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<p>Políticas Públicas para a Educação</p><p>Infantil</p><p>Apresentação</p><p>As políticas públicas de educação encaminham quais serão os investimentos para a área e as</p><p>prioridades na esfera de formação da educação básica. Com relação à educação infantil, políticas</p><p>públicas com a concepção de infância que a privilegie, compreenda a criança como um sujeito que</p><p>possui direitos e que está em um amplo processo de formação como indivíduo e cidadão têm se</p><p>destacado. Para a formulação de políticas públicas de educação, observou-se um longo processo:</p><p>diversas lutas e movimentos sociais.</p><p>Nesta Unidade de Aprendizagem, você verá quais são as concepções de infância e os principais</p><p>balizadores da história mundial e nacional que influenciaram a criação de políticas públicas e de</p><p>financiamento para o desenvolvimento da educação infantil no Brasil.</p><p>Bons estudos.</p><p>Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:</p><p>Examinar o legado histórico das políticas públicas para educação infantil.•</p><p>Relacionar as políticas públicas aos financiamentos para educação infantil no Brasil.•</p><p>Reconhecer o Pro-infância (Programa nacional de reestruturação e aquisição para a rede</p><p>escolar pública de educação infantil) como uma importante política pública criada para a</p><p>educação infantil no Brasil.</p><p>•</p><p>Desafio</p><p>Nos dias atuais, vive-se uma realidade que ainda se distancia muito do que está estabelecido pela</p><p>meta 1 do Plano Nacional de Educação (2014-2024), qual seja "universalizar, até 2016, a educação</p><p>infantil na pré-escola para as crianças de 4 (quatro) a 5 (cinco) anos”, isto é, númeras crianças nessa</p><p>idade, ainda estão fora da escola.</p><p>Observe as tabelas a seguir sobre a oferta na educação infantil no Brasil com relação ao número de</p><p>creches e pré-escolas e a porcentagem de alunos de 0 a 5 anos matriculados na educação infantil.</p><p>Aponte a câmera para o</p><p>código e acesse o link do</p><p>conteúdo ou clique no</p><p>código para acessar.</p><p>https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/3a3f6e17-745b-4856-b4cc-cc9548c69c8d/487f61c5-f750-48cc-9836-044b7862349a.jpg</p><p>Imagine que você é uma vereadora no seu município e constatou que sua cidade não atingiu a meta</p><p>estabelecida. Quais ações você recomendaria para que se consiga atingir essa meta? Justifique a</p><p>resposta.</p><p>Infográfico</p><p>Desde o PNE (2001-2011) e, ratificado no atual PNE (2014-2024) as metas para a Educação</p><p>Infantil apoiam-se em recomendações internacionais, assim, a LDBEN – Lei de Diretrizes e Bases da</p><p>Educação Nacional – Lei no 9394, de 20/12/1996 define claramente a corresponsabilidade de</p><p>municípios, estados e União para garantir a educação às crianças de 0 a 5 anos.</p><p>O Infográfico a seguir apresenta as competências de cada ente federado com relação à educação</p><p>infantil.</p><p>Confira.</p><p>Aponte a câmera para o</p><p>código e acesse o link do</p><p>conteúdo ou clique no</p><p>código para acessar.</p><p>https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/2616ee2d-df59-48e6-b83d-cf46dc3568c7/375f7111-e887-4be7-a9aa-9501b83c1d3e.png</p><p>Conteúdo do livro</p><p>As políticas públicas mostram quais são as prioridades no âmbito de formação da educação básica.</p><p>No caso da educação infantil, políticas públicas que privilegiam aspectos como saúde, alimentação</p><p>e nutrição têm se destacado.</p><p>No capítulo Políticas públicas para educação infantil, da obra A educação Iifantil e a garantia dos</p><p>direitos fundamentais da infância, você vai conhecer os principais marcos da história mundial e</p><p>nacional que influenciaram a criação de políticas públicas e de financiamentos para a educação</p><p>infantil no Brasil.</p><p>Boa leitura.</p><p>A EDUCAÇÃO</p><p>INFANTIL E A</p><p>GARANTIA DOS</p><p>DIREITOS</p><p>FUNDAMENTAIS</p><p>DA INFÂNCIA</p><p>Glaucia Silva</p><p>Bierwagen</p><p>Políticas públicas para a</p><p>educação infantil</p><p>Objetivos de aprendizagem</p><p>Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:</p><p> Examinar o legado histórico das políticas públicas para educação</p><p>infantil.</p><p> Relacionar as políticas públicas aos financiamentos para educação</p><p>infantil no Brasil.</p><p> Reconhecer a Proinfância como uma importante política pública</p><p>criada para a Educação Infantil no Brasil.</p><p>Introdução</p><p>As políticas públicas de educação direcionam os investimentos para</p><p>essa área. Tais políticas mostram quais são as prioridades no âmbito</p><p>de formação da educação básica. No caso da educação infantil, têm</p><p>se destacado políticas públicas que privilegiam aspectos como: saúde,</p><p>alimentação, nutrição, convivência familiar e comunitária, assistência</p><p>social, cultura, lazer, espaço, meio ambiente e proteção. A formulação</p><p>de políticas públicas de educação, como você vai ver, envolve diversas</p><p>lutas, movimentos e discussões da sociedade.</p><p>Neste capítulo, você vai conhecer os principais marcos da história</p><p>mundial e nacional que influenciaram a criação de políticas públicas e</p><p>de financiamento da educação infantil no Brasil. Além disso, vai ver os</p><p>principais programas federais de auxílio e apoio a essa etapa da educação</p><p>básica.