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22
BIOMEDICINA
MARIA ISABEL DE AZEVEDO MASCARENHAS
ANEMIA ASSOCIADA A PARASITOSES INTESTINAIS NO TERRITORIO BRASILEIRO
Turmalina
2024
MARIA ISABEL DE AZEVEDO MASCARENHAS
ANEMIA ASSOCIADA A PARASITOSES INTESTINAIS NO TERRITORIO BRASILEIRO
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como requisito parcial para a obtenção do título de …… em Nome do Curso.
Orientador : Prof. Dr. João Paulo Manfré dos Santos
Turmalina
 2024
SUMARIO
LISTA DE FIGURAS	5
LISTA DE QUADROS	6
1	INTRODUÇÃO	7
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA	8
3. Metodologia	9
1.1	Figura 1 - Identificação dos artigos que abordam a relação entre anemia e parasitoses intestinais, conforme os critérios definidos nesta revisão.	10
1.2	Quadro 1 - Resumo dos artigos selecionados para esta revisão.	10
1.3	Quadro 2 - Avaliação do risco de viés dos estudos analisados nesta revisão, conforme o instrumento elaborado por Hoy et al.10	11
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO	11
2	CONCLUSÃO	14
REFERÊNCIAS	15
“ O sucesso é ir de fracasso
 em fracasso sem perder o entusiasmo.”
(CHURCHILL).
Matos Valdemar, Paulo Luiz, Tavares Deusimar, Silva Letica. Anemina associada a parasitoses intestinais no território brasileiro.2024 Trabalho de Conclusão de Curso Biomedicina – UNOPAR, Turmalina, 2024.
RESUMO 
A Anemia Ferropriva, é definida como uma diminuição na concentração de hemoglobina decorrente da redução da reserva de ferro no organismo é considerada como um dos maiores problemas nutricionais, não só nos países em desenvolvimento, como também em países desenvolvidos, por isso que os principais sintomas da deficiência de ferro estão relacionados com o comprometimento do transporte de oxigênio para os tecidos, devido a esta redução na concentração de hemoglobina. Com base nisto, o presente estudo tem como objetivo mostrar a relação da Anemia Ferropriva com a parasitose. Para a realização do presente estudo, foi adotado uma metodologia pautada na análise de revisão literária, no período de maio a novembro de 2017, por meio de pesquisas através de livros, artigos científicos, manuais do ministério da saúde. Após a efetivação da leitura interpretativa de material bibliográfico, foram agrupados e organizados esses dados a fim de facilitar a interpretação dos mesmos, as revisões de estudos científicos, tornou possível a conclusão da existência de uma associação entre parasitose e a anemia, ademais, o presente estudo, sugere medidas socioeducativas para o problema.
Palavras-chave: Anemia. Ferropriva. Parasitose.
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Identificação dos artigos que abordam a relação entre anemia e parasitoses intestinais, conforme os critérios definidos nesta revisão...........................................................................10
LISTA DE QUADROS
Quadro 1 - Resumo dos artigos selecionados para esta revisão...............................................................................................................10
Quadro 2 - Avaliação do risco de viés dos estudos analisados nesta revisão, conforme o instrumento elaborado por Hoy ET AL...............................................................................................................................11
INTRODUÇÃO
As anemias ligadas a parasitoses intestinais representam um significativo problema de saúde global, especialmente em países subdesenvolvidos, onde a incidência é mais alta, refletindo condições sanitárias e socioeconômicas precárias da população.
A anemia é definida pela redução dos níveis de hemoglobina (Hb) no organismo, o que compromete o transporte de oxigênio para os tecidos e pode resultar em sintomas como dispneia, fraqueza, atraso no desenvolvimento neuropsicomotor, diminuição da capacidade intelectual, aumento da morbimortalidade — especialmente em crianças —, baixa resistência a infecções e fadiga.
Embora a anemia possa ocorrer em qualquer fase da vida, crianças e gestantes são os grupos mais vulneráveis. A classificação da anemia pela saúde pública varia conforme a prevalência na população: severa (40% ou mais), moderada (20% a 39,9%), leve (5% a 19,9%) e normal (4,9% ou menos).
Entre as causas da anemia, destacam-se as infecções por enteroparasitas, que podem agravar o quadro anêmico. A carga parasitária e a capacidade dos parasitas de absorver nutrientes e sangue do hospedeiro, resultando em lesões hemorrágicas na mucosa, são fatores cruciais para o desenvolvimento da doença, sendo a anemia por deficiência de ferro a mais frequente.
