Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.
left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

Prévia do material em texto

<p>Apostila Curso Preparatório para Ensino Médio</p><p>Apostila do Aluno</p><p>CURSO PREPARATÓRIO DO 1° ANO DO ENSINO MÉDIO</p><p>SUMÁRIO</p><p>GEOGRAFIA ..................................................................................................................................... 3</p><p>HISTÓRIA .......................................................................................................................................... 8</p><p>FILOSOFIA ...................................................................................................................................... 13</p><p>SOCIOLOGIA ................................................................................................................................. 19</p><p>BIOLOGIA........................................................................................................................................ 27</p><p>LÍNGUA PORTUGUESA ............................................................................................................ 32</p><p>E LITERATURA ............................................................................................................................. 32</p><p>INGLÊS ............................................................................................................................................. 40</p><p>ARTES............................................................................................................................................... 48</p><p>QUÍMICA .......................................................................................................................................... 53</p><p>FÍSICA............................................................................................................................................... 61</p><p>MATEMÁTICA ............................................................................................................................... 65</p><p>Página | 2</p><p>Apostila Curso Preparatório para Ensino Médio</p><p>CADERNO DE NOTAS ENSINO MÉDIO</p><p>DADOS PESSOAIS</p><p>Nome: Identidade:</p><p>Data de Nascimento: Nacionalidade:</p><p>Pai: Telefone:</p><p>Mãe: Celular:</p><p>AGENDAMENTO GERAL DE PROVA PRESENCIAL</p><p>PROVA DATA AGENDADA HORÁRIO</p><p>1ª (ANO 1) _____/_____/_____ _____:_____</p><p>2ª (ANO 2) _____/_____/_____ _____:_____</p><p>3ª (ANO 3) _____/_____/_____ _____:_____</p><p>DADOS ESCOLARES</p><p>D</p><p>is</p><p>ci</p><p>p</p><p>lin</p><p>as</p><p>L</p><p>ín</p><p>g</p><p>u</p><p>a</p><p>P</p><p>o</p><p>rt</p><p>u</p><p>g</p><p>u</p><p>es</p><p>a</p><p>e</p><p>R</p><p>ed</p><p>aç</p><p>ão</p><p>L</p><p>it</p><p>er</p><p>at</p><p>u</p><p>ra</p><p>L</p><p>ín</p><p>g</p><p>u</p><p>a</p><p>E</p><p>s</p><p>tr</p><p>an</p><p>g</p><p>ei</p><p>ra</p><p>A</p><p>rt</p><p>e</p><p>M</p><p>at</p><p>em</p><p>át</p><p>ic</p><p>a</p><p>F</p><p>ís</p><p>ic</p><p>a</p><p>Q</p><p>u</p><p>ím</p><p>ic</p><p>a</p><p>B</p><p>io</p><p>lo</p><p>g</p><p>ia</p><p>H</p><p>is</p><p>tó</p><p>ri</p><p>a</p><p>G</p><p>eo</p><p>g</p><p>ra</p><p>fi</p><p>a</p><p>S</p><p>o</p><p>ci</p><p>o</p><p>lo</p><p>g</p><p>ia</p><p>F</p><p>il</p><p>o</p><p>so</p><p>fi</p><p>a</p><p>E</p><p>d</p><p>u</p><p>ca</p><p>çã</p><p>o</p><p>F</p><p>ís</p><p>ic</p><p>a</p><p>1ª Fase</p><p>Professor Responsável:</p><p>2ª Fase</p><p>Professor Responsável:</p><p>3ª Fase</p><p>Professor Responsável:</p><p>Página | 3</p><p>Apostila Curso Preparatório para Ensino Médio</p><p>GEOGRAFIA</p><p>INTRODUÇÃO – CONCEITOS BÁSICOS</p><p>Geografia é a ciência que estuda as inter-relações que ocorrem entre o ser humano e</p><p>o quadro natural que o cerca.</p><p>• TERRA - Planeta do Sistema Solar (terra + água + ar).</p><p>• 3º Planeta pela ordem de afastamento do Sol (1º</p><p>Mercúrio, 2º Vênus).</p><p>• Superfície da Terra: 510.000.000 km².</p><p>• PLANETA - Astro sem luz e calor próprio. Gira em torno</p><p>de uma estrela que o aquece e ilumina.</p><p>O Sistema Solar é constituído por oito planetas: Mercúrio,</p><p>Vênus, Terra, Marte, Júpiter, Saturno, Urano e Netuno.</p><p>• MOVIMENTO DE ROTAÇÃO: Movimento executado pela Terra em torno de seu eixo</p><p>imaginário de Oeste para Leste, em 23 horas, 56 minutos, e 4 segundos (um dia).</p><p>• MOVIMENTO DE TRANSLAÇÃO: Movimento executado pela Terra em torno do Sol</p><p>de Oeste para Leste, em 365,6 dias.</p><p>• MERIDIANO DE GREENWICH: Círculo tomado como origem do tempo universal e</p><p>que passa pela antiga sede do observatório de Greenwich, na Inglaterra.</p><p>• LINHA DO EQUADOR: Círculo máximo imaginário do Globo Terrestre que divide a</p><p>Terra em Hemisfério Norte e Hemisfério Sul.</p><p>Existem quatro paralelos importantes por delimitarem as</p><p>zonas térmicas da Terra:</p><p>• TRÓPICOS:</p><p>o TRÓPICO DE CÂNCER: ao Norte da linha</p><p>do Equador (Caribe).</p><p>o TRÓPICO DE CAPRICÓRNIO: ao Sul da</p><p>linha do Equador (São Paulo).</p><p>São os dois círculos terrestres paralelos ao</p><p>Equador:</p><p>• CÍRCULOS POLARES:</p><p>o ÁRTICO – Hemisfério Norte</p><p>o ANTÁRTICO – Hemisfério Sul</p><p>São os dois hemisférios terrestres paralelos ao Equador:</p><p>• HEMISFÉRIO – Meia esfera. Cada uma das meias esferas em que a Terra é</p><p>imaginariamente dividida pela linha do Equador (Norte e Sul) e Greenwich (Leste e</p><p>Oeste). Observe a imagem abaixo.</p><p>1</p><p>C</p><p>A</p><p>P</p><p>ÍT</p><p>U</p><p>LO</p><p>Página | 4</p><p>Apostila Curso Preparatório para Ensino Médio</p><p>BRASIL</p><p>País da América do Sul, com território de 8.511.965 km², na maior parte (93%) no</p><p>Hemisfério Sul. O Brasil possui 209,5 milhões habitantes e está politicamente dividido em 26</p><p>estados e um Distrito Federal. A divisão em estados foi estabelecida a partir da Proclamação</p><p>da República e consequentemente, a partir da 1ª Constituição Republicana. Os Estados</p><p>substituíram as Províncias do Império. Copiamos o sistema adotado nos Estados Unidos da</p><p>América do Norte.</p><p>DIVISÃO REGIONAL DO BRASIL: Segundo o IBGE, o Brasil está dividido em cinco</p><p>regiões geográficas de acordo com os seus contrastes físicos, humanos e econômicos: Norte,</p><p>Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul.</p><p>DIVISÃO GEOECONÔMICA: Três complexos regionais de acordo com a formação</p><p>histórico econômica do país: Amazônia, Nordeste e Centro Sul.</p><p>Meridiano de Greenwich</p><p>Figura 2 – Divisões Regionais do Brasil. Figura 1 - Divisões geoeconômicas do Brasil.</p><p>Página | 5</p><p>Apostila Curso Preparatório para Ensino Médio</p><p>RELAÇÃO DOS ESTADOS COM AS RESPECTIVAS CAPITAIS:</p><p>REGIÃO NORTE</p><p>ESTADO CAPITAL</p><p>Amazonas Manaus</p><p>Pará Belém</p><p>Roraima Boa vista</p><p>Amapá Macapá</p><p>Acre Rio Branco</p><p>Rondônia Porto Velho</p><p>Tocantins Palmas</p><p>REGIÃO NORDESTE</p><p>ESTADO CAPITAL</p><p>Pernambuco Recife</p><p>Maranhão São Luís</p><p>Piauí Teresina</p><p>Ceará Fortaleza</p><p>Rio Grande do Norte Natal</p><p>Paraíba João Pessoa</p><p>Alagoas Maceió</p><p>Sergipe Aracaju</p><p>Bahia Salvador</p><p>Obs.: Tocantins é o mais novo estado do</p><p>Brasil. Foi desmembrado do estado de</p><p>Goiás.</p><p>REGIÃO CENTRO OESTE</p><p>ESTADO CAPITAL</p><p>Mato Grosso Cuiabá</p><p>Mato Grosso do Sul Campo Grande</p><p>Goiás Goiânia</p><p>REGIÃO SUDESTE</p><p>ESTADO CAPITAL</p><p>Minas Gerais Belo Horizonte</p><p>Espírito Santo Vitória</p><p>Rio de Janeiro Rio de Janeiro</p><p>São Paulo São Paulo</p><p>REGIÃO SUL</p><p>ESTADO CAPITAL</p><p>Paraná Curitiba</p><p>Santa Catarina Florianópolis</p><p>Rio Grande do Sul Porto Alegre</p><p>DISTRITO FEDERAL</p><p>Sede Administrativa</p><p>do País</p><p>Brasília</p><p>RELEVO: Relevo é o conjunto de acidentes geográficos da superfície terrestre. No</p><p>Brasil predomina um relevo de baixa altitude.</p><p>PLANALTOS DO BRASIL: O Planalto Brasileiro subdivide-se em: Planalto Central e</p><p>Planalto Meridional.</p><p>• Planalto Atlântico: onde se localizam a Serra do Mar, a</p><p>Serra da Mantiqueira e a Serra do Espinhaço. Neste</p><p>Planalto, localizam-se o Pico da Bandeira com 2.840 metros</p><p>e o Pico das Agulhas Negras com 2.787 metros de altitude.</p><p>• Planalto Nordestino</p><p>• Planalto das Guianas: Neste Planalto, localiza-se o Pico da</p><p>Neblina com 3.014 metros de altitude, sendo o ponto</p><p>culminante do Brasil.</p><p>PLANÍCIES DO BRASIL:</p><p>1 – Planície Amazônica ao Norte.</p><p>2 – Planície Costeira junto ao litoral.</p><p>Figura 3 - Demonstração de</p><p>planalto.</p><p>Figura 4 - Demonstração de</p><p>planícies.</p><p>Página | 6</p><p>Apostila Curso Preparatório para Ensino Médio</p><p>3 – Planícies do Pantanal na região Centro Oeste, onde é localizada a Chapada dos</p><p>Guimarães, hospedeira de 650 espécies de aves.</p><p>CLIMA: O que é clima? Definições e</p><p>conceitos:</p><p>• É a sucessão de estados da</p><p>atmosfera em um determinado</p><p>lugar.</p><p>• É a sucessão dos estados do</p><p>tempo em certo lugar.</p><p>O CLIMA NO BRASIL:</p><p>1. Clima Equatorial – Na Amazônia</p><p>(fenômeno da friagem).</p><p>2. Clima Tropical na maior parte do país.</p><p>de modos de agir; um</p><p>exemplo disso é o torcedor que, quando fala da vitória de seu time dizemos</p><p>“Nós ganhamos”.</p><p>• Continuidade – As interações passageiras não chegam a formar grupos</p><p>sociais organizados, para isso, é necessário que elas tenham certa duração,</p><p>como exemplo, temos a família, a escola, a Igreja, etc. Há, porém, grupos de</p><p>duração efêmera, que aparecem e desaparecem com facilidade, como, por</p><p>exemplo, o mutirão.</p><p>OS ESTUDOS DA SOCIEDADE HUMANA</p><p>De que se ocupam as Ciências Sociais?</p><p>Observando a sociedade, percebemos que as pessoas caminham, correm, respiram.</p><p>Mas elas também cooperam umas com as outras no trabalho, recebem um salário, descontam</p><p>cheques, fazem reuniões para melhorar a produção, entram greve, casam-se, estudam,</p><p>divertem-se.</p><p>Como vemos, as pessoas apresentam os mais variados comportamentos. Alguns</p><p>desses comportamentos como andar, respirar, dormir são estritamente individuais, que se</p><p>originam no indivíduo enquanto organismo biológico. Esses tipos de comportamento são</p><p>estudados pelas Ciências Físicas e Biológicas. Por outro lado, receber salário, fazer greve,</p><p>casar-se são comportamentos sociais, pois só existem porque existe a sociedade, porque ao</p><p>longo da História o homem organizou sua vida em grupo. Cabe às Ciências Sociais pesquisar</p><p>e estudar o comportamento social humano e suas formas de organização.</p><p>• Sociologia – estuda as relações sociais e as formas de associação, considerando as</p><p>interações que ocorrem na vida em sociedade. A Sociologia abrange, portanto, o</p><p>estudo dos grupos sociais, da divisão da sociedade em camadas, da mobilidade social,</p><p>dos processos de cooperação, competição e conflito na sociedade, etc.</p><p>Página | 26</p><p>Apostila Curso Preparatório para Ensino Médio</p><p>• Economia – estuda as diversas atividades humanas ligadas à produção, circulação,</p><p>distribuição e consumo de bens e serviços. São fenômenos estudados pela Economia</p><p>a distribuição da renda num país, a política salarial, a produtividade de uma empresa,</p><p>etc.</p><p>• Antropologia – estuda as semelhanças e diferenças culturais entre os vários</p><p>agrupamentos humanos, assim como a origem e a evolução das culturas. Atualmente,</p><p>tem-se preocupado não só com a cultura dos povos pré-letrados, como também com</p><p>a diversidade cultural existente na sociedade industrial. São objetos de estudo da</p><p>Antropologia os tipos de organização famílias, as religiões, a magia, os ritos de</p><p>iniciação dos jovens, os casamentos, etc.</p><p>• Ciência Política – estuda, por exemplo, os partidos políticos, os mecanismos</p><p>eleitorais, etc.</p><p>Não existe uma divisão nítida entre essas disciplinas. Embora cada uma se ocupe</p><p>preferencialmente de um aspecto da realidade social, elas complementam-se umas às outras</p><p>e atuam frequentemente juntas para aplicar os complexos fenômenos da vida em sociedade.</p><p>O objetivo das Ciências Sociais é aumentar o Máximo possível o conhecimento sobre o</p><p>homem e a sociedade, através da investigação científica. As ciências sociais cumprem,</p><p>portanto, um papel fundamental num mundo de mudanças e agitações sociais. Elas nos</p><p>permitem entender melhor a sociedade em que vivemos e compreender os fatos e processos</p><p>sociais que nos rodeiam.</p><p>As Desigualdades entre os Homens</p><p>Ao menor contato com a vida social, percebe-se, de imediato, que os indivíduos são</p><p>diferentes entre si. Essas diferenças se expressam no plano das coisas materiais, da religião,</p><p>da personalidade, da inteligência, do físico, da raça, do sexo, da cultura, entre outros. As</p><p>diferenças citadas acima devem ser consideradas como os aspectos elementares da</p><p>manifestação das desigualdades, que podem ser físicas ou sociais.</p><p>Ao olharmos mais atentamente para a sociedade em que vivemos, logo percebemos</p><p>que há indivíduos que moram em favelas, outros em mansões, pessoas que morrem de fome,</p><p>de desnutrição, enquanto outras se alimentam em excesso. Há indivíduos analfabetos que</p><p>nunca tiveram acesso a escolas e há aqueles que possuem a melhor formação escolar.</p><p>Cada sociedade gera formas de desigualdade específicas que são resultado de como</p><p>essas sociedades se organizam. As desigualdades se manifestam de um modo diferente no</p><p>Brasil, nos EUA, na Índia, nas Filipinas ou na África de Sul. As desigualdades assumem</p><p>feições distintas porque são constituídas a partir de um conjunto de elementos econômicos,</p><p>políticos e culturais próprios.</p><p>Desigualdade: A pobreza como fracasso</p><p>O desenvolvimento da Industrialização, a partir do século XVIII, propiciou o</p><p>crescimento econômico capitalista, e as relações entre o capital e o trabalho tomaram formas</p><p>correspondentes a essa sociedade que se solidificava. O capitalismo (o patrão) e o</p><p>trabalhador (o operário) passaram a ser os personagens principais dessa nova organização</p><p>social.</p><p>O Liberalismo que se desenvolveu no século XVIII foi a justificativa encontrada para o</p><p>novo mundo e o novo homem que surgiram com o crescimento do capitalismo. Em outras</p><p>palavras, o liberalismo tinha como base a defesa da propriedade privada, a liberdade de</p><p>Página | 27</p><p>Apostila Curso Preparatório para Ensino Médio</p><p>comércio, a igualdade perante a lei. A concepção de sociedade e de homem que vigorava na</p><p>sociedade medieval estava sendo absolutamente transformada.</p><p>O triunfo do homem de negócios do capitalismo era exaltado como uma virtude</p><p>(burguesa), de fato que justificava a necessidade de dar-lhe todas as credenciais, uma vez</p><p>que ele realizaria a riqueza para o bem de toda sociedade. O enriquecimento particular era</p><p>apresentado na forma de benefício para todos os indivíduos.</p><p>Louvava-se o homem de negócios como a expressão do sucesso, e sua conduta servia</p><p>de modelo para a sociedade como um todo. A riqueza era mostrada como fruto do trabalho e</p><p>a todos acessíveis por intermédio dele. A pobreza (indicador fundamental das desigualdades),</p><p>em contraposição, seria produto do fracasso pessoal, e a sociedade não era responsável por</p><p>sua existência.</p><p>Os pobres, no entanto, tinham que colaborar para a preservação dos bens dos ricos,</p><p>uma vez que eles davam trabalho, e, mais ainda, não deviam se revoltar contra a sua situação</p><p>para não criar dificuldades para os patrões, que não eram culpados de serem ricos.</p><p>Divulga-se a ideia de que os pobres deviam preservar o bem de seus patrões, tais</p><p>como máquinas e ferramentas, e que Deus os vigiava constantemente no seu trabalho.</p><p>Portanto, perder tempo na execução de sua tarefa era roubar o patrão que lhe estava pagando</p><p>por uma jornada de trabalho.</p><p>Ao pobre recomendava-se paciência, religiosidade e seriedade como forma de</p><p>aceitação das novas regras morais que iam se estabelecendo. É interessante notar que não</p><p>era mais apenas pela ausência da graça divina que se justificava a pobreza, como ocorria até</p><p>o século XVII. Combina-se, agora, o fracasso e a ausência da graça.</p><p>Edmund Burke, no século XVIII, ao discutir se o governo e os ricos deviam ou não</p><p>atender as necessidades dos pobres, argumentava que ninguém podia ajudá-los, uma vez</p><p>que a providência divina os havia abandonado.</p><p>BIOLOGIA</p><p>INTRODUÇÃO À BIOLOGIA</p><p>A biologia é a ciência que estuda os</p><p>seres vivos. Este estudo pode ser realizado</p><p>sob diversos pontos de vista, dependendo do</p><p>interesse do biólogo.</p><p>ALGUMAS SUBDIVISÕES DA BIOLOGIA</p><p>A Biologia constitui um campo de</p><p>conhecimento muito extenso e complexo. Dessa forma há diversos ramos da Biologia.</p><p>Podemos citar:</p><p>• Citologia – estudo das células</p><p>• Histologia – estudo dos tecidos</p><p>1</p><p>1</p><p>C</p><p>A</p><p>P</p><p>ÍT</p><p>U</p><p>LO</p><p>Página | 28</p><p>Apostila Curso Preparatório para Ensino Médio</p><p>• Fisiologia – estudo das funções e do funcionamento orgânico dos seres vivos</p><p>• Ecologia – estudo dos seres vivos com o meio ambiente</p><p>• Botânicos – estudos dos vegetais</p><p>• Zoologia – estudos</p><p>dos animais</p><p>• Genéticos – estudos da transmissão das características hereditárias</p><p>CITOLOGIA: é o ramo da Biologia que estuda as células e seu comportamento nos</p><p>seres vivos, os níveis de organização dos seres vivos obedecem ao seguinte critério:</p><p>CÉLULAS – TECIDOS – ÓRGÃOS E SISTEMAS ou APARELHOS, como veremos a seguir.</p><p>CÉLULA: é a menor unidade morfofisiológica de todo organismo vivo, formada por</p><p>MEMBRANA, CITOPLASMA e NÚCLEO. As células apresentam formas e características</p><p>variadas. O tamanho das células também é variado. Elas são classificadas em: microscópicas</p><p>(a maioria) e macroscópicas (a gema do ovo, fibras de algodão).</p><p>O número de células nos seres vivos é variável. Eles podem ser unicelulares (uma</p><p>única célula) ou pluricelulares (mais de uma célula).</p><p>As células ainda podem ser procariontes (quando não possuem núcleo organizado), é</p><p>o caso de seres bem simples como as bactérias, ou eucariontes (quando o núcleo é</p><p>organizado), é o caso da grande maioria dos seres vivos, como no homem, no peixe, no</p><p>mosquito, na árvore, etc.</p><p>I – COMPONENTES CELULARES:</p><p>• MEMBRANA PLASMÁTICA: é um</p><p>envoltório lipoproteico, responsável</p><p>pela propriedade seletiva da célula.</p><p>Tem como principal característica</p><p>ser semipermeável.</p><p>• CITOPLASMA: é a porção líquida</p><p>gelatinosa disposta ao redor do</p><p>núcleo e limitada pela membrana</p><p>plasmática, onde ocorrem os</p><p>processos metabólicos, tais como</p><p>respiração e digestão.</p><p>• NÚCLEO: é um corpúsculo</p><p>geralmente esférico, envolvido pelo</p><p>citoplasma. No seu interior</p><p>encontra-se uma massa</p><p>filamentosa chamada cromatina</p><p>que comanda as funções celulares. Contém em seu interior os cromossomos, sendo</p><p>46 a quantidade de cromossomos na espécie humana.</p><p>OBS: a parede celular é a estrutura que diferencia uma célula animal de um vegetal.</p><p>II – ORGANELAS CELULARES:</p><p>- RETÍCULO ENDOPLASMÁTICO: é um complexo sistema de bolsas achatadas que</p><p>podem ser:</p><p>• LISO – quando constituído por membrana lisa;</p><p>Página | 29</p><p>Apostila Curso Preparatório para Ensino Médio</p><p>• RUGOSO – quando apresenta grânulos aderidos à sua superfície, chamados</p><p>RIBOSSOMOS.</p><p>OBS: Ribossomos têm a função da síntese proteica e do armazenamento e transporte</p><p>de substância.</p><p>• COMPLEXO DE GOLGI: tem como função o armazenamento e a secreção de</p><p>substâncias.</p><p>• MITOCÔNDRIAS: têm como função a respiração intracelular.</p><p>• LISOSSOMOS: têm como função a digestão celular.</p><p>• CENTRÍOLOS: tem como função a divisão celular, formação de cílios e flagelos.</p><p>• PLASTOS: são organelas celulares responsáveis pelo armazenamento da clorofila.