65</p><p>2 Taxa de Risco 0</p><p>3 Despesa Financeira 3,52</p><p>4 Tributos 8,31</p><p>4.1 PIS/COFINS 3,65</p><p>4.2 IRPJ 1,20</p><p>4.3 CSLL 1,08</p><p>4.4 CPMF 0,38</p><p>4.5 ISS 2,00</p><p>5 Despesa Comercial 0,00</p><p>6 Expectativa de Lucro 0,00</p><p>COMENTÁRIOS</p><p>Apesar de todos os esforços para a diminuição dos custos, o BDl chegou a esse percentual de 29,22%.</p><p>106 ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL</p><p>COMPONENTES DO BDl</p><p>3</p><p>30.000,00 x 7.770,00 x 1Rateio = = 0,1165 l = 11,65%</p><p>100.000,00 x 20.000,00</p><p>14,47 3,521 1</p><p>100 100BDI = -1 x 100 = 29,22 BDI = 29,22</p><p>8,31 01</p><p>100</p><p>29,22Então teremos: PV = 20.000,00 1+ = 25.844,00 PV = r$ 25.844,00</p><p>100</p><p>⎧ ⎫⎡ ⎤⎛ ⎞⎛ ⎞+ +⎪ ⎪⎜ ⎟⎜ ⎟⎢ ⎥⎪ ⎪⎝ ⎠⎝ ⎠⎢ ⎥⎨ ⎬+⎢ ⎥⎛ ⎞⎪ ⎪− ⎜ ⎟⎢ ⎥⎪ ⎪⎝ ⎠⎣ ⎦⎩ ⎭</p><p>⎡ ⎤</p><p>⎢ ⎥⎣ ⎦</p><p>Quais as outras alternativas para reduzir ainda mais o BDI?</p><p>Teríamos as seguintes opções:</p><p>1 - Reduzir o pró-labore - Se já não prevemos lucro no cálculo do BDI, o dono da empresa</p><p>precisa ganhar o mínimo para sobreviver. Observar que a base do pró-labore é o</p><p>faturamento de todas as</p><p>obras da empresa e não sobre essa obra específica.</p><p>2 - Não considerar o custo financeiro - Se o cliente pagar à vista, tudo bem. Mas, se o pagamento for</p><p>a prazo, tem que se considerado pelo menos o custo do capital de giro empregado, senão estará perdendo</p><p>dinheiro.</p><p>3 - Reduzir os tributos - Não é possível porque significaria sonegação fiscal.</p><p>4 - Reduzir os Custos Diretos. Para reduzir os Custos Diretos há as seguintes alternativas, porém</p><p>bastante limitadas:</p><p>- aumentar a produtividade da mão-de-obra empregada;</p><p>- negociar preços dos materiais menores do que a do mercado;</p><p>- qualidade inferior dos materiais empregados.</p><p>5 - Economizar nos Custos Indiretos. A redução excessiva dos custos da Administração Central</p><p>pode trazer mais prejuízos do que economias.</p><p>Se você não concordou com os resultados anteriores, volte ao inicial e recalcule tudo novamente dentro da</p><p>realidade da sua empresa. Assim saberá quanto vale o seu BDI para essa faixa e tipo de obra.</p><p>2.2. CARTA-CONVITE</p><p>HIPÓTESES A CONSIDERAR</p><p>Para este caso, vamos considerar a hipótese de uma obra cujo Custo Direto foi calculado em R$ 100.000,00</p><p>(inclusive, administração local, canteiro, mobilização, EPI,encargos complementares, etc), com prazo de execução</p><p>de 3 meses.</p><p>A mão-de-obra direta é constituída de um carpinteiro, um eletricista, um encanador, um pedreiro e dois auxiliares</p><p>que serão contratados no local da obra, sendo que o mestre e o auxiliar administrativo, que são funcionários de</p><p>confiança da empresa, serão transferidos da sede, porém pagos como custo direto da obra. No total são 8</p><p>funcionários fixos em regime de dedicação exclusiva.</p><p>Definidas essas hipóteses, e calculado o Custo Direto da obra, vamos passar a calcular o BDI.</p><p>2.2.1. EXERCÍCIO SIMULADO Nº 3</p><p>Vamos admitir uma estrutura técnico-administrativa pequena, suficiente para garantir um faturamento da empresa de</p><p>cerca de R$ 400.000,00 mensais e neste exercício vamos considerar uma obra localizada a 200 km, em média, da</p><p>sede da empresa.</p><p>CÁLCULO DOS CUSTOS INDIRETOS</p><p>ADMINISTRAÇÃO CENTRAL</p><p>ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL 107</p><p>DESPESAS ESPECÍFICAS</p><p>PESSOAL</p><p>Engenheiro responsável - visita à obra uma vez por quinzena, gasto de um dia por semana, incluindo a</p><p>viagem. Total de 8 viagens durante o prazo de 3 meses, incluindo abertura e encerramento da obra. Meio dia</p><p>de trabalho por semana para coordenação da obra, incluindo visitas ao órgão, fornecedores, etc.</p><p>Leis Sociais: 76,27%</p><p>Custo indireto do engenheiro: R$ 2.545,45 x 1,7627 = R$ 4.486,86</p><p>OUTRAS DESPESAS</p><p>Despesas de viagem do engenheiro</p><p>Pagamento da quilometragem R$ 0,57 x 400 x 2 x 3 = R$ 1.368,00</p><p>Pedágios R$ 48,00 x2x2x3 = R$ 576,00</p><p>Despesas com refeições do engenheiro R$ 8,00 x2x2x3 = R$ 96,00</p><p>Transporte do pessoal da sede para a obra,</p><p>uma vez por mês (ida e volta), 2 pessoas R$ 110,00 x2x3x2 = R$1.320,00</p><p>Ajuda de custo em refeições durante a viagem R$ 8,00 x2x3x2 = R$ 96,00</p><p>Total das despesas = R$ 3.456,00</p><p>RATEIO DA ADMINISTRAÇÃO CENTRAL</p><p>Para que a empresa consiga um faturamento mensal de R$ 400.000,00, vamos calcular as seguintes despesas</p><p>básicas da administração central, considerando uma estrutura de apenas 5 funcionários, abaixo da qual haverá um</p><p>comprometimento da empresa quanto a seu funcionamento administrativo e operacional.</p><p>Pessoal - Secretária R$ 1.500,00 x 1,7627 R$ 2.644,05</p><p>Eng. Júnior R$ 1.800,00 x 1,7627 R$ 3.172,86</p><p>Comprador R$ 1.200,00 x 1,7627 R$ 2.664,00</p><p>Adm. Pessoal R$ 1.200,00 x 1,7627 R$ 2.664,00</p><p>Contas a pagar e receber R$ 1.100,00 x 1,7627 R$ 2.442,00</p><p>Pró-labore de 2 sócios: R$ 5.000,00 x 2 R$ 10.000,00</p><p>INSS-20,0% R$ 2.000,00</p><p>Subtotal R$ 25.586,91</p><p>108 ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL</p><p>4.000,00Rateio do salário: x (6 + 8) = 2.545,45</p><p>22</p><p>1 1</p><p>4.486,86i = = 0,04486 ou l = 4,48%</p><p>100.000,00</p><p>2 2</p><p>3.456,00i = = 0,0345 ou l = 3,45%</p><p>100.000,00</p><p>OUTRAS DESPESAS</p><p>Assessoria de contabilidade externa R$ 1.000,00</p><p>Aluguel + IPTU + taxas + seg. de rua + etc. R$ 1.500,00</p><p>Água, energia e telefone fixo e celular R$ 1.000,00</p><p>Motoboy R$ 350,00</p><p>Despesas gerais de escritório R$ 300,00</p><p>Despesas de manutenção (comput., telef., limpeza) R$ 200,00</p><p>Vale-Transporte - pessoal do escritório R$ 501,60</p><p>Vale-Refeição - pessoal do escritório R$ 704,00</p><p>Total R$ 31.142,51</p><p>Para o cálculo do rateio da administração central, vamos supor provisoriamente que o BDI seja de 50,0%, o</p><p>que vai gerar um PV = R$ 150.000,00 (que depois iremos corrigir, se necessário). Assim, o faturamento</p><p>mensal desta obra seria de R$ 50.000,00.</p><p>Rateio da Administração Central nos 3 meses de obra:</p><p>3</p><p>31.142,51 50.000,00i = x x 3 = 0,1167 ou 11,67%</p><p>100.000,00 400.000,00</p><p>Com esses dados poderemos compor o nosso BDI.</p><p>RESUMO</p><p>COMPONENTES DO BDI</p><p>ITEM DISCRIMINAÇÃO PARCIAL TOTAL</p><p>1 Administração Central 19,60</p><p>1.1 Pessoal 4,48</p><p>1.2 Gastos Gerais 3,45</p><p>1.3 Rateio da Adm. Central 11,67</p><p>2 Taxa de Risco l,0</p><p>3 Custo Financeiro 3,52</p><p>4 Tributos 8,31</p><p>5 Taxa de Comercialização 2,00</p><p>6 Lucro 10,00</p><p>CÁLCULO DO BDI</p><p>Assim, o novo valor de venda passaria a ser de R$ 156.900,00.</p><p>ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL 109</p><p>(1+0,1960)(1+0,01)(1+0,0352)Por tan to : BDI = 1 x 100 = 56,90%</p><p>1 (0,0831 0,02 0,10</p><p>BDIPV = CD x 1 PV = R$ 100.000,00 (1+0,5690) = R$ 156.900,00</p><p>100</p><p>⎡ ⎤⎛ ⎞</p><p>−⎢ ⎥⎜ ⎟− + +⎝ ⎠⎣ ⎦</p><p>⎛ ⎞+⎜ ⎟</p><p>⎝ ⎠</p><p>110</p><p>Digamos que o BDI de 56,90% possa ser considerado elevado apesar da estrutura administrativa ser pequena.</p><p>Então, vamos refazer todos os cálculos feitos anteriormente, reavaliar os custos item por item, mantendo os gastos</p><p>obrigatórios e retirando os dispensáveis, de modo que a nova estrutura fique no limite da exeqüibilidade abaixo do</p><p>qual pode comprometer a qualidade da execução.</p><p>2.2.2. EXERCÍCIO SIMULADO Nº 4</p><p>Na hipótese anterior, consideramos uma obra distante de 200 km da sede da empresa que pode estar em São Paulo</p><p>ou em qualquer outra localidade no Estado, ou vice-versa. Nesta quarta hipótese, vamos considerar que a obra fica a</p><p>apenas 30 km da sede da empresa, sede esta que pode estar em qualquer parte do Estado.</p><p>ADMINISTRAÇÃO CENTRAL</p><p>DESPESAS ESPECÍFICAS</p><p>PESSOAL</p><p>Engenheiro responsável - visita à obra uma vez por semana, gasto de um dia por semana, incluindo visitas ao</p><p>órgão contratante, feitura de medições, contatos com fornecedores e coordenação geral à obra do escritório</p><p>central.</p><p>Leis Sociais: 76,27%</p><p>Custo do engenheiro: R$ 2.181,81 x 1,7627= R$ 3.845,89</p><p>OUTRAS DESPESAS</p><p>Despesas de transporte do engenheiro</p><p>Pagamento da quilometragem R$ 0,57 x 80 x 4 x 3 = R$ 547,20</p><p>Despesas com refeições do engenheiro R$ 8,00 x 4 x 3 = R$ 96,00</p><p>Total das despesas = R$ 643,20</p><p>2 2</p><p>643,20l = = 0,0064 ou l = 0,64%</p><p>100.000,00</p><p>RATEIO DA ADMINISTRAÇÃO CENTRAL</p><p>Consideramos um faturamento mensal da empresa de R$ 200.000,00.</p><p>ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL</p><p>4.000,00Rateio do seu salário: x 4 x 3 = 2.181,81</p><p>22</p><p>1 1</p><p>3.845,89i = = 0,0384 ou l = 3,84%</p><p>100.000,00</p><p>Vamos considerar as seguintes despesas básicas da administração central:</p><p>PESSOAL</p><p>Secretária R$ 1.000,00 x 1,7627 2.762,70</p><p>Eng. Júnior R$ 1.800,00 x 1,7627 3.172,86</p><p>Comprador R$ 1.200,00 x 1,7627 2.11 5,24</p><p>Adm. Pessoal R$ 1.000,00 x 1,7627 1.762,70</p><p>Contas a pagar e receber 1.100,00 x 1,7627 1.938,97</p><p>Assessoria de contabilidade externa 800,00</p><p>Aluguel + IPTU + taxas + seg. de rua + etc. 1.500,00</p><p>Água, energia e telefone fixo e celular 1.000,00</p><p>Motoboy 350,00</p><p>Despesas gerais de escritório 300,00</p><p>Despesas de manutenção (comput., telef., limpeza) 500,00</p><p>Subtotal 15.702,47</p><p>Vale-Transporte - pessoal do escritório 501,60</p><p>Vale-Refeição - pessoal do escritório 704,00</p><p>Subtotal 16.908,07</p><p>Pró-labore de sócios-diretores R$4.000,00 x 2 8.000,00</p><p>INSS -20,0% 1.600,00</p><p>Total R$ 24.908,07</p><p>Taxa de Rateio da Administração Central nos 3 meses de obra:</p><p>3 3</p><p>24.908,07 50.000,00i</p><p>= x x 3 = 0,0934 ou l = 9,34%</p><p>100.000,00 400.000,00</p><p>RESUMO</p><p>COMPONENTES DO BDI</p><p>CÁLCULO DO BDI</p><p>ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL 111</p><p>DISCRIMINAÇÃO PARCIAL TOTAL</p><p>1. Administração Central 13,82</p><p>1.1 Pessoal 3,84</p><p>1.2 Gastos Gerais 0,64</p><p>1.3 Rateio da Adm. Central 9,34</p><p>2 Taxa de Risco 0,0</p><p>3 Custo Financeiro 0,0</p><p>4 Tributos 8,31</p><p>5 Taxa de Comercialização 0,0</p><p>6 Lucro (Benefício) 10,0</p><p>1+0,1382BDI = 1 x 100 = 39,33 BDI = 39,33%</p><p>1 (0,0831 0,10</p><p>⎡ ⎤⎛ ⎞</p><p>−⎢ ⎥⎜ ⎟− +⎝ ⎠⎣ ⎦</p><p>Portanto, teremos:</p><p>Assim, o novo valor de venda passaria a ser de R$ 139.330,00.</p><p>2.2.3. EXERCÍCIO SIMULADO Nº 5</p><p>Mantendo-se todos os dados do EXERCÍCIO Nº 4, pois consideramos que a estrutura já se encontra no limiar da</p><p>exeqüibilidade e os tributos são os estabelecidos em lei, o último parâmetro que sobra é o Lucro.</p><p>Se considerarmos o Lucro = 0 (zero), o que seria um absurdo, pois as empresas são atividades econômicas cujo</p><p>objetivo é o lucro, assim mesmo teríamos o seguinte BDI:</p><p>1,1382BDI = 1 x 100 = 24,13% portanto, BDI = 24,13</p><p>1-0,0831</p><p>⎡ ⎤⎛ ⎞ −⎢ ⎥⎜ ⎟</p><p>⎝ ⎠⎣ ⎦</p><p>Observar que mesmo com a nova metodologia, as despesas com refeições, transportes, EPI, FM, Administração</p><p>Central, Canteiro de Obras, etc. estão computadas nos Custos Diretos. Caso essas despesas sejam consideradas</p><p>Custos Indiretos, como ainda alguns as consideram, o BDI resultante seria bem maior.</p><p>Se você não concorda com os resultados do BDI obtidos, volte ao início e recalcule-os cuidadosamente,</p><p>utilizando dados reais de sua empresa ou do mercado.</p><p>2.3. TP - TOMADA DE PREÇOS</p><p>HIPÓTESES A CONSIDERAR</p><p>A Lei de Licitações estabelece como limite de Tomada de Preços o valor de R$ 1.500.00,00. Consideremos o Custo</p><p>Direto em R$ 1.000,000,00 e vamos calcular o BDI para saber se passa ou não desse limite.</p><p>Usando os mesmos parâmetros anteriores de utilização de mão-de-obra, teríamos neste caso em média cerca de 20</p><p>operários na produção, distribuídos de acordo com os tipos de serviço e executado no prazo de 10 meses.</p><p>Lembrar que, na nova conceituação do BDI, as despesas de alimentação, transportes, EPI e FM são encargos</p><p>complementares de mão-de-obra e os custos de canteiro de obras, administração local e mobilização e</p><p>desmobilização devem fazer parte da planilha de custos diretos e não na composição do BDI.</p><p>Definidas essas principais hipóteses, vamos calcular o BDI:</p><p>2.3.1. EXERCÍCIO SIMULADO Nº 6</p><p>As obras a serem construídas podem estar em qualquer parte do Estado, cuja distância pode chegar a 800 km. Para</p><p>o nosso exercício, vamos adotar uma distância média de 400 km da sede à obra ou vice-versa, pois muitas das</p><p>empresas participantes estão sediadas em diferentes municípios do interior.</p><p>112 ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL</p><p>39,33PV = 100.000,00 x 1+ PV = R$ 139.330,00</p><p>100</p><p>⎡ ⎤</p><p>⎢ ⎥⎣ ⎦</p><p>CÁLCULO DOS CUSTOS INDIRETOS</p><p>ADMINISTRAÇÃO CENTRAL</p><p>DESPESAS ESPECÍFICAS</p><p>PESSOAL</p><p>■ Engenheiro Coordenador - visita à obra na abertura e no encerramento e a cada 30 dias, durante</p><p>os 10 meses. Permanência de um dia na obra mais um dia de viagem. Hospedagem de um dia</p><p>no local mais refeições. Um dia por mês no relacionamento com o órgão (projetos, medições,</p><p>pagamentos, etc), três dias por mês na coordenação do apoio técnico e logístico da obra.</p><p>1 1</p><p>6.000,00 x 6 x 10Rateio do salário: i = x 1,7627 = 0,0288 ou l = 2,88%</p><p>1.000.000,00</p><p>OUTRAS DESPESAS</p><p>Despesas do engenheiro</p><p>Quilometragem (2 x 400) x 12 x 0,57= R$ 5.472,00</p><p>Hospedagem do engenheiro 2 x 12 x 50,00 = R$ 1.200,00</p><p>Refeições: 7 x 8,00 x 12 = R$ 672,00</p><p>Pedágios: 2 x 60,00 x 12 = R$1.680,00</p><p>Despesas com o transporte e refeições do pessoal de apoio:</p><p>Mestre, encarregado administrativo e pessoal, do quadro permanente da empresa indo e voltando</p><p>para casa, uma vez por mês.</p><p>Transporte em ônibus: 3 x 2 x 90,00 x 10 = R$ 5.400,00</p><p>Ajuda de refeições durante a viagem: 3 x 2 x 8,00 x 10 = R$ 480,00</p><p>Total de outras despesas = R$ 14.904,00</p><p>OBS.: Não estão computadas aqui eventuais viagens do supervisor administrativo, do comprador ou do pessoal da área de</p><p>apoio técnico à obra.</p><p>RATEIO DA ADMINISTRAÇÃO CENTRAL.</p><p>Vamos considerar que a empresa fature cerca de R$ 1.000.000,00 por mês.</p><p>Para uma obra de R$ 1.500.000,00 a ser executada em 10 meses, o faturamento médio mensal seria de</p><p>R$ 150.000,00.</p><p>Vamos considerar a seguinte estrutura básica da administração central e os seus respectivos custos mensais:</p><p>ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL 113</p><p>2 2</p><p>14.904,00i = = 0,0149 ou l = 1,49%</p><p>1.000.000,00</p><p>PESSOAL</p><p>Engenheiro Responsável da empresa: 8.000,00</p><p>Engenheiro de planej. e apoio técnico: 5.000,00</p><p>Gerente Comercial 5.000,00</p><p>Orçamentista 3.000,00</p><p>Gerente Administrativo: 3.000,00</p><p>Secretária 2.000,00</p><p>Recepcionista/telefonista 1.000,00</p><p>Comprador 3.000,00</p><p>Encarregado do pessoal: 2.000,00</p><p>Contas a pagar e a receber: 1.500,00</p><p>Auxiliar de escritório 900,00</p><p>Motorista de serviços gerais 900,00</p><p>Porteiro/vigilante (2) 1.600,00</p><p>Digitador 750,00</p><p>Boy: 400,00</p><p>Subtotal 38.050,00</p><p>Leis Sociais 76,27% 29.020,73</p><p>Subtotal</p><p>Pró-labore (2 diretores) 2 x 8.000,00 1 6.000,00</p><p>INSS 20,00% 3.200,00</p><p>TOTAL 86.270,73</p><p>OUTRAS DESPESAS</p><p>Aluguel + IPTU + taxas + seg. de rua + etc. 2.500,00</p><p>Assessoria de contabilidade externa 1.500,00</p><p>Água, energia e telefone fixo e celular 1.000,00</p><p>Motoboy 350,00</p><p>Despesas gerais de escritório 500,00</p><p>Despesas de manutenção (comput., telef., limpeza) 200,00</p><p>Subtotal 6.050,00</p><p>Vale-Transporte - pessoal do escritório 1.408,00</p><p>Vale-Refeição - pessoal do escritório 2.81 6,00</p><p>TOTAL 10.274,00</p><p>TOTAL GERAL: Pessoal e Despesas 96.544,73</p><p>RATEIO DA ADMINISTRAÇÃO CENTRAL</p><p>3 1</p><p>96.544,73 x 150.000,00 x 10i = 0,1448 ou l = 14,48%</p><p>1.000.000,00 x 1.000.000,00</p><p>=</p><p>114 ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL</p><p>RESUMO</p><p>COMPONENTES DO BDI</p><p>DISCRIMINAÇÃO PARCIAL TOTAL</p><p>1 Administração Central 18,85</p><p>1.1 Pessoal 2,88</p><p>1.2 Castos Gerais 1,49</p><p>1.3 Rateio 14,48</p><p>2 Taxa de Risco 2,0</p><p>3 Custo financeiro 3,52</p><p>4 Tributos 8,31</p><p>5 Taxa de Comercialização 2,0</p><p>6 Lucro 10,00</p><p>CÁLCULO DO BDI</p><p>Portanto: BDI = 57,47%</p><p>2.3.2. EXERCÍCIO SIMULADO Nº 7</p><p>Vamos agora considerar uma situação onde o local da obra se encontra numa distância a menos de 30 km da sede</p><p>da empresa com a máxima redução de despesas. Vamos admitir que a empresa recebeu um projeto executivo</p><p>completo e detalhado (e, portanto, sem risco do empreendedor). Pagamento à vista e despesa de comercialização</p><p>desprezível.</p><p>ADMINISTRAÇÃO CENTRAL</p><p>DESPESAS ESPECÍFICAS</p><p>PESSOAL</p><p>Engenheiro Coordenador - 5 dias por mês dedicados exclusivamente à obra, incluindo visita à obra junto</p><p>com a fiscalização, no relacionamento com o órgão (projetos, medições, pagamentos, etc.) e três dias por</p><p>mês na coordenação do apoio técnico e logístico da obra.</p><p>ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL 115</p><p>(1+0,1885)(1+0,02)(1+0,0352)BDI = 1 x 100,00 = 57,47%</p><p>1-(0,0831+0,02+0,10</p><p>⎡ ⎤⎛ ⎞</p><p>−⎢ ⎥⎜ ⎟</p><p>⎝ ⎠⎣ ⎦</p><p>1 1</p><p>6.000,00 x 5 x 10Rateio do salário: i = x 1,7627 = 0,0232 ou l = 2,32%</p><p>1.000.000,00 x 22</p><p>OUTRAS DESPESAS</p><p>Despesas do engenheiro</p><p>Quilometragem (2 x 30 x 8) x 14 x 0,57= R$3.830,40</p><p>Refeições 8 x 8,00 x 12 = R$ 768,00</p><p>Despesas com o transporte e refeições do pessoal de apoio: incluído no Custo Direto</p><p>Total de outras despesas = R$ 4.598,40</p><p>OBS.: Não estão computadas aqui eventuais viagens do supervisor administrativo, do comprador ou do pessoal da área de</p><p>apoio técnico à obra.</p><p>2 2</p><p>4.598,40i = = 0,00459 ou l = 0,459%</p><p>1.000.000,00</p><p>RATEIO DA ADMINISTRAÇÃO CENTRAL</p><p>Vamos considerar que a empresa fature cerca de R$ 500.000,00 por mês.</p><p>Para uma obra de R$ 1.500.000,00 a ser executada em um ano, o faturamento médio mensal seria de</p><p>R$ 125.000,00.</p><p>Vamos reduzir a estrutura básica da administração central adotada no exercício anterior</p><p>com os seus respectivos</p><p>custos mensais:</p><p>PESSOAL</p><p>Engenheiro Responsável da empresa: 8.000,00</p><p>Gerente Comercial 5.000,00</p><p>Orçamentista 3.000,00</p><p>Gerente Administrativo: 3.000,00</p><p>Secretária 2.000,00</p><p>Recepcionista/telefonista 1.000,00</p><p>Comprador 3.000,00</p><p>Encarregado do pessoal 2.000,00</p><p>Contas a pagar e a receber: 1.500,00</p><p>Porteiro/vigilante (2) 1.600,00</p><p>Digitador 750,00</p><p>Boy 400,00</p><p>Subtotal 31.250,00</p><p>Leis Sociais 76,27% 23.834,37</p><p>Subtotal 55.084,37</p><p>Pró-labore (2 diretores) 2 x 8.000,00 16.000,00</p><p>INSS 20,00% 3.200,00</p><p>TOTAL 74.284,37</p><p>116 ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL</p><p>OUTRAS DESPESAS</p><p>Aluguel + IPTU+ taxas + seg. de rua + etc. 2.500,00</p><p>Assessoria de contabilidade externa 1.500,00</p><p>Água, energia e telefone fixo e celular 1.000,00</p><p>Motoboy 350,00</p><p>Despesas gerais de escritório 500,00</p><p>Despesas de manutenção (comput., telef., limpeza) 200,00</p><p>Subtotal 6.050,00</p><p>Vale-Transporte - pessoal do escritório 1.408,00</p><p>Vale-Refeição - pessoal do escritório 2.816,00</p><p>TOTAL 10.274,00</p><p>TOTAL GERAL: Pessoal e Despesas 84.558,37</p><p>RATEIO DA ADMINISTRAÇÃO CENTRAL</p><p>3 3</p><p>84.558,37 x 150.000,00 x 10i = 0,1268 ou l = 12,68</p><p>1.000.000,00 x 1.000.000,00</p><p>RESUMO</p><p>COMPONENTES DO BDI</p><p>DISCRIMINAÇÃO PARCIAL TOTAL</p><p>1 Administração Central 15,45</p><p>1.1 Pessoal 2,32</p><p>1.2 Gastos Gerais 0,45</p><p>1.3 Rateio 12,68</p><p>2 Taxa de Risco 0,00</p><p>3 Custo financeiro 0,00</p><p>4 Tributos 8,31</p><p>5 Taxa de Comercialização 0,00</p><p>6 Lucro 10,00</p><p>CÁLCULO DO BDI</p><p>(1+0,1545BDI = 1 x 100,00 = 41,32%</p><p>1 (0,0831 0,10</p><p>⎡ ⎤⎛ ⎞</p><p>−⎢ ⎥⎜ ⎟− +⎝ ⎠⎣ ⎦</p><p>Portanto: BDI = 41,32 %</p><p>■■ 2.4. CONCORRÊNCIA</p><p>HIPÓTESES A CONSIDERAR</p><p>A Lei de Licitações estabelece o valor de R$ 1.500.00,00 como limite de Tomada de Preços. Acima desse</p><p>valor passa a ser concorrência qualquer que seja o valor da licitação. Para os nossos exercícios</p><p>ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL 117</p><p>vamos considerar que o Custo Direto foi calculado em R$ 10.000,000,00, no qual estão incluídos os encargos</p><p>complementares de mão-de-obra, custos da administração local, canteiro de obra, mobilização e desmobilização,</p><p>conforme a Metodologia apresentada.</p><p>Usando os mesmos parâmetros anteriores de utilização de mão-de-obra, teríamos neste caso em média cerca de 80</p><p>operários na produção, distribuídos conforme os tipos de serviço e executados no prazo de 24 meses.</p><p>Definidas essas principais hipóteses vamos calcular o BDI:</p><p>2.4.1. EXERCÍCIO SIMULADO Nº 8</p><p>As obras a serem construídas podem estar em qualquer parte do Estado, cuja distância pode chegar à 800 Km. Para</p><p>o nosso estudo, vamos adotar uma distância média de 400 Km da sede à obra ou vice versa, pois muitas das</p><p>empresas participantes estão sediadas em diferentes municípios do interior.</p><p>CÁLCULO DOS CUSTOS INDIRETOS</p><p>ADMINISTRAÇÃO CENTRAL</p><p>DESPESAS ESPECÍFICAS</p><p>PESSOAL</p><p>Numa obra desse porte torna-se imprescindível ter um Engenheiro Coordenador em tempo integral (não é o</p><p>Engenheiro Residente da obra), que além de cuidar do apoio técnico e administrativo, precisa manter as relações</p><p>gerenciais e comerciais com o cliente, geralmente estabelecido na Capital do Estado e, quando não, a uma grande</p><p>distância da sede central da empresa prestadora de serviços.</p><p>Geralmente esse Engenheiro Coordenador tem que fazer pelo menos uma visita por semana para acompanhar o</p><p>progresso da obra e realizar reuniões com o Engenheiro Residente e outros auxiliares para tomar as providências</p><p>necessárias ao seu bom andamento, além de atender à fiscalização da obra.</p><p>■ Engenheiro Coordenador - visita à obra na abertura e no encerramento e a cada 7 dias, durante os 24</p><p>meses. Permanência de um dia na obra mais um dia de viagem. Hospedagem de um dia no local, mais</p><p>refeições. Demais dias no relacionamento com o órgão (projetos, medições, pagamentos, etc.) e na</p><p>coordenação de apoio técnico e logístico da obra.</p><p>Salário mensal de R$ 10.000,00, mais Leis Sociais.</p><p>1 1</p><p>10.000 x 24Rateio do salário: i = x 1,7627 = 0,0423 ou l = 4,23</p><p>10.000.000,00</p><p>OUTRAS DESPESAS</p><p>Despesas do engenheiro</p><p>Quilometragem 2 x 400 x 4 x 24 x 0,57= R$ 43.776,00</p><p>Hospedagem do engenheiro 4 x 24 x 50,00 = R$ 4.800,00</p><p>Refeições 2 x 4 +1 8 x 24 x 8,00 = R$ 4.992,00</p><p>Pedágios 4 x 60,00 x 24 = R$ 5.760,00</p><p>118 ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL</p><p>Despesas com o transporte e refeições do pessoal de apoio:</p><p>Mestre, encarregado administrativo e de pessoal, do quadro permanente da empresa indo e voltando para casa,</p><p>uma vez por mês.</p><p>Transporte em ônibus 3 x 2 x 90,00 x 24 = R$ 12.960,00</p><p>Ajuda de refeições durante a viagem 3 x 2 x 8,00 x 24 = R$ 1.152,00</p><p>Total de outras despesas = R$ 73.440,00</p><p>065.: Não estão computadas aqui eventuais viagens do supervisor administrativo, do comprador ou do pessoal da área de</p><p>apoio técnico à obra.</p><p>RATEIO DA ADMINISTRAÇÃO CENTRAL</p><p>Vamos considerar uma empresa que fature cerca de R$ 5.000.000,00 por mês.</p><p>Para uma obra de R$ 15.000.000,00 (supondo-se um BDI de 50%) a ser executada em dois anos, o faturamento médio</p><p>mensal seria de R$ 625.000,00.</p><p>Vamos considerar a seguinte estrutura básica da administração central e os seus respectivos custos mensais:</p><p>PESSOAL</p><p>Engenheiro Responsável da empresa: R$ 10.000,00</p><p>Engenheiro de planej. e apoio técnico: 8.000,00</p><p>Engenheiro Sênior 5.000,00</p><p>Engenheiro Júnior 3.000,00</p><p>Gerente Comercial 8.000,00</p><p>Assistente Comercial 3.000,00</p><p>Orçamentista 5.000,00</p><p>Auxiliar de Orçamentos 2.000,00</p><p>Gerente Administrativo: 5.000,00</p><p>Secretária 2.500,00</p><p>Recepcionista/telefonista 1.000,00</p><p>Comprador 4.000,00</p><p>Assistente de Compras 2.000,00</p><p>Auxiliar de Compras 1.000,00</p><p>Encarregado do pessoal: 4.000,00</p><p>Auxiliar de pessoal 1.000,00</p><p>Contas a pagar e a receber: 2.500,00</p><p>Auxiliar de escritório (3) 2.700,00</p><p>Motorista de serviços gerais 900,00</p><p>Porteiro/vigilante (3) 2.400,00</p><p>Digitador (2) 1.500,00</p><p>Boy 400,00</p><p>Subtotal 75.900,00</p><p>ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL 119</p><p>2 2</p><p>73.440,00i = = 0,007344 ou l = 0,73%</p><p>10.000.000,00</p><p>Leis Sociais 76,27% 57.888,93</p><p>Subtotal</p><p>Pró-labore (2 diretores) 20.000,00</p><p>INSS 20,00% 4.000,00</p><p>TOTAL 157.788,93</p><p>OUTRAS DESPESAS</p><p>Aluguel do escritório central 5.000,00</p><p>Aluguel - Depósito/Almoxarifado/oficina 8.000,00</p><p>IPTU/taxas diversas 1.500,00</p><p>Energia Elétrica 2.000,00</p><p>Água encanada 500,00</p><p>Telefone fixo 3.000,00</p><p>Telefone celular 2.000,00</p><p>Material de escritório/impressos 1.500,00</p><p>Material de higiene e limpeza 800,00</p><p>Água potável 300,00</p><p>Segurança patrimonial 500,00</p><p>Assessoria contábil (terceirizada) 4.000,00</p><p>Manutenção de veículos 3.000,00</p><p>Combustível 5.000,00</p><p>IPVA/licenciamento/seguros/ 6.000,00</p><p>Refeições (26 pessoas) 4.576,00</p><p>Transportes 2.288,00</p><p>TOTAL 49.964,00</p><p>TOTAL (Pessoal + despesas gerais) = R$ 207.752,00/mês</p><p>Cálculo do rateio da administração central</p><p>Outras taxas envolvidas:</p><p>TAXA DE RISCO = 2,0%;</p><p>CUSTO FINANCEIRO = 3,52%;</p><p>TRIBUTOS = 8,31%;</p><p>TAXA DE COMERCIALIZAÇÃO = 2,0%;</p><p>LUCRO = 10,0%.</p><p>120 ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL</p><p>207.752,00 x 625.000,00 x 24RATEIO = x 100 = 6,22%</p><p>5.000.000,00 x 10.000.000,00</p><p>RESUMO</p><p>COMPONENTES DO BDI</p><p>DISCRIMINAÇÃO PARCIAL TOTAL</p><p>1 Administração Centra I 11,18</p><p>1.1 Pessoal 4,23</p><p>1.2 Gastos Gerais 0,73</p><p>I.3 Rateio 6,22</p><p>2 Taxa de risco 2,00</p><p>3 Despesa financeira 3,52</p><p>4 Tributos 8,31</p><p>5 Taxa comercial 2,00</p><p>6 Lucro 10,00</p><p>CÁLCULO DO BDI</p><p>2.4.2. EXERCÍCIO SIMULADO Nº 9</p><p>Vamos considerar uma obra a 30 km da sede da empresa, como nos outros casos anteriores. Vamos</p><p>também supor que a empresa recebeu um projeto executivo completo e que a medição será feita por</p><p>preços unitários. Nestas condições o risco do empreendimento poderá ser considerado igual a zero. O</p><p>prazo de pagamento será de 7 dias após a aprovação da medição e, portanto, considerado à vista.</p><p>CÁLCULO DOS CUSTOS INDIRETOS</p><p>ADMINISTRAÇÃO CENTRAL</p><p>PESSOAL</p><p>Neste caso, como o Engenheiro Coordenador não precisa viajar para</p><p>longe, vamos considerar que</p><p>apenas 3/5 do seu tempo é gasto para desempenhar as várias funções que lhe cabem.</p><p>1 1</p><p>10.000,00 x 3 x 24RATEIO i = x1,7627 = 0,0144 ou l = 1,44%</p><p>10.000.000,00 x 5</p><p>OUTRAS DESPESAS</p><p>Também não terá despesas com hotéis, pedágios e viagens dos mestres e encarregados do quadro</p><p>permanente da empresa.