</p><p>Histórico das políticas</p><p>públicas na educação infantil</p><p>Você sabe o que são políticas públicas? Políticas públicas são um conjunto de</p><p>ações, programas e atividades realizadas pelo Estado, direta ou indiretamente,</p><p>com a participação dos entes públicos ou privados, que têm o objetivo de equa-</p><p>cionar os problemas sociais e políticos conforme as demandas da sociedade</p><p>civil (SECCHI, 2013). As políticas públicas para a educação infantil são aque-</p><p>las voltadas para equacionar os problemas sociais e políticos relacionados ao</p><p>público infantil e suas famílias. É importante você notar que a formulação de</p><p>políticas públicas não é uma tarefa simples. Além disso, ela sempre está atrelada</p><p>ao cenário político, econômico e social internacional e nacional. Mas como</p><p>as políticas públicas para a educação infantil foram construídas ao longo da</p><p>história brasileira?</p><p>No século XIX, período em que a população se centralizava na área rural,</p><p>as mulheres eram responsáveis por cuidar das crianças, enquanto os homens</p><p>trabalhavam. Havia poucas instituições especializadas em cuidados infantis.</p><p>No geral, existiam apenas orfanatos e internatos para crianças órfãs e delin-</p><p>quentes. Nas primeiras décadas do século XX, a história da educação infantil</p><p>foi marcada por uma dicotomia: havia um atendimento específico para crianças</p><p>das famílias das classes trabalhadoras, realizado pelas creches, e instituições</p><p>voltadas para alunos de classes sociais mais favorecidas, chamadas de jardins de</p><p>infância (ROMANELLI, 2012; SOUZA; GARCIA, 2015). Contudo, em ambos</p><p>os períodos citados, não havia desenvolvimento de políticas públicas específicas</p><p>para a educação infantil, apenas algumas iniciativas da sociedade civil.</p><p>Por volta das décadas de 1970 e 1980, como você sabe, ocorreram mudanças</p><p>sociais e econômicas, além de modificações na estrutura familiar. As mulheres</p><p>começaram a trabalhar fora e houve várias alterações no cenário nacional e</p><p>internacional, inclusive relacionadas à concepção da infância. Nas universidades</p><p>e em setores da sociedade civil, por exemplo, surgiram discussões sobre se a</p><p>educação infantil deveria ter caráter assistencialista ou educacional (ROMA-</p><p>NELLI, 2012; SOUZA; GARCIA, 2015). Nesse período, Kuhlmann (2007)</p><p>destaca que as políticas públicas de educação infantil adquiriram força. Isso</p><p>ocorreu especialmente devido à promulgação da Constituição Federal de 1988,</p><p>que reconheceu a necessidade de proteção à infância e o direito das crianças ao</p><p>atendimento em creches e pré-escolas. Inicialmente, a proposta de concepção</p><p>de educação da infância estava relacionada a suprir as “carências culturais”</p><p>das crianças das classes desfavorecidas, oferecendo a elas serviços e cuidados</p><p>assistenciais (KUHLMANN, 2007; SOUZA; GARCIA, 2015).</p><p>Políticas públicas para educação infantil2</p><p>As políticas educacionais elaboradas na década de 1990 tiveram por objetivo</p><p>favorecer interesses econômicos e contribuir com uma mundialização financeira.</p><p>As agências multilaterais, entre elas o Banco Mundial, forçaram as políticas</p><p>sociais a priorizar um processo de “desenvolvimento humano”. O Estado passou</p><p>a ser promotor de serviços sociais básicos, em especial para a população mais</p><p>pobre. As políticas educacionais de atendimento da primeira infância foram</p><p>marcadas por discursos de prioridade do desenvolvimento sustentável dos países,</p><p>especialmente dos que estavam em desenvolvimento (ABUCHAIM, 2018).</p><p>A partir de 1990, esse tema tornou-se recorrente e teve como foco a educação</p><p>e o cuidado infantil. Segundo Abuchaim (2018), na Conferência Mundial de</p><p>Educação para Todos, realizada em Jomtien (Tailândia), cerca de 183 países</p><p>(inclusive o Brasil) assumiram o compromisso de, até 2000, suprir as neces-</p><p>sidades básicas de crianças, jovens e adultos, erradicando o analfabetismo e</p><p>universalizando o acesso à escola para as crianças. Na Declaração de Jomtien,</p><p>reconheceu-se que a aprendizagem inicia-se com o nascimento, implicando “[...]</p><p>cuidados básicos e educação infantil na infância, proporcionados por famílias,</p><p>comunidades ou programas institucionais [...]” (WORLD CONFERENCE ON</p><p>EDUCATION FOR ALL, 1990, art. 5º, documento on-line).</p><p>Em 2000, com a realização do Fórum Mundial de Educação para Todos</p><p>em Dakar (Senegal), fixou-se que uma das metas para a educação seria “[...]</p><p>expandir e melhorar o cuidado e educação da criança pequena, especialmente</p><p>para as crianças pequenas mais vulneráveis e em maior desvantagem [...]”</p><p>(UNESCO, 2000, p. 2).</p><p>Conforme Moreira e Lara (2012), alguns documentos sobre a concepção de</p><p>infância, a educação infantil e o cuidado com a criança orientaram o Ministério</p><p>da Educação Cultura (MEC), nos períodos de 2000 a 2005, a implementar</p><p>diretrizes para a educação infantil. São eles (MOREIRA; LARA, 2012):</p><p> Marco de Ação Dakar, da Unesco em 2000;</p><p> Os serviços para a criança de zero a seis anos no Brasil, da Unesco</p><p>em 2003;</p><p> Relatório sobre o Desenvolvimento Mundial, do Banco Mundial nos</p><p>anos de 1990, 1995 e 1996;</p><p> Romper o ciclo da pobreza: investir na infância, do Banco Interamericano</p><p>de Desenvolvimento (BID) em 1999;</p><p> Sobre a CEPAL, da Comissão Econômica para a América Latina em 2005.</p><p>Moreira e Lara (2012, p. 159) destacam que as principais categorias de reco-</p><p>mendações políticas desses organismos para a educação infantil foram:</p><p>3Políticas públicas para educação infantil</p><p>UNESCO: direito humano; qualidade; aprender a aprender, a fazer, a conviver;</p><p>educação para o trabalho; desenvolvimento sustentável; expansão e melhoria;</p><p>focalização à educação básica primária, às meninas, aos pobres; equidade.