As enteroparasitoses são comuns em diversas regiões do Brasil, tanto urbanas quanto rurais, e constituem um problema de saúde pública que envolve educação e políticas sociais. Fatores que favorecem a disseminação de enteroinfecções incluem saneamento básico inadequado, práticas de higiene precárias, habitações insalubres e desnutrição, frequentemente associadas a baixos níveis socioeconômicos.
Nesse contexto, estudos que investiguem a relação entre anemia e parasitoses intestinais são essenciais para compreender a situação no Brasil e auxiliar na implementação de medidas de prevenção e tratamento. O objetivo desta revisão sistemática descritiva foi estimar a prevalência de anemia associada a parasitoses no Brasil, identificar os parasitas mais comuns, as faixas etárias mais afetadas e os fatores de risco associados ao desenvolvimento da condição.
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Este texto é uma revisão sistemática descritiva, seguindo as diretrizes do modelo Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses (PRISMA). Foram realizadas buscas em bases de dados como Google Acadêmico, PubMed e Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) Brasil, focando na questão: “qual a prevalência de anemia associada a parasitoses no Brasil?”. As pesquisas utilizaram combinações de descritores como “Prevalência de anemia associada a parasitoses no Brasil e a busca foi feita entre fevereiro e abril de 2018.
Três colaboradoras revisaram os resumos dos artigos de forma cega e independente, buscando consenso em casos de divergência. Os critérios de inclusão abrangeram artigos online, acessíveis na íntegra, definidos como ensaios clínicos ou estudos laboratoriais, com um recorte temporal entre 2014 e 2018, nos idiomas português e inglês. Foram excluídos artigos de revisão, estudos experimentais com animais, casos clínicos, publicações pagas, duplicadas ou que abordassem anemia em relação a outras doenças, bem como aqueles que tratavam apenas da presença de anemias ou parasitoses.
Conforme as orientações do PRISMA, foi criado um fluxograma com as etapas de identificação, avaliação, elegibilidade e inclusão. Para avaliar os potenciais vieses, foi utilizado um instrumento de Hoy et al., que permite classificar os estudos quanto ao risco de viés em baixo, moderado ou alto, com base em nove critérios relacionados à validade externa e interna do estudo.
Os estudos foram classificados em três categorias: baixo risco de viés (com pelo menos oito critérios atendidos), médio risco (sete critérios) e alto risco (menos de sete critérios). A análise foi apresentada na forma de um questionário.
3. Metodologia
A pesquisa nas três bases de dados resultou em 1.697 artigos completos, referentes ao período de 2014 a 2018: 1.690 do Google Acadêmico, quatro do PubMed e três da BVS Brasil.
Após aplicar os critérios de exclusão, a maioria dos estudos foi descartada: cinco por duplicidade, 32 por estarem em outros idiomas, 40 por serem revisões, seis por se referirem a casos clínicos, 184 por envolverem experimentos com animais, quatro por serem dissertações e 1.253 por não abordarem o tema.
Dos artigos que permaneceram, 173 foram selecionados para leitura, mas 23 foram excluídos por analisarem apenas a presença de anemia, 118 por se concentrarem somente em parasitoses intestinais e 22 por associarem anemia a outras doenças. No final, 10 artigos foram incluídos nesta revisão (Figura 1).
.
Figura 1 - Identificação dos artigos que abordam arelação entre anemia e parasitoses intestinais, conforme os critérios definidos nesta revisão.
A amostra total dos artigos incluiu 4.624 indivíduos com idade de até 63 anos, sendo que oito (80,0%) dos estudos foram realizados com crianças e adolescentes de até 14 anos. Entre os estudos selecionados, cinco (50,0%) foram publicados em 2016 e quatro (40,0%) em 2014. A distribuição regional mostrou que 40,0% (4/10) dos estudos foram realizados na Região Sul, 40,0% (4/10) na Região Nordeste, 10,0% (1/10) na Região Centro-Oeste e 10,0% (1/10) na Região Norte, com nenhum estudo na Região Sudeste.
Quanto aos tipos de estudo, 50,0% (5/10) foram descritivos. A prevalência média de anemia foi de 19,6% na Região Nordeste, 46,8% na Região Sul, 37,5% na Região Norte e 4,0% na Região Centro-Oeste. Em relação à prevalência média de parasitoses intestinais, os dados foram de 49,1% na Região Nordeste, 23,5% na Região Sul, 98,1% na Região Norte e 9,8% na Região Centro-Oeste (Quadro 1).