</p><p>III – DIVISÃO CELULAR:</p><p>- MITOSE: é a divisão celular de tipo equacional. Uma célula diploide (2n) divide-se em</p><p>duas outras células diploides (2n), genericamente e morfologicamente idênticas. Nessa</p><p>divisão a célula mãe desaparece. A mitose divide-se nas seguintes fases:</p><p>a) Interfase (duplicação de DNA);</p><p>b) Prófase (os centríolos se</p><p>duplicam);</p><p>c) Prometáfase (desaparece a</p><p>carioteca);</p><p>d) Metáfase (forma-se a placa</p><p>equacional);</p><p>e) Anáfase (ocorre a retração das</p><p>fibras do fuso);</p><p>f) Telófase (fase final da mitose onde ocorre a citocinese).</p><p>- MEIOSE: também conhecida como divisão reducional. Uma célula diploide (2n) origina</p><p>quatro células haploides (n). É a parte da divisão celular responsável pela formação dos</p><p>gametas. Está dividida em dois períodos e cada um subdividido em fases:</p><p>- Divisão I</p><p>a) Prófase I (nesta fase é que ocorre o fenômeno diplóteno chamado CROSSING-OVER,</p><p>que consiste na troca de material genético);</p><p>b) Prometáfase I (desaparece a carioteca);</p><p>c) Metáfase I (formação de placa equacional);</p><p>d) Anáfase I (ocorre a retração das fibras de fuso);</p><p>e) Telófase I (ocorre a redução dos cromossomos de 46 para 23);</p><p>- Divisão II</p><p>a) Prófase II;</p><p>b) Metáfase II;</p><p>Página | 30</p><p>Apostila Curso Preparatório para Ensino Médio</p><p>c) Anáfase II;</p><p>d) Telófase II.</p><p>- HISTOLOGIA: é o ramo da Biologia que estuda os tecidos, a partir das células e suas</p><p>organelas, a fim de uma melhor compreensão dos processos vitais.</p><p>IV – TECIDOS: é a reunião de várias células morfologicamente iguais, que realizam</p><p>uma mesma função. Existem quatro tipos fundamentais de tecidos.</p><p>a) TECIDO EPITELIAL: que está subdividido em:</p><p>• Tecido epitelial de revestimento. Ex: pele.</p><p>• Tecido epitelial glandular, formado por células secretoras: Glândula Exócrina</p><p>ou de Secreção Externa (exemplo: glândula sudorípara, glândula sebácea,</p><p>glândula salivar); Glândula Endócrina ou de Secreção interna, sua secreção é</p><p>o hormônio (exemplo: hipófise, tireoide, suprarrenais, ovários, testículos) e</p><p>Glândula Mista que possui unidade secretora interna e externa (exemplo:</p><p>pâncreas que produz o suco pancreático – secreção externa – e a insulina –</p><p>secreção interna).</p><p>b) TECIDO CONJUNTIVO: que está subdividido em:</p><p>• Tecido conjuntivo adiposo (que origina uma porção gordurosa). Forma a</p><p>gordura. Ex.: a camada de gordura sob a pele.</p><p>• Tecido conjuntivo cartilaginoso (formado por células chamadas cartilócitos).</p><p>Forma a cartilagem. Ex: orelhas, nariz.</p><p>• Tecido conjuntivo ósseo (formado por células chamadas osteócitos). Formas</p><p>os ossos. Ex: esqueleto.</p><p>• Tecido conjuntivo hematopoiético (encontrado na medula óssea responsável</p><p>pela formação das células sanguíneas).</p><p>- HEMÁCIAS: glóbulos vermelhos responsáveis pelo transporte de substâncias na</p><p>corrente sanguínea.</p><p>- LEUCÓCITOS: glóbulos brancos responsáveis pela defesa do organismo.</p><p>Página | 31</p><p>Apostila Curso Preparatório para Ensino Médio</p><p>- PLAQUETAS: responsáveis pela coagulação.</p><p>c) TECIDO NERVOSO: é o conjunto de células especializadas, que formam os órgãos</p><p>do sistema nervoso. Suas células recebem o nome de NEURÔNIOS, que formam uma rede</p><p>denominada SINAPSE, que é responsável pela transmissão dos estímulos nervosos.</p><p>LEITURA</p><p>O perigo de álcool e das drogas</p><p>De forma popular, usa-se a palavra “ droga” , ou “ tóxico” , para falar de substâncias</p><p>que atuam sobre o sistema nervoso alterando a forma de pensar, de sentir e de perceber as</p><p>coisas. Neste sentido, o próprio álcool, a maconha, a cocaína e até solventes como aqueles</p><p>que existem na cola de sapateiro podem ser considerados drogas. Além dos efeitos que essas</p><p>substâncias têm sobre o indivíduo que as consome, são extremamente graves as</p><p>consequências que elas acabam causando às famílias e à sociedade.</p><p>O álcool</p><p>Os efeitos do álcool sobre o organismo humano são hoje bem conhecidos. O consumo</p><p>de altas doses de uma só vez pode levar à morte. Também conhecemos os males causados</p><p>pelo consumo regular de doses menores. O álcool provoca nítidas mudanças no</p><p>comportamento de quem bebe conhecida, em conjunto, como embriaguez: ocorre inicialmente</p><p>uma sensação de “ euforia e desinibição” , mais tarde, esse estado é seguido de um</p><p>abatimento conhecido como depressão. Com o tempo, o sistema nervoso sofre danos</p><p>permanentes: o alcoólatra acaba tendo enfraquecimento da memória e diminuição de sua</p><p>atenção e seus reflexos. Também já foram bem estudados os efeitos nocivos do álcool sobre</p><p>o fígado, que muitas vezes terminam por causar a cirrose hepática e, eventualmente, a morte</p><p>do indivíduo. Pode-se dizer que a droga mais consumida no Brasil (no sentido de substância</p><p>modificadora do comportamento) é, sem dúvida, o álcool.</p><p>As demais drogas</p><p>De forma simplificada, as drogas podem ser classificadas, conforme a sua ação, em</p><p>depressores, euforizantes e alucinógenos.</p><p>Os depressores, entre os quais se incluem o álcool, a cola de sapateiro, a benzina, o</p><p>ópio e alguns remédios para dormir, causam sensação de tontura, confusão mental e</p><p>desinibição inicial. Mais tarde, ocorre uma sensação de sonolência. Algumas dessas</p><p>substâncias têm uso médico, como certos elixires usados para controlar distúrbios intestinais,</p><p>ou ainda certos xaropes calmantes da tosse.</p><p>Dos euforizantes,</p><p>a mais conhecida é a cocaína. São também euforizantes de certos</p><p>remédios moderadores de apetite, usados em regimes de emagrecimento. Essas substâncias</p><p>causam euforia e sensação de maior eficiência e poder. Dão à pessoa, passageiramente, a</p><p>impressão de que ela pensa melhor e de forma mais ágil.</p><p>Os alucinógenos causam alucinações. Em outras palavras, a pessoa passa a ouvir</p><p>vozes, sentir cheiros e ver objetos que não existem. A mais comum dessas drogas é a</p><p>maconha. Também são alucinógenos o LSD e substâncias presentes em certos cogumelos.</p><p>A dependência</p><p>Página | 32</p><p>Apostila Curso Preparatório para Ensino Médio</p><p>As drogas apresentam alguns efeitos comuns, independentemente da ação particular</p><p>de cada uma. Uma das consequências mais graves de se usar drogas é a dependência. Uma</p><p>pessoa dependente é aquela que não consegue abandonar o uso da droga, mesmo que ela</p><p>tenha consciências profissionais. Muitas vezes, essas pessoas tentam abandonar o uso, mas</p><p>a privação da droga lhe traz sensações de mal-estar tão grandes que elas voltam a se drogar</p><p>para se sentirem melhor. As drogas causam desajuste social, distúrbios de comportamento e</p><p>diminuição da capacidade sexual. Estão em curso, no mundo todo, pesquisas que deverão</p><p>revelar ainda muitas outras desvantagens de seu uso. Vamos ficar longe delas!</p><p>• Euforia = sensação de ânimo, de excitação.</p><p>• Privação = falta de uso.</p><p>LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>E LITERATURA</p><p>COMUNICAÇÃO: é a capacidade de entender e receber mensagens. Existem várias</p><p>formas de se comunicar, pelos gestos, pela fala, pela escrita, pelo desenho, etc.</p><p>ELEMENTOS DE COMUNICAÇÃO:</p><p>a) EMISSOR OU REMETENTE: é aquele que envia a mensagem ao receptor.</p><p>b) RECEPTOR OU DESTINATÁRIO: é aquele que recebe a mensagem.</p><p>c) MENSAGEM: é a informação que o emissor deseja enviar ao receptor.</p><p>d) CÓDIGO: é o conjunto de sinais organizados e escolhidos pelo emissor para</p><p>transmitir a mensagem. Se emissor e receptor não tiverem o mesmo código, não ocorrerá</p><p>comunicação.</p><p>e) CANAL: é o meio pelo qual a mensagem é transmitida.</p><p>f) REFERENTE: é o código ou situação a que se refere a mensagem.</p><p>DENOTAÇÃO: quando a palavra é empregada em seu sentido usual, próprio, não</p><p>figurado. Ex.: Agora é tempo de abacaxi.</p><p>CONOTAÇÃO: quando uma palavra adquire sentido especial, passível de várias</p><p>interpretações, dependendo do contexto onde ela se encontra. Ex.: Hoje tivemos vários</p><p>abacaxis para resolver.</p><p>FUNÇÕES DA LINGUAGEM</p><p>FUNÇÕES</p><p>PREDOMINANTES</p><p>FINALIDADE RECURSOS</p><p>Referencial ou Denotativa Transmitir informações Frase declarativa e objetiva</p><p>Emotiva ou Expressiva</p><p>Exprimir sentimentos e</p><p>emoções</p><p>Frase exclamativa,</p><p>interjeições, superlativos,</p><p>hipérboles, etc.</p><p>Apelativa ou Conativa Influenciar o recebedor</p><p>Frase imperativa,</p><p>convincente.</p><p>1</p><p>C</p><p>A</p><p>P</p><p>ÍT</p><p>U</p><p>LO</p><p>Página | 33</p><p>Apostila Curso Preparatório para Ensino Médio</p><p>Fática ou de Contato</p><p>Gerar, favorecer e facilitar a</p><p>comunicação.</p><p>Frase breve, exata, clara.</p><p>Metalinguística</p><p>Iludir e esclarecer o código</p><p>linguístico.</p><p>Explicações, definições.</p><p>Poética</p><p>Valorizar a forma da</p><p>linguagem</p><p>Frases ou valor artístico.</p><p>DEFINIÇÃO DE LITERATURA: Simplificando, podemos dizer que literatura é a arte</p><p>que se manifesta por meio da palavra escrita ou falada.</p><p>TEXTO LITERÁRIO E NÃO LITERÁRIO: Um mesmo tema pode ser tratado sob dois</p><p>aspectos, dependendo do objetivo que o emissor quer atingir. No texto literário, o ficcionista</p><p>idealiza a realidade, recriando-se segundo sua imaginação. No texto não literário, o emissor</p><p>tem de ater-se à verdade. Deve apresentar os fatos e os seres tais como são na realidade.</p><p>GÊNERO LITERÁRIO: é o conjunto de obras dotadas de características comuns. De</p><p>acordo com a concepção clássica dos gêneros literários, pode-se esquematizar didaticamente</p><p>da seguinte maneira:</p><p>- LÍRICO: predomina o subjetivismo que reflete o mundo interior do artista, os seus</p><p>sentimentos e emoções, como o amor, a saudade, a tristeza, a melancolia, etc. O gênero lírico</p><p>apresenta poemas de forma fixa como sonetos, balada, triolé, rondó, etc. e poemas de forma</p><p>livre como ode, ditirambo, elegia, canção, etc.</p><p>- GÊNERO ÉPICO: é uma narrativa feita essencialmente em versos, é um canto, um</p><p>poema de exaltação. A epopeia narra grandes feitos heroicos. Sua principal característica é</p><p>ter um narrador que fala dos acontecimentos grandiosos e heroicos da história de um povo.</p><p>- GÊNERO NARRATIVO: é uma variante do gênero épico, enquadrando as narrativas</p><p>em prosa, onde há um narrador, personagens e uma sequência de fatos. As principais</p><p>manifestações são o romance, a novela, o conto e a crônica.</p><p>- GÊNERO DRAMÁTICO: neste gênero não há narrador, por isso os textos são</p><p>próprios para serem encenados. No palco, os atores representam as personagens que ora</p><p>dialogam, ora monologam. No texto literário, quando encenado, a linguagem verbal combina-</p><p>se com o não verbal. Os tipos pertencentes a este gênero são a tragédia, a comédia, a</p><p>tragicomédia, o drama, a farsa, o ato.</p><p>ESTILOS DE ÉPOCA OU ESCOLAS LITERÁRIAS: estilo de época é o conjunto de</p><p>características semelhantes empregadas por diversos indivíduos numa determinada época.</p><p>Logo, os escritores de uma mesma época apresentam características comuns que</p><p>expressam, tanto no conteúdo quanto na forma, as tendências da época em que vivem ou</p><p>atuam. Os estilos de época do Brasil, em relação aos de Portugal, são praticamente os</p><p>mesmos, com a diferença de que o Brasil, além de não ter tido a Idade Média, isto é, não ter</p><p>desenvolvido o Trovadorismo e o Humanismo, ainda recebia influência dos diferentes</p><p>movimentos literários de Portugal com muitos anos de atraso.</p><p>PERIODIZAÇÃO LITERÁRIA</p><p>Portugal Brasil</p><p>TROVADORISMO 1189 – 1434 -</p><p>HUMANISMO 1434 – 1527 -</p><p>CLASSICISMO 1527 – 1580 -</p><p>Página | 34</p><p>Apostila Curso Preparatório para Ensino Médio</p><p>LITERATURA INFORMATIVO-JESUÍTICA - 1500 – 1601</p><p>BARROCO 1580 – 1756 1601 – 1768</p><p>ARCADISMO 1756 – 1825 1768 – 1836</p><p>ROMANTISMO 1825 – 1865 1836 – 1881</p><p>REALISMO/NATURALISMO/PARNASIANISMO 1865 – 1890 1881 – 1902</p><p>SIMBOLISMO 1890 – 1915 1893 – 1902</p><p>PRÉ-MODERNISMO - 1902 – 1922</p><p>MODERNISMO</p><p>1915 em</p><p>diante</p><p>1922 – 1945,</p><p>estendendo-se em sua</p><p>FASE</p><p>CONTEMPORÂNEA</p><p>até os dias atuais.</p><p>TROVADORISMO: é o tempo que designa o primeiro movimento literário surgido em</p><p>língua portuguesa. Panorama histórico: as cruzadas, a luta contra os mouros, o feudalismo, o</p><p>poder do clero. Essa época foi marcada por uma visão teocêntrica (Deus como centro do</p><p>universo). Os poemas produzidos nesse período eram feitos para serem cantados por poetas</p><p>e músicos (trovadores, menestréis, jograis e segréis) e recebiam o nome de cantigas porque</p><p>eram acompanhadas por instrumentos de corda e sopro.</p><p>As cantigas foram reunidas em dois gêneros: Cantigas</p><p>líricas: de amigo e de amor; Cantigas satíricas: de</p><p>escárnio e de maldizer. Seus principais representantes</p><p>foram: D. Dinis, Paio Soares de Tasveirós, Martim Codax,</p><p>D. Afonso Mendes de Besteiros, Fernando Esguio e outros.</p><p>Nessa mesma época, a prosa de ficção teve grande</p><p>importância, chamada novela de cavalaria. As novelas de</p><p>cavalaria narravam aventuras de cavaleiros andantes ou de guerreiros investindo contra os</p><p>mouros. Lancelote que abrangia A Demanda do Santo Graal e A Morte do Rei Arthur, Tristão</p><p>e Isolda, Galaaz, Amadis de Gaula e outras.</p><p>HUMANISMO: foi um movimento cultural de transição entre a Idade Média e o</p><p>Renascentismo. As produções artísticas revelam a</p><p>passagem do teocentrismo para o antropocentrismo,</p><p>isto é, o homem começa a preocupar-se com o próprio</p><p>homem, a voltar-se para si mesmo e para o mundo</p><p>material. Principais representantes: Poesia: Garcia de</p><p>Resende, João Roiz de Castelo Branco, Francisco de</p><p>Sousa, Gil Vicente, Sá de Miranda e outros; Crônica:</p><p>Fernão Lopes, Rui de Pina, D. Duarte e outros;</p><p>Teatro:</p><p>Gil Vicente (autos e farsas): Farsa do Velho da Horta, Farsa de Inês Pereira, Alto da Barca do</p><p>Inferno, Auto da Visitação, etc.</p><p>CLASSICISMO: ao redescobrirem os valores do ser humano, abafados</p><p>pela Igreja durante a Idade Média, os artistas desse período voltam-se para a</p><p>Antiguidade. Os escritores obedecem às rígidas normas de composição de</p><p>seus modelos e incorporam temas pagãos, o ideal do amor platônico, a visão</p><p>antropocêntrica, além dos elementos próprios de cada país em que o</p><p>Classicismo se manifestou. Portugal viveu seu apogeu com Vasco da Gama</p><p>chegando às Índias e Cabral descobrindo o Brasil. A literatura incorporou</p><p>Figura 15 – Trovadorismo (Fonte: internet)</p><p>Figura 16 - Humanismo (Fonte: internet)</p><p>Figura 17 -</p><p>Classicismo (Fonte:</p><p>internet)</p><p>Página | 35</p><p>Apostila Curso Preparatório para Ensino Médio</p><p>formas e motivos da Antiguidade: elegias, éclogas, cartas, etc. Além do soneto. Principais</p><p>representantes: Sá de Miranda, João de Barros, Bernardim Ribeiro, Fernão Mendes Pinto,</p><p>Fernão Cardim e a figura máxima desse período, Luiz Vaz de Camões. Ele escreveu poesias</p><p>de Vasco da Gama à Índia que serve de pretexto para que se conte a história de Portugal,</p><p>que Camões procura glorificar em seus versos.</p><p>LITERATURA INFORMATIVA: os primeiros escritos acerca do Brasil foram</p><p>documentos de caráter informativo, referente à terra rica e fecunda, à fauna, à flora, aos</p><p>nativos, ao clima tropical, etc. Essa literatura informativa feita por viajantes e missionários,</p><p>embora não seja, própria literatura, tem valor inestimável como documentação dos primeiros</p><p>tempos do Brasil Colônia. A Carta de Pero Vaz de Caminha foi o primeiro registro de contato</p><p>com a nossa terra.</p><p>LITERATURA JESUÍTICA: era composta de textos destinados a converter os índios</p><p>ao catolicismo. Consideram-se como literatura informativa dos jesuítas, as obras dos padres</p><p>Manuel da Nóbrega e José de Anchieta.</p><p>BARROCO: PORTUGAL – inicia-se em 1580 e é um tempo de conflitos e contradições</p><p>em consequência do panorama político, econômico e religioso da</p><p>Europa. Duas correntes se distinguem: o cultismo (um estilo</p><p>marcado pela erudição, pelo rebuscamento, pelo uso de</p><p>inversões brutais e de numerosas figuras de linguagem) e o</p><p>conceptismo (um estilo fluente, pouco rebuscado, expondo</p><p>através do raciocínio lógico, ideias e conceitos e emprego da</p><p>linguagem figurada). Principais representantes: Bento Teixeira</p><p>Pinto, Gregório de Matos – o “ Boca do Inferno” (poesias líricas,</p><p>sacras e satíricas), Manuel Botelho de Oliveira (poesia: Música</p><p>do Parnaso), Frei Manuel de Santa Maria Itaparica (epopeia:</p><p>Eustáquidos; poesia: Descrição da cidade da Ilha de Itaparica),</p><p>Pe. Antonio Vieira (Sermão da primeira dominga de Quaresma;</p><p>Sermão de Santo Antônio; Sermão dos peixes; Sermão da</p><p>Sexagésima).</p><p>ARCADISMO: PORTUGAL: esse movimento reflete as grandes mudanças sociais do</p><p>século XVIII, grandes descobertas científicas com consequente incremento tecnológico.</p><p>Nesse período, a literatura busca despojar-se dos exageros e das sutilezas do Barroco,</p><p>procurando recuperar a simplicidade e a clareza da cultura Greco latina e da Renascença. O</p><p>Arcadismo português inicia em 1765 com a fundação da Arcádia Lusitânia. Principais</p><p>representantes: Antônio Dinis da Cruz e Silva, Filinto Elísio, Correi Garção, Manuel Maria</p><p>Barbosa Du Bocage e Pe. José Agostinho de Macedo.</p><p>BRASIL: embora já se note preocupação em afastar-se dos modelos portugueses</p><p>(começa a aparecer a realidade brasileira nas obras do momento), a literatura brasileira ainda</p><p>revela características neoclássicas apontadas no Arcadismo português. O movimento teve</p><p>início com a publicação de Obras de Claudio Manuel da Costa. Principais representantes:</p><p>Tomás Antônio Gonzaga (Marília de Dirceu. Cartas Chilenas), Claudio Manuel da Costa</p><p>(Obras poéticas), Silva Alvarenga (Glaura), Basílio da Gama (poesia épica – O Uruguai) e Frei</p><p>José de Santa Rita Durão (poema épico: Caramuru).</p><p>FIGURAS DE LINGUAGEM OU DE ESTILO: são modos de falar e escrever que dão</p><p>mais beleza, mais força à expressão. Estudaremos aqui apenas algumas figuras.</p><p>Figura 18 - Fachada barroca da</p><p>Igreja da abadia em Portugal.</p><p>Página | 36</p><p>Apostila Curso Preparatório para Ensino Médio</p><p>FIGURAS DE PALAVRAS</p><p>1 - METÁFORA: é o emprego de um termo que se associa a outro que o substitui</p><p>baseando-se numa comparação mental de ordem pessoal e subjetiva (há 2 elementos). Ex.:</p><p>Eu sou uma ilha longe de você/ “ Amor é um fogo que arde sem se ver” .</p><p>2 – METONÍMIA: é a substituição de um termo por outro, baseando-se numa estreita</p><p>relação de sentido. Ex: A professora leu Camões (o autor pela obra) / Ela usa gilete todo dia</p><p>(a marca pelo produto).</p><p>3 – CATACRESE: é o emprego de um termo figurado pela falta de um termo próprio.</p><p>Ex. a perna da mesa quebrou / Consertou as casas da camisa.</p><p>FÍGURAS DE CONSTRUÇÃO.</p><p>1 – PLEONASMO: é a repetição da ideia com outras palavras. Ex.: Vi com estes olhos</p><p>que a terra há de comer. / Ao rapaz deram-lhe o prêmio.</p><p>2 – SILEPSE: é a concordância com a ideia e não com a palavra expressa</p><p>(concordância ideológica). Ex: A vítima era alta e morena. (silepse de gênero)/ Saía gente de</p><p>todo o lado e chorava. (silepse de número)/Os dois íamos andando distraídos. (silepse de</p><p>pessoa).</p><p>ELIPSE: é a omissão de um termo facilmente subtendido no contexto. Ex: Iremos a</p><p>cavalo (nós). / Espero tenha gostado (que).</p><p>FIGURAS DE PENSAMENTO</p><p>1- ANTÍTESE: é a utilização de expressões de sentido contrário para realçar as ideias.</p><p>Ex: Céu ou inferno ainda não sabe qual é o melhor lugar. / “ Amor é ferida que dói e não se</p><p>sente” .</p><p>2- HIPÉRBOLE: consiste em realçar a ideia por meio do emprego de uma expressão</p><p>exagerada de propósito. Ex: Eles morreram de rir. / Já pedi silêncio mil vezes.</p><p>3- IRONIA: consiste em expressar exatamente o contrário do que se quer dizer com o</p><p>intuito de criticar ou desprezas. Ex: Parabéns! Metade da sala teve nota vermelha. / Com a</p><p>cara assim fechada, seu humor deve estar excelente.