</p><p>CEPAL: equidade; transformação produtiva; desenvolvimento sustentável,</p><p>focalização à pobreza; educação para a competitividade.</p><p>BANCO MUNDIAL: desenvolvimento sustentável; focalização à pobreza;</p><p>capital humano; qualidade; descentralização.</p><p>BANCO DE DESENVOLVIMENTO INTERAMERICANO: focalização à</p><p>pobreza; cuidado infantil; desenvolvimento sustentável; focalização à educação</p><p>básica; qualidade; descentralização; aumento produtivo.</p><p>Momma-Bardela e Passone (2015) apontam que a Constituição de 1988, o</p><p>Estatuto da Criança e do Adolescente de 1990 e a Lei de Diretrizes e Bases da</p><p>Educação de 1996 reforçaram os direitos das crianças e indicaram a importância</p><p>da educação infantil como direito assegurado, devendo ser oferecido pelo poder</p><p>público. A Lei de Diretrizes e Bases apontou a educação infantil como primeira</p><p>etapa da educação básica. No entanto, tais legislações não indicaram como</p><p>ela deveria funcionar no âmbito das instituições escolares. Posteriormente, o</p><p>Ministério da Educação e da Cultura introduziu os documentos e Referenciais</p><p>Curriculares para a Educação Infantil (RCNEI), em 1998. Eles consistem em</p><p>um conjunto de referências e orientações pedagógicas para os docentes.</p><p>Em 2001, foi aprovado o Plano Nacional de Educação (PNE) para 2001 a 2011,</p><p>por meio da Lei nº 10.172/2001. Esse plano estabeleceu metas para a educação</p><p>infantil tendo como base as recomendações mundiais e a legislação brasileira.</p><p>Ele determinou a corresponsabilidade de municípios, estados e União e da</p><p>família, indicando o regime de colaboração para garantir a educação infantil</p><p>(MOREIRA; LARA, 2012).</p><p>O PNE estabeleceu um conjunto de 26 objetivos e metas para a educação</p><p>infantil. Entre eles, estão:</p><p>[...] a ampliação da oferta de creches e pré-escolas; a elaboração de padrões</p><p>mínimos de qualidade e infraestrutura para o funcionamento adequado das</p><p>instituições de educação infantil; a autorização de funcionamento dessas insti-</p><p>tuições; a formação dos profissionais da área; a garantia da alimentação escolar</p><p>para as crianças atendidas nos estabelecimentos públicos e conveniados; o</p><p>fornecimento de materiais adequados às faixas etárias; o estabelecimento de</p><p>padrões de qualidade como referência para a supervisão; o controle, avaliação</p><p>e aperfeiçoamento da educação infantil [...] (MOREIRA; LARA, 2012, p. 141).</p><p>As Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educacão Infantil (DCNEI)</p><p>de 1999 e 2009 definiram os princípios para as propostas pedagógicas das</p><p>instituições de educação infantil. Elas promoveram o reconhecimento pes-</p><p>Políticas públicas para educação infantil4</p><p>soal de todos envolvidos, provendo conteúdos básicos para a constituição de</p><p>conhecimentos e valores, organizando as estratégias de avaliação por meio</p><p>do acompanhamento e de registros e valorizando um ambiente de gestão</p><p>democrática e participativa, com profissionais formados como professores</p><p>(MOREIRA; LARA, 2012).</p><p>Por meio da Lei nº 13.005, de 2014, foi aprovado o Plano Nacional de Edu-</p><p>cação para 2014 a 2024, que inclui, direta ou indiretamente, as seguintes metas</p><p>para a educação infantil:</p><p>Meta 1: universalizar, até 2016, a educação infantil na pré-escola para as crianças</p><p>de 4 (quatro) a 5 (cinco) anos de idade e ampliar a oferta de educação infantil</p><p>em creches, de forma a atender, no mínimo, 50% (cinquenta por cento) das</p><p>crianças de até 3 (três) anos até o final da vigência deste PNE.</p><p>Meta 4: universalizar, para a população de 4 (quatro) a 17 (dezessete) anos</p><p>com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades</p><p>ou superdotação, o acesso à educação básica e ao atendimento educacional</p><p>especializado, preferencialmente na rede regular de ensino, com a garantia de</p><p>sistema educacional inclusivo, de salas de recursos multifuncionais, classes,</p><p>escolas ou serviços especializados, públicos ou conveniados (ABUCHAIM,</p><p>2018, documento on-line).</p><p>Em 2016, o Marco Legal da Primeira Infância ressaltou a importância de</p><p>políticas públicas que privilegiassem saúde, alimentação, nutrição, educação</p><p>infantil, convivência familiar e comunitária, assistência social, cultura, brinca-</p><p>deiras, lazer, espaço, meio ambiente e proteção (ABUCHAIM, 2018).</p><p>O Plano Nacional de Educação determina diretrizes, metas e estratégias para a política</p><p>educacional por 10 anos. Ele inclui um grupo de metas que buscam garantir o direito</p><p>à educação básica de qualidade, a universalização, o ensino obrigatório e a ampliação</p><p>das oportunidades educacionais. Também conta com um segundo grupo de metas</p><p>que indicam caminhos para a redução de desigualdades e a valorização da diversidade.</p><p>Além disso, há um terceiro grupo de metas que tratam da valorização dos profissionais</p><p>da educação. Por fim, um quarto grupo de metas abrange o ensino superior. O PNE</p><p>deve ser constantemente acompanhado pela população. Você pode ver alguns dados</p><p>sobre a educação infantil no link a seguir.