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<p>Revisa Goiás</p><p>Secretaria de Estado</p><p>da Educação</p><p>SEDUC</p><p>Revisa 3ª Série - Língua Portuguesa - Agosto/2023</p><p>1</p><p>Língua Portuguesa</p><p>Secretaria de Estado</p><p>da Educação</p><p>SEDUC</p><p>Revisa Goiás</p><p>3ª Série</p><p>Professor</p><p>Agosto | 2023</p><p>Revisa Goiás</p><p>Secretaria de Estado</p><p>da Educação</p><p>SEDUC</p><p>SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO</p><p>Governador do Estado de Goiás</p><p>Ronaldo Ramos Caiado</p><p>Vice-Governador do Estado de Goiás</p><p>Daniel Vilela</p><p>Secretária de Estado da Educação</p><p>Aparecida de Fátima Gavioli Soares Pereira</p><p>Secretária-Adjunta</p><p>Helena Da Costa Bezerra</p><p>Diretora Pedagógica</p><p>Márcia Rocha de Souza Antunes</p><p>Superintendente de Educação Infantil e Ensino</p><p>Fundamental</p><p>Giselle Pereira Campos Faria</p><p>Superintendente de Ensino Médio</p><p>Osvany Da Costa Gundim Cardoso</p><p>Superintendente de Segurança Escolar e</p><p>Colégio Militar</p><p>Cel Mauro Ferreira Vilela</p><p>Superintendente de Desporto Educacional, Arte</p><p>e Educação</p><p>Marco Antônio Santos Maia</p><p>Superintendente de Modalidades e Temáticas</p><p>Especiais</p><p>Rupert Nickerson Sobrinho</p><p>Diretor Administrativo e Financeiro</p><p>Andros Roberto Barbosa</p><p>Superintendente de Gestão Administrativa</p><p>Leonardo de Lima Santos</p><p>Superintendente de Gestão e Desenvolvimento</p><p>de Pessoas</p><p>Hudson Amarau De Oliveira</p><p>Superintendente de Infraestrutura</p><p>Gustavo de Morais Veiga Jardim</p><p>Superintendente de Planejamento e Finanças</p><p>Taís Gomes Manvailer</p><p>Superintendente de Tecnologia</p><p>Bruno Marques Correia</p><p>Diretora de Política Educacional</p><p>Patrícia Morais Coutinho</p><p>Superintendente de Gestão Estratégica e Avaliação de</p><p>Resultados</p><p>Márcia Maria de Carvalho Pereira</p><p>Superintendente do Programa Bolsa Educação</p><p>Márcio Roberto Ribeiro Capitelli</p><p>Superintendente de Apoio ao Desenvolvimento Curricular</p><p>Nayra Claudinne Guedes Menezes Colombo</p><p>Chefe do Núcleo de Recursos Didáticos</p><p>Alessandra Oliveira de Almeida</p><p>Coordenador de Recursos Didáticos para o Ensino</p><p>Fundamental</p><p>Evandro de Moura Rios</p><p>Coordenadora de Recursos Didáticos para o Ensino Médio</p><p>Edinalva Soares de Carvalho Oliveira</p><p>Professores elaboradores de Língua Portuguesa</p><p>Edinalva Filha de Lima Ramos</p><p>Katiuscia Neves Almeida</p><p>Luciana Fernandes Pereira Santiago</p><p>Professores elaboradores de Matemática</p><p>Alan Alves Ferreira</p><p>Alexsander Costa Sampaio</p><p>Tayssa Tieni Vieira de Souza</p><p>Silvio Coelho da Silva</p><p>Professores elaboradores de Ciências da Natureza</p><p>Leonora Aparecida dos Santos</p><p>Sandra Márcia de Oliveira Silva</p><p>Revisão</p><p>Alessandra Oliveira de Almeida</p><p>Cristiane Gonzaga Carneiro Silva</p><p>Maria Aparecida Oliveira Paula</p><p>Diagramadora</p><p>Adriani Grun</p><p>Revisa Goiás</p><p>Secretaria de Estado</p><p>da Educação</p><p>SEDUC</p><p>APRESENTAÇÃO</p><p>Colega Professor(a),</p><p>O REVISA GOIÁS é um material estruturado de forma dialógica e funcional com o objetivo de recompor as aprendiza-</p><p>gens e, consequentemente, avançar na proficiência.</p><p>Nessa perspectiva, para o 9º ano do Ensino Fundamental e para o Ensino Médio, são considerados os resultados das</p><p>avaliações externas, pontuando habilidades críticas previstas para cada etapa de ensino, considerando todo o processo</p><p>percorrido até a aprendizagem.</p><p>O material do 9º ano também pode ser usado na 1ª série do Ensino Médio, no intuito de recompor as aprendizagens</p><p>previstas até o final do Ensino Fundamental. Já o material da 2ª e 3ª série é elaborado a partir dos descritores e habili-</p><p>dades críticas previstos para a etapa de ensino, observadas no SAEGO e simulados realizados ao longo do ano.</p><p>O material também apresenta atividades de Ciências da Natureza/ Ciências da Natureza e suas Tecnologias, devido à</p><p>sua inserção, de forma amostral, no Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) a partir de 2021. Ressaltamos</p><p>que a progressão do conhecimento, nesta área, está representada no quadro 1, onde os EIXOS DO CONHECIMENTO</p><p>correspondem às três UNIDADES TEMÁTICAS, que vão se complexificando em formato espiral crescente, desde o 1º</p><p>ano do Ensino Fundamental, até a 3ª série do Ensino Médio. Já os EIXOS COGNITIVOS estão representando a pro-</p><p>gressão do conhecimento de acordo com os Domínios Cognitivos de Bloom (BLOOM, 1986) que são: Conhecimento</p><p>(representado pela letra A), Compreensão (pela letra B) e Aplicação (pela letra C). Já o quadro 2, organiza as habilida-</p><p>des estruturantes, ou seja, mais complexas, em sub-habilidades para favorecer o desenvolvimento do nosso estudante,</p><p>respeitando as etapas de ensino e a transição do Ensino Fundamental para o Ensino Médio.</p><p>O material é dividido em 2 semanas que, por sua vez, são subdivididas em assuntos. No início da atividade de Língua</p><p>Portuguesa e Matemática, constarão os descritores previstos para o mês e os conhecimentos necessários para desen-</p><p>volvê-los.</p><p>O Revisa Goiás será disponibilizado, via e-mail e drive, no final de cada mês, para que o(a) professor(a) tenha tempo</p><p>hábil de acrescentar esse material em seu planejamento.</p><p>Sugerimos que este material seja esgotado em sala de aula, uma vez que ele traz conhecimentos basilares que subsi-</p><p>diarão a ampliação do conhecimento e o trabalho com as habilidades previstas para o corte temporal/bimestre.</p><p>Um excelente trabalho para você!</p><p>Você também pode baixar o material pelo link:</p><p>https://drive.google.com/drive/folders/146Uv6vgeD54CF2CAfpwYsZnDl</p><p>A78fyMX?usp=sharing</p><p>Revisa Goiás</p><p>Secretaria de Estado</p><p>da Educação</p><p>SEDUC</p><p>SUMÁRIO</p><p>Quadro de Descritores e Conhecimentos Necessários ..................................................................................................... 5</p><p>Semana 1:</p><p>► Temática – Elementos constitutivos dos gêneros em estudo. Fato e Opinião. Progressão Textual. Efei-</p><p>tos de Sentido.. ..........................................................................................................................................8</p><p>Semana 2:</p><p>► Temática: Produção de texto/Carta .....................................................................................................32</p><p>Revisa Goiás</p><p>Secretaria de Estado</p><p>da Educação</p><p>SEDUC</p><p>Revisa 3ª Série - Língua Portuguesa - Agosto/2023</p><p>5</p><p>LÍNGUA PORTUGUESA – 3ª SÉRIE</p><p>QUADRO DE DESCRITORES E CONHECIMENTOS NECESSÁRIOS</p><p>D DESCRITOR CONHECIMENTOS NECESSÁRIOS</p><p>D1</p><p>Localizar informa-</p><p>ções explícitas em</p><p>um texto.</p><p>- Ler textos diversos reconhecendo as características e a finalidade do gênero.</p><p>- Reconhecer o sentido literal das palavras/expressões no texto.</p><p>- Identificar as informações principais de um texto.</p><p>- Identificar as informações secundárias de um texto.</p><p>- Compreender o sentido global do texto.</p><p>D6 Identificar o tema</p><p>de um texto.</p><p>- Ler textos de gêneros diversos observando a construção composicional.</p><p>- Observar a construção composicional do texto, estilo do gênero em estudo, como</p><p>modo de ampliar as possibilidades de compreensão do todo do texto (sentido global).</p><p>- Compreender que as informações/ideias secundárias contribuem para chegar à ideia</p><p>central (tema).</p><p>- Observar que o título do texto pode estabelecer diálogo com o tema/assunto do texto</p><p>(explicitamente ou implicitamente).</p><p>- Perceber que o assunto/tema aparece mais de uma vez ao longo do texto, por meio</p><p>de palavra(s) e/ou expressões repetidas intencionalmente, esse aspecto ocorre explici-</p><p>tamente e implicitamente.</p><p>- Compreender que só é possível chegar ao tema/assunto, considerando as várias</p><p>relações estabelecidas entre as partes que compõem o todo textual.</p><p>D3</p><p>Inferir o sentido</p><p>de uma palavra ou</p><p>expressão.</p><p>- Ler textos de diferentes gêneros reconhecendo elementos que compõem o texto, como</p><p>palavras/ideias-chave.</p><p>- Reconhecer o sentido com que a palavra e/ou expressão foi utilizada no texto.</p><p>- Identificar o caráter polissêmico das palavras (uma mesma palavra com diferentes</p><p>significados, de acordo com o contexto de uso).</p><p>- Inferir o sentido denotativo e conotativo das palavras/expressões em textos diversos.</p><p>- Identificar, entre vários sentidos/significados possíveis de uma determinada palavra/</p><p>expressão, aquele que foi particularmente utilizado no texto.</p><p>- Reconhecer, previamente no texto, informações já conhecidas.</p><p>- Reconhecer, de modo inferencial, informações novas que não estão objetivamente</p><p>marcadas no texto.</p><p>D14</p><p>Distinguir um fato</p><p>da opinião relativa</p><p>a esse</p><p>fra-</p><p>se que termine com este ponto, ponha a entonação</p><p>de dúvida.</p><p>Além disso, pode ajudar a expressar surpresa, indig-</p><p>nação ou uma expectativa.</p><p>Ele pode ser usado nos seguintes casos:</p><p>Fazer uma pergunta</p><p>Por que você não tenta fazer a prova?</p><p>Expressar indignação</p><p>O quê? Não trouxe o cartão que eu falei?</p><p>Expressar surpresa</p><p>Você aqui?!</p><p>Note que o ponto de interrogação pode vir até mesmo</p><p>junto ao de exclamação, para dar ênfase.</p><p>Ponto de exclamação [ ! ] - O ponto de exclamação</p><p>é o que usamos para expressar os sentimentos e</p><p>emoções. Podem ser positivos ou negativos, como:</p><p>surpresa, raiva, desespero, admiração, desejo, alegria,</p><p>entre outros.</p><p>Quando lemos uma frase com ele, precisamos dar a</p><p>entonação da emoção sentida. Inclusive, há quem use</p><p>até três exclamações seguidas para dar ênfase [!!!].</p><p>Ele pode ser usado nos seguintes casos:</p><p>Depois de frases de ordem, espanto, admiração,</p><p>surpresa e outras emoções</p><p>Nossa! Não acredito que ela teve coragem de vir.</p><p>Tenha fé! Se a sua parte for bem feita, o melhor possí-</p><p>vel irá acontecer.</p><p>Depois de interjeições e vocativos</p><p>Ah! Não me venha com esse papinho.</p><p>Já sei! O tesouro está enterrado!</p><p>• Entenda o que são apostos e vocativos!</p><p>Para mostrar desejo, vontade e objetivo</p><p>Que Deus o abençoe!</p><p>Valei-me Nossa Senhora!</p><p>Aspas [ “ ” ] - As aspas são usadas para vários fins</p><p>diferentes. O mais comum é serem usadas para indicar</p><p>a fala de alguém que saiu de seu local original e foi</p><p>inserida naquele texto. Também pode ser usada para</p><p>expressões informais ou estrangeiras.</p><p>Veja exemplos de seu uso:</p><p>Para indicar fala</p><p>“faça a sua escolha” é uma das frases mais impactan-</p><p>tes que usam nos filmes.</p><p>Introduzir expressões estrangeiras</p><p>A palavra paixão vem do grego “pathos”, que significa</p><p>sofrimento.</p><p>Sinalizar informalidade</p><p>Estava andando na rua quando um “lekinho” de 8 anos</p><p>me abordou, ele pediu alimento.</p><p>Reticências […] - As reticências são um sinal que é</p><p>composto por três pontos seguidos. Ela é usada no</p><p>final de períodos, frases ou orações; indicando uma</p><p>ideia de continuidade, dúvida, receio, prolongamento</p><p>ou que há algo depois.</p><p>Para expressar continuidade</p><p>Eu falei para ela começar a contar e ela não parou</p><p>mais, foi 1,2,3,4,5… até chegar em 100!</p><p>Para expressar receio</p><p>Não sei não… acho que ele tem cara de pilantra.</p><p>Disponível em: https://beduka.com/blog/materias/portugues/todos-os-sinais-de-pontuacao/.</p><p>Acesso em: 19 jun. 2023.</p><p>Leia o texto.</p><p>Brasileiro de 5 anos entra para clube dos superdo-</p><p>tados. Bilingue autodidata</p><p>Estamos chocados com essa criança! O pequeno Fili-</p><p>ppo de Castro Morgado, de apenas 5 anos, é um dos</p><p>Revisa Goiás</p><p>Secretaria de Estado</p><p>da Educação</p><p>SEDUC</p><p>Revisa 3ª Série - Língua Portuguesa - Agosto/2023</p><p>25</p><p>mais novos integrantes do clube mundial dos superdo-</p><p>tados, pessoas com alto QI , Quociente de Inteligência.</p><p>E o menino é muito inteligente desde cedo. Com apenas</p><p>dois anos ele já sabia ler e aos 3 anos se tornou bilíngue,</p><p>autodidata, ou seja, aprendeu sozinho! Olha que incrível.</p><p>Aí ele fez o teste no começo desse mês e teve um re-</p><p>sultado incrível. Filippo alcançou o percentil de 99% em</p><p>laudo. Foi aí que os pais descobriram o pequeno gênio</p><p>da família, com QI 134. É um garotinho que tem memó-</p><p>ria aritmética e raciocínio lógico com essa idade!</p><p>Brasileiros superdotados</p><p>O clube mundial dos superdotados existe há muitos</p><p>anos nos Estados Unidos. Chama-se Mensa e chegou</p><p>ao Brasil há menos tempo. É uma instituição que identi-</p><p>fica e fomenta pessoas com altos QIs.</p><p>Atualmente, a Mensa tem 2.014 brasileiros em seu qua-</p><p>dro de associados, sendo 58 deles menores de idade,</p><p>informou a instituição.</p><p>Filippo fez o teste este mês e foi aprovado imediatamen-</p><p>te. O menino vive com a mãe, Roberta de Castro, na</p><p>Pompeia, na Zona Oeste de São Paulo.</p><p>“Neste mês, descobri que a Mensa Internacional está</p><p>recebendo laudos a partir de 2 anos (Son-R), então sub-</p><p>meti o laudo dele à aprovação e, para a minha surpresa,</p><p>foi aprovado imediatamente”, contou a mãe.</p><p>Criança prodígio</p><p>Roberta contou que desde os 2 anos, o filho já mostrava</p><p>sinais de sua alta inteligência.</p><p>Ela relatou também que os familiares e amigos também</p><p>percebiam e comentavam que a inteligência do menino</p><p>parecia ser acima da média para a idade dele.</p><p>“O choque veio quando ele leu a placa dos carros no</p><p>estacionamento do prédio aos dois anos e meio”, disse.</p><p>Não para por aí. Com apenas 3 anos, o menino passou</p><p>a falar inglês fluentemente. Segundo a mãe, ele apren-</p><p>deu o idioma sozinho, por meio de desenhos.</p><p>E gostou tanto que passou a querer falar a língua em</p><p>casa com a mãe, que precisou fazer aulas do idioma</p><p>para acompanhá-lo. Estamos CHOCADOS!</p><p>Parabéns, Fillippo! Você é um lindo!</p><p>Disponível em: https://www.sonoticiaboa.com.br/2022/07/30/brasileiro-5-anos-clube-superdo-</p><p>tados-bilingue-autodidata. Acesso em: 20 jun. 2023.</p><p>22. Releia o texto e responda.</p><p>a) Qual é o tema do texto “Brasileiro de 5 anos entra</p><p>para clube dos superdotados. Bilingue autodidata”?</p><p>O tema do texto é uma criança brasileira de cinco anos</p><p>superdotada.</p><p>b) Qual é o objetivo desse texto?</p><p>O objetivo do texto é informar sobre a entrada de um brasileiro</p><p>de 5 anos para o clube mundial de superdotados.</p><p>D12- Identificar a finalidade de textos de diferentes gêneros.</p><p>c) Qual a função social dessa notícia?</p><p>A função social dessa notícia é divulgar um fato interessante</p><p>sobre crianças com alto QI – Quociente de Inteligência.</p><p>23. Identifique o sinal de pontuação destacado em cada</p><p>trecho e justifique o seu emprego.</p><p>a) “Estamos chocados com essa criança!”</p><p>Ponto de exclamação. Utilizado para enfatizar a admiração pela</p><p>criança superdotada.</p><p>b) “Com apenas dois anos ele já sabia ler e aos 3 anos</p><p>se tornou bilíngue, autodidata, ou seja, aprendeu so-</p><p>zinho!”</p><p>Ponto de exclamação. Utilizado para enfatizar espanto pelo fato</p><p>de a criança ter aprendido sozinha.</p><p>c) “É um garotinho que tem memória aritmética e racio-</p><p>cínio lógico com essa idade!”</p><p>Ponto de exclamação. Utilizado para denotar surpresa, espanto</p><p>pelo fato de o menino ser novo e ter memoria aritmética e</p><p>raciocínio lógico.</p><p>D17 - Reconhecer o efeito de sentido decorrente do uso da</p><p>pontuação e de outras notações.</p><p>Revisa Goiás</p><p>Secretaria de Estado</p><p>da Educação</p><p>SEDUC</p><p>Revisa 3ª Série - Língua Portuguesa - Agosto/2023</p><p>26</p><p>24. Sabemos que os sinais de pontuação, além de sua</p><p>função morfológica também desempenham uma função</p><p>semântica. Qual a função semântica ou o efeito de sen-</p><p>tido provocado pelos sinais de pontuação no trecho “Pa-</p><p>rabéns, Fillippo! Você é um lindo!”?</p><p>(A) Denotar susto.</p><p>(B) Expressar ordem.</p><p>(C) Indicar indignação.</p><p>(D) Enfatizar admiração.</p><p>(E) Demonstrar exaltação.</p><p>Gabarito: D</p><p>D17 - Reconhecer o efeito de sentido decorrente do uso da</p><p>pontuação e de outras notações.</p><p>25. Além dos sinais de pontuação, outras notações como</p><p>a caixa alta, o itálico e o negrito também marcam alguns</p><p>efeitos de senWtidos. Identifique qual efeito de sentido</p><p>o autor quis dar ao utilizar a palavra “CHOCADOS” em</p><p>caixa alta, no trecho “Estamos CHOCADOS!”.</p><p>Ao utilizar a palavra “CHOCADOS” em caixa alta, isto é, a</p><p>palavra escrita em letras maiúsculas, o autor quis conferir</p><p>ênfase, ou seja, enfatizar o quanto ficou perplexo, pasmo como</p><p>o desenvolvimento do menino de três anos.</p><p>26. Nesse texto, no trecho “... E gostou tanto que passou</p><p>a querer falar a língua em casa com a mãe, que precisou</p><p>fazer aulas do idioma para acompanhá-lo.”, a quem o ter-</p><p>mo destacado se refere?</p><p>O termo “lo” se refere a Fillippo de Castro.</p><p>D2- Estabelecer relações entre partes de um texto. Identificando</p><p>repetições ou substituições que contribuem para a continuidade</p><p>de um texto.</p><p>27. Quais palavras foram utilizadas para substituir o</p><p>nome Fillippo de Castro no texto evitando a repetição?</p><p>As palavras que foram utilizadas para substituir o nome Fillippo</p><p>de Castro para evitar a repetição foram: o menino, um garotinho,</p><p>o pequeno gênio, ele, dele.</p><p>Leia o texto.</p><p>Super gato, do tamanho de criança de 2 anos, im-</p><p>pressiona internautas</p><p>Kefir, de 3</p><p>anos, é realmente um super gato. Ele é do ta-</p><p>manho de uma criança de 2 anos, pesa 12,5 kg, tem pelo</p><p>branco, e está fazendo o maior sucesso nas redes sociais.</p><p>O gatão russo ganhou uma página só para ele. A tutora</p><p>humana Yulina Minina, que mora em Stary Oskol, Belgo-</p><p>rod, na Rússia, transformou o bichano em celebridade</p><p>internacional. E ele comporta-se como estrela: faz pose</p><p>e tem mil vídeos e fotos!</p><p>Da raça gigante Maine Coon, Kefir, quando chegou à</p><p>família, era bem diferente: magrinho e pequeno. E foi</p><p>uma surpresa ver que o “patinho feio” se transformou</p><p>em “príncipe”.</p><p>Vídeos</p><p>São muitas as imagens de Kefir, a celebridade. Yulina</p><p>comanda o perfil do filho felino no TikTok.</p><p>Em vídeo, ele aparece tranquilão ocupando todo o sofá</p><p>da casa e olhando a paisagem. Um humano conversa</p><p>com ele, mas o gatão simplesmente ignora.</p><p>Há, ainda, um vídeo de 2020, quando Kefir chegou à</p><p>família de Yulina ainda bebê. Nele, é possível ver que ele</p><p>era um gatinho igual aos irmãos felinos, não dava sinais</p><p>de que seria um gigante.</p><p>Maine Coons</p><p>Segundo especialistas, bichanos desta raça crescem</p><p>até 3 ou 4 anos.</p><p>Kefir, portanto tem mais 12 meses para aumentar de ta-</p><p>manho e peso.