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<p>Aula 2</p><p>Introdução</p><p>O ordenamento jurídico brasileiro tradicionalmente não define expressamente o</p><p>conceito de recurso nas normas legais, e essa lacuna é considerada adequada,</p><p>permitindo que a doutrina se encarregue de conceituar os fenômenos processuais.</p><p>Sistema de Impugnação</p><p>O sistema de impugnação de decisões judiciais no processo civil é dividido em três</p><p>categorias:</p><p>1. Recursos</p><p>2. Sucedâneos recursais</p><p>3. Ações autônomas de impugnação</p><p>Elementos Conceituais</p><p>Os elementos comuns aos meios de impugnação, conforme o art. 994 do CPC, incluem:</p><p>1. Voluntariedade</p><p>2. Legitimidade recursal</p><p>3. Desenvolvimento dentro do próprio processo</p><p>4. Objetivo da impugnação</p><p>Conceito de Recurso</p><p>Recurso é um instrumento processual voluntário que visa modificar, invalidar,</p><p>esclarecer ou integrar uma decisão judicial dentro do mesmo processo, e não deve ser</p><p>confundido com ações autônomas de impugnação.</p><p>Classificação dos Recursos</p><p>Os recursos podem ser classificados segundo diferentes critérios:</p><p>1. Extensão do inconformismo: Total ou parcial.</p><p>2. Fundamentação: Livre ou vinculada.</p><p>3. Momento: Independente ou dependente.</p><p>4. Objeto: Ordinário ou extraordinário.</p><p>5. Recurso Adesivo: É um recurso subordinado ao principal, interposto por uma</p><p>das partes em resposta ao recurso de outra parte, seguindo regras específicas do</p><p>CPC.</p><p>Espécies de Recursos</p><p>De acordo com o art. 994 do CPC, as espécies de recursos incluem:</p><p>• Apelação</p><p>• Agravo de instrumento</p><p>• Agravo interno</p><p>• Embargos de declaração</p><p>• Recurso ordinário</p><p>• Recurso especial</p><p>• Recurso extraordinário</p><p>• Agravo em recurso especial ou extraordinário</p><p>• Embargos de divergência</p><p>Princípio da Taxatividade</p><p>A criação de recursos é restrita à legislação federal, conforme o princípio da</p><p>taxatividade, e não pode ser negociada pelas partes. Algumas leis específicas podem</p><p>criar recursos adicionais.</p><p>Requisitos de Admissibilidade dos Recursos</p><p>Os requisitos são divididos em:</p><p>• Pressupostos Subjetivos: Legitimidade das partes, terceiros prejudicados e do</p><p>Ministério Público.</p><p>• Pressupostos Objetivos: Interesse de recorrer, cabimento, tempestividade,</p><p>necessidade, adequação, e ausência de fatos que modifiquem ou extingam o</p><p>direito de recorrer.</p><p>A ausência de requisitos pode levar ao não conhecimento do recurso, exceto em casos</p><p>de intempestividade, onde o relator pode permitir a correção de vícios processuais.</p><p>SISTEMA RECURSOS PREVISTOS</p><p>CPC/2015 Art. 994, CPC. São cabíveis os seguintes recursos:</p><p>1 - apelação;</p><p>Il - agravo de instrumento;</p><p>Ill - agravo interno;</p><p>IV - embargos de declaração;</p><p>V - recurso ordinário;</p><p>VI - recurso especial;</p><p>VII - recurso extraordinário;</p><p>VIII - agravo em recurso especial ou extraordinário;</p><p>IX - embargos de divergência.</p><p>JEC - Lei nº</p><p>9.099/1995</p><p>Embargos de declaração (art. 48);</p><p>Recurso "inominado" contra sentença (art. 41);</p><p>Recurso Extraordinário (Súmula nº 640, STF).</p><p>OBSERVAÇÃO! Não é previsto recurso para decisão interlocutória</p><p>em Juizados Especiais Cíveis, razão pela qual entende-se que não</p><p>cabe nenhum recurso. No entanto, na prática, utiliza-se Mandado de</p><p>Segurança, como meio de impugnação.</p><p>@jus.semcrise</p><p>JEF - Lei nº</p><p>10.259/2001</p><p>Embargos de declaração;</p><p>Recurso Inominado contra sentença (art. 5º);</p><p>Recurso Extraordinário (art. 15).