</p><p>https://goo.gl/ZFqBsY</p><p>5Políticas públicas para educação infantil</p><p>Políticas públicas e financiamento para a</p><p>educação infantil</p><p>Você sabe como se fi nancia a educação infantil? A partir da década de 1990,</p><p>alguns órgãos internacionais, por meio de suas instituições, estimularam</p><p>políticas externas e internas de fi nanciamento para a expansão econômica e a</p><p>inserção de países em desenvolvimento no mercado global. Como você sabe,</p><p>o Brasil é um desses países. Tais órgãos infl uenciaram as políticas públicas de</p><p>educação e fi nanciamento naqueles anos e nos anos posteriores.</p><p>Como exemplos</p><p>desses órgãos, você pode considerar o Banco Mundial, o Banco Interamericano</p><p>de Desenvolvimento e a Comissão Econômica para a América Latina.</p><p>Moreira e Lara (2012) apontam que órgãos como o Banco Mundial, que</p><p>financiavam projetos e ações educativas por meio de suas instituições, esta-</p><p>beleceram a noção de que para o crescimento de países em desenvolvimento</p><p>era necessário investir em capital humano. Isso deveria ocorrer por meio</p><p>de educação básica. Assim, seria possível obter crescimento econômico e</p><p>produtividade.</p><p>O Banco Interamericano de Desenvolvimento buscou desenvolver a Amé-</p><p>rica Latina e o Caribe financiando programas e projetos que tivessem como</p><p>prioridade a redução da pobreza e o incentivo à equidade social. De acordo</p><p>com Moreira e Lara (2012, p. 111), um discurso que perpassava as orientações</p><p>políticas do BID era “[...] o de que o investimento na infância contribuía para</p><p>minimizar ou eliminar a pobreza dos países em desenvolvimento [...]”.</p><p>A Comissão Econômica para a América Latina é uma agência criada com o</p><p>objetivo de auxiliar no crescimento econômico dos países da América Latina,</p><p>coordenando ações dos países dessa região com os demais países do mundo.</p><p>Ela propôs programas e projetos que promoviam a transformação produtiva</p><p>com equidade (MOREIRA; LARA, 2012).</p><p>A partir da influência desses órgãos na produção de políticas públicas e</p><p>financiamento, chega-se à Constituição Federal brasileira de 1988, que de-</p><p>terminou a aplicação na educação de no mínimo 25% das receitas de tributos</p><p>estaduais, municipais e do Distrito Federal e de 18% dos impostos federais</p><p>(BRASIL, 1988, art. 212º, documento on-line).</p><p>Os recursos dos municípios são orientados às etapas que são suas atribuições</p><p>— educação infantil e ensino fundamental, especialmente os anos iniciais. Os</p><p>estados concentram suas despesas nos anos finais do ensino fundamental e do</p><p>ensino médio. Já a União realiza a oferta, o acompanhamento e a regulação</p><p>do ensino superior. No Quadro 1, a seguir, você pode ver a organização da</p><p>educação no Brasil.</p><p>Políticas públicas para educação infantil6</p><p>Fonte: Adaptado de Brasil (2006, documento on-line).</p><p>Níveis e etapas Duração Faixa etária</p><p>Educação</p><p>básica</p><p>Educação</p><p>infantil</p><p>Creche 3 anos De 0 a 3 anos</p><p>Pré-escola 2 anos De 4 a 5 anos</p><p>Ensino fundamental</p><p>(obrigatório)</p><p>9 anos</p><p>De 6 a 14</p><p>anos</p><p>Ensino médio 3 anos</p><p>De 15 a</p><p>17 anos</p><p>Educação</p><p>superior</p><p>Cursos e programas</p><p>(graduação e pós-</p><p>-graduação) por área</p><p>Variável</p><p>Acima de</p><p>17 anos</p><p>Quadro 1. Organização da educação no Brasil</p><p>A Constituição prevê o salário-educação como fonte adicional ao finan-</p><p>ciamento da educação. O salário-educação é uma contribuição social aplicada</p><p>ao financiamento de programas voltados para a educação básica. É um valor</p><p>recolhido das empresas a partir da remuneração dos funcionários (ABU-</p><p>CHAIM, 2018).</p><p>Do montante arrecadado pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS),</p><p>retém-se 1% de taxa de administração e retiram-se as despesas com o sistema</p><p>de manutenção do ensino. Desse valor, 90% é dividido para: (1) Fundo Nacio-</p><p>nal de Desenvolvimento da Educação (FNDE), que aplica esses recursos em</p><p>programas federais de educação básica; (2) estados e municípios, que aplicam</p><p>os recursos na educação básica. Os 10% restantes do montante da arrecadação</p><p>do salário-educação são também direcionados ao FNDE (ABUCHAIM, 2018).</p><p>A Lei nº 12.858/2013, conhecida como Lei dos Royalties, destinou à educação (75%) e</p><p>à saúde (25%) as receitas provenientes de royalties e participações sobre exploração</p><p>de petróleo e gás natural em campos da plataforma continental, do mar territorial e</p><p>das áreas do pré-sal (BRASIL, 2013).</p><p>7Políticas públicas para educação infantil</p><p>Além disso, ainda em 1996, o Ministério da Educação criou o Fundo de Manu-</p><p>tenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério</p><p>(FUNDEF) para auxiliar com recursos o ensino fundamental e os profissionais</p><p>dessa etapa. Em 2007, o FUNDEF foi substituído pelo Fundo de Manutenção e</p><p>Desenvolvimento da Educação Básica (FUNDEB), cuja regulamentação está na</p><p>Lei nº 11.494/2007 e que passou a beneficiar todas as etapas da educação básica.</p><p>O FUNDEB é um fundo estadual para o qual cada estado e seus municípios</p><p>contribuem com 20% da arrecadação de impostos e transferências definidos por</p><p>lei. A redistribuição dos recursos é calculada de acordo com o número de alunos</p><p>matriculados por etapa da educação básica, com as modalidades e os tipos de</p><p>estabelecimento de ensino. Os valores atribuídos a esses itens são definidos por</p><p>representante do MEC, dirigentes municipais de educação e secretários de educa-</p><p>ção. O FUNDEB tem vigência de 2007 a 2020 (ABUCHAIM, 2018). Como você</p><p>pode imaginar, esse fundo é muito importante para que haja menos desigualdade</p><p>nas redes de ensino. Além disso, ele ajuda os sistemas de ensino a se organizarem</p><p>melhor no atendimento escolar de toda a educação básica, garantindo segurança</p><p>financeira aos municípios e estados para expandirem seu número de matrículas</p><p>e orientando-os no cumprimento de suas responsabilidades com a educação.