</p><p>ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL 121</p><p>(1+0,1118)(1+0,02)(1+0,0352BDI = 1 x 100 = 47,30%</p><p>1 (0,0831 0,02 0,10</p><p>⎡ ⎤⎛ ⎞</p><p>−⎢ ⎥⎜ ⎟− + +⎝ ⎠⎣ ⎦</p><p>Transporte do engenheiro (quilometragem) 2 x 30 x 12 x 24 x 0,57 = R$ 9.849,60</p><p>Refeições (almoço) 3 x 12 x 24 x 8,00 = R$ 6.912,00</p><p>2 2</p><p>16.761,60i = = 0,00167 ou l = 0,167%</p><p>10.000.000,00</p><p>Custo Indireto: I = I1 + l2 = 1,607 %</p><p>RATEIO DA ADMINISTRAÇÃO CENTRAL</p><p>Vamos considerar o mesmo índice do exercício anterior, isto é, 6,22%.</p><p>Assim, finalmente temos a seguinte situação:</p><p>COMPONENTES DO BDI</p><p>DISCRIMINAÇÃO PARCIAL TOTAL</p><p>1 Administração Central 7,82</p><p>1.1 Pessoal 1,44</p><p>1.2 Gastos Gerais 0,16</p><p>1.3 Rateio da Adm. Central 6,22</p><p>2 Taxa de Risco 0,00</p><p>3 Custo Financeiro (),()()</p><p>4 Tributos 8,31</p><p>5 Taxa de Comercialização 2,00</p><p>6 Lucro 10,00</p><p>CÁLCULO DO BDI</p><p>(1+0,0782BDI = 1 x 100 = 35,29</p><p>1 (0,0831 0,02 0,10</p><p>⎡ ⎤⎛ ⎞</p><p>−⎢ ⎥⎜ ⎟− + +⎝ ⎠⎣ ⎦</p><p>Portanto: BDI = 35,29%</p><p>CONSIDERAÇÕES FINAIS</p><p>a) A rigor, deve ser calculado o BDI para cada obra específica segundo Metodologia apresentada. Portanto,</p><p>não deve ser estabelecido por critérios subjetivos ou políticos.</p><p>b) Na administração pública, sendo difícil calcular previamente o BDI para cada obra/licitação, sugere-se</p><p>definir um padrão para cada nível de contratação (DL, Convite, TP, Concorrência) e calculá-lo tecnicamente</p><p>para obter o orçamento estimativo.</p><p>c) A distância da sede à obra tem uma influência significativa na taxa do BDI e, conseqüentemente, no preço</p><p>de venda.</p><p>d) O prazo da obra influi decisivamente na taxa do BDI. Se atrasar o prazo inicial, os custos aumentam e</p><p>pode-se sofrer prejuízo. Ao contrário, se a obra é feita no prazo menor do que o previsto, os ganhos são</p><p>maiores.</p><p>122 ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL</p><p>e) A redução dos custos administrativos e operacionais tem um limite, abaixo do qual, ao invés de representar</p><p>economia, passa a ser improdutivo, acarretando prejuízos para ambos os lados.</p><p>f) A insuficiência das taxas dos tributos na composição do BDI pode gerar a desclassificação do licitante.</p><p>g) A não-consideração dos custos relacionados aos Encargos Complementares, que são obrigatórios, pode</p><p>gerar motivos justos para a interposição de recursos ou medidas judiciais, ou mesmo a desclassificação do</p><p>licitante.</p><p>ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL 123</p><p>PLANILHAS DE CÁLCULO DO</p><p>BDI</p><p>1. PLANILHA BÁSICA DE CÁLCULO DO BDI</p><p>ORÇAMENTO Nº CONSTRUTORA FECHAMENTO DO BDI</p><p>OBRA: Nº</p><p>DADOS E CARACTERÍSTICAS BÁSICAS</p><p>Cliente</p><p>Responsável</p><p>Tipo de</p><p>obra</p><p>Endereço Local</p><p>Tipo de contrato Área</p><p>Cond. Pagamento Prazo</p><p>Reajustamento Início</p><p>ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL</p><p>125</p><p>1. CUSTOS DIRETOS -CD</p><p>ITEM | CÓDIGO SERVIÇOS | QUANT. UN PR. UNIT. | PARCIAL | TOTAL</p><p>EM PLANILHA À PARTE, CALCULAR OS CUSTOS DIRETOS</p><p>TOTAL DOS CUSTOS DIRETOS. CD CD = R$</p><p>2. CUSTOS INDIRETOS - Cl</p><p>Custos Indiretos que incidem sobre os Custos Diretos. CD</p><p>ITEM NOME DESCRIÇÃO CUSTO R$ CI/CD</p><p>2.1 l1 Custo específico da Administração Central</p><p>2.2 l2 Rateio da Administração Central</p><p>2.3 r Taxa de risco da obra</p><p>2.4 f Custo financeiro</p><p>Outras</p><p>3. BENEFÍCIO</p><p>Custos Indiretos que incidem sobre o Preço de Venda. PV</p><p>ITEM NOME DESCRIÇÃO TAXA/100 %</p><p>3.1 B Benefício</p><p>3.2 T ISS</p><p>3.3 g Impostos federais</p><p>3.4 u Despesas comerciais</p><p>Outras</p><p>Tabela de referência Licitação Orçamentista: Aprovado:</p><p>Data: / / Data: / / Data: / / Data: / /</p><p>1 2</p><p>CÁLCULO DO BDI e PV</p><p>Fórmulas</p><p>l = l l</p><p>(1+l)(1+r)(1+f)b = - 1</p><p>1 (t + g + u + B)</p><p>BDI = 100 x b</p><p>BDIPV = CD 1+</p><p>100</p><p>PV = R$ _________</p><p>+</p><p>−</p><p>⎡ ⎤</p><p>⎢ ⎥⎣ ⎦</p><p>2. "CHECK-LIST" DE LEVANTAMENTO DOS CUSTOS</p><p>Planilhas auxiliares para a identificação dos componentes que integram os custos diretos e indiretos da obra.</p><p>■■ 2.1. CUSTO DIRETO DA OBRA</p><p>Os quadros seguintes de 1 a 14 devem ser identificados com anotação na coluna "x" para saber quais os itens que</p><p>têm de ser considerados e preenchidos adequadamente para a elaboração da Planilha de Custos Diretos.</p><p>Da mesma maneira os quadros entre 15 e 22 devem ser preenchidos para identificar os itens que têm de ser</p><p>considerados na composição do BDI.</p><p>Este procedimento é importante para não ser necessário lembrar de memória todos os custos que precisam ser</p><p>considerados na elaboração de um orçamento completo.</p><p>PROJETOS</p><p>ITEM DESCRIÇÃO "x" CUSTO DOS SERVIÇOS R$</p><p>HONORÁRIOS ART TAXAS CÓPIAS</p><p>1.1 Estudo de viabilidade</p><p>1.2 Levantamento topográfico</p><p>1.3 Estudo de impacto ambiental</p><p>1.4 Anteprojeto arquitetônico</p><p>1.5 Projeto de terraplenagem</p><p>1.6 Sondagem</p><p>1.7 Projeto de fundações</p><p>1.8 Projeto de arquitetura</p><p>1.9 Projeto estrutural</p><p>1.10 Projeto de hidráulica</p><p>1.11 Projeto de elétrica</p><p>1.12 Projeto de drenagem</p><p>1.13 Proj. de combate a incêndio</p><p>1.14 Projeto de segurança elétron.</p><p>1.15 Projeto de pavimentação</p><p>1.16 Projeto de paisagismo</p><p>1.17 "As-built"</p><p>Outros projetos não especificados</p><p>TOTAL R$</p><p>126 ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL</p><p>MATERIAIS</p><p>ITEM DESCRIÇÃO "x" QUANT. UN PR.UNIT. PARCIAL TOTAL</p><p>2.1 Areia M3</p><p>2.2 Pedra britada M3</p><p>2.3 Cimento Sc</p><p>2.4 Aço CA-50 Kg</p><p>2.5 Tábua 1 "x 12" Ml</p><p>2.6 Pontaletes de madeira Ml</p><p>2.7 Tijolos U</p><p>2.8 Esquadria de ferro 1,5 x 2,5 U</p><p>2.9 Porta de madeira 0,80 x 2,10 U</p><p>2.10 Fio de cobre 1,5 mm ml</p><p>2.11 ETC.</p><p>Fazer a cotação de todos os demais materiais a serem utilizados.</p><p>PESSOAL</p><p>ENCARGOS SOCIAIS - HORISTAS</p><p>ITEM DESCRIÇÃO BÁSICO SUGERIDO ADOTADO</p><p>"A" ENCARGOS BÁSICOS 20,00</p><p>A1 Previdência Social 20,00 20,00</p><p>A2 FGTS 8,50 8,50 8,50</p><p>A3 Salário-Educação 2,50 2,50 2,50</p><p>A4 SESI 1,50 1,50 1,50</p><p>A5 SENAI 1,00 1,00 1,00</p><p>A6 SEBRAI 0,60 0,60 0,60</p><p>A7 INCRA 0,20 0,20 0,20</p><p>A8 Seguro de acidentes de trabalho 3,00 3,00 3,00</p><p>A9 SECONCI 1,00 1,00 1,00</p><p>TOTAL 38,30 38,30 38,30</p><p>"B" ENCARGOS QUE RECEBEM A INCIDÊNCIA DE ENCARGOS de "A"</p><p>B1 Repousos semanais e feriados 22,90</p><p>B2 Auxílio-enfermidade 0,79</p><p>B3 Licença-paternidade 0,34</p><p>B4 13º Salário 10,57</p><p>B5 Faltas justificadas 4,57</p><p>TOTAL 39,17</p><p>"C" ENCARGOS QUE NÃO RECEBEM INCIDÊNCIA DE ENCARGOS DE"A” 5,91</p><p>C1 Depósito por despedida injusta</p><p>C2 Férias indenizadas 14,06</p><p>C3 Aviso prévio indenizado 13,12</p><p>TOTAL 33,09</p><p>TAXAS DAS REINCIDÊNCIAS 15,00</p><p>D1 Reincidência de "A" sobre "B"</p><p>D2 Reincidência de A2 sobre C3 1,11</p><p>TOTAL 16,12</p><p>TOTAL DOS ENCARGOS FISCAIS 126,68</p><p>E1 Vale-Transporte * 10,30</p><p>E2 Café da manhã * 8,59</p><p>E3 Refeições * só almoço 27,17</p><p>E4 Seguro de vida em grupo * 1,95</p><p>TOTAL GERAL DOS ENCARGOS A SER APLICADO SOBRE OS SALÁRIOS 174,69</p><p>(*) Calculados segundo fórmula apresentada no Regulamento do BDI. Foram considerados, tomando uma condução ida e volta,</p><p>café da manhã a R$ 2,00 e o almoço a R$ 6,00. Salário médio de R$ 600,00/mês. Cada orçamentista adotará os valores médios</p><p>para cada caso específico.</p><p>ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL 127</p><p>MAO-DE-OBRA DIRETA</p><p>ITEM DESCRIÇÃO "X" SAL BASE L SOCIAIS SAL. + LS Nº HORAS TOTAL</p><p>3.1 Servente</p><p>3.2 Pedreiro</p><p>3.3 Carpinteiro</p><p>3.4 Ferreiro</p><p>3.5 Encanador</p><p>3.6 Eletricista</p><p>3.7 Soldador</p><p>3.8 Mecânico</p><p>3.9 Operador</p><p>3.10 Guindasteiro</p><p>3.11 Outros</p><p>TOTAL R$</p><p>ITEM TIPO DE EQUIPAMENTO "X" QUANT. CUSTO</p><p>HORÁRIO</p><p>HORAS</p><p>UTILIZ.</p><p>PARCIAL TOTAL</p><p>4.1 Betoneiras</p><p>4.2 Guinchos</p><p>4.3 Elevador de obra</p><p>4.4 Gruas</p><p>4.5 Compactador de solo</p><p>4.6 Vibrador de concreto</p><p>4.7 Retroescavadeira</p><p>4.8 Carregadeira de pneus</p><p>4.9 Caminhão basculante</p><p>4.10 Caminhão com Munck</p><p>4.11 Compressor</p><p>4.12 Martelete pneumático</p><p>4.13 Serra circular bancada</p><p>4.14 Grupo gerador</p><p>4.15 Solda oxi-acetilênico</p><p>4.16 Teodolito</p><p>4.17 Outros equipamentos</p><p>TOTAL R$</p><p>FERRAMENTAS MANUAIS</p><p>ITEM DESCRIÇÃO "X" QUANT. UN PR. UNIT PARCIAL TOTAL</p><p>5.1 Serra circular portátil</p><p>5.2 Furadeira portátil</p><p>5.3 Martelo de carpinteiro</p><p>5.4 Nível</p><p>5.5 Prumo</p><p>5.6 Serrotes</p><p>128</p><p>ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL</p><p>EQUIPAMENTOS DIRETOS que entram na composição de preços unitários</p><p>5.7 Desempenadeira</p><p>5.8 Parafusadeira</p><p>5.9 Alicates</p><p>5.10 Colher de pedreiro</p><p>5.11 Outras ferramentas</p><p>TOTAL R$</p><p>EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL</p><p>ITEM DESCRIÇÃO "X" QUANT UN PR.UNIT PARCIAL TOTAL</p><p>6.1 Bota de borracha</p><p>6.2 Bota de couro</p><p>6.3 Capa de chuva</p><p>6.4 Capacete</p><p>6.6 Cinto de segurança</p><p>6.7 Protetor auricular</p><p>6.8 Máscara com filtro</p><p>6.10 Uniforme de serviço</p><p>6.11 Máscara de solda</p><p>6.12 Luva de raspa</p><p>6.13 Outros equipamentos</p><p>TOTAL R$</p><p>SERVIÇOS DE TERCEIROS OU SUBEMPREITADOS</p><p>ITEM SERVIÇOS "X" SUBEMPREITEIRO/FORNECEDOR ORÇAMENTO</p><p>7.1 Levantam, topográfico</p><p>7.2 Sondagem do terreno</p><p>7.3 Terraplenagem</p><p>7.4 Estacas</p><p>7.5 Concreto usinado</p><p>7.6 Instalações hidráulicas</p><p>7.7 Instalações elétricas</p><p>7.8 Ar-condicionado</p><p>7.9 Estrutura de concreto</p><p>7.10 Alvenaria fechamento</p><p>7.11 Pavimentação asfáltica</p><p>7.12 Pré-mold. de concreto</p><p>7.13 Acabamentos externos</p><p>7.14 Paisagismo</p><p>7.15 Outros</p><p>TOTAL R$</p><p>A partir dos dados acima coligidos, monta-se a planilha de Custos Diretos. Esta planilha, também chamada de Planilha</p><p>Orçamentária, é a base para o cálculo do BDI, que, conseqüentemente, com a sua aplicação se chegará ao Preço de</p><p>Venda.</p><p>ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL 129</p><p>CUSTOS UNITÁRIOS DOS SERVIÇOS</p><p>ITENS DISCRIMINAÇÃO QUANT. UN PREÇO</p><p>UNITÁRIO</p><p>PARCIAL TOTAL</p><p>8.1</p><p>8.2</p><p>8.3</p><p>8.4</p><p>8.5</p><p>8.6</p><p>8.n</p><p>Levantar a quantidade de todos os materiais e</p><p>serviços necessários para a execução da obra</p><p>Os coeficientes de consumo dos componentes</p><p>podem ser obtidos na TCPO -Tabela de</p><p>Composição de Preços para Orçamento da PINI</p><p>TOTAL DOS CUSTOS DIRETOS R$</p><p>ADMINISTRAÇÃO LOCAL DA OBRA</p><p>DESPESAS COM PESSOAL</p><p>ITEM DESCRIÇÃO "X" CUSTO</p><p>HORÁR.</p><p>CUSTO</p><p>MÊS</p><p>PRAZO</p><p>MESES</p><p>CUSTO</p><p>PARC.</p><p>TOTAL</p><p>10.1 Engenheiro de obra</p><p>10.2 Mestre-geral</p><p>10.3 Encarregado de carpint.</p><p>10.4 Encarregado de concreto</p><p>10.5 Encarregado de ferragem</p><p>10.6 Encarregado de manut.</p><p>10.7 Topógrafo/tecnólogo</p><p>10.8 Chefe de escritório</p><p>10.9 Auxiliar de escritório</p><p>10.10 Apontador de campo</p><p>10.11 Almoxarife</p><p>10.12 Vigia</p><p>10.13 Faxineira</p><p>10.14 Mecânico de manutenção</p><p>10.15 Motorista</p><p>10.16 Outros</p><p>TOTAL R$</p><p>130 ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL</p><p>INSTALAÇÕES PROVISÓRIAS completas, inclusive com mobiliário e equipamentos</p><p>ITEM DESCRIÇÃO "X QUANT. UN PREÇO UNITÁRIO MAT.</p><p>M.O. PARCIAL</p><p>TOTAL</p><p>11.1 Escritório da obra</p><p>11.2 Sanitários</p><p>11.3 Vestiários</p><p>11.4 Refeitório</p><p>11.5 Alojamentos</p><p>11.6 Almoxarifado</p><p>11.7 Carpintaria</p><p>11.8 Oficina de armação</p><p>11.9 Oficina mecânica</p><p>11.10 Salas de empreiteiros</p><p>11.11 Cercas/tapumes</p><p>11.12 Bandejas de proteção</p><p>11.13 Placas da obra</p><p>11.14 Outras</p><p>TOTAL R$</p><p>DESPESAS GERAIS DE MANUTENÇÃO</p><p>ITEM DESCRIÇÃO "X" CUSTO</p><p>MENSAL</p><p>Nº DE</p><p>MESES</p><p>CUSTO</p><p>PARCIAL</p><p>CUSTO</p><p>TOTAL</p><p>12.1 Material de escritório</p><p>12.2 Material de limpeza</p><p>12.3 Energia elétrica</p><p>12.4 Conta d'água</p><p>12.5 Conta de telefone</p><p>12.6 Combustível</p><p>12.6 Refeição do pessoal admin.</p><p>12.7 Transporte do pessoal admin.</p><p>12.8 Ma lotes/motoboy</p><p>12.9 Outros</p><p>TOTA R$</p><p>INSTALAÇÕES GERAIS</p><p>ITEM DESCRIÇÃO "X" CUSTO</p><p>MENSAL</p><p>Nº DE</p><p>MESES</p><p>RATEIO</p><p>(*)</p><p>PARCIAL TOTAL</p><p>13.1 Aluguel do imóvel da sede</p><p>13.2 Aluguel do depósito</p><p>13.3 Manutenção dos imóveis</p><p>13.4 Aluguel dos mobiliários</p><p>13.5 Telefones fixos - rede</p><p>13.6 Telefones celulares</p><p>I 5.7 Computadores - rede</p><p>13.8 Ar-condicionado</p><p>13.9 Veículos de serviço</p><p>Outras</p><p>TOTA R$</p><p>(*) parte que cabe à obra depois de levantados todos os custos da administr. central</p><p>ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL 131</p><p>EQUIPAMENTOS</p><p>ITEM DESCRIÇÃO "X" CUSTO MENSAL RATEIO CUSTO TOTAL</p><p>14.1 Microcomputadores</p><p>14.2 Impressoras</p><p>14.3 Copiadoras</p><p>14.4 Calculadoras</p><p>14.5 Máquina de escrever</p><p>14.6 Aparelh. de ar-condicionado</p><p>14.7 Ventiladores</p><p>14.8 Aparelhos de telefone</p><p>14.9 Telefones celulares</p><p>14.10 Veículos leves</p><p>14.11 Fogão</p><p>14.12 Geladeira</p><p>14.13 Outros</p><p>TOTAL R$</p><p>2.2. COMPOSIÇÃO DO BDI ADMINISTRAÇÃO CENTRAL SERVIÇOS DE APOIO</p><p>ITEM DESCRIÇÃO "X" CUSTO MENSAL RATEIO CUSTO TOTAL</p><p>15.1 Refeições</p><p>15.2 Transportes</p><p>15.3 Apoio técnico</p><p>15.4 Planejamento/Controle</p><p>15.5 Viagens e estadias</p><p>15.6 Compras/suprimentos</p><p>15.7 Despesas gerais da matriz</p><p>15.8 Medicina e Seg. do Trabalho</p><p>15.9 Outros</p><p>TOTAL R$</p><p>MÃO-DE-OBRA INDIRETA - CUSTO MENSAL</p><p>ITEM DESCRIÇÃO "X" QUANT. SALÁRIO L. SOCIAIS TOTAL</p><p>16.1 Diretores</p><p>16.2 Superintendentes</p><p>16.3 Gerentes</p><p>16.4 Chefes de Seção</p><p>16.5 Encarregados</p><p>16.6 Engenheiro de Produção</p><p>16.7 Engenheiro de planejamento</p><p>16.8 Engenheiro de Segurança</p><p>16.9 Engenheiro Orçamentista</p><p>16.10 Arquiteto</p><p>16.11 Tecnólogo</p><p>132 ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL</p><p>16.12 Estagiários</p><p>16.13 Contador</p><p>16.14 Compradores</p><p>16.15 Orçamentistas</p><p>16.16 Desenhistas</p><p>16.17 Digitadores</p><p>16.18 Secretárias</p><p>16.19 Recepcionistas</p><p>16.20 Técnicos</p><p>16.21 Motoristas</p><p>16.22 Ajudantes</p><p>16.23 Office-boy</p><p>16.24 Faxineiras</p><p>16.25 Seguranças</p><p>16.26 Zelador</p><p>16.27 Vigias</p><p>16.28 Outros</p><p>TOTAL R$</p><p>DESPESAS ADMINISTRATIVAS DA MATRIZ. - CUSTO MENSAL</p><p>ITEM DESCRIÇÃO "X" FIXO / MÊS ADICIONAL TOTAL</p><p>17.1 Consumo de energia</p><p>17.2 Consumo de água</p><p>17.3 Consumo de telefone</p><p>17.4 Consumo de gás</p><p>17.5 Consumo de gasolina e óleo</p><p>17.6 Manut. e reparos de veículos</p><p>17.7 Material de escritório</p><p>17.8 Material de limpeza</p><p>17.9 Medicamentos</p><p>17.10 Mala-direta/correios</p><p>17.11 Manutenção de telefones</p><p>17.12 Manut. de impres. e copiad.</p><p>17.13 Internet/Provedor</p><p>17.14 Encader. de cópias de desen.</p><p>17.15 Motoboy</p><p>17.16 IPTU</p><p>17.17 Taxa de lixo</p><p>17.18 Taxa de iluminação</p><p>17.19 Taxa de publicidade</p><p>17.20 Outras</p><p>TOTAL</p><p>ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL 133</p><p>SERVIÇOS TERCEIRIZADOS - CUSTO MENSAL</p><p>ITEM DESCRIÇÃO "X" FIXO/MÊS ADICIONAL TOTAL</p><p>18.1 Serviços de contabilidade</p><p>18.2 Assessoria jurídica</p><p>18.3 Serviços de vigilância patrimonial</p><p>18.4 Serviços de segurança</p><p>18.5 Serviços de manutenção e limpeza</p><p>18.6 Serviços de jardinagem</p><p>18.7 Outros</p><p>TOTAL R$</p><p>CONTRIBUIÇÕES ASSOCIATIVAS E SINDICAIS</p><p>ITEM DESCRIÇÃO "X" MENSAL ANUAL MENSAL</p><p>19.1 C. Sindical - Sindicato patronal</p><p>19.2 C. Associativa - Sind. Patronal</p><p>19.3 C. Sindical - Sind.Trabalhadores</p><p>19.4 C.Assoc-Sind. Trabalhadores</p><p>19.5 Entidades de classe</p><p>19.6 CREA- Empresa</p><p>19.7 CREA-Profissionais</p><p>19.8 Sindicato dos Engenheiros</p><p>19.9 Outros</p><p>TOTAL R$</p><p>SEGUROS</p><p>ITEM DESCRIÇÃO "X" PRÊMIO FRANQUIA MENSAL</p><p>20.1 De vida coletivo</p><p>20.2 Contra acidentes coletivo</p><p>20.3 Contra acidentes e roubo de veículos</p><p>20.4 Contra incêndio</p><p>20.5 Contra roubo</p><p>20.6 Bid-bond</p><p>20.7 Performance-bond</p><p>20.8 Riscos de engenharia</p><p>20.9 Responsabilidade civil</p><p>20.10 Outros</p><p>TOTAL R$</p><p>R$</p><p>134</p><p>ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL</p><p>IMPOSTOS</p><p>IMPOSTOS E CONTRIBUIÇÕES SOBRE AS VENDAS</p><p>ITEM DESCRIÇÃO "X" % PR. DE VENDA % DO PV TOTAL</p><p>IMPOSTOS FEDERAIS</p><p>21.1 PIS</p><p>21.2 COFINS</p><p>21.3 CPMF</p><p>21.4 IRPJ</p><p>21.5 CSLL</p><p>IMPOSTOS MUNICIPAIS</p><p>21.6 ISS</p><p>TOTAL R$</p><p>COMERCIALIZAÇÃO</p><p>CUSTOS DE COMERCIALIZAÇÃO</p><p>ITEM DESCRIÇÃO "X" MENSAL ANUAL POR OBRA</p><p>PARTICIPAÇÃO EM LICITAÇÃO</p><p>22.1 Documentação para cadastro</p><p>22.2 Compra de editais</p><p>22.3 Preparação das propostas</p><p>22.4 Consultores especializados</p><p>22.5 Material gráfico e ilustrativo</p><p>22.6 Visitas ao local da obra</p><p>22.7 Seguros de partic. em licitação</p><p>22.8 Caução de participação</p><p>22.9 Gastos cartoriais/autentificações</p><p>DIVULGAÇÃO E PROPAGANDA</p><p>22.10 Anúncios</p><p>22.11 Folhetos</p><p>22.12 Mala-direta</p><p>22.13 Brindes</p><p>REPRESENTAÇÃO COMERCIAL</p><p>22.14 Comissões</p><p>22.15 Gastos com almoços e jantares</p><p>22.16 Quilometragem de veículos</p><p>22.17 Viagens fora da sede/passagem</p><p>22.18 Hospedagem</p><p>OUTROS GASTOS COMERCIAIS</p><p>TOTAL R$</p><p>ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL 135</p><p>1. REMUNERAÇÃO DE SERVIÇOS POR ADMINISTRAÇÃO</p><p>1.1. POR ADMINISTRAÇÃO CONTRATADA</p><p>Nos contratos por Administração, a contratada encarrega-se da execução da obra mediante remuneração fixa ou</p><p>cobrando um percentual fixo proporcional ao seu custo, correndo por conta da contratante todo o ônus financeiro e</p><p>econômico do empreendimento.</p><p>Esse percentual denomina-se "taxa de administração". Nessa modalidade de contrato, a contratante pode adquirir os</p><p>materiais ou incumbir a contratada de fazê-lo, caso em que esta atuará como preposta da contratante.</p><p>As despesas com materiais e serviços terceirizados são em geral por conta da contratante e faturadas em seu nome</p><p>pelo fornecedor.</p><p>Em relação à mão-de-obra, os empregados são contratados em nome da contratada e ajustado um percentual de</p><p>taxa de Leis Sociais a ser aplicada sobre os salários com tetos previamente determinados, uma vez que não são</p><p>empregados permanentes da empresa contratante.</p><p>Para o pagamento dessas despesas é normalmente adiantado o numerário necessário, segundo uma programação</p><p>prévia, para posterior acerto de contas.</p><p>Cálculo da remuneração:</p><p>R = TA x (CD + CI + t)</p><p>Sendo:</p><p>TA = Taxa de Administração pactuada;</p><p>CD = Custos Diretos;</p><p>CI = Custos Indiretos;</p><p>t = Tributos.</p><p>OBS.: Os custos do engenheiro fiscal, bem como os custos administrativos ou (rateio) da administração central da contratada</p><p>podem ou não compor os Custos Indiretos (Cl), dependendo do que ficar estabelecido no contrato.</p><p>A Taxa de Administração (TA) pode ser calculada pela seguinte expressão:</p><p>TA = (1 + I)x(1 + B)x(1 + f)</p><p>ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL 137</p><p>EXECUÇÃO DE SERVIÇOS</p><p>POR ADMINISTRAÇÃO</p><p>Í</p><p>Onde</p><p>I = taxa de Custo Indireto da administração central;</p><p>B = taxa de benefício ou lucro bruto antes dos descontos do Imposto de Renda e da Contribuição Social; f = taxa de</p><p>custo financeiro compatível com as condições de pagamento estabelecidas em contrato e com a correção monetária</p><p>e taxa de juros vigentes no mercado financeiro.</p><p>Em função das considerações acima, a Taxa de Administração é sempre menor do que o BDI estabelecido para a</p><p>execução de serviços por empreitada, uma vez que a contratante assume todos os riscos empresariais e financeiros</p><p>resultantes do custo do empreendimento.</p><p>1.2. POR ADMINISTRAÇÃO COM CUSTO REEMBOLSÁVEL MAIS A REMUNERAÇÃO</p><p>O que difere nesta modalidade é basicamente a inclusão dos custos financeiros incorridos pela contratada em função</p><p>do adiantamento dos recursos financeiros por um determinado período. Pode-se também ter taxas diferenciadas</p><p>para mão-de-obra, materiais e equipamentos.</p><p>1.2.1. TAXA C, PARA FORNECIMENTO DE MÃO-DE-OBRA</p><p>A remuneração do fornecimento de mão-de-obra é feita pela aplicação do coeficiente C, aos salários</p><p>correspondentes às horas trabalhadas ou à disposição da obra de empregados admitidos em nome da contratada.</p><p>A taxa C1 engloba:</p><p>■ Todos os encargos sociais, incluindo-se as suas respectivas incidências e reincidências.</p><p>■ Administração central e os gastos decorrentes.</p><p>■ Ferramentas e equipamentos de segurança.</p><p>■ Alimentação (café e uma ou duas refeições).</p><p>■ Vale-transporte.</p><p>■ Despesas financeiras.</p><p>■ Lucro.</p><p>1.2.2. TAXA C2 PARA O FORNECIMENTO DE MATERIAIS</p><p>A remuneração do fornecimento de materiais é feita pela aplicação de um coeficiente C2 aos valores das compras</p><p>dos materiais. O coeficiente C2 engloba os custos administrativos de aquisição, despesas financeiras e o lucro</p><p>previsto.</p><p>1.2.3. TAXA C3 PARA ALUGUEL DE EQUIPAMENTOS</p><p>A remuneração do aluguel de máquinas e serviços de terceiros engloba as despesas administrativas e o lucro da</p><p>empresa. O valor do aluguel das máquinas é geralmente baseado em tabelas de sindicatos ou associações</p><p>especializadas ou em cotações de mercado publicadas pelas revistas especializadas.</p><p>1.2.4. REMUNERAÇÃO</p><p>Portanto, a remuneração poderá ser calculada por:</p><p>R = C1 MO + C2 MT + C3 x (EQ +ST)</p><p>138 ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL</p><p>Sendo</p><p>R = remuneração;</p><p>MO = salário dos empregados;</p><p>MT = preço dos materiais;</p><p>EQ = aluguel dos equipamentos;</p><p>ST = serviço contratado de terceiros.</p><p>■■ 1.3. SISTEMA MISTO OU ADMINISTRAÇÃO POR METAS DE PRAZOS E CUSTOS</p><p>Fará determinados tipos de obras de médio e grande porte, é possível aplicar uma outra modalidade de contrato em</p><p>que a contratada assume parte dos riscos financeiros e recebe um percentual sobre os custos da obra.</p><p>Esse percentual varia para mais ou para menos, dependendo do desempenho das metas de custos menores ou</p><p>maiores atingidos em função do orçamento inicial aprovado por ocasião da assinatura do contrato.</p><p>Além disso, podem ser estabelecidas no cronograma metas de prazos parciais, chamadas de "datas marco" para a</p><p>conclusão de determinadas etapas ou partes importantes da obra.</p><p>Para antecipações de prazos,</p><p>a partir de uma determinada data até a data-marco, são instituídos prêmios em função</p><p>dos ganhos de dias e da mesma maneira podem ser estabelecidas multas progressivas, compensáveis ou não até a</p><p>próxima data-marco estabelecida.</p><p>Esse sistema de contrato permite ao contratante uma melhor garantia no cumprimento dos prazos e de preços</p><p>através do estabelecimento de condições e limites de remuneração, simples ou compostas, dependendo das</p><p>características da obra e das negociações entre as partes.</p><p>Exemplo ilustrativo:</p><p>■ Custo de administração do escritório central. Pagamento de um valor determinado, proporcional ou não ao</p><p>valor do contrato, distribuído ao longo do prazo.</p><p>■ Pessoal de apoio: um valor variável C,, mensal, de acordo com as necessidades de mão-de-obra</p><p>especializada para pagar a "folha de pagamento confidencial" da obra.</p><p>■ Custos Diretos da obra: taxa de administração C2 aplicada sobre os custos diretos da obra, variável para mais</p><p>ou para menos, dependendo dos custos dos meses anteriores.</p><p>■ Aluguel de equipamentos especiais não previstos no contrato, acrescido de uma taxa de administração</p><p>específica C3.</p><p>■ Valores dos prêmios ou multas no cumprimento das datas-marco e próximo a elas.</p><p>OBS.: Nesta modalidade não são computados como custos as parcelas 1 e 5, para efeito de aplicação da taxa de administração.</p><p>R = G + C1. MO + C2. (MO + MT + EQ,) + C3 . EQ2 ± X</p><p>Sendo:</p><p>G = remuneração fixa previamente tratada;</p><p>C1 = taxa para mão-de-obra confidencial;</p><p>C2 = taxa para todos os custos diretos;</p><p>C3 = taxa para equipamentos especiais;</p><p>X = valor dos prêmios ou multas.</p><p>ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL 139</p><p>A mão-de-obra confidencial é paga separadamente dos demais por um valor global sem discriminação de nomes</p><p>para não causar conflitos de salários entre os funcionários da contratante e da contratada. Pelo seu caráter</p><p>temporário e específico, os salários da contratada em geral são maiores do que os da contratante.</p><p>A administração dos recursos envolvidos pode ser feita através de fundos específicos cuja, movimentação é feita</p><p>pela contratada e fiscalizada simultaneamente pela contratante.</p><p>Como toda a mão-de-obra é admitida em nome da contratada, é aplicado um coeficiente "k" a folha de pagamento</p><p>que remunera todas as incidências e reincidências de encargos sociais, além dos encargos financeiros e outros</p><p>pertinentes.</p><p>140 ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL</p><p>SERVIÇOS</p><p>MULTIDISCIPLINARES</p><p>1. SERVIÇOS MULTIDISCIPLINARES1</p><p>1.1. INTRODUÇÃO</p><p>De uma maneira geral, os critérios de remuneração para a prestação de serviços profissionais de Engenharia</p><p>Consultiva e de Projetos podem ser estruturados da seguinte maneira:</p><p>■ estudos de pré-investimento;</p><p>■ projeto;</p><p>■ assistência técnica à implantação;</p><p>■ gerenciamento de Implantação;</p><p>■ assessorias;</p><p>■ outros serviços.</p><p>1.2. ESTUDOS DE PRÉ-INVESTIMENTO</p><p>Destinam-se a fundamentar políticas de investimento e gestão e/ou a determinar a visibilidade de projetos</p><p>individuais, onde se incluem:</p><p>■ Planos diretores e setoriais de desenvolvimento urbano, rural e regional e outras atividades de</p><p>planejamento.</p><p>■ Estudos de mercado (demandas, ofertas, preços, etc.) e de localização, viabilidade técnica, econômica e</p><p>financeira, estudos de impactos ambientais e sociais, estudos institucionais e atividades assemelhadas.</p><p>1.3. PROJETO</p><p>As atividades de concepção e pormenorização de projetos físicos, em todos os campos de aplicação e disciplinas</p><p>técnicas de engenharia, podem ser divididas em três fases principais, a saber: projeto conceituai, projeto básico e</p><p>projeto executivo. O conjunto das três fases constitui o projeto completo.</p><p>Cada uma das fases corresponde a um estágio de criação ou pormenorização do projeto completo. As fronteiras</p><p>entre elas podem ser demarcadas com razoável precisão, não obstante existam algumas superposições</p><p>caracterizadas pela presença do mesmo tipo de atividade em mais de uma fase.</p><p>São os seguintes os conteúdos principais de cada fase:</p><p>1 O texto foi reproduzido do Manual de Orçamentação de Serviços de Engenharia Consultiva do ABCE-Associação</p><p>Brasileira de Consultores de Engenharia com as adaptações requeridas para o livro.