</p><p>FONOLOGIA</p><p>A - FONEMA: é a unidade sonora elementar empregada na língua falada (som).</p><p>1 – VOGAIS: VOGAIS ORAIS: a, é, ê, i, ó, ô, u. Ex: já, pé, vê, ali, pó, dor, uva.</p><p>VOGAIS NASAIS: a nasalidade pode ser indicada pelo til (~) ou pelas</p><p>letras n e m. Ex: mãe venda pomba, nunca.</p><p>2 –SEMIVOGAIS: i, e, u quando juntos de uma vogal, formam com ela uma mesma</p><p>sílaba. Ex: Pa/pai, coi/sa.</p><p>Página | 37</p><p>Apostila Curso Preparatório para Ensino Médio</p><p>3 – CONSOANTES: b, c, d, f, g, etc.</p><p>B – ENCONTRONS VOCÁLICOS: podem ser:</p><p>1 – DITONGOS: é o encontro de uma vocal e uma semivogal (ou vice-versa mesma</p><p>sílaba). Ex: pai, ginásio.</p><p>Pode ser: DESCRESCENTE: vogal + semivogal. Ex: He/rói, Fei/jão.</p><p>CRESCENTE: semivogal + vogal. Ex: Ge/nio. Vá/ cuo.</p><p>2 – TRITONGO: é o encontro de uma semivogal com um vogal e outra semivogal numa</p><p>mesma sílaba. Ex: Paraguai averiguou.</p><p>3 – HIATO: é a sequência de duas vogais numa mesma palavra que pertencem a</p><p>sílabas diferentes, pois nunca há mais de uma vogal numa sílaba. Ex: sa/í/da, ju/íz.</p><p>C – ENCONTROS CONSONANTAIS: quando há grupos de consoantes sem vogal</p><p>intermediária. Ex: Flor, grade, digno.</p><p>- DÍGRAFOS: quando há duas letras que representam apenas um fonema. Podem</p><p>ser:</p><p>CONSONANTAIS: quando o grupo de letras representa um fonema consonantal. Ex:</p><p>chuva, filho, vinho.</p><p>VOCÁLICOS: quando o grupo de letras representa um fonema vocálico. Ex: tampa,</p><p>mundo.</p><p>SÍLABA: é um fonema ou um grupo de fonemas pronunciados num só impulso</p><p>expiratório. Ex: pé, a/vó, ma/dei/ra.</p><p>Quanto ao número de sílabas, as palavras podem ser classificadas em:</p><p>1- MONOSSÍLABAS: tem apenas uma sílaba. Ex: mãe, pé, flor.</p><p>2- DISSÍLABAS: tem duas sílabas. Ex: den/te, pon/te, da/do.</p><p>3- TRISSÍLABAS: tem três sílabas. Ex: mé/di/co, a/mi/go, Ca/dei/ra.</p><p>4- POLISSÍLABAS:</p><p>tem quatro ou mais sílabas. Ex: a/mi/za/de, me/di/ci/na,</p><p>li/te/ra/tu/ra.</p><p>SÍLABA TÔNICA E SÍLABA ÁTONA: a sílaba de pronúncia mais forte é chamada de</p><p>tônica, as demais são átonas. Ex. in/de/pen/den/te (sílaba tônica den, as demais são átonas)</p><p>es/pe/ci/al/men/te (sílaba tônica = men, as demais são átonas).</p><p>- Se a sílaba tônica for a última, a palavra será oxítona. Ex: A/ma/pá, tra/ba/lhar.</p><p>- Se a sílaba tônica for a penúltima, a palavra será paroxítona. Ex: ja/ne/la, lá/pis.</p><p>- Se a sílaba tônica for a antepenúltima, a palavra será proparoxítona. Ex: re/lâm/pa/go,</p><p>fós/fo/ro.</p><p>Página | 38</p><p>Apostila Curso Preparatório para Ensino Médio</p><p>ACENTUAÇÃO GRÁFICA</p><p>ACENTUAM-SE:</p><p>1 – Todos os vocábulos proparoxítonos.</p><p>Ex: Pêssego, tímpano</p><p>2 – Os paroxítonos terminados em</p><p>ditongo crescente.</p><p>Ex: Férias, óleo</p><p>3 – Os paroxítonos terminados em:</p><p>ã (s), ao (s), ei (s)</p><p>i (s), us</p><p>on (s)</p><p>um, uns</p><p>l, n, os</p><p>r, x</p><p>Ex: Imãs, benção, jóquei</p><p>Júri, Vênus</p><p>Íon, elétrons</p><p>Álbum, álbuns</p><p>Túnel, pólen, fórceps.</p><p>Revólver, clímax</p><p>OBS: as paroxítonas terminadas em n são</p><p>acentuadas, mas as que terminam em ens</p><p>não são acentuadas.</p><p>4 – Os oxítonos terminado em:</p><p>a (s), e (s), o (s), em, ens</p><p>Ex: Pará, ipê, avó, além.</p><p>5 – Os monossílabos tônicos abertos:</p><p>a (s), e (s), o (s)</p><p>Ex: Lá, Três, pó.</p><p>6 – Os ditongos tônicos abertos:</p><p>éi (s), eu (s), oi (s)</p><p>Ex: Fogaréu, caracóis</p><p>7 – O i e u tônicos quando forma hiato</p><p>com a vogal anterior, estando eles</p><p>sozinhos na sílaba ou acompanhados</p><p>apenas de s.</p><p>Ex: Saída, saúde.</p><p>Página | 39</p><p>Apostila Curso Preparatório para Ensino Médio</p><p>PROCESSOS DE FORMAÇÃO DE PALAVRAS: basicamente, são dois os processos</p><p>de formação das palavras.</p><p>A – DERIVAÇÃO: através da derivação de uma palavra, outras se formam, por meio de afixos</p><p>(prefixos e sufixos)</p><p>1 – PREFIXAL: quando uma nova palavra é formada com o acréscimo de um prefixo.</p><p>Ex: desrespeito, rever.</p><p>2 – SUFIXAL: quando uma palavra é formada com o acréscimo de um sufixo. Ex: livro</p><p>– livraria, moderno – modernizar.</p><p>3 – REGRESSIVA: quando uma palavra é formada não por acréscimo, mas por</p><p>redução. Ex: beijar – beijo, caçar – caça.</p><p>4 – IMPRÓPRIA: quando uma palavra não sofre mudança de forma e sim de classe</p><p>gramatical. Ex: substantivo usado como adjetivo = homem morcego/ verbo como substantivo</p><p>= o jantar foi ótimo.</p><p>5 – PARASSINTÉTICA: quando juntamos simultaneamente um prefixo e um radical.</p><p>Ex: anoitecer/desalmado.</p><p>B – COMPOSIÇÃO: é o processo que consiste em criar palavras por meio da junção de</p><p>radicais ou palavras já existentes na língua. Pode ser:</p><p>1 – JUSTAPOSIÇÃO: ocorre quando os radicais estão ligados, mas não sofrem</p><p>alteração fonética ou gráfica. Ex: guarda-noturno / passatempo / beija-flor.</p><p>2 – AGLUTINAÇÃO: ocorre quando os radicais se ligam de tal forma que passam a</p><p>constituir uma palavra com um único acento tônico. Ex: aguardente (água + ardente) / planalto</p><p>(plano + alto).</p><p>MORFOLOGIA</p><p>ESTRUTURA DAS PALAVRAS: as palavras são compostas pelos elementos</p><p>mórficos.</p><p>1 – RADICAL: é a parte mínima indivisível que indica o sentido básico da palavra, seu</p><p>significado. Ex: certo, incerto, certeza.</p><p>2 – VOGAL TEMÁTICA: é o elemento que se interpõe entre o radical e a desinência</p><p>de uma palavra. Nos verbos, vogal temática indica a conjugação a que o verbo pertence. Ex:</p><p>cantar (ar – 1ª conjugação), correr (er – 2ª conjugação), partir (ir – 3ª conjugação).</p><p>3 – TEMA: é o radical já acrescido da vogal temática. Ex: amava, vender.</p><p>4 – AFIXOS: são elementos que ajuntamos ao radical, para lhe diversificar o</p><p>significado. Quando antepostos ao radical, são chamados de prefixo (ex: bisneto, repor),</p><p>quando postos, são chamados de sufixos (ex: rouparia, civilizar).</p><p>5 – DESINÊNCIAS: são elementos que servem para indicar as flexões de gênero</p><p>(masculino e feminino) e número (singular e plural) nos nomes (nominais). Ex:</p><p>Página | 40</p><p>Apostila Curso Preparatório para Ensino Médio</p><p>menino/menina/meninos/meninas, e as flexões (de pessoas e número, termo e modo) nos</p><p>verbos (verbal). Ex: canto, cantamos, cantam, cantei.</p><p>6 – VOGAIS E CONSOANTES DE LIGAÇÃO: são as que trazem nenhuma</p><p>informação gramatical ou modificação de sentido, vêm entre dois morfemas para facilitar a</p><p>pronúncia. Ex: paulada = pau = radical; l = consoante de ligação, Ada = sufixo / gasômetro =</p><p>gás = radical; ô = vogal de ligação; metro = sufixo.</p><p>INGLÊS</p><p>PERSONAL PRONOUNS (PRONOMES PESSOAIS)</p><p>SINGULAR</p><p>1ª pessoa I Eu</p><p>2ª pessoa YOU Você</p><p>3ª pessoa</p><p>HE Ele</p><p>SHE Ela</p><p>IT Ele, ela (usado somente para objetos, animais e locais)</p><p>OBS: Observe a correspondência dos</p><p>pronomes do singular com os do plural. As</p><p>terceiras pessoas do singular (He, She, It)</p><p>fazem o plural com o pronome da terceira</p><p>pessoa do plural: THEY.</p><p>O pronome pessoal pode substituir o</p><p>sujeito na frase. Ex: Peter is American (Peter =</p><p>ele = He) = He is American. / Ann is beautiful</p><p>(Ann = ela = she) = She is beautiful. / Paul and</p><p>Charles are friends. (Paul e Charles = eles =</p><p>They) They are friends.</p><p>ARTICLES (ARTIGOS)</p><p>- DEFINITE ARTICLES (ARTIGOS DEFINIDOS): os artigos definidos são o, a, os, as</p><p>que são representados em inglês pela palavra THE. Usamos THE para o masculino do</p><p>singular ou plural e para o feminino singular ou plural. Ex. The boy/ The boys (o menino/ os</p><p>meninos) / The girl/ The girls (a menina/ as meninas).</p><p>- INDEFINITE ARTICLES (ARTIGOS INDEFINIDOS): os artigos indefinidos são um,</p><p>uma que são representados em Inglês pelas palavras A, AN e são usados só em orações no</p><p>singular. Usamos A antes de palavras singulares começadas por som consonantal</p><p>(consoante). Ex.: A pen, a door, a teacher; e usamos AN antes de palavras singulares</p><p>começadas por som vocálico (vogal). Ex.: An Orange, an animal, an egg.</p><p>1</p><p>C</p><p>A</p><p>P</p><p>ÍT</p><p>U</p><p>LO</p><p>Página | 41</p><p>Apostila Curso Preparatório para Ensino Médio</p><p>DEMONSTRATIVES (DEMONSTRATIVOS)</p><p>THIS/THESE (este, esta, isto): são</p><p>pronomes demonstrativos usados para algo</p><p>que está próximo.</p><p>SINGULAR = THIS</p><p>PLURAL = THESE</p><p>Ex: This city is big. (Esta cidade é grande).</p><p>These girls are beautiful. (Estas garotas são</p><p>bonitas).</p><p>THAT/THOSE (aquele, aquela, aquilo): são</p><p>pronomes demonstrativos usados para algo</p><p>que está longe.</p><p>SINGULAR = THAT</p><p>PLURAL = THOSE</p><p>Ex: That job is good. (Aquele trabalho é</p><p>bom).</p><p>Those exercises are difficult. (Aqueles</p><p>exercícios são difíceis).</p><p>TO BE (VERBO SER E ESTAR) – PRESENTE TENSE (PRESENT)</p><p>AFFIRMATIVE FORM</p><p>(FORMA AFIRMATIVA)</p><p>CONTRACT FORM (FORMA</p><p>CONTRACTA - ABREVIADA)</p><p>I am (eu sou, eu estou) I’m</p><p>You are (tu és, você é, tu estás, você está) You’re</p><p>He is (ele é, ele está) He’s</p><p>She is (ela é, ela está) She’s</p><p>It is (ele ela é; ele, ela estão) It’s</p><p>We are (nós somos, nós estamos) We’re</p><p>You are (vós sois, vocês são, vós estais,</p><p>vocês estão)</p><p>You’re</p><p>They are (eles/elas são, eles/elas estão) They’re</p><p>NEGATIVA FORM CONTRACT FORM</p><p>Página | 42</p><p>Apostila Curso Preparatório para Ensino Médio</p><p>(FORMA NEGATIVA) (FORMA ABREVIADA)</p><p>I am not I’m not</p><p>You are not You aren’t</p><p>He is not He isn’t</p><p>She is not She isn’t</p><p>It is not It isn’t</p><p>We are not We aren’t</p><p>You are not You aren’t</p><p>They are not They aren’t</p><p>A forma negativa é feita colocando-se NOT após o verbo.</p><p>Ex: You aren’t a teacher. / I am not a student. / He isn’t a doctor.</p><p>INTERROGATIVE FORM</p><p>(FORMA INTERROGATIVA)</p><p>Am I?</p><p>Não existe forma</p><p>abreviada para</p><p>interrogativas.</p><p>A forma interrogativa é feita</p><p>colocando-se o verbo antes do</p><p>sujeito.</p><p>Ex: He is American. (forma afirmativa)</p><p>Is He american? (forma interrogativa)</p><p>They are brothers. (forma afirmativa)</p><p>Are they brothers? (forma interrogativa)</p><p>Are you?</p><p>Is he?</p><p>Is she?</p><p>Is it?</p><p>Are we?</p><p>Are you?</p><p>Are they?</p><p>Para respondermos as perguntas, normalmente usamos as respostas curtas.</p><p>Ex: Is he American? /</p><p>Yes, he is. (Afirmativa) / No, he isn’t. (Negativa)</p><p>OBS: Não usamos a forma abreviada nas respostas afirmativas. Não se esqueça do</p><p>ponto de interrogação nas frases interrogativas.</p><p>NUMBERS (NÚMEROS)</p><p>CARDINAL NUMBERS - (NÚMEROS CARDINAIS)</p><p>1 – one 11 – eleven 21 – twenty-one 100 – one hundred</p><p>2 – two 12 – twelve 22 – twenty-two 200 – two hundred</p><p>3 – three 13 – thirteen 23 – twenty-three 300 – three hundred</p><p>4 – four 14 – fourteen 30 – thirty 400 – four hundred</p><p>5 – five 15 – fifteen 40 – forty 500 – five hundred</p><p>6 – six 16 – sixteen 50 – fifty 600 – six hundred</p><p>7 – seven 17 – seventeen 60 – sixty 700 – seven hundred</p><p>8 – eight 18 – eighteen 70 – seventy 800 – eight hundred</p><p>9 – nine 19 – nineteen 80 – eighty 900 – nine hundred</p><p>10 – ten 20 – twenty 90 – ninety 1000 – one thousand</p><p>OBS: - A partir do número 21, coloca-se o número 20 + hífen + o número de 1 a 9 e a partir</p><p>do número 31, coloca-se o número 30 + hífen + o número de 1 a 9, e assim por diante.</p><p>Página | 43</p><p>Apostila Curso Preparatório para Ensino Médio</p><p>ORDINAL NUMBERS - (NÚMEROS ORDINAIS)</p><p>Português Inglês</p><p>Abreviação</p><p>em inglês</p><p>1º - first 1st</p><p>2º - second 2nd</p><p>3º - third 3rd</p><p>4º - fourth 4th</p><p>5º - fifth 5th</p><p>6º - sixth 6th</p><p>7º - seventh 7th</p><p>8º - eighth 8th</p><p>9º - ninth 9th</p><p>10º - tenth 10th</p><p>11º - eleventh 11th</p><p>12º - twelfth 12th</p><p>13º - thirteenth 13th</p><p>14º - fourteenth 14th</p><p>15º - fifteenth 15th</p><p>16º - sixteenth 16th</p><p>17º - seventeenth 17th</p><p>18º - eighteenth 18th</p><p>19º - nineteenth 19th</p><p>20º - twentieth 20th</p><p>21º - twenty-first 21st</p><p>22º - twenty-second 22nd</p><p>23º - twenty-third 23rd</p><p>24º - twenty-fourth 24th</p><p>25º - twenty-fifth 25th</p><p>26º - twenty-sixth 26th</p><p>27º - twenty-seventh 27th</p><p>28º - twenty-eighth 28th</p><p>29º - twenty-ninth 29th</p><p>30º - thirtieth 30th</p><p>INTERROGATIVES (INTERROGATIVOS)</p><p>Usamos algumas palavras para fazermos perguntas em Inglês:</p><p>Question Words Example</p><p>WHAT = o quê...?, qual...?, quais...?</p><p>- What is his occupation? (Qual é sua</p><p>ocupação?)</p><p>- He is a teacher. (Ele é um professor)</p><p>WHERE = onde…?, de onde…?</p><p>- Where is Luisa from? (De onde é Luisa?)</p><p>- Luisa is from São Paulo. (Luisa é de São</p><p>Paulo)</p><p>HOW = como...? - How are they? (Como eles estão?)</p><p>DATAS: as duas letras que</p><p>acompanham o número são as duas</p><p>últimas letras do número quando</p><p>escrito por extenso.</p><p>• Utilizamos os números ordinais para</p><p>escrevermos o dia em Inglês. Ex.: dia</p><p>03 = 3rd.</p><p>• Utilizamos os números cardinais</p><p>para escrevermos o ano, dividindo as</p><p>dezenas. Ex.: 1996 = nineteen nine-</p><p>six.</p><p>• Na data, colocamos primeiro o mês,</p><p>depois o dia e por último o ano.</p><p>Ex.: - 28 de fevereiro de 1996 =</p><p>February 28th, 1996.</p><p>- 01 de julho de 1996 = July 1st, 1996.</p><p>MONTHS OF THE YEAR</p><p>(MESES DO ANO)</p><p>Inglês Português</p><p>January Janeiro</p><p>February Fevereiro</p><p>March Março</p><p>April Abril</p><p>May Maio</p><p>June Junho</p><p>July Julho</p><p>August Agosto</p><p>September Setembro</p><p>October Outubro</p><p>November Novembro</p><p>December Dezembro</p><p>OBS: os meses em Inglês iniciam-se</p><p>com letra maiúscula.</p><p>Página | 44</p><p>Apostila Curso Preparatório para Ensino Médio</p><p>- They are fine. (Eles estão bem).</p><p>HOW OLD = quantos anos...?</p><p>- How old are you? (Quantos anos você</p><p>tem?).</p><p>- I am 20 years old. (Eu tenho 20 anos)</p><p>WHO? = quem...?</p><p>- Who are you? (Quem é você?)</p><p>- I am Peter. (Eu sou Peter).</p><p>WHEN = quando...?</p><p>- When is your birthday? (Quando é seu</p><p>aniversário)</p><p>- It’s today. (É hoje).</p><p>WHY = por quê...?</p><p>- Why are you happy? (Por que você está</p><p>feliz?)</p><p>- Because I study English. (Porque eu estudo</p><p>inglês.)</p><p>THE DAYS OF THE WEEK (OS DIAS DA SEMANA)</p><p>Sunday</p><p>Monday</p><p>Tuesday</p><p>Wednesday</p><p>Thrusday</p><p>Friday</p><p>Saturday</p><p>Domingo</p><p>Segunda-feira</p><p>Terça-feira</p><p>Quarta-feira</p><p>Quinta-feira</p><p>Sexta-feira</p><p>Sábado</p><p>OBS: Os dias da semana em inglês iniciam-se com letra maiúscula.</p><p>THERE TO BE (VERBO HAVER, EXISTIR) PRESENT TENSE</p><p>(PRESENTE)</p><p>AFFIRMATIVE FORM:</p><p>SINGULAR</p><p>Ex: There is a cat under the chair. (Há</p><p>um gato embaixo da cadeira).</p><p>PLURAL</p><p>Ex: There are cats under the chair. (Há</p><p>gatos embaixo da cadeira).</p><p>OBS: o artigo a (um) só é usado no</p><p>singular.</p><p>NEGATIVE FORM:</p><p>SINGULAR</p><p>Ex: There is not a cat under the chair.</p><p>PLURAL</p><p>Ex: There are not cats under the chair.</p><p>INTERROGATIVE FORM:</p><p>SINGULAR</p><p>Ex: Is there a cat under the chair.</p><p>PLURAL</p><p>Ex: Are there cats under the chair.</p><p>RESPOSTAS CURTAS:</p><p>SINGULAR</p><p>Yes, there is. / No, there isn`t.</p><p>PLURAL</p><p>Yes, there are. / No, there aren`t.</p><p>Página | 45</p><p>Apostila Curso Preparatório para Ensino Médio</p><p>PLURAL OF NOUNS (PLURAL DOS SUBSTRANTIVOS)</p><p>A) De maneira geral, faz-se o plural acrescentando – s à forma do singular.</p><p>Ex: table – tables / girl – girls.</p><p>B) Exceções:</p><p>1 – Acrescenta-se – es aos substantivos terminados em –s, -ch, -sh, -x, -z e –o.</p><p>Ex: bus – buses/ box = boxes/ church –churches / brush – brushes/ buzz – buzzes/</p><p>tomato – tomatoes.</p><p>2 – Nos substantivos terminados em –y precedidos de consoante, substitui-se o –y por</p><p>–i e acrescenta-se – es.</p><p>Ex: Lady – Ladies/ Sky – Skies.</p><p>OBS: os substantivos terminados em –y precedidos de vogal, seguem a regra geral,</p><p>ou seja, acrescenta-se –s.</p><p>Ex: Key, Keys/ Toy, Toys.</p><p>3 – Os substantivos terminados em –f ou –Fe mudam essas terminações para –v e</p><p>recebem –es.</p><p>Ex: Knife/knives / leaf – leaves / life – lives / thief – thieves / wife – wives.</p><p>4 – Palavras estrangeiras abreviadas terminadas em –o recebem –s.</p><p>Ex.: Casino – casinos / photo – fotos/ piano – pianos.</p><p>C) Plural irregular:</p><p>Man-men/ foot –feet / woman – women / tooth – teeth / mouse – mice / child –</p><p>children.</p><p>POSSESSIVE ADJECTIVES (ADJETIVOS POSSESSIVOS)</p><p>Vêm antes dos substantivos a que se referem. Ex: Your name is Mary.</p><p>CORRESPONDÊNCIA DOS PRONOMES PESSOAIS E DOS ADJETIVOS POSSESSIVOS</p><p>PRONOMES PESSOAIS</p><p>ADJETIVOS</p><p>POSSESSIVOS</p><p>Portuguës</p><p>I My (meu)</p><p>You Your (seu, sua)</p><p>He His (dele)</p><p>She Her (dela)</p><p>It Its (dele/dela)</p><p>We Our (nosso (s)/nossa(s))</p><p>You Your (seus, suas)</p><p>They Their (deles, delas)</p><p>Página | 46</p><p>Apostila Curso Preparatório para Ensino Médio</p><p>Ex: I have my car. (Eu tenho meu carro). / Your teacher is young. (Seu professor é</p><p>jovem). / Her name’s Jane. (O nome dela é Jane).</p><p>PRESENTE CONTINUOUS TENSE (PRESENTE CONTÍNUO)</p><p>- Observe alguns verbos:</p><p>INFINITIVO</p><p>To speak</p><p>To listen</p><p>To sleep</p><p>To go</p><p>To do</p><p>To work</p><p>(falar)</p><p>(ouvir)</p><p>(dormir)</p><p>(ir)</p><p>(fazer)</p><p>(trabalhar)</p><p>PARTÍCIPIO PRESENTE</p><p>Speaking</p><p>Listening</p><p>Sleeping</p><p>Going</p><p>Doing</p><p>Working</p><p>(falando)</p><p>(ouvindo)</p><p>(dormindo)</p><p>(indo)</p><p>(fazendo)</p><p>(trabalhando)</p><p>- O “Present Continuous” é formado pelo presente do Verbo TO BE + o particípio</p><p>presente do verbo principal (verbo + -ing). Ex: The cat is sleeping is the Garden. (O gato está</p><p>dormindo no jardim).</p><p>- O “Present Continuous” é usado para expressar ações que estão acontecendo. É</p><p>geralmente empregado com advérbios de tempo: now (agora), att his moment (neste</p><p>momento), etc.</p><p>- O “Present Continuous” na forma negativa é formado pela forma negativa do verbo</p><p>“TO BE” + o particípio presente do verbo principal (verbo + ing). Ex: The Cat isn’t sleeping</p><p>in the Garden. (O gato não está dormindo no jardim).</p><p>- O “Present Continuous” na forma interrogativa é formado pela forma interrogativa do</p><p>verbo “TO BE” + o particípio do verbo principal (verbo + -ing). Ex: He is sleeping in the</p><p>Garden? (Ele está dormindo no jardim?)</p><p>- Respostas Curtas:</p><p>- Afirmativa: Yes, it is.</p><p>- Negativa: No, it isn’t.</p><p>Página | 47</p><p>Apostila Curso Preparatório para Ensino Médio</p><p>REVIEW</p><p>TEXT (Mary está visitando o Nordeste e escreveu um cartão postal para sua amiga Beth):</p><p>1 – Where is Mary writing from?</p><p>2 – Is it a beautiful day?</p><p>3 – Is Mary at the hotel or at the beach?</p><p>4 – Are there many beautiful beaches in Maceió?</p><p>5 – How are the people?</p><p>6 – When is Mary going to return?</p><p>She is writing from Maceió.</p><p>Yes, it is.</p><p>She is at the hotel.</p><p>Yes, there are.</p><p>The people are very nice.</p><p>She is going to return on October 21st</p><p>Vocabulary:</p><p>• To write: escrever;</p><p>• People: pessoas;</p><p>• Many: muitos;</p><p>• Verynice: Muito agradável;</p><p>• Until: até;</p><p>• Here: aqui;</p><p>• From: de;</p><p>• To stay: ficar.</p><p>• Beaches: praias;</p><p>• Beautiful: Bonito(s), Bonita(s);</p><p>• To return: retornar;</p><p>Dear Beth,</p><p>I am writing from Maceió, It’s a beautiful day.</p><p>It’s a 9 o’clock and I am at the hotel.</p><p>Here there are many beautiful beaches and</p><p>the people are very nice.</p><p>I am going to stay here until October 21st.</p><p>Love,</p><p>Mary.