</p><p>Em 2007, buscando relacionar a questão do financiamento com a qualidade</p><p>de atendimento, foi lançado um estudo sobre o Custo Aluno Qualidade Inicial</p><p>(CAQi). Esse é um dispositivo que integra em seu cálculo o trabalho educacional</p><p>de qualidade, a remuneração dos professores e da equipe técnica, a infraestrutura,</p><p>o número de alunos por turma e o professor. O FNDE é responsável por calcular</p><p>o valor anual mínimo por aluno. A União é responsável por repassar o valor</p><p>complementar aos municípios e aos estados caso não seja atingido tal valor. No</p><p>Quadro 2, a seguir, você pode ver o custo mínimo por aluno.</p><p>Etapa/modalidade Valor FUNDEB (mínimo)</p><p>Creche (tempo integral) R$ 3.349,27</p><p>Creche (tempo parcial) R$ 2.576,36</p><p>Pré-escola (tempo integral) R$ 3.349,27</p><p>Pré-escola (tempo parcial) R$ 2.576,36</p><p>Ensino fundamental anos iniciais — urbano (parcial) R$ 2.576,36</p><p>Ensino fundamental anos finais — urbano (parcial) R$ 2.834,00</p><p>Ensino fundamental anos iniciais — rural (parcial) R$ 2.962,82</p><p>Quadro 2. Custo mínimo por aluno (FUNDEB)</p><p>(Continua)</p><p>Políticas públicas para educação infantil8</p><p>O valor investido na educação infantil em todos esses anos é menor do que</p><p>o investido no ensino fundamental, no ensino superior e no ensino médio. Além</p><p>disso, há grande desigualdade de investimento por aluno nas diferentes regiões</p><p>do País (ABUCHAIM, 2018). Há problemas no que diz respeito à infraestrutura</p><p>das instituições, às propostas pedagógicas, à capacitação de profissionais e à</p><p>remuneração. Nesse sentido, surgiram programas, patrocinados pela União,</p><p>que investem na educação infantil. No tópico a seguir, você vai conhecer</p><p>alguns desses programas.</p><p>Programas federais para a educação infantil</p><p>A União dispõe de recursos para a educação infantil que são aplicados por</p><p>meio de programas federais, conduzidos pelo orçamento do Ministério da</p><p>Educação. A seguir, você vai conhecer alguns deles.</p><p>Programa Nacional de Reestruturação e Aquisição de</p><p>Equipamentos para a Rede Escolar Pública de Educação</p><p>Infantil (Proinfância)</p><p>Foi criado pelo Governo Federal e instituído pela Resolução nº 06, de 24 de</p><p>abril de 2007. Tem o objetivo de ampliar a rede de educação infantil, prestando</p><p>Fonte: Adaptado de Taporosky (2016, documento on-line).</p><p>Etapa/modalidade Valor FUNDEB (mínimo)</p><p>Ensino fundamental anos finais — rural (parcial) R$ 3.091,64</p><p>Ensino fundamental (integral) R$ 3.349,27</p><p>Ensino médio urbano (parcial) R$ 3.220,46</p><p>Ensino médio rural (parcial) R$ 3.349,27</p><p>Ensino médio (integral) R$ 3.349,27</p><p>Ensino médio integrado à educação profissional R$ 3.349,27</p><p>Educação especial R$ 5.668,00</p><p>Educação de jovens e adultos R$ 2.061,09</p><p>Quadro 2. Custo mínimo por aluno (FUNDEB)</p><p>(Continuação)</p><p>9Políticas públicas para educação infantil</p><p>assistência técnica e fi nanceira à construção de novas unidades e à aquisição de</p><p>equipamentos e materiais. Conforme Flores e Mello (2012, p. 1), “[...] trata-se</p><p>de uma política pública cujo objetivo é ampliar ofertas de vagas na primeira</p><p>etapa da Educação Básica, a partir do repasse de recursos federais destinados à</p><p>construção de prédios para o funcionamento de estabelecimentos de Educação</p><p>Infantil [...]”.</p><p>De modo geral, as construções são feitas com base em projetos arquitetôni-</p><p>cos disponibilizados pelo FNDE. As escolas construídas obedecem a padrões</p><p>e ambientes, como: sanitários, fraldários, salas de aula, sala multiuso, recreio</p><p>coberto, parque e refeitório. A ideia é que possam ser feitas atividades pe-</p><p>dagógicas, recreativas, esportivas e de alimentação. Além disso, há espaços</p><p>administrativos e de serviços. O programa também disponibiliza auxílio para</p><p>aquisição de mobílias e equipamentos como geladeiras, fogões, bebedouros,</p><p>cadeiras e berços (FLORES; MELLO, 2012).</p><p>Para a solicitação dos recursos do Proinfância, os municípios precisam</p><p>fazer um cadastro em um período predeterminado via Sistema Integrado de</p><p>Planejamento, Orçamento e Finanças do Ministério da Educação no Brasil</p><p>(SIMEC). Os pré-requisitos para que o município se cadastre no programa são:</p><p>disponibilidade de terreno em localização adequada; condições de acesso e</p><p>características técnicas do terreno adequadas para a implantação das unidades,</p><p>segundo as exigências dos projetos padronizados, oferecidos pelo FNDE (tipos</p><p>A, B e C); compromisso com a gestão, o funcionamento e a manutenção das</p><p>unidades; demanda mínima de vagas na educação infantil (FUNDO NACIONAL</p><p>DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO, 2018).</p><p>O Ministério da Educação assessora municípios participantes do programa</p><p>tanto técnica quanto pedagogicamente. Para isso, oferece (ABUCHAIM, 2018):</p><p> consultorias especializadas em propor processos de planejamento técnico-</p><p>-pedagógico e de gestão/avaliação da política de educação infantil;</p><p> propostas de utilização dos espaços internos e externos das unidades de</p><p>educação infantil;</p><p> formação continuada de professores nessa etapa de ensino;</p><p> análise das propostas pedagógicas dos municípios;</p><p> desenvolvimento de material em prol da diversidade da educação infantil;</p><p> cooperação com a educação infantil integral;</p><p> cooperação com a educação infantil no campo;</p><p> proposição de indicadores de avaliação da educação infantil;</p><p> proposição de formulação de literatura na educação infantil;</p><p> rede técnica-pedagógica.