</p><p>OBSERVAÇÃO! Não é previsto recurso para decisão interlocutória</p><p>em Juizados Especiais Cíveis Federais, razão pela qual entende-se</p><p>que não cabe nenhum recurso. No entanto, na prática, utiliza-se</p><p>Mandado de Segurança, como meio de impugnação.</p><p>JEFP - Lei n°</p><p>12.153/2009</p><p>Embargos de declaração;</p><p>Recurso Inominado contra sentença (art. 49);</p><p>Recurso Extraordinário (art. 21) .</p><p>OBSERVAÇÃO! Não é previsto recurso para decisão interlocutória</p><p>em Juizados da Fazenda Pública, razão pela qual entende-se que não</p><p>cabe nenhum recurso. No entanto, na prática, utiliza-se Mandado de</p><p>Segurança, como meio de impugnação.</p><p>O assunto aborda a legitimidade e o interesse recursais no Código de Processo Civil</p><p>(CPC) brasileiro, destacando os requisitos necessários para a interposição de recursos.</p><p>O artigo 17 estabelece que é imprescindível ter interesse e legitimidade para postular</p><p>em juízo. O artigo 996 define quem pode interpor recursos, incluindo a parte vencida,</p><p>terceiros prejudicados e o Ministério Público, sendo que este último atua como parte ou</p><p>fiscal da ordem jurídica.</p><p>O artigo 1.004 menciona que, se ocorrer falecimento da parte ou do advogado durante</p><p>o prazo para interposição de recurso, esse prazo será restituído. Já o artigo 1.005 trata</p><p>da eficácia do recurso interposto por um dos litisconsortes, que aproveita a todos, exceto</p><p>se houver interesses distintos.</p><p>Os prazos para interposição de recursos são geralmente de 15 dias, conforme o artigo</p><p>1.003, salvo exceções como os embargos de declaração. O artigo 1.007 discute a</p><p>questão das custas e despesas, exigindo comprovação do preparo no ato da interposição,</p><p>com exceções para entidades isentas. Se o preparo for insuficiente, o recorrente tem um</p><p>prazo de 5 dias para corrigi-lo, sob pena de deserção.</p><p>Além disso, o CPC permite a desistência do recurso a qualquer momento e a renúncia</p><p>ao direito de recorrer sem necessidade de aceitação da outra parte. A aceitação da</p><p>decisão por parte do recorrente impede posterior recurso.</p><p>O texto também aborda decisões do Superior Tribunal de Justiça (STJ) relacionadas à</p><p>preclusão em matérias de ordem pública e à falta de prequestionamento em recursos</p><p>especiais, mostrando a aplicação de princípios processuais nas decisões judiciais.</p><p>O resumo aborda questões relativas à análise de prescrição e requisitos especiais para</p><p>recursos extraordinários e especiais no Direito Processual Civil brasileiro.</p><p>1. Prescrição e Coisa Julgada: O Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu que</p><p>não é possível reexaminar a prescrição se já houver coisa julgada sobre o tema, devido</p><p>à preclusão consumativa. Isso significa que, uma vez decidida a questão, ela não pode</p><p>ser novamente discutida.</p><p>2. Prequestionamento: O prequestionamento é a análise prévia das matérias que</p><p>serão objeto de recursos em instâncias superiores. O artigo 1.025 do CPC estabelece</p><p>que, se o tribunal inferior considerar que houve erro, omissão, contradição ou</p><p>obscuridade, isso deve ser incluído no acórdão, mesmo que os embargos de declaração</p><p>não sejam aceitos.</p><p>3. Repercussão Geral: A Emenda Constitucional nº 45/04 introduziu a</p><p>repercussão geral para questões constitucionais em recursos extraordinários, exigindo</p><p>que o recorrente demonstre a relevância da questão, que deve ultrapassar os interesses</p><p>subjetivos do processo, conforme o artigo 1.035 do CPC.</p><p>4. Relevância da Matéria: A Emenda Constitucional nº 125, de 2022, requer que</p><p>a relevância das questões de direito federal infraconstitucional seja demonstrada para a</p><p>admissibilidade do Recurso Especial, exceto em casos específicos onde a relevância é</p><p>presumida, como ações penais ou de improbidade.