</p><p>A origem desta raça é o nordeste dos Estados Unidos,</p><p>da região de Main. É considerada a maior de todas as</p><p>raças de gato do mundo.</p><p>Há uma grande variedade de cores de pelo: o marrom,</p><p>branco, preto, azul e vermelho, além do malhado e creme.</p><p>Nas redes sociais o Kefir impressiona os seguidores:</p><p>Revisa Goiás</p><p>Secretaria de Estado</p><p>da Educação</p><p>SEDUC</p><p>Revisa 3ª Série - Língua Portuguesa - Agosto/2023</p><p>27</p><p>“O tamanho desse gatoooo”, escreveu uma internauta.</p><p>“Só um bebezinho pequeno”, brincou outra.</p><p>[...]</p><p>Disponível em: https://www.sonoticiaboa.com.br/2023/06/19/super-gato-tamanho-crianca-im-</p><p>pressiona-internautas-video. Acesso em: 20 jun. 2023 (adaptado).</p><p>28. Qual efeito de sentido provocado pelas aspas nas</p><p>palavras “patinho feio” e “príncipe” no trecho “E foi</p><p>uma surpresa ver que o “patinho feio” se transformou em</p><p>“príncipe”.?</p><p>(A) valorizar a transformação do gato.</p><p>(B) ironizar o fato de o gato virar príncipe.</p><p>(C) criticar a mudança do gato para príncipe.</p><p>(D) chamar atenção para a transformação do gato.</p><p>(E) enfatizar ironicamente a transformação do gatinho.</p><p>Gabarito: E</p><p>D17 - Reconhecer o efeito de sentido decorrente do uso da</p><p>pontuação e de outras notações.</p><p>Professor(a), as atividades a seguir são propostas para o de-</p><p>senvolvimento das habilidades referentes ao D2 - Estabelecer</p><p>relações entre partes de um texto, identificando repetições</p><p>ou substituições que contribuem para a continuidade de um</p><p>texto; e o D19 - Reconhecer o efeito de sentido decorrente da</p><p>exploração de recursos ortográficos e/ou morfossintáticos.</p><p>É importante mostrar para o(a) estudante que o D2 estabelece</p><p>relações entre partes do texto a partir da identificação de repeti-</p><p>ções ou trocas de palavras/sequências textuais que colaboram</p><p>para a progressão do texto. Assim, o objeto de conhecimento</p><p>envolvido deve ser a coesão textual. A coesão textual é res-</p><p>ponsável por promover a unidade textual por meio de elementos</p><p>linguísticos que atuam na articulação entre as partes do texto.</p><p>Professor(a), comente com os(as) estudantes que na repetição</p><p>de palavras ou sequências textuais, o objetivo é reiterar uma</p><p>ideia, reforçar um sentido. Na substituição, o objetivo é evitar a</p><p>repetição desnecessária, possibilitando um discurso mais flui-</p><p>do. Na repetição de palavras ou sequências textuais, é preciso</p><p>destacar os elementos repetidos e o efeito de sentido prove-</p><p>niente da repetição. É fundamental mostrar aos(às) estudantes</p><p>que o leitor constrói coerência para os textos que lê a partir das</p><p>marcas de relações de continuidade que eles sugerem. Os ob-</p><p>jetos, aos quais o texto faz referência (pessoas, coisas, lugares,</p><p>fatos etc.), são introduzidos e depois retomados para se relacio-</p><p>narem com outros, à medida que o texto vai progredindo. Para</p><p>tanto, recursos linguísticos variados são utilizados a fim de que</p><p>uma mesma palavra, expressão ou frase não sejam repetidas</p><p>várias vezes. Os recursos linguísticos utilizados com essa fina-</p><p>lidade são chamados recursos coesivos referenciais.</p><p>Professor(a), é necessário explicitar que se pode lançar mão</p><p>de recursos lexicais quando um termo é substituído por seu</p><p>sinônimo ou por um hiperônimo (dizer “flor”, para não</p><p>repetir “rosa”), hipônimo (dizer “carro”, para não repetir</p><p>“veículo”), nominalizações (dizer “a busca”, para retomar</p><p>o verbo “buscar”); e, ainda, podem ser usados recursos</p><p>gramaticais, tais como pronomes, desinências verbais ou</p><p>advérbios.</p><p>Para a compreensão textual, o leitor deve ser capaz de (re)</p><p>construir o caminho traçado pelo escritor e estabelecer as</p><p>relações que foram marcadas no texto. Nesse sentido, o lei-</p><p>tor deve ter habilidade de perceber como os referentes foram</p><p>introduzidos e retomados no texto. Pretende-se, com esse</p><p>descritor, verificar a capacidade de os(as) estudantes relacio-</p><p>narem uma informação dada a outra informação nova, intro-</p><p>duzida por meio de uma repetição, de uma elipse ou do uso</p><p>de um pronome.</p><p>Professor(a), é essencial que você apresente os efeitos de sen-</p><p>tido provenientes da repetição e da substituição. Além disso,</p><p>promova o estudo de alguns elementos linguísticos como subs-</p><p>tantivos, adjetivos, pronomes e advérbios que contribuem para</p><p>a tarefa de substituição de palavras ou sequências textuais.</p><p>29. Responda.</p><p>a) Quais palavras no texto foram utilizadas para se re-</p><p>ferir a Kefir?</p><p>As palavras utilizadas para se referir a Kefir foram: ele, bichano,</p><p>filho felino, gatão, super gato.</p><p>b) Para se referir a Kefir, foram utilizadas palavras para</p><p>reiterar uma ideia ou evitar uma repetição desnecessária?</p><p>Para se referir a Kefir, as palavras foram utilizadas para evitar</p><p>uma repetição desnecessária.</p><p>30. No trecho “Há, ainda, um vídeo de 2020, quando Kefir</p><p>chegou à família de Yulina ainda bebê. Nele, é possível</p><p>ver que ele era um gatinho igual aos irmãos felinos, ...” a</p><p>palavra destacada retoma</p><p>(A) sofá.</p><p>(B) perfil.</p><p>(C) vídeo.</p><p>(D) mundo.</p><p>(E) Tik Tok.</p><p>Gabarito: C.</p><p>Revisa Goiás</p><p>Secretaria de Estado</p><p>da Educação</p><p>SEDUC</p><p>Revisa 3ª Série - Língua Portuguesa - Agosto/2023</p><p>28</p><p>D2 - Estabelecer relações entre partes de um texto,</p><p>identificando repetições ou substituições que contribuem</p><p>para a continuidade de um texto.</p><p>Professor(a), é importante destacar que, quanto ao D19 - Reco-</p><p>nhecer o efeito de sentido decorrente da exploração de re-</p><p>cursos ortográficos e/ou morfossintáticos; esses recursos</p><p>são os objetos de conhecimento. O(a) estudante deve identifi-</p><p>car o sentido provocado pela subversão de alguns aspectos na</p><p>estrutura sintática. Esse descritor está relacionado ao objetivo</p><p>de aprendizagem (EM13LP08) Analisar elementos e aspectos</p><p>da sintaxe do Português, como a ordem dos constituintes da</p><p>sentença (e os efeitos que causam sua inversão), a estrutura</p><p>dos sintagmas, as categorias sintáticas, os processos de coor-</p><p>denação e subordinação (e os efeitos de seus usos) e a sintaxe</p><p>de concordância e de regência, de modo a potencializar os pro-</p><p>cessos de compreensão e produção de textos e a possibilitar</p><p>escolhas adequadas à situação comunicativa.</p><p>Professor(a), vale lembrar que, para as avaliações externas,</p><p>como Saeb e Enem, é menos importante lembrar da nomencla-</p><p>tura e mais importante entender o efeito de sentido ou a inten-</p><p>ção comunicativa decorrente da escolha de determinada cons-</p><p>trução sintática da oração, por exemplo. Ou seja, reconhecer</p><p>o efeito de sentido decorrente da exploração de recursos</p><p>ortográficos e/ou morfossintáticos significa reconhecer o</p><p>uso de recursos como diminutivos e/ou aumentativos, gra-</p><p>dação (“Não já lutando, mas rendido, enfermo, prostrado,</p><p>desfalecido, morrendo, morto.” Vieira), repetição de pala-</p><p>vras, inversões na ordem das palavras, topicalizações, pa-</p><p>ralelismo sintático (uso da mesma estrutura sintática com</p><p>algum fim específico), o uso intencional de algumas “Figuras</p><p>de Linguagem” entre</p><p>outros, precisa ser percebido e compre-</p><p>endido pelo leitor.</p><p>Vale a pena saber!!!</p><p>Figuras de sintaxe ou de construção</p><p>Elipse: Omissão de um termo anteriormente enuncia-</p><p>do ou sugerido na oração ou no contexto.</p><p>Exemplo: São indisciplinados, mas acredito que</p><p>meus alunos serão aprovados. (Meus alunos são in-</p><p>disciplinados, mas acredito que meus alunos serão</p><p>aprovados).</p><p>Zeugma: Tipo de elipse que omite um termo anterior-</p><p>mente expresso.</p><p>Exemplo: Os adultos foram para o trabalho, as crian-</p><p>ças, para a escola. (Os adultos foram para o trabalho,</p><p>as crianças foram para a escola).</p><p>Assíndeto: Figura de construção caracterizada pela</p><p>omissão das conjunções coordenativas.</p><p>Exemplos: “A tua raça quer partir, guerrear, sofrer,</p><p>vencer, voltar”. - Cecília Meireles. (A tua raça quer par-</p><p>tir e guerrear e sofrer e vencer e voltar).</p><p>Não pare agora... Tem mais depois da publicidade).</p><p>Polissíndeto: Caracteriza-se pela repetição enfática</p><p>dos conectivos.</p><p>Exemplo: “E sob as ondas ritmadas/e sob as nuvens</p><p>e os ventos/e sob as pontes e sob o sarcasmo/ e sob a</p><p>gosma e sob o vômito. - Euclides da Cunha.</p><p>Pleonasmo: Repetição de ideias com o objetivo de</p><p>enfatizá-las. Difere-se do pleonasmo vicioso, conside-</p><p>rado um vício de linguagem.</p><p>Exemplo: Arregaçou as mangas e encarou de frente</p><p>a situação. (“Encarar de frente” é uma redundância).</p><p>Silepse: Também conhecida como concordância ide-</p><p>ológica. Pode referir-se ao gênero, número e pessoa.</p><p>Exemplo: Todos neste país somos importantes no</p><p>combate à violência. (O verbo “somos” não está con-</p><p>cordando com o sujeito “todos”, no entanto, o verbo</p><p>está concordando com a ideia nele implícita, já que o</p><p>falante se inclui entre aqueles que são importantes).</p><p>Hipérbato: Caracteriza-se pela troca da ordem direta</p><p>dos termos da oração.</p><p>Exemplo: “Ouviram do Ipiranga as margens plácidas</p><p>de um povo heroico o brado retumbante”. (As margens</p><p>plácidas do Ipiranga ouviram o brado retumbante de</p><p>um povo heroico).</p><p>Anáfora: Caracteriza-se pela repetição de uma mes-</p><p>ma palavra ou expressão no início de frases ou em</p><p>versos consecutivos.</p><p>Exemplos: “Era uma estrela tão alta! / Era uma estrela</p><p>tão fria! / Era uma estrela sozinha/ Luzindo no fim do</p><p>dia”. - Manuel Bandeira. (Era uma estrela tão alta, fria,</p><p>sozinha luzindo no fim do dia).</p><p>Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/portugues/o-que-sao-figuras-.</p><p>Acesso em: 21 jun. 2023.</p><p>31. A elipse ocorre quando há omissão de um termo ou</p><p>expressão. Observe os trechos e justifique o emprego</p><p>dela no período.</p><p>“E ele comporta-se como estrela: faz pose e tem mil ví-</p><p>deos e fotos!”</p><p>É possível subentender, por meio da flexão do verbo, que quem</p><p>pratica a ação de fazer pose só pode ser “ele”, tendo em vista</p><p>Revisa Goiás</p><p>Secretaria de Estado</p><p>da Educação</p><p>SEDUC</p><p>Revisa 3ª Série - Língua Portuguesa - Agosto/2023</p><p>29</p><p>O que é aumentativo?</p><p>Grau aumentativo é aquele que, além de indicar</p><p>tamanho aumentado, também expressa exagero ou</p><p>desprezo. Por exemplo:</p><p>• Foi quando, com a sua bocarra, o leão atacou sua</p><p>presa. (indica tamanho).</p><p>• O batom vermelho salienta mais ainda a sua bocar-</p><p>ra. (expressa exagero).</p><p>• Lá vai ele abrir novamente a sua bocarra. (expressa</p><p>desprezo).</p><p>O que é diminutivo?</p><p>Grau diminutivo é aquele que, além de indicar ta-</p><p>manho diminuído, também suaviza, expressa valor</p><p>afetivo ou depreciativo. Por exemplo:</p><p>• Os livros usados estão guardados no quartinho dos</p><p>fundos. (indica tamanho).</p><p>• Por que não vai brincar no seu quartinho? (expressa</p><p>valor afetivo).</p><p>• Trabalha num jornaleco. (expressa valor depreciativo).</p><p>Disponível em: https://www.todamateria.com.br/aumentativo-e-diminutivo/. Acesso em:</p><p>30 jun. 2023.</p><p>32. Retire do texto os trechos que têm palavras que</p><p>estão no diminutivo e no aumentativo. Em seguida, in-</p><p>dique qual o efeito de sentido de cada uma, de acordo</p><p>com o texto.</p><p>“O gatão russo ganhou uma página só para ele.” Enfatizar o</p><p>tamanho.</p><p>“... era bem diferente: magrinho e pequeno.” Suavizar o</p><p>tamanho diminuído.</p><p>que o verbo se encontra conjugado na 3ª pessoa do singular –</p><p>ele, termo que está omitido.</p><p>“A origem desta raça é o nordeste dos Estados Unidos,</p><p>da região de Main. É considerada a maior de todas as</p><p>raças de gato do mundo.”</p><p>É possível subentender que houve a supressão do termo “raça”</p><p>na segunda oração.</p><p>“... ele aparece tranquilão ocupando todo o sofá da casa e</p><p>olhando a paisagem.” Enfatizar a tranquilidade do gato.</p><p>“Um humano conversa com ele, mas o gatão simplesmente</p><p>ignora.” Enfatizar ironia.</p><p>“... é possível ver que ele era um gatinho igual aos irmãos</p><p>felinos.” Suavizar o tamanho diminuído.</p><p>D19 - Reconhecer o efeito de sentido decorrente da</p><p>exploração de recursos ortográficos e/ou morfossintáticos.</p><p>33. Qual é o efeito de sentido provocado pela repetição</p><p>da letra “o” utilizado na escrita da palavra gatoooo do</p><p>trecho “O tamanho desse gatoooo”, escreveu uma inter-</p><p>nauta.”?</p><p>A repetição da letra “o” na palavra “gato” foi utilizado para</p><p>enfatizar a admiração pelo tamanho do gato.</p><p>D19 - Reconhecer o efeito de sentido decorrente da</p><p>exploração de recursos ortográficos e/ou morfossintáticos.</p><p>34. No trecho “Só um bebezinho pequeno”, brincou ou-</p><p>tra.” O diminutivo “bebezinho” foi utilizado para</p><p>(A) criticar o tamanho do gato Kefir.</p><p>(B) debochar do tamanho do super gato.</p><p>(C) suavizar afetivamente o tamanho do gato.</p><p>(D) enfatizar ironicamente o tamanho do super gato.</p><p>(E) expressar valor depreciativo pelo tamanho do gato.</p><p>Gabarito: D</p><p>D19 - Reconhecer o efeito de sentido decorrente da</p><p>exploração de recursos ortográficos e/ou morfossintáticos.</p><p>Professor(a), as atividades a seguir terão como suporte o gênero</p><p>carta argumentativa. Explore-as com os(as) estudantes. Diga-</p><p>-lhes que uma carta argumentativa é um tipo de texto no qual</p><p>a pessoa assume sua posição sobre um problema. Reforce</p><p>que em uma carta argumentativa, a pessoa que escreve busca</p><p>persuadir os leitores a entender o seu ponto de vista sobre</p><p>um determinado assunto, isso, apresentando seu raciocínio</p><p>e fornecendo evidências para apoiá-lo. Explique a eles(as) que</p><p>o objetivo desse gênero textual é muito importante para a so-</p><p>ciedade, pois, por meio dele, os(as)estudantes podem opinar</p><p>sobre os mais diferentes assuntos, defender seu ponto de</p><p>vista e verbalizar argumentos a destinatários específicos, como</p><p>representantes públicos, instituições, jornais etc. Dessa forma,</p><p>a carta permite que a pessoa autora argumente sobre os pro-</p><p>blemas atuais da sociedade e busque convencer/persuadir a</p><p>pessoa leitora sobre a problemática em questão.</p><p>Revisa Goiás</p><p>Secretaria de Estado</p><p>da Educação</p><p>SEDUC</p><p>Revisa 3ª Série - Língua Portuguesa - Agosto/2023</p><p>30</p><p>Vale a pena saber!!!</p><p>Carta Argumentativa</p><p>A carta argumentativa, conforme o próprio nome in-</p><p>dica, é uma carta escrita e enviada por um remetente</p><p>para um destinatário específico, seguindo a estrutu-</p><p>ra normal de uma carta. Sendo argumentativa, há a</p><p>defesa de uma tese por meio de uma argumentação</p><p>clara e objetiva, fundamentada em fatos verídicos e</p><p>dados concretos.</p><p>É um recurso que permite ao cidadão se manifestar</p><p>em relação aos problemas sociais e desigualdades</p><p>existentes, defendendo o seu ponto de vista e tentan-</p><p>do persuadir e convencer o leitor a concordar com a</p><p>tese defendida, por meio de interlocução.</p><p>Características da carta argumentativa</p><p>A carta argumentativa:</p><p>• Apresenta um caráter pessoal, sendo escrita na 1.ª</p><p>pessoa do singular.</p><p>• É dirigida a um leitor específico, com o qual é esta-</p><p>belecida uma relação, havendo interlocução.</p><p>• Tem como objetivo convencer ou persuadir um inter-</p><p>locutor específico.</p><p>• Apresenta argumentos que defendem o ponto de</p><p>vista ou posicionamento do remetente.</p><p>• É habitualmente escrita para que seja feita uma re-</p><p>clamação ou uma solicitação.</p><p>Estrutura da carta argumentativa</p><p>1. Local e data - Indica o local e data em que a carta</p><p>foi escrita.</p><p>2. Saudação inicial com identificação do destinatário</p><p>- É apresentado um cumprimento que indica o nome</p><p>da pessoa a quem se destina a carta. Deverão</p><p>ser</p><p>usados pronomes de tratamento adequados. Com</p><p>base nesses, fica estabelecido o grau de formalidade</p><p>e intimidade dos interlocutores que deverá ser manti-</p><p>do ao longo da carta. Poderá constar também o cargo</p><p>ou função do destinatário.</p><p>3. Corpo do texto - Nesta parte, é apresentado o moti-</p><p>vo da escrita da carta, habitualmente uma reclamação</p><p>ou uma solicitação, bem como o posicionamento ado-</p><p>tado pelo autor da carta. Por meio de argumentos que</p><p>defendem esse posicionamento ou ponto de vista, o</p><p>remetente tenta convencer ou persuadir o interlocutor.</p><p>Deverá ser utilizada uma linguagem clara, objetiva e</p><p>coesa. O discurso é feito na 1.ª pessoa do singular,</p><p>sendo dirigido ao interlocutor, por meio de vocativos,</p><p>pronomes de tratamento e flexão verbal na 3.ª pessoa</p><p>do singular: considere, veja, imagine, repare, reflita,</p><p>atente.</p><p>Na parte final do corpo do texto, há espaço para a</p><p>apresentação de propostas, sugestões e recomenda-</p><p>ções.</p><p>4. Expressão de despedida - Deverá ser mantido o</p><p>grau de formalidade e intimidade entre interlocutores já</p><p>estabelecido na saudação inicial.</p><p>5. Assinatura do remetente - Indica o nome da pes-</p><p>soa que escreveu e enviou a carta. Poderá constar</p><p>também o cargo ou função do emissor.</p><p>Disponível em: https://www.normaculta.com.br/carta-argumentativa/. Acesso em: 26</p><p>jun.2023 (adaptado).</p><p>Leia o texto.</p><p>São Paulo, 01 de fevereiro de 2022</p><p>Exmo. Sr. Prefeito,</p><p>Nos últimos dias tenho acompanhado atentamente os</p><p>deslizamentos de terra em São Paulo, causados pelas</p><p>fortes chuvas e, ciente de sua posição, dirijo-me ao se-</p><p>nhor com a intenção de convencê-lo a ajudar as famílias</p><p>que estão desabrigadas na região de Franco da Rocha</p><p>e prevenir outros desastres no futuro.</p><p>Primeiro gostaria de destacar a importância de adotar</p><p>ações preventivas para evitar as tragédias causadas pe-</p><p>las chuvas nos próximos anos. O poder público pode im-</p><p>plementar medidas para reduzir os impactos dos desli-</p><p>zamentos, como é o caso da permeabilização da cidade,</p><p>que é possível através da criação de áreas verdes, como</p><p>parques e jardins. Isso previne tragédias e também cria</p><p>uma opção de lazer para a comunidade.</p><p>Outro ponto que considero urgente é a implementação</p><p>de políticas habitacionais para retirar os moradores</p><p>das zonas de risco. Assim, as pessoas podem contar</p><p>com uma moradia segura e novas calamidades devem</p><p>ser evitadas.