</p><p>Página | 48</p><p>Apostila Curso Preparatório para Ensino Médio</p><p>ARTES</p><p>A ARTE</p><p>A arte é uma forma de o ser humano expressar suas</p><p>emoções, sua história e sua cultura através de alguns valores</p><p>estéticos, como beleza, harmonia, equilíbrio. A arte pode ser</p><p>representada através de várias formas, em especial na música, na</p><p>escultura, na pintura, no cinema, na dança, entre outras. Após seu</p><p>surgimento, há milhares de anos, a arte foi evoluindo e ocupando</p><p>um importantíssimo espaço na sociedade, haja vista que algumas</p><p>representações da arte são indispensáveis para muitas pessoas nos</p><p>dias atuais, como, por exemplo, a música, que é capaz de nos deixar</p><p>felizes quando estamos tristes. Ela funciona como uma distração</p><p>para certos problemas, um modo de expressar o que sentimos aos</p><p>diversos grupos da sociedade.</p><p>Muitas pessoas dizem não ter interesse pela arte e por movimentos ligados a ela,</p><p>porém o que elas não imaginam é que a arte não se restringe a pinturas ou esculturas,</p><p>também pode ser representada por formas mais populares, como a música, o cinema e a</p><p>dança. Essas formas de arte são praticadas em todo o mundo, em diferentes culturas.</p><p>Atualmente a arte é dividida em clássica e moderna e qualquer pessoa pode se informar sobre</p><p>cada uma delas e apreciar a que melhor se encaixar com sua percepção de arte.</p><p>ARTES PLÁSTICAS</p><p>No início da década de 1830, um grupo de pintores, entre os quais Théodore</p><p>Rousseau, Charles- François Daubigny e Jean-François Millet, se estabeleceram no povoado</p><p>francês de Barbizon com a intenção de reproduzir as características da paisagem local. Cada</p><p>um com seu estilo enfatizaram em seus trabalhos o simples e ordinário, ao invés dos aspectos</p><p>grandiosos da natureza. Millet foi um dos primeiros artistas a pintar camponeses, dando-lhes</p><p>um destaque até então reservado a figuras de alto nível social. Outro importante artista francês</p><p>frequentemente associado ao realismo foi Honoré Daumier, ardente democrata que usou a</p><p>habilidade como caricaturista a favor de suas posições políticas.</p><p>O primeiro pintor a enunciar e praticar deliberadamente a estética realista foi Gustave</p><p>Courbet. Como a enorme tela "O estúdio" foi rejeitda pela Exposition Universelle de 1855, o</p><p>artista decidiu expor esse e outros trabalhos num pavilhão especialmente</p><p>montado e deu à mostra o nome de "Realismo, G. Courbet". Adversário</p><p>da arte idealista incitou outros artistas a fazer da vida comum e</p><p>contemporânea motivo de suas obras, no que considerava uma arte</p><p>verdadeiramente democrática. Courbet chocou o público e a crítica com a</p><p>rude franqueza de seus retratos de operários e camponeses em cenas da</p><p>vida diária. O realismo tornou-se uma corrente definida na arte do século</p><p>XX. A ela se integram as cenas quase jornalísticas do lado mais</p><p>desagradável da vida urbana produzidas pelo grupo americano conhecido</p><p>como Os Oito, e a expressão do cinismo e da desilusão do período após</p><p>CAPÍTULO</p><p>ÚNICO</p><p>Figura 20 - Gustave</p><p>Courbet</p><p>Figura 19 - Romero Britto é um</p><p>dos artistas contemporâneos</p><p>(Foto Ilustrativa)</p><p>Página | 49</p><p>Apostila Curso Preparatório para Ensino Médio</p><p>a Primeira Guerra Mundial na Alemanha, presente nas obras do movimento conhecido como</p><p>Neue Sachlichkeit (Nova Objetividade).</p><p>O realismo socialista, adotado como estética oficial na União Soviética a partir dos</p><p>primeiros anos da década de 1930, foi pouco fiel às características originais do movimento.</p><p>Embora se propusesse também a ser um espelho da vida, sua veracidade deveria estar de</p><p>acordo com a ideologia marxista e as necessidades da construção do socialismo. O maior</p><p>teórico do realismo socialista foi o húngaro György Lukács, para quem o realismo não se limita</p><p>à descrição do que existe, mas se estende à participação ativa do artista na representação</p><p>das novas formas da realidade. Essa doutrina foi implementada na União Soviética por Andrei</p><p>Jdanov. Em pintura, destacou-se entre os soviéticos Aleksandr Gherassimov. Os retratos de</p><p>intrépidos trabalhadores produzidos dentro da linha do realismo socialista, no entanto, deixam</p><p>transparecer um positivismo heroico, mas a ambição realista perde-se na idealização de uma</p><p>organização social perfeita. Grande número de artistas soviéticos, partidários de uma</p><p>sociedade de justiça social, mas cerceados em sua liberdade essencial de criar, abandonaram</p><p>o realismo socialista, deixaram a União Soviética e se integraram aos movimentos artísticos</p><p>do Ocidente.</p><p>ARTE NA HISTÓRIA</p><p>Ao longo do tempo, percebemos que a existência do homem não se limita à simples</p><p>obtenção dos meios que garantem a sua sobrevivência material. Visitando uma expressiva</p><p>gama de civilizações, percebemos que existem</p><p>importantes manifestações humanas que tentaram</p><p>falar de coisas que visivelmente extrapolam a</p><p>satisfação de necessidades imediatas. Em geral,</p><p>vemos por de trás desses eventos uma clara tentativa</p><p>de expressar um modo de se encarar a vida e o mundo.</p><p>Paulatinamente, essa miríade de expressões passou a</p><p>ser reconhecida como sendo “arte”. Para muitos, este</p><p>conceito abraça toda e qualquer manifestação que</p><p>pretenda ou permita nos revelar a forma do homem</p><p>encarar o mundo que o cerca. Contudo, o lugar</p><p>ocupado pela arte pode ser bastante difuso e nem sempre cumpre as mesmas funções para</p><p>diferentes culturas. Não por acaso, sabemos que, entre alguns povos, o campo da expressão</p><p>artística esteve atrelado a questões políticas ou religiosas.</p><p>Na opinião de alguns estudiosos desse assunto, o campo artístico nos revela os</p><p>valores, costumes, crenças e modos de agir de um povo. Ao detectar um conjunto de</p><p>evidências perceptíveis na obra, o intérprete da arte se esforça na tarefa de relacionar estes</p><p>vestígios com algum traço do período em que foi concebida. A partir dessa ação, a arte passa</p><p>a ser interpretada com um olhar histórico, que se empenha em decifrar aquilo que o artista</p><p>disse através da obra. Com isso, podemos concluir que a arte é um mero reflexo do tempo</p><p>em que o artista vive? Esse tipo de conclusão é possível, mas não podemos acabar vendo a</p><p>arte como uma manifestação presa aos valores de um tempo.</p><p>Em outras palavras, é complicado simplesmente acreditar que a arte do século XVI</p><p>tem somente a função de exprimir aquilo que a sociedade desse mesmo século pensava. Sem</p><p>dúvida, o estudo histórico do campo artístico é bem mais amplo e complexo do que essa mera</p><p>relação.</p><p>Figura 21 - A Noite Estrelada de Vincent Van</p><p>Gogh</p><p>Página | 50</p><p>Apostila Curso Preparatório para Ensino Médio</p><p>GRAFITE</p><p>A arte do grafite é uma forma de manifestação</p><p>artística em espaços públicos. A definição mais popular</p><p>diz que o grafite é um tipo de inscrição feita em paredes.</p><p>Existem relatos e vestígios dessa arte desde o Império</p><p>Romano. Seu aparecimento na Idade Contemporânea</p><p>se deu na década de 1970, em Nova Iorque, nos</p><p>Estados Unidos. Alguns jovens começaram a deixar</p><p>suas marcas nas paredes da cidade e, algum tempo</p><p>depois, essas marcas evoluíram com técnicas e</p><p>desenhos.</p><p>O grafite está ligado diretamente a vários movimentos, em especial ao Hip Hop. Para</p><p>esse movimento, o grafite é a forma de expressar toda a opressão que a humanidade vive</p><p>principalmente os menos favorecidos, ou seja, o grafite reflete a realidade</p><p>das ruas. O grafite</p><p>foi introduzido no Brasil no final da década de 1970, em São Paulo. Os brasileiros não se</p><p>contentaram com o grafite norte-americano, então começaram a incrementar a arte com um</p><p>toque brasileiro. O estilo do grafite brasileiro é reconhecido entre os melhores de todo o</p><p>mundo.</p><p>Muitas polêmicas giram em torno desse movimento artístico, pois de um lado o grafite</p><p>é desempenhado com qualidade artística, e do outro não passa de poluição visual e</p><p>vandalismo. A pichação ou vandalismo é caracterizado pelo ato de escrever em muros,</p><p>edifícios, monumentos e vias públicas. Os materiais utilizados pelos grafiteiros vão desde</p><p>tradicionais latas de spray até o látex.</p><p>Principais termos e gírias utilizadas nessa arte:</p><p>• Grafiteiro/writter: o artista que pinta.</p><p>• Bite: imitar o estilo de outro grafiteiro.</p><p>• Crew: é um conjunto de grafiteiros que se reúne para pintar ao mesmo tempo.</p><p>• Tag: é a assinatura de grafiteiro.</p><p>• Toy: é o grafiteiro iniciante.</p><p>• Spot: lugar onde é praticada a arte do grafitismo.</p><p>DANÇA</p><p>Desde 1982, no dia 29 de abril, comemora-se o dia internacional</p><p>da dança, instituído pela UNESCO em homenagem ao criador do balé</p><p>moderno, Jean-Georges Noverre. A Dança é a arte de mexer o corpo,</p><p>através de uma cadência de movimentos e ritmos, criando uma harmonia</p><p>própria. Não é somente através do som de uma música que se pode</p><p>dançar, pois os movimentos podem acontecer independentes do som que</p><p>se ouve, e até mesmo sem ele. A história da dança retrata que seu</p><p>surgimento se deu ainda na Pré- História, quando os homens batiam os</p><p>pés no chão. Aos poucos, foram dando mais intensidade aos sons,</p><p>Figura 22 - Grafite: arte contemporânea</p><p>Página | 51</p><p>Apostila Curso Preparatório para Ensino Médio</p><p>descobrindo que podiam fazer outros ritmos, conjugando os passos com as mãos, através</p><p>das palmas.</p><p>O surgimento das danças em grupo aconteceu através dos rituais religiosos, em que</p><p>as pessoas faziam agradecimentos ou pediam aos deuses o sol e a chuva. Os primeiros</p><p>registros dessas danças mostram que elas surgiram no Egito, há dois mil anos antes de Cristo.</p><p>Mais tarde, já perdendo o costume religioso, as danças apareceram na Grécia, em</p><p>virtude das comemorações aos jogos olímpicos. O Japão preservou o caráter religioso das</p><p>danças. Até hoje, elas são feitas nas cerimônias dos tempos primitivos. Em Roma, as danças</p><p>se voltaram para as formas sensuais, em homenagem ao Deus Baco (Deus do vinho), e</p><p>dançava-se em festas e bacanais. Nas cortes do período renascentista, as danças voltaram</p><p>a ter caráter teatral, que estava se perdendo no tempo, pois ninguém a praticava com esse</p><p>propósito. Praticamente daí foi que surgiram o sapateado e o balé, apresentados como</p><p>espetáculos teatrais, onde passos, música, vestuário, iluminação e cenário compõem sua</p><p>estrutura.</p><p>No século XVI surgiram os primeiros registros das danças, em que cada localidade</p><p>apresentava características próprias. No século XIX surgiram as danças feitas em pares,</p><p>como a valsa, a polca, o tango, dentre outras. Estas, a princípio, não foram aceitas pelos mais</p><p>conservadores, até que no século XX surgiu o rock’n’roll, que revolucionou o estilo musical e,</p><p>consequentemente, os ritmos das danças.</p><p>Assim como a mistura dos povos foram acontecendo, os aspectos culturais foram se</p><p>difundindo. O maracatu, o samba e a rumba são prova disso, pois através das danças vindas</p><p>dos negros, dos índios e dos europeus esses ritmos se originaram. Hoje em dia as danças</p><p>voltaram-se muito para o lado da sensualidade, sendo mais divulgadas e aceitas por todo o</p><p>mundo. Nos países do Oriente Médio a dança do ventre é muito difundida; e no Brasil, o funk</p><p>e o samba são populares. Além desses, o strip-tease tem tido grande repercussão,</p><p>principalmente se unido à dança inglesa, pole dance, também conhecida como a dança do</p><p>cano.</p><p>TEATRO</p><p>A origem do teatro refere-se às</p><p>primeiras sociedades primitivas que</p><p>acreditavam nas danças imitativas como</p><p>favoráveis aos poderes sobrenaturais para o</p><p>controle dos fatos indispensáveis para a</p><p>sobrevivência. Em seu desenvolvimento, o</p><p>teatro passa a representar lendas referentes</p><p>aos deuses e heróis. O teatro apareceu na</p><p>Grécia Antiga, no séc. IV a.C., em decorrência</p><p>dos festivais anuais em consagração a Dionísio,</p><p>o deus do vinho e da alegria. A palavra teatro</p><p>significa uma determinada arte, bem como o</p><p>local físico em que tal arte se apresenta. A</p><p>implantação do teatro no Brasil ocorreu em razão do empenho dos jesuítas em catequizar os</p><p>índios.</p><p>Figura 23 – Teatro (Fonte: internet)</p><p>Página | 52</p><p>Apostila Curso Preparatório para Ensino Médio</p><p>AS CORES</p><p>A ciência que estuda a medida das cores é chamada de calorimetria. A calorimetria</p><p>desenvolve métodos de quantificação da cor e estuda o tom, a saturação e a intensidade da</p><p>cor.</p><p>O tom da cor é que faz com que ela seja identificada como azul, verde, amarela etc. A</p><p>saturação da cor mostra se a cor é natural ou pigmentada artificialmente. A intensidade</p><p>caracteriza a força da cor.</p><p>As cores são divididas em primárias, secundárias, terciárias e neutras.</p><p>Cores Primárias</p><p>As cores primárias são: vermelho amarelo e azul. São consideradas as primeiras</p><p>cores. O vermelho é uma cor quente que mostra vitalidade energia e coragem. O amarelo é</p><p>uma cor suave e alegre que simboliza o otimismo. O azul é a cor que dá concentração e</p><p>melhora a mente.</p><p>Cores secundárias</p><p>As cores secundárias são formadas pela mistura de duas cores primárias. As cores</p><p>secundárias são: verde, roxo e laranja.</p><p>O azul misturado com o amarelo origina o verde. O azul misturado com o vermelho</p><p>origina o roxo, e o vermelho misturado com o amarelo origina a laranja.</p><p>Cores terciárias</p><p>As cores terciárias resultam da mistura de uma cor primária com uma ou duas cores</p><p>secundárias. São todas as outras cores, como o marrom, que é a mistura de amarelo ou</p><p>vermelho com preto.</p><p>Cores neutras</p><p>As cores neutras são usadas para complementar uma cor desejada, sendo que as</p><p>cores neutras têm pouco reflexo. Entre as cores neutras podemos citar o branco, a cinza e o</p><p>marrom. O branco é luz isenta de cor, o preto é a ausência de cor e os tons cinza são a mistura</p><p>do branco com o preto.</p><p>A ESTRUTURA DAS CORES.</p><p>A estrutura da cor é dividida em estrutura física e psicológica. A estrutura física se</p><p>subdivide em matiz, que é a que difere uma cor da outra; luminosidade, que é o componente</p><p>que provoca alteração nas cores entre claro e escuro; saturação, que produzem várias</p><p>nuances de acordo com a pureza e intensidade da cor. A estrutura psicológica relata a</p><p>sensação inconsciente que a cor traz para o homem. A temperatura traz a sensação de que</p><p>determinada cor é quente, fria ou morna. O contraste sucessivo traz a sensação de</p><p>modificação das cores quando vistas em conjunto. Dimensão traz a sensação que a cor</p><p>aproxima, distancia. Peso e tamanho traz a sensação que as cores escuras são menores e</p><p>mais pesadas que as cores leves. No sabor, as cores quentes estimulam o apetite.</p><p>Em pesquisa realizada com 236 pessoas da Ásia, África e Europa, foi constatado que</p><p>as mulheres percebem mais as cores do que os homens. Os pigmentos responsáveis pela</p><p>absorção das cores, chamados opsinas, estão presente no cromossomo X. A mulher possui</p><p>Página | 53</p><p>Apostila Curso Preparatório para Ensino Médio</p><p>dois X enquanto o homem possui um só, e isso faz com que a mulher tenha duas cópias de</p><p>opinas.</p><p>QUÍMICA</p><p>MATÉRIA</p><p>• Tudo aquilo que ocupa lugar no espaço recebe o nome de MATÉRIA.</p><p>• Uma porção limitada da matéria constitui um CORPO.</p><p>• Todo corpo que se presta à determinada finalidade constitui um OBJETO.</p><p>Exemplo:</p><p>MATÉRIA CORPO OBJETO</p><p>FLORESTA MADEIRA BANCO</p><p>1</p><p>C</p><p>A</p><p>P</p><p>ÍT</p><p>U</p><p>LO</p><p>Página</p><p>| 54</p><p>Apostila Curso Preparatório para Ensino Médio</p><p>PROPRIEDADES DA MATÉRIA</p><p>As propriedades da matéria são:</p><p>• INÉRCIA: é a propriedade pela qual a matéria conserva seu estado de repouso ou não</p><p>altera seu estado de movimento, a menos que uma força aja sobre ela.</p><p>• PESO: o peso de um corpo é a força de atração que a Terra exerce sobre ele.</p><p>• IMPENETRABILIDADE: é a propriedade que duas porções de matéria têm de não</p><p>poderem ocupar, ao mesmo tempo, o mesmo lugar no espaço.</p><p>ESTADOS FÍSICOS DA MATÉRIA</p><p>A matéria se apresenta em três estados físicos:</p><p>• ESTADO SÓLIDO: tem forma própria e volume definido;</p><p>• ESTADO LÍQUIDO: não tem forma própria e seu volume é definido;</p><p>• ESTADO GASOSO: não tem forma própria e não tem volume definido.</p><p>MUDANÇA DE ESTADO</p><p>A matéria pode mudar de um estado para outro.</p><p>MUDANÇAS DE FASE</p><p>Uma substância pode passar de uma fase para outra através do recebimento ou</p><p>fornecimento de calor. Essas mudanças de fase são chamadas de:</p><p>a) Fusão: é a passagem de uma substância da fase sólida para a fase líquida;</p><p>b) Solidificação: é a passagem de uma substância da fase líquida para fase sólida;</p><p>c) Vaporização: é a passagem da fase líquida para fase gasosa;</p><p>d) Condensação ou liquefação: é a passagem da fase gasosa para líquida;</p><p>e) Sublimação: é a passagem direta da fase sólida para a fase gasosa ou da fase</p><p>gasosa para a fase sólida.</p><p>Página | 55</p><p>Apostila Curso Preparatório para Ensino Médio</p><p>TRANSFORMAÇÃO DA MATÉRIA</p><p>Qualquer transformação da matéria é considerada um fenômeno que pode ser</p><p>classificado em:</p><p>• FENÔMENO FÍSICO: não altera a natureza da matéria, isto é, a sua composição;</p><p>• FENÔMENO QUÍMICO: altera a natureza da matéria, ou seja, a sua composição.</p><p>Exemplo: a queima de um papel, a queima de fogos de artifício.</p><p>ESTUDO DA MATÉRIA</p><p>Todo o universo material é constituído de pequenas partículas denominadas</p><p>ÁTOMOS. Um conjunto de átomos com as mesmas propriedades químicas constitui um</p><p>ELEMENTO QUÍMICO.</p><p>SUBSTÂNCIAS</p><p>• SUBSTÂNCIAS SIMPLES: formadas por um único elemento químico, ou seja, por um</p><p>único tipo de átomo.</p><p>Exemplo: H2; CI2; O2; F2, etc.</p><p>• SUBSTÂNCIAS COMPOSTAS: apresentam em sua composição mais de um</p><p>elemento.</p><p>Exemplo: H2; H2SO4HCI, etc.</p><p>PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DO ÁTOMO</p><p>• NÚMERO ATÔMICO (Z): é o número que indica a quantidade de prótons existentes</p><p>no núcleo de um átomo.</p><p>Exemplo: 20Ca Z = 20 e p = 20 Z = número de prótons Z = p</p><p>• NÚMERO DE MASSA (A): é a soma do número de prótons com o número de nêutrons</p><p>presentes no núcleo de um átomo.</p><p>Exemplo: 20Can = 20 A = Z + n A = p + n ou A = Z +n</p><p>40 = 20 + 20</p><p>ELEMENTO QUÍMICO: é o conjunto de átomos e íons que apresentam mesmo</p><p>número atômico. Uma forma esquemática dessa representação é dada por:</p><p>AX ou X²__________ número de massa</p><p>Z z___________ número atômico</p><p>Página | 56</p><p>Apostila Curso Preparatório para Ensino Médio</p><p>SEMELHANÇA ATÔMICA</p><p>• ISÓTOPOS: são átomos que apresentam o mesmo número atômico (Z), mas</p><p>apresentam diferentes número de massa (A).</p><p>Exemplos:20 Ne 21Ne 22Ne</p><p>10 10 10</p><p>• ISÓBAROS: são átomos que apresentam diferentes números atômicos (Z), mas que</p><p>possuem o mesmo número de massa (A).</p><p>Exemplo: 40Ca 40Ar</p><p>20 18</p><p>• ISÓTONOS: são átomos que apresentam o mesmo número de nêutrons (n) com</p><p>diferentes números atômicos (Z) e de massa (A).</p><p>Exemplos: 26MG {n = 14 28Si {n = 14</p><p>12 14</p><p>DISTRIBUIÇÃO ELETRÔNICA</p><p>Os elétrons estão representados em camadas ao redor do núcleo:</p><p>K = 2, L = 8, M = 18, N = 32, O = 32, P = 18, Q = 2.</p><p>Exemplos:</p><p>-20Ca K = 2; L = 8; M = 8; N = 2</p><p>-35BR K = 2; L = 8; M = 18; N = 7</p><p>NÚMEROS QUÂNTICOS</p><p>• NÚMERO QUÂNTICO PRINCIPAL(n): indica o nível de energia do elétron.</p><p>Camadas K; L; M; N; O; P; Q;</p><p>Nível de energia 1 2 3 4 5 6 7</p><p>• NÚMERO QUÂNTICO SECUNDÁRIO (l): indica que cada nível de energia é</p><p>constituído por um ou mais subníveis, designados pelas letras minúsculas.</p><p>Subníveis → s; p; d; f;</p><p>Valores de ℓ → 0 1 2 3</p><p>Página | 57</p><p>Apostila Curso Preparatório para Ensino Médio</p><p>DIAGRAMA DE LINUS PAULING</p><p>Linus Pauling determinou, num diagrama, a ordem crescente de energia dos subníveis</p><p>para os elementos conhecidos.