	
•	Informação não disponível no estudo.
Quadro 1 - Resumo dos artigos selecionados para esta revisão.
Em relação à associação entre anemia e parasitoses intestinais, nem todos os estudos realizaram análise estatística dessa relação, embora tenham reconhecido a presença de ambas. A prevalência média de anemia associada a parasitoses foi de 11,4% (3/4) na Região Sul, 13,1% (2/4) na Região Nordeste e 3,5% (1/1) na Região Centro-Oeste. Na Região Norte, não houve análise estatística sobre a associação entre anemia e parasitas. Os parasitas mais frequentemente encontrados foram: Entamoeba coli, identificada em nove (90,0%) dos estudos; Giardia lamblia e Endolimax nana, em sete (70,0%); Ascaris lumbricoides, em seis (60,0%); e Enterobius vermicularis, em dois (20,0%) (Quadro 1).
Os fatores de risco identificados incluíram condições inadequadas de saneamento básico, baixo nível socioeconômico, baixo peso nutricional, habitação precária, baixa escolaridade e cuidados insuficientes com a higiene pessoal.
Quanto à avaliação do risco de viés, os artigos selecionados apresentaram pontuação variando de dois a oito, em um total de nove pontos possíveis. Seis artigos foram classificados como de alto risco, dois como de risco moderado e dois como de baixo risco (Quadro 2).
S: Sim; N: Não; ARV: Alto risco de viés; BRV: Baixo risco de viés; MRV: Médio risco de viés
Quadro 2 - Avaliação do risco de viés dos estudos analisados nesta revisão, conforme o instrumento elaborado por Hoy et al.10
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Embora haja poucos estudos sobre a prevalência de anemia associada a parasitoses no Brasil, este trabalho propôs analisar essa relação nas diferentes regiões do país.
Os estudos realizados na Região Sul, abrangendo diversos grupos, não encontraram associação significativa entre anemia e parasitoses, possivelmente devido à alta prevalência de parasitas não patogênicos. Por exemplo, Bini et al. conduziram um estudo com 101 gestantes em Ponta Grossa, Paraná, e não detectaram associação nas 21 gestantes analisadas laboratorialmente, já que elas apresentavam apenas os enteroparasitas não patogênicos E. coli, E. nana, E. vermicularis e H. nana.
Em contraste, Mengist et al. avaliaram 372 gestantes em cinco centros de saúde na Etiópia e observaram uma prevalência de enteroparasitas de 24,7%, predominando ancilostomídeos (15,1%) e A. lumbricoides (6,5%). Dentre elas, 17,5% tinham anemia, mostrando uma associação significativa com ancilostomídeos (p = 0,001) e A. lumbricoides (p = 0,022). Essa mesma associação entre ancilostomídeos e anemia em gestantes foi encontrada em um estudo com 375 grávidas em Gana, sugerindo que infecções por parasitas patogênicos estão ligadas à anemia nesse grupo. Assim, observa-se que, entre gestantes de diferentes continentes e com diferentes condições socioeconômicas, os resultados refletem as condições de saúde e sanitárias das populações.
Em um estudo com crianças e adolescentes de 6 a 14 anos em Ubiratã, Paraná, constatou-se que 24,6% (14/57) estavam parasitados, 64,9% (37/57) apresentavam apenas anemia e 15,8% (9/57) tinham tanto anemia quanto parasitas, mas não houve associação significativa entre enteroparasitoses e anemia. O parasita mais frequente foi o E. coli, um parasito comensal, o que justifica a falta de associação. Contudo, é importante destacar que esse parasito indica condições sanitárias precárias e contaminação fecal-oral. Além disso, foi encontrada uma maior prevalência de protozoários, e 10,5% (6/57) das crianças apresentavam parasitismo por G. lamblia e A. lumbricoides, fatores que podem contribuir para o desenvolvimento de anemia.