</p><p>No que diz respeito aos moradores de Franco da Ro-</p><p>cha que estão sem lugar para morar, peço que o senhor</p><p>Professor(a), comente ainda que a carta argumentativa é muito</p><p>semelhante à dissertação, pois ambas fazem o uso de argu-</p><p>mentos para defender um ponto de vista. No entanto, mesmo</p><p>que haja semelhanças, é claro que há diferenças importantes</p><p>entre esses dois tipos de textos. Apresente aos(às) estudantes</p><p>quais são as principais características da carta argumentativa e</p><p>a diferença da dissertação argumentativa. Destaque especial-</p><p>mente a “interlocução” do gênero carta.</p><p>Revisa Goiás</p><p>Secretaria de Estado</p><p>da Educação</p><p>SEDUC</p><p>Revisa 3ª Série - Língua Portuguesa - Agosto/2023</p><p>31</p><p>intervenha por eles. Forneça um auxílio aluguel que re-</p><p>conheça a realidade da cidade e conceda outros benefí-</p><p>cios para que essas famílias possam reconstruir a vida</p><p>com dignidade.</p><p>Certo de sua atenção e da criteriosa análise das minhas</p><p>sugestões, despeço-me cordialmente.</p><p>Isabella Moretti Ferreira</p><p>Disponível em: https://regrasparatcc.com.br/formatos-de-trabalhos-academicos/carta-argu-</p><p>mentativa/. Acesso em: 22 jun. 2023.</p><p>35. Defina o gênero “carta argumentativa”.</p><p>A carta argumentativa é um tipo de produção textual que</p><p>tem o objetivo, por meio da argumentação, de convencer</p><p>o interlocutor sobre um determinado assunto. Ou seja, na</p><p>carta argumentativa é atribuído um destinatário que deve ser</p><p>convencido pelos argumentos expressados pelo locutor.</p><p>36. Releia o texto e responda.</p><p>a) Quem é o autor da carta?</p><p>O autor da carta é Isabella Moretti Ferreira.</p><p>b) Quem é o destinatário?</p><p>O destinatário da carta é o Prefeito de São Paulo.</p><p>c) Qual é o problema/debate que aparece no texto?</p><p>O problema/debate que aparece no texto é o deslizamento de</p><p>terra em São Paulo.</p><p>d) Qual é o tema do texto?</p><p>O tema do texto são os problemas ambientais e sociais</p><p>causados pelos deslizamentos de terra em São Paulo.</p><p>e) Qual é o campo de atuação do texto?</p><p>O campo de atuação do texto é o jornalístico midiático.</p><p>f) Qual é o objetivo desse texto?</p><p>O objetivo desse texto é convencer o prefeito de São Paulo a</p><p>ajudar as famílias que estão desabrigadas na região de Franco</p><p>da Rocha.</p><p>37. Qual é a intenção, contida na carta argumentativa, da</p><p>expressão destacada no trecho a seguir?</p><p>“Nos últimos dias tenho acompanhado atentamente os</p><p>deslizamentos de terra em São Paulo, causados pelas</p><p>fortes chuvas e, ciente de sua posição, dirijo-me ao se-</p><p>nhor com a intenção de convencê-lo a ajudar as famílias</p><p>que estão desabrigadas na região de Franco da Rocha e</p><p>prevenir outros desastres no futuro. “</p><p>(A) Fundamentar o ponto de vista sobre o tema de-</p><p>batido.</p><p>(B) Apresentar ao leitor o contexto da carta argumen-</p><p>tativa.</p><p>(C) Reafirmar a norma culta utilizada para construir a</p><p>carta.</p><p>(D) Impedir a interlocução, necessária à construção</p><p>da carta.</p><p>(E) Reforçar, junto ao prefeito, o pedido de ajuda aos</p><p>desabrigados.</p><p>Gabarito: E.</p><p>38. A carta argumentativa possui como característica a</p><p>defesa de uma tese, ou seja, de um ponto de vista sobre</p><p>o tema debatido. Com base na carta lida, identifique qual</p><p>das ideias a seguir é predominantemente defendida nes-</p><p>sa carta.</p><p>(A) Fornecer meios para que as famílias de Franco da</p><p>Rocha paguem o aluguel de sua moradia.</p><p>(B) Dar suporte às famílias desabrigadas como solu-</p><p>ção para evitar novos deslizamentos de terra.</p><p>(C) Reconhecer os desastres e calamidades que es-</p><p>tão afetando as famílias desabrigadas de Franco da</p><p>Rocha.</p><p>(D) Auxiliar as famílias desabrigadas que estão sem</p><p>lugar para morar devido aos deslizamentos de terra é</p><p>uma obrigação da prefeitura.</p><p>Revisa Goiás</p><p>Secretaria de Estado</p><p>da Educação</p><p>SEDUC</p><p>Revisa 3ª Série - Língua Portuguesa - Agosto/2023</p><p>32</p><p>(E) Ajudar as famílias desabrigadas para que elas re-</p><p>construam suas vidas com dignidade e implementar</p><p>medidas para que novas calamidades sejam evitadas.</p><p>Gabarito: E.</p><p>D7- Identificar a tese de um texto.</p><p>39. No trecho “O poder público pode implementar medi-</p><p>das para reduzir os impactos dos deslizamentos, como</p><p>é o caso da permeabilização da cidade, que é possível</p><p>através da criação de áreas verdes, como parques e jar-</p><p>dins. Isso previne tragédias e também cria uma opção de</p><p>lazer para a comunidade.” A palavra destacada substitui</p><p>(A) poder público.</p><p>(B) novas calamidades</p><p>(C) deslizamentos de terra.</p><p>(D) permeabilização da cidade.</p><p>(E) implementação de políticas habitacionais.</p><p>Gabarito: D.</p><p>D2 – Estabelecer relações entre as partes de um texto.</p><p>identificando repetições ou substituições que contribuem</p><p>para a continuidade de um texto.</p><p>40. No trecho “... dirijo-me ao senhor com a intenção de</p><p>convencê-lo a ajudar as famílias que estão desabriga-</p><p>das na região de Franco da Rocha....”, o prefixo “des-” na</p><p>palavra destacada foi usado para</p><p>(A) determinar repetição.</p><p>(B) demonstrar negação.</p><p>(C) destacar anterioridade.</p><p>(D) evidenciar aproximação.</p><p>(E) apresentar movimento em torno.</p><p>Gabarito: B.</p><p>Professor(a), as atividades a seguir terão como suporte o gêne-</p><p>ro poema. Explore com os(as) estudantes a estrutura composi-</p><p>cional desse gênero. Diga-lhes que poema é um texto literário</p><p>escrito em versos, que são distribuídos em estrofes. Esses ver-</p><p>sos podem ser regulares, brancos ou livres. Se for composto</p><p>por versos regulares, esse texto poderá apresentar diversos</p><p>tipos de rimas. Também pode ser narrativo, dramático ou lírico.</p><p>Professor(a), comente as diferenças entre poema e poesia, ex-</p><p>plique que o poema se refere a uma estrutura textual, enquanto</p><p>a poesia está relacionada ao conteúdo do texto. Lembre-se de</p><p>falar sobre o objetivo e a função social do poema.</p><p>Vale a pena</p><p>saber!!!</p><p>Poema</p><p>O que é um poema?</p><p>Poema é um gênero textual (forma de redação) geral-</p><p>mente escrito em versos e estrofes. Sua finalidade é</p><p>expressar algum sentimento, emoção ou pensamen-</p><p>to. A palavra “poema” deriva do verbo grego “poiéo”,</p><p>que significa “fazer, criar, compor”.</p><p>O poema é bastante variável, seja em relação ao seu</p><p>estilo, extensão ou temática. É possível, por exemplo,</p><p>encontrarmos um haicai (de apenas três versos) so-</p><p>bre o salto de uma rã ou um soneto (de quatro estro-</p><p>fes) sobre o amor. O poema pode ter métrica e rima</p><p>(como o soneto) ou pode abrir mão desses recursos</p><p>estilísticos (como os poemas modernistas).</p><p>O poema pode ser definido como um texto em que a</p><p>linguagem é explorada em suas mais variadas dimen-</p><p>sões, dos seus aspectos sonoros aos visuais (caso</p><p>da poesia concreta). No poema, mais do que em ou-</p><p>tros gêneros textuais, a linguagem vai além de sua</p><p>função meramente comunicativa, transformando-se</p><p>em objeto artístico por excelência.</p><p>Características do poema</p><p>O poema geralmente se apresenta em forma de ver-</p><p>sos e estrofes. O verso é cada uma das linhas de um</p><p>poema. Já a estrofe é um conjunto de versos.</p><p>Muitos poemas têm rima e métrica. A rima é a repeti-</p><p>ção de um som (vocal ou consonantal) que ocorre a</p><p>intervalos regulares dentro do poema. A métrica é a</p><p>medida do verso, contada em sílabas poéticas.</p><p>Mas essas características listadas acima não são ne-</p><p>cessárias. Isto é: para que um texto possa ser cha-</p><p>mado de poema ele não precisa ter versos, estrofes,</p><p>rimas e métrica. Há, por exemplo, poemas que não</p><p>são escritos em versos chamados poemas em prosa.</p><p>Da mesma forma, é possível escrever poemas sem</p><p>rima (versos brancos) ou sem métrica (versos livres).</p><p>Uma característica importante do poema é a sua mu-</p><p>sicalidade. Aliterações, assonâncias e rimas são re-</p><p>cursos responsáveis por conferir ao poema um ritmo</p><p>de repetição bastante característico.</p><p>O uso de figuras de palavra, como metáforas e sineste-</p><p>sias, também é bastante frequente nos poemas. A uti-</p><p>lização da linguagem figurada faz com que as palavras</p><p>ganhem novos significados, novas possibilidades de</p><p>combinação. A liberdade no uso da palavra é, sem dú-</p><p>vida alguma, uma característica importante do poema.</p><p>Revisa Goiás</p><p>Secretaria de Estado</p><p>da Educação</p><p>SEDUC</p><p>Revisa 3ª Série - Língua Portuguesa - Agosto/2023</p><p>33</p><p>Na Grécia Antiga, todas as produções literárias - os</p><p>gêneros épico, lírico e dramático - eram consideradas</p><p>poemas. Os poemas de Homero, presente nas obras</p><p>Ilíada e Odisseia, são considerados os primeiros gran-</p><p>des textos épicos ocidentais.</p><p>O poema lírico, que era assim designado por ser can-</p><p>tado ao som da lira (instrumento musical), originou o</p><p>gênero de arte que hoje se entende como lírico.</p><p>Os poemas dramáticos eram escritos em forma de ver-</p><p>so para serem encenados.</p><p>No Brasil, alguns dos poetas mais famosos são Car-</p><p>los Drummond de Andrade, Vinicius de Moraes, Ce-</p><p>cília Meireles, Manuel Bandeira, Hilda Hilst e Ferreira</p><p>Gullar. O português Fernando Pessoa é um dos poe-</p><p>tas mais reconhecidos em todo o mundo.</p><p>Disponível em: https://www.significados.com.br/poema/. Acesso em: 27 jun. 2023.</p><p>Márcia Wayna Kambeba é indígena, do povo Omá-</p><p>gua/Kambeba no Alto Solimões (AM). Nasceu na al-</p><p>deia Belém do Solimões, do povo Tikuna. Mora hoje</p><p>em Belém (PA) e é mestra em Geografia pela Univer-</p><p>sidade Federal do Amazonas.</p><p>Escritora, poeta, compositora, fotógrafa e ativista,</p><p>Márcia percorre todo o Brasil e a América Latina com</p><p>seu trabalho autoral, discutindo a importância da cul-</p><p>tura dos povos indígenas, em uma luta descolonizado-</p><p>ra que chama para um pensar crítico-reflexivo sobre o</p><p>lugar atual dos povos originários sul-americanos.</p><p>Disponível em: https://revistaacrobata.com.br/julie-dorrico/poesia/3-poemas-de-marcia-</p><p>-kambeba/. Acesso em: 27 jun. 2023.</p><p>Leia o texto.</p><p>Território ancestral</p><p>Márcia Wayna Kambeba</p><p>Maá munhã ira apigá upé rikué</p><p>Waá perewa, waá yuká</p><p>Waá munhã maá putari.</p><p>Tradução:</p><p>O que fazer com o homem na vida,</p><p>Que fere, que mata,</p><p>Que faz o que quer.</p><p>Do encontro entre o “índio” e o “branco”,</p><p>Uma coisa não se pode esquecer,</p><p>Das lutas e grandes batalhas,</p><p>Para terra o direito defender.</p><p>A arma de fogo superou minha flecha,</p><p>Minha nudez se tornou escandalização,</p><p>Minha língua foi mantida no anonimato,</p><p>Mudaram minha vida, destruíram o meu chão.</p><p>Antes todos viviam unidos,</p><p>Hoje, se vive separado.</p><p>Antes se fazia o Ajuri,</p><p>Hoje, é cada um para o seu lado.</p><p>Antes a terra era nossa casa,</p><p>Hoje, se vive oprimido.</p><p>Antes era só chegar e morar,</p><p>Hoje, nosso território está dividido.</p><p>Antes para celebrar uma graça,</p><p>Fazia um grande ritual.</p><p>Hoje, expulso da minha aldeia,</p><p>Não consigo entender tanto mal.</p><p>Como estratégia de sobrevivência,</p><p>Em silêncio decidimos ficar.</p><p>Hoje nos vem a força,</p><p>De nosso direito reclamar.</p><p>Assegurando aos tanu tyura,</p><p>A herança do conhecimento milenar</p><p>Mesmo vivendo na cidade,</p><p>Nos unimos por um único ideal,</p><p>Na busca pelo direito,</p><p>De ter o nosso território ancestral.</p><p>Revisa Goiás</p><p>Secretaria de Estado</p><p>da Educação</p><p>SEDUC</p><p>Revisa 3ª Série - Língua Portuguesa - Agosto/2023</p><p>34</p><p>O que fazer com homem na vida</p><p>Que fere, que mata,</p><p>Que faz o que quer?</p><p>Disponível em: https://revistaacrobata.com.br/julie-dorrico/poesia/3-poemas-de-marcia-kam-</p><p>bZba/. Acesso em: 27 jun. 2023.</p><p>41. Sobre as características do gênero textual poema,</p><p>coloque V ou F.</p><p>( ) O poema deve ser construído sob forma fi xa, sem-</p><p>pre preservando elementos como a métrica e a musi-</p><p>calidade dos versos.</p><p>( ) O poema caracteriza-se por ser centrado em um</p><p>trabalho peculiar com a linguagem. Em geral, refl ete o</p><p>momento e o impacto dos fatos sobre o homem.</p><p>( ) O poema diferencia-se dos demais gêneros por ser</p><p>escrito em versos e por possuir um ritmo mais marca-</p><p>do que o ritmo da prosa.</p><p>( ) A poesia não é exclusividade do poema: ela é uma</p><p>atitude subjetiva que pode estar nas mais variadas</p><p>manifestações artísticas.</p><p>Resposta: F, V, V e V.</p><p>42. Márcia Wayna Kambeba é uma ativista que discute a</p><p>importância da cultura dos povos indígenas, em uma luta</p><p>descolonizadora que chama para um pensar crítico-refl e-</p><p>xivo sobre o lugar atual dos povos originários sul-ameri-</p><p>canos. Portanto, a fi nalidade do eu lírico é:</p><p>(A) mostrar como vive a população indígena.</p><p>(B) despertar curiosidade sobre a cultura indígena.</p><p>(C) propor formas de convivência entre “índios” e</p><p>“brancos”.</p><p>(D) criticar as atitudes dos “brancos” contra os “índios,</p><p>defendendo os direitos indígenas”.</p><p>(E) destacar a herança do conhecimento milenar dos</p><p>“índios” e a cultura ancestral indígena.</p><p>Gabarito: D.</p><p>D12- identifi car a fi nalidade de textos de diferentes gêneros.</p><p>43. A fi gura de linguagem “anáfora” é caracterizada pela</p><p>repetição de uma mesma palavra ou expressão no iní-</p><p>cio de frases ou em versos consecutivos. No poema, a</p><p>autora recorre à anáfora, na quarta e quinta estrofes, na</p><p>repetição dos termos “antes” e “hoje”, com o objetivo de</p><p>(A) ampliar uma informação anteriormente menciona-</p><p>da no poema.</p><p>(B) empregar um recurso estilístico indispensável a</p><p>qualquer texto literário.</p><p>(C) destacar a linguagem fi gurada do eu lírico na expo-</p><p>sição de seus sentimentos.</p><p>(D) enfatizar a forma que os índios viviam no passado</p><p>e como eles vivem no presente.</p><p>(E) mostrar a cultura e a ancestralidade dos povos in-</p><p>dígenas que viviam em um mesmo território.</p><p>Gabarito: D.</p><p>D19 - Reconhecer o efeito de sentido decorrente da</p><p>exploração de recursos ortográfi cos e/ou morfossintáticos.</p><p>44. No verso “Antes para celebrar uma graça,” A palavra</p><p>destacada “graça” foi utilizada no sentido de uma</p><p>(A) compaixão.</p><p>(B) desventura.</p><p>(C) adversidade.</p><p>(D) dádiva recebida.</p><p>(E) diversão esperada.</p><p>Gabarito: D.</p><p>45. O valor social em evidência nesse texto é a</p><p>(A) valorização da cultura indígena.</p><p>(B) necessidade de perdoar o homem “branco”.</p><p>(C) demonstração da cultura do homem “branco”.</p><p>(D) generalização da tradição cultural dos índios.</p><p>(E) busca pela depreciação da ancestralidade indígena.</p><p>Gabarito: A.</p><p>Semana</p><p>2</p><p>►Temática: Produção de texto/Carta</p><p>Argumentativa.</p><p>1. CONVERSA COM O(A) PROFESSOR(A)</p><p>Professor(a), a proposta de organizar a produção textual com</p><p>os(as) estudantes por meio de uma sequência didática parte da</p><p>ideia de que é possível e necessário ensinar os gêneros con-</p><p>templando todas as práticas de linguagem. Assim, é impres-</p><p>cindível que a produção textual siga um percurso planejado in-</p><p>tencionalmente para favorecer o desenvolvimento do processo.</p><p>Professor(a), esta sequência didática é uma sugestão. Sinta-</p><p>-se à vontade para segui-la ou adaptá-la de acordo com a sua</p><p>turma. O importante é que você desenvolva as habilidades se-</p><p>guido uma sequência.</p><p>2. ETAPAS DA PRODUÇÃO TEXTUAL:</p><p>Estas etapas podem ser desenvolvidas, sucessivamente, ou de</p><p>modo simultâneo, uma vez que envolvem “idas e vindas.”</p><p>Revisa Goiás</p><p>Secretaria de Estado</p><p>da Educação</p><p>SEDUC</p><p>Revisa 3ª Série - Língua Portuguesa - Agosto/2023</p><p>35</p><p>Contextualizar a situação: Compartilhar a proposta de traba-</p><p>lho apresentando o gênero que será trabalhado aos(às) estu-</p><p>dantes, a temática, deixar clara a situação de comunicação e o</p><p>caminho que será percorrido até chegar à produção final.</p><p>Levantamento de conhecimentos prévios: é a identificação</p><p>do que os(as) estudantes já sabem sobre o gênero textual e o</p><p>assunto que serão estudados, com o objetivo de diversificar,</p><p>ampliar e problematizar esses conhecimentos de modo que ao</p><p>final do trabalho possa ser verificado o que foi aprendido pe-</p><p>los(as) estudantes.</p><p>Produção inicial: é o momento de os(as) estudantes escre-</p><p>verem o primeiro texto (diagnóstico) considerando a estrutura</p><p>composicional, a funcionalidade e o suporte), para assim, am-</p><p>pliar esses conhecimentos ao longo da sequência didática.</p><p>Produção final: é a última versão da produção escrita do gê-</p><p>nero textual trabalhado.</p><p>Socialização: é a divulgação, a publicação desse texto final para</p><p>a (comunidade escolar, ou para pais, familiares etc.) isso pode</p><p>ser feito por meio de exposições, murais, apresentação oral etc.</p><p>Professor(a) durante o desenvolvimento da Sequência Didá-</p><p>tica, a sugestão é realizar atividades de leitura, interpretação</p><p>de texto, analisar as marcas linguísticas presentes nos textos</p><p>(características próprias de cada gênero, aspectos linguísticos</p><p>e semióticos etc.), elaborar estratégias para que os(as) estu-</p><p>dantes desenvolvam capacidades de antecipar os significados</p><p>de um texto, relacionar e selecionar informações, fazer inferên-</p><p>cias, identificar pelo contexto palavras que eles(as) ainda não</p><p>conhecem o significado entre outros aspectos. Conhecer a te-</p><p>mática (dados, informações coletadas etc.). Aprender a mane-</p><p>jar os discursos (interno, oral e escrito). Durante esse trabalho,</p><p>é preciso acontecer a produção individual e coletiva, a reescrita</p><p>(individual e coletiva objetivando o aprimoramento da escrita).</p><p>Todo esse trabalho precisa ser realizado “todos juntos, profes-</p><p>sores(a) e estudantes”. É fundamental professor(a), que você</p><p>escreva junto com os(as) estudantes para que eles(as) visua-</p><p>lizem os procedimentos de escrita dentro de um processo do</p><p>desenvolvimento das habilidades de leitura e escrita.</p><p>Sabemos que no ensino-aprendizagem da língua portuguesa,</p><p>“o texto é o ponto de partida e de chegada.” A sua orientação</p><p>e mediação pedagógica são de extrema necessidade a fim de</p><p>que o(a) estudante se torne autor(a) de seus textos e adquira</p><p>proficiência no processo de ensino-aprendizagem. Para de-</p><p>senvolver esse trabalho professor(a), você pode auxiliar os(as)</p><p>estudantes a compreenderem as situações de comunicação,</p><p>como quem fala/lê/escreve, de que lugar (papel social), para</p><p>dizer o quê e para quem ouvir/ler, com qual/quais propósi-</p><p>to(s), com qual/quais “efeitos de sentido.”</p><p>É possível, durante este percurso de produção, mapear os co-</p><p>nhecimentos dos(as) estudantes para adequar ao desenvolvi-</p><p>mento das produções textuais. Dialogar com os(as) estudantes</p><p>sobre o assunto e problemas que podem ser identificados so-</p><p>cialmente ou em outros contextos.