</p><p>Políticas públicas para educação infantil10</p><p>Programa Brasil Carinhoso</p><p>Tem como foco a superação da extrema pobreza, a melhoria e a ampliação do</p><p>acesso à creche, à pré-escola e à saúde. Esse programa possui duas frentes.</p><p>A primeira consiste na transferência automática de recursos fi nanceiros aos</p><p>municípios com base no número de matrículas de crianças de 0 a 48 meses</p><p>que sejam membros de famílias do Bolsa Família. A segunda frente refere-se</p><p>à antecipação de recursos pelo MEC para custear as novas turmas de alunos</p><p>da educação infantil ainda não contempladas pelo FUNDEB.</p><p>Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE)</p><p>É um programa que, em caráter suplementar desde a década de 1950, fi nancia</p><p>a alimentação escolar. O FNDE repassa recursos diretamente aos estados e</p><p>aos municípios com base no número de alunos informado no censo escolar</p><p>realizado no ano anterior ao do atendimento.</p><p>Programa Nacional de Transporte Escolar (PNATE)</p><p>Consiste na transferência automática de recursos fi nanceiros, sem necessidade</p><p>de convênio, para custear despesas relacionadas à manutenção do veículo</p><p>ou da embarcação utilizada para o transporte de alunos da educação básica</p><p>pública residentes em área rural.</p><p>Programa Nacional Biblioteca da Escola (PNBE) e PNBE</p><p>Professor</p><p>Fornecem às bibliotecas de escolas obras literárias e demais materiais de</p><p>apoio à prática da educação básica. Desde 2008, têm distribuído títulos para</p><p>a educação infantil.</p><p>Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE)</p><p>É um programa que funciona em diversas modalidades. Por meio dele, repassa-</p><p>-se dinheiro diretamente às escolas com vistas à melhoria da infraestrutura</p><p>física e pedagógica e ao reforço da autogestão escolar. Passou a atender a</p><p>educação infantil a partir de 2009.</p><p>11Políticas públicas para educação infantil</p><p>Política Nacional de Formação Continuada de</p><p>Professores da Educação Infantil</p><p>É uma política nacional de fomento de cursos de especialização em docência</p><p>na educação infantil em parcerias com instituições públicas de ensino superior</p><p>e secretarias municipais de educação.</p><p>ABUCHAIM, B. O. Panorama das políticas de educação infantil no Brasil. Brasília: UNESCO,</p><p>2018. Disponível em: . Acesso em: 19 nov. 2018.</p><p>BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Disponível em: . Acesso em: 19 nov.</p><p>2018.</p><p>BRASIL. Lei nº 11.274, de 6 de fevereiro de 2006. Altera a redação dos arts. 29, 30, 32 e 87</p><p>da Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da</p><p>educação nacional, dispondo sobre a duração de 9 (nove) anos para o ensino funda-</p><p>mental, com matrícula obrigatória a partir dos 6 (seis) anos de idade. Disponível em:</p><p>. Acesso</p><p>em: 19 nov. 2018.</p><p>BRASIL. Lei nº 11.494, de 20 de junho de 2007. Regulamenta o Fundo de Manutenção e</p><p>Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação</p><p>- FUNDEB, de que trata o art. 60 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias;</p><p>altera a Lei no 10.195, de 14 de fevereiro de 2001; revoga dispositivos das Leis nos</p><p>9.424, de 24 de dezembro de 1996, 10.880, de 9 de junho de 2004, e 10.845, de 5 de</p><p>março de 2004; e dá outras providências. Disponível em: . Acesso em: 19 nov. 2018.</p><p>BRASIL. Lei nº 12.858, de 9 de setembro de 2013. Dispõe sobre a destinação para as áreas</p><p>de educação e saúde de parcela da participação no resultado ou da compensação</p><p>financeira pela exploração de petróleo e gás natural, com a finalidade de cumpri-</p><p>mento da meta prevista no inciso VI do caput do art. 214 e no art. 196 da Constituição</p><p>Federal; altera a Lei nº 7.990, de 28 de dezembro de 1989; e dá outras providências.</p><p>Disponível em: . Acesso em: 19 nov. 2018.</p><p>FLORES, M. L. R.; MELLO, D. T. Ampliação do acesso à educação infantil via proinfância:</p><p>análises de uma política pública em colaboração. In:Fórun Europeu de administradores</p><p>de la educacional (FEAE) Associação Nacional de Politica e Administração Educacional,</p><p>Políticas públicas para educação infantil12</p><p>2012, Zaragoza – Espanha. Gestión Pedagógica y Politica Educativa – III Congresso</p><p>Ibero-Americano de Política y Administracións de la Educación, 2012. v 1</p><p>FUNDO NACINAL DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO. Resolução/CD/FNDE nº 6, de</p><p>24 de abril de 2007. Estabelece as orientações e diretrizes para execução e assistência</p><p>financeira suplementar ao Programa Nacional de Reestruturação e Aquisição de</p><p>Equipamentos para a Rede Escolar Pública de Educação Infantil - PROINFÂNCIA. Dis-</p><p>ponível em: .</p><p>Acesso em: 19 nov. 2018.</p><p>FUNDO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO. Sobre o Proinfância. 2018.</p><p>Disponível em: . Acesso em: 19 nov. 2018.</p><p>KUHLMANN, M. Educando a Infância Brasileira. In: LOPES, E. M. T.; FARIA FILHO, L. M.;</p><p>VEIGA, G. G. (Org.). 500 anos de educação no Brasil. 3. ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2007.