</p><p>Ordem crescente de energia:</p><p>1s², 2s², 2p6 ,3s², 3p6, 4s2, 3d10, 4p6, 5s², 4d10, 5p6, 6s², 4f14, 5d10, 6p6, 7s², 5f14,</p><p>6d10</p><p>Exemplos:</p><p>- 17 Cl → 1s², 2s², 2p6, 3s², 3p5</p><p>- 19 K → 1s², 2s², 2p6, 3s², 3p6, 4s¹</p><p>- 50Sn → 1s², 2s², 2p6, 3s², 3p6, 4s², 3d10, 4p6, 5s², 4d10, 5p²</p><p>TABELA PERIÓDICA</p><p>Na tabela periódica atual, os elementos químicos estão dispostos em ordem crescente</p><p>de número atômico, originando na horizontal os períodos e na vertical as famílias.</p><p>CLASSIFICAÇÃO DOS ELEMENTOS</p><p>• METAIS: são bons condutores de calor e corrente elétrica. Apresentam brilho</p><p>metálico.</p><p>Exemplo: Mg, Na, K, Ag, Au, etc.</p><p>• NÃO-METAIS: nas condições ambientais apresentam-se nos seguintes estados</p><p>físicos:</p><p>o sólido → C, P, S, Se, I, At.</p><p>o líquido → Br.</p><p>o gasoso → N; O; F; Cl.</p><p>• SEMI-METAIS: apresentam propriedades intermediárias entre metais e não metais.</p><p>Exemplo: B, Si, Ge, As, Sb, Te e Po.</p><p>• GASES NOBRES: nas condições ambientes apresentam-se no estado gasoso.</p><p>Exemplo: He, Ne, Ar, Kr, Xe e Rn.</p><p>• HIDROGÊNIO: é um gás.</p><p>Página | 58</p><p>Apostila Curso Preparatório para Ensino Médio</p><p>Página | 59</p><p>Apostila Curso Preparatório para Ensino Médio</p><p>PROPRIEDADES PERIÓDICAS</p><p>• ELETRONEGATIVIDADE: é a força de atração exercida sobre os elétrons de uma</p><p>ligação.</p><p>• ELETROPOSITIVIDADE: é a capacidade de um átomo perder elétrons, originando</p><p>cátions.</p><p>LIGAÇÕES QUÍMICAS</p><p>• LIGAÇÕES IÔNICAS: a ligação iônica é a única em que ocorre a transferência</p><p>definitiva de elétrons.</p><p>• TEORIA DO OCTETO: a maioria dos átomos adquire estabilidade eletrônica quando</p><p>apresenta oito elétrons na sua camada mais externa.</p><p>• VALÊNCIA: é um número puro e indica quantas ligações um átomo pode fazer.</p><p>• ÍON: é a espécie química que apresenta o número de prótons diferente do número de</p><p>elétrons.</p><p>o íons positivos: cátions</p><p>o íons negativos: ânions</p><p>Exemplos:</p><p>- Ligação entre o sódio (Na) e o cloro (Cl)</p><p>11 Na -> 1s²; 2s² ; 2p6; 3s¹</p><p>1s² 2s² 2p6 3s¹</p><p>- Ligação entre o cálcio (Ca) e enxofre (S)</p><p>20Ca -> K = 2, L = 8, M = 8, N = 2</p><p>16S -> K = 2, L = 8, M = 6.</p><p>Ca: perde 2e-[Ca]²+</p><p>Se ganha 2e-[S]² = Ca2+S²- -> Ca2 S2 ->CaS</p><p>Página | 60</p><p>Apostila Curso Preparatório para Ensino Médio</p><p>LIGAÇÕES COVALENTES OU MOLECULARES</p><p>Ocorre entre átomos com tendência de receber elétrons. No entanto, como não é</p><p>possível que todos recebam elétrons, os átomos envolvidos na ligação apenas compartilham</p><p>um ou mais pares de elétrons de camada de valência, sem “perdê-los” ou “ganhá-los”</p><p>definitivamente.</p><p>NÚMERO DE OXIDAÇÃO (Nox)</p><p>O Nox de cada átomo em uma substância simples é sempre igual a zero.</p><p>Exemplo:</p><p>H2Cl2</p><p>Zero zero</p><p>Existem elementos que apresentam Nox fixo em seus compostos.</p><p>- Família 1A ->Nox +1</p><p>Na ; K ; Li</p><p>+1+1 +1</p><p>- Família 2A ->Nox +2</p><p>Mg ; Ca; Sr</p><p>Página | 61</p><p>Apostila Curso Preparatório para Ensino Médio</p><p>+2 +2 +2</p><p>- O flúor (f) por ser mais eletronegativo será sempre igual a -1.</p><p>- O oxigênio (O), na maioria dos seus compostos, é igual a -2.</p><p>- A soma do Nox de todos os átomos constituintes de um composto iônico ou molecular</p><p>é sempre igual a zero.</p><p>Exemplos:</p><p>HCI NaCl CaO</p><p>+1-1+1-1 +2-2</p><p>H3PO4</p><p>+1 x -2</p><p>+3 x – 8 = 0</p><p>Al2 (SO4)3</p><p>+3 x -2</p><p>+6 3x -24 = 0</p><p>FÍSICA</p><p>CINEMÁTICA</p><p>CINEMÁTICA é a parte da Física que estuda os movimentos dos corpos, não se</p><p>preocupando com a causa dos mesmos.</p><p>1- MOVIMENTO E REPOUSO: um corpo está em movimento quando a distância entre</p><p>este corpo e o referencial</p><p>varia com o tempo. Quando a distância entre o corpo e o referencial</p><p>não variar no decorrer do tempo, dizemos que o corpo está em repouso.</p><p>2- TRAJETÓRIA: é uma linha</p><p>determinada pelas diversas posições</p><p>que um corpo ocupa no decorrer do</p><p>tempo.</p><p>3- ESPAÇO: é a distância</p><p>entre dois pontos. A distância</p><p>normalmente é medida em: metro</p><p>(m), quilômetros (km) e centímetro</p><p>(cm).</p><p>4- TEMPO: é o intervalo existente entre dois ou mais acontecimentos e pode ser</p><p>determinado pelas seguintes unidades: segundo (seg), minuto (min) e hora (h).</p><p>Obs.: 1 minuto = 60 segundos;</p><p>1 hora = 60 minutos;</p><p>1 hora = 3.600 segundos.</p><p>5 – VELOCIDADE: é a relação existente entre o espaço percorrido por um móvel e o</p><p>tempo gasto em percorrê-lo. As unidades mais usadas em velocidade são: metros por</p><p>segundo (m/s) quilômetros por hora (km/h).</p><p>1</p><p>C</p><p>A</p><p>P</p><p>ÍT</p><p>U</p><p>LO</p><p>Página | 62</p><p>Apostila Curso Preparatório para Ensino Médio</p><p>MOVIMENTO UNIFORME (M.U)</p><p>Um corpo realiza um M.U. Quando percorre distâncias iguais em intervalos de tempos</p><p>iguais, isto é, a velocidade constante é diferente de zero.</p><p>Função horária S = So + vt.</p><p>S = Espaço | So = Espaço inicial | V = Velocidade | T = Tempo</p><p>Exemplo:</p><p>Dada a função horária S= 20 +5t,</p><p>determine:</p><p>a) O espaço inicial</p><p>b) A velocidade</p><p>c) O espaço no instante t = 2 seg.</p><p>Resolução:</p><p>a) S = S0 + vt</p><p>S =20 + 5t</p><p>S = 20 m</p><p>b) V = 5 m/s.</p><p>c) S = 20 +5t</p><p>S = 20 +5.(2)</p><p>S = 20 + 10</p><p>S = 30 m</p><p>Página | 63</p><p>Apostila Curso Preparatório para Ensino Médio</p><p>DINÂMICA</p><p>1 – DEFINIÇÕES GERAIS</p><p>A Dinâmica tem por objetivo a resolução de dois problemas básicos.</p><p>- Conhecendo-se o movimento de um corpo, caracterizar as forças que agem sobre</p><p>ele.</p><p>- Conhecendo-se as forças que agem sobre um corpo, caracterizar o seu movimento.</p><p>2 – FORÇAS RESULTANTES</p><p>É a força que, se substituísse todas as outras que agem sobre um corpo, produziria</p><p>nele o mesmo efeito que todas as forças aplicadas.</p><p>- Duas forças concorrentes e perpendiculares entre si.</p><p>3 – PRINCÍPIOS DA DINÂMICA (LEIS DE NEWTON)</p><p>a) PRINCÍPIO DA INÉRCIA OU PRIMEIRA LEI DE NEWTON</p><p>Um ponto material isolado está em repouso ou em movimento retilíneo uniforme.</p><p>b) Fr</p><p>--------------------------------------- m EM MÓDULO: FR = m.a</p><p>A unidade de força no SI (Sistema Internacional) é o NEWTON, que se indica por N.</p><p>C) PRINCÍPIO DA AÇÃO E REAÇÃO (TERCEIRA LEI DE NEWTON):</p><p>Sempre que um corpo A exerce uma força sobre o corpo B, este reage exercendo em</p><p>A uma outra força, de mesma intensidade e direção, mas de sentido contrário.</p><p>Exemplo:</p><p>F AB é a força que A aplica em B ----------------------------------</p><p>FBA F AB</p><p>F BA é a força que B aplica em A</p><p>CÁLCULO DA FORÇA RESULTANTE:</p><p>Exemplo:</p><p>Dadas as forças F1 = 4N e F2 = 3N, determine a resultante nos seguintes casos:</p><p>Página | 64</p><p>Apostila Curso Preparatório para Ensino Médio</p><p>A) F1 e F2 têm a mesma direção e sentido.</p><p>B) F1 e F2 têm mesma direção e sentido contrário:</p><p>C) F1 e F2 são perpendiculares.</p><p>ESTÁTICA</p><p>1- FORÇA RESULTANTE</p><p>É a força única que produz o mesmo efeito causado por várias forças agindo sobre um</p><p>mesmo corpo.</p><p>R = força resultante encontrada pela soma vetorial.</p><p>R = F1 +F2 + ........ + Fn</p><p>Se houver duas forças concorrentes, teremos:</p><p>Fr = F1 + F2 + 2 F1.F2. cos α</p><p>Ou Fr = F1 + F2</p><p>2 – COMPONENTES RETANGULARES DE UMA FORÇA</p><p>Fx = F cos α</p><p>Fy = F sen α</p><p>3 – EQUILÍBRIO</p><p>Um corpo pode estar em equilíbrio das seguintes maneiras:</p><p>a) Equilíbrio estático: quando V= 0</p><p>O corpo está em repouso em relação a certo referencial, isto é, a velocidade é nula</p><p>para qualquer ponto do corpo.</p><p>b) Equilíbrio dinâmico: quando V é diferente de O, ou seja, V = constante.</p><p>Página | 65</p><p>Apostila Curso Preparatório para Ensino Médio</p><p>O corpo está em movimento retilíneo uniforme de referencial escolhido, isto é, a</p><p>velocidade é constante para qualquer ponto.</p><p>4 – MOMENTOS DE UMA FORÇA</p><p>Momento de uma força F, em relação a um ponto O fixo, é o produto da intensidade</p><p>da força F pela distância do ponto à reta suporte da força.</p><p>- Rotação no sentido anti-horário = momento positivo.</p><p>- Rotação no sentido horário = momento negativo.</p><p>MATEMÁTICA</p><p>I – CONJUNTOS</p><p>a) Definição: chamamos de conjunto toda a reunião de elementos. Podemos</p><p>representá-lo por:</p><p>- Sua propriedade característica.</p><p>Ex.: A = {x/x é o conjunto das vogais}</p><p>- Enumerando seus elementos entre chaves:</p><p>Ex.: A = {a, e, i, o, u}</p><p>- Por diagrama de Venn:</p><p>a u e</p><p>o</p><p>i</p><p>b) Tipos de conjuntos:</p><p>- Universo: quando possui mais de um elemento.</p><p>Ex.: A = {x/x é o conjunto dos números naturais}</p><p>- Unitário: quando possui apenas um elemento.</p><p>Ex.: A = {x/x é p conjunto dos dias da semana começados pela letra d}</p><p>- Vazia: quando não possui nenhum elemento.</p><p>Ex.: {x/x é o conjunto dos dias da semana começados pela letra x}</p><p>1</p><p>C</p><p>A</p><p>P</p><p>ÍT</p><p>U</p><p>LO</p><p>Página | 66</p><p>Apostila Curso Preparatório para Ensino Médio</p><p>c) Operações com conjuntos:</p><p>- União: A U B = {x/x ∈ A ou x ∈ B}</p><p>- Intersecção: A ∩ B = {x/x ∈ A ou x ∈ B}</p><p>- Diferença: A – B = {x/x ∈ A e x ∉ B}</p><p>d) Conjuntos numéricos:</p><p>- N = conjunto dos números naturais (são todos os números inteiros e positivos).</p><p>- Z = conjunto dos números inteiros (são todos os números inteiros + e -).</p><p>- Q = conjunto dos números inteiros racionais (são todos os números na forma de</p><p>fração A onde B≠0).</p><p>B</p><p>- I = conjunto dos números irracionais (são números cuja representação decimal não</p><p>é exata, nem periódica).</p><p>- R = conjunto dos números reais (Q + I).</p><p>Exercício resolvido:</p><p>1- Dado o conjunto A = {x/x é o conjunto dos números naturais entre 0 e 6} e B = {x/x</p><p>é o conjunto dos números naturais entre 1 e 8}, determine:</p><p>a) Represente os números acima enumerando seus elementos entre chaves.</p><p>b) Identifique o tipo de conjunto representado.</p><p>c) Encontre AUB, A∩B e A – B</p><p>d) Dentre os conjuntos numéricos estudados, a qual grupo pertence?</p><p>Resolução:</p><p>a) A = {1, 2, 3, 4, 5}</p><p>B = {2, 3, 4, 5, 6, 7}</p><p>b) A e B => são do tipo de universo.</p><p>c) A U B = {1, 2, 3, 4, 5} U {2, 3, 4, 5, 6, 7} = {1, 2, 3, 4, 5, 6, 7}</p><p>d) Naturais.</p><p>II – FUNÇÃO</p><p>a) Definição: sendo A e B dois conjuntos não vazios e uma relação ƒ de A em B, essa</p><p>relação ƒ é uma função de A em B quando a cada elemento x do conjunto A está associado</p><p>um e um só elemento y do conjunto B.</p><p>ƒ: A → B</p><p>Ex.: y = x + 5 => f(x) = x + 5</p><p>Página | 67</p><p>Apostila Curso Preparatório para Ensino Médio</p><p>b) Conjunto domínio (D): é o conjunto de partida de uma função.</p><p>c) Conjunto imagem (Im): é o conjunto de chegada de uma função.</p><p>Exercício Resolvido:</p><p>a) Dado A = {0, 1, 2} e B = {0, 1, 2, 3, 4, 5} definir a função ƒ: A →B onde y = x + 1 e</p><p>determine domínio e Im.</p><p>Resolução:</p><p>b) Estudo das funções:</p><p>FUNÇÃO DO 1º GRAU</p><p>1 – Função linear: é uma função de 1º grau do tipo y =a x + b, seu gráfico será sempre</p><p>uma reta.</p><p>2 – Função afim: é uma função incompleta de 1º grau do tipo y = a x, seu gráfico será</p><p>também uma reta.</p><p>Ex.: y =2x</p><p>Página | 68</p><p>Apostila Curso Preparatório para Ensino Médio</p><p>3 – Função identidade: é uma função de 1º grau do tipo x = y, seu gráfico será uma</p><p>reta que corta o ponto origem (0,0).</p><p>Ex.: x = y</p><p>4 – Função constante: é toda função do tipo y = b e seu gráfico será sempre uma</p><p>reta paralela ao eixo x.</p><p>Ex.: y = 2</p><p>III- EQUAÇÃO ESPONENCIAL E LOGARÍTMICA</p><p>a) Exponencial: é toda equação do tipo y = ax</p><p>Exemplos práticos:</p><p>1) 4x= 32 22x= 25 2x= 5 x = 5</p><p>2</p><p>y</p><p>Página | 69</p><p>Apostila Curso Preparatório para Ensino Médio</p><p>2) 2x= 1 2x= 2-4 x = - 4</p><p>16</p><p>3) 2x = 3√4 2x = 4¹/³ 2x = (2²)1/3</p><p>2x=2²/³ x = 2</p><p>3</p><p>b) Logaritmo: é toda equação do tipo loga b = x</p><p>Propriedade dos logaritmos:</p><p>logb (a.c) = logba + logbc</p><p>logba = logba - logbc</p><p>c</p><p>logban = n. logba</p><p>Apresenta verão quente e úmido e</p><p>inverno quente e seco.</p><p>3. Tropical de altitude – nas áreas mais</p><p>elevadas do Sudeste.</p><p>4. Semiárido no interior do Nordeste.</p><p>5. Subtropical no Sul do país. Santa Catarina (um estado do Sul) possui este tipo de</p><p>clima.</p><p>HIDROGRAFIA NO BRASIL:</p><p>Hidrografia: estudo das águas continentais (rios e lagos). Dá-se o nome de Bacia</p><p>Hidrográfica ao conjunto de terras banhadas por um rio principal, seus afluentes e</p><p>subafluentes. O Brasil, neste caso particular, é um país privilegiado. Nossas principais Bacias</p><p>Hidrográficas são:</p><p>1 - Bacia Amazônica: Extensão: 7.500.000 km² dos quais aproximadamente</p><p>4.000.000 km2 estão situados em território brasileiro, e o restante distribuído por oito países</p><p>sul-americanos: Guiana Francesa, Suriname, Guiana, Venezuela, Colômbia, Peru, Equador,</p><p>Bolívia. A Bacia Amazônica possui cerca de 23 mil km de rios navegáveis; Tem como principal</p><p>rio o Amazonas. Afluentes mais importantes Negros, Tapajós, Xingu, Japurá e outros.</p><p>2 – Bacia Platina, subdivida em:</p><p>a) Bacia do Paraná, região sul do Brasil. Tem como principal rio o Paraná que é o</p><p>maior rio brasileiro em potencial hidroelétrico. Nasce na fusão dos rios Grandes e Paranaíba</p><p>e deságua no Rio da Prata. Divide o Brasil, o Paraguai e a Argentina. Na Bacia Platina estão</p><p>as hidroelétricas de Furnas, Três Irmãos, Barra Bonita, Ilha Solteira e a principal que é a de</p><p>Itaipu.</p><p>b) Bacia do Uruguai: Rio principal: Uruguai que nasce da fusão dos rios Canoas e</p><p>Pelotas.</p><p>c) Bacia do Paraguai: Rio Principal: Paraguai que nasce na Serra do Araporé (MT).</p><p>Atravessa o Pantanal e é altamente utilizado para a navegação.</p><p>3 – Bacia do São Francisco: Fica no Planalto do Brasil. Tem como principal rio, o</p><p>São Francisco que embora apresentando muitas cachoeiras, é também um rio navegável. É</p><p>a mais importante bacia hidrográfica do Brasil inteiramente brasileira, tanto que o Rio São</p><p>Página | 7</p><p>Apostila Curso Preparatório para Ensino Médio</p><p>Francisco é conhecido como o Rio da Unidade</p><p>Nacional. O São Francisco nasce na Serra da</p><p>Canastra, em Minas Gerais e deságua no Oceano</p><p>Atlântico (2.000 km navegáveis). Nesta bacia estão</p><p>as hidroelétricas de Três Maria (MG), Sobradinho e</p><p>Paulo Afonso (BA). No passado foi o principal elo</p><p>entre o Nordeste e o Sul do país.</p><p>4 – Bacia Tocantins – Araguaia: É a maior</p><p>bacia totalmente brasileira. Tem como principal rio, o</p><p>Tocantins com 2.450 km de extensão. Seu principal</p><p>afluente é o Araguaia. Nesta bacia está a</p><p>hidroelétrica de Tucuruí (Pará).</p><p>BRASIL – UM PAÍS PRODUTIVO</p><p>Economia: é o conjunto de atividades que visa produzir e comercializar bens e</p><p>serviços. O Brasil possui uma economia bastante diversificada nos diversos setores:</p><p>A) Setor Primário:</p><p>• AGRICULTURA: um dos sustentáculos da economia bastante diversificada nos</p><p>diversos setores. No passado foi baseado em poucos produtos (café e cana-de-açúcar</p><p>principalmente). Tornou-se bastante variada com o cultivo da soja, do trigo, do fumo,</p><p>do algodão, da uva, etc. Seu papel: Abastece o país, cria excedente para as</p><p>exportações e ainda energia através do cultivo da cana-de-açúcar. Predomínio de</p><p>latifúndios (propriedade rural com mais de 600 ha) sobre os minifúndios.</p><p>Principais produtos:</p><p>a) Cana-de-açúcar: Introduzida no Brasil durante o século XVI por Martim Afonso e</p><p>Sousa donatário da Capitania de São Vicente. Na Europa o açúcar era produzido a partir da</p><p>beterraba. De qualidade inferior e de pouca produtividade propiciou o uso do açúcar produzido</p><p>com cana-de-açúcar. O produto tornou-se um importante fator econômico na Colônia</p><p>Brasileira e foi responsável pelo aumento populacional e ocupação de São Vicente, Bahia e</p><p>Nordeste do Brasil. Maiores produtores mundiais (SP, MG, PR, GO, MS, AL).</p><p>b) Café: Já foi nossa maior fonte de renda, sua produção cresceu durante o 2º Império</p><p>ocupando regiões do Rio de Janeiro, Baixada Fluminense, Vale do Paraíba, Minas Gerais e</p><p>Paraná. No Paraná, região de terra roxa, o café teve alta produtividade e por ponde passou</p><p>plantou cidades, vilas, fazendas, gerando lucro e fazendo fortunas. Atualmente, o estado de</p><p>Minas Gerais é o maior produtor de café do Brasil, com 54,3% da produção nacional. O café</p><p>motivou, além da ocupação territorial, o desenvolvimento das Estradas de Ferro do Brasil. Foi</p><p>o café a base econômica do crescimento de São Paulo. Maiores produtores: MG, ES, SP, BA,</p><p>RO e PR.</p><p>c) Laranja: O Brasil é o maior produtor de laranja do mundo. Recentemente</p><p>direcionado para a exportação (na forma de suco) sob o controle de multinacionais.</p><p>d) Soja: é o segundo produto em área cultivada no Brasil. Segundo maior produtor</p><p>mundial. Maiores produtores: MT, PR, RS e GO.</p><p>• PECUÁRIA: Desempenhou marcante papel no povoamento e expansão territorial do</p><p>Brasil, nos colocando entre os maiores criadores do mundo. A Soma total do nosso</p><p>Página | 8</p><p>Apostila Curso Preparatório para Ensino Médio</p><p>rebanho é de aproximadamente 214,9 milhões de cabeças (bovino – maior produtor</p><p>do mundo; suíno –quarto maior do mundo; e equino – sétimo maior do mundo).</p><p>Tipos de criação:</p><p>a) Intensiva: pequena propriedade, áreas limitadas, alto rendimento, em geral</p><p>utilizada com a criação leiteira.</p><p>b) Extensiva: grandes áreas, gados à solta, pastagens naturais, baixo rendimento,</p><p>destinado à criação de corte.</p><p>• EXTRATIVISMO: São divididos em dois tipos:</p><p>a) Vegetal: destacando-se o Babaçu (palmeira do Nordeste cujo fruto fornece óleo,</p><p>álcool e glicerina), o mogno (madeira nobre e de alto valor comercial, cortada livremente no</p><p>Pará, Mato Grosso e Rondônia), etc.</p><p>b) Mineral: destacamos o minério de ferro e o petróleo. Minério de ferro: principais</p><p>áreas: quadrilátero mineiro (Belo Horizonte, Santa Bárbara, Mariana e Congonhas) e Vale do</p><p>Rio doce. Nosso principal corredor de exportação é o Porto de Tubarão, em Vitória (ES).</p><p>Petróleo: encontrado nas bacias sedimentares, monopólio da Petrobrás. Principais áreas</p><p>produtoras no continente: BA, SE, RN, etc. e na plataforma continental RS, SE, AL, RN.</p><p>B) Setor Secundário:</p><p>Indústria: forte e diversificada, concentrada principalmente no Sudeste em função da</p><p>melhor rede de transportes e comunicações, maior concentração de mercado consumidor,</p><p>maior produção energética, maior capital e mão de obra de maior qualificação. Essa</p><p>concentração é maior em São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, na região Sudeste.</p><p>Existem poucas no Norte e Nordeste.</p><p>C) Setor Terciário:</p><p>Comércio: encontramos atividades modernas (bancos, empresas de seguros e</p><p>transportes, cadeias de supermercados, etc.) e atividades tradicionais (mercearias, bazares,</p><p>etc.).</p><p>HISTÓRIA</p><p>Portugal, país da Europa, foi que liderou o movimento das Grandes Navegações.</p><p>Queriam descobrir o caminho marítimo para a Índia. Para isto passou a explorar o Atlântico</p><p>Sul, chamado de Mar Tenebroso. Desvendou, conquistando o litoral ocidental da África.</p><p>Descobriu, através de Bartolomeu Dias,</p><p>o Cabo da Boa Esperança e chegou à</p><p>Índia em 1498 através da expedição de</p><p>Vasco da Gama. Tendo em vista a</p><p>concorrência espanhola, Portugal e</p><p>Espanha celebraram o Tratado de</p><p>Tordesilhas.</p><p>1</p><p>C</p><p>A</p><p>P</p><p>ÍT</p><p>U</p><p>LO</p><p>Página | 9</p><p>Apostila Curso Preparatório para Ensino Médio</p><p>Para conquistar a Índia, o soberano D. Manuel organizou a esquadra de Pedro Álvares</p><p>Cabral que, em 13 embarcações, viajou ao “largo”, isto é, afastou-se do litoral africano e</p><p>acabou por descobrir o Brasil. A viagem de Cabral foi muito importante para Portugal.