No estudo descritivo-analítico de Santos et al., que investigou a prevalência de enteroparasitas e a associação entre anemia e parasitoses em crianças e idosos em Santo Ângelo, Rio Grande do Sul, foram avaliados 2.470 pacientes. Dentre eles, 19,3% apresentaram algum enteroparasita, mas apenas 112 estavam infectados por parasitas patogênicos. Desses, 25,0% (28/112) apresentaram tanto parasitose quanto anemia. Assim como no estudo de Miotto et al., os parasitas mais frequentemente encontrados foram os não patogênicos, como E. nana e E. coli, seguidos do patogênico G. lamblia, evidenciando a contaminação fecal-oral. As crianças foram as mais afetadas, possivelmente devido a atividades recreativas em ambientes externos e ao desenvolvimento de seu sistema imunológico. O G. lamblia foi destacado como um fator no desenvolvimento de anemia, pois prejudica a absorção de nutrientes pelo organismo.
Em um estudo realizado na Tailândia com 375 crianças de 6 a 14 anos, foi encontrada uma prevalência de parasitoses intestinais de 47,7% (179/375) e de anemia de 6,4% (24/375). A associação entre anemia e parasitoses foi considerada baixa, em grande parte devido à alta presença de E. coli, que correspondeu a 31,2% (117/375), reforçando a ideia de uma reduzida relação entre anemia e enteroparasitas não patogênicos.
No Brasil, em Peabiru, Paraná, exames parasitológicos e hematológicos realizados em 67 crianças revelaram uma prevalência de enteroparasitoses de 16,4% (11/67). No entanto, as crianças infectadas não apresentaram anemia, apenas alterações na contagem de leucócitos e eosinófilos. A baixa escolaridade dos pais foi identificada como um fator de risco para o desenvolvimento de enteroparasitoses. A ausência de anemia entre as crianças parasitadas pode ser atribuída ao fato de estarem em uma creche de período integral, onde recebem acompanhamento profissional durante as seis refeições diárias. Apesar da baixa prevalência de parasitas, é importante considerar a necessidade de medidas profiláticas na comunidade.
No que diz respeito aos estudos realizados na Região Nordeste, quatro artigos identificaram uma associação entre anemia e parasitoses. Costa et al. analisaram os exames parasitológicos e hematológicos de 175 indivíduos na Parnaíba, Piauí, a partir de prontuários. Constatou-se que 41,7% (73/175) apresentavam infecção por enteroparasitas. Entre os casos de monoparasitismo por helmintos, 8,0% (4/50) das infecções por larvas de S. stercoralis estavam relacionadas a quadros anêmicos, com uma hemoglobina média de 10,8 g/dL. Nos casos de biparasitismo, envolvendo ancilostomídeos e E. nana, 5,0% (1/20) apresentaram hemoglobina média de 10,4 g/dL. Como a análise estatística não foi realizada, o estudo foi classificado como de alto risco de viés. Esses dados são semelhantes aos encontrados em um estudo no norte da Etiópia, onde 427 pacientes apresentaram uma prevalência de enteroparasitas de 33,5% (143/427) e anemia de 8,2% (35/427), com uma associação entre anemia e enteroparasitas de 10,7%. Também foi observado que pacientes infectados por S. stercoralis e ancilostomídeos tinham maior probabilidade de desenvolver anemia devido a perdas sanguíneas diárias.
Outro estudo, realizado com 72 prontuários de pacientes com até 63 anos em Juazeiro do Norte, Ceará, revelou que 19,4% (14/72) eram positivos para enteroparasitas, 31,9% (23/72) apresentavam anemia e 39,2% (9/23) tinham anemia associadaa parasitoses. A maior prevalência de infecções parasitárias foi observada na faixa etária de 0 a 13 anos, sendo o parasito mais encontrado G. lamblia, que pode causar diarreia, desnutrição, má absorção de ferro e vitaminas, além de retardar o desenvolvimento, o que confirma a associação significativa entre anemia e parasitoses.
No estudo conduzido por Pedraza, que incluiu 299 crianças em creches públicas de Campina Grande, Paraíba, foi encontrado que 17% das crianças apresentavam anemia. Dentre elas, 82,7% tinham monoparasitismo e 46,4% poliparasitismo. Com base nos índices de anemia, o autor considerou essa condição um problema de saúde pública moderado. Os parasitas mais frequentes foram os protozoários G. lamblia e E. histolytica, embora não tenha sido identificada uma associação significativa entre as duas variáveis.