</p><p>5. Debate sobre a Eficácia da EC 125/2022: Há divergências sobre a eficácia da</p><p>EC 125/2022, com o STJ considerando-a norma de eficácia limitada, o que significa</p><p>que sua aplicação depende de regulamentação futura. Enquanto isso, a relevância não</p><p>precisa ser demonstrada para a admissão do recurso especial até que haja essa</p><p>regulamentação.</p><p>Esses pontos são cruciais para entender como as decisões judiciais e as alterações</p><p>legislativas impactam a dinâmica dos recursos no sistema jurídico brasileiro.</p><p>Os princípios aplicados no Direito Processual Civil brasileiro e os efeitos dos recursos</p><p>pode ser apresentado da seguinte forma:</p><p>Princípios Aplicados</p><p>1. Duplo Grau de Jurisdição: Previsto no Art. 102, II da Constituição Federal,</p><p>estabelece que toda decisão deve ser revisada por uma instância superior. O reexame</p><p>necessário, que é uma prerrogativa da Fazenda Pública (Art. 496 do CPC), não</p><p>é</p><p>considerado um recurso.</p><p>2. Princípio da Colegialidade: Refere-se à decisão por órgãos colegiados nos</p><p>tribunais, garantindo que a decisão seja tomada por mais de um juiz, em conformidade</p><p>com a reserva de plenário (Art. 97 da CF).</p><p>3. Princípio da Taxatividade: Estabelece que a competência para legislar sobre o</p><p>processo é exclusiva da União (Art. 22, I da CF) e que a disciplina do procedimento</p><p>pode ser concorrente (Art. 24, XI da CF).</p><p>4. Princípio da Unirrecorribilidade: Estabelecido no Art. 994 do CPC, determina</p><p>que cada decisão deve ser objeto de um único recurso, evitando a multiplicidade de</p><p>recursos sobre a mesma questão.</p><p>5. Princípio da Fungibilidade: Implicitamente ligado à instrumentalidade das</p><p>formas, permite que, em certos casos, um recurso seja considerado como outro, evitando</p><p>a má-fé e erros grosseiros.</p><p>6. Princípio da Voluntariedade: Relaciona-se ao direito de quem tem legimitdade</p><p>e interesse em recorrer, vinculado ao efeito devolutivo e ao Princípio Dispositivo.</p><p>7. Princípio da Dialeticidade: O recorrente deve justificar suas razões para</p><p>recorrer, conforme indicado por várias súmulas e artigos do CPC.</p><p>8. Princípio da Irrecorribilidade das Decisões Interlocutórias: As decisões</p><p>interlocutórias não podem ser recorridas em muitos casos, conforme Art. 1.009 do CPC.</p><p>9. Princípio da Consumação: Está relacionado à preclusão consumativa, onde</p><p>uma faculdade processual é perdida.</p><p>10. Princípio da Complementariedade: Permite aditamentos para adequar</p><p>decisões a novas informações ou contextos (Art. 1.024, § 4º do CPC).</p><p>11. Princípio da Proibição da Reformato in Pejus: Impede que a decisão recorrida</p><p>seja piorada em um recurso.</p><p>Efeitos dos Recursos</p><p>Quanto à interposição, os recursos podem ter os seguintes efeitos:</p><p>1. Obstativa: Impede a formação da coisa julgada (Art. 502 do CPC).</p><p>2. Suspensivo: Suspende a eficácia da decisão recorrida (Art. 995 do CPC).</p><p>3. Regressivo/Modificativo: O juiz que proferiu a decisão pode alterá-la (arts. 331,</p><p>332, § 3°, 485, § 7° do CPC).</p><p>4. Diferido: A admissibilidade depende do julgamento de outro recurso (ex:</p><p>recurso adesivo - Art. 997 do CPC).</p><p>5. Devolutiva: O efeito devolutivo é mencionado no Art. 1.013 do CPC.</p><p>6. Translativo: Permite que o julgador examine matéria independentemente do</p><p>que foi impugnado (Art. 485, § 3° do CPC).</p><p>7. Expansivo: Refere-se às consequências do julgamento do recurso, abrangendo</p><p>outros atos e sujeitos processuais (Art. 1.013, §§ 3° e 4° do CPC).</p><p>8. Substitutivo: A decisão do recurso prevalece sobre a decisão recorrida se o</p><p>recurso for conhecido (Art. 1.008 do CPC).</p>

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