</p><p>Leia os textos com os(as) estudantes ajudando-os(as) na cons-</p><p>trução de sentidos. Analise com eles(as) os conceitos linguís-</p><p>ticos utilizados intencionalmente. Outro importante aspecto,</p><p>professor(a), é tornar claro os procedimentos necessários para</p><p>escrever um texto. Ao final, é preciso fazer a publicação dos</p><p>textos garantindo a circulação deles em diversos espaços,</p><p>afinal, os textos precisam de leitores, além do(a) professor(a).</p><p>Os(as) estudantes se empenham muito mais durante o traba-</p><p>lho de produção quando sabem que seus textos terão leitores</p><p>diversos.</p><p>Professor(a), a sugestão é a produção de uma “carta argumen-</p><p>tativa”. Sugerimos que você construa durante o seu planeja-</p><p>mento, uma Sequência Didática para auxiliar os(as) estudantes</p><p>nessa produção.</p><p>Os(As) estudantes precisam desenvolver a capacidade de pro-</p><p>duzirem textos efetivos com a habilidade de argumentar, como</p><p>assegura a habilidade do DCGO-EM – BNCC (EM13LGG303)</p><p>Debater questões polêmicas de relevância social, anali-</p><p>sando diferentes argumentos e opiniões, para formular,</p><p>negociar e sustentar posições, frente à análise de pers-</p><p>pectivas distintas.</p><p>O trabalho com a Sequência Didática envolve as Práticas de</p><p>Linguagem (Leitura. Escuta. Análise Linguística e Produção</p><p>de textos.), e os objetos de conhecimento (DCGO-EM): A</p><p>dimensão discursiva da linguagem. Texto e discurso. Relação</p><p>entre textos. Reconstrução da textualidade. Distinção de fato</p><p>e opinião. Estratégias de leitura: identificação de teses e argu-</p><p>mentos [...] Relação do texto com o contexto de produção e ex-</p><p>perimentação de papéis sociais. [...]. Outra habilidade curricu-</p><p>lar que pode ser relacionada a esse trabalho é a (EM13LP05)</p><p>Analisar, em textos argumentativos, os posicionamentos</p><p>assumidos, os movimentos argumentativos (sustenta-</p><p>ção, refutação/contra argumentação e negociação) e os</p><p>argumentos utilizados para sustentá-los, para avaliar sua</p><p>força e eficácia, e posicionar-se criticamente diante da</p><p>questão discutida e/ou dos argumentos utilizados, recor-</p><p>rendo aos mecanismos linguísticos necessários.</p><p>Professor(a), durante a produção textual você pode retomar di-</p><p>versas habilidades/descritores com os(as) estudantes, os quais</p><p>foram desenvolvidos no decorrer da resolução das atividades</p><p>propostas.</p><p>3. DESCRITORES TRABALHADOS NA PRODUÇÃO TEXTUAL:</p><p>Durante a interpretação do tema, os(as) estudantes podem</p><p>marcar palavras/expressões-chave no texto para confirmar o</p><p>tema: D6 - Identificar o tema de um texto. / Os(as) estudantes</p><p>precisam saber para que vão produzir uma “carta argumenta-</p><p>Revisa Goiás</p><p>Secretaria de Estado</p><p>da Educação</p><p>SEDUC</p><p>Revisa 3ª Série - Língua Portuguesa - Agosto/2023</p><p>36</p><p>tiva”, para tanto o descritor é o: D12 - Identificar a finalida-</p><p>de de textos de diferentes gêneros. Durante a elaboração</p><p>da tese pelos(as) estudantes, a habilidade relacionada é: D7</p><p>- Identificar a tese de um texto. Quando eles forem decidir</p><p>as estratégias de argumentação para definir a construção</p><p>dos argumentos: D8 - Estabelecer relações entre tese e</p><p>os argumentos oferecidos para sustentá-la. Quando os(as)</p><p>estudantes forem construir as estratégias e os argumentos de</p><p>comprovação, por exemplo, devem saber diferenciar “fato de</p><p>opinião” então, o trabalho é com o: D14 - Distinguir um fato</p><p>da opinião relativa a esse fato. Para reconhecer e definir a</p><p>problemática, bem como criar argumentos de “causa/conse-</p><p>quência” eles(as) precisam dominar o: D11 - Estabelecer re-</p><p>lação de causa /consequência entre as partes e elementos</p><p>do texto. Para que os(as) estudantes consigam fazer o uso</p><p>adequado dos elementos articuladores e dos modalizadores</p><p>do discurso: D2 – Estabelecer relações entre partes de um</p><p>texto, identificando repetições ou substituições que contri-</p><p>buem para a continuidade de um texto e D15 - Estabelecer</p><p>relações lógico-discursiva presentes no texto, marcadas</p><p>por conjunções, advérbios etc. Vale destacar que outras ha-</p><p>bilidades também podem ser acrescentadas durante essa pro-</p><p>dução. Por exemplo,</p><p>durante a leitura dos textos motivadores</p><p>os(as) estudantes precisam do D1 - Localizar informações</p><p>explícitas em um texto, D3 - Inferir o sentido de uma pala-</p><p>vra ou expressão, D4 - Inferir uma informação implícita em</p><p>um texto e D9 - Diferenciar partes principais das secundá-</p><p>rias em um texto.</p><p>Professor(a), comente com os(as)estudantes que, para escre-</p><p>verem uma “carta argumentativa”, eles(a) precisam de argu-</p><p>mentos fortes, consistentes e bem estruturados para persuadir</p><p>o interlocutor e desse modo serem ouvidos. Mostre também</p><p>que eles(a) precisam conhecer os elementos textuais que cons-</p><p>tituem o gênero “carta argumentativa” para depois estruturá-la</p><p>com segurança. Diga-lhes que nesse gênero não pode faltar</p><p>uma sequência textual de argumentação, ou seja, a progressão</p><p>textual, bem como a defesa de um ponto de vista e a interlocu-</p><p>ção pertinente à carta.</p><p>Para que o(a) estudante não descaracterize o gênero, é impor-</p><p>tante “o trabalho de construção da imagem de quem escreve</p><p>e para quem se escreve”. Por isso, sugerimos que você revise</p><p>com os(as) estudantes, “os elementos da comunicação” e “a</p><p>situação comunicativa do gênero em estudo.” Outro aspecto</p><p>que os(as) estudantes apresentam muita dificuldade, é a falta</p><p>de compreensão do “processo de interlocução” dentro do gê-</p><p>nero carta. Muitos(as), quando precisam escrever uma “carta</p><p>argumentativa”, deixam de lado a “interlocução” e o texto se</p><p>torna apenas “uma dissertação argumentativa”, sendo que a</p><p>interlocução é um elemento necessário na determinação do</p><p>gênero carta.</p><p>Ou seja, para execução da estrutura da dissertação argumen-</p><p>tativa, deve-se ter cuidado para não ignorar o pressuposto mais</p><p>importante da carta: o processo de interlocução. Quem es-</p><p>creve e para quem se dirige o texto é fundamental para escolha</p><p>da formalidade, dos argumentos e da linguagem empregada</p><p>nesse gênero. E lembre-se: quando a proposta de escrita es-</p><p>tabelece um destinatário definido, essa interlocução deve estar</p><p>presente ao longo de todo o texto (e não apenas no início) e o</p><p>tratamento a esse interlocutor deve ser adequado à eventual</p><p>posição que ele ocupe. Afinal, a progressão textual é uma exi-</p><p>gência do texto argumentativo.</p><p>Caro estudante, depois de resolver todas as</p><p>atividades propostas nas aulas e adquirir mais</p><p>aprendizado sobre as habilidades desenvol-</p><p>vidas, chegou a hora de produzir o seu texto.</p><p>Mas, antes, releia as orientações propostas,</p><p>aproprie-se da estrutura do gênero. Tire as</p><p>dúvidas com seu(a) professor(a). A proposta</p><p>é que você produza uma carta argumentativa.</p><p>Vale a pena saber!!!</p><p>A carta argumentativa é considerada uma moda-</p><p>lidade de texto parecida com a dissertação tradi-</p><p>cional, geralmente cobrada no Enem. A estrutura</p><p>se parece com uma “carta pessoal,” só que a</p><p>“carta argumentativa” tem uma intenção muito</p><p>mais persuasiva.</p><p>Este gênero textual tem a sequência de argumenta-</p><p>ção como um importante elemento, afinal, trata-se da</p><p>defesa de um ponto de vista. Nesse gênero, o estu-</p><p>dante precisa compreender o contexto de “quem es-</p><p>creve” e para “quem escreve” para definir a melhor</p><p>linguagem empregada e o grau de formalidade.</p><p>Características da carta argumentativa</p><p>• Normalmente é escrita em primeira pessoa;</p><p>• Apresenta a tríade introdução, desenvolvimento e</p><p>conclusão;</p><p>• O primeiro parágrafo traz o ponto de vista do leitor;</p><p>• Os dois ou três parágrafos subsequentes são res-</p><p>ponsáveis por encadear argumentos;</p><p>• Clareza na intenção comunicativa;</p><p>• O último parágrafo reforça o ponto de vista e apre-</p><p>senta propostas.</p><p>Disponível em: https://regrasparatcc.com.br/formatos-de-trabalhos-academicos/</p><p>carta-argumentativa/. Acesso em: 28 jun. 2023 (adaptado).</p><p>Revisa Goiás</p><p>Secretaria de Estado</p><p>da Educação</p><p>SEDUC</p><p>Revisa 3ª Série - Língua Portuguesa - Agosto/2023</p><p>37</p><p>4. A PRODUÇÃO DA CARTA ARGUMENTATIVA</p><p>Como fazer uma carta argumentativa</p><p>• Defina o objetivo da carta:</p><p>Antes de começar a escrever, é importante que você,</p><p>estudante, defina claramente qual é o objetivo da sua</p><p>carta. Você quer persuadir alguém a tomar uma deter-</p><p>minada decisão a partir do seu ponto de vista? Quer</p><p>defender um ponto de vista em relação a um tema polê-</p><p>mico? Quer apresentar uma solução para um problema</p><p>específico? Ter essa definição clara em mente ajudará</p><p>a direcionar o seu texto e a escolher os argumentos</p><p>mais adequados.</p><p>• Conheça o seu público-alvo</p><p>Outra etapa importante é conhecer o destinatário da</p><p>carta. Quem é essa pessoa? Qual é o seu perfil? Quais</p><p>são suas crenças e valores? Entender essas informa-</p><p>ções é fundamental para adaptar a linguagem e o tom</p><p>da carta de forma mais efetiva.</p><p>• Escreva a introdução</p><p>A introdução da carta é uma parte fundamental, pois é</p><p>nela que você deve apresentar o tema e a tese que</p><p>será defendida. A introdução deve ser clara e objetiva,</p><p>despertando a atenção do leitor e deixando claro qual é</p><p>o ponto de vista que será defendido.</p><p>• Elabore os argumentos</p><p>Os argumentos são a base da carta argumentativa.</p><p>Eles devem ser organizados de forma lógica e coeren-</p><p>te, seguindo uma ordem que ajude a reforçar a tese.</p><p>É importante lembrar que os argumentos devem ser</p><p>baseados em fatos e dados concretos para que sejam</p><p>mais convincentes.</p><p>• Apresente possíveis objeções</p><p>É comum que haja objeções aos argumentos apresenta-</p><p>dos. É importante, portanto, prever essas possíveis ob-</p><p>jeções e refutá-las de forma clara e objetiva. Isso ajuda</p><p>a reforçar a tese e a tornar os argumentos mais sólidos.</p><p>• Escreva a conclusão</p><p>A conclusão é a parte em que o autor retoma a tese defen-</p><p>dida e apresenta uma síntese dos principais argumentos.</p><p>É importante que essa parte seja persuasiva, reforçando</p><p>a importância da tese defendida e convencendo o leitor.</p><p>• Releia e revise</p><p>Por fim, é fundamental revisar a carta com cuidado, ve-</p><p>rificando a coesão e a coerência do texto, além da orto-</p><p>grafia e gramática. É importante que a carta esteja clara</p><p>e bem escrita, para que o leitor seja convencido pelos</p><p>argumentos apresentados.</p><p>Atenção! Não se esqueça da "interlocução” — ou</p><p>seja, construir um diálogo direto com o leitor, marca-</p><p>do pelo uso de verbos flexionados na segunda pessoa</p><p>do discurso ou por referências como “a leitora observe</p><p>que...”, ou “o leitor deve pensar que...”. Durante a escri-</p><p>ta da carta também podem ser feitas perguntas para o</p><p>leitor de modo que sejam respondidas no texto. Atentar</p><p>para o uso do vocativo (chamamento).</p><p>Disponível em: em: https://brasilescola.uol.com.br/redacao/carta-argumentativa.htm. Acesso</p><p>em: 30 jun. 2023.</p><p>Disponível em: https://querobolsa.com.br/enem/redacao/carta-argumentativa. Acesso em: 28</p><p>jun. 2023 (adaptado).</p><p>5. PROPOSTA DE ESCRITA DO GÊNERO CARTA AR-</p><p>GUMENTATIVA</p><p>Caro(a) estudante,</p><p>Como já demonstramos até aqui, não há nenhum segre-</p><p>do na escrita desse gênero textual, seja como forma</p><p>de recurso, de pedido ou com o objetivo de recla-</p><p>mar, os temas para a carta argumentativa podem variar,</p><p>mas a estrutura básica dela permanece a mesma.</p><p>Vamos escrever???</p><p>PROPOSTA DE ESCRITA</p><p>Considere-se um(a) jovem atuante, preocupado(a) e</p><p>insatisfeito(a) com o descaso de muitas pessoas com</p><p>a questão do meio ambiente. Você se sente incomoda-</p><p>do(a) com a falta de ação consciente por parte de muitos</p><p>cidadãos e de diversas empresas. Há algumas décadas,</p><p>percebeu-se que preservar a natureza significa também</p><p>preservar a própria vida humana no planeta terra. No iní-</p><p>cio, a preocupação era pela extinção dos animais, mais</p><p>tarde a problemática era o desmatamento das florestas,</p><p>a poluição da atmosfera até que se atentou para todos</p><p>os tipos de impactos que possam prejudicar o meio am-</p><p>biente, como por exemplo, a poluição causada pelas</p><p>indústrias. Nesse sentido, é necessário se posicionar.</p><p>Afinal, não basta apenas que as empresas anunciem</p><p>que seus produtos não causam danos ambientais, é</p><p>preciso provar. Uma empresa que atua socialmente com</p><p>ações que contribuem com a não destruição da natureza</p><p>e comprova ações ganha mais credibilidade no mercado</p><p>e mais confiança do cliente, além de cumprir um papel</p><p>social necessário e obrigatório. Considerando essa pro-</p><p>blemática, escreva uma carta argumentativa para um</p><p>gestor de uma determinada empresa para defender o</p><p>seu ponto de vista sobre esse assunto e, dessa forma,</p><p>persuadir esse leitor/interlocutor sobre a necessidade de</p><p>refletir sobre essa temática e criar ações, estratégias de</p><p>preservação do meio ambiente, implementar programas</p><p>de prevenção à poluição, gerir instrumentos de correção</p><p>Revisa Goiás</p><p>Secretaria de Estado</p><p>da Educação</p><p>SEDUC</p><p>Revisa 3ª Série - Língua Portuguesa - Agosto/2023</p><p>38</p><p>aos danos ambientais, adequar os produtos às especifi-</p><p>cações ecológicas, por exemplo.</p><p>Professor(a), comente com os(as) estudantes que os textos mo-</p><p>tivadores versam sobre a temática: O descaso das autoridades</p><p>com o meio ambiente. Chame a atenção para a primeira carta</p><p>argumentativa. A "Carta do Índio" ou "Carta ao Grande Che-</p><p>fe" ou "Carta do Cacique Seattle" foi escrita no ano de 1855</p><p>pelo chefe da tribo Suquamish. Na ocasião, o presidente dos</p><p>Estados Unidos, Francis Pierce, havia demonstrado interesse</p><p>nas terras dos índios. Essa carta não tem todos os elementos</p><p>que atualmente constam em uma carta argumentativa, mas ela</p><p>traz argumentos bem elaborados sobre a questão ambiental.</p><p>que hoje faz sentido quando falamos em meio ambiente.</p><p>Vale a pena saber!!!</p><p>Se você nunca se deparou com a carta abaixo em</p><p>um texto escolar ou processo seletivo, um dia vai. A</p><p>“Carta do Índio” ou “Carta ao Grande Chefe” ou</p><p>“Carta do Cacique Seattle” foi escrita no ano de</p><p>1855 pelo chefe da tribo Suquamish. Na ocasião, o</p><p>presidente dos Estados Unidos, Francis Pierce, ha-</p><p>via demonstrado interesse nas terras dos índios.</p><p>Disponível em: https://essaseoutras.com.br/carta-do-cacique-seattle-traducao-do-</p><p>-texto-do-indio-ao-presidente-eua/. Acesso em: 28 jun. 2023 (adaptado).</p><p>TEXTOS MOTIVADORES</p><p>Leia os textos que se seguem para redigir a carta argu-</p><p>mentativa proposta.</p><p>A CARTA DO ÍNDIO</p><p>“O que ocorrer com a terra,</p><p>recairá sobre os filhos da terra.</p><p>Há uma ligação em tudo.”</p><p>Em 1854 o chefe índio Seattle enviou uma carta ao Pre-</p><p>sidente dos Estados Unidos em resposta a sua propos-</p><p>ta para comprar as terras onde a tribo morava. A visão</p><p>ecológica (a palavra ecologia nem existia na época) dele</p><p>é surpreendente.</p><p>Disponível em: https://www.unochapeco.edu.br/viveiro-educativo/fotolog/19-de-abril-dia-do-n-</p><p>dio-carta-do-chefe-seattle#1. Acesso em: 28 jun. 2023.</p><p>TEXTO I</p><p>A Carta do Chefe Seattle (Duwamish)</p><p>O grande chefe de Washington mandou dizer que de-</p><p>sejava comprar a nossa terra, o grande chefe assegu-</p><p>rou-nos também de sua amizade e benevolência. Isto é</p><p>gentil de sua parte, pois sabemos que ele não precisa de</p><p>nossa amizade. Vamos, porém, pensar em sua oferta,</p><p>pois sabemos que se não o fizermos, o homem branco</p><p>virá com armas e tomará nossa terra. O grande chefe</p><p>de Washington pode confiar no que o Chefe Seattle diz</p><p>com a mesma certeza com que nossos irmãos brancos</p><p>podem confiar na alteração das estações do ano. Minha</p><p>palavra é como as estrelas - elas não empalidecem.</p><p>Como podes comprar ou vender o céu, o calor da terra?</p><p>Tal ideia nos é estranha. Se não somos donos da pure-</p><p>za do ar ou do resplendor da água, como então podes</p><p>comprá-los? Cada torrão desta terra é sagrado para meu</p><p>povo, cada folha reluzente de pinheiro, cada praia areno-</p><p>sa, cada véu de neblina na floresta escura, cada clareira</p><p>e inseto a zumbir são sagrados nas tradições e na cons-</p><p>ciência do meu povo. A seiva que circula nas árvores car-</p><p>rega consigo as recordações do homem vermelho.</p><p>O homem branco esquece a sua terra natal, quando -</p><p>depois de morto - vai vagar por entre as estrelas. Os</p><p>nossos mortos nunca esquecem esta formosa terra, pois</p><p>ela é a mãe do homem vermelho. Somos parte da terra</p><p>e ela é parte de nós. As flores perfumadas são nossas</p><p>irmãs; o cervo, o cavalo, a grande águia - são nossos</p><p>irmãos. As cristas rochosas, os sumos da campina, o</p><p>calor que emana do corpo de um Mustang, e o homem -</p><p>todos pertencem à mesma família.</p><p>Portanto, quando o grande chefe de Washington manda</p><p>dizer que deseja comprar nossa terra, ele exige muito de</p><p>nós. O grande chefe manda dizer que irá reservar para nós</p><p>um lugar em que possamos viver confortavelmente. Ele</p><p>será nosso pai e nós seremos seus filhos. Portanto, vamos</p><p>considerar a tua oferta de comprar nossa terra. Mas não</p><p>vai ser fácil, porque esta terra é para nós sagrada.</p><p>Esta água brilhante que corre nos rios e regatos não é</p><p>apenas água, mas sim o sangue de nossos ancestrais.</p><p>Se te vendermos a terra, terás de te lembrar que ela é</p><p>sagrada e terás de ensinar a teus filhos que é sagrada</p><p>e que cada reflexo espectral na água límpida dos lagos</p><p>conta os eventos e as recordações da vida de meu povo.</p><p>O rumorejar d'água é a voz do pai de meu pai. Os rios são</p><p>nossos irmãos, eles apagam nossa sede. Os rios trans-</p><p>portam nossas canoas e alimentam nossos filhos. Se te</p><p>vendermos nossa terra, terás de te lembrar e ensinar a</p><p>teus filhos que os rios são irmãos nossos e teus, e terás</p><p>de dispensar aos rios a afabilidade que darias a um irmão.</p><p>Revisa Goiás</p><p>Secretaria de Estado</p><p>da Educação</p><p>SEDUC</p><p>Revisa 3ª Série - Língua Portuguesa - Agosto/2023</p><p>39</p><p>Sabemos que o homem branco não compreende o nos-</p><p>so modo de viver. Para ele um lote de terra é igual a ou-</p><p>tro, porque ele é um forasteiro que chega na calada da</p><p>noite e tira da terra tudo o que necessita. A terra não é</p><p>sua irmã, mas sim sua inimiga, e depois de a conquistar,</p><p>ele vai embora, deixa para trás os túmulos de seus ante-</p><p>passados, e nem se importa. Arrebata a terra das mãos</p><p>de seus fi lhos e não se importa. Ficam esquecidos a</p><p>sepultura de seu pai e o direito de seus fi lhos à herança.