</p><p>ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL • 143</p><p>1.3.1. PROJETO CONCEITUAL</p><p>Inclui o estudo de soluções alternativas, a racionalização do programa, a definição dos partidos tecnológicos, o</p><p>dimensionamento funcional do objeto e de suas partes, o preparo de arranjo geral esquemático, a listagem das</p><p>autorizações legais requeridas para a implantação e o pré-orçamento das obras.</p><p>1.3.2. PROJETO BÁSICO</p><p>De acordo com o disposto no Art. 6o, XI da Lei nº 8.666/93, o projeto básico é o "conjunto de elementos necessários</p><p>e suficientes, com nível de precisão adequado, para caracterizar a obra ou serviço ou complexo de serviços objeto</p><p>da licitação, elaborado com base nas indicações dos estudos técnicos preliminares que assegurem a viabilidade</p><p>técnica e o adequado tratamento do impacto ambiental do empreendimento e que possibilite a avaliação do custo da</p><p>obra e a definição dos métodos e do prazo de execução ..."</p><p>Compreende o arranjo geral, a especificação e execução ou supervisão dos serviços de campo e de laboratório,2 a</p><p>elaboração de desenhos típicos e especificações técnicas de serviços e materiais, a indicação dos métodos</p><p>construtivos, o pré-orçamento, as normas e critérios para medição e pagamento dos serviços de implantação e o</p><p>cronograma das obras.</p><p>1.3.3. PROJETO EXECUTIVO</p><p>Também de acordo com a Lei nº 8.666/93, o projeto executivo é "o conjunto de elementos necessários e suficientes</p><p>à execução completa da obra, de acordo com as normas pertinentes da Associação Brasileira de Normas Técnicas -</p><p>ABNT". Quando não existirem normas nacionais para uma determinada disciplina técnica ou projeto, aplicam-se as</p><p>normas internacionais.</p><p>Inclui a especificação e execução ou supervisão dos serviços de campo e de laboratório, a confecção dos desenhos</p><p>detalhados e das especificações técnicas de serviços e materiais, a indicação dos métodos "construtivos, o preparo</p><p>do orçamento e cronograma de implantação das obras".</p><p>As atividades que figuram em mais de uma fase de projeto distinguem-se umas das outras pelo nível de</p><p>detalhamento.</p><p>1.4. ASSISTÊNCIA TÉCNICA À IMPLANTAÇÃO</p><p>Abrange as seguintes atividades, de caráter essencialmente técnico:</p><p>■ Verificação de desenhos de fabricação, envolvendo o exame e aprovação de documentos técnicos</p><p>preparados pelos fornecedores de equipamentos, estruturas metálicas e outros insumos de conteúdo</p><p>técnico importante para o projeto.</p><p>■ Acompanhamento técnico da construção, montagem, testes, assistência à partida, examinando a</p><p>observância das especificações técnicas pelo construtor.</p><p>■ Preparo de desenhos "como construído" em seguida à implantação.</p><p>■ Treinamento do pessoal de operação e de manutenção.</p><p>2 Inclui prospecções topográficas, geotécnicas, geológicas, hidrológicas, modelos, pesquisas de tráfego e de demanda, análises químicas e físicas, ensaios</p><p>tecnológicos e outras atividades semelhantes.</p><p>144 l ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL</p><p>■■ 1.5. GERENCIAMENTO DA IMPLANTAÇÃO</p><p>O gerenciamento envolve principalmente tarefas de coordenação e administração, abrangendo:</p><p>■ Elaboração de planos gerenciais, estabelecendo a estratégia de implantação, a organização geral dos</p><p>trabalhos e a especificação das instalações provisórias.</p><p>■ Planejamento, programação e controle físico-financeiro do empreendimento.</p><p>■ Coordenação técnica e administrativa de serviços de projeto de engenharia, inclusive do plano de gestão</p><p>ambiental.</p><p>■ Execução direta ou assistência às compras e/ou contratações de bens e serviços, diligenciamento e</p><p>inspeção dos contratos de fornecimento de bens.</p><p>■ Supervisão administrativa de construção, montagem, testes e partida.</p><p>■ Administração e controle do fluxo de documentos.</p><p>■ Coordenação das interfaces executivas, técnicas e administrativas.</p><p>O gerenciamento inclui também as atividades</p><p>de acompanhamento técnico da construção e de treinamento descritas</p><p>no tópico anterior.</p><p>1.6. ASSESSORIA</p><p>Envolve assessorias técnicas em assuntos especializados, bem como arbitragem, avaliações e estudos</p><p>organizacionais relacionados com empreendimentos de engenharia.</p><p>1.7. OUTROS SERVIÇOS</p><p>Compreendem trabalhos não-cobertos pelas definições anteriores, tais como:</p><p>■ Inventários de recursos hídricos, vegetais e minerais.</p><p>■ Pré-operação, operação e manutenção de unidades industriais e de infra-estrutura pertencentes a terceiros,</p><p>inclusive preparo dos respectivos manuais.</p><p>■ Estudos para a implantação de sistemas de gestão e controle de qualidade.</p><p>■ Especificação e detalhamento de sistemas computadorizados, inclusive desenvolvimento de software</p><p>especializado.</p><p>■ Estudos de otimização e modernização de processos industriais.</p><p>1.8. A SELEÇÃO DA CONSULTORA</p><p>A Lei Federal nº 8.666/93, mais conhecida como Lei de Licitações, aplicável principalmente à administração pública,</p><p>contém todo o respaldo legal para a contratação de serviços profissionais de engenharia consultiva em quaisquer de</p><p>suas modalidades.</p><p>A Lei estabelece os seguintes tipos de licitação:</p><p>■ Menor Preço.</p><p>■ Melhor Técnica.</p><p>■ Técnica e Preço.</p><p>ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL 145</p><p>Os tipos mais usados na área de consultoria são a de Melhor Técnica e a de Técnica e Preços, pois o julgamento</p><p>pelo critério de Menor Preço mostra-se inadequado para o caso de consultoria e projetos, pois não leva em conta</p><p>uma série de condições exigidas para a garantia da qualidade e da responsabilidade dos serviços.</p><p>A tipo Melhor Técnica é também visto com alguma restrição, pois pressupõe liberdade nos preços propostos</p><p>dificultando uma decisão da contratante, a não ser que haja parâmetros financeiros preestabelecidos.</p><p>A tipo mais utilizado é o de Técnica e Preços, o qual permite um equilíbrio entre a qualidade técnica que se busca e a</p><p>realidade econômica do possível.</p><p>Em qualquer dessas modalidades é necessário estabelecer o preço dos serviços, inicialmente na forma de</p><p>Orçamento Preliminar, cujo preparo pode ser de iniciativa do agente contratante ou da parte interessada.</p><p>O objetivo do Orçamento Preliminar, no caso do agente contratante, é avaliar o preço dos serviços para servir de</p><p>referência para o preparo de um edital na administração pública ou para o início de uma negociação entre as partes,</p><p>na iniciativa privada.</p><p>No caso da administração pública, obriga o agente público a seguir as formalidades determinadas pela Lei n.º</p><p>8666/93, fato este que limita muito uma maior flexibilidade na negociação de preços.</p><p>Quando o cliente é do setor privado, a negociação não tem limites, e uma vez aceita a última proposta de preços, a</p><p>etapa seguinte é a assinatura do contrato.</p><p>1.9. ELABORAÇÃO DO ORÇAMENTO PRELIMINAR - MÉTODOS</p><p>Orçar um serviço de engenharia consultiva é tarefa que freqüentemente lida com apreciável grau de incerteza. Essa</p><p>circunstância deve-se aos fatores anteriormente enunciados, sobressaindo a natureza intangível dos produtos do</p><p>serviço - soluções para o Cliente - e do insumo essencial do trabalho que é a inteligência.</p><p>Para reduzir o risco de erros orçamentários, que sempre têm conseqüências desfavoráveis, recomenda-se</p><p>desenvolver estimativas segundo vários métodos, definindo o preço a partir de análise criteriosa dos resultados</p><p>encontrados. Essa análise será fundamentada no melhor julgamento profissional e levará em conta os aspectos</p><p>conceituais já discriminados.</p><p>Os processos para elaborar o Orçamento Preliminar situam-se dentro das seguintes categorias:</p><p>1. Percentual sobre o valor das obras.</p><p>2. Listagem de atividades e determinação das quantidades de horas aplicadas.</p><p>3. Contagem de documentos a serem produzidos.</p><p>4. Importância do serviço no empreendimento.</p><p>5. Preço de serviços semelhantes.</p><p>Descrevem-se a seguir os procedimentos para elaborar o orçamento do serviço segundo cada um desses métodos.</p><p>1.9.1. MÉTODO 1 - PERCENTUAL SOBRE O VALOR DA OBRA</p><p>Esse primeiro método aplica-se ao caso de empreendimentos físicos e baseia-se nas experiências que, ao longo dos</p><p>anos, permitiram o estabelecimento de certas correlações aproximadas entre os custos de</p><p>146 * ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL</p><p>serviços de engenharia e os de construções. O método tem suas limitações, por não ter a capacidade de simular a</p><p>extrema variedade de condições em que se podem desenvolver os trabalhos de engenharia, e que conferem uma</p><p>identidade própria a cada um deles. Todavia, é um controle da maior importância, que permite aferir os orçamentos</p><p>elaborados com apoio nos outros processos.</p><p>O método é de natureza sintética: o orçamento do serviço é determinado mediante a aplicação de um percentual</p><p>único sobre o valor das obras. Esse percentual será função do porte do empreendimento e do grau de complexidade</p><p>do serviço. Torna-se portanto necessário estimar inicialmente o valor da obra, que englobará as seguintes</p><p>incidências:</p><p>■ Despesas diretas e indiretas de mão-de-obra ocorridas em conexão com as atividades de construção civil,</p><p>montagens, testes e serviços, inclusive os serviços de engenharia consultiva.</p><p>■ Despesas de equipamentos, materiais e insumos. Deverão ser considerados os preços de mercado vigentes</p><p>para fornecimento de tais itens, na condição de novos.</p><p>■ Uso e manutenção de equipamentos de construção.</p><p>■ Outras despesas (administração, seguros, impostos, etc).</p><p>■ Contingências.</p><p>■ Lucro.</p><p>Não serão computados, para esse efeito, as despesas financeiras e o custo dos terrenos.</p><p>A estimativa do valor da obra apresentará tanto maior facilidade quanto mais amadurecida a elaboração técnica do</p><p>projeto. Em princípio, ela será o próprio orçamento ou pré-orçamento de implantação disponível na ocasião. Por</p><p>exemplo, se deseja calcular o preço de um projeto executivo, pode-se utilizar como valor da obra o pré-orçamento da</p><p>mesma elaborado no projeto básico.</p><p>Quando esses referenciais não existirem, deverá ser realizada uma estimativa livre do valor da obra, baseada em</p><p>informações de empreendimentos análogos anteriormente implantados, em dados de publicações técnicas nacionais</p><p>e internacionais ou em outras fontes.</p><p>Para determinar o percentual a se utilizar para calcular o preço do serviço em função do valor da obra, deve ser</p><p>usada a curva constante da pagina seguinte.3</p><p>A curva refere-se às seguintes condições:</p><p>■ Complexidade normal dos projetos.</p><p>■ Elaboração de projetos de engenharia completos, conforme definido no item 1.3 - "Projeto".</p><p>■ Os serviços de campo e de laboratório não estão incluídos no preço deduzido a partir da curva.</p><p>Quando a complexidade dos serviços for superior à normal, será introduzido um coeficiente de correção ao</p><p>percentual obtido da curva. A determinação desse coeficiente será feita mediante a atribuição de uma nota a cada</p><p>um dos seguintes fatores de complexidade:</p><p>3 Essa curva foi ajustada a partir das respostas apresentadas por 22 empresas ao questionário distribuído pela ABCE. Ela representa graficamente a</p><p>seguinte função P = {5,44 - log V)/0,72, onde: P é o percentual que representa o preço do serviço e V é o valor da obra em US$ milhões. Obviamente,</p><p>essa expressão pode ser empregada diretamente, em lugar da curva, para calcular o percentual em tela. A curva será aferida a cada 3 anos para</p><p>refletir os efeitos provocados nos preços dos serviços de engenharia pela evolução das metodologias de projeto.</p><p>ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL 147</p><p>FATOR NORMAL ACIMA DA NORMAL</p><p>Responsabilidade assumida 100 180</p><p>Esforço analítico e pesquisas iniciais 100 140</p><p>Agentes intervenientes (quantidade) 100 130</p><p>Grau de indagação tecnológica. 100 160</p><p>Cama multidisciplinar 100 140</p><p>Condições naturais 100 120</p><p>Localização do empreendimento 100 120</p><p>Totais4 700 990</p><p>A nota, em cada item, deve se situar no intervalo compreendido entre o valor normal e o valor máximo, e</p><p>representará o grau de complexidade do fator sob análise.</p><p>Atribuídas as notas N a cada um dos fatores, o</p><p>valor do coeficiente de correção a ser aplicado ao</p><p>percentual obtido da curva será igual a:</p><p>= N / 700α ∑</p><p>4 O diferencial total entre projetos de complexidade normal e acima da normal também foi extraído das respostas ao questionário anteriormente citado.</p><p>148 ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL</p><p>Valor estimativo do projeto em função do valor da obra</p><p>Projetos de complexidade normal</p><p>Quando o projeto for completo (conforme definido no Item 3.1 - "Projeto"), o percentual aplicado ao valor da obra</p><p>determinará o orçamento do serviço. No caso de prestações parciais, o orçamento será reduzido para os seguintes</p><p>montantes, em relação ao valor do projeto completo:</p><p>Projeto conceituai: ..............................................................................................................................................20%</p><p>Projeto básico: ....................................................................................................................................................40%</p><p>Projeto executivo: ..............................................................................................................................................60%</p><p>Projetos conceituai + básico: ..............................................................................................................................55%</p><p>Projetos básico + executivo: ...............................................................................................................................90%</p><p>1.9.2. MÉTODO 2 - LISTAGEM DE ATIVIDADES E DETERMINAÇÃO DAS QUANTIDADES DE HORAS A</p><p>APLICAR</p><p>Para elaborar o orçamento segundo este método, levantam-se as tarefas a realizar em cada item do escopo e</p><p>estima-se a quantidade de horas de cada categoria profissional que deverá ser aplicada para realizar tais tarefas.</p><p>Calculado o preço horário dessas categorias profissionais, o orçamento será obtido pelo produto das quantidades de</p><p>horas por meio dos preços unitários respectivos.</p><p>Vale notar que, metodologicamente, este processo engloba o método subseqüente (MÉTODO 3. Contagem de</p><p>documentos a serem produzidos), pois um documento técnico também é orçado segundo a quantidade de horas que</p><p>demanda para a sua elaboração. Na essência, entretanto, existe uma diferença importante que preserva a</p><p>individualidade de cada processo: quando se computam documentos por item do escopo, estão sendo orçados os</p><p>produtos do trabalho; quando se calculam as horas por tarefa ou item, está sendo estimado o montante do trabalho</p><p>em si.</p><p>Sendo a quantidade de horas trabalhadas o ponto de partida deste método, é necessário referir a essa variável tanto</p><p>as diversas incidências de custo como a parcela de lucro. Essas considerações dão origem à estrutura de custo e</p><p>preço do serviço discriminada a seguir:5</p><p>Custo direto de mão-de-obra: Compreende os dispêndios diretos com salários e os respectivos encargos sociais,</p><p>relativos aos períodos de tempo em que os profissionais estiverem trabalhando no contrato.</p><p>Despesas indiretas: Estão incluídas nessa rubrica, analisada mais à frente neste capítulo, os custos gerais</p><p>incorridos para atender à operação da empresa, cobrindo a administração geral e outras incidências compatíveis</p><p>com os princípios enunciados no item 1.3.</p><p>Lucro: É a margem bruta auferida pela empresa em cada projeto.</p><p>Encargos financeiros: Devem ser computados os custos financeiros decorrentes da defasagem cronológica entre</p><p>pagamentos feitos pela Consultora e os recebimentos contratuais.</p><p>Impostos: Incluem os tributos incidentes sobre o faturamento.</p><p>Devem ainda ser adicionados os seguintes custos, que não dependem diretamente do volume e valor da mão-de-</p><p>obra aplicada:</p><p>5 É importante notar que o avanço da informatização vem provocando significativas modificações no peso relativo dos componentes dessa estrutura e</p><p>que esse fato deve ser cuidadosamente computado durante a elaboração do orçamento.</p><p>ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL 149</p><p>Despesas diretas: Abrange todos os custos debitáveis ao contrato e que não se enquadram nas definições</p><p>anteriores.6</p><p>Contingências: Esta parcela deverá ser computada quando, dependendo do regime de execução do contrato, for</p><p>maior a exposição do Cliente e/ou da Consultora a riscos financeiros.7</p><p>A fórmula que correlaciona essas incidências é a seguinte:</p><p>R = CD (1 + ES) (1 + Dl) (1 + L) (1 + EF)(1 + I) + DD + CO</p><p>ou, mais simplesmente,</p><p>R = CD x K + DD + CO</p><p>Nessas fórmulas,</p><p>R é a remuneração</p><p>CD é o custo direto de salários</p><p>ES são os encargos sociais</p><p>Dl são as despesas indiretas</p><p>L é o lucro</p><p>EF são os encargos financeiros</p><p>I são os impostos incidentes sobre o faturamento</p><p>K é igual ao produto (1 + ES) (1 + Dl) (1 + L) (1 + EF)(1 + I)</p><p>DD são as despesas diretas a serem reembolsadas</p><p>CO são as contingências</p><p>A forma de calcular cada uma dessas incidências é discriminada a seguir.</p><p>1.9.2.1. CUSTO DIRETO DE SALÁRIOS (CD)</p><p>O custo direto é obtido multiplicando-se as horas trabalhadas por profissional pelo salário horário respectivo e</p><p>somando-se os produtos assim calculados. O salário horário é igual ao salário bruto mensal dividido pelo numero</p><p>médio de horas úteis por mês durante o ano. A expressão aritmética é a seguinte:</p><p>m hCD = [ (S / N ) x ht]∑</p><p>sendo</p><p>Sm o salário bruto mensal</p><p>Nh o número médio de horas úteis por mês</p><p>ht a quantidade de horas trabalhadas no serviço</p><p>O valor de Nh é expresso pela seguinte relação:</p><p>Nh = Nd x J</p><p>6 Ver o subtítulo "Despesas Diretas" à frente neste capítulo.</p><p>7 Este assunto é examinado no subtítulo "Contingências" deste capítulo.</p><p>150 ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL</p><p>onde</p><p>Nd é o número médio de dias úteis por mês durante o ano</p><p>J é a jornada diária de trabalho</p><p>Recomenda-se atentar para os significados das expressões Nh e J, pois as grandezas por elas representadas serão</p><p>reiteradamente utilizadas no cálculo dos encargos sociais.</p><p>Admitindo que os sábados sejam abonados, o cálculo do valor de Nd deve ser feito segundo o seguinte roteiro:</p><p>Total de dias por ano 365</p><p>Sábados e domingos 104</p><p>Dias de folga8 F</p><p>Total de dias úteis 365 - 104 - F = 261 - F</p><p>Nd (261 - F)/12</p><p>A jornada diária de trabalho (J) varia de empresa para empresa, situando-se normalmente entre 8,0 e 8,5 horas.</p><p>Os valores de F e J devem ser calculados caso a caso, em função das peculiaridades locais e da empresa.</p><p>1.9.2.2. ENCARGOS SOCIAIS (ES)9</p><p>Base de aplicação: custo direto de salários (CD)</p><p>A incidência de encargos sociais depende da legislação e das práticas empresariais. As bases de cálculo devem ser</p><p>revisadas sempre que ocorrerem mudanças nos dispositivos legais que regem a matéria ou nas demais variáveis</p><p>que afetam o seu montante.</p><p>Para a determinação dos encargos deverá ser observada a metodologia apresentada a seguir, aplicável ao regime</p><p>de trabalho de pessoal mensalista, que constitui o caso mais freqüente na atividade de consultoria.</p><p>Encargos básicos %</p><p>INSS 20,0</p><p>SESI/SESC 1,5</p><p>SENAI/SENAC 1,0</p><p>SEBRAE 0,6</p><p>INCRA/FUNRURAL 0,2</p><p>Salário-Educação 2,5</p><p>Seguro contra acidentes de trabalho 2,0</p><p>FGTS 8,5</p><p>TOTAL 36,3</p><p>8 Compreendem a terça-feira de Carnaval, a Sexta-feira Santa, Corpus Christi e os demais feriados quando, no ano em pauta, não coincidirem com</p><p>sábados e domingos. São os seguintes: o dia do município, 1/01, 1/05, 7/09, 12/10, 2/11, 15/11 e 25/12. Dependendo dos acordos locais, os dias 24/ 12</p><p>e 31/12 devem ser considerados abonados. O valor de F será igual à soma dos dias assim computados. 9 Fonte: Remuneração de Serviços de</p><p>Consultoria da ABCE.</p><p>ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL 151</p><p>No caso de pessoal que trabalha em fiscalização de obras, pode-se adotar a taxa de 3,0% para o seguro contra</p><p>acidentes de trabalho.</p><p>Provisões para cobrir os dias úteis não trabalhados</p><p>As provisões devem ser geradas ao longo do trabalho, vale dizer, das horas efetivamente aplicáveis aos serviços.</p><p>Durante um ano estas são iguais ao valor Nh multiplicado por 12, menos as horas úteis em que o empregado está</p><p>ausente</p><p>188</p><p>9.3.2. ENTRETENIMENTO ........................................................................................................... 188</p><p>9.3.3. ACERVOS ARTÍSTICO-CULTURAIS.................................................................................. 188</p><p>9.4. DIVERSOS........................................................................................................................................ 188</p><p>10. REDUTOR PARA PROJETOS COM REPETIÇÃO ................................................................................. 188</p><p>11. CUSTO DE EXECUÇÃO DA OBRA .......................................................................................................... 190</p><p>12. DESPESAS REEMBOLSÁVEIS ................................................................................................................ 190</p><p>13. PARCELAMENTO DE HONORÁRIOS E FORMA DE PAGAMENTO....................................................... 191</p><p>13.1. PARA EFEITO DE COBRANÇA ....................................................................................................... 191</p><p>13.2. BASEADOS EM PERCENTUAIS...................................................................................................... 191</p><p>14. SERVIÇOS DE ESCOPO REDUZIDO ...................................................................................................... 191</p><p>14.1. VALORES DAS FASES CONTRATADAS ........................................................................................ 191</p><p>14.2. SALVAGUARDAS PROFISSIONAIS ................................................................................................ 192</p><p>15. DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS............................................................................................................... 192</p><p>15.1. MULTIPLICADORES SOBRE O VALOR DO PROJETO DE ARQUITETURA DA EDIFICAÇÃO..... 192</p><p>15.2. MULTIPLICADORES SOBRE O VALOR DO PROJETO A QUE SE REFEREM OS SERVIÇOS .... 192</p><p>15.3. MULTIPLICADORES SOBRE AS DESPESAS DE EXECUÇÃO DA OBRA..................................... 193</p><p>15.4. MULTIPLICADORES SOBRE A ÁREA DE INTERVENÇÃO ............................................................ 193</p><p>15.5. MULTIPLICADORES SOBRE A POPULAÇÃO DE ÁREA DE INTERVENÇÃO ............................... 193</p><p>15.6. CRITÉRIOS RECOMENDADOS NO DOCUMENTO "MODALIDADE ALTERNATIVA</p><p>DE CONTRATAÇÃO E REMUNERAÇÃO DE SERVIÇOS DE ARQUITETURA"............................. 193</p><p>CAPÍTULO XIII</p><p>TOPOGRAFIA E AGRIMENSURA.........................................................................................................195</p><p>1. INTRODUÇÃO .......................................................................................................................................... 195</p><p>2. PREMISSAS BÁSICAS A SEREM ADOTADAS ....................................................................................... 195</p><p>8 ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL</p><p>2.1. CUSTOS INDIRETOS ...................................................................................................................... 195</p><p>2.2. LUCRO BRUTO ............................................................................................................................... 196</p><p>3. QUALIDADES E GRAUS DE DIFICULDADES EM SERVIÇOS DE ENG. DE AGRIMENSURA.............. 1 96</p><p>3.1. ACESSO........................................................................................................................................... 196</p><p>3.2. TIPO DE TERRENO......................................................................................................................... 196</p><p>3.3. COBERTURA VEGETAL.................................................................................................................. 196</p><p>3.4. INTEMPÉRIES ................................................................................................................................. 196</p><p>3.5. HORÁRIOS ...................................................................................................................................... 196</p><p>3.6. APOIO LOGÍSTICO.......................................................................................................................... 197</p><p>3.7. SEGURANÇA................................................................................................................................... 197</p><p>4. COMPOSIÇÃO DE PREÇOS UNITÁRIOS............................................................................................... 197</p><p>4.1. TAXA DE ENCARGOS SOCIAIS ..................................................................................................... 197</p><p>4.1.1. DEMONSTRATIVO DE ENCARGOS SOCIAIS INCIDENTES SOBRE A MÃO-DE-OBRA 197</p><p>4.1.2. DEMONSTRATIVO DO PERCENTUAL DE ALIMENTAÇÃO EM ENCARGOS SOCIAIS.. 198</p><p>4.1.3. DEMONSTRATIVO DO PERCENTUAL DE TRANSPORTE NOS ENCARGOS SOCIAIS 198</p><p>4.2. SALÁRIOS MENSAIS DE MÃO-DE-OBRA E CUSTO DE EQUIPAMENTOS E VEÍCULOS............199</p><p>4.3. NÚMERO DE DIAS DISPONÍVEIS PARA TRABALHO NO MÊS .....................................................200</p><p>4.4. COMPOSIÇÃO DE PREÇOS DE EQUIPES POR DIA DE TRABALHO ...........................................201</p><p>4.5. COMPOSIÇÃO DE PREÇOS UNITÁRIOS DE SERVIÇOS DE TOPOGRAFIA................................213</p><p>5. TABELA DE PREÇOS UNITÁRIOS DE REFERÊNCIA............................................................................ 220</p><p>6. VALIDADE E REAJUSTAMENTO DOS PREÇOS UNITÁRIOS DE REFERÊNCIA ................................. 222</p><p>CAPÍTULO XIV</p><p>MECÂNICA DOS SOLOS E FUNDAÇÕES...........................................................................................223</p><p>1. INTRODUÇÃO...........................................................................................................................................223</p><p>2. FIXAÇÃO DE HONORÁRIOS....................................................................................................................223</p><p>2.1. FUNDAÇÃO DE EDIFÍCIOS RESIDENCIAIS, COMERCIAIS E GALPÕES .....................................223</p><p>2.1.1. BASE DE CÁLCULO........................................................................................................... 