</p><p>Significou a esperança de novas conquistas, novos negócios, além do domínio definitivo da</p><p>Índia. Por esta razão é que festivamente a esquadra iniciou viagem saindo do Rio Tejo no dia</p><p>10 de março de 1500, com Cabral vieram os melhores navegantes além de Pero Vaz de</p><p>Caminha que seria o governador português na Índia. Foi Pero Vaz</p><p>logb</p><p>n √a = logba 1/n =1 . logb a</p><p>n</p><p>Exemplos práticos: Observe que log. é transformado em uma potência.</p><p>1) log4 x = 2 x = 4² x = 16</p><p>2) log5 x² = 0 x² = 60 x² = 1 x² = ±√1 x = ± 1</p><p>RAIZ QUADRADA</p><p>Raiz quadrada, de certa forma, lembra um pouco a Potenciação. Na potenciação</p><p>temos, por exemplo: 2² = 4. Se fosse um exercício de raiz seria: √4 = 2. O símbolo √ é chamado</p><p>de radicando. Para saber como calcular raiz quadrada, o aluno deve conhecer a tabuada,</p><p>principalmente o resultado dos números multiplicados por eles mesmos. Veja a tabela abaixo:</p><p>2 . 2 = 4</p><p>3 . 3 = 9</p><p>4 . 4 = 16</p><p>5 . 5 = 25</p><p>6 . 6 = 36</p><p>7 . 7 = 49</p><p>8 . 8 = 64</p><p>9 . 9 = 81</p><p>10 . 10 = 100</p><p>Página | 70</p><p>Apostila Curso Preparatório para Ensino Médio</p><p>Com base na tabela anterior, se for perguntado qual a raiz quadrada de 49, qual seria</p><p>o resultado? A resposta certa seria 7 pois: 7x7 = 49. Com base nisso, podemos concluir que</p><p>a raiz quadrada de um número, é o número real que multiplicado por ele mesmo tem como</p><p>resultado o número que está debaixo do radicando.</p><p>Resolvendo um exercício de raiz</p><p>quadrada:</p><p>√4 = 2, pois 2 x 2 = 4,</p><p>√36 = 6, pois 6 x 6 = 36,</p><p>√81 = 9, pois 9 x 9 = 81 ,</p><p>√121 = 11, pois 11 x 11 = 121</p><p>√169 = 13, pois 13 x 13 = 169,</p><p>√324 = 18, pois 18 x 18 = 324</p><p>Para Raízes quadradas exatas, se o</p><p>número terminar em:</p><p>1, sua raiz termina com 1 ou 9</p><p>4, sua raiz termina com 2 ou 8</p><p>5, sua raiz termina com 5</p><p>6, sua Raiz termina com 4 ou 6</p><p>9, sua raiz termina com 3 ou 7</p><p>Ex: qual raiz quadrada de 169</p><p>Raiz quadrada de 169 é 13.</p><p>Page 1</p><p>Page 2</p><p>Page 3</p><p>Page 4</p><p>Page 5</p><p>Page 6</p><p>Page 7</p><p>Page 8</p><p>Page 9</p><p>Page 10</p><p>Page 11</p><p>Page 12</p><p>Page 13</p><p>Page 14</p><p>Page 15</p><p>Page 16</p><p>Page 17</p><p>Page 18</p><p>Page 19</p><p>Page 20</p><p>Page 21</p><p>Page 22</p><p>Page 23</p><p>Page 24</p><p>Page 25</p><p>Page 26</p><p>Page 27</p><p>Page 28</p><p>Page 29</p><p>Page 30</p><p>Page 31</p><p>Page 32</p><p>Page 33</p><p>Page 34</p><p>Page 35</p><p>Page 36</p><p>Page 37</p><p>Page 38</p><p>Page 39</p><p>Page 40</p><p>Page 41</p><p>Page 42</p><p>Page 43</p><p>Page 44</p><p>Page 45</p><p>Page 46</p><p>Page 47</p><p>Page 48</p><p>Page 49</p><p>Page 50</p><p>Page 51</p><p>Page 52</p><p>Page 53</p><p>Page 54</p><p>Page 55</p><p>Page 56</p><p>Page 57</p><p>Page 58</p><p>Page 59</p><p>Page 60</p><p>Page 61</p><p>Page 62</p><p>Page 63</p><p>Page 64</p><p>Page 65</p><p>Page 66</p><p>Page 67</p><p>Page 68</p><p>Page 69</p><p>Page 70</p><p>de Caminha quem</p><p>escreveu um diário de viagem, transformando mais tarde, na célebre Carta de Caminha que,</p><p>enviada ao rei D. Manuel, noticiou a descoberta do Brasil. Descoberto o Brasil, a esquadra</p><p>rumou diretamente para a Índia.</p><p>Gaspar de Lemos Levou a Carta de Caminha</p><p>a D. Manuel que ordenou que Gaspar de</p><p>Lemos voltasse ao Brasil para melhor</p><p>conhecer a nova terra. Então, Gaspar de</p><p>Lemos comandou a primeira expedição que,</p><p>viajando pelo litoral, deu nomes aos</p><p>principais acidentes geográficos, como por</p><p>exemplo, Cabo S. Roque, Baia de Todos os</p><p>Santos, Cabo S. Tomé, Rio de Janeiro, etc.</p><p>Gonçalo Coelho, Cristóvão Jacques, mas nada encontraram que desse a Portugal</p><p>oportunidade de um grande negócio.</p><p>A colônia foi abandonada e somente em 1530 os portugueses voltaram a interessar-</p><p>se por esta terra, isto porque os franceses aqui vieram extrair pau-brasil. Foi criado o sistema</p><p>de governo Capitanias Hereditárias – primeiro sistema administrativo do Brasil. Das quinze</p><p>existentes, somente duas prosperam: São Vicente e Pernambuco. Como o resultado não foi</p><p>o esperado, o governo de Portugal criou para o Brasil o Governo Geral. Foi nomeado como</p><p>primeiro governador, Tomé de Sousa. Ele trouxe para cá, D. Pero Fernandes Sardinha, nosso</p><p>primeiro Bispo. Além do mais fundou, com a ajuda de Caramuru, a Vila de Salvador para ser</p><p>a primeira Capital.</p><p>Os três primeiros governadores foram: Tomé de Sousa, Duarte da Costa e Mem de</p><p>Sá. O primeiro cumpriu bem o seu papel, instituiu uma estrutura administrativa, iniciou o</p><p>trabalho agrícola, fomentou a pecuária, iniciou a catequese, deu amparo às Capitanias do Sul.</p><p>Duarte da Costa foi péssimo, atacou a catequese e os jesuítas, desentendeu-se com</p><p>Caramuru e com os índios, provocou a morte de D. Pero Fernandes Sardinha. Curiosamente,</p><p>foi nesse governo, sem nenhuma participação governamental, que Manuel da Nóbrega, José</p><p>de Anchieta e Manuel de Paiva fundaram a Vila de São Paulo do Piratininga (1554).</p><p>A colônia brasileira arrastou-se na monotonia do tempo. Foi, ora esquecida, ora</p><p>explorada por Portugal. É evidente, entretanto, que uma nova sociedade aqui estava se</p><p>formando. Sociedade esta que se miscigenava a cultura do índio, do português e pouco mais</p><p>tarde, do negro. Foi esta sociedade que por instinto, por amor próprio, por necessidade,</p><p>passou a defender seus interesses, sua terra. A isto se deu o nome de Nativismo. Nativismo</p><p>é, portanto, amor à Terra Natal.</p><p>Os principais movimentos nativistas foram: Emboabas, Mascates, Aclamação de</p><p>Amador, Revolta de Beckman, Revolta de Felipe dos Santos e a Inconfidência Mineira. A</p><p>chamada “Guerra dos Emboabas”, no início do século XVIII, aconteceu na região de Minas</p><p>Gerais. Foi um movimento dos paulistas, que chegando primeiro, descobriram e exploraram</p><p>as minas de ouro, contra os portugueses, forasteiros, que chegaram depois fazendo</p><p>concorrência com os paulistas.</p><p>Página | 10</p><p>Apostila Curso Preparatório para Ensino Médio</p><p>A “Guerra dos Mascastes” aconteceu na mesma época de Emboabas, porém em</p><p>Pernambuco. Foi uma contenda entre os moradores de Recife, mascates, pescadores, gente</p><p>simples, contra a aristocracia portuguesa residente em Olinda. Recife, que lutou pela sua</p><p>autonomia, acabou por conseguir. O principal movimento nativista foi a Inconfidência Mineira.</p><p>Aconteceram principalmente na Vila de Ouro Preto, Minas Gerais. Dela participaram</p><p>intelectuais, padres, militares, fazendeiros, porém Tiradentes quem mais falou, mais propagou</p><p>o movimento fracassou, foi condenado à morte, enforcado para servir de exemplo à população</p><p>(21/04/1792). D. Maria, mãe de D. João VI, rainha de Portugal, foi quem assinou a condenação</p><p>de Tiradentes.</p><p>No início do século XIX, Napoleão queria dominar a</p><p>Europa, decretou o Bloqueio Continental e impondo-se,</p><p>pela força e pelo medo, invadiu os países aliados da</p><p>Inglaterra. Portugal foi um deles, D. João, que governava</p><p>como regente (D. Maria estava louca), fugiu para o Brasil</p><p>(1808), aqui chegando, procurou melhorar a colônia,</p><p>principalmente o Rio de Janeiro, a fim de instalar a sua</p><p>corte. Foi nesta ocasião que D. João VI construiu, no Rio</p><p>de Janeiro, o Jardim Botânico.</p><p>D. João não gostava da França, era inimigo de</p><p>Napoleão. D. Carlota Joaquina, espanhola de origem,</p><p>estava aborrecida com o seu país porque havia ajudado Napoleão a invadir Portugal.</p><p>Ambiciosa, exigiu de D. João invadisse a região do Uruguai que pertencia aos espanhóis e</p><p>que foi anexada ao Brasil com o nome de Província Cisplatina. D. João VI, por sua vez,</p><p>mandou invadir, por vingança, a Guiana Francesa.</p><p>No governo D. João VI o Brasil progrediu. Em 1815, por decreto imperial, fez do Brasil</p><p>um Reino Unido de Portugal e Algarves. Em 1820, Portugal passou pela Revolução do Porto</p><p>que de imediato exigiu o retorno de D. João VI. Os revolucionários queriam novamente a corte</p><p>de Lisboa, sem outro meio, D. João VI voltou, deixando no Brasil o príncipe herdeiro. D. Pedro</p><p>assumiu o governo como regente. Com o regresso da Família Imperial, os nacionalistas</p><p>movimentaram-se no caminho da independência. Os políticos de Portugal queriam que D.</p><p>Pedro voltasse também, enquanto isso, nossos políticos perceberam que isto prejudicaria o</p><p>processo de independência e através de um abaixo assinado, solenemente entregue, pediram</p><p>ao príncipe que aqui permanecesse. Conseguiram o que pretendiam e este acontecimento</p><p>ficou conhecido como do Dia do Fico (09/01/1822).</p><p>D. Pedro proclamou a Independência do Brasil, às margens do Riacho Ipiranga, em</p><p>São Paulo, no dia 07 de setembro de 1822 dando início ao Primeiro Império que durou até</p><p>1831. Um governo necessita, além do chefe do executivo, de um ministério que atenda suas</p><p>múltiplas necessidades específicas. O Imperador, muito jovem, era de temperamento</p><p>intempestivo, arrojado, mas politicamente mal preparado. Por esta razão e por influência de</p><p>D. Leopoldina, convidou José Bonifácio, político idoso, paulista, experiente, para ser o seu</p><p>principal Ministro.</p><p>Proclamada a Independência, o Imperador convocou a Assembleia Constituinte.</p><p>Queria dar ao novo país uma Constituição. Os deputados foram eleitos, a Constituinte</p><p>instalada, porém logo se percebeu que a maioria dos deputados era contra D. Pedro, contra</p><p>os portugueses, contra a monarquia reinante. Um impasse político foi criado. O imperador foi</p><p>atacado política e pessoalmente. D. Pedro perdeu a paciência, e, fazendo valer seu ímpeto</p><p>despótico, fechou a Assembleia prendendo os deputados inimigos. (Noite da Agonia –</p><p>11/1823).</p><p>Figura 5 - Napoleão Bonaparte - Fonte:</p><p>Internet</p><p>Página | 11</p><p>Apostila Curso Preparatório para Ensino Médio</p><p>Depois da Independência, o Imperador preocupou-se também, com o reconhecimento</p><p>internacional da nossa autonomia sem o que, seria impossível governar. O primeiro país a</p><p>reconhecer a nossa Independência foram os Estados Unidos. Depois de algumas</p><p>providências diplomáticas, a Inglaterra também reconheceu e forçou Portugal a fazê-lo. Os</p><p>outros países seguiram a tradição.</p><p>D. Pedro era um libertino. Sua vida foi</p><p>ponteada de romances, aventuras e</p><p>escândalos. O Imperador, casado com D.</p><p>Leopoldina, tinha muitas amantes e dentre</p><p>elas, a preferida era Domitila de Castro, a</p><p>Marquesa de Santos. No ano de 1824, D.</p><p>Pedro entregou ao povo a nossa primeira</p><p>Constituição que ficou conhecida como a</p><p>Carta Outorgada. Ele mesmo escreveu esta</p><p>Constituição em companhia de alguns</p><p>políticos de sua confiança.</p><p>A dissolução da Assembleia</p><p>Constituinte motivou revolta nas províncias. No Nordeste, lideradas por Pernambuco, as</p><p>províncias rebelaram-se formando a Confederação do Equador. O movimento fracassou e</p><p>seu líder intelectual, Frei Joaquim do Amor Divina Caneca (Frei Caneca), foi condenado à</p><p>morte e executado.</p><p>Este fato impopularizou D. Pedro.</p><p>D. Pedro não soube governar o Brasil, sua situação política não era das melhores.</p><p>Rompeu com José Bonifácio, perdeu a confiança e o apoio dos nacionalistas, permitiu a</p><p>condenação de Frei Caneca, escandalizou a corte com suas amantes, fez guerra contra a</p><p>Província Cisplatina, maltratou D. Leopoldina que acabou morrendo de parto, ficando assim,</p><p>impossibilitado de governar.</p><p>Quando viúvo, D. Pedro ficou desesperado e mandou à Europa embaixador a procura</p><p>de uma nova esposa. Não foi fácil. Em sua vida de escândalo, muitos o atrapalhou. Acabou</p><p>casando com Amélia de Leuchetenberg, filha do Príncipe Eugênio e neta da Imperatriz</p><p>Josefina, primeira esposa de Napoleão.</p><p>Politicamente, tudo ia mal. A Luta política entre nacionalista e monarquista estava cada</p><p>vez mais acirrada. Havia uma intranquilidade social e política, principalmente nas províncias</p><p>de Minas Gerais e de São Paulo. D. Pedro resolveu ir a Minas e tentar pessoalmente pacificar</p><p>a província. Foi um total constrangimento. Ele foi recebido friamente e percebeu que seu</p><p>governo estava no fim. Voltou ao Rio de Janeiro como um derrotado. Seus correligionários,</p><p>na maioria portuguesa, a fim de amenizar a situação, preparam-lhe uma festa. Foram,</p><p>entretanto, impedidos pelos nacionalistas. Portugueses e brasileiros brigaram durante três</p><p>noites. Este episódio ficou conhecido como A Noite das Garrafadas.</p><p>Desmoralizado, não mais conseguindo dominar a situação, D. Pedro resolveu, num</p><p>ato que surpreendeu a todos, abdicar a favor do príncipe herdeiro, D. Pedro de Alcântara, que</p><p>tinha apenas cinco anos de idade. Isto aconteceu no dia 07 de Abril de 1831 e o Brasil, por</p><p>esta razão, passou a ser governado por uma Regência. A Regência durou até 1840, neste</p><p>período destacaram-se: Padre Feijó, Araújo Lima e o legislador Antonio Carlos, irmão de José</p><p>Bonifácio, que encabeçou o movimento da maioridade.</p><p>Em 1840, D. Pedro II, com apenas 15 anos de idade, ocupou o governo. Ficou 49 anos</p><p>no poder, isto é, até a Proclamação da República, em 1889. Na segunda metade do século</p><p>Figura 6 - Independência do Brasil.</p><p>Página | 12</p><p>Apostila Curso Preparatório para Ensino Médio</p><p>XIX, o Brasil assistiu a uma Campanha Republicana, nela se envolveram intelectuais,</p><p>religiosos, militares, fazendeiros e políticos liberais. Foi, entretanto, Deodoro da Fonseca</p><p>liderando os militares, que pela força derrubou o último gabinete imperial encabeçado pelo</p><p>Visconde de Ouro Preto. Deodoro proclamou, no Rio de Janeiro, a República brasileira. Isto</p><p>aconteceu no dia 15 de novembro de 1889.</p><p>Deodoro, na verdade,</p><p>não era um republicado</p><p>autêntico. Era sim, um</p><p>desgostoso com o governo</p><p>imperial. Ao liderar o</p><p>movimento revolucionário que</p><p>derrubou a monarquia, acabou</p><p>por assumir o governo</p><p>provisório republicano, que</p><p>então se instalou. Dois anos</p><p>depois, em 1891, numa</p><p>eleição discutível, foi eleito o</p><p>Presidente da República para o primeiro quatriênio. Não era um democrata, não era um liberal</p><p>e não soube governar juntamente com o poder legislativo. Foi um ditador, enfrentou uma</p><p>revolução da marinha e não conseguindo resolver a crise política, mesmo fechando o</p><p>Congresso, resolveu renunciar ficando apenas sete meses no governo. Foi o primeiro</p><p>presidente eleito e o primeiro a renunciar.</p><p>Muitos foram os presidentes da chamada República Velha ou Primeira República.</p><p>Depois de Deodoro da Fonseca veio Floriano Peixoto, depois Prudente de Moraes que foi</p><p>sucedido por Campos Sales. Prudente e Campos Sales foram os dois primeiros presidentes</p><p>civis, paulistas e republicanos autênticos. Rodrigues Alves, também paulista e civil, foi quem</p><p>sucedeu Campos Sales. Sales havia recuperado as finanças do país e deu a Rodrigues Alves,</p><p>a oportunidade de remodelar a cidade do Rio de Janeiro, bem como saneá-la. Foi o sanitarista</p><p>Oswaldo Cruz quem desempenhou este papel. Na ocasião, o governo decretou o uso</p><p>obrigatório da vacina. Foi o bastante para que os inimigos do governo tentassem, envolvendo</p><p>o povo, derrubar Rodrigues Alves do poder, liderou então, a Revolução da Vacina que</p><p>felizmente fracassou.</p><p>A partir de 1930, o país foi governado por Getúlio Vargas, caudilho, ditador, que</p><p>chegou ao governo com a Revolução de 1930. Impôs sua vontade, fez a sua lei, derrubou o</p><p>governo de Washington Luís e em 1932 venceu a Revolução. Constitucionalista de São Paulo,</p><p>em 1934 deu ao país uma Constituição que ele próprio não respeitou. No ano de 1937, através</p><p>de um golpe de Estado, fechou o Congresso instituindo o Estado Novo – período mais forte</p><p>de sua Ditadura.</p><p>De 1939 a 1945, aconteceu a Segunda Guerra Mundial, o Brasil entrou na guerra a</p><p>favor dos aliados A.F.E.B. – Força Aérea Brasileira desenvolveu suas atividades bélicas na</p><p>Itália. A Segunda Guerra terminou em 1945 – época e que o ditador alemão Adolf Hitler se</p><p>suicidou. No mesmo período, Getúlio Vargas perdeu o poder. O Brasil voltou à ordem</p><p>democrática. Eurico Gaspar Dutra foi eleito Presidente da República do Brasil, entretanto, no</p><p>ano de 1950, quando da eleição sucessória, os políticos foram procurar novamente Getúlio</p><p>Vargas, que desta vez, foi eleito pelo povo. Estando velho e já não possuindo a mesma</p><p>disposição política, deixou-se envolver por negociatas e escândalos, acabando por suicidar-</p><p>se. Era o ano de 1954.</p><p>Figura 7 - Proclamação da República</p><p>Página | 13</p><p>Apostila Curso Preparatório para Ensino Médio</p><p>Depois de contornada a crise política que o suicídio</p><p>desencadeou, foi eleito presidente, o governador mineiro Juscelino</p><p>Kubitschek de Oliveira. O país passou então por um período de</p><p>grande desenvolvimento, industrialização e Democracia plena.</p><p>Juscelino assumiu o poder no Catete, no Rio de Janeiro e terminou</p><p>o seu mandato na Nova Capital, que ele mandou construir: Brasília.</p><p>O sucessor de Juscelino foi o presidente Jânio Quadros, político</p><p>intempestivo, populista ditatorial que, não tendo maioria no</p><p>Congresso, acabou por renunciar. Este ato surpreendeu o país que</p><p>mergulhou na maior crise política de sua história. João Goulart, vice-</p><p>presidente, mesmo contra a vontade dos militares, assumiu a</p><p>presidência. Durou pouco, pois uma revolução no ano de 1964</p><p>acabou por derrubá-lo.</p><p>Nasceu da ditadura militar que mandou neste país durante 20 anos, Figueiredo foi o</p><p>último presidente, último ditador militar. Foi pressionado pela oposição e pelos trabalhistas,</p><p>permitiu a eleição de um civil.</p><p>Tancredo Neves foi o eleito, mas morreu antes da posse. O vice-presidente José</p><p>Sarney assumiu a presidência, levando o país à redemocratização plena. Foi substituído pelo</p><p>presidente Collor – tragédia nacional. Imaturo, arrogante, sem apoio político, envolve-se em</p><p>negociatas e acabou sofrendo um processo de cassação. Renunciou para não ser cassado,</p><p>mas de nada adiantou, pois o Congresso, numa atitude discutível, acabou concluindo o</p><p>processo e cassando-o.</p><p>Itamar Franco, vice-presidente, teve sua vez. Terminou o mandato Collor, colocou</p><p>como Ministro da Fazenda Fernando Henrique Cardoso que conseguiu a aventura de acabar</p><p>com a inflação. Fernando Henrique escudado no Plano Real foi eleito Presidente da República</p><p>do Brasil.</p><p>FILOSOFIA</p><p>O QUE É FILOSOFIA?</p><p>“Se deve filosofar, deve-se filosofar e, se não deve filosofar, deve-se</p><p>filosofar, de todos os modos, portanto, se deve filosofar” (Aristóteles). “O</p><p>que pretendo sob o título de filosofia, como fim e campo das minhas</p><p>elaborações, seio-o, naturalmente. E, contudo não o sei...” (Husserl).</p><p>Qual o pensador para quem, na sua vida de filósofo, a filosofia</p><p>deixou de ser um enigma? “Só os pensadores secundários que, na</p><p>verdade, não se podem chamar de filósofos, estão contentes sem</p><p>as suas definições” (Husserl).</p><p>CAPÍTULO</p><p>ÚNICO</p><p>Figura</p><p>8 - Juscelino Kubitschek</p><p>Página | 14</p><p>Apostila Curso Preparatório para Ensino Médio</p><p>A FILOSOFIA DE VIDA</p><p>Na medida em que somos seres racionais e sensíveis, estamos sempre dando</p><p>sentindo às coisas. Ao “filosofar” espontâneo de todos nós, costumamos chamar filosofia de</p><p>vida. Segundo Gramsci, “Não se pode pensar em nenhum homem que</p><p>não seja também filósofo, que não pense, precisamente, porque pensar</p><p>é o próprio do homem como tal”. Isso significa que as questões</p><p>filosóficas fazem parte do nosso cotidiano. Se o filósofo da educação</p><p>investiga os fundamentos da pedagogia, qualquer pessoa também se</p><p>preocupa a escolher critérios não que sejam pouco rigorosos, a fim de</p><p>decidir sobre a educação de seus filhos, ou para os jovens do seu</p><p>tempo. Estamos diante de diferentes filosofias de vida quando</p><p>preferimos morar em casa e não em apartamento, quando deixamos o</p><p>emprego bem pago por outro não tão bem remunerado, porém mais</p><p>atraente, quando escolhemos alternar a jornada de trabalho com a</p><p>prática de esporte ou com a decisão de ficar em casa assistindo à tevê.