</p><p>MOMMA-BARDELA, A. M.; PASSONE, E. F. K. Políticas públicas de educação infantil e</p><p>o direito à educação. Laplage em Revista, Sorocaba, v. 1, n. 1, p. 17-35, jan./abr. 2015.</p><p>Disponível em:</p><p>EDUCACAO/links/59c45fea0f7e9bd2c0fe26c0/POLITICAS-PUBLICAS-DE-EDUCACAO-</p><p>-INFANTIL-E-O-DIREITO-A-EDUCACAO.pdf>. Acesso em: 19 nov. 2018.</p><p>MOREIRA, J. A. S.; LARA, A. M. B. Políticas públicas para a educação infantil no Brasil (1990-</p><p>2001). Maringá: Eduem, 2012.</p><p>ROMANELLI, O. O. História da educação no Brasil. Rio de Janeiro: Vozes, 2012.</p><p>SECCHI, L. Políticas públicas: conceitos, esquemas, casos práticos. 2. ed. São Paulo:</p><p>Cengage Learning, 2013.</p><p>SOUZA, R. K.; GARCIA, E. S. Um novo olhar: a criança como sujeito de direito no campo</p><p>da legislação e dos documentos que regem a educação. Perspectiva em Diálogo: Re-</p><p>vista de Educação e Sociedade, Naviraí, v. 2, n. 3, jan./jun. 2015. Disponível em: . Acesso em: 19 nov. 2018.</p><p>TAPOROSKY, B. C. H. O valor anual mínimo por aluno do FUNDEB, o CAQi e a reserva</p><p>do possível. Fineduca: Revista de Financiamento da Educação, Porto Alegre, v. 6, n. 6,</p><p>2016. Disponível em: .</p><p>Acesso em: 19 nov. 2018.</p><p>UNESCO. Marco de Ação Dakar: atingindo nossos compromissos coletivos. Dakar, Sene-</p><p>gal, 26 a 28 de abril de 2000. Disponível em: http://www.unesco.cl/medios/biblioteca/</p><p>documentos/ept_dakar_marco_accion_pgues.pdf.Acesso em: 18 nov. 2005.</p><p>WORLD CONFERENCE ON EDUCATION FOR ALL. Declaração mundial sobre educação</p><p>para todos. Brasília: UNICEF, 1990. p.1-9. Disponível em: . Acesso em: 19 nov. 2018.</p><p>13Políticas públicas para educação infantil</p><p>Leituras recomendadas</p><p>BRASIL. Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990. Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do</p><p>Adolescente e dá outras providências. Disponível em: . Acesso em: 19 nov. 2018.</p><p>BRASIL. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da</p><p>educação nacional. Disponível em: . Acesso em: 19 nov. 2018.</p><p>BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria da Educação Básica. Departamento de</p><p>Educação Infantil e Ensino Fundamental. Ensino fundamental de nove anos: orientações</p><p>para a inclusão da criança de seis anos de idade. Brasília: FNDE, 2006.</p><p>BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Diretrizes Curriculares</p><p>Nacionais para a Educação Infantil. Brasília: MEC, 2010. Disponível em: . Acesso em: 19 nov. 2018.</p><p>BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Política Nacional de</p><p>Educação Infantil: pelos direitos da criança de zero a seis anos à Educação. 2006. Dis-</p><p>ponível em: . Acesso</p><p>em: 19 nov. 2018.</p><p>BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação do Ensino Fundamental.</p><p>Referencial Curricular para a Educação Infantil. Brasília: MEC, 1998. v. 1.</p><p>BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação do Ensino Fundamental.</p><p>Referencial Curricular para a Educação Infantil. Brasília: MEC, 1998. v. 2.</p><p>BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação do Ensino Fundamental.</p><p>Referencial Curricular para a Educação Infantil. Brasília: MEC, 1998. v. 3.</p><p>FRIEDMAN, A. O direito de brincar: a brinquedoteca. São Paulo: Scritta, 1992.</p><p>GONÇALVES, G. A criança como sujeito de direitos: limites e possibilidades. In: REUNIÃO</p><p>CIENTÍFICA REGIONAL DA ANPED, 2016, Curitiba. Trabalhos... Curitiba: ANPED, 2016. Dis-</p><p>ponível em: . Acesso em: 19 nov. 2018.</p><p>OBSERVATÓRIO DO PNE. Educação infantil. c2013. Disponível em: . Acesso em: 19 nov. 2018.</p><p>OLIVEIRA, Z. M. R. O currículo na Educação Infantil: o que propõem as novas diretrizes</p><p>curriculares. In: SEMINÁRIO NACIONAL: CURRÍCULO EM MOVIMENTO – PERSPECTIVAS</p><p>ATUAIS, 1., 2010, Belo Horizonte. Anais... Belo Horizonte; [s.n.], 2010. Disponível em:</p><p>. Acesso em: 19 nov. 2018.</p><p>Políticas públicas para educação infantil14</p><p>Conteúdo:</p><p>Dica do professor</p><p>O FNDE – Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação é uma autarquia federal vinculada ao</p><p>MEC e é responsável por executar algumas ações voltadas para a Educação Básica, por isso, possui</p><p>diversos programas. Entre eles, vamos conhecer os mecanismos de apoio e auxílio à educação</p><p>infantil que surgiram para compensar os problemas relativos à infraestrutura de instituições,</p><p>propostas pedagógicas, capacitação de profissionais e remuneração nesta etapa de educação.</p><p>A Dica do Professor a seguir mostra o programa Proinfância, patrocinado pelo governo federal para</p><p>investir na educação infantil.</p><p>Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.</p><p>https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/cee29914fad5b594d8f5918df1e801fd/2019aa440eacc8b661fcd4455a71e404</p><p>Exercícios</p><p>1) Para equacionar os problemas sociais e políticos conforme as demandas da sociedade civil, é</p><p>planejado um conjunto de ações, programas e atividades realizadas pelo Estado, diretamente</p><p>ou indiretamente, com a participação dos entes públicos ou privados. Trata-se de:</p><p>A) declarações internacionais.</p><p>B) políticas públicas.</p><p>C) um marco legal.</p><p>D) fóruns mundiais.</p><p>E) convenções internacionais.</p><p>2) Com o Plano Nacional de Educação (2001-2011) foram estabelecidas metas para a educação</p><p>infantil, tendo como base as recomendações mundiais e a legislação brasileira, determinando</p><p>a corresponsabilidade de municípios, estados e União. Cabe à União:</p><p>A) a formulação da política nacional, a formação de professores universitários e o</p><p>estabelecimento de diretrizes gerais.