223</p><p>2.1.2. CRITÉRIOS DE FIXAÇÃO DOS HONORÁRIOS.................................................................223</p><p>2.1.3. CONSIDERAÇÃO ESPECIAL PARA O SERVIÇO DE DIREÇÃO TÉCNICA ......................225</p><p>2.1.4. CASO ESPECÍFICO DO PARECER TÉCNICO...................................................................225</p><p>2.1.5. CASO ESPECÍFICO DE CONJUNTOS HABITACIONAIS ..................................................225</p><p>2.1.6. SERVIÇOS NÃO INCLUÍDOS .............................................................................................225</p><p>2.1.7. DIREÇÃO TÉCNICA DE OBRAS SITUADAS FORA DO MUNICÍPIO DA SEDE................226</p><p>2.2. OUTROS SERVIÇOS PROFISSIONAIS DE PROJETO, ASSESSORIA, CONSULTORIA ..............226</p><p>2.2.1. BASE DE CÁLCULO............................................................................................................226</p><p>2.2.2. CRITÉRIOS DE FIXAÇÃO DOS HONORÁRIOS.................................................................226</p><p>2.2.3. ORIENTAÇÕES COMPLEMENTARES PARA O CÁLCULO DOS HONORÁRIOS.............227</p><p>ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL • 9</p><p>CAPÍTULO XV</p><p>ENGENHARIA ESTRUTURAL.............................................................................................................. 229</p><p>1. DEFINIÇÃO DOS SERVIÇOS................................................................................................................... 229</p><p>1.1. ESTUDOS E PROJETOS ................................................................................................................. 229</p><p>1.1.1 ESTUDOS PRELIMINARES ............................................................................................. 229</p><p>1.1.2. ANTEPROJETO.................................................................................................................. 229</p><p>1.1.3. PROJETO BÁSICO ............................................................................................................</p><p>do trabalho.</p><p>As ausências serão computadas como segue:</p><p>Férias Nh</p><p>Faltas justificadas por lei 2 dias x J</p><p>Faltas abonadas 3 dias x I</p><p>Soma Nh + 5J</p><p>O total de horas efetivamente aplicável durante o ano será assim:</p><p>12 N h-(N h + 5J) = 11 N h - 5J</p><p>E a provisão para cobrir os dias úteis não trabalhados, em percentagem, será expressa por:</p><p>[(Nh + 5J) /(11 Nh-5J)] x 100</p><p>Provisões para atender aos encargos de demissão</p><p>Os encargos para demissão são o aviso prévio, o fundo de garantia sobre o aviso prévio (quando indenizado), a</p><p>multa por demissão imotivada e o custo da dispensa obstativa, no mês que antecede o dissídio. Tais incidências não</p><p>são exigíveis quando a demissão é voluntária.</p><p>A partir de base estatística levantada em trabalhos anteriores,10 recomenda-se a adoção das seguintes hipóteses:</p><p>■ Os empregados demitidos sem justa causa terão seu aviso prévio indenizado.</p><p>■ O prazo médio de permanência dos empregados na empresa é igual a 2 anos.</p><p>■ 20% das demissões são voluntárias.</p><p>Os encargos, em percentagem, serão: Aviso prévio</p><p>indenizado</p><p>[0,8Nh/2(11Nh-5J)] x 100</p><p>Fundo de garantia e multa sobre aviso prévio</p><p>[(0,085 x 1,50 x 0,8Nh / 2(11Nh - 5J)] x 100</p><p>10 Ver nota 9.</p><p>152 ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL</p><p>Multa por demissão imotivada11</p><p>[(0,8 x 26,66 x 0,085 x 0,50Nh) / 2(11 Nh - 5J)] x 100</p><p>Dispensa obstativa</p><p>[0,8Nh / 12x2(11 Nh-5J)] x 100</p><p>A totalização dessas quatro incidências levará à seguinte expressão, que resume as provisões para atender aos</p><p>encargos de demissão:</p><p>[1,875Nh/2(11Nh-5J)] x 100</p><p>Abonos Legais</p><p>Estão incluídas sob este título as seguintes incidências:</p><p>13º Salário</p><p>[Nh 1 (11Nh-5J)] x 100</p><p>Terço Constitucional</p><p>[0,333Nh / (11Nh - 5J)] x 100</p><p>O total dos abonos em percentagem será expresso por:</p><p>[1,333Nh / (11Nh - 5J)] x 100</p><p>Incidências duplas</p><p>As taxas de encargos básicos incidem sobre os dias não trabalhados e sobre os abonos legais. O montante dessa</p><p>reincidência, em percentagem, será igual a:</p><p>36,3% x {1 + [(Nh + 5J)/(11Nh - 5J)]} x {1 + [1,333Nh / (11 Nh - 5J)]}</p><p>Encargos complementares</p><p>As incidências discriminadas a seguir são exigíveis legalmente (caso do vale-transporte) ou oriundas de acordos</p><p>coletivos ou dissídios. Os valores apontados provêm da mesma base estatística mencionada anteriormente.</p><p>Vale-transporte 0,91%</p><p>Vale-refeição 3,81%</p><p>Assistência médica 3,71%</p><p>Seguro de vida 0,58%</p><p>Total 9,01%</p><p>11 A taxa de 50% incide sobre o saldo da conta vinculada do FGTS. Esta, em dois anos, resulta da aplicação da taxa de 8,5% sobre 26,66 salários (22</p><p>salários, mais 2 salários majorados em 1/3, mais dois décimos terceiros).</p><p>ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL 153</p><p>Exemplo de aplicação do roteiro para cálculo dos encargos sociais</p><p>Ao se iniciar o cálculo devem ser apuradas a jornada de trabalho J e a quantidade dos dias de folga F que ocorrem</p><p>no caso sob análise.12 Para este exemplo serão admitidos os valores</p><p>J = 8horaseF = 10 dias,13</p><p>que são bastante freqüentes. O total de dias úteis do mês será:</p><p>Nd = (261 - 10)/12 = 20,9</p><p>e a quantidade de horas úteis por mês:</p><p>Nh = 20,9 x8 = 167,2</p><p>Para esses valores de Nh e J resulta a seguinte composição de encargos sociais, em percentagem:</p><p>Encargos básicos 36,30</p><p>Provisão para cobrir os dias úteis não-trabalhados</p><p>[(Nh + 5J)/(11Nh-5J)] x 100= 11,50</p><p>Provisão para os encargos de demissão</p><p>[1,875Nh/2(11Nh-5J)] x 100= 8,71</p><p>Abonos legais</p><p>[1,333Nh/(11Nh-5J)] x 100= 12,38</p><p>Incidências duplas</p><p>36,3 %x (0,1150 + 0,1238)= 8,66</p><p>Encargos complementares 9,01</p><p>Soma 86,56</p><p>Isto é, para este exemplo, ES = 0,8656.</p><p>1.9.2.3. DESPESAS INDIRETAS (Dl)</p><p>Base de aplicação: CD (1 + ES)</p><p>Sob essa rubrica devem ser incluídos os custos gerais incorridos pela empresa que não podem ser diretamente</p><p>imputados aos contratos. O seu valor depende das características estruturais de empresa, da sua conjuntura</p><p>comercial e, em especial, do local onde se desenvolvem os serviços: escritório (próprio ou do cliente) ou campo.</p><p>12 V. item Custo Direto de Salários (CD).</p><p>13 Esses valores são usuais para serviços feitos em escritório, e não no campo. De todo modo devem ser calculados caso a caso.</p><p>154 ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL</p><p>A determinação da incidência das despesas indiretas no preço deve ser feita para a situação específica de cada</p><p>empresa. Ela é realizada mediante o cálculo do montante destas despesas e o correlacionamento desse total com o</p><p>valor</p><p>CD (1 + ES)∑</p><p>gerado por todos os contratos da Consultora. Devem ser cobertos os custos de capacitação e atualização técnica e</p><p>gestão de qualidade, além das despesas gerais (mão-de-obra administrativa, desenvolvimento comercial e outras</p><p>despesas).</p><p>Custos de capacitação e atualização técnica e gestão de qualidade</p><p>Inclui os custos de mão-de-obra, materiais, publicações, equipamentos e outras despesas relativas às seguintes</p><p>atividades:</p><p>■ Treinamento de recursos humanos.</p><p>■ Participações em seminários e congressos técnicos, inclusive preparo de trabalhos técnicos para</p><p>apresentar nesses eventos.</p><p>■ Visitas e viagens técnicas.</p><p>■ Assinatura de periódicos, compra de livros e leitura desse material.</p><p>■ Manutenção e automação do acervo técnico (biblioteca, arquivo técnico).</p><p>■ Custos gerais de acesso a bancos de dados, computadorizados nacionais e internacionais.</p><p>■ Outras despesas gerais de capacitação técnica.</p><p>■ Despesas de instalação de programas de gestão de qualidade.</p><p>As despesas realizadas com estas atividades poderão atingir até 6% do custo de salários e encargos sociais</p><p>(CD)(1 + ES). O Cliente poderá solicitar da Consultora a apresentação de comprovantes elucidativos do programa e</p><p>das despesas de capacitação tecnológica empreendidas pela Consultora.</p><p>Despesas Gerais</p><p>Deverão ser incluídas nessa classificação as seguintes despesas: MÃO-</p><p>DE-OBRA NÃO DEBITÁVEL A OUTRAS RUBRICAS</p><p>■ Salários e encargos do pessoal de administração, incluindo direção/gerência, planejamento e controle de</p><p>produção, contabilidade, pessoal, suprimentos, serviços gerais, secretaria, biblioteca e arquivo, limpeza,</p><p>transporte, vigilância, mensageiros e demais serviços.</p><p>■ Custo do pessoal não-alocado.14</p><p>■ Despesas de mão-de-obra e outros insumos para comercialização.</p><p>■ Honorários pagos a terceiros: assessoria jurídica, despachantes, auditoria, consultores (não cobertos por</p><p>contratos), etc.</p><p>14 Refere-se basicamente ao pessoal comprometido em futuros serviços cujas propostas estejam em negociação (equivale aproximadamente ao</p><p>conceito americano de manter a condição de "readiness-to serve").</p><p>ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL 155</p><p>DESENVOLVIMENTO COMERCIAL</p><p>Serão incluídos nessa categoria todos os custos de comercialização da empresa, abrangendo mão-de-obra,</p><p>publicidade, prospectos, compra de editais, preparação e acompanhamento de propostas e demais despesas</p><p>correlatas.</p><p>OUTRAS DESPESAS</p><p>Estão incluídas nessa rubrica todos os demais custos indiretos, tais como:</p><p>■ Hardware e software para aplicações técnicas e administrativas não incluídas em contratos. Aluguéis e</p><p>serviços públicos (água, comunicações, energia, etc).</p><p>■ Material de consumo, depreciação de móveis e máquinas, despesas de manutenção.</p><p>■ Instrumentos e equipamentos.</p><p>■ Operação e manutenção de veículos.</p><p>■ Gastos legais, bancários e seguros.</p><p>■ Gastos com associações de classe e de fiscalização do exercício da profissão.</p><p>■ Comunicações gerais (telefone, fax, telex, malotes).</p><p>Tipicamente, as despesas gerais, para serviços feitos no escritório da Consultora, situam-se no intervalo</p><p>compreendido entre 45% e 60% do custo direto de salários e encargos (CO)(1 +ES). No caso de serviços realizados</p><p>no campo, essa faixa fica em torno de 15% a 20%.</p><p>Para totalizar o valor de Dl, à cifra computada para as despesas gerais deve ser adicionado o percentual de 6%</p><p>oriundo dos custos de capacitação e atualização técnica e gestão de qualidade.</p><p>1.9.2.4. LUCRO (L)</p><p>Base de aplicação: CD (1 + ES)(1 + Dl)</p><p>Utiliza-se geralmente um</p><p>valor situado entre 10% e 20% como lucro da Consultora. Sendo a escolha desse montante</p><p>um elemento importante da estratégia empresarial, ela deverá ser decidida e negociada caso a caso.</p><p>1.9.2.5. ENCARGOS FINANCEIROS (EF)</p><p>Base de aplicação: CD (1 + ES)(1 + Dl)(1 + L)</p><p>Em conjuntura não-inflacionária deve ser calculado o efeito financeiro provocado pela defasagem entre a ocorrência</p><p>das despesas advindas da execução do contrato e os recebimentos. Considerando o caso mais comum de</p><p>recebimentos mensais, trata-se de determinar o fluxo de caixa dentro do mês típico e calcular as despesas ou</p><p>receitas financeiras geradas. Como a prática de adiantamentos financeiros é rara, o fluxo de caixa usualmente é</p><p>negativo.</p><p>Uma aproximação aceitável do cálculo desses encargos financeiros consiste em determinar o ponto virtual de</p><p>concentração das despesas no mês ("centro de gravidade" dos desembolsos), correspondentes aos custos gerados</p><p>no mês anterior, apurando assim a defasagem cronológica entre esse ponto e a data contratual de pagamento.</p><p>156 ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL</p><p>O encargo financeiro, em percentagem, será calculado pela fórmula</p><p>[(1 + t / 100)n/30 - 1] x 100</p><p>onde</p><p>t é a taxa de juros de mercado, em percentagem ao mês.</p><p>n é o espaço de tempo, em dias, entre o centro de gravidade dos desembolsos e a data contratual de recebimento.</p><p>Se houver inflação a taxa t deverá incorporar também a correção monetária. Nessa hipótese o contrato preverá ainda</p><p>reajustamento monetário de cada pagamento, de molde a restabelecer o valor real dos preços da época da proposta.</p><p>Para a determinação do centro de gravidade deverá ser usada a seguinte expressão:</p><p>SL x d1 + EE x d2 + EP x d3 + MD x d4</p><p>SL + EE + EP + MD</p><p>Onde</p><p>SL - Salários líquidos</p><p>EE - Encargos sociais correspondentes ao empregado</p><p>EP - Encargos sociais imediatos do empregador</p><p>MD - Demais desembolsos</p><p>d1, d2, d3, d4 - dias corridos correspondentes a cada item acima</p><p>(as siglas SL, EE, EP, DO significam a incidência percentual relativa de cada item).</p><p>Não serão computados no cálculo os encargos sociais provisionados. Essa abordagem equivale a considerar que a</p><p>receita financeira por eles gerada será equilibrada pelo aumento do valor da base de cálculo desses encargos, na</p><p>época em que eles tiverem que ser pagos.</p><p>1.9.2.6. IMPOSTOS SOBRE O FATURAMENTO (I)</p><p>Base de aplicação: CD(1 + ES)(1 + Dl)(1 + L) (1 + EF)</p><p>Incidem sobre o faturamento os seguintes tributos:</p><p>ISS 1% a 5%15</p><p>PIS 0,65%</p><p>COFINS 3%</p><p>CPMF 0,038%</p><p>A fórmula para calcular o valor de I, em percentagem, é a seguinte:</p><p>i / (100 - i x 100⎡ ⎤⎣ ⎦∑ ∑</p><p>15 O valor do ISS, dentro da faixa indicada, depende da legislação municipal no local do estabelecimento prestador do serviço. As empresas que</p><p>são sociedades uni profissionais recolhem uma alíquota fixa anual.</p><p>ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL 157</p><p>onde</p><p>i∑ é a somatória das alíquotas (em percentagem) dos impostos incidentes.</p><p>1.9.2.7 TOTALIZAÇÀO DAS INCIDÊNCIAS (EXEMPLO)</p><p>K = (1 + ES)(1 + Dl)(1 + L) (1 + EF)(1 + I)</p><p>A totalizaçào apresentada a seguir tem caráter ilustrativo, uma vez que o cálculo deve ser feito para cada orçamento</p><p>em elaboração.</p><p>Encargos sociais (conforme exemplo anterior)</p><p>ES = 0,8546</p><p>Despesas indiretas</p><p>Supor-se-á que a determinação desses custos tenha levado aos percentuais de 6% para as despesas de capacitação</p><p>e de 54% para as despesas gerais. Logo:</p><p>Dl = 0,60</p><p>Lucro</p><p>Será assumido neste exemplo o valor de 12%.</p><p>L = 0,12</p><p>Encargos financeiros</p><p>Assumindo que da utilização da fórmula apresentada anteriormente16 resulte o dia 7 como sendo o centro de</p><p>gravidade dos desembolsos, e que a taxa de inflação seja de 3% ao mês e a de juros de 30% ao ano, os encargos</p><p>financeiros calculados segundo a metodologia preconizada serão iguais a 5,7%, ou seja:</p><p>EF = 0,057</p><p>Impostos</p><p>Admitindo que o ISS seja igual a 2%, a fórmula proposta leva a um valor de 4,87% dos impostos sobre o faturamento,</p><p>isto é:</p><p>1 = 0, 0487</p><p>O valor de K será, portanto, igual a:</p><p>K = (1 + 0,8546) (1 + 0,60) (1 + 0,12) (1 + 0,057) (1 + 0,0487)</p><p>16 Ver título Encargos Financeiros.</p><p>158 ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL</p><p>ou seja,</p><p>K = 3,68 para a base de 167,2 horas úteis por mês.</p><p>1.9.2.8. DESPESAS DIRETAS (DD)</p><p>Estes dispêndios derivam diretamente da execução contratual, mas não estão correlacionados com a mão-de-obra</p><p>aplicada. Deverão ser reembolsados à medida que ocorrem, através de comprovação mensal.</p><p>Abrangem as seguintes rubricas, principais:</p><p>■ viagens, transportes, estadia e alimentação;</p><p>■ consultores especiais;17</p><p>■ pessoal autônomo (honorários mais encargos);</p><p>■ subcontratações;</p><p>■ comunicações interurbanas e internacionais (inclusive correio e malotes);</p><p>■ reprodução e edição (cópias e serviços gráficos);</p><p>■ fornecimentos (fotos, mapas, etc);</p><p>■ processamento computadorizado de dados;</p><p>■ consultas a bases de dados "on-line";</p><p>■ despesas para aprovação e inscrição dos projetos em órgãos públicos (taxas, alvarás, impostos,</p><p>emolumentos, honorários de despachantes);</p><p>■ serviços de campo e de laboratório;</p><p>■ seguros e fianças.18</p><p>1.9.2.9. CONTINGÊNCIAS (CO)</p><p>A provisão para contingências é uma parcela aditiva do orçamento. Deve ser estabelecida considerando-se dois</p><p>tipos de fatores interdependentes: a precisão com que é definido o escopo do trabalho e o regime de execução do</p><p>futuro contrato entre o Cliente e a Consultora.</p><p>Tendo em vista a natureza não-determinística do problema, o cálculo das contingências deveria ser feito mediante o</p><p>tratamento estatístico de dados advindos da prática da Consultora e do Cliente, focalizando os diferenciais históricos</p><p>entre o Orçamento Preliminar e a remuneração total efetivamente paga. Esse procedimento é de difícil</p><p>implementação, tendo em vista a precariedade dessa base de dados.19</p><p>Enquanto não forem disponibilizados elementos que permitam o cálculo acurado, recomenda-se adotar uma</p><p>provisão de 5% a 10% para contingências. Esse percentual deve ser aplicado sobre o total das incidências</p><p>orçamentárias anteriores, ou seja:</p><p>co = (5% a 10%) (K x CO + DO)</p><p>17 Trata-se, neste caso, de profissionais de qualificação extraordinária, que não podem ser enquadrados nos modelos estabelecidos para a</p><p>remuneração da mão-de-obra:</p><p>18 E importante reiterar que o seguro para cobertura de erros de projeto deve ser obrigatoriamente contratado quando a responsabilidade financeira</p><p>da Consultora não for limitada nos termos indicados no Capítulo que trata da Responsabilidade Técnica.</p><p>19 É recomendável que as entidades de classe empresariais do setor iniciem um esforço para criar uma base de dados relativa a preços a partir da</p><p>entrada</p><p>em vigor do Manual.</p><p>ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL 159</p><p>1.9.3. MÉTODO 3 - CONTAGEM DOS DOCUMENTOS A SEREM PRODUZIDOS</p><p>Para elaborar o Orçamento Preliminar a partir deste método deve-se estimar a quantidade de documentos técnicos a</p><p>serem produzidos e o preço unitário de cada tipo de documento. O orçamento será igual à soma dos produtos das</p><p>quantidades de documentos pelos preços unitários respectivos. Essa forma de orçar aplica-se especialmente quando</p><p>o serviço é um projeto de engenharia. Nessa hipótese o documento técnico típico é o desenho. Recomenda-se adotar</p><p>o formato A 1 como padrão para contagem de desenhos.</p><p>O orçamento é expresso pela relação</p><p>R = I (Qi x Pi) + DD (1 +A) + CO</p><p>Onde</p><p>R é a remuneração</p><p>Q é a quantidade de documentos de cada tipo</p><p>P. é o preço unitário de cada tipo de documento</p><p>DD são as despesas diretas</p><p>A é a taxa de administração</p><p>CO são as contingências</p><p>A fórmula para cálculo do preço unitário do desenho é:</p><p>P = CD (1 + ES) (1 + Dl) (1 + L) (1 + EF) (1 + I)</p><p>sendo que nesse caso ela fornece o preço de um desenho. Na prática, isso significa que as horas (h() e a</p><p>composição de categorias profissionais a computar para calcular o valor de CD são as aplicadas para produzir um</p><p>desenho típico.</p><p>Os significados das expressões constantes da fórmula são os mesmos indicados no Método</p><p>2.</p><p>1.9.4. MÉTODO 4 - IMPORTÂNCIA DO SERVIÇO NO EMPREENDIMENTO</p><p>Serão orçados segundo este método os serviços que não podem ou não devem ser enquadrados em roteiro</p><p>padronizados de cálculo. Aplicam-se a situações especiais, quando se empregam tecnologias patenteadas, de alto</p><p>valor por seu conteúdo ou por seu preço, ou quando o serviço de engenharia consultiva gera um produto que tem um</p><p>impacto especial na concepção ou no desempenho do empreendimento. E o caso de prestações que mobilizam</p><p>especialistas, de capacidade técnica excepcional ou profissionais dotados de poder inventivo acima da média.</p><p>A demanda por esse tipo de produto tende a aumentar, uma vez que os Clientes enfrentam desafios crescentes para</p><p>melhorar sua eficiência e aumentar a produtividade em prazos cada vez mais curtos.</p><p>O orçamento desses serviços de engenharia consultiva deve ser baseado em avaliações subjetivas, levemente</p><p>balizadas por alguns indicadores cuja configuração dependerá da natureza do caso em pauta. Eles podem estar</p><p>associados a resultados operacionais inusitados, a soluções criativas que reduzam investimentos, a ganhos</p><p>extraordinários (e quantificáveis) de competitividade e a outros índices.</p><p>160 ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL</p><p>1.9.5. MÉTODO 5 - PREÇO DE SERVIÇOS SEMELHANTES</p><p>Este método consiste em realizar a estimativa orçamentária mediante correlação com o preço de serviços de porte e</p><p>natureza semelhantes, já realizados.20 Essas informações devem ser obtidas nos arquivos do Cliente e da</p><p>Consultora, em publicações especializadas e em outras fontes. Importa notar que este método não se confunde com</p><p>o de Percentual sobre o Valor de Obras, uma vez que ele não passa pela determinação do referido valor.</p><p>1.9.6. MÉTODO 6 - CONTRATOS POR ADMINISTRAÇÃO</p><p>1.9.6.1. INTRODUÇÃO</p><p>Muitas vezes os serviços de engenharia consultiva não podem ser quantificados com precisão razoável, antes de</p><p>serem iniciados, principalmente quando envolvem diversas áreas de especialização.</p><p>Nestes casos é muito comum os Contratos por Administração, também chamados de contratos de "COST-PLUS".</p><p>Em tais contratos os preços compõem-se de custos reais comprovados, apurados em medições periódicas,</p><p>acrescidos de parcelas de lucro, encargos complementares, custos indiretos, custos financeiros, impostos e outros,</p><p>se houver, os quais são representados genericamente pela letra "K".</p><p>No caso mais geral, os custos são os seguintes:</p><p>■ custo direto de mão-de-obra;</p><p>■ encargos sociais;</p><p>■ encargos complementares;</p><p>■ despesas indiretas;</p><p>■ custo financeiro;</p><p>■ tributos sobre o faturamento.</p><p>Nos serviços de engenharia consultiva os principais custos são os de mão-de-obra, razão pela qual é através deles</p><p>que são cobrados os outros custos. O procedimento é o seguinte:</p><p>Calcula-se o custo direto somando-se as horas que cada profissional trabalhou no período da medição, multiplicadas</p><p>pelos respectivos custos horários.</p><p>Estes, por sua vez, são obtidos pela divisão dos salários por um número-padrão de horas, a ser analisado mais</p><p>adiante.</p><p>A seguir, multiplica-se o resultado por um coeficiente, geralmente designado por "k", que incorpora ao preço os</p><p>demais custos e o lucro do consultor.</p><p>Em resumo temos a seguinte fórmula:</p><p>20 Seria mais preciso realizar a comparação com a remuneração (somas dos pagamentos feitos) e não com preço (contratual) dos serviços</p><p>semelhantes já realizados. Essa idéia entretanto é pouco viável, tendo em vista os níveis de inflação nos últimos anos e a pobreza dos registros</p><p>disponíveis.</p><p>ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL 161</p><p>CUSTO DIRETO =</p><p>n</p><p>I</p><p>i 1</p><p>SALÁRIO</p><p>DIVISOR=</p><p>∑ x HORAS TRABALHADAS</p><p>Onde:</p><p>n = número total de profissionais envolvidos.</p><p>Portanto:</p><p>VALOR DA MEDIÇÃO = CUSTO DIRETO x K</p><p>1.9.6.2. CÁLCULO DO CUSTO DIRETO</p><p>1.9.6.2.1. CRITÉRIOS DE CÁLCULO</p><p>O divisor dos salários para determinação dos custos horários, que vamos indicar por "D", é até certo ponto arbitrário,</p><p>resultando de diferentes custos diretos.</p><p>Às vezes adota-se D correspondente a uma situação hipotética em que o funcionário trabalhasse todos os dias do</p><p>mês, inclusive domingos e feriados, levando-se em conta através dos encargos sociais a realidade de não haver</p><p>trabalho nesses dias.</p><p>Outras vezes, toma-se D correspondente ao número médio de horas mensais de trabalho na empresa, ficando já</p><p>computadas no custo direto as folgas oficiais.</p><p>Poderá ainda ser adotado algum outro divisor e em cada caso resultará um valor diferente para o coeficiente K.</p><p>Entretanto, pode-se demonstrar que ao se variar D, o valor de K varia na mesma proporção, de modo que o preço</p><p>final da hora independe do critério de cálculo do custo horário.</p><p>Calculado um par de valores K/D, por um critério válido qualquer, por simples regra de três, determina-se um outro</p><p>par.</p><p>No presente estudo, adotaremos um critério que permite separar melhor os diversos custos, tornando mais fácil a</p><p>compreensão do problema.</p><p>Vamos estabelecer o seguinte conceito:</p><p>O Custo Direto de um funcionário, ao longo de um determinado período, será composto por todas as</p><p>importâncias pagas diretamente a ele, inclusive na sua demissão. O custo horário será obtido</p><p>dividindo-se o custo direto pelo número provável de horas que ele efetivamente trabalhará no referido</p><p>período.</p><p>Adotado este conceito, ficará definido o divisor dos salários para a determinação dos custos diretos horários, como</p><p>será demonstrado mais adiante.</p><p>162 ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL</p><p>1.9.6.2.2. NÚMERO MÉDIO DE HORAS TRABALHADAS MENSALMENTE PELA EMPRESA</p><p>De acordo com a Constituição Brasileira, a jornada máxima de trabalho é de 44 horas semanais, a qual pode ser</p><p>cumprida com trabalho aos sábados ou em apenas cinco dias da semana.</p><p>E muito comum as empresas de engenharia consultiva trabalharem apenas 8,50 horas por dia de segunda a sexta-</p><p>feira ou mesmo 8,00 horas por dia, correspondendo a jornadas de 42,50 e 40,00 horas semanais, respectivamente.</p><p>Para os três casos, vamos considerar que o sábado seja compensado. Nestas condições, o número de dias úteis ao</p><p>longo de um ano é calculado como a seguir:</p><p>Número médio de dias em 1 ano ........................................................................................................365,25</p><p>Número de domingos............................................................................................................................ 52,18</p><p>Número de sábados.............................................................................................................................. 52,18</p><p>Número de feriados não coincidentes (*) ................................................................................................ 9,88</p><p>Total de folgas oficiais.........................................................................................................................114,24</p><p>TOTAL DE DIAS ÚTEIS ANUAIS........................................................................................................251,01</p><p>(*) Feriados não coincidentes com sábados e domingos: terça-feira de carnaval, Sexta-feira Santa e quinta-feira de "Corpus Christi".</p><p>Feriados passíveis de coincidir com sábados e domingos: dia do município, 01/01, 21/04, 01/05, 07/09,12/10, 02/11 e 25/12.</p><p>Por força de acordo firmado no dissídio coletivo da categoria, devem ser abonados os dias 24/12 e 31/ 12. O valor</p><p>9,88 considerado corresponde à média do que ocorreu nos últimos oito anos, a partir de 1991, inclusive</p><p>considerando-se o dia 25/01 para o dia de aniversário do Município de São Paulo.