Um estudo urbano na Índia, envolvendo 250 adolescentes do sexo feminino, revelou uma prevalência de enteroparasitas de 36,0% (90/250), com E. histolytica sendo o mais comum (23,2%, ou 58/250), seguido por G. lamblia (5,2%, ou 13/250), ancilostomídeos (4,4%, ou 11/250) e A. lumbricoides (3,2%, ou 8/250). A prevalência de anemia foi alta, atingindo 84,8% (212/250), com 12,8% (32/250) apresentando anemia leve, 46,8% (117/250) moderada e 25,2% (63/250) severa. Observou-se uma associação significativa entre anemia e infecção por enteroparasitas, além de práticas inadequadas de higiene, como lavagem das mãos e defecação em locais abertos. Al-Shehri et al. também relataram uma associação significativa entre anemia e infecção por G. lamblia em um estudo com 254 crianças em Uganda.
Em Campina Grande, um estudo transversal com 271 crianças em creches encontrou que 52,7% apresentavam poliparasitismo, com uma associação estatisticamente significativa entre os níveis de hemoglobina e poliparasitismo (p = 0,026). O poliparasitismo foi relacionado a uma baixa concentração de hemoglobina, pois a presença de parasitas intestinais pode reduzir em até 20% a absorção de ferro, comprometendo a síntese normal de hemoglobina.
Em Aiquara, na Bahia, um estudo com 236 idosos mostrou uma prevalência de 30,5% de parasitoses intestinais, predominando parasitas não patogênicos como E. coli (44,6%), E. nana (21,7%) e Iodamoeba butschlii (14,5%). A prevalência de anemia foi de 12,8%, sem associação significativa entre as variáveis, o que confirma a baixa correlação entre anemia e parasitas não patogênicos.
Na Região Centro-Oeste, um único estudo analisou 1.139 amostras de crianças de 0 a 14 anos em Goiânia, Goiás. A prevalência de enteroparasitas foi de 29,8% (340/1.139), com 4,1% (47/1.139) apresentando anemia e 3,5% (40/1.139) mostrando uma associação significativa entre anemia e parasitoses (pcrianças segundo características pessoais e das creches. Cad Saude Colet. 2016 out-dez;24(4):468-77.
	14.	Pedraza DF. Saúde e nutrição das crianças atendidas em creches públicas do município de Campina Grande, Paraíba. Cad Saude Colet. 2016 abr-jun;24(2):200-8. 
	15.	Santos Jr JGA, Nascimento PAC, Cristo JS, Vandesmet VCS. Anemia associada às parasitoses intestinais em pacientes atendidos em um laboratório de análises clínicas em Juazeiro do Norte-CE. Rev Interfaces. 2016 abr;3(9):6-9. 
	16.	Bini S, Alves L, Simionatto M, Miné JC. Enteroparasitoses e situação nutricional de gestantes em unidades básicas de saúde de Ponta Grossa - PR. Pub Uepg Ci Biol Saude. 2015 jan-jul;21(1):65-74.
	17.	Costa PSCBV, Araújo IB, Guimarães Jr PR, Mousinho DD, Thomás S, Costa CV. Prevalência de anemia e enteroparasitas em um laboratório na periferia de Parnaíba-PI. Rev Interd. 2014 jul-set;7(3):71-6.
18.	Miotto JE, Caro DSA, Barros MF, Rego BEF, Santos FC, Macagnan R, et al. Diagnóstico laboratorial de enteroparasitas e anemia e sua possível associação com eosinofilia em crianças em idade escolar em Ubiratã - PR. Biosaude. 2014;16(2):52-62. 
	19.	Santana TP, Duarte LCP, Martins MO, Rezende HHA, Avelar JB. Prevalência de enteroparasitas e anemia em crianças atendidas no laboratório clínico da PUC Goiás. Estudos. 2014 out-dez;41(4):881-8. 
	20.	Santos CS, Souza PSA, Frizzo MN, Mallet EKV, Pedroso D. Prevalência de enteroparasitoses e sua relação com eosinofilia e anemia em pacientes de Santo Ângelo, Rio Grande do Sul, Brasil. Rev Saude Integr. 2013;6(11-12):293-307. 
	21.	Mengist HM, Zewdie O, Belew A. Infecção por helmintos intestinais e anemia entre gestantes atendidas em cuidados pré-natais em East Wollega, Oromia, Etiópia. BMC Res Notes. 2017 Sep;10(1):440. 
	22.	Tay SCK, Nani EA, Walana W. Infecções parasitárias e anemia materna entre mães expectantes no distrito de Dangme East, Gana. BMC Res Notes. 2017 Jan;10(1):3. 
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