</p><p>Ele trata sua mãe - a terra - e seu irmão - o céu - como</p><p>coisas que podem ser compradas, saqueadas, vendidas</p><p>como ovelha ou miçanga cintilante. Sua voracidade ar-</p><p>ruinará a terra, deixando para trás apenas um deserto.</p><p>Não sei. Nossos modos diferem dos teus. A vista de tuas</p><p>cidades causa tormento aos olhos do homem vermelho.</p><p>Mas talvez isto seja assim por ser o homem vermelho</p><p>um selvagem que de nada entende.</p><p>Não há sequer um lugar calmo nas cidades do homem</p><p>branco. Não há lugar onde se possa ouvir o desabrochar</p><p>da folhagem na primavera ou o tinir das assa de um in-</p><p>seto. Mas talvez assim seja por ser eu um selvagem que</p><p>nada compreende; o barulho parece apenas insultar os</p><p>ouvidos. E que vida é aquela se um homem não pode</p><p>ouvir a voz solitária do curiango ou, de noite, a conver-</p><p>sa dos sapos em volta de um brejo? Sou um homem</p><p>vermelho e nada compreendo. O índio prefere o suave</p><p>sussurro do vento a sobrevoar a superfície de uma lagoa</p><p>e o cheiro do próprio vento, purifi cado por uma chuva do</p><p>meio-dia, ou rescendendo a pinheiro.</p><p>O ar é precioso para o homem vermelho, porque todas</p><p>as criaturas respiram em comum - os animais, as árvo-</p><p>res, o homem. O homem branco parece não perceber</p><p>o ar que respira. Como um moribundo em prolongada</p><p>agonia, ele é insensível ao ar fétido. Mas se te vender-</p><p>mos nossa terra, terás de te lembrar que o ar é precioso</p><p>para nós, que o ar reparte seu espírito com toda a vida</p><p>que ele sustenta. O vento que deu ao nosso bisavô o</p><p>seu primeiro sopro de vida, também recebe o seu último</p><p>suspiro. E se te vendermos nossa terra, deverás mantê-</p><p>-la reservada, feita santuário, como um lugar em que o</p><p>próprio homem branco possa ir saborear o vento, ado-</p><p>çado com a fragrância das fl ores campestres. Assim,</p><p>pois, vamos considerar tua oferta para comprar nossa</p><p>terra. Se decidirmos aceitar, farei uma condição: o ho-</p><p>mem branco deve tratar os animais desta terra como se</p><p>fossem seus irmãos.</p><p>[...]</p><p>Disponível em: https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/upload/chamadas/Car-</p><p>ta_do_Chefe_Seattle_1263221069.pdf. Acesso em: 28 jun. 2023.</p><p>TEXTO II</p><p>Pnuma: emissões de CO2 precisam cair 7,6% ao ano</p><p>Medida é fundamental para evitar "catástrofe climática"</p><p>O relatório do Programa das Nações Unidas para o</p><p>Meio Ambiente (Pnuma) divulgado hoje (26) alertou</p><p>que</p><p>é preciso reduzir em 7,6% a emissão de gases de efeito</p><p>estufa no período entre 2020 e 2030 para evitar uma</p><p>"catástrofe climática". O documento do organismo das</p><p>Nações Unidas indicou que sem essa redução, a tem-</p><p>peratura do planeta pode aumentar 3,2ºC. Pelo acordo</p><p>de Paris sobre o aquecimento global, a previsão seria</p><p>de aumento de 1,5ºC na temperatura até ao fi m do sé-</p><p>culo. Mesmo diante do risco, representantes do Pnuma</p><p>afi rmaram que não há sinal de esforço nesse sentido e</p><p>que os acordos atuais para a redução das emissões são</p><p>insufi cientes.</p><p>Os dados mostram que em 2018, o total de emissões</p><p>de CO2 atingiu níveis recordes e, na última década, as</p><p>emissões aumentaram 1,5% por ano.</p><p>No ano passado, o Painel Intergovernamental das Al-</p><p>terações Climáticas alertou que o aumento de mais de</p><p>1,5ºC por ano no século terá efeitos destrutivos para a</p><p>vida dos humanos, animais e plantas em todo o mundo.</p><p>A ONU diz agora que os países mais ricos falharam no</p><p>corte de emissões com a rapidez necessária. Segundo o</p><p>organismo, 15 dos 20 países mais ricos do mundo não têm</p><p>sequer um plano para atingir o nível zero de emissões.</p><p>“Coletivamente, os países falharam em parar o cresci-</p><p>mento das emissões de gases com efeito de estufa, o</p><p>que signifi ca que agora são necessários cortes mais</p><p>profundos e mais rápidos”, destaca o relatório.</p><p>Diretora do Pnuma, Inger Anderson afi rmou que os pa-</p><p>íses não podem mais adiar medidas necessárias para</p><p>mudar o cenário. Os cortes agora propostos, de 7,6%,</p><p>“mostram que os países simplesmente não podem es-</p><p>perar”, acrescentou.</p><p>“Temos de acelerar para compensar os anos em que ‘dei-</p><p>xamos para mais tarde'. Se não fi zermos isso, o valor de</p><p>+1,5ºC será atingido antes de 2030”, reforçou Anderson.</p><p>Revisa Goiás</p><p>Secretaria de Estado</p><p>da Educação</p><p>SEDUC</p><p>40</p><p>Revisa 3ª Série - Língua Portuguesa - Agosto/2023</p><p>O relatório analisa as ações dos países ricos que integram o G20, responsáveis por 78% das emissões de CO2. Sete</p><p>desses países têm de aplicar mais medidas para cumprirem as suas promessas atuais. Neste grupo, estão a Austrália,</p><p>Canadá, Brasil, Japão, República da Coreia, África do Sul e Estados Unidos.</p><p>Na próxima semana, Madrid recebe o COP25, a conferência das Nações Unidas para as alterações climáticas de 2019</p><p>e, em 2020, a expectativa é que esses países definam metas mais ambiciosas no âmbito do Acordo de Paris.</p><p>Disponível em: https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2019-11/pnuma-emissoes-de-co2-precisam-cair-76-ao-ano#. Acesso em: 28 jun. 2023.</p><p>TEXTO III</p><p>Disponível em: http://4.bp.blogspot.com/-SV7My0NYM5I/Tc6nC8KUU4I/AAAAAAAAAGo/VmgYD032EOk/s1600/TIRA%2B4_COLOR.jpg. Acesso em: 28 jun. 2023.</p><p>TEXTO IV</p><p>Disponível em: https://i.pinimg.com/originals/4a/24/50/4a2450c37eeefb1a3994e63d92c16050.png. Acesso em: 28 jun. 2023.</p><p>Revisa Goiás</p><p>Secretaria de Estado</p><p>da Educação</p><p>SEDUC</p><p>41</p><p>Revisa 3ª Série - Língua Portuguesa - Agosto/2023</p><p>Folha de Produção de Texto</p><p>1</p><p>2</p><p>3</p><p>4</p><p>5</p><p>6</p><p>7</p><p>8</p><p>9</p><p>10</p><p>11</p><p>12</p><p>13</p><p>14</p><p>15</p><p>16</p><p>17</p><p>18</p><p>19</p><p>20</p><p>21</p><p>22</p><p>23</p><p>24</p><p>25</p><p>26</p><p>27</p><p>28</p><p>29</p><p>30</p><p>fato.</p><p>- Ler textos diversos reconhecendo os elementos constituintes do gênero, principal-</p><p>mente textos dissertativos-argumentativos.</p><p>- Ter uma visão geral do texto (assunto, informações principais e secundárias etc.)</p><p>- Compreender o que é fato: algo cuja existência é inquestionável, real, concreto, ver-</p><p>dadeiro.</p><p>- Compreender o que é opinião: é a subjetividade do locutor/emissor, modo de pensar,</p><p>de julgar (as opiniões mostram o caráter de uma pessoa, pois são moldadas pelo sis-</p><p>tema de valores que regem as atitudes do indivíduo).</p><p>- Perceber que, principalmente, em textos informativos e dissertativos-argumentativos,</p><p>as evidências são os “fatos” e a análise sobre esses fatos é a “opinião.”</p><p>Revisa Goiás</p><p>Secretaria de Estado</p><p>da Educação</p><p>SEDUC</p><p>Revisa 3ª Série - Língua Portuguesa - Agosto/2023</p><p>6</p><p>D 21</p><p>Reconhecer</p><p>posições distintas</p><p>entre duas ou mais</p><p>opiniões relativas</p><p>ao mesmo fato ou</p><p>ao mesmo tema.</p><p>- Ler textos de gêneros diversos.</p><p>- Observar os elementos constitutivos do gênero.</p><p>- Perceber a finalidade e a intenção comunicativa no texto.</p><p>- Identificar o assunto global do texto.</p><p>- Distinguir fato e opinião relativa a esse fato, observando o juízo de valor que é atribu-</p><p>ído ao fato analisado.</p><p>- Reconhecer em um único texto, opiniões distintas em relação a um mesmo fato.</p><p>- Reconhecer em dois ou mais textos diferentes, os pontos de vista que são divergentes</p><p>sobre o mesmo assunto/tema.</p><p>- Analisar de modo crítico os diferentes discursos em gêneros diversos.</p><p>- Inferir as possíveis intenções do(a) autor(a) marcadas no texto, considerando as refe-</p><p>rências intertextuais e interdiscursivas.</p><p>- Analisar e se posicionar em relação aos textos que se lê/ouve, em especial, os argu-</p><p>mentativos.</p><p>- Comparar informações veiculadas sobre um mesmo fato/tema em diferentes mídias e</p><p>concluir qual é mais confiável e o porquê.</p><p>- Avaliar a fidedignidade de informações sobre um mesmo fato veiculadas em diferen-</p><p>tes mídias.</p><p>- Identificar e analisar posicionamentos defendidos e refutados em textos dissertativos-</p><p>-argumentativos, em especial, no artigo de opinião.</p><p>D7 Identificar a tese</p><p>de um texto.</p><p>- Ler textos de gêneros diversos.</p><p>- Reconhecer os elementos constitutivos do gênero em estudo.</p><p>- Identificar a finalidade/função social de textos de opinião, especialmente, os argumen-</p><p>tativos.</p><p>- Identificar e compreender o tema, bem como a relação de estruturas próprias de tex-</p><p>tos argumentativos (pensamento lógico/pensamento abstrato).</p><p>- Identificar e analisar a tese/ponto de vista, percebendo o posicionamento do(a) au-</p><p>tor(a) em relação à temática, uma ideia, uma concepção e/ou um fato.</p><p>D8</p><p>Estabelecer rela-</p><p>ção entre a tese</p><p>e os argumentos</p><p>oferecidos para</p><p>sustentá-la.</p><p>- Ler textos de gêneros diversos, principalmente os argumentativos e reconhecer a</p><p>situação comunicativa.</p><p>- Ler e reconhecer, em textos dissertativos-argumentativos, as razões oferecidas em</p><p>defesa do posicionamento e/ou ponto de vista/tese.</p><p>- Identificar teses/opiniões/posicionamentos explícitos e implícitos, argumentos e con-</p><p>tra-argumentos em textos dissertativos-argumentativos.</p><p>- Compreender as estratégias de argumentação em textos dissertativos-argumentati-</p><p>vos (exemplos, dados estatísticos, citação direta e indireta, analogias etc.)</p><p>Revisa Goiás</p><p>Secretaria de Estado</p><p>da Educação</p><p>SEDUC</p><p>Revisa 3ª Série - Língua Portuguesa - Agosto/2023</p><p>7</p><p>D17</p><p>Reconhecer o</p><p>efeito de sentido</p><p>decorrente do uso</p><p>da pontuação e de</p><p>outras notações.</p><p>- Ler textos de gêneros diversos.</p><p>- Identificar o assunto global do texto e os principais elementos do texto/gênero.</p><p>- Identificar a finalidade, isto é, para que o texto foi escrito.</p><p>- Compreender “efeito de sentido” como a possibilidade de o autor fazer uso de pala-</p><p>vras/expressões de modo intencional.</p><p>- Compreender a função de diferentes sinais de pontuação em textos variados.</p><p>- Compreender que os sinais de pontuação não são utilizados para separar ou marcar</p><p>segmentos da superfície do texto, eles podem assumir “efeitos de sentido”, portanto,</p><p>não podem ser vistos apenas no seu aspecto puramente gramatical.</p><p>- Identificar efeito de sentido no emprego proposital do itálico, negrito, caixa alta etc.</p><p>- Compreender a importância de se construir, não apenas o conhecimento dos usos</p><p>convencionais dos recursos (pontuação e outras notações), como também das funções</p><p>textuais que podem ser utilizadas de modo não convencional/não usual.</p><p>Reconhecer que a pontuação (aspas, reticências, parênteses, ponto de interrogação,</p><p>de exclamação etc.) quanto as demais notações (caixa alta, tipo e tamanho de letra</p><p>etc.) são recursos gráficos, próprios do sistema da escrita, que podem promover e/ou</p><p>intensificar “efeitos de sentido”, sendo fundamentais para o processamento da leitura.</p><p>D19</p><p>Reconhecer o efei-</p><p>to de sentido de-</p><p>corrente da explo-</p><p>ração de recursos</p><p>ortográficos e/ou</p><p>morfossintáticos.</p><p>- Ler textos de gêneros diversos reconhecendo os elementos que os constituem.</p><p>- Identificar o assunto global do texto.</p><p>- Entender que “efeito de sentido” são as possibilidades escolhidas pelo locutor/emissor</p><p>para transmitir uma comunicação de forma intencional.</p><p>- Perceber diferentes funções textuais produzidas por um único recurso expressivo e os</p><p>diferentes efeitos de sentido provocados por ele.</p><p>- Compreender que o recurso da “repetição” pode ser uma estratégia que promove</p><p>vários sentidos como por exemplo (sequenciação textual, topicalização, entre outros).</p><p>- Identificar, em textos, os termos constitutivos da oração (sujeito e seus modificadores,</p><p>verbo e seus complementos e modificadores), construção de gradação entre outros,</p><p>utilizados com a intenção de provocar “efeitos de sentido.”</p><p>- Analisar os efeitos de sentido decorrentes do uso de expressões, adjetivos, advérbios,</p><p>verbos, substantivos, conjunções, dentre outros em textos diversos.</p><p>- Compreender o efeito de sentido do uso dos verbos de ligação “ser”, “estar”, “ficar”,</p><p>“parecer” e “permanecer”.</p><p>Compreender efeitos de sentido decorrentes de usos expressivos da linguagem (es-</p><p>colha de determinadas palavras ou expressões (ordenação/combinação/contraposição</p><p>etc.) para ampliar os sentidos e de uso crítico da língua.</p><p>Revisa Goiás</p><p>Secretaria de Estado</p><p>da Educação</p><p>SEDUC</p><p>Revisa 3ª Série - Língua Portuguesa - Agosto/2023</p><p>8</p><p>D2</p><p>Estabelecer rela-</p><p>ções entre partes</p><p>de um texto, identi-</p><p>ficando repetições</p><p>ou substituições</p><p>que contribuem</p><p>para a continuida-</p><p>de de um texto.</p><p>- Ler textos de gêneros diversos observando a construção composicional.</p><p>- Identificar qual é a ideia principal do texto.</p><p>- Reconhecer que as ideias do texto são entrelaçadas e seguem uma continuidade.</p><p>- Compreender que as ideias apresentadas no texto pelo autor ultrapassam a simples</p><p>decodificação e apresentam diversas relações.</p><p>- Identificar as relações estabelecidas entre partes/todo do texto, considerando os gê-</p><p>neros textuais.</p><p>- Perceber as relações entre partes/todo para reconstruir os significados do texto.</p><p>- Compreender como os elementos são introduzidos e/ou retomados, estabelecendo</p><p>relações entre as partes/todo do texto.</p><p>- Identificar a relação coesiva de repetições, substituições, retomadas que contribuem</p><p>com efetivo entendimento da leitura/significados.</p><p>D9</p><p>Diferenciar as</p><p>partes principais</p><p>das secundárias</p><p>em um texto.</p><p>- Ler textos de gêneros diversos, principalmente os argumentativos e informativos.</p><p>- Identificar a ideia principal (assunto) do texto.</p><p>- Reconhecer informações explícitas e implícitas nos textos.</p><p>- Reconhecer a hierarquia das informações/ideias apresentadas, de maneira que umas</p><p>convergem para o núcleo principal do texto, isto é, para o tema/assunto. E, outras apenas</p><p>são informações adicionais, acessórias, explicativas, ou que ilustram o “dito” textual.</p><p>- Identificar elementos (partes) principais e secundários(as) do texto em estudo.</p><p>- Reconhecer, em notícias, por exemplo, o fato central, suas principais circunstâncias e</p><p>eventuais decorrências.</p><p>- Analisar o texto com o seu contexto de produção considerando</p><p>a construção de sentidos.</p><p>D16</p><p>Identificar efeitos</p><p>de ironia ou humor</p><p>em textos varia-</p><p>dos.</p><p>- Ler textos de gêneros diversos, como piadas, charges, tiras, letras de música, textos</p><p>publicitários etc.</p><p>- Identificar o assunto global do texto.</p><p>- Identificar o objetivo do texto, isto é, para que ele foi escrito.</p><p>- Identificar no texto palavras/expressões com sentido denotativo e conotativo.</p><p>- Compreender o que é efeito de sentido, ou seja, as possibilidades de palavras/expres-</p><p>sões escolhidas pelo autor do texto com uma intenção comunicativa.</p><p>- Identificar no texto palavras/expressões e/ou principais ideias/partes que apresentam</p><p>efeito de sentido.</p><p>- Compreender o que é “ironia”, isto é, uso de palavra e/ou expressão de sentido oposto,</p><p>de modo proposital, do que se quis dizer.</p><p>- Compreender que no texto, o “humor” pode fazer rir, mas também pode apresentar</p><p>uma crítica, uma reflexão por meio de recursos expressivos intencionais.</p><p>Revisa Goiás</p><p>Secretaria de Estado</p><p>da Educação</p><p>SEDUC</p><p>Revisa 3ª Série - Língua Portuguesa - Agosto/2023</p><p>9</p><p>D5</p><p>Interpretar texto</p><p>com auxílio de</p><p>material gráfico</p><p>diverso (propagan-</p><p>das, quadrinhos,</p><p>foto etc.).</p><p>- Ler textos diversos, principalmente os multimodais.</p><p>- Ler histórias em quadrinhos, charges e tirinhas, entre outros gêneros, relacionando</p><p>imagens e palavras.</p><p>- Compreender o sentido denotativo e conotativo das palavras num determinado contexto</p><p>- Entender a ironia, crítica ou humor de uma charge, tirinha, meme, partindo do conhe-</p><p>cimento prévio do fato ou assunto criticado/humorizado.</p><p>- Inferir, em textos multissemióticos – tirinhas, charges, cartuns, memes, etc. –, o efeito</p><p>de humor, ironia e/ou crítica pelo uso ambíguo de palavras, expressões ou imagens</p><p>ambíguas, de clichês, de recursos iconográficos, de pontuação etc.</p><p>- Observar que nos textos há uma mistura de linguagem verbal e não verbal que preci-</p><p>sam ser articuladas na leitura para o entendimento global do texto.</p><p>- Perceber que a integração de imagens e palavras contribui para a formação de novos</p><p>sentidos do texto.</p><p>- Reconhecer os sentidos/significados do texto (traços físicos refletindo estados psico-</p><p>lógicos para exteriorizar o pensamento).</p><p>- Reconhecer a relação de sentido entre imagem (linguagem não verbal e texto verbal</p><p>(multimodalidade) no gênero em estudo, por meio de recursos linguísticos e semióticos).</p><p>- Explorar os variados efeitos multissemióticos em gêneros diversos.</p><p>- Interpretar textos a partir de peças publicitárias e charges de jornal aos textos presentes</p><p>em materiais didáticos de outras disciplinas, como gráfico, mapas, tabelas, roteiros etc.</p><p>- Comparar e reconhecer as semelhanças e diferenças das histórias em quadrinhos,</p><p>tirinhas, charges e cartuns.</p><p>D20</p><p>Reconhecer</p><p>diferentes formas</p><p>de tratar uma</p><p>informação na</p><p>comparação de</p><p>textos que tratam</p><p>do mesmo tema,</p><p>em função das</p><p>condições em que</p><p>ele foi produzido e</p><p>daquelas em que</p><p>será recebido.</p><p>- Ler textos de gêneros diversos, principalmente aqueles com os mesmos temas.</p><p>- Reconhecer a ideia principal (assunto) do texto.</p><p>- Reconhecer a situação de produção do texto, considerando fatores como: (interlocu-</p><p>tores, intenção do discurso, local de circulação, linguagem etc.)</p><p>- Comparar textos que se referem a mesma temática (assunto).</p><p>- Comparar dois textos do mesmo gênero e com o mesmo tema e perceber caracterís-</p><p>ticas que não são comuns aos dois.</p><p>- Analisar dois textos sobre o mesmo tema/assunto, publicado em jornais diferentes.</p><p>- Refletir sobre textos que apresentam posicionamentos diferentes sobre um mesmo</p><p>tema/assunto.</p><p>- Identificar possíveis inferências das intenções do autor(a) marcadas no texto.</p><p>- Reconhecer possíveis inferências intertextuais e possíveis interdiscursos presentes</p><p>nos textos.