</p><p>O número médio mensal de dias úteis será:</p><p>Em função da jornada de trabalho da empresa, resultarão os números HM de horas mensais trabalhadas, em média,</p><p>conforme o quadro a seguir:</p><p>HORAS TRABALHADAS</p><p>Jornada Semanal 40,0 42,5 44,0</p><p>Horas Diárias HD 8,0 8,5 8,8</p><p>Horas Trabalhadas no mês HM 167,36 177,82 184,10</p><p>1.9.6.2.3. NÚMERO MÉDIO DE HORAS TRABALHADAS POR UM FUNCIONÁRIO NO ANO</p><p>Ao longo</p><p>de um ano, o número de horas trabalhadas por um funcionário é menor do que o número de horas</p><p>trabalhadas pela empresa. Precisamos descontar as férias, as faltas abonadas e para determinar um número médio,</p><p>levar em conta a existência de funcionários em aviso prévio, em licença-maternidade ou em licença-paternidade.</p><p>ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL 163</p><p>251,01DM = = 20,92</p><p>12</p><p>No cálculo das horas trabalhadas é importante o conhecimento estatístico da rotatividade dos empregados, a qual é</p><p>bastante variável, em função do tipo e do local de trabalho. Neste estudo vamos supor que os empregados</p><p>permaneçam, em média, 2,5 anos na empresa (incluindo o mês em aviso prévio). Vamos também admitir que 80,0%</p><p>deles sejam dispensados sem justa causa.</p><p>Do total de dias úteis anuais, calculados no item anterior, temos que descontar os seguintes períodos:</p><p>a) FÉRIAS</p><p>São 30 dias corridos, correspondendo a 20,92 dias úteis, em média.</p><p>Para a rotatividade admitida, o funcionário terá apenas dois períodos de férias, 2,5 anos, recebendo</p><p>indenização correspondente a férias proporcionais na rescisão do contrato de trabalho. Assim, o desconto</p><p>médio será de 20,92 x 2 / 2,5 dias úteis. Não estamos levando em conta, por influir muito pouco no</p><p>resultado, o fato de que alguns funcionários negociam parte das férias.</p><p>b) FALTAS</p><p>Com base em dados estatísticos, vamos considerar 3 faltas previstas em lei (aí incluídas as licenças-</p><p>maternidade e paternidade)e outras 3 faltas abonadas (doença, por exemplo).</p><p>c) AVISO PRÉVIO</p><p>Havendo dispensa sem justa causa, o funcionário terá o direito de trabalhar 2 horas a menos todos os dias,</p><p>durante o mês de aviso prévio.</p><p>Na maior parte das vezes a empresa dispensa o funcionário do trabalho, para não interferir com a</p><p>produtividade da equipe. Em qualquer dos casos, esse mês é acrescentado ao tempo de permanência do</p><p>funcionário na empresa para o cálculo de seus direitos, como se ele fosse trabalhar normalmente.</p><p>O número de dias úteis equivalentes por ano, no caso de dispensa do trabalho durante o mês de aviso prévio, será:</p><p>Onde a fração corresponde a média de faltas justificadas que cairiam no período, já descontadas</p><p>(desprezando-se o fato de que isto não se aplica à licença-maternidade).</p><p>No caso de aviso prévio trabalhado teríamos(*):</p><p>80% 6 2,0 13,0720,92 x = dias</p><p>2,5 12 HD HD</p><p>⎛ ⎞−⎜ ⎟</p><p>⎝ ⎠</p><p>(*) Neste nosso estudo, vamos considerar que sempre haja dispensa do trabalho no mês de aviso prévio.</p><p>Em resumo, o número médio de dias trabalhados anualmente por um funcionário será:</p><p>DAF = 251,01 -16,74 - 6,00 - 6,53 = 221,74</p><p>164 ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL</p><p>80% 620,92 = 6,53 dias</p><p>2,50 12</p><p>⎛ ⎞−⎜ ⎟</p><p>⎝ ⎠</p><p>O número médio de horas anuais trabalhadas pelo funcionário dependerá da jornada de trabalho da empresa,</p><p>conforme tabela a seguir:</p><p>HORAS TRABALHADAS</p><p>Jornada Semanal 40,0 42,5 44,0</p><p>Horas Trabalhadas por ano HAF 1.773,92 1.884,79 1.951,31</p><p>Média Mensal 147,83 157,07 162,61</p><p>1.9.6.2.4. IMPORTÂNCIAS PAGAS DIRETAMENTE DURANTE UM ANO</p><p>Para determinar o custo direto horário de um funcionário, basta dividir tudo que ele recebe ao longo de um ano pelas</p><p>horas que ele trabalha, HAF, sempre lembrando que o cálculo é feito para um comportamento médio dos funcionários</p><p>da empresa. Vejamos, então, quanto é esperado que um funcionário receba, durante um ano. Além dos 12 salários,</p><p>temos que considerar:</p><p>a) Abonos legais.</p><p>Os abonos legais são o 13º salário e o terço de acréscimo ao salário das férias. Ao longo de um ano a</p><p>empresa tem que fazer a provisão para esses pagamentos.</p><p>b) Majoração devida a promoções e aumento de mérito.</p><p>Admitindo-se que a empresa vá mantendo atualizadas monetariamente as parcelas de provisão para</p><p>pagamento do terço correspondente às férias e ao 13o salário, os aumentos salariais decorrentes da inflação</p><p>não provocam desequilíbrio. Entretanto, os aumentos extras, motivados por promoções ou por mérito de</p><p>determinados funcionários, requerem provisão suplementar. Tais aumentos são geralmente permitidos nos</p><p>contratos por administração, dentro de certos limites.</p><p>Com base em dados estatísticos, podemos considerar que 20% dos funcionários da empresa recebam</p><p>aumentos reais, ao longo de um ano, com valor percentual médio de 20%. Ainda em termos de média,</p><p>devemos considerar que metade da provisão seja feita na base dos salários antigos. Assim, temos que</p><p>introduzir um fator de correção de:</p><p>1,0 + 1,2Fc = x 0,2 + 0,8 = 1,02</p><p>2</p><p>Com as hipóteses admitidas até aqui, já estamos somando as seguintes importâncias:</p><p>Na expressão acima computamos:</p><p>29 salários nos 2,5 anos de permanência do funcionário, dois deles majorados de 1/3 (referente às férias) e</p><p>corrigidos pela taxa de inflação por serem pagos um mês de antecipação (o 30º salário, correspondente ao</p><p>aviso prévio indenizado, será considerado adiante, nos custos de demissão); 2 décimos terceiros corrigidos</p><p>em função da inflação. Os salários de férias e décimos terceiros foram multiplicados por 1,02 em razão dos</p><p>aumentos extras).</p><p>ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL 165</p><p>27 + (1,333 x 2 x 1,1 + 1,200 x 2) x 1,02 SALÁRIOS = 1,976 SALÁRIOS</p><p>2,5</p><p>c) Custos de demissão.</p><p>A indenização por tempo de serviço, devida na dispensa sem justa causa, é de 45% sobre o valor acumulado</p><p>do FGTS. Fundo de Garantia por Tempo de Serviço do funcionário. Além disso, se a dispensa ocorrer no mês</p><p>que antecede a do dissídio, haverá indenização adicional de 1 salário. O FGTS é atualmente de 8,5 % sobre o</p><p>salário-base do funcionário. Sobre os valores dos depósitos, corrigidos monetariamente, incidem juros de 3%</p><p>ao ano, capitalizados mensalmente.</p><p>Nos dois anos e meio de permanência do funcionário na empresa, haverá depósitos do FGTS correspondente</p><p>a 8,5 % das seguintes parcelas:</p><p>■ 29 salários (o 30º será o aviso prévio indenizado, não recebendo incidência);</p><p>■ Dois décimos terceiros, que corresponderão a 2 x 1,2 salários, com as hipóteses feitas;</p><p>■ 2/3 de um salário (dois períodos de férias).</p><p>Além disso, na rescisão será pago mais meio salário, correspondente ao décimo terceiro proporcional,</p><p>recebendo incidência do FGTS. No total a incidência será sobre a média anual de:</p><p>Entretanto, temos que ainda considerar os juros, para se ter o valor acumulado do fundo.</p><p>Se construirmos um quadro, distribuindo as parcelas indicadas pelos meses em que são devidas,</p><p>capitalizando juros de 0,2466 ao mês (3% ao ano), chegaremos a um fundo acumulado com valor médio</p><p>anual de 8,5% de 13,5871 salários.</p><p>Admitindo-se que dos 32% (80% /2,5) de funcionários demitidos anualmente 1/12 deles o sejam no mês que</p><p>antecede o do dissídio, resultam nos seguintes custos de demissão :</p><p>demissão</p><p>1 80%Custo 0,085 x 13,5871 x 0,45 + x = 0,1930 = SALÁRIOS</p><p>12 2,5</p><p>⎛ ⎞</p><p>⎜ ⎟</p><p>⎝ ⎠</p><p>Note-se que os aumentos extras não desequilibram a provisão para custos de demissão.</p><p>Todos os custos de demissão ocorrem até dez dias após o aviso prévio, portanto antecipados</p><p>aproximadamente 2/3 de mês em relação ao fim do mês indenizado devendo ser corrigidos de acordo com a</p><p>taxa de inflação correspondente. Dentro do exemplo numérico que estamos seguindo, o total dos custos de</p><p>demissão será:</p><p>(0,884 + 0,1930) x 1,102'3 = 1,1477 SALÁRIOS</p><p>1.9.6.2.5. CUSTO DIRETO HORÁRIO</p><p>Em resumo, com as hipóteses adotadas, o total pago diretamente durante um ano é, em média, igual a:</p><p>12,976 + 1,1477 = 14,1237 SALÁRIOS</p><p>166 ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL</p><p>27,000 + 1,333 x 2 x1,1 + 1,200 x 2 + 0,5 = 13,1333 SALÁRIOS</p><p>2,5</p><p>O Custo Direto Horário que vamos designar por CDH é dado por:</p><p>Em função da jornada de trabalho da empresa, teremos os valores de D indicados na tabela a seguir:</p><p>HORAS TRABALHADAS</p><p>Jornada Semanal 40,0 42,5 44,0</p><p>Horas anuais do Funcionário HAF 1.773,92 1.884,79 1.951,31</p><p>Divisor D 125.59 133,44 138,15</p><p>Sendo HPF as horas trabalhadas por um funcionário, no período em medição, seu custo direto CD será:</p><p>Este será o Custo Direto autêntico, nitidamente</p><p>separado dos demais.</p><p>1.9.6.3. CÁLCULO DO COEFICIENTE "K"</p><p>FATORES COMPONENTES</p><p>No caso mais geral a expressão para o cálculo do coeficiente "K" é a seguinte:</p><p>K = ( 1 + K1 ) . ( 1 + K2 ) . ( 1 + K3 ) . ( 1 + K4 ) . ( 1 + K5 )</p><p>Onde:</p><p>K1 = taxa de encargos sociais incidentes sobre o custo direto de mão-de-obra;</p><p>K2 = taxa de despesas indiretas, calculadas em relação ao custo total da mão-de-obra (inclusive encargos sociais);</p><p>K3 = taxa de lucro, inclusive sobre o total dos custos (direto, mais encargos sociais, mais despesas indiretas);</p><p>K4 = taxa de custo financeiro, aplicável sobre o preço à vista, obtido com os três primeiros fatores;</p><p>K5 = taxa de tributos sobre o faturamento.</p><p>OBS.: O fator K4 será dispensável se for pagamento à vista.</p><p>1.9.6.3.1. CÁLCULO DO VALOR DE K1</p><p>A taxa K1 abrange os seguintes custos:</p><p>Encargos sociais básicos</p><p>Encargos complementares</p><p>ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL 167</p><p>14,1237 SALÁRIOS SALÁRIOCDH = =</p><p>HAF D</p><p>HAFOnde : D =</p><p>14,1237</p><p>ENCARGOS SOCIAIS BÁSICOS</p><p>ENCARGOS SOCIAIS %</p><p>INSS 20,0</p><p>SESI ou SESC 1,5</p><p>SENAI ou SENAC 1,0</p><p>SALÁRIO-EDUCAÇÃO 2,5</p><p>INCRA 0,2</p><p>SEBRAE 0,6</p><p>SEGURO DE ACIDENTES 2,0</p><p>TOTAL DO GRUPO INSS 27,8</p><p>FGTS 8,5</p><p>TOTAL GERAL 36,30</p><p>Estes percentuais incidem sobre algumas das importâncias pagas diretamente aos funcionários, isto é, sobre parte do</p><p>custo direto, como mostra a tabela a seguir:</p><p>(*) Incidindo sobre o total do 13o, valor de dezembro.</p><p>O FGTS ao longo de um ano será de 8,5 % de 14,6153, como já foi visto no item anterior. A única diferença em</p><p>relação ao INSS é que este incide sobre o total do 13º salário somente por ocasião do pagamento da segunda</p><p>parcela, em dezembro, isto é, sobre um total com 0,16 de salário a menos (0,2 x 2/2,5 com o exemplo adotado de</p><p>inflação igual a 10% ao mês). Portanto, os encargos sociais básicos representarão o percentual calculado a seguir,</p><p>em relação ao custo direto total:</p><p>8,5% de 13,1333 + 27,8% de 12,9756 = 33,4441% = 33,44 = 0,3344</p><p>14,1237</p><p>Encargos Complementares</p><p>Os encargos complementares correspondem a benefícios proporcionados aos funcionários, estabelecidos em</p><p>dissídios ou acordos coletivos (vale-refeição, assistência médica, seguro de vida, etc), ou previstos em lei como é em</p><p>caso de vale-transporte. Somando-se os custos desses benefícios ao longo de um ano e confrontando-se com o</p><p>custo direto de todos os funcionários, chegaremos a um percentual entre 3% a 5%. Portanto adotaremos a média de</p><p>4%.</p><p>681 ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL</p><p>DISCRIMINAÇÃO GRUPO INSS FGTS</p><p>27,8% 8,5%</p><p>Salários normais Sim Sim</p><p>Primeira parcela do 13º salário Não Sim</p><p>Segunda parcela do 13º salário Sim(*) Sim</p><p>Aviso prévio trabalhado Sim Sim</p><p>Aviso prévio indenizado Não Não</p><p>13o salário indenizado da rescisão Sim Sim</p><p>Férias gozadas normais Sim Sim</p><p>Férias indenizadas na rescisão Não Não</p><p>Indenização por tempo de serviço Não Não</p><p>Indenização adicional Não Não</p><p>O valor de K1 será:</p><p>K1 = 33,44 + 4,00 = 37,44% = 0,3744</p><p>1.9.6.3.2. CÁLCULO DO VALOR DE K2</p><p>As despesas indiretas são levadas em conta através de percentuais sobre o custo total de mão-de-obra</p><p>(custo direto mais encargos sociais). Os percentuais variam bastante em função do tipo de local do</p><p>serviço, do porte e organização da empresa e de outros fatores. A tabela adiante relaciona os tipos de</p><p>despesas a serem consideradas.</p><p>1 - INCIDÊNCIA GERAL</p><p>1.1 Pessoal não incluído em medições</p><p>Diretoria</p><p>Setor administrativo</p><p>Setor comercial e financeiro</p><p>Pessoal de apoio técnico(11</p><p>Pessoal ocioso temporariamente</p><p>1.2 Instalações e mobiliário Aluguéis das</p><p>instalações Manutenção do mobiliário</p><p>Instrumentos e equipamentos de segurança</p><p>1.3 Equipamentos e veículos(2) Aluguéis,</p><p>manutenção e depreciação.</p><p>1.4 Comunicações</p><p>Telefones, fax, malotes, motoboy, etc.</p><p>1.5 Materiais diversos</p><p>De escritório, desenho, limpeza, etc.</p><p>1.6 Comercialização de serviços Publicidade,</p><p>prospectos, brindes, editais, etc.</p><p>1.7 Despesas com aprimoramento técnico</p><p>Livros, revistas, cursos, seminários, viagens.</p><p>1.8Taxas, mensalidades, contribuições assistenciais.</p><p>Tributos anuais, associações técnicas ou de classe</p><p>Seguros Contas de água e luz, donativos</p><p>2. ACRÉSCIMOS DE SERVIÇOS FORA DO ESCRITÓRIO</p><p>2.1 Despesas com equipe, não incluídas nas medições:</p><p>Estadias</p><p>Viagens</p><p>Uniformes</p><p>2.2 Instalações e mobiliário(3)</p><p>2.3 Alojamentos e alimentação(3)</p><p>2.4 Instrumentos, equipamentos e veículos(2)</p><p>2.5 Materiais diversos</p><p>(!) Planejamento e controle, processamento de dados, biblioteca e arquivo, preparo de propostas.</p><p>(2) Apenas a parte que não entra nas medições.</p><p>(3) Quando não fornecidos pelo cliente.</p><p>ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL 169</p><p>O critério adotado para a organização da tabela foi o seguinte:</p><p>Todas as despesas não medidas diretamente são rateadas por todos os serviços da empresa, salvo quando</p><p>geradas especificamente por serviços desenvolvidos no campo, ou em instalações provisórias (escritórios de</p><p>campo, por exemplo), quando serão cobradas somente através do respectivo serviço.</p><p>Nessas condições, o primeiro grupo de despesas da tabela, sob o título de Incidência Geral, entra sempre na</p><p>composição da taxa K2; o segundo grupo representa um acréscimo a ser considerado no valor de K2 para</p><p>determinados serviços.</p><p>Um dos fatores que influem bastante no valor do K2 é a política salarial. Quando os salários se encontram achatados,</p><p>o valor de K2 deve ser maior já que algumas despesas indiretas se tornam proporcionalmente maiores. Pela mesma</p><p>razão, K2 tende a aumentar de forma inversamente proporcional ao nível da equipe necessária para o serviço.</p><p>Por não se ter ainda uma distribuição de percentuais que seja suficientemente confiável, correspondentes às várias</p><p>despesas indiretas relacionadas na tabela, nos limitamos a indicar os valores totais de K2. Atualmente, tratando-se</p><p>de serviços para órgãos públicos (quando as despesas de comercialização costumam ser mais elevadas),</p><p>executados por empresas de porte médio ou grande, o valor a adotar para Incidência Geral deve ser superior a 80%.</p><p>O acréscimo para serviços desenvolvidos em instalações de campo corresponde a um valor médio da ordem de 10%.</p><p>1.9.6.3.3. CÁLCULO DO VALOR DE K3</p><p>O fator K3 corresponde à taxa de lucro que deve incidir sobre o total dos custos, isto é, mão-de-obra mais despesas</p><p>indiretas.</p><p>O valor mínimo que costuma ser adotado para a taxa de lucro é da ordem de 12%.</p><p>K3 = 12% (valor adotado).</p><p>1.9.6.3.4. CÁLCULO DO VALOR DE K4</p><p>As despesas correspondentes a um período de medição vão ocorrendo em diferentes ocasiões. Se, por exemplo, as</p><p>medições forem mensais (como habitual), algumas despesas são geradas no próprio mês objeto da medição</p><p>(compras à vista, vale para funcionários), os salários e alguns encargos sociais são pagos no início do mês seguinte</p><p>e outras despesas vão ocorrer mais adiante.</p><p>Se fizermos uma média ponderada, podemos determinar um dia fictício de concentração de todos os custos, que</p><p>vamos chamar de "centro de gravidade de custos". Freqüentemente considera-se este dia como sendo o sétimo do</p><p>mês seguinte ao mês objeto da medição.</p><p>O produto:</p><p>CUSTO DIRETO x (1 + K1).(1 + K2).(1 + K3) = PREÇO AVISTA</p><p>define o preço à vista, válido para a condição do dia do pagamento coincidir com o centro de gravidade dos custos.</p><p>Se o pagamento for posterior, deverá ser acrescentado um custo financeiro.</p><p>170 ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL</p><p>Alguns contratos prevêem explicitamente uma sistemática de ajuste financeiro de preço à vista para o dia do</p><p>vencimento da medição, como é o caso da maioria dos contratos com entidades públicas do Estado de São Paulo,</p><p>seguindo o Decreto nº 32.117 de 10 de agosto de 1990. Caso contrário, a correção deverá ser prevista no coeficiente</p><p>K4, calculado da seguinte forma (para medições mensais).</p><p>n</p><p>30tK4 = 1 + 1</p><p>100</p><p>⎛ ⎞ −⎜ ⎟</p><p>⎝ ⎠</p><p>Sendo:</p><p>t = taxa de correção, em percentagem ao mês.</p><p>n = número de dias entre o centro de gravidade dos custos e o dia do vencimento.</p><p>A taxa t deverá ter como valor</p><p>mínimo a correção monetária correspondente à inflação. Deve-se notar que o ajuste</p><p>financeiro nada tem a ver com o reajustamento de preços, o qual é feito em geral com base em índices que reflitam a</p><p>variação do custo de mão-de-obra, desde o mês da proposta até o da realização dos serviços.</p><p>1.9.6.3.5. CÁLCULO DO VALOR DE K5</p><p>Vários tributos incidem sobre o faturamento da empresa. São eles o PIS, COFINS, ISS, CPMF, IRPJ e CSLL.</p><p>Normalmente, alguns desses tributos são reembolsados pelo contratante, desde que estejam definidos no contrato.</p><p>Entretanto, quando esses reembolsos não estiverem contemplados em contrato, deverão ser cobrados através da</p><p>aplicação do coeficiente K5, calculado da seguinte forma:</p><p>n</p><p>i = 1</p><p>100k5 = - 1</p><p>100 - Ti∑</p><p>Sendo:</p><p>n = número de tributos incidentes sobre o faturamento;</p><p>Ti = a soma de todos os tributos (PIS+COFINS+ISS+CPMF+IR+CS)</p><p>1.9.6.4. PARES DE VALORES K/D</p><p>Devemos observar que a dedução que apresentamos para o coeficiente K baseou-se em uma separação total dos</p><p>custos diretos, conduzindo a um divisor de salário para se ter o custo direto horário igual a:</p><p>HAFD =</p><p>14,1237</p><p>Exemplificando, numericamente, consideremos uma empresa com jornada de trabalho de 42,5 horas semanais e</p><p>vamos adotar K2 = 80% e K3 = 12%. Com o valor de K1 calculado no item anterior de 37,98, resulta o par de valores</p><p>de K / D, calculado a seguir (preço à vista e sem incluir tributos sobre o faturamento)</p><p>K = (1 +0,3798) . (1 +0,80) . (1 + 0,12) = 2,7817</p><p>ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL 171</p><p>Portanto:</p><p>1.884,79 K 2,7817D = = 133,4487 = = 0,0208</p><p>14,1237 D 133,4487</p><p>Podemos transformar agora o par K / D como julgamos conveniente, conforme mostrado na tabela a seguir:</p><p>DIVISOR D COEFICIENTE K</p><p>1 0,0208</p><p>160 3,328</p><p>220 4,576</p><p>178 3,702</p><p>(178 = HM = horas trabalhadas mensalmente pela empresa, para jornada de trabalho considerada)</p><p>Costumam ser usados os divisores 160 e 220. O divisor 160, porém, sendo sempre menor do que o número de horas</p><p>úteis mensais, leva o contratante pouco informado sobre seu significado à falsa impressão de estar sendo explorado.</p><p>É preferível evitá-lo.</p><p>Se dividirmos o salário por HM, dependente da jornada de trabalho da empresa, o valor de K passa a ser</p><p>independente da jornada. Observe-se que o número de horas HM é também o que deverá ser utilizado no preparo</p><p>dos cronogramas. Por outro lado, se multiplicarmos o salário pelo fator K associado a HM (sem dividi-lo por HM),</p><p>teremos o preço do homem hora x mês. Portanto, julgamos conveniente adotar HM como divisor-padrão.</p><p>1.9.6.4. EXEMPLO DE CÁLCULO DO K</p><p>Vamos redefinir o custo direto como sendo composto apenas pelos salários, acrescentando nos encargos sociais</p><p>percentuais correspondentes aos demais custos considerados no item anterior (9.6.2.4). O custo direto unitário será</p><p>obtido dividindo-se o salário pelo número de horas mensais efetivamente trabalhadas pelo funcionário.</p><p>Nas considerações a seguir vamos simplificar para uma empresa com jornada de trabalho de 42,5 horas semanais</p><p>(caso mais comum). Assim o divisor será 157,07, como calculado anteriormente (9.6.2.2). Em alguns trabalhos sobre</p><p>o assunto, este número é desde logo arredondado para 160. E preferível fazer o cálculo com mais precisão e depois</p><p>converter o par K/D para os valores desejados.</p><p>Os percentuais a incorporar no valor de K1 são os calculados a seguir, com base nos valores já determinados no</p><p>item anterior (9.6.2.4).</p><p>a) Décimos terceiros salários:</p><p>2 x 1,2 x 1,02 x 100% = 8,160%</p><p>30</p><p>172 ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL</p><p>b) Férias:</p><p>(1,333 x 1,1 x 1,02 - 1) x 100% = 3,307%</p><p>30</p><p>c) Custos de demissão (corrigidos monetariamente em 2/3 de mês):</p><p>- Décimo-terceiro proporcional:</p><p>- Férias proporcionais:</p><p>- Aviso prévio indenizado (parte que excede o que seria o 30º salário normal):</p><p>Indenização por tempo de serviço:</p><p>2/31 80%0,085 x 13,5871 x 0,50 + x x 1,10 = 1,7135</p><p>12 30</p><p>⎡ ⎤</p><p>⎢ ⎥⎣ ⎦</p><p>d) Reincidências:</p><p>Como alguns dos valores acima recebam incidência dos encargos sociais propriamente ditos, temos</p><p>que somar os percentuais calculados a seguir, designados normalmente por reincidências.</p><p>- Referentes aos décimo terceiros normais:</p><p>0,248 x 2 x 0,085 x 2 x 12 x 100% = 2,530</p><p>30</p><p>- Referentes às férias gozadas normalmente:</p><p>- Referente ao décimo terceiro proporcional:</p><p>0,358 x 1,812 = 0,6360%</p><p>30</p><p>ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL 173</p><p>2/30,5 x 1,02 = 100% x 1,10 = 1,1812%</p><p>30</p><p>2/30,5 x 1,333 x 1,02 = 100% x 1,10 = 2,415%</p><p>30</p><p>2/31,0x 1,02 x 1,10 - 1 = 100% = 0,290%</p><p>30</p><p>0,358 x (1,333 x 1,1 - 1) x 2 x 100% = 1,100</p><p>30</p><p>- Referente ao aviso prévio indenizado (não existe). Portanto, descontar a incidência dos encargos sobre</p><p>o 30º mês, gerando uma reincidência negativa:</p><p>1(27,8% +8,5%) x = 1,21%</p><p>30</p><p>Temos ainda que adicionar a taxa correspondente aos encargos complementares, a qual foi adotada igual a 4% do</p><p>custo direto definido no item anterior, isto é, 4% de 14,9237 salários. Para comparar os resultados vamos adotar o</p><p>valor equivalente para a nova definição de custo direto, ou seja:</p><p>Assim, somando-se todas as incidências e reincidências calculadas anteriormente, resulta num novo valor de K1:</p><p>K1 = 61,9885% = 61,98% = 0,6198</p><p>Retomando a fórmula do K do exemplo anterior (1.9.6.4) para o divisor D = 157,07 horas, temos:</p><p>K = (1+0,6198)x(1+0,800)x(1+ 0,1200) = 3,2655</p><p>Convertendo, por exemplo, para 160 horas, temos:</p><p>Como já comentado anteriormente, os valores finais do quociente K/D independem do critério de cálculo do custo</p><p>direto.</p><p>1.9.7. CONSIDERAÇÕES GERAIS</p><p>A escolha do regime de execução do contrato é tarefa extremamente importante. Ela deve ser decidida através de</p><p>madura análise, pois tem importante influência na execução dos serviços e na qualidade dos produtos. Obviamente,</p><p>a escolha deve ser feita antes do preparo do roteiro da Proposta de Preços, pois existe uma relação íntima entre o</p><p>formato da proposta e o regime do contrato.</p><p>Pelas razões já expostas, recomenda-se que sejam esgotadas as possibilidades de utilizar a modalidade de preço</p><p>global (PGL), antes de examinar a adoção das outras variantes.</p><p>Como essa modalidade só pode ser adotada quando for possível definir antecipadamente, com segurança, o volume</p><p>e a configuração precisos do serviço a executar, fica evidente que o preparo dos termos de referência do trabalho é</p><p>atividade crucial da fase de contratação. Uma maneira eficiente de evitar a tendência simplificadora de contratar</p><p>antes da caracterização integral do escopo do trabalho é adotar como norma a execução plena, em etapas, dos</p><p>sucessivos estágios de amadurecimento técnico do empreendimento.</p><p>174 ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL</p><p>14,9237 x 4% = 4,97%</p><p>12</p><p>3,2655 x 160K = = 3,3264</p><p>157,07</p><p>K = 3,3264</p><p>Em tese, um projeto executivo não deve ser contratado antes que o projeto básico esteja concluído. Este, por sua</p><p>vez, deve ser precedido do projeto conceituai, e assim por diante. Essa diretriz não implica perda de tempo, pelo</p><p>contrário. Ela aumenta substancialmente a segurança e economia nas fases de implantação física do projeto.</p><p>De todo modo, os contratos de preço global devem conter provisões que permitam alterar o seu valor para mais ou</p><p>para menos, mediante aditamento, se, durante a execução, ocorrerem mudanças de escopo.</p><p>Os outros regimes de execução do contrato, conforme já mencionado, só devem ser utilizados quando não houver</p><p>dúvidas de que a definição prévia e acurada do escopo é inviável. Quando o grau de imprecisão for mais elevado,</p><p>devem ser adotadas as modalidades de salário x multiplicador (SML) e tarifa (TRF). O regime de salário x</p><p>multiplicador mais lucro preestabelecidos (SPE) deve ser reservado apenas aos casos em que, comprovadamente,</p><p>há uma delimitação quase absoluta do escopo, porém insuficiente para fundamentar o uso da modalidade de preço</p><p>global. Durante a execução contratual o</p><p>montante preestabelecido para o lucro será alterado, se sua participação no</p><p>montante total do contrato for afetada por mudanças de escopo.</p><p>A alternativa (%VO), percentual do valor da obra, poderá ser empregada para projetos de engenharia de</p><p>empreendimentos físicos e dentro da filosofia de associar de forma mais íntima a Consultora aos resultados globais</p><p>da implantação, em especial o seu custo total. Se não ocorrerem mudanças de escopo, o preço contratado do projeto</p><p>deve ser considerado como teto.21 Quando, na conclusão do projeto de engenharia, o valor orçado para as obras for</p><p>menor do que a estimativa usada no Orçamento Preliminar, poderá ser prevista a divisão entre Cliente e Consultora</p><p>da economia obtida no custo do projeto.</p><p>O regime (PRO) Produtos tem utilização mais restrita, aplicando-se a situações especiais, onde não for viável ou</p><p>recomendável utilizar as outras modalidades.</p><p>Para efeito orientativo, apresentam-se na tabela abaixo os regimes contratuais que devem ser empregados em</p><p>correspondência aos tipos de serviços de engenharia consultiva descritos no Capítulo IV.</p><p>REGIMES CONTRATUAIS</p><p>TIPO DE SERVIÇO</p><p>Estudos de pré-investimento</p><p>PGL</p><p>X</p><p>SML</p><p>X</p><p>SPE</p><p>X</p><p>TRF</p><p>X</p><p>PRO %VO</p><p>Projeto X X X X X X</p><p>Assistência técnica à implantação X X X X</p><p>Gerenciamento da implantação X X X X</p><p>Assessoria X X X X</p><p>São as seguintes as principais características dos distintos regimes de execução do contrato</p><p>1.9.7.1. PREÇO GLOBAL (PGL)</p><p>o preço ajustado deve cobrir todas as incidências de custos, diretos e indiretos, acrescidos de uma margem para</p><p>contingências e do montante correspondente ao lucro da Consultora. Em geral devem ser consideradas como</p><p>adicionais ao preço global e reembolsáveis mediante a apresentação de comprovantes as</p><p>21 Este é o único caso em que o conceito de teto de remuneração deve ser utilizado.