</p><p>B) o fomento a pesquisas, a formulação da política municipal e a disseminação de informações</p><p>educacionais.</p><p>C) a execução de ações estaduais, a formação de professores universitários e o fomento a</p><p>pesquisas.</p><p>D) o estabelecimento de diretrizes gerais, a formulação da política estadual e a assistência</p><p>técnica e financeira a municípios.</p><p>E) a coordenação da política municipal, o fomento a pesquisas e a regulamentação do Conselho</p><p>Nacional de Educação.</p><p>3) Com tal documento, são ressaltadas políticas públicas para a infância que privilegiam saúde,</p><p>alimentação, nutrição, educação infantil, convivência familiar e comunitária, assistência</p><p>social, cultura, brincar, lazer, espaço, meio ambiente e proteção. Fala-se:</p><p>A) do Marco de Ação Dakar.</p><p>B) dos Referenciais Curriculares Nacionais para Educação Infantil.</p><p>C) do Marco Legal da Primeira Infância.</p><p>D) do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica.</p><p>E) das Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação Infantil.</p><p>4) No Brasil, há alguns mecanismos que estimulam o investimento e o financiamento da</p><p>educação pública básica. No caso da implementação legal, na Constituição de 1988,</p><p>estipulou-se a aplicação na educação de:</p><p>A) no minímo 18% das receitas de tributos estaduais, municipais, do Distrito Federal e 25% dos</p><p>impostos federais.</p><p>B) no minímo 20% das receitas de tributos estaduais e do Distrito Federal e 18% dos impostos</p><p>federais.</p><p>C) no máximo 25% das receitas de tributos estaduais e municipais e 18% dos impostos federais.</p><p>D) no máximo 18% das receitas de tributos estaduais, municipais, do Distrito Federal e 20% dos</p><p>impostos federais.</p><p>E) no minímo 25% das receitas de tributos estaduais, municipais e do Distrito Federal e 18% dos</p><p>impostos federais.</p><p>5) Com as mudanças na concepção de infância, utas sociais e marcos legais, surgiram</p><p>programas patrocinados pela União para investir na educação infantil.O Programa nacional</p><p>de reestruturação e aquisição de equipamentos para rede escolar pública (Proinfância) foi</p><p>criado com o objetivo de:</p><p>A) superar a extrema pobreza e atingir a melhoria e a ampliação do acesso à creche,</p><p>à pré-escola</p><p>e à saúde.</p><p>B) transferir automaticamente recursos financeiros, sem necessidade de convênio, para custear</p><p>despesas relacionadas à manutenção do veículo ou da embarcação utilizada para o transporte</p><p>de alunos da educação básica pública residentes em área rural.</p><p>C) fornecer, às bibliotecas de escolas, obras literárias e demais materiais de apoio à prática da</p><p>educação básica.</p><p>D) ampliar a rede de educação infantil, prestando assistência técnica e financeira à construção de</p><p>novas unidades, à aquisição de equipamentos e materiais.</p><p>E) repassar dinheiro diretamente às escolas, com vistas à melhoria da infraestrutura física e</p><p>pedagógica e ao reforço da autogestão escolar.</p><p>Na prática</p><p>O objetivo do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação (FUNDEB) é melhorar a</p><p>qualidade da educação básica (educação infantil, ensino fundamental e ensino médio) na medida</p><p>em que universaliza o atendimento, promove a valorização salarial e profissional dos profissionais</p><p>do magistério, prevê maior responsabilidade dos entes federados, diminuindo o descompasso entre</p><p>os três níveis do ensino básico, e amplia a obrigatoriedade de financiamento da União. Ele tem</p><p>vigência de 2007 a 2020.</p><p>Cabe destacar que a prorrogação desse recurso para subsidiar a Educação Básica está em estudos</p><p>e, sua suspensão acarretará grandes mudanças no financiamento desse nível de ensino.</p><p>Veja, a seguir, como são utilizados, atualmente, os recursos do FUNDEB Na Prática, a partir do caso</p><p>da Escola Municipal Monteiro Lobato, situada no município de Feliz, na Paraíba.</p><p>Aponte a câmera para o</p><p>código e acesse o link do</p><p>conteúdo ou clique no</p><p>código para acessar.</p><p>https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/6c515d57-2f89-4015-a42e-f04b4d673c2e/fca8e965-6761-4a94-8543-68b82b5267d9.png</p><p>Saiba +</p><p>Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:</p><p>A BNCC na contramão do PNE 2014-2024: avaliação e</p><p>perspectivas</p><p>Dentre as estratégias estabelecidas no Plano Nacional de Educação (2014-2024) a que se refere à</p><p>Base Nacional Comum Curricular (BNCC) merece uma atenção especial no processo de</p><p>monitoramento e acompanhamento do referido PNE, dado que na implementação das políticas</p><p>educacionais vigentes vem ocupando um lugar estratégico e de disputas. Veja mais no artigo a</p><p>seguir.</p><p>Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.</p><p>Políticas públicas – FUNDEF X FUNDEB</p><p>Como se financia a educação básica? E a educação infantil? O vídeo explica como funcionava o</p><p>FUNDEF - Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e Valorização do</p><p>Magistério, que vigorou durante 10 anos, até 2006, quando foi substituído pelo FUNDEB - Fundo</p><p>de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da</p><p>Educação, que passou a atender também a educação infantil e o ensino médio.</p><p>Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.</p><p>https://www.anpae.org.br/BibliotecaVirtual/4-Publicacoes/BNCC-VERSAO-FINAL.pdf</p><p>https://www.youtube.com/embed/139kLRpToAI</p>

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