</p><p>É preciso reconhecer que existem critérios bem diferentes</p><p>fundamentando tais decisões: há valores que entram em jogo aí.</p><p>Com isso, não estamos confundindo a filosofia de vida com a reflexão do filósofo que,</p><p>como vemos, tem suas exigências de rigor que o bom senso não preenche. O que</p><p>percebemos, no entanto, ao verificar que filosofia interessa a todo ser humano, é que, ainda</p><p>segundo Gramsci, o especialista filósofo é diferente dos outros especialistas (como o físico</p><p>ou o matemático). Por exemplo, podemos bem pensar que enquanto grande parte dos</p><p>indivíduos não precisa se ocupar com assuntos como trigonometria, o mesmo não acontece</p><p>com o objeto de estudo do filósofo, cujo interesse se estende a qualquer um.</p><p>Por isso, consideramos importante o ensino de filosofia nas escolas, não propriamente</p><p>para despertar futuros filósofos especialistas, mas para aprimorar a reflexão crítica típica do</p><p>filosofar e inerente a qualquer ser humano. Nesse sentido, o ensino da filosofia deveria se</p><p>estender a todos os cursos e não só às classes de ciências humanas.</p><p>O PROCESSO DE FILOSOFAR</p><p>Entre os antigos gregos predominava inicialmente a consciência mística. Quando se</p><p>dá a passagem da consciência mística para a racional, aparecem os primeiros sábios, sophos,</p><p>como se diz em grego.</p><p>Pitágoras (séc. VI, a.C.) era um dos filósofos pré-socráticos e também matemático,</p><p>teria usado pela primeira vez a palavra filosofia (philos sophia) que significa “amor à</p><p>sabedoria”. Assim, com o auxílio da etimologia, podemos ver que a filosofia não é puro lagos,</p><p>pura razão, ela é a procura amorosa da verdade.</p><p>Se a filosofia é essencialmente teórica, isso não significa que ela esteja à margem do</p><p>mundo, nem que constitua um corpo de doutrina ou saber acabado, com determinado</p><p>conteúdo, ou que seja um conjunto de conhecimentos estabelecidos de uma vez por todas.</p><p>Ao contrário, a filosofia supõe uma onipresente disponibilidade para a indagação. Por isso,</p><p>segundo Platão, a primeira virtude do filósofo é admirar-se. Essa é a condição para</p><p>problematizar, o que marca a filosofia não como da verdade, mas como sua busca. Ou seja,</p><p>se o filósofo é capaz de se surpreender com o óbvio e questionar as verdades dadas, aceita</p><p>a dúvida como desencadeadora desse processo crítico.</p><p>Figura 9 - Antônio Gramsci</p><p>Página | 15</p><p>Apostila Curso Preparatório para Ensino Médio</p><p>Para Kant, “não há filosofia que se possa aprender, só se pode aprender a filosofar”.</p><p>Isso significa que a filosofia é, sobretudo, uma atitude, um pensar permanente. É um</p><p>conhecimento instituíste sentido de questionar o saber instituído.</p><p>O próprio tecido do pensar do filósofo é a trama dos acontecimentos, é o cotidiano.</p><p>Por isso a filosofia se encontra no seio mesmo da história. Está mergulhada no mundo e fora</p><p>dele, eis o paradoxo enfrentado pelo filósofo, como explica Marleau-Ponty em elogio da</p><p>filosofia: “Pois é impossível negar que a filosofia coxeia. Habita a história e a vida, mas</p><p>quereria instalar-se no seu centro, naquele ponto em que é adventos, sentido nascente.</p><p>Sente-se mal no já feito. Sentido expressão, só se realiza renunciando a coincidir com aquilo</p><p>que exprime e afastando-se dele para lhe captar o sentido. É a utopia de uma posse a</p><p>distância.”</p><p>A filosofia surge no momento em que o pensar é posto</p><p>em causa, tornando-se objeto de reflexão. Não se trata,</p><p>porém, de qualquer reflexão. Quando vemos nossa imagem</p><p>refletida no espelho, há um “desdobramento”, pois estamos</p><p>aqui e estamos lá, no reflexo da luz, ela vai até o espelho e</p><p>refletirá, em latim, significa “fazer retroceder”, “voltar atrás”.</p><p>Portanto, refletir é retornar o próprio pensamento, pensar o já</p><p>pensado, voltar para si mesmo e colocar em questão o que já</p><p>conhece.</p><p>É ainda G ramsci quem diz: “o filósofo profissional ou</p><p>técnico não só ‘pensa’ com maior rigor lógico, com maior</p><p>coerência, com maior espírito de sistema do que os outros</p><p>homens, mas conhece toda a história do pensamento, sabe explicar o desenvolvimento que</p><p>o pensamento teve até ele, é capaz de retomar os problemas a partir do ponto em que se</p><p>encontram, depois de terem sofrido as mais variadas tentativas de solução”.</p><p>O professor Dermeval Saviani conceitua a filosofia como uma reflexão radical, rigorosa</p><p>e de conjunto sobre os problemas que a realidade apresenta, interpretarão esses tópicos.</p><p>• RADICAL: a palavra latina radis, raditis, significa “raiz”, e no sentido figurado,</p><p>“fundamento base”. Portanto a filosofia radical não no sentido corriqueiro de ser</p><p>inflexível (nesse caso seria a antifilosofia), mas na medida em que busca explicar os</p><p>conceitos fundamentais usados em todos os campos do pensar e do agir. Por exemplo,</p><p>a filosofia das ciências examina os pressupostos do saber científico, do mesmo modo</p><p>que, diante da decisão de um vereador em aprovar determinado projeto, a filosofia</p><p>política investiga as “raízes” (os princípios políticos) que orientam sua ação.</p><p>• RIGOROSA: enquanto “filosofia de vida” não leva as conclusões até as últimas</p><p>consequências, nem sempre examinando os fundamentos delas, o filósofo deve dispor</p><p>de um método claramente explicitado a fim de proceder com rigor. É assim que os</p><p>filósofos inovam nos seus caminhos de reflexão, tais como o fizeram Platão,</p><p>Descartes, Espinosa, Kant, Hegel, Husserl, Wittgenstein, etc. São inúmeros os</p><p>métodos filosóficos em que se apoiam os filósofos para desenvolver um pensamento</p><p>rigoroso, fundamentado a partir de argumentação, coerente em suas diversas partes</p><p>e, portanto, sistemático. Além disso, o filósofo usa de linguagem rigorosa para evitar</p><p>as ambiguidades das expressões cotidianas, o que lhe permite discutir com outros</p><p>filósofos a partir de conceitos claramente definidos. Por isso o filósofo sempre “inventa</p><p>conceitos”, criando expressões novas ou alterando o sentido de palavras usuais. Aliás,</p><p>quanto os gregos souberam fazer isso, no nascimento da filosofia!</p><p>Figura 10 - Dermeval Saviani</p><p>Página | 16</p><p>Apostila Curso Preparatório para Ensino Médio</p><p>• DE CONJUNTO: a filosofia é globalizante, porque examina os problemas sob a</p><p>perspectiva de conjunto, relacionando os diversos aspectos entre si. Nesse sentido, a</p><p>filosofia visa ao todo, à totalidade. Mais ainda, o objeto da filosofia é tudo, porque nada</p><p>escapa a seu interesse. Aí, sua função de interdisciplinaridade, ao estabelecer o elo</p><p>entre as diversas formas de saber e agir humanos. Sob esse enfoque, a filosofia se</p><p>distingue da ciência e de outras formas de conhecimento.</p><p>A FILOSOFIA E A CIÊNCIA</p><p>No século XVIII, a partir da revolução metodológica iniciada por Galileu, as ciências</p><p>particulares começam a delimitar seu campo específico de pesquisa.</p><p>Pouco a pouco, desde</p><p>esse período até os dias atuais, ciências como física, astronomia, química, biologia,</p><p>psicologia, sociologia, economia, etc., se especializam e investigam “recortes” do real. Apesar</p><p>dessa separação entre o objeto da filosofia e das ciências, o filósofo continua tratando da</p><p>mesma realidade apropriada pelas ciências, uma vez que jamais renuncia a considerar o seu</p><p>objeto do ponto de vista da totalidade. Como vimos, a visão da filosofia é de conjunto, ou seja,</p><p>o problema nunca é examinado de modo parcial. Se a ciência tende cada vez mais para a</p><p>especialização, a filosofia, no sentindo inverso, quer superar a fragmentação do real, daí sua</p><p>função interdisciplinar, que busca estabelecer o elo entre formas do saber e do agir.</p><p>A filosofia ainda se distingue da ciência pelo modo como aborda seu objeto: em todos</p><p>os setores do conhecimento e da ação, a filosofia está presente como reflexão crítica a</p><p>respeito dos fundamentos desse conhecimento e desse agir. Por exemplo, se a física ou a</p><p>química se denominam ciência e usam determinado método, não é da alçada do próprio físico</p><p>ou do químico saber o que é ciência, o eu distingue esse conhecimento e quando o fazem,</p><p>estão colocando questões filosóficas. O mesmo acontece quando, por exemplo, o psicólogo</p><p>define o conceito de liberdade, o que já significa fazer filosofia.</p><p>Mais uma diferença entre filosofia e ciência: os resultados das investigações científicas</p><p>e a sua verificabilidade permitem uniformidades de conclusões e, com isso, a ciência adquire</p><p>maior objetividade. Nesse sentido, a ciência trabalha com juízos de realidade, já que de uma</p><p>forma ou de outra pretende mostrar como os fenômenos ocorrem, quais as suas relações e,</p><p>consequentemente, como prevê-los. De modo diferente, a filosofia faz juízos de valor, porque</p><p>o filósofo parte da experiência vivida e vai além dessa constatação, não vê apenas como é,</p><p>mas como deveria ser. Por exemplo, discute qual o valor do método científico, ou quais as</p><p>consequências éticas de um experimento. A filosofia julga o valor do conhecimento e da ação,</p><p>sai em busca do significado: filosofar é dar sentido à experiência.</p><p>QUAL É A “UTILIDADE” DA FILOSOFIA?</p><p>Para responder à questão, precisamos saber primeiro o que entendemos por utilidade.</p><p>Ora, vivemos em um mundo marcado pela busca dos resultados imediatos do conhecimento.</p><p>Sob essa perspectiva, é considerada importante a pesquisa da cura do câncer, ou o estudo</p><p>de matemática no ensino médio porque “entra no vestibular”, ou ainda a seleção de disciplinas</p><p>que vão interessar o exercício de determinada atividade. Por isso, com frequência, o</p><p>estudante se pergunta “Para que irei estudar filosofia, se não precisarei dela na minha</p><p>profissão?”.</p><p>Seguindo essa linha de pensamento, a filosofia seria realmente “inútil”, não serve para</p><p>nenhuma alteração imediata de ordem pragmática. Neste ponto, ela é semelhante à arte. Se</p><p>perguntarmos qual é a finalidade de uma obra de arte, veremos que ela tem um fim em si</p><p>mesmo e, nesse sentido é “inútil”. Entretanto, não ter utilidade imediata não significa ser</p><p>desnecessário. A filosofia é necessária.</p><p>Página | 17</p><p>Apostila Curso Preparatório para Ensino Médio</p><p>Onde está a necessidade da filosofia? Está no fato de que, por meio de reflexão</p><p>(aquele desdobramento, lembra-se?), a filosofia nos permite ter mais de uma dimensão, além</p><p>da que é dada pelo agir imediato no qual o “indivíduo prático” se encontra mergulhado. É a</p><p>filosofia que dá o distanciamento para a avaliação dos fundamentos dos atos humanos e dos</p><p>fins a que eles se destinam, reúne o pensamento fragmentado da ciência e o reconstrói na</p><p>sua unidade. Retorna a ação pulverizada no tempo e procura compreendê-la.</p><p>Portanto, a filosofia é a possibilidade da transcendência humana, ou seja, a</p><p>capacidade de superar a situação não escolhida. Pela transcendência, a pessoa surge como</p><p>ser do projeto, capaz de ser livre e de construir o seu destino. O distanciamento é justamente</p><p>o que provoca a nossa aproximação maior com a vida. Whitehead, lógico e matemático</p><p>britânico, disse que “a função da razão é promover a arte da vida”. A filosofia recupera o</p><p>processo perdido no imobilismo das coisas feitas (mortas porque já ultrapassadas), ela</p><p>impede a estagnação.</p><p>Por isso, o filosofar sempre se confronta com o poder, e sua investigação não fica</p><p>alheia à ética e a política. É o que afirma o historiador da filosofia François Chatelet: “Desde</p><p>que há Estado da cidade grega às</p><p>burocracias contemporâneas, a ideia de</p><p>verdade sempre se voltou, finalmente,</p><p>para o lado dos poderes (ou foi</p><p>recuperada por eles, como testemunha,</p><p>por exemplo, a evolução do pensamento</p><p>francês do século XVII ao século XIX).</p><p>“Por conseguinte, a contribuição</p><p>específica da filosofia que se coloca ao</p><p>serviço da liberdade, de todas as</p><p>liberdades, é a de minar, pelas análises</p><p>que ela opera e pelas ações que desencadeia as instituições repressivas e simplificadoras,</p><p>que se trate de ciência, do ensino, da tradução, da pesquisa, da medicina, da família, da</p><p>política, do fato carcerário, dos sistemas burocráticos, o que importa é fazer aparecer à</p><p>máscara, deslocá-la, arrancá-la.</p><p>A filosofia é, portanto, a crítica da ideologia, entendida como forma ilusória de</p><p>conhecimento que visa à manutenção de privilégios. Atentando para a etimologia do vocábulo</p><p>grego correspondente à vontade (a-létheia, a lethe-úein, “desnudar”), vemos que a verdade</p><p>consiste em pôr nu aquilo que está escondido. Eis a vocação do filósofo: o desvelamento do</p><p>que está encoberto pelo costume, pelo convencional, pelo poder.</p><p>Finalmente, a filosofia exige coragem. Filosofia não é um exercício puramente</p><p>intelectual, descobrir a verdade é ter a coragem de enfrentar as formas estagnadas do poder</p><p>que tentam manter o status quo, é aceitar o desafio da mudança. Saber para transformar.</p><p>Lembremos que Sócrates foi aquele que enfrentou com coragem o desafio máximo da morte.</p><p>É bem verdade, alguns dirão que sempre houve e haverá os pensadores bajuladores</p><p>do poder, aqueles que estão a serviço da manutenção do status quo e que emprestam suas</p><p>vozes e argumentos para defender tiranos. Mas, aí, estamos diante das fraquezas do ser</p><p>humano, seja por estar sujeito a enganar-se, seja por sucumbir ao tempo ou ao desejo de</p><p>prestígio e glória. Segundo Karl Jaspers, “a antifilosofia é uma filosofia, embora pervertida,</p><p>que, se aprofundada, engendraria sua própria aniquilação”.</p><p>APRENDENDO A FILOSOFAR</p><p>Página | 18</p><p>Apostila Curso Preparatório para Ensino Médio</p><p>A filosofia é um modo de pensar que acompanha o ser humano na tarefa de</p><p>compreender o mundo e agir sobre ele. Mais que postura teórica, é uma atitude diante da</p><p>vida, tanto nas condições corriqueiras como nas situações limites que exigem decisões</p><p>cruciais.</p><p>Por isso, no encontro com a tradição filosófica não devemos nos restringir a receber</p><p>passivamente como um produtor, mas sermos capazes, cada um de nós, de nos</p><p>aproximarmos da filosofia como processo, ou seja, como reflexão crítica e autônoma a</p><p>respeito da realidade vivida.</p><p>Lembrando Jaspers mais uma vez, a filosofia é a procura da verdade, não a sua posse,</p><p>porque “fazer filosofia é estar a caminho, as perguntas em filosofia são mais essenciais que</p><p>as respostas transformam-se numa nova pergunta”.</p><p>INTRODUÇÃO À FILOSOFIA MORAL</p><p>OS VALORES</p><p>Diante de pessoas e coisas, estamos constantemente fazendo avaliações. “Esta</p><p>caneta é ruim, pois falha muito”; “Esta moça é atraente”; “Acho que João agiu mal não</p><p>ajudando você”; “Prefiro comprar este, que é mais barato”. Essas afirmações se referem a</p><p>juízos de realidade, quando partimos do fato de que a caneta e a moça existem, mas a juízos</p><p>de valor, quando lhes atribuímos uma qualidade que mobiliza nossa atração ou repulsa. Nos</p><p>exemplos,</p><p>destacamos valores que se referem à utilidade, à beleza, ao bem e mal, ao aspecto</p><p>econômico.</p><p>Dessa forma, os valores podem ser lógicos, utilitários, estéticos, afetivos, econômicos,</p><p>religiosos, éticos, etc. Mas o que são valores? Embora a temática dos valores seja tão antiga</p><p>como a humanidade, só no século XIX surge a teoria dos valores ou axiologia (do grego axios,</p><p>“valor”). A axiologia não se ocupa dos seres e o sujeito que os aprecia.</p><p>Diante dos seres (sejam eles coisa inertes, seres vivos ou ideias) somos mobilizados</p><p>pela nossa afetividade, somos afetados de alguma forma por eles, porque nos atraem ou</p><p>provocam nossa repulsa. Portanto, algo possui valor quando não permite que permaneçam</p><p>indiferentes. É nesse sentido que Garcia Morente diz: “Os valores não são, mas valem. Uma</p><p>coisa é valor e outra coisa é ser. Quando dizemos de algo que vale, não dizemos nada do seu</p><p>ser, mas dizemos que não é indiferente. A não indiferença constitui esta variedade ontológica</p><p>que contrapõe o valor ao ser. A não indiferença é a essência do valer”.</p><p>Os valores são, num primeiro momento, herdados por nós. Ao nascermos, o mundo</p><p>cultural é um sistema de significados já estabelecido, de tal modo que aprendemos desde</p><p>cedo como nos comportar à mesa, na rua, diante de estranhos, como, quando e quanto falar</p><p>em determinadas circunstâncias, como andar, correr, brincar, como cobrir o corpo e quando</p><p>desnudá-lo, qual o padrão de beleza, que direitos e deveres temos. Conforme atendemos ou</p><p>transgredimos os padrões, os comportamentos são avaliados como bons ou maus.</p><p>A partir da valoração, as pessoas podem achar bonito ou feio o desenho que</p><p>acabamos de fazer ou criticar-nos por não termos cedido lugar à pessoa mais velha no metrô,</p><p>ou acham bom o preço que pagamos pela bicicleta, ou nos elogiam por termos mantido a</p><p>palavra dada, ou nos criticam por termos faltado com a verdade. Nós próprios nos alegramos</p><p>ou nos arrependemos de nossas ações ou até sentimos remorsos dependendo do que</p><p>praticamos. Isso quer dizer que o resultado de nossos atos está sujeito à sanção, ou seja, ao</p><p>elogio ou à reprimenda, à recompensa ou à punição, nas mais diversas intensidades: a críticas</p><p>de um amigo, “aquele” olhar da mãe, a indignação ou até a coerção física (isto é, a repressão</p><p>Página | 19</p><p>Apostila Curso Preparatório para Ensino Médio</p><p>pelo uso da força, por exemplo, quando alguém é preso por assassinato). Embora haja</p><p>diversos tipos de valores, vamos considerar neste capítulo apenas os valores físicos ou</p><p>morais.</p><p>A MORAL</p><p>Os conceitos de moral e ética, ainda que diferentes, são com frequência usados como</p><p>sinônimos. Aliás, a etimologia dos termos é semelhante: moral vem do latim mos, moris, que</p><p>significa “costume”, “maneira de se comportar regulada pelo uso”, e de moralis, morale,</p><p>adjetivo referente ao que é “relativo aos costumes”. Ética vem do grego ethos, que tem o</p><p>mesmo significado: de “costume”.</p><p>No entanto, podemos estabelecer algumas diferenças entre esses dois conceitos. A</p><p>moral é o conjunto das regras de conduta admitidas em determinada época ou por um grupo</p><p>de pessoas. Em um primeiro momento dessa discussão, podemos dizer de modo simplificado</p><p>que o sujeito moral é aquele que age bem ou mal na medida em que acata ou transgrede as</p><p>regras morais. A ética ou filosofia moral é a parte da filosofia que se ocupa com a reflexão a</p><p>respeito das noções e princípios que fundamentam a vida moral. Essa reflexão pode seguir</p><p>as mais diversas direções, dependendo da concepção de ser humano tomado como ponto de</p><p>partida.</p><p>À pergunta: “O que é o bem e o mal”? Respondemos diferentemente, caso o</p><p>fundamento da moral esteja na ordem cósmica, na vontade de Deus ou em nenhuma ordem</p><p>exterior à própria consciência humana. Podemos perguntar ainda: Há uma hierarquia de</p><p>valores a obedecer? Se houver, o bem supremo é a felicidade? É o prazer? É a utilidade? É</p><p>o dever? É a justiça?</p><p>Por outro lado, é possível questionar. Os valores são essenciais? Têm conteúdo</p><p>determinado, universal, válido em todos os tempos e lugares? Ou, ao contrário, são relativos:</p><p>“verdade aquém, erro além dos Pirineus”, como dizia Pascal?</p><p>SOCIOLOGIA</p><p>O QUE É SOCIOLOGIA?