</p><p>ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL 175</p><p>despesas para aprovação e inscrição dos projetos em órgãos públicos (taxas, alvarás, impostos, emolumentos,</p><p>honorários de despachantes) e os serviços de campo e laboratório anteriormente discriminados. As quantidades de</p><p>certos itens a fornecer, incluídos no preço global, devem ser limitadas no contrato.22</p><p>Os pagamentos, até completar a integridade do preço proposto, serão realizados à medida que a Consultora concluir</p><p>a elaboração de determinados produtos. Atingido cada um desses pontos, completa-se um evento contratual e é</p><p>liberada a parcela correspondente do preço global.</p><p>Se ocorrerem modificações supervenientes de escopo ou fatores que possam comprometer o andamento do</p><p>trabalho, o preço global deve ser ajustado durante a execução do contrato. A menos dessa circunstância a</p><p>Consultora é responsável pelas quantidades de insumos aplicados e seus preços básicos. Pequenos desvios em</p><p>relação ao programado, situados na esfera de controle da Consultora, serão absorvidos pela margem para</p><p>contingências.</p><p>Pelas razões expostas, do ponto de vista do controle financeiro, interessa apenas, na relação contratual, saber se</p><p>cada evento foi cumprido dentro da especificação e do prazo previstos. Esses aspectos, portanto, devem ser</p><p>examinados pelo Cliente antes de pagar a parcela correspondente ao evento. Em condições normais a Consultora</p><p>não deve submeter demonstrativos de custo, seja periodicamente, seja quando cada evento é completado.</p><p>Na medida do possível, os contratos com empresas especializadas em serviços de campo e de laboratório, quando</p><p>não realizados pela própria Consultora, devem ser celebrados diretamente entre o Cliente e tais firmas. A Consultora,</p><p>nessa hipótese, desenvolverá os trabalhos correlatos usualmente a seu cargo (especificação, assistência à</p><p>contratação, supervisão técnica, atestado de execução e outros), cujo custo estará incluído nas demais rubricas</p><p>orçamentárias.</p><p>1.9.7.2. SALÁRIO X MULTIPLICADOR (SML)</p><p>Neste modelo remunera-se a mão-de-obra aplicada, adotando-se uma unidade de tempo adequada (normalmente a</p><p>hora trabalhada). O valor do contrato, reitera-se, não deve ser considerado como um teto, mas como a melhor</p><p>estimativa possível, tendo em vista a falta de definição precisa do escopo.</p><p>A parcela de contingências servirá para cobrir acréscimos de serviço de montante limitado. Caso esses acréscimos</p><p>sejam mais significativos, superando aquela parcela, o contrato deverá ser aditado. Inversamente, a remuneração</p><p>final será menor do que o valor do contrato, se o volume de trabalho for inferior ao inicialmente estimado.</p><p>A prática recomendável é a de faturar apenas as importâncias correspondentes às horas trabalhadas,23 recuperando-</p><p>se os montantes correspondentes às despesas diretas através de nota fiscal de reembolso.</p><p>As observações constantes dos dois parágrafos anteriores aplicam-se ao modelo sob análise e aos dois</p><p>subseqüentes.</p><p>O valor de cada medição no modelo SML será determinada pela aplicação da fórmula:</p><p>R = CO (1 + ES) (1 + D1) (1 + L) (1 + EF) (1 + I) + DD</p><p>22 É o caso, por exemplo, da quantidade de cópias dos documentos, relatórios, serviços gráficos etc.</p><p>23 Onde deverão ser incluídas também as horas gastas para administrar as atividades que geram despesas diretas.</p><p>176 ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL</p><p>O significado dessas expressões já foi objeto de definições. No presente caso o valor de R refere-se a cada medição,</p><p>ou seja, deriva da quantidade ht de horas das diversas categorias profissionais aplicadas durante o período coberto</p><p>pela medição.</p><p>Na prática deverá ser empregada a fórmula simplificada</p><p>R = CD x K + DD</p><p>onde</p><p>KS = (1 + ES) (1 + D1) (1 + L) (1 + EF) (1 + I)</p><p>1.9.7.3. SALÁRIO X MULTIPLICADOR MAIS LUCRO PREESTABELECIDO (SPE)</p><p>As características são semelhantes às do modelo anterior, exceto quanto ao fato de que o montante correspondente</p><p>ao lucro é preestabelecido, isto é, não se altera quando a principal variável - a quantidade de horas efetivamente</p><p>trabalhadas - não coincide com a prevista na proposta. Tal montante, conforme já mencionado, será revisto se</p><p>ocorrerem mudanças de escopo.</p><p>O valor de cada medição será expresso pela relação</p><p>R = CO x Kf + PL + DD</p><p>onde</p><p>Kf = (1 + ES) (1 +D 1)(1 +EF)(1 +l)</p><p>PL = pl(1+EF)(1 + I)</p><p>pl é a parcela do lucro alocada a cada medição no contrato.24</p><p>As demais expressões dessas fórmulas têm o significado anteriormente definido.</p><p>1.9.7.4. TARIFA (TRF)</p><p>Novamente as características são análogas às do modelo SML. A unidade de preço, entretanto, será a tarifa horária</p><p>Ti, que é expressa, para cada categoria profissional, pela fórmula:</p><p>Ti = CD (1 + ES) (1 + D1) (1 + L) (1 + EF) (1 + I)</p><p>onde o valor de CD será calculado considerando a aplicação de uma hora de trabalho. O valor de cada</p><p>medição será:</p><p>i iR = h x T + DD∑</p><p>24 Normalmente o pagamento do lucro preestabelecido será realizado em tantas parcelas de mesmo valor quantas forem as medições</p><p>previstas em contrato.</p><p>ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL 177</p><p>onde hi e Ti são, respectivamente, a quantidade de horas trabalhadas por cada categoria profissional no período da</p><p>medição e as tarifas horárias contratuais respectivas.</p><p>1.9.7.5. PRODUTOS (PRO)</p><p>A unidade de remuneração é o produto físico concluído, acrescida do reembolso das despesas diretas. Neste caso,</p><p>como não são medidas as horas trabalhadas, os custos da Consultora para gerir as atividades que originam</p><p>despesas diretas serão cobertos por uma taxa de administração aplicada ao montante dessas despesas.</p><p>Para serviços típicos de escritório, a unidade mais freqüentemente utilizada é o desenho. Essa variante tem sido</p><p>pouco empregada, dada a dificuldade de caracterizar previamente, de maneira inequívoca, o conteúdo dos</p><p>desenhos.</p><p>O valor de cada medição será igual a</p><p>i iR = (Q x P ) + DD (1 + A)∑</p><p>onde</p><p>Q. é a quantidade de documentos de cada tipo produzidos no período coberto pela medição;</p><p>P. é o preço unitário de cada tipo de documento;</p><p>DD são as despesas diretas;</p><p>A é a taxa de administração.</p><p>A fórmula para cálculo do preço unitário</p><p>do desenho é:</p><p>P = CD (1 + ES)(1 + Dl)(l + L)(1 + EF)(1 + I)</p><p>1.9.7.6. PERCENTUAL DO VALOR DA OBRA (%VO)</p><p>Na negociação, estabelece-se o preço contratual com apoio no Orçamento Preliminar. Também neste caso não é</p><p>necessário apensar ao contrato o detalhamento do preço a partir do custo. Os pagamentos serão feitos contra</p><p>eventos concluídos, à semelhança dos contratos de preço global.</p><p>O preço é corrigido ao final do contrato, sendo a remuneração da Consultora estabelecida como um percentual do</p><p>valor total estimado das obras.25 Tal montante será igual ao orçamento das obras produzido na conclusão da fase do</p><p>projeto de engenharia que constitui o objeto do contrato. Quando for empregada esta modalidade, recomenda-se a</p><p>adoção de provisões contratuais que estimulem de forma especial a economia do investimento total. Por exemplo, se,</p><p>quando da conclusão do serviço contratado, o valor orçado para as obras for menor do que a estimativa inicial,</p><p>poderá ser prevista a atribuição à Consultora de parte da economia obtida em sua remuneração.</p><p>Este regime de execução do contrato não está previsto na legislação aplicável ao setor público.</p><p>25 As incidências que compõem o "custo das obras e montagens" foram discriminadas anteriormente "percentual sobre o valor da obra".</p><p>178 ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL</p><p>ABCE - Associação Brasileira de Consultores de Engenharia</p><p>TARIFAS MÉDIAS DE SERVIÇOS DE CONSULTORIA - Julho 2000 - Atualizada em Maio/2002 (*)</p><p>Código</p><p>ABCE</p><p>Item/Categoria Salário Mensal</p><p>Médio</p><p>Julho/2000(1)</p><p>Atualizado</p><p>Maio/2001 =8%</p><p>Maio/2002=8,5%</p><p>Salários</p><p>Hora Médio(2)</p><p>Salários +</p><p>Encargos</p><p>Sociais(3)</p><p>+ Despesas</p><p>Gerais Indiretas(4)</p><p>+ Tributos</p><p>sobre Fatura(5)</p><p>Tarifa por</p><p>Categ.</p><p>Profiss.(6)</p><p>ABCE01 Coordenador de Contrato 6.058,51 7.099,37 42,26 77,45 116,18 127,34 146,44</p><p>ABCE02 Consultor 6.153,31 7.210,45 42,92 78,67 118,00 129,33 148,73</p><p>ABCE03 Engenheiro Sênior 5.123,86 6.004,14 35,74 65,51 98,26 107,69 123,85</p><p>ABCE04 Engenheiro Pleno 3.363,11 3.940,89 23,46 43,00 64,49 70,68 81,29</p><p>ABCE05 Engenheiro Júnior 1.888,72 2.213,20 13,17 24,15 36,22 39,70 45,65</p><p>ABCE06 Arquiteto Sênior 5.217,70 6.114,10 36,39 66,71 100,06 109,66 126,11</p><p>ABCE07 Arquiteto Pleno 2.963,77 3.472,94 20,67 37,89 56,84 62,29 71,64</p><p>ABCE08 Arquiteto Júnior 1.700,42 1.992,55 11,86 21,74 32,61 35,74 41,10</p><p>ABCE09 Geólogo Sênior 5.208,08 6.102,83 36,33 66,58 99,87 109,46 125,88</p><p>ABCE10 Geólogo Pleno 3.540,00 4.148,17 24,69 45,26 67,89 74,40 85,56</p><p>ABCE 11 Geólogo Júnior 1.990,00 2.331,88 13,88 25,44 38,16 41,83 48,10</p><p>ABCE12 Economista Pleno 3.212,08 3.763,92 22,40 41,06 61,60 67,51 77,64</p><p>ABCE13 Biólogo Pleno 2.955,67 3.463,45 20,62 37,79 56,68 62,12 71,44</p><p>ABCE14 Sociólogo Pleno 2.592,25 3.037,60 18,08 33,14 49,71 54,48 62,66</p><p>ABCE 15 Advogado Pleno 3.276,80 3.839,75 22,86 41,89 62,84 68,87 79,20</p><p>ABCE16 Projetista Sênior 2.169,47 2.542,19 15,13 27,7 4 41,60 45,60 52,44</p><p>ABCE17 Projetista Pleno 1.547,61 1.813,49 10,79 19,79 29,68 32,53 37,41</p><p>ABCE18 Projetista Júnior 1.133,41 1.328,13 7,91 14,49 21,74 23,82 27,39</p><p>ABCE19 Desenhista Sênior 1.168,17 1.368,86 8,15 14,93 22,40 24,55 2< 8,23</p><p>ABCE20 Desenhista Pleno 1.033,93 1.211,56 7,21 13,22 19,83 21,73 24,99</p><p>ABCE21 Desenhista Júnior (Copista) 666,97 781,55 4,65 8,53 12,79 14,02 16,12</p><p>ABCE22 Arquivista Técnico 746,90 875,22 5,21 9,55 14,32 15,70 . 18,05</p><p>ABCE23 Bibliotecário 965,33 1.131,18 6,73 12,34 18,51 20,29 23,33</p><p>ABCE24 Tecnólogo Sênior 2.863,83 3.355,84 19,98 36,61 54,92 60,19 69,22</p><p>ABCE25 Tecnólogo Júnior 808,33 947,21 5,64 10,33 15,50 16,99 19,54</p><p>ABCE26 Topógrafo 1.097,41 1.285,95 7,65 14,03 21,04 23,07 26,52</p><p>ABCE27 Auxiliar de topografia 436,23 511,17 3,04 5,58 8,37 9,17 10,54</p><p>ABCE28 Laboratorista de Solos 1.036,63 1.214,72 7,23 13,25 19,88 21,79 25,06</p><p>ABCE29 Auxiliar de Laboratorista 509,25 596,74 3,55 6,51 9,77 10,70, 12,31</p><p>ABCE30 Secretária Executiva 1.635,03 1.915,93 11,40 20,90 31,35 34,36 39,52</p><p>ABCE31 Secretária Sênior 1.188,39 1.392,55 8,29 15,19 22,79 24,98 28,72</p><p>ABCE32 Secretária Júnior 710,55 832,62 4,96 9,08 13,63 14,93 17,17</p><p>ABCE33 Auxiliar de Técnico 787,01 922,22 5,49 10,06 15,09 16,54 19,02</p><p>(1) - Pesquisa Salarial ABCE - Julho/2000 - Salários Médios (2) - 168 horas/mês (3) - 83,29% - Encargos Sociais</p><p>(4) - 50,00% - Despesas Gerais Indiretas (5) - 9,6% - Tributos sobre Faturamento (6) - 15,00% - Lucro/Remuneração</p><p>(*) - Exclusive Despesas Financeiras</p><p>CRITÉRIO BÁSICO PARA ORÇAMENTAÇÃO DE SERVIÇOS DE CONSULTORIA - RESUMO GERAL</p><p>Cálculo do Multiplicador K aplicável ao Salário/hora</p><p>Salário/Hora = Salário Mensal: 168 horas/mês.</p><p>1. ES - ENCARGOS SOCIAIS = 83,29%</p><p>APLICÁVEL AO SALÁRIO/HORA</p><p>GRUPO A (Básicos) 36,30</p><p>IAPAS 20,00</p><p>FGTS 8,50</p><p>SESI 1,50</p><p>SENAI 1,00</p><p>SEBRAE 0,60</p><p>INCRA 0,20</p><p>Salário-educação 2,50</p><p>Seguro de acidentes do trabalho 2,00</p><p>GRUPO B 23,52</p><p>Férias (adicional de 1/3) 12,12</p><p>Auxílio-enfermidade 0,86</p><p>Licença-paternidade 0,11</p><p>Faltas legais 0,75</p><p>Aviso prévio trabalhado 0,59</p><p>13º salário 9,09</p><p>GRUPO C 6,23</p><p>Indenização (rescisão s/justa causa) 3,20</p><p>Aviso prévio indenizado 2,77</p><p>Indenização adicional/Dispensa obstativa 0,26</p><p>GRUPO D (Incidência cumulativa) 8,42</p><p>Grupo A x Grupo B 8,42</p><p>GRUPO E 9,32</p><p>Vale-Refeição 3,82</p><p>Vale-Transporte 0,95</p><p>Assistência Médica 4,20</p><p>Seguro de Vida 0,35</p><p>TOTAL GERAL 83,79</p><p>2. Dl - DESPESAS INDIRETAS = 50,00%</p><p>INCIDÊNCIA MÍNIMA</p><p>■ Salários e encargos do pessoal de administração, incluindo direção/gerência, planejamento e controle de</p><p>produção, contabilidade, pessoal, suprimentos, serviços gerais, secretaria, biblioteca e arquivo, limpeza,</p><p>transporte, vigilância, mensageiros e demais serviços.</p><p>■ Custo do pessoal não alocado.</p><p>■ Despesas de mão-de-obra e outros insumos para comercialização.</p><p>■ Honorários pagos a terceiros: assessoria jurídica, despachantes, auditoria, consultores</p><p>(não cobertos por contratos), etc.</p><p>180 ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO</p><p>CIVIL</p><p>■ Hardware e software para aplicações técnicas e administrativas não incluídas em contratos.</p><p>■ Aluguéis e serviços públicos (água, comunicações, energia, etc.)</p><p>■ Material de consumo, depreciação de móveis e máquinas, despesas de manutenção.</p><p>■ Instrumentos e equipamentos.</p><p>■ Operação e manutenção de veículos.</p><p>■ Gastos legais, bancários e seguros.</p><p>■ Gastos com associações de classe e de fiscalização do exercício da profissão.</p><p>■ Comunicações gerais (telefone, fax, internet, malotes).</p><p>■ Treinamento de recursos humanos.</p><p>■ Participações em seminários e congressos técnicos, inclusive preparo de trabalhos técnicos a apresentar</p><p>nesses eventos.</p><p>■ Visitas e viagens técnicas.</p><p>■ Manutenção e automação do acervo técnico (biblioteca, arquivo técnicos).</p><p>■ Custos gerais de acesso a banco de dados computadorizados nacionais e internacionais.</p><p>■ Outras despesas gerais de capacitação técnica.</p><p>3. TR - TRIBUTOS DIRETOS = 9,6%</p><p>PARA ISS = 5% - VARIÁVEL POR MUNICÍPIO</p><p>ISS = 5,00%</p><p>COFINS = 3,00%</p><p>PIS = 0,65%</p><p>CPMF = 0,38%</p><p>TR = 1 / (1 - 0,05).(1 - 0,03).(1 - 0,0065).(1 - 0,0038) = 9,6%</p><p>4. DF - DESPESAS FINANCEIRAS</p><p>NÃO CONSIDERADA PARA PRAZO DE PAGAMENTO ATÉ O 5o DIA ÚTIL. (Acrescer 1% a.m. + taxa SELIC pro rata</p><p>die a partir do 6o dia.)</p><p>5. LUCRO</p><p>L = 1 5%</p><p>6. CUSTO FINAL = K. salário/HORA</p><p>INCLUSIVE LUCRO- EXCLUSIVE DESPESAS FINANCEIRAS</p><p>I K = (1 + ES).(I + Dl).(l +TR).(I + L) = 3,46</p><p>ABCE - Associação Brasileira de Consultores de Engenharia</p><p>ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL 181</p><p>ARQUITETURA</p><p>GERAL1</p><p>1. INTRODUÇÃO</p><p>As condições de contratação e remuneração, a seguir estabelecidas, são uma referência segura para negociações,</p><p>visando estabelecer um acordo justo e equilibrado entre as partes interessadas. Objetivam, sobretudo, coibir a</p><p>concorrência desleal de preços e assegurar um padrão de qualidade para os serviços propostos.</p><p>Procura-se atender, por outro lado, a crescente diversificação observada no exercício profissional dos arquitetos,</p><p>hoje organizados em firmas, cooperativas e escritórios de prestação de serviços, atuando como profissionais liberais</p><p>e autônomos ou ocupando posições de influência em órgãos, instituições e empresas públicas e privadas,</p><p>contratantes de serviços de arquitetura.</p><p>2. OBJETIVO</p><p>O presente documento tem por objetivo:</p><p>a) normalizar as condições de contratação do Projeto de Arquitetura da Edificação;</p><p>b) estabelecer critérios para o cálculo dos honorários profissionais respectivos;</p><p>c) fixar os serviços cobertos e descobertos pela remuneração estabelecida;</p><p>d) definir e caracterizar os principais componentes da remuneração profissional.</p><p>3. CONTEÚDO E ABRANGÊNCIA</p><p>3.1. SERVIÇOS COBERTOS</p><p>O presente documento estabelece as condições de contratação e remuneração do serviço Projeto de Arquitetura da</p><p>Edificação, inclusos os direitos autorais respectivos.</p><p>3.2. SERVIÇOS DESCOBERTOS</p><p>Além do Projeto de Arquitetura da Edificação, o arquiteto está técnica e legalmente habilitado à realização de outros</p><p>serviços, não cobertos pela remuneração fixada no presente documento, entre os quais aqueles listados no</p><p>documento do IAB-SP "Roteiro para Desenvolvimento do Projeto de Arquitetura da Edificação", itens:</p><p>1 O texto que se segue foi reproduzido da Tabela de Honorários do IAB - Instituto dos Arquitetos do Brasil-SP, com as atualizações e adaptações</p><p>necessárias para o presente livro.</p><p>ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL 183</p><p>a) 3.2. "Serviços Excluídos";</p><p>b) 6.1.3., 6.3.3., 6.4.3. e 6.5.3: "Produtos finais/serviços opcionais".</p><p>Ver também item 12 deste documento: "Despesas Reembolsáveis".</p><p>4. DOCUMENTOS RELACIONADOS</p><p>As condições de contratação e remuneração descritas neste documento referem-se ao projeto completo de</p><p>Arquitetura da Edificação, conforme o documento "Roteiro para Desenvolvimento do Projeto de Arquitetura da</p><p>Edificação".</p><p>Consultar também o documento "Modalidades Alternativas de Contratação e Remuneração de Serviços de</p><p>Arquitetura e Urbanismo".</p><p>5. DEFINIÇÕES</p><p>a) Arquiteto: técnico contratado, responsável pelo projeto e/ou execução da obra.</p><p>b) Clientes: pessoa física ou jurídica contratante dos serviços do arquiteto.</p><p>c) Honorários: remuneração devida pelo cliente ao arquiteto, em contrapartida dos serviços prestados,</p><p>incluído os direitos autorais respectivos, tanto nos casos quanto na execução.</p><p>d) Custo da Obra: custo de projeto somado ao custo de execução.</p><p>e) Custo de Projeto: despesas de projeto acrescidas do lucro e dos direitos autorais (de projeto).</p><p>f) Custo de Execução: despesas de execução acrescida do lucro e dos direitos autorais (de execução).</p><p>g) Despesas de Projeto: despesas, diretas e indiretas, de material, mão-de-obra e outras, necessárias à</p><p>prestação dos serviços de projeto.</p><p>h) Despesas de Execução: despesas, diretas e indiretas, de material, mão-de-obra e outras, necessárias à</p><p>execução da obra.</p><p>i) Lucro: remuneração pelo capital investido, riscos e responsabilidades assumidos.</p><p>j) Direitos Autorais: remuneração pelo talento, criatividade e competência técnica, investidos pelo arquiteto na</p><p>criação e/ou execução da obra de Arquitetura, assim como pela exclusividade de utilização dos serviços</p><p>contratados.</p><p>6. MODALIDADES DE REMUNERAÇÃO</p><p>O IAB reconhece duas modalidades básicas de remuneração para os serviços profissionais prestados pelos</p><p>arquitetos:</p><p>■ A primeira, detalhada neste documento, estabelece honorários iguais a um percentual sobre o custo de</p><p>execução da obra. E o critério recomendado pela UIA, FPAA, maioria dos institutos de arquitetos</p><p>estrangeiros e historicamente adotado pelo IAB. Comporta as seguintes variações:</p><p>a) Percentual sobre o custo estimado de execução da obra, calculado na contratação do projeto.</p><p>b) Percentual sobre o custo orçado de execução da obra, estimado na contratação do projeto e calculado ao</p><p>seu término.</p><p>c) Percentual sobre o custo contabilizado de execução da obra, estimado na contratação do projeto e</p><p>calculado ao final da execução.</p><p>184 ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL</p><p>Ver também item 11 deste documento: "Custo de Execução da Obra"</p><p>■ A segunda, detalhada no documento "Modalidade alternativas de contratação e remuneração de</p><p>serviços de Arquitetura e Urbanismo", estabelece o custo de Projetos somando as despesas</p><p>(estimadas ou contabilizadas) de projetos, direitos autorais e lucro. É um documento admitido</p><p>pelo IAB e crescentemente aceito pelo mercado. Comporta as seguintes variações:</p><p>a) custo de projeto estimado;</p><p>b) custo de projeto contabilizado, com teto prefixado;</p><p>c) custo de projeto contabilizado, sem teto prefixado;</p><p>d) custo de projeto contabilizado, com o componente "Direitos Autorais mais lucros" prefixados.</p><p>O cálculo da parcela (despesas e projeto), por sua vez, considera o tipo e a quantidade de desenhos e</p><p>documentos a serem produzidos e/ou tipo e a quantidade de horas técnicas necessários à realização do</p><p>serviço.</p><p>7. TABELA BÁSICA</p><p>Em seguida, apresentamos a tabela de percentuais básicos recomendados, a serem aplicados sobre o</p><p>custo de execução da obra, para cálculo dos honorários, observando o seguinte:</p><p>a) para classificação das edificações, ver item 8;</p><p>b) para projetos com repetição de edificações e/ou andares-tipo, ver item 10;</p><p>c) para áreas de construção intermediária entre os valores de tabela, interpolar os percentuais</p><p>segundo o exemplo abaixo:</p><p>(10,0 - 9,2) x (300 - 250)X = 10 - 9,84</p><p>500 - 250</p><p>=</p><p>50/250 = 0,20</p><p>10,0 - 9,2 = 0,80</p><p>0,80 x 0,20 = 0,16</p><p>10,0 - 0,16 = 9,84</p><p>d) para determinação do custo de execução da obra, ver item 11;</p><p>e) os valores abaixo se referem a obras novas. Para projetos de reformas e/ou acréscimo de</p><p>edificações, ver item 15.</p><p>ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL 185</p><p>8. TABELA DE HONORÁRIOS</p><p>ÁREA DE CONSTRUÇÃO</p><p>M2</p><p>CATEGORIA DA EDIFICAÇÃO</p><p>I II</p><p>III IV</p><p>menor que 125 acordo acordo acordo acordo</p><p>125 6,3% 7,8% 9,3% 10,8%</p><p>250 5,8% 7,2% 8,6% 10,8%</p><p>500 5,3% 6,6% 7,9% 9,2%</p><p>1.000 4,8% 6,0% 7,2% 8,47%</p><p>2.000 4,3% 5,4% 6,5% 7,67o</p><p>4.000 3,8% 4,8% 5,8% 6,8%</p><p>8.000 3,3% 4,27% 5,1% 6,67o</p><p>16.000 2,8% 3,6% 4,4% 5,27o</p><p>32.000 2,3% 3,0% 3,7% 4,47o</p><p>maior ou igual a 164.000 1,8% 2,4% 3,0% 3,6%</p><p>9. CLASSIFICAÇÃO DAS EDIFICAÇÕES</p><p>As edificações são classificadas em quatro categorias (I, II, III e IV), segundo os seguintes critérios:</p><p>a) complexidade das pesquisas prévias necessárias ao projeto;</p><p>b) diferenciação funcional, técnica e estética dos espaços e ambientes a serem projetados;</p><p>c) sofisticação compositiva da obra;</p><p>d) complexidade tecnológica, em especial dos projetos complementares;</p><p>e) complexidade do desenvolvimento de detalhamento do projeto;</p><p>f) intensidade de participação do cliente no projeto.</p><p>Os tipos não-listados a seguir deverão ser enquadrados segundo os critérios anteriores, na classe que deles mais se</p><p>aproxime.</p><p>9.1. HABITAÇÃO</p><p>9.1.1. PERMANENTE</p><p>a) Edifícios de apartamentos, conjuntos habitacionais de casas e/ou edifícios, condomínios e vilas: categoria II</p><p>b) Residências simples: categoria III</p><p>c) Residências de padrão médio ou elevado: categoria IV</p><p>9.1.2. TEMPORÁRIA</p><p>a) Albergues, pousadas, hotéis simples e motéis: categoria II</p><p>b) Hotéis de luxo: categoria III</p><p>9.1.3. COLETIVA</p><p>a) Alojamentos, asilos, orfanatos, internatos, conventos e mosteiros: categoria II</p><p>186 ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL</p><p>b) Quartéis: categoria III</p><p>c) Presídios e penitenciárias: categoria IV</p><p>9.2. TRABALHO</p><p>9.2.1. AGROPECUÁRIA</p><p>a) Galpões para máquinas, armazéns, estábulos, cocheiras, pocilgas, aviários e instalações rurais simples:</p><p>categoria I</p><p>b) Matadouros e instalações rurais especializadas: categoria II</p><p>9.2.2. INDÚSTRIAS</p><p>a) Galpões, oficinas e depósitos: categoria I</p><p>b) Fábricas e laboratórios simples: categoria II</p><p>c) Usinas, fábricas e laboratórios especializados: categoria IV</p><p>9.2.3. COMÉRCIO</p><p>a) Armazéns e depósitos: categoria I</p><p>b) Supermercados, hortomercados e pavilhões para realização de feiras e exposições: categoria II</p><p>c) Lojas de departamentos, magazines, centros comerciais e shopping centers:</p><p>229</p><p>1.1.4. PROJETO EXECUTIVO...................................................................................................... 230</p><p>1.1.5. PROJETO DE FABRICAÇÃO ............................................................................................. 230</p><p>1.1.6. PROJETO DE MONTAGEM ............................................................................................... 230</p><p>1.2. VERIFICAÇÃO DE PROJETO .......................................................................................................... 230</p><p>1.3. SERVIÇOS DE CONSULTORIA....................................................................................................... 230</p><p>1.4. ASSESSORIA À EXECUÇÃO DE OBRAS ....................................................................................... 230</p><p>2. MODALIDADES DE FIXAÇÃO DE PREÇOS............................................................................................ 231</p><p>3. MODALIDADE A ....................................................................................................................................... 232</p><p>3.1. FORMA DE APLICAÇÃO.................................................................................................................. 232</p><p>3.2. CUSTO CONVENCIONAL DA ESTRUTURA................................................................................... 232</p><p>3.2.1. ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO E PROTENDIDO................................................ 232</p><p>3.2.2. ESTRUTURAS METÁLICAS (DE AÇO).............................................................................. 233</p><p>3.2.3. ESTRUTURAS DE MADEIRA ............................................................................................ 234</p><p>3.2.4. ALVENARIA ESTRUTURAL ............................................................................................... 234</p><p>3.2.5. FÔRMAS E CIMBRAMENTO.............................................................................................. 235</p><p>3.3. PORCENTAGENS APLICÁVEIS ...................................................................................................... 235</p><p>3.3.1. PROJETOS DE ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO, PROTENDIDO,</p><p>METÁLICAS E ALVENARIA ESTRUTURAL....................................................................... 235</p><p>3.3.2. PROJETOS DE FÔRMAS E CIMBRAMENTOS ................................................................. 236</p><p>3.3.3. SERVIÇOS DE VERIFICAÇÃO DE PROJETOS ............................................................... 236</p><p>3.4. ADICIONAIS......................................................................................................................................... 236</p><p>3.4.1. ADICIONAIS GLOBAIS....................................................................................................... 236</p><p>3.4.2. ADICIONAIS PARCIAIS...................................................................................................... 237</p><p>3.4.3. ADICIONAIS ESPECÍFICOS PARA PROJETOS DE FÔRMAS E CIMBRAMENTOS........ 238</p><p>3.5. DISTRIBUIÇÃO DO PREÇO PELAS ETAPAS DE PROJETO......................................................... 238</p><p>4. MODALIDADE B ....................................................................................................................................... 238</p><p>4.1. PROCEDIMENTO PARA APLICAÇÃO ............................................................................................ 