</p><p>- Perceber os processos de convencimento/persuasão utilizados pelo(a) autor(a) para</p><p>atuar sobre o interlocutor/leitor.</p><p>- Comparar textos e extrair complementaridades e contradições.</p><p>Revisa Goiás</p><p>Secretaria de Estado</p><p>da Educação</p><p>SEDUC</p><p>Revisa 3ª Série - Língua Portuguesa - Agosto/2023</p><p>10</p><p>DESCRITORES TRABALHADOS NA PRODUÇÃO TEXTUAL</p><p>D6 – Identificar o tema de um texto.</p><p>D12 – Identificar a finalidade de textos de diferentes gêneros.</p><p>D7 – Identificar a tese de um texto.</p><p>D8 – Estabelecer relações entre tese e os argumentos oferecidos para sustentá–la.</p><p>D14 – Distinguir um fato da opinião relativa a esse fato.</p><p>D11 – Estabelecer relação de causa /consequência entre as partes e elementos do texto.</p><p>D2 – Estabelecer relações entre partes de um texto, identificando repetições ou substituições que contribuem para</p><p>a continuidade de um texto.</p><p>D15 – Estabelecer relações lógico–discursiva presentes no texto, marcadas por conjunções, advérbios etc.</p><p>D1 – Localizar informações explícitas em um texto.</p><p>D3 – Inferir o sentido de uma palavra ou expressão.</p><p>D4 – Inferir uma informação implícita em um texto.</p><p>D9 – Diferenciar partes principais das secundárias em um texto.</p><p>Revisa Goiás</p><p>Secretaria de Estado</p><p>da Educação</p><p>SEDUC</p><p>Revisa 3ª Série - Língua Portuguesa - Agosto/2023</p><p>11</p><p>Professor(a), o objetivo deste material é trabalhar atividades que auxiliarão os(as) estudantes a desenvolverem habi-</p><p>lidades necessárias ao processo de ensino aprendizagem da Língua Portuguesa/Linguagem. As atividades aqui tra-</p><p>balhadas buscam desenvolver habilidades mais gerais e específicas da área de linguagem. Ressalta-se que o objetivo</p><p>deste trabalho, além de contribuir com o processo de desenvolvimento das práticas de linguagem, busca ampliar as</p><p>aprendizagens e melhorar a proficiência dos(as) estudantes.</p><p>Sabe-se que todo trabalho com a Língua Portuguesa é realizado a partir do texto. Essa é uma condição para que haja</p><p>objeto de estudo, pensamento e ensino. Nesse sentido, são desenvolvidas atividades, a partir dos textos/gêneros, que</p><p>objetivam traçar caminhos para contribuir com o desenvolvimento de conhecimentos ainda não alcançados pelo(a)</p><p>estudante, mas extremamente necessários para uma aprendizagem mais ampla e proficiente da língua, bem como da</p><p>produção textual.</p><p>Dessa forma, cada descritor/habilidade trabalhado(a) dialoga diretamente/indiretamente com o currículo. Nas ativida-</p><p>des, os diálogos são, propositalmente, dialógicos e retomados com a finalidade de suscitar uma reflexão sobre o proces-</p><p>so de ensino da língua. Nesse sentido, são apresentados no quadro inicial junto dos “Descritores” os “Conhecimentos</p><p>Necessários” como sugestão para auxiliar esse caminho reflexivo, analítico e funcional no ensino proficiente da língua.</p><p>É importante ressaltar, também, que este material foi dividido em duas semanas (Semana1 e Semana 2) e que, em</p><p>cada uma, é apresentada uma temática principal com temas mais específicos de acordo com o componente curricular.</p><p>DIALOGANDO COM O(A) PROFESSOR(A)</p><p>Revisa Goiás</p><p>Secretaria de Estado</p><p>da Educação</p><p>SEDUC</p><p>Revisa 3ª Série - Língua Portuguesa - Agosto/2023</p><p>12</p><p>Semana 1</p><p>►Temática – Elementos constitutivos dos</p><p>gêneros em estudo. Fato e Opinião. Progressão</p><p>Textual. Efeitos de Sentido.</p><p>Caro(a) estudante, o aprendizado não pode parar,</p><p>por isso é muito importante sua caminhada rumo ao</p><p>sucesso. Vamos continuar estudando e aprendendo?</p><p>Este material foi feito para você! Leia e releia os tex-</p><p>tos, faça as atividades atentamente e tenha excelente</p><p>aproveitamento.</p><p>Professor(a), nestas aulas são desenvolvidas atividades per-</p><p>tinentes aos descritores e aos conhecimentos necessários</p><p>listados no quadro. Todas as atividades propostas terão como</p><p>suporte os gêneros textuais: notícia, carta argumentativa, poe-</p><p>ma e tirinha, além do gênero charge.</p><p>Vale destacar, também, que as atividades seguem as práticas</p><p>da língua: oralidade. leitura/escuta. análise linguística se-</p><p>miótica e de produção escrita. Por isso, é importante que</p><p>você, professor(a), desenvolva as atividades com os(as) estu-</p><p>dantes focalizando no “fazer juntos.”</p><p>As atividades propostas nestas aulas estão em consonância</p><p>com as habilidades da BNCC e os Objetivos de Aprendizagem</p><p>do DCGO-EM. Tais como: (BNCC EM13LGG303)</p><p>Debater</p><p>questões polêmicas de relevância social, analisando diferen-</p><p>tes argumentos e opiniões, para formular, negociar e sustentar</p><p>posições, frente à análise de perspectivas distintas. (GO-EML-</p><p>P06A) Empregar os recursos linguísticos de coesão (preposi-</p><p>ções, conjunções, pronomes, advérbios, analisando textos de</p><p>diferentes gêneros discursivos para permitir a produção crítica</p><p>de relações lógico-discursivas em vários tipos de possibilidades</p><p>textuais. (GO-EMLP06C) Conhecer o vocabulário dos diversos</p><p>gêneros textuais orais e escritos (propagandas educativas na</p><p>TV, curta-metragem, documentários, folhetos de campanhas,</p><p>artigos científi cos, destacando palavras desconhecidas, identi-</p><p>fi cando a sinonímia, antonímia, paronímia, homonímia e outros,</p><p>seu signifi cado pelo contexto, pesquisando em dicionários digi-</p><p>tais ou impressos para ampliar o léxico. (EM13LP07) Analisar,</p><p>em textos de diferentes gêneros, marcas que expressam a po-</p><p>sição do enunciador frente àquilo que é dito: uso de diferentes</p><p>modalidades (epistêmica, deôntica e apreciativa) e de diferen-</p><p>tes recursos gramaticais que operam como modalizadores</p><p>(verbos modais, tempos e modos verbais, expressões modais,</p><p>adjetivos, locuções ou orações adjetivas, advérbios, locuções</p><p>ou orações adverbiais, entonação etc.), uso de estratégias de</p><p>impessoalização (uso de terceira pessoa e de voz passiva etc.),</p><p>com vistas ao incremento da compreensão e da criticidade e</p><p>ao manejo adequado desses elementos nos textos produzidos,</p><p>considerando os contextos de produção.</p><p>Aproveite para desenvolver as habilidades necessá-</p><p>rias para o desenvolvimento de uma aprendizagem</p><p>efetiva e para contribuir com a realização das futuras</p><p>avaliações: Enem, Saeb entre outras. Siga em frente!!!</p><p>Vale a pena saber!!!</p><p>Gênero textual notícia</p><p>O gênero textual notícia tem o objetivo de divulgar um</p><p>acontecimento, que pode ser de ordem política, social,</p><p>econômica, cultural ou natural, que afeta indivíduos ou</p><p>grupos signifi cativos e, por isso, recebe a atenção dos</p><p>meios de comunicação. Em outras palavras, a notícia</p><p>é a matéria-prima do jornalismo e, via de regra, noti-</p><p>ciam-se acontecimentos socialmente relevantes.</p><p>Características</p><p>Gênero textual notícia</p><p>O gênero textual notícia tem o objetivo de divulgar</p><p>um acontecimento, que pode ser de ordem política,</p><p>social, econômica, cultural ou natural, que afeta indi-</p><p>víduos ou grupos signifi cativos e, por isso, recebe a</p><p>atenção dos meios de comunicação. Em outras pa-</p><p>lavras, a notícia é a matéria-prima do jornalismo e,</p><p>via de regra, noticiam-se acontecimentos socialmente</p><p>relevantes.</p><p>Características</p><p>O gênero textual notícia é um gênero jornalístico e</p><p>não literário que está muito presente no dia a dia,</p><p>tanto no formato escrito quanto no oral (audiovisual).</p><p>Esse gênero é chamado de gênero informativo e são</p><p>enquadrados dentro da ordem do narrar.</p><p>Concretude: o texto noticioso precisa apresentar</p><p>dados concretos da realidade, a fi m de transmitir ao</p><p>leitor confi abilidade e credibilidade. Por isso, é impor-</p><p>tante que a notícia exponha, por exemplo, o dia exato</p><p>em que o fato aconteceu e, se possível e cabível, até</p><p>o mesmo o horário, bem como o lugar do aconteci-</p><p>mento, os nomes dos envolvidos no ocorrido. Ou seja,</p><p>é necessário fornecer ao leitor dados concretos.</p><p>Expressão dos fatos e não de opinião: o texto</p><p>deve apresentar os fatos e evitar o máximo pos-</p><p>sível a expressão de opiniões e/ou juízo de valor.</p><p>Por exemplo, não é papel de quem notícia dizer que</p><p>tal político é mau ou bom; ou tal cidadão é honesto</p><p>ou desonesto. O redator da notícia deve apresentar</p><p>apenas o acontecimento.</p><p>Concisão: a notícia deve ser um texto preferencial-</p><p>mente curto, ou no mínimo, bastante objetivo.</p><p>Revisa Goiás</p><p>Secretaria de Estado</p><p>da Educação</p><p>SEDUC</p><p>Revisa 3ª Série - Língua Portuguesa - Agosto/2023</p><p>13</p><p>Impessoalidade: o texto noticioso deve ser escrito,</p><p>preferencialmente, em terceira pessoa para garantir</p><p>maior impessoalidade. Para garantir um caráter ain-</p><p>da mais impessoal à notícia, o redator do texto pode</p><p>incluir discursos diretos ou indiretos de terceiros. Por</p><p>exemplo, ao noticiar uma colisão no trânsito, quem es-</p><p>creve a notícia pode colher depoimentos das partes</p><p>envolvidas e inserir na notícia por meio de discurso</p><p>direto ou indireto, a fi m de tornar o texto o mais impar-</p><p>cial possível.</p><p>Linguagem acessível: a notícia deve ser escrita pen-</p><p>sando na abrangência de um grande público em que es-</p><p>tão presentes os mais variados graus de instrução, por</p><p>isso ele deve apresentar uma linguagem acessível, sem</p><p>termos demasiadamente técnicos e/ou rebuscados.</p><p>Atualidade: os fatos noticiados devem ser sempre</p><p>atuais, haja vista que a periodicidade da grande maio-</p><p>ria dos jornais é diária. Assim, é incoerente apresentar,</p><p>em uma notícia, um fato que tenha ocorrido semanas</p><p>ou até meses antes da data da publicação do texto.</p><p>A estrutura do gênero notícia</p><p>O gênero textual notícia circula no ambiente jornalísti-</p><p>co e, por esse motivo, caracteriza-se como uma narra-</p><p>tiva técnica, pois a impessoalidade é um pressuposto;</p><p>diferente da linguagem literária, que, via de regra, é</p><p>bastante subjetiva. Além de impessoal, ela deve ser</p><p>um texto conciso, ter uma linguagem acessível, ser</p><p>atual e apresentar informações precisas e verifi cáveis.</p><p>O gênero textual notícia possui ainda elementos es-</p><p>truturais básicos, sem os quais não é possível redigir</p><p>uma notícia que seja considerada confi ável.</p><p>Manchete ou título principal</p><p>O título principal visa despertar a atenção do leitor e</p><p>deve conter o fato em si (o que aconteceu). O verbo do</p><p>título é o único em toda notícia que deve ser marcado</p><p>no presente.</p><p>Lide (do inglês “lead”)</p><p>O lide corresponde ao primeiro parágrafo do texto e,</p><p>normalmente, sintetiza os traços peculiares condizen-</p><p>tes ao fato, situando o leitor quanto aos aspectos mais</p><p>relevantes do fato que se quer noticiar. No lide, você</p><p>deve usar a fórmula 3 Q + O, ou seja: O quê? Quem?</p><p>Quando? e Onde?</p><p>Corpo da notícia</p><p>No corpo da notícia, você deve expor detalhadamente</p><p>o fato. Isto é, deve-se repetir a fórmula 3 Q + O (o quê;</p><p>quando; quem; onde), bem como explicar COMO o fato</p><p>aconteceu e o PORQUÊ aconteceu e, caso haja uma</p><p>consequência a partir do fato noticiado, ela pode tam-</p><p>bém ser apresentada no corpo da notícia.</p><p>A estrutura da notícia, portanto, constitui-se de: Títu-</p><p>lo/manchete; Quem – o quê – quando – onde (lide);</p><p>como; porquê; consequência (corpo da notícia/desen-</p><p>volvimento).</p><p>Disponível em: https://www.todoestudo.com.br/portugues/genero-textual-noticia. Acesso</p><p>em: 25 maio 2023 (adaptado).</p><p>Estudante, o artigo de opinião é um gênero textu-</p><p>al pertencente ao tipo argumentativo e tem como</p><p>intencionalidade apresentar o ponto de vista do(a)</p><p>articulista — locutor(a) do texto — acerca de algum</p><p>assunto relevante socialmente. Circula, em especial,</p><p>em jornais, revistas e sites da internet, e pode tratar</p><p>de temas polêmicos, em que são apresentados fatos,</p><p>dados estatísticos e discursos de autoridade para fun-</p><p>damentar a tese apresentada.</p><p>A ideia é a de que, por meio da linguagem verbal es-</p><p>crita, as pessoas possam intervir socialmente para</p><p>contribuírem com os debates que estão em voga, ofe-</p><p>recendo subsídios para que outros também se posi-</p><p>cionem a respeito de questões importantes, que vão</p><p>desde aquelas relacionadas à política, à educação,</p><p>ao meio ambiente, até àquelas de âmbito internacio-</p><p>nal, ou voltadas aos valores sociais e à ética. Nesse</p><p>sentido, qualquer assunto pode ser trabalhado em um</p><p>artigo de opinião.</p><p>Disponível em: https://mundoeducacao.uol.com.br/redacao/artigo-opiniao.htm. Acesso em:</p><p>10 jul. 2023 (adaptado).</p><p>Leia os textos e responda às questões propostas.</p><p>Texto 1</p><p>“As pessoas sabem que é importante doar sangue,</p><p>mas não doam”</p><p>Apenas 1,6% da população brasileira doa sangue e 34%</p><p>das doações são para ajudar amigos e familiares.</p><p>Segundo dados do Ministério da Saúde, 16 a cada 1 mil</p><p>brasileiros são doadores de sangue. O número equivale</p><p>a 1,6% da população brasileira, e atinge os parâmetros</p><p>estipulados pela Organização Mundial da Saúde (OMS),</p><p>Revisa Goiás</p><p>Secretaria de Estado</p><p>da Educação</p><p>SEDUC</p><p>Revisa 3ª Série - Língua Portuguesa - Agosto/2023</p><p>14</p><p>que recomenda que entre 1% e 3% da população de</p><p>cada país seja doadora de sangue.</p><p>Em 2017, do total de doadores, 62% eram homens e</p><p>38% eram mulheres. Naquele mesmo ano, foram 3,4 mi-</p><p>lhões de bolsas de sangue, e 2,8 milhões de transfusões</p><p>realizadas.</p><p>De acordo com estimativas, 34% das doações realiza-</p><p>das são de reposição, ou seja, quando o indivíduo doa</p><p>para atender uma necessidade direta de um paciente,</p><p>motivado pela família ou amigos de quem irá receber a</p><p>doação. E 66% são doações espontâneas.</p><p>Em São Paulo, uma das instituições que abastecem</p><p>os hospitais e clínicas do Estado é a instituição pública</p><p>Fundação Pró-Sangue – Hemocentro de São Paulo.</p><p>A Fundação está ligada à Secretaria do Governo do Es-</p><p>tado de São Paulo e ao Hospital das Clínicas da Facul-</p><p>dade de Medicina da Universidade de São Paulo, com</p><p>quem mantém uma relação de cooperação acadêmica e</p><p>técnico-científica.</p><p>Para o chefe de departamento da Fundação Pró-San-</p><p>gue, o Dr. César de Almeida Neto, oferecer uma boa ex-</p><p>periência para quem vai doar é fundamental na hora de</p><p>fidelizar o público.</p><p>“A gente procura passar para o doador que o ato dele é</p><p>uma ação importante para a sociedade, principalmente</p><p>para quem vai receber a doação”.</p><p>Ele esclarece que o hemocentro tem planos de ação</p><p>para não permitir que o estoque chegue a zerar. Fo-</p><p>ram pensadas possíveis situações críticas que podem</p><p>ocorrer, e soluções viáveis para cada uma delas. Caso</p><p>o estoque chegue a um limite crítico, cirurgias eletivas</p><p>(marcadas com antecedência) podem não receber um</p><p>grande estoque de sangue.</p><p>“Temos, inclusive, um telefone “vermelho” para que a</p><p>Defesa Civil possa ligar diretamente para nós em caso</p><p>de catástrofes. Também mantemos relações com hemo-</p><p>centros de outros estados, então já recebemos e doa-</p><p>mos sangue para outros locais. Mas, é claro, não temos</p><p>solução para tudo”.</p><p>A riqueza de um país interfere no número de doações</p><p>De acordo com a OMS, anualmente são coletados 112,5</p><p>milhões de doações de sangue em todo o mundo, me-</p><p>tade delas em países de alta renda. Quanto mais rica</p><p>a população de um país, mas ela tende a doar sangue.</p><p>Em países ricos, a média é de 32 doações de sangue</p><p>para cada mil habitantes, por ano. Nos países de média</p><p>renda, o número cai para menos de 8, e em países po-</p><p>bres é de apenas 4,5 doações para cada mil habitantes.</p><p>Existem diversos fatores que podem levar à dificuldade</p><p>para aumentar o índice de doadores de sangue. A falta</p><p>de informações adequadas sobre a doação, a falsa per-</p><p>cepção de que já existem pessoas suficientes doando e</p><p>a disponibilidade são alguns deles.</p><p>“O tempo é um fator dominante, principalmente nas gran-</p><p>des cidades. A maioria dos hemocentros funciona no ho-</p><p>rário de trabalho das pessoas. Eles raramente abrem à</p><p>noite. E aos finais de semanas há uma lotação. Com a</p><p>demora, a pessoa desiste, o que quebra a construção</p><p>de uma boa experiência, e a afasta da possibilidade de</p><p>novas tentativas”, comenta o chefe do departamento da</p><p>Pró-Sangue, César de Almeida Neto.</p><p>Dados divulgados em 2018 revelam que até 65% das</p><p>transfusões de sangue em países pobres são utilizadas</p><p>em crianças menores de 5 anos, enquanto em países de</p><p>alta renda a maior parte das transfusões (76%) vai para</p><p>idosos com mais de 65 anos.</p><p>A doação de sangue na América Latina e no Caribe</p><p>Desde 2015, apenas 45% das transfusões realizadas na</p><p>América Latina e no Caribe foram feitas com doações</p><p>realizadas de forma voluntária, segundo a Organização</p><p>Pan-Americana da Saúde (OPAS).</p><p>O índice corresponde a um aumento de 38,5% quando</p><p>comparado a 2013, porém ainda está longe da meta da</p><p>OMS de que 100% das transfusões possam ser feitas</p><p>com sangue doado de forma espontânea.</p><p>“A questão cultural que temos é a de achar as coisas</p><p>importantes, mas não tomar uma atitude. As pessoas</p><p>sabem que é importante doar sangue, mas elas não</p><p>transformam a vontade em ato”, esclarece o médico Cé-</p><p>sar de Almeida Neto.</p><p>Ele também chama atenção para a falta de estudos que</p><p>busquem entender o perfil do doador brasileiro, e de</p><p>quem não doa.</p><p>“O altruísmo é a resposta padrão para quando se per-</p><p>gunta ‘Por que você doa?’. A resposta costuma ser ‘Ah,</p><p>porque quero ajudar os outros’. É preciso se aprofundar</p><p>nisso, saber o que o doador pensa”.</p><p>O Dr. César de Almeida Neto está há 18 anos na Fun-</p><p>dação Pró-Sangue, e conta que existem doadores que</p><p>estão há mais de 25 anos realizando doações.</p><p>“Muitas pessoas que doam veem no sangue uma troca</p><p>de energia. Alguns doadores falaram que ao doar que-</p><p>riam que o sangue ajudasse as pessoas, e falavam isso</p><p>com convicção”.</p><p>Disponível em: https://observatorio3setor.org.br/carrossel/as-pessoas-sabem-que-e-importan-</p><p>te-doar-sangue-mas-nao-doam/. Acesso em: 13 jun. 2023.</p><p>Revisa Goiás</p><p>Secretaria de Estado</p><p>da Educação</p><p>SEDUC</p><p>Revisa 3ª Série - Língua Portuguesa - Agosto/2023</p><p>15</p><p>Texto 2</p><p>O eterno dilema da doação de sangue</p><p>Não é raro vermos campanhas lideradas pelos bancos de</p><p>sangue, que esperam sempre contar com a solidariedade</p><p>da população para abastecer os estoques</p><p>Junho é o mês mundial da doação de sangue e, por isso,</p><p>é chamado de "junho Vermelho". No Brasil, 3,5 milhões</p><p>de pacientes precisam de transfusões todos os anos,</p><p>mas menos de 2% da população tem por hábito doar</p><p>sangue, porcentagem inferior ao recomendado pela Or-</p><p>ganização Mundial da Saúde (OMS) - que é de, no mí-</p><p>nimo, 3%.