</p><p>A Sociologia é uma das Ciências Humanas que tem como objetos de estudo a</p><p>sociedade, a sua organização social e os processos que interligam os indivíduos em grupos,</p><p>instituições e associações. Enquanto a Psicologia estuda o indivíduo na sua singularidade, a</p><p>Sociologia estuda os fenômenos sociais, compreendendo as</p><p>diferentes formas de constituição das sociedades e suas</p><p>culturas.</p><p>O termo Sociologia foi criado em 1838 (séc. XVIII)</p><p>por Auguste Comte, que pretendia unificar todos os estudos</p><p>relativos ao homem — como a História, a Psicologia e a</p><p>Economia. Mas foi com Karl Marx (luta de classes sociais),</p><p>Émile Durkheim (fatos sociais) e Max Weber (ação social)</p><p>CAPÍTULO</p><p>ÚNICO</p><p>Figura 11 - Karl Marx</p><p>Página | 20</p><p>Apostila Curso Preparatório para Ensino Médio</p><p>que a Sociologia tomou corpo e seus fundamentos como ciência foram institucionalizados.</p><p>Apenas a partir do século XVII, a Sociologia foi institucionalizada, e isso ocorreu como</p><p>resposta acadêmica para um desafio que estava surgindo: o início da sociedade moderna.</p><p>Com a Revolução Industrial e posteriormente com a Revolução Francesa (1789), iniciou-se</p><p>uma nova era no mundo, com as quedas das monarquias e a constituição dos Estados</p><p>nacionais no Ocidente. Surge então essa ciência para compreender as novas formas das</p><p>sociedades, suas estruturas e organizações.</p><p>A Sociologia tem a função de, ao mesmo tempo, observar os fenômenos que se</p><p>repetem nas relações sociais – e assim formular explicações gerais ou teóricas sobre o fato</p><p>social –, como também se preocupa com aqueles eventos únicos, como por exemplo, o</p><p>surgimento do capitalismo ou do Estado Moderno, explicando seus significados e importância</p><p>que esses eventos têm na vida dos cidadãos.</p><p>Como toda forma de conhecimento intitulada ciência, a Sociologia pretende explicar a</p><p>totalidade do seu universo de pesquisa. O conhecimento sociológico, por meio dos seus</p><p>conceitos, teorias e métodos, constitui um instrumento de compreensão da realidade social e</p><p>de suas múltiplas redes ou relações sociais, capazes de desenvolver uma consciência crítica</p><p>e analítica em relação à sociedade.</p><p>OS CLÁSSICOS DA SOCIOLOGIA</p><p>• AUGUSTE COMTE</p><p>O núcleo da filosofia de Comte radica na ideia de que a sociedade</p><p>só pode ser convenientemente reorganizada através de uma completa</p><p>reforma intelectual do homem. Ele achava que antes da ação prática,</p><p>seria necessário fornecer aos homens novos hábitos de pensar de acordo</p><p>com o estado das ciências de seu tempo. Por essa razão, o sistema</p><p>Comteano estruturou-se em torno de três temas básicos: em primeiro</p><p>lugar, uma filosofia da história com o objetivo de mostrar as razões pelas</p><p>quais certa maneira de pensar (chamada por ele filosofia positiva ou</p><p>pensamento positivo) deve imperar entre os homens. Em segundo lugar,</p><p>uma fundamentação e classificação das ciências baseadas na filosofia</p><p>positiva. Finalmente, uma sociologia que, determinando a estrutura e os</p><p>processos de modificação da sociedade, permitisse a reforma prática das instituições.</p><p>A contribuição principal de Comte à filosofia do positivismo foi sua adoção do método</p><p>científico como base para a organização política da sociedade industrial moderna. O estado</p><p>positivo corresponde à maturidade do espírito humano. O termo positivo designa o real em</p><p>oposição ao quimérico, a certeza em oposição à indecisão, o preciso em oposição ao vago.</p><p>É o que se opõe as formas teológicas ou metafísicas de explicação do mundo. Ex: a</p><p>explicação da queda de um objeto ou corpo: o primitivo explicaria a queda como uma ação</p><p>dos deuses;</p><p>o metafísico Aristóteles explicaria a queda pela essência dos corpos pesados,</p><p>cuja natureza os faz tender para baixo, onde seria seu lugar natural; Galileu, espírito positivo,</p><p>não indagaria o porquê, não procuraria as causas primeiras e últimas, mas se contentaria em</p><p>descrever como o fenômeno da queda ocorre.</p><p>Não era apenas quanto ao método de investigação que a filosofia positivista se</p><p>aproximava das ciências da natureza. A própria sociedade foi concebida como um organismo</p><p>constituído de partes integradas e coesas que funcionavam harmonicamente, segundo um</p><p>modelo físico ou mecânico. Por isso o positivismo foi chamado também de organicismo.</p><p>Figura 12 - Auguste</p><p>Comte</p><p>Página | 21</p><p>Apostila Curso Preparatório para Ensino Médio</p><p>• Émile Durkheim</p><p>Durkheim viveu numa época de grandes conflitos sociais entre a</p><p>classe dos empresários e a classe dos trabalhadores. É também uma</p><p>época em que surgem novos problemas sociais como favelas, suicídios,</p><p>poluição, desemprego etc. No entanto, o crescente desenvolvimento da</p><p>indústria e tecnologia fez com que Durkheim tivesse uma visão otimista</p><p>sobre o futuro do capitalismo. Ele pensava que todo o progresso</p><p>desencadeado pelo capitalismo traria um aumento generalizado da</p><p>divisão do trabalho social e, por consequência, da solidariedade orgânica,</p><p>a ponto de fazer com que a sociedade chegasse a um estágio sem</p><p>conflitos e problemas sociais.</p><p>Com isso, Durkheim admitia que o capitalismo é a sociedade perfeita; trata-se apenas</p><p>de conhecer os seus problemas e de buscar uma solução científica para eles. Em outras</p><p>palavras, a sociedade é boa, sendo necessário, apenas, "curar as suas doenças". Tal forma</p><p>de pensar o progresso de um jeito positivo fez com que Durkheim concluísse que os</p><p>problemas sociais entre empresários e trabalhadores não se resolveriam dentro de uma LUTA</p><p>POLÍTICA, e, sim, através da CIÊNCIA, ou melhor, da SOCIOLOGIA. Esta seria, então, a</p><p>tarefa da SOCIOLOGIA: compreender o funcionamento da sociedade capitalista de modo</p><p>objetivo para observar, compreender e classificar as leis sociais, descobrir as que são falhas</p><p>e corrigi-las por outras mais eficientes.</p><p>E como está estruturada esta sociedade segundo Durkheim? A estrutura da sociedade</p><p>é formada pelas esferas política, econômica e ideológica. Estas esferas formam a estrutura</p><p>social responsável pela consolidação do Capitalismo.</p><p>Outra preocupação de Durkheim, assim como outros pensadores, era a formação de</p><p>uma ciência social desvinculada das Ciências Naturais. Além disso, na emergência do</p><p>proletariado, era preciso encontrar formas de controle de tal forma que o indivíduo se integre</p><p>à ordem. Este princípio será aplicado na educação.</p><p>A contribuição de Durkheim foi de importância fundamental para que a Sociologia</p><p>adquirisse o status de ciência, pois ele estuda a sociedade e separa os fenômenos sociais da</p><p>Psicologia, construindo um Objeto e um Método. A obra ‘As regras do Método Sociológico’</p><p>publicada em 1895, definiu o método a ser usado pela Sociologia e as definições e parâmetros</p><p>para a Sociologia tornar-se uma ciência, separada da Psicologia e Filosofia. Ele formulou o</p><p>tipo de acontecimentos sobre os quais o sociólogo deveria se debruçar: os fatos sociais. Estes</p><p>constituiriam o objeto da Sociologia.</p><p>• Max Weber</p><p>Max Weber nasceu e teve sua formação intelectual no período em</p><p>que as primeiras disputas sobre a metodologia das ciências sociais</p><p>começavam a surgir na Europa, sobretudo em seu país, a Alemanha. Filho</p><p>de uma família da alta classe média, Weber encontrou em sua casa uma</p><p>atmosfera intelectualmente estimulante. Seu pai era um conhecido</p><p>advogado e desde cedo o orientou no sentido das humanidades. Weber</p><p>recebeu excelente educação secundária em línguas, história e literatura</p><p>clássica. Em 1882, começou os estudos superiores em Heidelberg;</p><p>continuando-os em Göttingen e Berlim, em cujas universidades dedicaram-</p><p>se simultaneamente à economia, à história, à filosofia e ao direito.</p><p>Figura 13 - Émile</p><p>Durkheim</p><p>Figura 14 - Max</p><p>Weber</p><p>Página | 22</p><p>Apostila Curso Preparatório para Ensino Médio</p><p>Concluído o curso, trabalhou na Universidade de Berlim, na qual idade de livre-</p><p>docente, ao mesmo tempo em que servia como assessor do governo. Em 1893, casou-se e;</p><p>no ano seguinte, tornou-se professor de economia na Universidade de Freiburg, da qual se</p><p>transferiu para a Universidade de Heidelberg, em 1896. Dois anos depois, sofreu sérias</p><p>perturbações nervosas que o levaram a deixar os trabalhos docentes, só voltando à atividade</p><p>em 1903, na qualidade de coeditor do Arquivo de Ciências Sociais (Archiv für</p><p>Sozialwissenschatt), publicação extremamente importante no desenvolvimento dos estudos</p><p>sociológicas na Alemanha. A partir dessa época, Weber somente deu aulas particulares, salvo</p><p>em algumas ocasiões, em que proferiu conferências nas universidades de Viena e Munique,</p><p>nos anos que precederam sua morte, em 1920.</p><p>A Sociologia weberiana caracteriza-se por um dualismo, racionalismo – irracionalismo:</p><p>Racionalismo: rotina social; estabilidade; tradição; legalidade; continuidade; espírito</p><p>científico e pragmático do ocidente, sacrificando a espontaneidade da vida aos cálculos e à</p><p>seleção dos meios, para serem atingidos fins previamente escolhidos.</p><p>Irracionalismo: crenças; mitos; sentimentos; ação carismática. Para Weber a</p><p>sociedade não seria algo exterior e superior aos indivíduos, como em Durkheim. Para ele, a</p><p>sociedade pode ser compreendida a partir do conjunto das ações individuais reciprocamente</p><p>referidas. Por isso, Weber define como objeto da sociologia a ação social.</p><p>O que é ação social?</p><p>Para Weber ação social é qualquer ação que o indivíduo faz orientando-se pela ação</p><p>de outros. Por exemplo, um eleitor. Ele define seu voto orientando-se pela ação dos demais</p><p>eleitores. Ou seja, temos a ação de um indivíduo, mas essa ação só é compreensível se</p><p>percebemos que a escolha feita por ele tem como referência o conjunto dos demais eleitores.</p><p>Assim, Weber dirá que toda vez que se estabelecer uma relação significativa, isto é,</p><p>algum tipo de sentido entre várias ações sociais terá então relações sociais. A ação social é</p><p>a conduta humana dotada de sentido. O sentido motiva a ação individual.</p><p>Para Weber, cada sujeito age levado por um motivo que se orienta pela tradição, por</p><p>interesses racionais ou pela emotividade. O objetivo que transparece na ação social permite</p><p>desvendar o seu sentido, que é social na medida em que cada indivíduo age levando em</p><p>conta a resposta ou reação de outros indivíduos.</p><p>A ação social gera efeitos sobre a realidade em que ocorre. É o indivíduo que através</p><p>dos valores sociais e de sua motivação, produz o sentido da ação social. A transmissão destes</p><p>valores comuns de uma geração para outra é chamada socialização, que é uma forma</p><p>inconsciente de coerção social. Ex. de valores sociais: respeito, virgindade, honestidade,</p><p>solidariedade, etc.</p><p>Só existe ação social quando o indivíduo tenta estabelecer algum tipo de comunicação,</p><p>a partir de suas ações, com os demais.</p><p>IDEOLOGIA: UM CONCEITO POLÊMICO</p><p>O conceito da ideologia foi criado por Destrutt de Tracy, filósofo francês, no final do</p><p>século XVII. Tracy tinha pressuposto que as ideias não poderiam ser compreendidas como se</p><p>possuísse vida própria, segundo ele, a ideologia deveria ser compreendida como “ciência das</p><p>ideias”, assemelhando-se às ciências naturais. Na elaboração desse conceito, partia-se da</p><p>crença na razão (própria do espírito iluminista do século XVII) e no poder da ciência submeter</p><p>Página | 23</p><p>Apostila Curso Preparatório para Ensino Médio</p><p>às ideias ao mesmo processo de análise e compreensão dos objetos naturais. Essa é a razão</p><p>da concepção da Ideologia como ciência de ideias.</p><p>Raymond Williams afirma que o conceito de ideologia pode ser definido, basicamente,</p><p>de acordo com três concepções</p><p>básicas:</p><p>1. Como sistema de crenças de uma classe ou grupo social. Nessa concepção</p><p>estariam incluídos os valores, ideias e projetos de um grupo de classe social</p><p>específicos.</p><p>2. Como sistema de crenças de uma classe ou grupo social. Nessa concepção</p><p>estariam incluídas crenças ilusórias, baseadas em critérios impossíveis de ser</p><p>comprovados, contrastariam com o conhecimento verdadeiro ou científico.</p><p>3. Como o processo geral de produção de significados e ideias.</p><p>Conforme Williams, as duas primeiras conotações serão as mais encontradas no</p><p>pensamento marxista, vertente que se destacou no estudo da ideologia.</p><p>No livro A ideologia Alemã, Marx e Engels apresentaram os três elementos básicos</p><p>que caracterizaram sua compreensão da sociedade capitalista e sua definição de ideologia</p><p>(definição como vê fortemente apoiada nas duas concepções destacadas por Williams).</p><p>Esquematicamente, esses três elementos são:</p><p>• Separação – resultante da afirmação da divisão da vida humana em duas instâncias</p><p>específicas: a infraestrutura que é a esfera da produção material, e a superestrutura,</p><p>esfera da produção de ideias. De maneira muito simplificada, podemos dizer que a</p><p>infraestrutura se compõe da economia (a produção dos bens necessários à</p><p>sobrevivência dos homens) e a superestrutura se constituí da moral, do direito, da</p><p>política e das artes.</p><p>• Determinação – relação decorrente da separação observa-se o domínio estabelecido</p><p>pela infraestrutura sobre a superestrutura. Serão as relações de produção que irão</p><p>determinar (definir) a organização social – as formas de comportamento e de convívio</p><p>entre os homens. Conforme o princípio da determinação apontado por Marx e Engels,</p><p>as ideias têm sua origem na vida material – e são por ela determinadas. Mas o que é</p><p>essa vida material? É relações desses homens o meio de produção que os homens</p><p>estabelecem entre si, as quais dependem, por sua vez, das relações desses homens</p><p>com os meios de produção – terra, máquinas, matérias-primas, fábrica, força de</p><p>trabalho. Será, portanto, a esfera econômica (a organização da produção material,</p><p>com a sua diferenciação entre possuidores e não possuidores dos meios de produção)</p><p>que irá organizar as ideias sobre essa sociedade.</p><p>• Inversão – Elemento constitutivo fundamental do conceito da ideologia, considerada</p><p>distorção da realidade. Numa metáfora famosa do livro A ideologia Alemã, a ideologia</p><p>faz com que a vida apareça para os homens como no interior de uma câmera</p><p>fotográfica: de cabeça para baixo. Isto é, ela aparece para os homens de maneira</p><p>inversa àquilo que é na realidade. Nesse contexto, o conhecimento científico, ou saber</p><p>dela, será o elemento capaz e desmascarar a ideologia, recolocando o mundo de</p><p>cabeça para cima, mostrando a realidade tal como ela é. Segundo Marx e Engels,</p><p>destruindo a inversão que a ideologia produz, o conhecimento científico vai revelar os</p><p>mecanismos de separação e determinação.</p><p>Para compreender a sociedade capitalista a partir dessas três relações (separação,</p><p>determinação e inversão) estabelecidas por Marx e Engels, não podemos torná-las como</p><p>formas imutáveis e inquestionáveis. No que diz respeito à definição da ideologia, por exemplo,</p><p>Página | 24</p><p>Apostila Curso Preparatório para Ensino Médio</p><p>é fundamental que se note que, ao longo do tempo, os próprios autores acabaram</p><p>relativizando a conotação mistificadora que inicialmente deram ao conceito (essa relativização</p><p>aparece no prefácio de Para a Crítica da Economia Política, escrito por Marx, 1859).</p><p>Além disso, eles também relativizaram a questão de determinação estrita da esfera</p><p>econômica (infraestrutura) sobre a superestrutura (em cartas que escreveu a outros</p><p>pensadores, Engels reconheceu certo grau de independência ou autonomia relativa da</p><p>superestrutura diante da infraestrutura). É preciso que se diga finalmente que, ao longo do</p><p>tempo, os elementos formais congelados e irretocáveis de compreensão da realidade.</p><p>De qualquer modo, retomando o tema da ideologia na obra desses autores, é</p><p>interessante observar que ele veicula uma relação fundamental, que é a oposição entre os</p><p>conceitos de falso e de verdadeiro. Em A Ideologia Alemã, parece haver espaço para dois</p><p>tipos de ideias, as falsas ou distorcidas (em resumo, a própria ideologia) e as verdadeiras,</p><p>essas ideias verdadeiras seriam construídas pela ciência e funcionariam como as armas</p><p>necessárias para combater a classe dominante. Para Marx, a ciência seria a ciência do</p><p>proletariado, a única classe capaz de transformar a sociedade. Produto de uma época em que</p><p>se acreditava que a sociedade poderia e deveria ser transformada por meio da razão, A</p><p>ideologia Alemã, conforme a antropóloga brasileira Eunice Durham, apresenta a ciência como</p><p>instrumento capaz de alcançar a justiça social que a ideologia impediria de ser obtida.</p><p>OS AGRUPAMENTOS SOCIAIS</p><p>Os Grupos Sociais</p><p>A própria natureza humana exige que os</p><p>homens se agrupem. A vida em sociedade é</p><p>condição necessária à sobrevivência da espécie</p><p>humana. Desde o início, os homens têm vivido</p><p>juntos, formando agrupamentos, como as famílias,</p><p>por exemplo. Para o sociólogo Karl Mannheim, os</p><p>contatos e os processos sociais que aproximam ou</p><p>afastam os indivíduos provocam o surgimento de</p><p>formas diversas de agrupamentos sociais, de</p><p>acordo com o estágio de integração social. Tais</p><p>formas são os grupos sociais e os agregados</p><p>sociais.</p><p>Vamos analisar inicialmente os grupos sociais: aqueles, devido aos contatos sociais</p><p>mais duradouros, resultam em formas mais estáveis de integração social. Nos grupos sociais</p><p>há normas, hábitos e costumes próprios, divisão de funções e posições sociais definidas.</p><p>Como exemplos têm: família, a escola, a Igreja, o clube, o Estado, etc.</p><p>O grupo social é a união de duas ou mais pessoas, associadas pela integração, e, por</p><p>isso, capazes de ação conjunta, visando atingir um objetivo comum. O indivíduo ao longo de</p><p>sua vida participa de vários grupos sociais, e os principais são:</p><p>• Grupo familiar – família;</p><p>• Grupo vicinal – vizinhança;</p><p>• Grupo educativo – escola;</p><p>• Grupo profissional – empresa;</p><p>• Grupo político – estado, partidos políticos.</p><p>As principais características de um grupo social são:</p><p>Página | 25</p><p>Apostila Curso Preparatório para Ensino Médio</p><p>• A pluralidade de indivíduos – Há sempre mais de um indivíduo no grupo.</p><p>• Grupos secundários – São os grupos mais complexos, como as igrejas e o</p><p>Estado, em que predominam os contatos secundários; os contatos sociais,</p><p>neste caso, realizam-se de maneira pessoal e direta – mas sem intimidade –</p><p>ou de maneira indireta, através de cartas, telegramas, telefone, etc.</p><p>• Grupos intermediários – São aqueles que se alternam e se completam as</p><p>duas formas de grupos sociais (primários e secundários). Um exemplo deste</p><p>tipo é o grupo de escola.</p><p>• Interação Social – No grupo, os indivíduos comunicam-se uns com os outros.</p><p>• Organização – Todo grupo, para funcionar bem, precisa de certa ordem</p><p>interna.</p><p>• Objetividade e exterioridade – Os grupos sociais são superiores e exteriores</p><p>ao indivíduo, isto é, quando uma pessoa entra no grupo, ele já existe; quando</p><p>sai, ele continua a existir.</p><p>• Conteúdo intencional ou objetivo comum – Os membros de um grupo</p><p>unem-se em torno de certos princípios ou valores para atingir um objetivo de</p><p>todo o grupo; a importância dos valores pode ser percebida pelo fato de que o</p><p>grupo geralmente se divide quando ocorre um conflito de valores; um partido</p><p>político, por exemplo, pode dividir-se quando uma parte de seus membros</p><p>passa a discordar de seus princípios básicos.</p><p>• Consciência grupal ou sentimento de “nós” – São as maneiras de pensar,</p><p>sentir e agir próprias do grupo; existe um sentimento mais ou menos forte de</p><p>compartilhar uma série de ideias, de pensamentos,</p>

Mais conteúdos dessa disciplina