238</p><p>4.2. PREÇOS POR DOCUMENTO ......................................................................................................... 239</p><p>5. MODALIDADE C ....................................................................................................................................... 239</p><p>5.1. PROCEDIMENTO PARA APLICAÇÃO ............................................................................................. 239</p><p>5.2. PREÇOS UNITÁRIOS MÍNIMOS POR CATEGORIA PROFISSIONAL ............................................ 239</p><p>5.3. VALORES MÍNIMOS DE CONSULTA, VIAGENS E MOBILIZAÇÃO DA EQUIPE .......................... 239</p><p>5.3.1. VALOR MÍNIMO DE CONSULTA....................................................................................... 239</p><p>10 ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL</p><p>5.3.2. VISITAS A OBRA ............................................................................................................... 239</p><p>5.3.3 MOBILIZAÇÃO DA EQUIPE TÉCNICA.............................................................................. 240</p><p>6. CASOS ESPECIAIS ................................................................................................................................. 240</p><p>6.1. REPETIÇÕES DE PROJETOS........................................................................................................ 240</p><p>CAPÍTULO XVI</p><p>INSTALAÇÕES ELÉTRICAS E HIDRÁULICO-SANITÁRIAS................................................................241</p><p>1. INTRODUÇÃO .......................................................................................................................................... 241</p><p>2. ROL DE TAREFAS.................................................................................................................................... 241</p><p>2.1. ROL DE TAREFAS BÁSICAS .......................................................................................................... 242</p><p>2.1.1. INSTALAÇÕES ELÉTRICAS .............................................................................................. 242</p><p>2.1.2. INSTALAÇÕES HIDRÁULICO-SANITÁRIAS...................................................................... 243</p><p>2.2. ROL DE TAREFAS DE EXTENSÃO .................................................................................................... 244</p><p>2.2.1. INSTALAÇÕES EM GERAL................................................................................................ 244</p><p>2.2.2. INSTALAÇÕES HIDRÁULICO-SANITÁRIAS...................................................................... 246</p><p>2.2.3. INSTALAÇÕES ELÉTRICAS ............................................................................................. 250</p><p>3. MODALIDADES E CRITÉRIOS DE ORÇAMENTOS................................................................................ 252</p><p>3.1. VALOR GLOBAL....................................................................................................................................... 252</p><p>3.1.1. CATEGORIA I ..................................................................................................................... 252</p><p>3.1.2. CATEGORIA II .................................................................................................................... 259</p><p>3.1.3. CATEGORIA III ................................................................................................................... 261</p><p>3.2. VALORES UNITÁRIOS POR PRANCHA.................................................................................................. 262</p><p>3.2.1. GENERALIDADES .............................................................................................................. 262</p><p>3.2.2. CATEGORIA I ..................................................................................................................... 262</p><p>3.2.3. CATEGORIA II .................................................................................................................... 262</p><p>3.2.4. OBSERVAÇÕES ................................................................................................................. 263</p><p>3.3. ORÇAMENTO POR HORA TÉCNICA.............................................................................................. 263</p><p>3.3.1. GENERALIDADES .............................................................................................................. 263</p><p>3.3.2. CATEGORIAS ..................................................................................................................... 264</p><p>3.3.3. COMPOSIÇÃO - CONDIÇÕES ..........................................................................................</p><p>correspondente.</p><p>14.2.3. O cancelamento de parte dos trabalhos contratados obriga o cliente ao pagamento de multa rescisória a ser</p><p>fixada em contrato. Recomenda-se 20% sobre o valor da fase subseqüente àquela em andamento.</p><p>14.2.4. O projeto contratado poderá ser executado somente para os fins e local indicados nos desenhos e</p><p>documentos de projeto.</p><p>14.2.5. A remuneração pelos direitos autorais não implica cessão destes.</p><p>15. DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS</p><p>Até que o IAB elabore roteiros e tabelas específicos, recomenda-se que os serviços discriminados abaixo sejam</p><p>cobrados como segue:</p><p>15.1. MULTIPLICADORES SOBRE O VALOR DO PROJETO DE ARQUITETURA DA EDIFICAÇÃO:</p><p>■ Levantamentos arquitetônicos: 0,05 a 0,15.</p><p>■ Estudos de viabilidade (técnica e legal) arquitetônica: 0,025 a 0,075.</p><p>■ Projetos de acréscimo e edificações existentes: 1,05 a 1,25.</p><p>■ Projetos de reforma e/ou revitalização de edificações existentes: 1,20 a 1,40.</p><p>■ Projetos de restauro de edificações existentes: 1,50 a 2,00.</p><p>■ Projetos de legalização de obras executadas (incluindo o levantamento arquitetônico): 0,05 a 0,15.</p><p>■ Projetos complementares de estrutura: 0,20 a 0,60.</p><p>■ Projetos complementares de instalações hidrosanitárias (água quente e fria, esgoto e água fluviais) e de</p><p>gás: 0,10 a 0,30.</p><p>■ Projetos complementares de instalações elétricas e telefônicas: 0,10 a 0,30.</p><p>■ Projetos complementares de ar-condicionado, ventilação e exaustão mecânica: 0,05 a 0,35.</p><p>■ Projetos complementares de paisagismo: 0,05 a 0,15.</p><p>■ Projetos complementares de terraplanagem: 0,01 a 0,10.</p><p>■ Projetos complementares de arquitetura de interiores, decoração e mobiliária: 0,50 a 1,50.</p><p>■ Projetos complementares de comunicação visual: 0,05 a 0,10.</p><p>15.2. MULTIPLICADORES SOBRE O VALOR DO(S) PROJETO(S) A QUE SE REFEREM OS SERVIÇOS:</p><p>■ Elaboração de programas de necessidade: 0,05 a 0,25.</p><p>■ Fiscalização (técnica) de projeto(s) realizado(s) por terceiro(s): 0,05 a 0,15.</p><p>■ Gerenciamento (técnico, administrativo e financeiro) de projeto(s) realizado(s) por terceiro(s): 0,10 a</p><p>0,30.</p><p>■ Fiscalização (técnica) da execução de obra: 0,20 a 0,40.</p><p>■ Gerenciamento (técnico, administrativo e financeiro) da execução de obra: 0,50 a 1,50.</p><p>192 ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL</p><p>15.3. MULTIPLICADORES SOBRE AS DESPESAS DE EXECUÇÃO DA OBRA:</p><p>■ Execução de obras por administração (incluída a responsabilidade técnica, civil e criminal):</p><p>0,10 a 0,30.</p><p>15.4. MULTIPLICADORES SOBRE A ÁREA DE INTERVENÇÃO:</p><p>■ Levantamentos topográficos; 0,0002 a 0,0010 CUBs/m2.</p><p>■ Levantamentos urbanísticos: 0,15 a 4,5 CUBs/ha.</p><p>■ Estudos de viabilidades (técnica e legal) urbanísticos: 0,04 a 4 CUBs/ha.</p><p>■ Projetos de remembramento e/ou desmembramento de lotes (sem abertura de vias): 0,0003 a 0,0015</p><p>CUBs/m2.</p><p>■ Projetos de parcelamento do solo e armamento ou condomínio (excluídos os projetos complementares de</p><p>infra-estrutura): 0,004 a 0,0020 CUBs/m2</p><p>■ Projetos de desenho urbano ou paisagismo de espaços públicos, praças, parques etc. (excluídos os</p><p>projetos complementares de infra-estrutura): 15 a 150 CUBs/ha.</p><p>■ Planos urbanísticos de bairro ou setor de cidade: 0,3 a1,5 CUBs/ha.</p><p>Obs.: CUB = custo unitário básico da construção residencial, valor médio, calculado segundo os critérios</p><p>estabelecidos pela NB 140 da ABNT e divulgado mensalmente em cada Estado pelos Sindicatos da Indústria da</p><p>Construção Civil, de acordo com o que dispõe o Artigo 54 de Lei nº. 4591 de 16.12.64.</p><p>15.5. MULTIPLICADORES SOBRE A POPULAÇÃO DE ÁREA DE INTERVENÇÃO:</p><p>■ Planos diretores municipais: 1,25 a 125 CUBs/1000 hab.</p><p>■ Planos diretores regionais: 0,35 a 35 CUBs/1000 hab.</p><p>Obs.: CUB (ver definição acima).</p><p>15.6. CRITÉRIOS RECOMENDADOS NO DOCUMENTO "MODALIDADE ALTERNATIVA DE CONTRATAÇÃO</p><p>E REMUNERAÇÃO DE SERVIÇOS DE ARQUITETURA":</p><p>■ Pesquisas.</p><p>■ Estudos de Viabilidade econômico-financeira, Estimativas de Custo, Orçamentos, Avaliações Econômicas</p><p>e similares.</p><p>■ Consultorias/Assessorias, Vistorias/Perícias, laudos/Pareceres e similares.</p><p>■ Levantamento e/ou sondagens geológicas.</p><p>■ Projetos complementares de instalações de coleta e tratamento de lixo.</p><p>■ Projetos complementares de instalações mecânicas: elevadores, monta-cargas, rampas, escadas e</p><p>esteiras rolantes, entre outros.</p><p>■ Projetos complementares de instalações de prevenção e combate de incêndio.</p><p>■ Projetos complementares de instalações de alarme, segurança e comunicação.</p><p>■ Projetos complementares de conforto ambiental, acústica, sonorização e luminotécnica.</p><p>■ Projetos complementares de instalações especiais: equipamento, água gelada e outros.</p><p>■ Projetos especializados de estacionamento e tráfico de veículo.</p><p>■ Maquetes.</p><p>■ Perspectiva e desenhos promocionais.</p><p>ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL 193</p><p>TOPOGRAFIA E AGRIMENSURA</p><p>Engenharia consultiva e projetos de</p><p>topografia e agrimensura1</p><p>1. INTRODUÇÃO</p><p>A elaboração de critérios para fixação de honorários para serviços de topografia é bastante complexa, devido aos</p><p>insumos considerados serem muito variáveis e inconstantes.</p><p>A Tabela de Preços Unitários apresentada no final deste capítulo serve como Referência de Preços para a maioria dos</p><p>serviços de topografia e está adequada à Norma Brasileira, NBR 13.133/94.</p><p>2. PREMISSAS BÁSICAS A SEREM ADOTADAS</p><p>Os preços unitários foram compostos considerando-se os seguintes parâmetros:</p><p>■ Obediência à norma NBR 13.133/94 da ABNT para levantamentos topográficos.</p><p>■ Topografia da área com declividade média de até 15%.</p><p>■ Cobertura vegetal abaixo de 1 metro de altura.</p><p>■ Acessibilidade à área de trabalho, sem dificuldades.</p><p>■ Deslocamento médio diário de até 100 km, somadas ida e volta da sede da empresa.</p><p>■ Jornada de trabalho de 8:00 h, incluindo o deslocamento e respeitando o limite de 44 horas semanais.</p><p>■ Nos preços unitários compostos estão incluídos: os trabalhos de campo, cálculos, desenhos, memoriais e</p><p>relatório técnico.</p><p>■ Os valores de equipamentos e veículos adotados nas planilhas de composição de preços apresentados no</p><p>item 4.2 são preços médios de aluguéis de mercado.</p><p>■ Pagamento à vista com medições mensais para trabalhos com duração maior que 30 dias.</p><p>■ Os salários considerados nas planilhas de composição de preços apresentados no item 4.2 são salários</p><p>médios de mercado no Estado de São Paulo.</p><p>■ Adotados 17 (dezessete) dias de trabalho/mês, conforme demonstrado no item 4.3.</p><p>■ BDI, bonificação e despesas indiretas de 35% (trinta e cinco por cento) sobre a somatória dos custos diretos,</p><p>considerando como:</p><p>2.1. CUSTOS INDIRETOS</p><p>São todos os custos não vinculados aos serviços, mas sim ao conjunto da empresa como:</p><p>■ mão-de-obra administrativa;</p><p>■ honorários da diretoria;</p><p>■ encargos sociais da mão-de-obra administrativa;</p><p>■ despesas de telefone, energia, aluguel etc. da sede da empresa;</p><p>1 O texto que se segue é uma contribuição da APEAESP/AETESP, cujo trabalho encontra-se registrado na Câmara de Engenharia de Agrimensura do</p><p>CREA e adaptado ao texto do livro.</p><p>ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL 195</p><p>■ despesas com visitas técnicas, orçamento de propostas e contratos;</p><p>■ imposto de renda;</p><p>■ ART (Anotação de Responsabilidade Técnica).</p><p>2.2. LUCRO BRUTO</p><p>Considerado em 15%.</p><p>3. QUALIDADES E GRAUS DE DIFICULDADES FREQÜENTEMENTE</p><p>ENCONTRADOS EM SERVIÇOS DE ENGENHARIA DE AGRIMENSURA</p><p>A seguir são relacionados os obstáculos e dificuldades encontrados em serviços de engenharia de agrimensura, que</p><p>devem ser pesquisados, identificados e avaliados em cada serviço, pois os mesmos acarretam queda de</p><p>produtividade, aumento de custos operacionais e/ou necessidade de equipamentos adicionais. Na elaboração dos</p><p>orçamentos e planejamento dos serviços devem ser considerados entre outros os seguintes aspectos:</p><p>3.1. ACESSO</p><p>■ Dificuldade de acesso à área de serviço.</p><p>3.2. TIPO DE TERRENO</p><p>■ Declividade excessiva, barrancos, escarpas serranas, escarpas rochosas e beira-mar (escolhos,</p><p>arrebentação), cachoeiras, grutas, etc.</p><p>■ Brejo, charco, lamaçal, mangues, lodo de decomposição</p><p>264</p><p>3.3.4. CONTRATAÇÃO ................................................................................................................. 265</p><p>3.3.5. CONTROLE......................................................................................................................... 265</p><p>3.4. DISPOSIÇÕES FINAIS ........................................................................................................................ 265</p><p>3.4.1. FORMAÇÃO DO PREÇO.................................................................................................... 265</p><p>3.4.2. VERIFICAÇÃO APÓS CONCLUSÃO ................................................................................. 265</p><p>3.4.3. VARIANTE DE ORÇAMENTAÇÃO .................................................................................... 266</p><p>3.4.4. VALIDADE DA PROPOSTA ................................................................................................ 266</p><p>4. FORMAS DE PAGAMENTO .................................................................................................................... 266</p><p>4.1. GENERALIDADES............................................................................................................................ 266</p><p>4.2. CRITÉRIO DE VALOR GLOBAL....................................................................................................... 266</p><p>4.3. CRITÉRIOS DE VALOR UNITÁRIO POR PRANCHA E DE HORA TÉCNICA................................. 266</p><p>ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL • 11</p><p>5. REAJUSTAMENTO................................................................................................................................... 266</p><p>5.1. GENERALIDADES............................................................................................................................ 266</p><p>5.2. CÁLCULO ......................................................................................................................................... 267</p><p>5.3. PONTUALIDADE NOS PAGAMENTOS ........................................................................................... 267</p><p>6. ATRIBUIÇÕES .......................................................................................................................................... 267</p><p>6.1. CONTRATANTE ............................................................................................................................... 267</p><p>6.2. CONTRATADO................................................................................................................................. 268</p><p>7. EXEMPLOS PRÁTICOS ........................................................................................................................... 269</p><p>7.1. CATEGORIA I-EMPREITADA GLOBAL............................................................................................ 269</p><p>7.1.1. EXEMPLO 1 ....................................................................................................................... 269</p><p>7.1.2. EXEMPLO 2 ........................................................................................................................ 2 71</p><p>7.1.3. EXEMPLO 3 ........................................................................................................................ 273</p><p>7.2. CATEGORIA II-EMPREITADA GLOBAL........................................................................................... 275</p><p>7.2.1. EXEMPLO 1 ...................................................................................................................... 275</p><p>7.3. HORA TÉCNICA .............................................................................................................................. 2 76</p><p>7.3.1. EXEMPLO 1 -ASSESSORIA TÉCNICA - ORÇAMENTO MÉDIO....................................... 276</p><p>7.3.2. EXEMPLO2-SUPERVISÃO DE OBRA ............................................................................... 277</p><p>7.4. PRANCHA ELABORADA ................................................................................................................. 278</p><p>7.4.1. EXEMPLO 1 - INDÚSTRIA DE CATEGORIA I................................................................... 278</p><p>CAPÍTULO XVII</p><p>ENGENHARIA DE IMPERMEABILIZAÇÃO ..........................................................................................281</p><p>1. INTRODUÇÃO .......................................................................................................................................... 281</p><p>2. DEFINIÇÃO DOS SERVIÇOS................................................................................................................... 281</p><p>2.1. PROJETOS....................................................................................................................................... 281</p><p>2.2. CONSULTORIA ................................................................................................................................ 282</p><p>2.3. ASSESSORIA GERAL...................................................................................................................... 282</p><p>2.4. PERÍCIA............................................................................................................................................ 282</p><p>2.5. PARECER......................................................................................................................................... 282</p><p>2.6. VISTORIA ......................................................................................................................................... 282</p><p>2.7. CONSULTA ...................................................................................................................................... 282</p><p>3. CRITÉRIOS DE FIXAÇÃO DE PREÇOS EM FUNÇÃO DO VALOR DA IMPERMEABILIZAÇÃO............ 282</p><p>3.1. CONSULTORIA E PROJETO........................................................................................................... 282</p><p>3.2. CONDIÇÕES GERAIS...................................................................................................................... 283</p><p>3.3. CONDIÇÕES ADICIONAIS PARA APLICAÇÃO DO CRITÉRIO ...................................................... 283</p><p>3.4. REAJUSTES..................................................................................................................................... 283</p><p>3.5. OBSERVAÇÕES............................................................................................................................... 283</p><p>CAPÍTULO XVIII</p><p>AR CONDICIONADO E VENTILAÇÃO..................................................................................................285</p><p>1. APRESENTAÇÃO .................................................................................................................................... 285</p><p>12 ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL</p><p>2. DEFINIÇÃO DOS SERVIÇOS .................................................................................................................. 285</p><p>2.1. INTRODUÇÃO..................................................................................................................................... 285</p><p>2.2. DESCRIÇÃO DOS TIPOS DE SERVIÇOS ...................................................................................... 286</p><p>2.2.1. PROJETO ........................................................................................................................... 286</p><p>2.2.2. SUPERVISÃO TÉCNICA (FISCALIZAÇÃO) ....................................................................... 287</p><p>2.2.3. CONSULTORIA TÉCNICA.................................................................................................. 287</p><p>3. HONORÁRIOS............................................................................................................................................. 288</p><p>3.1. HONORÁRIO DE PROJETOS ......................................................................................................... 288</p><p>3.1.1. CRITÉRIO ...........................................................................................................................</p><p>288</p><p>3.1.2. CÁLCULO DOS HONORÁRIOS PARA PROJETO............................................................. 291</p><p>3.2. HONORÁRIOS PARA SUPERVISÃO TÉCNICA (FISCALIZAÇÃO) DE EXECUÇÃO DE SISTEMAS</p><p>DEAR CONDICIONADO, AQUECIMENTO E VENTILAÇÃO MECÂNICA ....................................... 292</p><p>3.2.1. HONORÁRIOS EM FUNÇÃO DO CUSTO ATUALIZADO DA INSTALAÇÃO .................... 292</p><p>3.2.2. HONORÁRIOS REMUNERADOS POR HORA TÉCNICA.................................................. 293</p><p>3.3. HONORÁRIOS PARA CONSULTORIA TÉCNICA............................................................................ 294</p><p>4. PRESCRIÇÕES GERAIS............................................................................................................................. 294</p><p>CAPÍTULO XIX</p><p>AVALIAÇÃO E PERÍCIA DE ENGENHARIA.........................................................................................295</p><p>1. INTRODUÇÃO.......................................................................................................................................... 295</p><p>2. FIXAÇÃO DE HONORÁRIOS................................................................................................................... 295</p><p>PARTE 4</p><p>DISPOSIÇÕES GERAIS</p><p>CAPÍTULO XX</p><p>LEGISLAÇÃO ........................................................................................................................................................ 301</p><p>CAPÍTULO XXI</p><p>LEI DE LICITAÇÕES E CONTRATOS - LEI FEDERAL Nº 8.666/93..................................................................... 303</p><p>CAPÍTULO XXII</p><p>LEI DE LICITAÇÕES-OPINIÃO ............................................................................................................................ 345</p><p>CAPÍTULO XXIII</p><p>LEGISLAÇÃO PROFISSIONAL DO ENGENHEIRO E ARQUITETO ................................................................... 349</p><p>ENTIDADES PROFISSIONAIS LIGADAS Ã ÁREA DA CONSTRUÇÃO CIVIL..................................................... 364</p><p>BIBLIOGRAFIA ...................................................................................................................................................... 366</p><p>ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL 13</p><p>"A minha esposa Hiroko e aos</p><p>meus filhos, Hugo Mikio e Diogo</p><p>Teruo, dedico este livro"</p><p>14 ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL</p><p>apresentação do editor</p><p>Os livros e manuais de caráter técnico costumam ser lançados com pretensões distintas. Há</p><p>aqueles que almejam reconhecimento do meio profissional no qual se inserem. Outros</p><p>buscam acrescentar conceitos, visões e propostas inovadoras. Muitos repassam, de forma</p><p>didática, conteúdos já conhecidos e visitados, contribuindo assim para a necessária</p><p>disseminação do conhecimento. Poucos se propõem a revolucionar estruturas e organismos</p><p>preexistentes. A maioria contribui com pequenos, porém efetivos, passos para a evolução do</p><p>pensamento e da pesquisa. Nenhum deles, por princípio, sem antes passar por uma análise</p><p>criteriosa, pode ser considerado melhor ou pior. São diferentes e, sem dúvida,</p><p>necessariamente complementares. Um dos maiores atributos desta obra, de autoria do Eng.</p><p>Maçahico Tisaka, é reunir cada uma dessas pretensões e tentar resumi-las no que talvez</p><p>consista a maior façanha de uma publicação do gênero: tornar-se referência. "Orçamento na</p><p>Construção Civil" não é resultado de um trabalho de meses. Tampouco de anos. São</p><p>décadas de dedicação do autor e das fontes por ele sabiamente reunidas ao estudo de um</p><p>tema de profunda importância para a indústria da construção civil e que, não por</p><p>coincidência, faz parte do "código genético" da (quase) sexagenária PINI. Para a Editora,</p><p>constitui motivo de grande orgulho ter sido novamente lembrada pelo Eng. Maçahico que, em</p><p>1993, então presidindo o Instituto de Engenharia, lançava conosco o "embrião" deste novo</p><p>trabalho, o livro "Critérios para Fixação dos Preços de Serviços de Engenharia". Esperamos</p><p>que você, leitor interessado ou atuante nas áreas de orçamento, contratação, planejamento,</p><p>execução de obras e consultoria de projetos de engenharia civil ou arquitetura, possa</p><p>usufruir da experiência e das metodologias cuidadosamente abordadas pelo autor. À PINI,</p><p>cabe somente agradecer pela honra de participar de mais esta importante iniciativa em prol</p><p>de critérios e resultados justos para empresas e profissionais da construção civil, tanto na</p><p>esfera pública quanto privada. Boa leitura e muitas consultas!</p><p>Eric Cozza</p><p>PINI</p><p>Diretor de Redação</p><p>ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL * 15</p><p>prefácio</p><p>Convidado pela Editora PINI para elaborar o prefácio deste Manual, senti-me imensamente honrado</p><p>pela deferência, pois a presente edição surge em um momento muito especial para a área da</p><p>Engenharia.</p><p>Vivemos hoje um importante momento de revalorização da categoria que tanto contribuiu, contribui e</p><p>continuará contribuindo para o desenvolvimento da economia e para o progresso do bem-estar da</p><p>sociedade brasileira.</p><p>Oferecer para os engenheiros civis e arquitetos um manual especializado com o objetivo de dar o</p><p>imprescindível suporte técnico para a fixação de preços ou estabelecer critérios para a remuneração</p><p>pelos seus serviços, parece-me uma contribuição da mais alta importância, além de extremamente</p><p>necessária e fundamental.</p><p>A primeira edição lançada em 1993 pela Editora PINI com o apoio e coordenação do então</p><p>presidente do Instituto de Engenharia, Maçahico Tisaka, encontra-se totalmente esgotada, e em boa</p><p>hora o seu nome foi lembrado para um novo trabalho.