</p><p>Pode parecer clichê, mas o sangue realmente salva vi-</p><p>das. Transplantes de órgãos, atendimentos de emergên-</p><p>cia, transfusões (inclusive em pacientes oncológicos) e</p><p>procedimentos cirúrgicos, salvando pacientes vítimas de</p><p>acidentes, com quadro de anemia crônica, febre amare-</p><p>la e complicações da dengue. Enfi m, ele é fundamental</p><p>em várias etapas da vida humana e as equipes médicas</p><p>dependem das doações para garantir o sucesso desses</p><p>procedimentos considerados complexos.</p><p>Mas os desafi os são grandes. Não é raro vermos cam-</p><p>panhas lideradas pelos bancos de sangue, que esperam</p><p>sempre contar com a solidariedade da população para</p><p>abastecer os estoques, quase sempre baixos. Em de-</p><p>terminados momentos - como feriados e dias em que as</p><p>temperaturas caem - é mais difícil ainda pelo fato de as</p><p>pessoas viajarem ou simplesmente não saírem de casa</p><p>nos dias frios, ou ainda griparem, fi cando impedidas de</p><p>ir até um hemocentro para doar sangue.</p><p>Embora tão importante quanto, outro fator que reduz as</p><p>doações é a imunização. Dependendo da vacina, o do-</p><p>ador vai precisar de um tempo maior de intervalo para</p><p>fazer a doação. Nem todo mundo sabe, mas o ato de</p><p>doar sangue pode salvar até quatro vidas. Porém, no</p><p>Brasil, há apenas 14 doadores regulares de sangue para</p><p>cada 1 mil brasileiros.</p><p>O corpo humano tem, em média, cinco litros de sangue.</p><p>Cada voluntário chega a doar cerca de 450 mililitros (ml).</p><p>Parece muito, mas o corpo recupera o sangue doado em</p><p>pouco tempo. Em geral, após 24 horas o doador está</p><p>completamente recuperado e pode voltar a fazer exercí-</p><p>cios e ter uma vida normal.</p><p>Os hemocomponentes do sangue são obtidos após a</p><p>centrifugação. O sangue total é classifi cado em fresco e</p><p>estocado. O fresco é aquele que foi coletado em até oito</p><p>horas, mantido em temperatura ambiente. O concentra-</p><p>do de hemácias dura, em média, 35 dias. Já as plaque-</p><p>tas duram somente cinco dias depois do fracionamento</p><p>em temperatura ambiente. Pelo fato de durarem pouco,</p><p>muitas vezes são as mais necessárias. O plasma fi ca</p><p>congelado e pode durar até um ano.</p><p>Considerado um procedimento simples, rápido e seguro,</p><p>a doação de sangue elimina qualquer possibilidade de</p><p>contaminação, já que nenhum material usado na coleta</p><p>é reutilizado.</p><p>Para os especialistas na área de saúde, faltam políticas</p><p>públicas, faltam hemocentros ou postos especializados,</p><p>faltam também equipamentos e investimento em insu-</p><p>mos. Enfi m, sem uma cultura da doação de sangue que</p><p>possa ser incorporada às práticas</p><p>sanitárias de todos os</p><p>estados brasileiros, fi ca cada vez mais difícil contar ape-</p><p>nas com a solidariedade e o altruísmo de alguns poucos</p><p>brasileiros.</p><p>Disponível em: https://www.correiobraziliense.com.br/opiniao/2023/06/5100528-visao-do-cor-</p><p>reio-o-eterno-dilema-da-doacao-de-sangue.html. Acesso em: 12 jun. 2023 (adaptado).</p><p>Professor(a), uma das maiores mudanças da BNCC para o</p><p>componente, os Campos de Atuação têm, praticamente, a</p><p>mesma importância dos eixos temáticos na organização dos</p><p>objetivos e habilidades que devem ser desenvolvidos duran-</p><p>te todo o Ensino Fundamental. De forma geral, sua principal</p><p>contribuição ao documento é demandar protagonismo dos(as)</p><p>alunos(as), mesmo os de anos iniciais, deixando bem clara a</p><p>necessidade de contextualizar as práticas de linguagem. Para</p><p>isso, a base leva em conta os campos: 1. da vida cotidiana / 2.</p><p>da vida pública /3. das práticas de estudo e pesquisa /4. artís-</p><p>tico/literário. É importante mostrar aos(às) estudantes qual é o</p><p>campo de atuação dos gêneros em estudo.</p><p>Disponível em: https://novaescola.org.br/bncc/conteudo/22/propostas-em-lingua-portuguesa-</p><p>-da-bncc-focam-na-gramatica-e-nos-generos-digitais. Acesso em 10 jul. 2023 (adaptado).</p><p>Estudante, os campos de atuação são as áreas de</p><p>uso da linguagem no nosso dia a dia. Por exemplo,</p><p>no campo de atuação artístico-literário, temos o</p><p>uso da língua voltado para a produção de poemas,</p><p>contos, romances etc. O campo jornalístico-midiá-</p><p>tico tem como característica a análise de discursos</p><p>da mídia informativa (formato impresso, televisivo,</p><p>digital, publicitários, por exemplo.</p><p>Revisa Goiás</p><p>Secretaria de Estado</p><p>da Educação</p><p>SEDUC</p><p>Revisa 3ª Série - Língua Portuguesa - Agosto/2023</p><p>16</p><p>Estudante, para ler e interpretar textos com efetivida-</p><p>de, é importante que você tenha uma visão geral do</p><p>texto/gênero/assunto. É necessário que você com-</p><p>preenda o que é fato, isto é, algo cuja existência é</p><p>inquestionável, real, verdadeiro, concreto. Outro ponto</p><p>importante, é saber o que é uma opinião, isto é, a</p><p>subjetividade/modo de pensar/de julgar por parte do</p><p>locutor/emissor da mensagem.</p><p>1. Por que o texto 1 é uma notícia?</p><p>O texto 1 é uma notícia porque apresenta informações/fatos do</p><p>dia a dia que são relevantes para a sociedade.</p><p>2. Qual é o campo de atuação do texto 1?</p><p>O campo de atuação do texto 1 é o jornalístico-midiático.</p><p>3. Qual é o objetivo, em geral, do gênero “notícia”?</p><p>O objetivo do gênero textual notícia, em geral, é divulgar,</p><p>informar ou relatar um fato do cotidiano, o qual pode ser de</p><p>ordem política, social, econômica, cultural ou natural.</p><p>D12- Identificar a finalidade de textos de diferentes</p><p>gêneros.</p><p>4. O texto 2 é um/uma</p><p>(A) notícia.</p><p>(B) crônica.</p><p>(C) resenha.</p><p>(D) entrevista.</p><p>(E) artigo de opinião.</p><p>Gabarito: E.</p><p>D12- Identificar a finalidade de textos de diferentes gêneros.</p><p>5. Responda:</p><p>a) Qual é o tema do texto 1 e do texto 2?</p><p>O tema do texto 1 é a importância de doar sangue. E do texto</p><p>2, é a dúvida/dilema que as pessoas têm sobre o ato de doar</p><p>sangue.</p><p>D6- Identificar o tema de um texto.</p><p>b) Quanto ao tema, os textos são semelhantes, diver-</p><p>gentes ou complementares? Justifique sua resposta.</p><p>Quanto ao tema, os textos são complementares. Porque o</p><p>primeiro trata da importância de se doar sangue, enquanto o</p><p>segundo chama a atenção para o fato de as pessoas saberem</p><p>da importância de doar sangue, porém ainda têm dúvida sobre</p><p>o ato de doar sangue.</p><p>D20- Reconhecer diferentes formas de tratar uma</p><p>informação na comparação de textos que tratam do mesmo</p><p>tema, em função das condições em que ele foi produzido e</p><p>daquelas em que será recebido.</p><p>Estudante,</p><p>o mais comum em um texto dissertativo-argumentativo,</p><p>como o “artigo de opinião”, por exemplo, é apresen-</p><p>tar a “tese” (ponto de vista) no primeiro parágrafo.</p><p>Mas isso não é, exatamente, uma regra. Esses tipos</p><p>de textos podem apresentar a tese em qualquer lugar</p><p>do texto. Às vezes, a tese pode aparecer no texto em</p><p>partes (explícitas e/ou implícitas), porém ela sempre</p><p>terá a ideia completa alicerçada ao longo do texto na</p><p>progressão textual. O texto 2, “O eterno dilema da</p><p>doação de sangue”, por exemplo, apresenta a tese</p><p>(defesa do ponto de vista) propriamente dita no final do</p><p>texto, mas em vários momentos do texto ela foi reto-</p><p>mada por meio de ideias/palavras/expressões-chave.</p><p>Dessa forma, há uma “progressão textual”, isto é, um</p><p>processo pelo qual o texto se constrói, com a intro-</p><p>dução de informação nova, ligada à informação que</p><p>já é do conhecimento do leitor ou que lhe é fornecida</p><p>no próprio texto. Em um texto não pode haver apenas</p><p>repetição de ideias. Tem que haver repetição e conti-</p><p>nuidade, tem que haver retomada dos seus elementos</p><p>conceptuais e formais, mas é necessário que apre-</p><p>sente novas informações a propósito dos elementos</p><p>retomados: é este segundo aspecto que faz com que o</p><p>texto progrida. Assim, os textos não apresentam uma</p><p>estrutura rígida e não seguem “receitas prontas”, por</p><p>isso é necessário conhecer os elementos que com-</p><p>põem o gênero/texto e aprender a reconhecê-los den-</p><p>tro do texto.</p><p>6. No texto 2 “O eterno dilema da doação de sangue”,</p><p>o articulista, ou seja, quem escreveu o texto, logo abai-</p><p>xo do título apresenta parte de sua defesa (tese) sobre o</p><p>problema no trecho: “Não é raro vermos campanhas li-</p><p>deradas pelos bancos de sangue, que esperam sempre</p><p>contar com a solidariedade da população para abastecer</p><p>os estoques.” (Esse posicionamento na progressão textu-</p><p>al (3º parágrafo) vai ser retomado e concretizado no texto</p><p>como a tese (defesa do ponto de vista do articulista). Antes</p><p>disso, o articulista escolheu contextualizar a problemática</p><p>no primeiro parágrafo, apresentando, inclusive, dados de</p><p>comprovação do problema. Já no segundo parágrafo, ele</p><p>emite uma opinião: “Pode parecer clichê, mas o sangue</p><p>realmente salva vidas” e continua justificando com “fatos”</p><p>o problema discutido. Em seguida, enfatiza a importância</p><p>Revisa Goiás</p><p>Secretaria de Estado</p><p>da Educação</p><p>SEDUC</p><p>Revisa 3ª Série - Língua Portuguesa - Agosto/2023</p><p>17</p><p>do sangue no trecho: “Enfim, ele é fundamental em várias</p><p>etapas da vida humana e as equipes médicas dependem</p><p>das doações para garantir o sucesso desses procedimen-</p><p>tos considerados complexos.” Tudo o que foi apresentado</p><p>até agora no texto teve a intenção de apresentar e refor-</p><p>çar o que o articulista vai defender como ponto de vista</p><p>(tese) que está no trecho: (Mas os desafios são grandes).</p><p>“Não é raro vermos campanhas lideradas pelos bancos de</p><p>sangue, que esperam sempre contar com a solidariedade</p><p>da população para abastecer os estoques, quase sempre</p><p>baixos.” Na continuidade do texto, progressivamente, são</p><p>apresentados diversos argumentos que retomam e sus-</p><p>tentam a tese (defesa). Já no final do texto, para concluir o</p><p>tema discutido, um trecho conclusivo retoma a tese: “En-</p><p>fim, sem uma cultura da doação de sangue que possa ser</p><p>incorporada às práticas sanitárias de todos os estados</p><p>brasileiros, fica cada vez mais difícil contar apenas com a</p><p>solidariedade e o altruísmo de alguns poucos brasileiros.”</p><p>Com base nessa análise, transcreva desse trecho final:</p><p>a) Um elemento articulador de conclusão:</p><p>Resposta:</p><p>Enfim.</p><p>b) parte do trecho que apresenta uma ideia de inter-</p><p>venção (possível solução):</p><p>Resposta:</p><p>“uma cultura da doação de sangue que possa ser incorporada</p><p>às práticas sanitárias de todos os estados brasileiros”</p><p>c) parte que retoma a predominância da tese (defesa):</p><p>Resposta:</p><p>“fica cada vez mais difícil contar apenas com a solidariedade e</p><p>o altruísmo de alguns poucos brasileiros”</p><p>D7- Identificar a tese de um texto.</p><p>Estudante, a Progressão Textual é marcada por</p><p>elementos que contribuem para que haja a apre-</p><p>sentação e articulação das informações sobre o</p><p>tema discutido. Assim, a progressão textual é o</p><p>processo pelo qual o texto se constrói, levando em</p><p>conta uma introdução de informação nova, ligada</p><p>à informação que já é do conhecimento do leitor</p><p>ou que é fornecida no próprio texto. É importante</p><p>lembrar que em</p><p>um texto não pode haver apenas</p><p>repetição de ideias. É preciso haver retomadas e</p><p>continuidade das ideias para que o texto progrida.</p><p>7. Retome a tese do texto: “Não é raro vermos campa-</p><p>nhas lideradas pelos bancos de sangue, que esperam</p><p>sempre contar com a solidariedade da população para</p><p>abastecer os estoques, quase sempre baixos.” Trans-</p><p>creva do texto expressões/trechos que confirmam essa</p><p>defesa e contribuem para a progressão textual.</p><p>Sugestão de resposta:</p><p>“menos de 2% da população tem por hábito doar sangue”</p><p>/“sangue realmente salva vidas” / “ele é fundamental em várias</p><p>etapas da vida humana e as equipes médicas dependem</p><p>das doações para garantir o sucesso desses procedimentos</p><p>considerados complexos”/ “Nem todo mundo sabe, mas o</p><p>ato de doar sangue pode salvar até quatro vidas”/ “no Brasil,</p><p>há apenas 14 doadores regulares de sangue para cada 1 mil</p><p>brasileiros” / “Considerado um procedimento simples, rápido</p><p>e seguro, a doação de sangue elimina qualquer possibilidade</p><p>de contaminação”/ “Mas os desafios são grandes” / “sem uma</p><p>cultura da doação de sangue que possa ser incorporada às</p><p>práticas sanitárias de todos os estados brasileiros fica cada</p><p>vez mais difícil contar apenas com a solidariedade e o altruísmo</p><p>de alguns poucos brasileiros.”</p><p>D7- Identificar a tese de um texto.</p><p>8. Qual trecho a seguir predomina um argumento de au-</p><p>toridade?</p><p>(A) “No Brasil, 3,5 milhões de pacientes precisam de</p><p>transfusões todos os anos, mas menos de 2% da po-</p><p>pulação tem por hábito doar sangue...”</p><p>(B) “Em geral, após 24 horas o doador está completa-</p><p>mente recuperado e pode voltar a fazer exercícios e ter</p><p>uma vida normal.”</p><p>(C ) “O sangue total é classificado em fresco e esto-</p><p>cado. O fresco é aquele que foi coletado em até oito</p><p>horas, mantido em temperatura ambiente.”</p><p>(D) “Considerado um procedimento simples, rápido e</p><p>seguro, a doação de sangue elimina qualquer possibi-</p><p>lidade de contaminação, já que nenhum material usa-</p><p>do na coleta é reutilizado.”</p><p>(E) “Para os especialistas na área de saúde, faltam</p><p>políticas públicas, faltam hemocentros ou postos es-</p><p>pecializados, faltam também equipamentos e investi-</p><p>mento em insumos.”</p><p>Gabarito E.</p><p>D8- Estabelecer relações entre a tese e os argumentos</p><p>oferecidos para sustentá-la.</p><p>9. “Embora tão importante quanto, outro fator que reduz</p><p>as doações é a imunização”. No trecho, o termo destaca-</p><p>do exprime a ideia de</p><p>(A) condição.</p><p>Revisa Goiás</p><p>Secretaria de Estado</p><p>da Educação</p><p>SEDUC</p><p>Revisa 3ª Série - Língua Portuguesa - Agosto/2023</p><p>18</p><p>(B) conclusão.</p><p>(C) explicação.</p><p>(D) concessão.</p><p>(E) proporção.</p><p>Gabarito D.</p><p>D15 – Estabelecer relação lógico-discursiva presente no</p><p>texto, marcada por conjunções, advérbios etc.</p><p>10. Compare as opiniões.</p><p>Texto 1: “A questão cultural que temos é a de achar as</p><p>coisas importantes, mas não tomar uma atitude. As pes-</p><p>soas sabem que é importante doar sangue, mas elas</p><p>não transformam a vontade em ato”.</p><p>Texto 2: “Enfim, sem uma cultura da doação de sangue</p><p>que possa ser incorporada às práticas sanitárias de to-</p><p>dos os estados brasileiros, fica cada vez mais difícil con-</p><p>tar apenas com a solidariedade e o altruísmo de alguns</p><p>poucos brasileiros.”</p><p>Em relação à doação de sangue, nos trechos predomi-</p><p>nam opiniões</p><p>(A) ambíguas.</p><p>(B) contrárias.</p><p>(C) favoráveis.</p><p>(D) inconsistentes.</p><p>(E) complementares.</p><p>Gabarito: E.</p><p>D21- Reconhecer posições distintas entre duas ou mais</p><p>opiniões relativas ao mesmo fato ou tema.</p><p>11. Qual trecho do texto 1 apresenta um fato?</p><p>(A) “É preciso se aprofundar nisso, saber o que o do-</p><p>ador pensa”.</p><p>(B) “...oferecer uma boa experiência para quem vai</p><p>doar é fundamental na hora de fidelizar o público.”</p><p>(C) “A questão cultural que temos é a de achar as coi-</p><p>sas importantes, mas não tomar uma atitude.”</p><p>(D) “Ele esclarece que o hemocentro tem planos de</p><p>ação para não permitir que o estoque chegue a zerar.”</p><p>(E) “De acordo com a OMS, anualmente são coleta-</p><p>dos 112,5 milhões de doações de sangue em todo o</p><p>mundo...”</p><p>Gabarito: E.</p><p>D14 – Distinguir um fato da opinião relativa a esse fato.</p><p>Professor(a), as atividades a seguir se referem ao descritor D9</p><p>- Diferenciar as partes principais das secundárias em um tex-</p><p>to. Nesse descritor, o(a) estudante deve distinguir a informação</p><p>principal das informações secundárias em um texto. Mostre</p><p>aos(às) estudantes que o texto é um entrelaçamento de ideia(s)</p><p>principal(ais) e ideias secundárias. É importante comentar com</p><p>os(as) estudantes que a ideia principal deve estar contida na</p><p>resposta da seguinte pergunta: qual é a mensagem do texto?</p><p>Ou qual é a mensagem principal do parágrafo? Ou ainda,</p><p>qual é a mensagem principal no trecho tal? A partir da relação</p><p>entre as diversas informações distribuídas no texto, é possível</p><p>compreender a ideia principal. Além disso, o título do texto pode</p><p>ser uma pista sobre a ideia principal do texto, por cumprir a fun-</p><p>ção de antecipar informações. Quanto às ideias secundárias, é</p><p>preciso responder, por exemplo, à pergunta: que informações</p><p>são usadas para desenvolver a ideia principal do texto? O</p><p>conjunto de informações que contextualiza a ideia principal do</p><p>texto como dados estatísticos, exemplos, explicações, retoma-</p><p>das, argumentos de autoridade, entre outros aspectos corres-</p><p>pondem, então, às ideias secundárias.</p><p>12. Releia o texto 2 e associe corretamente.</p><p>1. Ideia principal</p><p>2. Ideia secundária</p><p>a) ( ) “Junho é o mês mundial da doação de sangue e,</p><p>por isso, é chamado de "junho Vermelho".”</p><p>b) ( ) “Não é raro vermos campanhas lideradas pelos</p><p>bancos de sangue, que esperam sempre contar com</p><p>a solidariedade da população para abastecer os esto-</p><p>ques, quase sempre baixos.”</p><p>c) ( ) “No Brasil, 3,5 milhões de pacientes precisam</p><p>de transfusões todos os anos, mas menos de 2% da</p><p>população tem por hábito doar sangue, porcentagem</p><p>inferior ao recomendado pela Organização Mundial da</p><p>Saúde (OMS) - que é de, no mínimo, 3%.”</p><p>d) ( ) “O corpo humano tem, em média, cinco litros de</p><p>sangue. Cada voluntário chega a doar cerca de 450</p><p>mililitros (ml).”</p><p>Resposta: a: 2, b: 1, c: 2 e d: 2</p><p>D9 - Diferenciar as partes principais das secundárias em</p><p>um texto.</p><p>Leia o texto.</p><p>Combate à poluição plástica é lema do Dia Mundial</p><p>do Meio Ambiente</p><p>Revisa Goiás</p><p>Secretaria de Estado</p><p>da Educação</p><p>SEDUC</p><p>Revisa 3ª Série - Língua Portuguesa - Agosto/2023</p><p>19</p><p>O Dia Mundial do Meio Ambiente é comemorado em</p><p>5 de junho. A data foi estabelecida na Conferência de</p><p>Estocolmo, em 1972, instituída pela Organização das</p><p>Nações Unidas (ONU). O principal objetivo é chamar</p><p>atenção das esferas públicas e privadas para os sérios</p><p>problemas ambientais e a necessidade da preservação</p><p>de recursos naturais.