</p><p>Na época, para a sua elaboração, foi realizada uma ampla consulta junto aos principais interessados</p><p>no assunto, tais como as grandes contratantes do governo, órgãos da administração direta e</p><p>indireta, pequenas, médias e grandes empresas construtoras, empresas de consultoria e projetos,</p><p>como também entidades representativas do setor.</p><p>Esta nova edição já se fazia necessária. Ampliada e atualizada, ela vem preencher uma importante</p><p>lacuna. Oferecer à área da construção civil uma visão mais didática e ampla, com o objetivo de</p><p>garantir às empresas e aos profissionais resultados justos pela execução de seus trabalhos técnicos,</p><p>é uma forma de valorizar a Engenharia brasileira que tanto depende desses profissionais para a</p><p>retomada do seu desenvolvimento.</p><p>Valho-me do ensejo para também prestar uma justa e merecida homenagem, ainda que,</p><p>infelizmente, póstuma, ao empresário e jornalista Sérgio Pini, que durante várias décadas presidiu a</p><p>Editora Pini, prestando sempre relevantes serviços à Engenharia e à construção brasileira.</p><p>Eng. Eduardo Ferreira Lafraia</p><p>INSTITUTO DE ENGENHARIA</p><p>Presidente</p><p>ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL J 17</p><p>preliminares</p><p>A tarefa de calcular a remuneração de serviços de Engenharia exige uma série de requisitos que</p><p>não se restringem apenas a uma questão eminentemente técnica, envolvendo necessidade de</p><p>conhecimentos que vão desde a legislação profissional, legislação tributária e fiscal, conhecimento</p><p>do mercado de materiais e de mão-de-obra, no seu mais amplo sentido.</p><p>O sucesso ou o fracasso de uma atividade profissional de Engenharia depende da forma como</p><p>estabelecemos a cobrança dos honorários profissionais ou da remuneração pelos serviços que</p><p>prestamos aos clientes, sejam elas pessoas físicas ou jurídicas, privados ou públicos.</p><p>Num regime competitivo como em que vivemos na atualidade, se não tivermos um conhecimento</p><p>adequado e suficiente na forma de calcular o orçamento ou os honorários, corremos o risco de</p><p>darmos preços excessivamente elevados e fora da realidade do mercado e, portanto, deixarmos de</p><p>contratar com o cliente, ou darmos um preço insuficiente para cobrir os custos incidentes e ter</p><p>grandes prejuízos, podendo até acarretar o encerramento das atividades.</p><p>Por outro lado, no caso específico da Administração Pública, se os orçamentos não forem bem feitos</p><p>e não representarem a realidade da obra e do mercado, correm também um sério risco de trazerem</p><p>conseqüências</p><p>indesejáveis, tais como baixa qualidade dos serviços, atrasos ou paralisações de</p><p>obra, aditivos contratuais, recursos e ações judiciais, etc, que podem levar a incalculáveis prejuízos</p><p>para o erário público.</p><p>É preciso também diferenciar propostas de orçamento e de remuneração feitas a particulares</p><p>daquelas feitas aos órgãos públicos.</p><p>No primeiro caso, pode-se contar com uma certa flexibilidade no trato deste assunto em razão de</p><p>não estar sujeito às exigências determinadas pela Lei de Licitações, permitindo um grau maior de</p><p>liberdade para negociações, que podem conduzir a um resultado que atenda aos interesses de</p><p>ambas as partes. Além disso, pelo caráter restrito que caracteriza esse tipo de contratação, muitas</p><p>vezes o que predomina mesmo é o relacionamento entre as partes e a experiência profissional da</p><p>eventual contratada, além, evidentemente, do preço aceitável para ambas as partes.</p><p>No segundo caso existe uma norma geral que rege todas as contratações em qualquer nível de</p><p>governo, seja administração direta ou indireta, onde a contratante é obrigada a segui-la, chamada</p><p>Lei de Licitações (Lei Federal nº 8.666/93).</p><p>Por essa Lei, uma vez apresentada a proposta e se for a vencedora, não poderá haver</p><p>arrependimento, sob pena de pesadas multas e impedimento de participar de outras licitações por</p><p>um período. Portanto, em poucas palavras, é proibido errar.</p><p>Desse modo é preciso estudar e analisar profundamente os custos diretos e indiretos envolvidos,</p><p>bem como todas as incidências de impostos, taxas, seguros, despesas financeiras, grau de risco,</p><p>etc.</p><p>18 ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL</p><p>É importante salientar que o princípio fundamental que rege atualmente a Lei de Licitações é o</p><p>menor preço de oferta, não se permitindo negociações após a abertura das propostas dos</p><p>concorrentes.</p><p>O objetivo deste Manual é dar aos profissionais que atuam nas áreas de licitação, orçamentação,</p><p>jurídica e comercial das empresas públicas e privadas, alguns fundamentos que possam auxiliar na</p><p>elaboração de orçamento de obras e na fixação de preços ou honorários pelos serviços a serem</p><p>desenvolvidos na área de Engenharia Civil.</p><p>A primeira edição lançada em 1993 com o nome de "Critérios para Fixação dos Preços de Serviços</p><p>de Engenharia", já esgotada, esteve sob a coordenação do Instituto de Engenharia, que na</p><p>ocasião submeteu o trabalho, ainda na fase de projeto, a uma ampla consulta e debate junto aos</p><p>principais interessados, quais sejam, as grandes contratantes do governo, órgãos da administração</p><p>direta e indireta, empresas construtoras pequenas, médias e grandes, empresas de consultoria e</p><p>projetos e entidades de classe representativas do ramo, resultando num trabalho consensual e</p><p>equilibrado para todas as partes envolvidas.</p><p>Esta nova edição, ampliada e atualizada, objetivou dar um maior suporte técnico para todos que</p><p>atuam nas diversas áreas de consultoria e projetos de Engenharia Civil e sobretudo na área de</p><p>execução da construção civil que precisam ter critérios seguros e bem definidos para calcular os</p><p>custos diretos e o BDI para obter o preço final de venda.</p><p>Também é um instrumento essencial para os profissionais que preparam editais de licitação</p><p>pública, calculam orçamento estimativo e para aqueles que analisam e julgam propostas de</p><p>preços.</p><p>Este trabalho conta mais uma vez com o apoio, colaboração e sugestões das entidades</p><p>representativas dos vários setores da construção, inclusive com a oferta dos critérios utilizados</p><p>pelos seus respectivos associados, fato este que vem enriquecer em muito o conteúdo desta</p><p>publicação.</p><p>Esperamos que este Manual venha atender aos anseios da classe profissional que necessita de</p><p>um importante respaldo técnico para garantir um resultado justo do seu trabalho profissional, por</p><p>um lado, e do outro, ter em mãos os fundamentos claros e suficientes para justificar uma decisão</p><p>que seja justa para ambas as partes, contratantes e contratadas.</p><p>O autor</p><p>ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL 19</p><p>esclarecimentos necessários</p><p>HONORÁRIOS DE CONSULTORIA E PROJETOS</p><p>As conceituações dos serviços e critérios de fixação dos respectivos honorários ou preços nas áreas de consultoria,</p><p>projetos e gerenciamento não gozam de unanimidade no mercado, dando margem a muitas discussões e polêmicas</p><p>quando da apresentação das propostas de preços nas licitações ou dificultando a negociação entre o contratante e o</p><p>contratado.</p><p>No caso de haver algum tipo de impasse ou mesmo divergências de opinião entre as partes, há poucas opções de</p><p>literatura especializada no mercado para consultas que permitam dirimir dúvidas básicas ou encontrar modelos de</p><p>cálculos em que possam se espelhar.</p><p>O nosso objetivo é oferecer aos profissionais que lidam com orçamentos, licitações, contratos, compras e vendas de</p><p>serviços uma referência de parâmetro para poderem estabelecer critérios próprios de fixação ou julgamento dos</p><p>preços, de modo a remunerar adequadamente o nível de qualidade e profundidade proposto em seus trabalhos.</p><p>Os critérios de remuneração para cada especialização, que estão relacionados na segunda parte deste manual,</p><p>tiveram como base as diretrizes estabelecidas, informal ou oficialmente, pelas entidades de classe representativas e</p><p>nem sempre coincidem com o texto original apresentado por essas entidades.</p><p>Em alguns casos, procurou-se manter na íntegra os critérios propostos pelas entidades de classe e, em outros,</p><p>apenas a parte relativa ao objeto do nosso trabalho. Há casos também em que aparece apenas o resumo ou a</p><p>introdução de algumas alterações necessárias para a uniformidade dos critérios.</p><p>Portanto, nenhuma responsabilidade cabe às entidades colaboradoras, caso apresente alguma divergência com o</p><p>texto original gentilmente cedido, devendo o interessado comunicar-se com a entidade correspondente para obter</p><p>maiores informações sobre o assunto.</p><p>O leitor atento notará que poderá haver diferenças de critério dentro de uma mesma área de atuação e em alguns</p><p>casos até critérios sobrepostos para um mesmo assunto. Isto pode ocorrer porque alguns critérios estão focados para</p><p>os profissionais liberais e, em outros, para empresas ou escritórios de consultoria e projetos.</p><p>20 ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL</p><p>responsabilidade do orçamentista perante a</p><p>legislação brasileira</p><p>De acordo com os Arts. 7o, 8o, 13º, 14º e 15º da Lei Federal nº 5.194/66, o ORÇAMENTO ESTIMATIVO do órgão</p><p>que acompanha o edital de licitação, previsto na alínea II §2º do item XVII do Art. nº40da Lei nº 8.666/ 93 (Lei de</p><p>Licitações), deverá ter a sua autoria devidamente identificada no documento, com o nome completo do orçamentista,</p><p>profissão de engenheiro civil ou arquiteto e o número de Registro no CREA.</p><p>A Lei Federal nº 5.194, de 24.12.66, estabelece o seguinte:</p><p>"Art. 7 - As atividades e atribuições profissionais do engenheiro, do arquiteto e do engenheiro agrônomo</p><p>consistem em:</p><p>a) desempenho de cargos, funções e comissões em entidades estatais, paraestatais, autárquicas, de</p><p>economia mista e privada".</p><p>"Art. 8 - As atividades e atribuições enunciadas nas alíneas 'a', 'b', 'c', do artigo anterior são da competência de</p><p>pessoas físicas, para tanto legalmente habilitadas."</p><p>"Art. 12 - Na União, nos Estados e nos Municípios, nas entidades autárquicas, paraestatais e de economia mista, os</p><p>cargos e funções que exijam conhecimentos de Engenharia, Arquitetura e de Agronomia, relacionados conforme</p><p>o disposto na alínea "g" do Art. 27, somente poderão ser exercidos por profissionais habilitados de acordo com</p><p>esta Lei."</p><p>"Art. 13 - Os estudos, plantas, projetos, laudos e qualquer outro trabalho de engenharia, de arquitetura e de</p><p>agronomia, quer público, quer particular, somente poderão ser submetidos ao julgamento das autoridades</p><p>competentes e só terão valor jurídico quando seus autores forem profissionais habilitados de acordo com a</p><p>lei."</p><p>"Art. 14 - Nos trabalhos gráficos, especificações, orçamentos, pareceres, laudos e atos judiciais ou administrativos,</p><p>é obrigatória,</p><p>além da assinatura, precedida do nome da empresa, sociedade, instituição ou firma a que</p><p>interessarem, a menção explícita do título do profissional que os subscreve e o número da carteira referida</p><p>no art. 56."</p><p>A falta dessa identificação poderá ensejar um Auto de Infração contra a empresa ou órgão licitante por parte da</p><p>fiscalização do CREA ou até anulação da licitação por descumprimento dos dispositivos legais.</p><p>"Art. 15 - São nulos de pleno direito os contratos referentes a qualquer ramo da engenharia, arquitetura ou</p><p>da agronomia, inclusive a elaboração de projeto, direção ou execução de obras, quando firmados por entidade</p><p>pública ou particular com pessoa física ou jurídica não legalmente habilitada a praticar a atividade nos termos desta</p><p>lei."</p><p>Pelos Artigos 1 º ao 14o da Resolução nº 425 de 18/12/98 do CONFEA, combinada com o Parágrafo 1 º dos Arts. 2o</p><p>e 4o da Lei nº 6.496/77, é obrigatório o recolhimento de ART - Anotação de Responsabilidade Técnica pela execução</p><p>do orçamento e pelo ocupante de cargo e função de orçamentista, ficando sujeito às penalidades da lei pelo seu não-</p><p>cumprimento.</p><p>LEI Nº 6.496/77</p><p>"Art. 2o - A ART define para os efeitos legais os responsáveis técnicos pelo empreendimento de engenharia,</p><p>arquitetura e agronomia."</p><p>"§ 1o A ART será efetuada pelo profissional ou pela empresa no Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e</p><p>Agronomia (CREA), de acordo com Resolução própria do Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia</p><p>(CONFEA)/'</p><p>ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL 21</p><p>"Art. 3o - A falta de ART sujeitará o profissional ou a empresa à multa prevista na alínea 'a' do Art. 73 da Lei nº 5.194,</p><p>de 24 de dezembro de 1966, e demais cominações legais."</p><p>O autor do orçamento deverá recolher ART - Anotação de Responsabilidade Técnica, específico para cada</p><p>obra objeto da licitação, atestando a sua autoria.</p><p>Além disso, o órgão contratante deverá recolher ART - Anotação de Responsabilidade Técnica de Cargo e</p><p>Função do seu orçamentista, sob pena de autuação pela fiscalização do CREA.</p><p>RESOLUÇÃO nº 425 de 18 de dezembro de 1998 do CONFEA</p><p>"Art. 6o - O desempenho de cargo ou função técnica, seja por nomeação, ocupação ou contrato de trabalho - tanto</p><p>em entidade pública ou privada -, obriga a Anotação de Responsabilidade Técnica, no CREA, em cuja jurisdição</p><p>for exercida a atividade."</p><p>OBSERVAÇÕES IMPORTANTES:</p><p>O orçamento a ser elaborado deverá conter, de modo fiel e transparente, todos os serviços e/ou materiais a serem</p><p>aplicados na obra de acordo com o projeto básico e outros projetos complementares referentes ao objeto da licitação.</p><p>O orçamento deverá ser elaborado a partir do levantamento dos quantitativos físicos do projeto e da composição dos</p><p>custos unitários de cada serviço, obedecidas rigorosamente as Leis Sociais e Encargos Trabalhistas e todos os</p><p>demais Custos Diretos, devidamente planilhados.</p><p>Pela atual legislação contábil e trabalhista, os encargos como refeições, transporte, EPI, incluindo uniformes,</p><p>ferramentas manuais necessários para o exercício de sua atividade, seguro de vida em grupo, diretamente</p><p>relacionados com a mão-de-obra, devem ser calculados e acrescidos às Leis Sociais como Encargos</p><p>Complementares de Mão-de-Obra.</p><p>Ainda, lembrar que, pela atual legislação fiscal e contábil, todos os custos que compõem a infra-estrutura da obra</p><p>como a Instalação do Canteiro de Obra, custos da Administração Local, Mobilização e Desmobilização, etc, devem</p><p>compor os Custos Diretos, e não o BDI.</p><p>A composição do BDI, que é a outra parte importante do orçamento, deverá conter todos os itens relativos aos</p><p>Custos Indiretos da administração central, eventuais taxas de riscos do empreendimento pela falta de uma definição</p><p>clara do projeto, custos financeiros do capital de giro, todos os tributos federais e municipais, custos de</p><p>comercialização e a pretensão ou previsão de lucro.</p><p>À omissão injustificada e deliberada de custos que venham a causar prejuízos à contratada ou ao colega engenheiro</p><p>ou arquiteto, o profissional responsável pela elaboração do orçamento poderá ser enquadrado na Resolução nº</p><p>1.002/02, que regulamentou o Código de Ética Profissional.</p><p>Para a elaboração criteriosa e completa do orçamento de obras de construção civil, recomenda-se seguir a</p><p>Metodologia de Cálculo do Orçamento de Edificações - Composição do Custo Direto e do BDI, aprovado pelo</p><p>Instituto de Engenharia, cujo texto completo encontra-se no CAPÍTULO VII deste livro.</p><p>22 ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL</p><p>CRITÉRIOS DE</p><p>REMUNERAÇÃO</p><p>1. INTRODUÇÃO</p><p>A ENGENHARIA tem sido definida como a arte de transformar recursos naturais em formas adequadas de produtos</p><p>ao atendimento das necessidades humanas.</p><p>O porquê do nome Engenharia Civil: até o século XVII a Engenharia como atividade organizada era exercida</p><p>somente para fins militares. A partir de então, com o surgimento de obras sem a participação de militares,</p><p>principalmente na construção de estradas, originaram-se as denominações de "Engenharia Civil" e "Construção</p><p>Civil".</p><p>A Norma Brasileira NBR 5.679. Elaboração de Projetos de Obras de Engenharia e Arquitetura, define Obra de</p><p>Engenharia e Arquitetura como:</p><p>"...o trabalho, segundo as determinações do projeto e as normas adequadas, destinado a modificar, adaptar,</p><p>recuperar ou criar um 'bem', ou que 'tenha como resultado qualquer transformação, preservação ou</p><p>recuperação do ambiente natural'."</p><p>De forma mais específica, a Lei Federal nº 5.194, de 24 de dezembro de 1966, que regulamentou as profissões de</p><p>engenheiro, arquiteto e agrônomo, estabeleceu o seguinte:</p><p>"Art. 1o. As profissões de engenheiro, arquiteto e engenheiro agrônomo são caracterizadas pelas realizações</p><p>de interesse social e humano que importem na realização dos seguintes empreendimentos:</p><p>a) aproveitamento e utilização de recursos naturais;</p><p>b) meios de locomoção e comunicações;</p><p>c) edificações, serviços e equipamento urbanos, rurais e regionais, nos seus aspectos técnicos e artísticos;</p><p>d) instalações e meios de acesso a costas, cursos e massas de d'água e extensões terrestres;</p><p>e) desenvolvimento industrial e agropecuário."</p><p>Na atualidade, com o desenvolvimento e o progresso da Engenharia em todos os campos das atividades humanas,</p><p>a abrangência dos conceitos acima se ampliaram muito e não mais se restringem apenas aos aspectos acima</p><p>definidos, podendo-se incluir também as atividades de conservação e operação dos bens criados, bem como</p><p>aqueles que conduzem à eliminação ou destruição dos mesmos bens, quando necessário.</p><p>ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL 25</p><p>Todos esses serviços de Engenharia poderiam ser agrupados basicamente em duas grandes áreas:</p><p>■ Engenharia Consultiva e de Projetos. PROJETOS</p><p>■ Engenharia de Construções e Montagens. EXECUÇÃO</p><p>2. PROJETOS</p><p>A Engenharia Consultiva e de Projetos, aqui, simplesmente denominada de PROJETOS, abrange os seguintes</p><p>serviços:</p><p>a) elaboração de planos diretores, estudos de viabilidade, estudos organizacionais e outros relacionados com</p><p>obras e serviços de engenharia.</p><p>b) elaboração de anteprojetos, projetos básicos e projetos executivos de obras, equipamentos, instrumentos e</p><p>processos de produção em geral.</p><p>c) fiscalização, supervisão, acompanhamento técnico e gerenciamento de obras e serviços, ou de montagens</p><p>industriais e controle tecnológico de materiais e produtos;</p><p>d) vistorias, elaboração de laudos técnicos, consultorias especializadas, avaliações e pareceres referentes a</p><p>obras de engenharia;</p><p>e) desenvolvimento de técnicas relacionadas com a informática e outras, para aplicação em serviços de</p><p>engenharia.</p><p>3. EXECUÇÃO</p><p>A Engenharia de Construção Civil e Montagem, ou simplesmente denominada de EXECUÇÃO, abrange os seguintes</p><p>serviços:</p><p>a) execução de obras de construção civil em geral e sua conservação (ou, eventualmente, sua demolição);</p><p>b) construção, demolição, reforma ou reparação de prédios ou edificações;</p><p>c) construção e reparação de estradas de ferro e de rodagem, inclusive os</p>correspondente. 14.2.3. O cancelamento de parte dos trabalhos contratados obriga o cliente ao pagamento de multa rescisória a ser fixada em contrato. Recomenda-se 20% sobre o valor da fase subseqüente àquela em andamento. 14.2.4. O projeto contratado poderá ser executado somente para os fins e local indicados nos desenhos e documentos de projeto. 14.2.5. A remuneração pelos direitos autorais não implica cessão destes. 15. DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS Até que o IAB elabore roteiros e tabelas específicos, recomenda-se que os serviços discriminados abaixo sejam cobrados como segue: 15.1. MULTIPLICADORES SOBRE O VALOR DO PROJETO DE ARQUITETURA DA EDIFICAÇÃO: ■ Levantamentos arquitetônicos: 0,05 a 0,15. ■ Estudos de viabilidade (técnica e legal) arquitetônica: 0,025 a 0,075. ■ Projetos de acréscimo e edificações existentes: 1,05 a 1,25. ■ Projetos de reforma e/ou revitalização de edificações existentes: 1,20 a 1,40. ■ Projetos de restauro de edificações existentes: 1,50 a 2,00. ■ Projetos de legalização de obras executadas (incluindo o levantamento arquitetônico): 0,05 a 0,15. ■ Projetos complementares de estrutura: 0,20 a 0,60. ■ Projetos complementares de instalações hidrosanitárias (água quente e fria, esgoto e água fluviais) e de gás: 0,10 a 0,30. ■ Projetos complementares de instalações elétricas e telefônicas: 0,10 a 0,30. ■ Projetos complementares de ar-condicionado, ventilação e exaustão mecânica: 0,05 a 0,35. ■ Projetos complementares de paisagismo: 0,05 a 0,15. ■ Projetos complementares de terraplanagem: 0,01 a 0,10. ■ Projetos complementares de arquitetura de interiores, decoração e mobiliária: 0,50 a 1,50. ■ Projetos complementares de comunicação visual: 0,05 a 0,10. 15.2. MULTIPLICADORES SOBRE O VALOR DO(S) PROJETO(S) A QUE SE REFEREM OS SERVIÇOS: ■ Elaboração de programas de necessidade: 0,05 a 0,25. ■ Fiscalização (técnica) de projeto(s) realizado(s) por terceiro(s): 0,05 a 0,15. ■ Gerenciamento (técnico, administrativo e financeiro) de projeto(s) realizado(s) por terceiro(s): 0,10 a 0,30. ■ Fiscalização (técnica) da execução de obra: 0,20 a 0,40. ■ Gerenciamento (técnico, administrativo e financeiro) da execução de obra: 0,50 a 1,50. 192 ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL 15.3. MULTIPLICADORES SOBRE AS DESPESAS DE EXECUÇÃO DA OBRA: ■ Execução de obras por administração (incluída a responsabilidade técnica, civil e criminal): 0,10 a 0,30. 15.4. MULTIPLICADORES SOBRE A ÁREA DE INTERVENÇÃO: ■ Levantamentos topográficos; 0,0002 a 0,0010 CUBs/m2. ■ Levantamentos urbanísticos: 0,15 a 4,5 CUBs/ha. ■ Estudos de viabilidades (técnica e legal) urbanísticos: 0,04 a 4 CUBs/ha. ■ Projetos de remembramento e/ou desmembramento de lotes (sem abertura de vias): 0,0003 a 0,0015 CUBs/m2. ■ Projetos de parcelamento do solo e armamento ou condomínio (excluídos os projetos complementares de infra-estrutura): 0,004 a 0,0020 CUBs/m2 ■ Projetos de desenho urbano ou paisagismo de espaços públicos, praças, parques etc. (excluídos os projetos complementares de infra-estrutura): 15 a 150 CUBs/ha. ■ Planos urbanísticos de bairro ou setor de cidade: 0,3 a1,5 CUBs/ha. Obs.: CUB = custo unitário básico da construção residencial, valor médio, calculado segundo os critérios estabelecidos pela NB 140 da ABNT e divulgado mensalmente em cada Estado pelos Sindicatos da Indústria da Construção Civil, de acordo com o que dispõe o Artigo 54 de Lei nº. 4591 de 16.12.64. 15.5. MULTIPLICADORES SOBRE A POPULAÇÃO DE ÁREA DE INTERVENÇÃO: ■ Planos diretores municipais: 1,25 a 125 CUBs/1000 hab. ■ Planos diretores regionais: 0,35 a 35 CUBs/1000 hab. Obs.: CUB (ver definição acima). 15.6. CRITÉRIOS RECOMENDADOS NO DOCUMENTO "MODALIDADE ALTERNATIVA DE CONTRATAÇÃO E REMUNERAÇÃO DE SERVIÇOS DE ARQUITETURA": ■ Pesquisas. ■ Estudos de Viabilidade econômico-financeira, Estimativas de Custo, Orçamentos, Avaliações Econômicas e similares. ■ Consultorias/Assessorias, Vistorias/Perícias, laudos/Pareceres e similares. ■ Levantamento e/ou sondagens geológicas. ■ Projetos complementares de instalações de coleta e tratamento de lixo. ■ Projetos complementares de instalações mecânicas: elevadores, monta-cargas, rampas, escadas e esteiras rolantes, entre outros. ■ Projetos complementares de instalações de prevenção e combate de incêndio. ■ Projetos complementares de instalações de alarme, segurança e comunicação. ■ Projetos complementares de conforto ambiental, acústica, sonorização e luminotécnica. ■ Projetos complementares de instalações especiais: equipamento, água gelada e outros. ■ Projetos especializados de estacionamento e tráfico de veículo. ■ Maquetes. ■ Perspectiva e desenhos promocionais. ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL 193 TOPOGRAFIA E AGRIMENSURA Engenharia consultiva e projetos de topografia e agrimensura1 1. INTRODUÇÃO A elaboração de critérios para fixação de honorários para serviços de topografia é bastante complexa, devido aos insumos considerados serem muito variáveis e inconstantes. A Tabela de Preços Unitários apresentada no final deste capítulo serve como Referência de Preços para a maioria dos serviços de topografia e está adequada à Norma Brasileira, NBR 13.133/94. 2. PREMISSAS BÁSICAS A SEREM ADOTADAS Os preços unitários foram compostos considerando-se os seguintes parâmetros: ■ Obediência à norma NBR 13.133/94 da ABNT para levantamentos topográficos. ■ Topografia da área com declividade média de até 15%. ■ Cobertura vegetal abaixo de 1 metro de altura. ■ Acessibilidade à área de trabalho, sem dificuldades. ■ Deslocamento médio diário de até 100 km, somadas ida e volta da sede da empresa. ■ Jornada de trabalho de 8:00 h, incluindo o deslocamento e respeitando o limite de 44 horas semanais. ■ Nos preços unitários compostos estão incluídos: os trabalhos de campo, cálculos, desenhos, memoriais e relatório técnico. ■ Os valores de equipamentos e veículos adotados nas planilhas de composição de preços apresentados no item 4.2 são preços médios de aluguéis de mercado. ■ Pagamento à vista com medições mensais para trabalhos com duração maior que 30 dias. ■ Os salários considerados nas planilhas de composição de preços apresentados no item 4.2 são salários médios de mercado no Estado de São Paulo. ■ Adotados 17 (dezessete) dias de trabalho/mês, conforme demonstrado no item 4.3. ■ BDI, bonificação e despesas indiretas de 35% (trinta e cinco por cento) sobre a somatória dos custos diretos, considerando como: 2.1. CUSTOS INDIRETOS São todos os custos não vinculados aos serviços, mas sim ao conjunto da empresa como: ■ mão-de-obra administrativa; ■ honorários da diretoria; ■ encargos sociais da mão-de-obra administrativa; ■ despesas de telefone, energia, aluguel etc. da sede da empresa; 1 O texto que se segue é uma contribuição da APEAESP/AETESP, cujo trabalho encontra-se registrado na Câmara de Engenharia de Agrimensura do CREA e adaptado ao texto do livro. ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL 195 ■ despesas com visitas técnicas, orçamento de propostas e contratos; ■ imposto de renda; ■ ART (Anotação de Responsabilidade Técnica). 2.2. LUCRO BRUTO Considerado em 15%. 3. QUALIDADES E GRAUS DE DIFICULDADES FREQÜENTEMENTE ENCONTRADOS EM SERVIÇOS DE ENGENHARIA DE AGRIMENSURA A seguir são relacionados os obstáculos e dificuldades encontrados em serviços de engenharia de agrimensura, que devem ser pesquisados, identificados e avaliados em cada serviço, pois os mesmos acarretam queda de produtividade, aumento de custos operacionais e/ou necessidade de equipamentos adicionais. Na elaboração dos orçamentos e planejamento dos serviços devem ser considerados entre outros os seguintes aspectos: 3.1. ACESSO ■ Dificuldade de acesso à área de serviço. 3.2. TIPO DE TERRENO ■ Declividade excessiva, barrancos, escarpas serranas, escarpas rochosas e beira-mar (escolhos, arrebentação), cachoeiras, grutas, etc. ■ Brejo, charco, lamaçal, mangues, lodo de decomposição