</p><p>“Todo dia é do meio ambiente, porque é nesse local que</p><p>a gente vive, […] essa biodiversidade, todos os recursos</p><p>que nela são produzidos. Mas sempre é bom ter uma</p><p>data ou essa chamada mundial para sensibilizar princi-</p><p>palmente quanto às ações que tomamos diariamente”,</p><p>comenta a coordenadora de cursos de pós-graduação</p><p>em Meio Ambiente da Uninter, Sandra Lopes.</p><p>O lema para 2023 é combater a poluição plástica (#Com-</p><p>bataAPoluiçãoPlástica), uma das mais graves ameaças</p><p>do planeta e para a saúde. Segundo o estudo global</p><p>Vida Saudável e Sustentável 2022, 84% dos brasileiros</p><p>querem reduzir o impacto pessoal sobre o planeta. O</p><p>levantamento ainda mostrou que, na percepção do con-</p><p>sumidor, marcas de cuidado pessoal, de produtos de</p><p>limpeza e de alimentos e bebidas estão empenhados</p><p>em ser ecologicamente corretos.</p><p>Até no ponto mais profundo do Oceano Pacífico, na Fos-</p><p>sa das Marianas, há a presença de plástico. Segundo</p><p>relatório da ONU, o plástico representa 85% dos resídu-</p><p>os marinhos e até 2040 o volume que flui para o mar tri-</p><p>plicará, chegando a uma quantidade de 23 a 37 milhões</p><p>de toneladas.</p><p>A poluição plástica representa uma grande ameaça aos</p><p>três ambientes: solo, água e ar. O Brasil é considerado</p><p>o quarto país que mais produz lixo plástico no mundo,</p><p>somando 11 milhões de toneladas por ano. Em 2021,</p><p>no mundo todo foram</p><p>geradas 139 milhões de toneladas</p><p>métricas de resíduos plásticos de uso único (sem reci-</p><p>clagem), 6 milhões a mais do que em 2019.</p><p>A saúde fica comprometida a esses elementos. A expo-</p><p>sição e ingestão direta e indireta do plástico pode oca-</p><p>sionar doenças graves ao longo da vida, não só para</p><p>humanos, mas também para os seres vivos em geral e</p><p>toda a biodiversidade do planeta.</p><p>Disponível em: https://www.uninter.com/noticias/combate-a-poluicao-plastica-e-lema-do-dia-</p><p>-mundial-do-meio-ambiente. Acesso em: 14 jun. 2023.</p><p>13. Considerando o terceiro parágrafo, qual é o trecho</p><p>que apresenta a informação principal?</p><p>(A) “O lema para 2023 é combater a poluição plástica</p><p>(#CombataAPoluiçãoPlástica) ...”</p><p>(B) “...uma das mais graves ameaças do planeta e</p><p>para a saúde.”</p><p>(C) “Segundo o estudo global Vida Saudável e Sus-</p><p>tentável 2022, 84% dos brasileiros querem reduzir o</p><p>impacto pessoal sobre o planeta.”</p><p>(D) “O levantamento ainda mostrou que, na percepção</p><p>do consumidor, marcas de cuidado pessoal...”</p><p>(E) “de produtos de limpeza e de alimentos e bebidas</p><p>estão empenhados em ser ecologicamente corretos.”</p><p>Gabarito A.</p><p>D9 - Diferenciar as partes principais das secundárias em</p><p>um texto.</p><p>14. No trecho: “A saúde fica comprometida a esses ele-</p><p>mentos.”, o termo destacado retoma qual palavra ou ex-</p><p>pressão?</p><p>(A) Alimentos.</p><p>(B) Ambientes.</p><p>(C) Recursos naturais.</p><p>(D) Resíduos plásticos.</p><p>(E) Resíduos ambientais.</p><p>Gabarito: E.</p><p>D2- Estabelecer relações entre partes de um texto. identificando</p><p>repetições ou substituições que contribuem para a continuidade</p><p>de um texto.</p><p>15. O trecho: “Segundo relatório da ONU, o plástico</p><p>representa 85% dos resíduos marinhos e até 2040 o</p><p>volume que flui para o mar triplicará, chegando a uma</p><p>quantidade de 23 a 37 milhões de toneladas.”, apresenta,</p><p>predominantemente, um argumento de</p><p>(A) autoridade.</p><p>(B) comprovação.</p><p>(C) exemplificação.</p><p>(D) raciocínio lógico.</p><p>(E) causa e consequência.</p><p>Gabarito: B.</p><p>D8- Estabelecer relações entre a tese e os argumentos</p><p>oferecidos para sustentá-la.</p><p>Professor(a), as atividades a seguir abordarão os descritores</p><p>D5 e D16. Assim sendo, as atividades a seguir serão referentes</p><p>ao D5 - Interpretar texto com auxílio de material gráfico di-</p><p>verso (propagandas, quadrinhos, foto etc.). Nesse descritor,</p><p>o(a) estudante deve interpretar o texto considerando o empre-</p><p>go da linguagem verbal e da linguagem não verbal na constru-</p><p>ção do sentido. O objeto de conhecimento envolvido é o texto</p><p>multissemiótico. Um texto pode integrar palavra e imagem,</p><p>fazendo-se uso da linguagem verbo-visual. Assim sendo, nos</p><p>referimos ao texto multissemiótico, como a charge, a história</p><p>em quadrinhos, a tirinha etc.</p><p>Revisa Goiás</p><p>Secretaria de Estado</p><p>da Educação</p><p>SEDUC</p><p>Revisa 3ª Série - Língua Portuguesa - Agosto/2023</p><p>20</p><p>O objetivo de aprendizagem relacionado a esse descritor é</p><p>(GO-EMLP06D) Reconhecer os diferentes recursos da lin-</p><p>guagem verbal e não verbal em diferentes tipologias tex-</p><p>tuais e diferentes gêneros discursivos, descrevendo os</p><p>recursos utilizados nos textos para analisar os efeitos de</p><p>sentido desses usos linguísticos na construção de senti-</p><p>do. Campo de atuação na vida pública e campo de atuação</p><p>da vida pessoal.</p><p>Professor(a), comente com os(as) estudantes que, na interpre-</p><p>tação do texto multissemiótico, é preciso relacionar linguagem</p><p>verbal e linguagem não verbal. Não se pode interpretar a pa-</p><p>lavra isolada da imagem, pois ambos estão em relação para</p><p>reforçar um determinado sentido. Então, na leitura desse texto,</p><p>é preciso levantar questionamentos acerca de como os recur-</p><p>sos não verbais estão em interação com a palavra, que sentido</p><p>está sendo enfatizado a partir da relação entre o código verbal</p><p>e o código não verbal. Isolar a palavra dos recursos não verbais</p><p>torna a leitura incompleta.</p><p>Professor(a), as atividades a seguir também trazem o D16 -</p><p>Identificar efeitos de ironia ou humor em textos variados.</p><p>Nesse descritor, o(a) estudante deve reconhecer efeitos de</p><p>sentido de ironia ou humor em textos diversos. Sendo assim, ao</p><p>recorrer à ironia, o objetivo é afirmar o oposto do que é dito em</p><p>um jogo de sentido. A ironia pode se realizar em textos verbais</p><p>e em textos multissemióticos, como história em quadrinhos,</p><p>charge, meme, cartaz publicitário, tira etc. O humor também</p><p>pode ser encontrado em textos verbais e em textos multisse-</p><p>mióticos, como história em quadrinhos, charges, memes, tira,</p><p>piada, cartum etc.</p><p>Professor(a), promova a identificação dos efeitos de ironia e hu-</p><p>mor em textos diversos, assim como a compreensão de como</p><p>esses efeitos são gerados.</p><p>Vale a pena saber!!!</p><p>O que são tirinhas?</p><p>As tirinhas são um gênero textual que se caracteriza</p><p>pelas histórias curtas, geralmente formadas por três</p><p>ou quatro quadrinhos.</p><p>Usualmente fazendo uso do humor, as tirinhas podem</p><p>apenas contar uma história, mas, por vezes, têm pro-</p><p>pósitos adicionais, como a crítica social, por exemplo.</p><p>Aliando o visual ao verbal, as tirinhas trazem as falas</p><p>em balões ou em onomatopeias.</p><p>Linguagem não verbal e mista</p><p>As tirinhas têm, portanto, como uma de suas marcas,</p><p>a utilização de linguagem não verbal e de linguagem</p><p>mista.</p><p>A linguagem não verbal é aquela que se utiliza ape-</p><p>nas de imagens, ou signos visuais, para passar a</p><p>mensagem que pretende, sem a presença de pala-</p><p>vras escritas ou faladas.</p><p>A linguagem mista, por sua vez, é aquela que conta</p><p>com uma mistura de linguagem verbal e linguagem</p><p>não verbal. É o que se tem, por exemplo, nas tirinhas</p><p>em que há falas dos personagens retratados. Nesse</p><p>caso, é importante aliar a interpretação das imagens</p><p>à leitura do texto escrito.</p><p>Interpretação de tirinhas</p><p>Sendo compostas por textos não verbais e mistos, as</p><p>tirinhas representam um grande desafio, quando fa-</p><p>lamos em interpretação de texto. E é justamente isso</p><p>o que costuma ser cobrado, tanto pelo ENEM quan-</p><p>to pelos principais vestibulares do País, quando há a</p><p>presença de tirinhas nas provas.</p><p>Para que esse processo aconteça de forma eficiente</p><p>e fluida, é muito importante que seja dedicado tempo</p><p>a analisar, identificar, comparar, compreender e locali-</p><p>zar recursos textuais que possam ter papel importan-</p><p>te no sentido da mensagem passada (ambiguidades</p><p>e/ou ironias, por exemplo).</p><p>Também é essencial que se observe a tirinha levan-</p><p>do em consideração a conjuntura histórica atual e/ou</p><p>retratada. Muitas vezes, esse gênero textual aparece</p><p>em um contexto multidisciplinar, sendo necessário</p><p>que o aluno tenha em mente toda a sua bagagem</p><p>cultural e de conhecimento, que pode ser importante</p><p>para a correta compreensão da mensagem.</p><p>Disponível em: https://www.institutoclaro.org.br/educacao/para-ensinar/planos-de-aula/</p><p>genero-textual-tirinhas/. Acesso em 19 jun. 2023.</p><p>Disponível em: https://www.frepik.com/.</p><p>Revisa Goiás</p><p>Secretaria de Estado</p><p>da Educação</p><p>SEDUC</p><p>Revisa 3ª Série - Língua Portuguesa - Agosto/2023</p><p>21</p><p>Vale a pena saber!!!</p><p>Efeitos de sentido – conceito e características</p><p>Quando queremos expressar algo além do percep-</p><p>tível, é comum que façamos o uso de alguns recur-</p><p>sos. Esses recursos são conhecidos como efeitos de</p><p>sentido. Eles podem se manifestar por intermédio da</p><p>ambiguidade, duplo sentido, ironia e humor.</p><p>Ambiguidade</p><p>A ambiguidade ocorre quando uma mesma palavra</p><p>ou expressão apresenta mais de uma interpretação.</p><p>É um recurso que pode ser usado de duas maneiras:</p><p>• como um mecanismo expressivo, especialmente em</p><p>textos humorísticos ou de publicidade;</p><p>• como um erro de construção textual, dificuldade à</p><p>clareza da mensagem.</p><p>Isso significa que a ambiguidade pode tanto ser</p><p>utilizada com um propósito, quanto sem inten-</p><p>ção alguma. Nos casos de textos argumentativos,</p><p>jornalísticos, didáticos e outros de caráter informa-</p><p>tivo, ela é considerada um erro. Isso porque, nes-</p><p>ses tipos de texto, a mensagem precisa ser o mais</p><p>objetiva possível.</p><p>Já em tirinhas com sarcasmo ou em textos publici-</p><p>tários, a ambiguidade pode ser bem-vinda, pois faz</p><p>com que o leitor explore as duas possibilidades,</p><p>como é o caso</p><p>do exemplo a seguir:</p><p>Disponível em: https://www.colegioweb.com.br/wp-content/uploads/2012/05/143.jpg.</p><p>Acesso em: 22 jun. 2023.</p><p>Na tirinha, fica claro que o homem não entendeu a</p><p>indagação do menino, que se referia ao fato de ele</p><p>estar vendo e não vendendo o pôr do sol. No entanto,</p><p>o efeito de sentido foi usado de forma proposital para</p><p>criticar o fato de as pessoas quererem comprar tudo,</p><p>até o que não se compra, como o pôr do sol.</p><p>Duplo sentido</p><p>O duplo sentido é um recurso muito comparado com</p><p>a ambiguidade. No entanto, a diferença é que a ambi-</p><p>guidade nem sempre é intencional, enquanto o du-</p><p>plo sentido é sempre planejado, especialmente em</p><p>campanhas de publicidade, visando chamar a atenção</p><p>e promover o humor.</p><p>Normalmente, o duplo sentido precisa do conhecimento</p><p>de mundo do leitor ou ouvinte para que a referência seja</p><p>devidamente compreendida. Atente-se à propaganda:</p><p>Fonte: Rede Tiradentes</p><p>Embora seja possível notar que a propaganda acima</p><p>faz menção ao não uso de drogas, também fica claro</p><p>o seu duplo sentido. Uma vez que ela fez referência</p><p>ao técnico Dunga não usar “craques”, ou seja, bons</p><p>jogadores em campeonatos brasileiros.</p><p>Ironia</p><p>Um outro efeito de sentido muito utilizado é a ironia,</p><p>que consiste no uso de determinada palavra ou ex-</p><p>pressão que, em um contexto diferente do habitual,</p><p>dispõe de um novo sentido. Normalmente, ela tem a</p><p>intenção de provocar humor. Observe o exemplo:</p><p>Disponível em:https://encurtador.com.br/dnpV0. Acesso em 26 de jul. 2023.</p><p>Revisa Goiás</p><p>Secretaria de Estado</p><p>da Educação</p><p>SEDUC</p><p>Revisa 3ª Série - Língua Portuguesa - Agosto/2023</p><p>22</p><p>Fonte: Acorda Cidadão</p><p>No outdoor acima, fica claro que a propaganda faz</p><p>referência às pessoas que dirigem bêbadas, ou seja,</p><p>a ironia foi construída com base na possível morte</p><p>provocada por um acidente de trânsito. A coroa de flo-</p><p>res nada mais é que aquela colocada sobre o caixão.</p><p>Disponível em: https://www.clubedoportugues.com.br/efeito-de-sentido/. Acesso em:22</p><p>jun. 2023.</p><p>Leia o texto.</p><p>Disponível em: https://3.bp.blogspot.com/-Hoq5jFZyWag/VpmH6hYQvRI/AAAAAAAAKJw/</p><p>vdLtnz97aqY/s1600/digitalizar0013.jpg. Acesso em: 16 jun. 2023.</p><p>16. O texto lido pertence ao gênero tirinha.</p><p>a) O que é uma tirinha?</p><p>A tirinha é um gênero pertencente ao hipergênero quadrinho,</p><p>tendo o humor e a crítica como principais características,</p><p>além de ser um texto curto, configurado no formato retangular,</p><p>vertical ou horizontal, com um ou mais quadrinhos, diálogos</p><p>curtos, recursos icônico-verbais próprios.</p><p>b) Que tipo de linguagem é utilizado no texto acima:</p><p>verbal, não verbal ou mista? Justifique.</p><p>No texto acima há uma linguagem mista, ou seja, com a</p><p>presença de linguagem verbal (nas falas dos balões) e</p><p>linguagem não verbal (nos desenhos).</p><p>17. No texto, no último quadrinho, ao associar a lingua-</p><p>gem verbal e não verbal, pode-se concluir que o menino</p><p>(A) reiniciou o computador.</p><p>(B) continuou brincando com o gato.</p><p>(C) foi autorizado a brincar no quarto.</p><p>(D) arrumou o sistema do computador.</p><p>(E) ficou chateado com a ordem da mãe.</p><p>Gabarito: E</p><p>D5 - Interpretar texto com auxílio de material gráfico</p><p>diverso (propagandas, quadrinhos, foto etc.).</p><p>18. Qual palavra da tirinha provoca efeito de humor? Jus-</p><p>tifique sua resposta.</p><p>A palavra que provoca efeito de humor é reinicializou. Uma</p><p>palavra utilizada pela área de informática, cujo significado</p><p>é “desligar e ligar de novo; resetar: reiniciar o computador;</p><p>restaurar as configurações iniciais ou a estabilidade do sistema:</p><p>reiniciar o aplicativo.</p><p>19. O efeito de humor foi um recurso utilizado pelo autor</p><p>da tirinha para mostrar que a mãe de Calvin</p><p>(A) revelou desinteresse pela brincadeira do filho.</p><p>(B) tentou ser compreensiva com a brincadeira do filho.</p><p>(C) ficou surpresa em perguntar sobre a arrumação do</p><p>quarto.</p><p>(D) demonstrou espanto ao fazer a pergunta ao “filho</p><p>computador”.</p><p>(E) utilizou a brincadeira do computador para fazer o</p><p>filho arrumar o quarto.</p><p>Revisa Goiás</p><p>Secretaria de Estado</p><p>da Educação</p><p>SEDUC</p><p>Revisa 3ª Série - Língua Portuguesa - Agosto/2023</p><p>23</p><p>Gabarito: E.</p><p>D16 – Identificar efeitos de ironia ou humor em textos</p><p>variados.</p><p>Leia o texto.</p><p>Disponível em: https://4.bp.blogspot.com/_hu43qWNdreM/TIquurU1H7I/AAAAAAAAAL8/DhlI-</p><p>k4CNFv0/s1600/garfield+2.gif. Acesso em: 16 jun. 2023.</p><p>20. A ironia e o humor podem estar interligados nas</p><p>tirinhas.</p><p>a) Na fala de qual personagem há ironia?</p><p>Nessa tirinha, a ironia está nas falas do gato (Garfield) no</p><p>segundo e terceiro quadrinhos, pois ele sabe que a coleira seria</p><p>para ele e não para seu dono.</p><p>21. O que torna essa tirinha engraçada?</p><p>(A) O dono procurar no catálogo uma coleira para o</p><p>gato.</p><p>(B) O gato ficar emocionado com a ideia de ter uma</p><p>coleira.</p><p>(C) O gato fingir ter entendido que a coleira seria para</p><p>o dono.</p><p>(D) O dono conversar com o gato sobre a compra de</p><p>uma coleira.</p><p>(E) O dono e o gato acharem importante comprar uma</p><p>coleira com sininho.</p><p>Gabarito: C.</p><p>D16 - Identificar efeitos de ironia ou humor em textos variados.</p><p>Professor(a), a partir de agora as atividades serão sobre os</p><p>descritores D17, D2 e D19. O D17 - Reconhecer o efeito de</p><p>sentido decorrente do uso da pontuação e de outras nota-</p><p>ções; tem a finalidade de identificar os efeitos de sentido provo-</p><p>cados pelo emprego de sinais de pontuação e outras notações.</p><p>Assim, o objeto de conhecimento envolvido deve ser os Sinais</p><p>de pontuação e outras notações.</p><p>Professor(a), dialogue com os(as) estudantes que os sinais</p><p>de pontuação, além de demarcarem unidades de sentido, ga-</p><p>rantem expressividade ao texto, provocando efeitos de senti-</p><p>do diversos. Notações como a caixa alta, o itálico e o negrito</p><p>também são recursos utilizados para marcar alguns sentidos.</p><p>Quando tratamos dos efeitos de sentido do uso da pontuação,</p><p>estamos nos referindo à relação entre semântica e pontuação</p><p>e ao objetivo discursivo do falante. É importante que os(as)</p><p>estudantes consigam ver como os sinais de pontuação desem-</p><p>penham além de sua função morfológica uma função semânti-</p><p>ca. Professor(a), promova a identificação dos efeitos de sentido</p><p>do uso de pontuação e outras formas de notação em textos</p><p>diversos para além do estudo gramatical. Mostre aos(às) es-</p><p>tudantes como esses recursos geram determinados sentidos,</p><p>que estão relacionados aos objetivos discursivos do falante.</p><p>Vale a pena saber!!!</p><p>O que os sinais de pontuação expressam? [função]</p><p>Os Sinais de Pontuação são sinais gráficos, pe-</p><p>quenos “riscos e pontos escritos” que vão dar coe-</p><p>rência e coesão aos nossos textos. Eles fazem parte</p><p>das regras gramaticais, mas podem ser usados como</p><p>marcas de estilo de um autor.</p><p>Portanto, a função dos sinais de pontuação é inter-</p><p>pretar e organizar corretamente o que está escri-</p><p>to. Cada um deles tem uma utilidade que pode re-</p><p>presentar pausas na fala, entonações, emoções,</p><p>anseios, contextos, intenções e situações.</p><p>É por meio desses sinais que conseguimos criar uma</p><p>comunicação eficiente e precisa entre quem escreveu</p><p>e quem lê, mesmo que eles não estejam falando um</p><p>de frente para o outro.</p><p>Quais são todos os sinais de pontuação?</p><p>Os principais sinais de pontuação da Língua Portu-</p><p>guesa são 10:</p><p>• Ponto final → .</p><p>• Vírgula → ,</p><p>• Ponto e vírgula → ;</p><p>• Ponto de exclamação → !</p><p>• Ponto de interrogação → ?</p><p>• Dois pontos → :</p><p>Revisa Goiás</p><p>Secretaria de Estado</p><p>da Educação</p><p>SEDUC</p><p>Revisa 3ª Série - Língua Portuguesa - Agosto/2023</p><p>24</p><p>• Travessão → —</p><p>• Reticências → …</p><p>• Aspas → “ “</p><p>• Parênteses → ( )</p><p>Cada um deles possui sua própria função e momentos</p><p>em que podem ser usados. Alguns deles são até obri-</p><p>gatórios em certos casos.</p><p>Ponto final [ . ] - O ponto final é o símbolo que usamos</p><p>no final de cada oração, frase ou período. Ele indica</p><p>uma pausa total, quando encerramos o que queríamos</p><p>dizer naquela linha. Além disso, ele pode ser usado no</p><p>final de algumas abreviações.</p><p>Ponto de interrogação [ ? ] - O ponto de interrogação</p><p>é aquele que usamos ao final de uma frase, quando</p><p>estamos fazendo uma pergunta direta. Ao ler uma</p>