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1 UNIVERSIDADE SALGADO DE OLIVEIRA CURSO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO DISCIPLINA: ENGENHARIA DA QUALDADE I PROFESSOR: LUIZ CARLOS DE FREITAS Exercícios complementares AS SETE FERRAMENTAS BÁSICAS DA QUALIDADE 1. Lista de Verificação 2. Diagrama de Pareto 3. Diagrama de Causa-e-Efeito 4. Histograma 5. Diagrama de Dispersão 6.1- Gráfico Linear 6.2-Gráfico (Carta) de Controle 7- Fluxograma Outras ferramentas Coleta de Dados Brainstorming METODOLOGIA DE ANÁLISE E SOLUÇÃO DE PROBLEMAS 2 AS SETE FERRAMENTAS BÁSICAS DA QUALIDADE 1. Lista de Verificação Permite uma coleta de dados organizada, facilitando a sua análise e interpretação. Exemplo de voltagem de uma determinada produção. VOLTAGEM CONTAGEM 1,65 1,64 1,63 1,62 1,61 1,60 1,59 1,58 1,57 1,56 1,55 1,54 1,53 1,52 1,51 1,50 X XXX X XXXXX XXXXX XXX XXXXX XXXXX XX XXXXX XXXXX XXXXX X XX X XX X Comentários: existe uma infinidade de tipos de lista de verificação o mais importante é que haja facilidade no seu preenchimento e que os dados sejam apontados de modo correto a forma de coleta de dados depende do objetivo do estudo Proposto: Elaborar(simular) uma Lista de Verificação para acompanhar de processo de fabricação do componente XPTO. Analisar as variáveis listadas abaixo, apontadas como importantes pelos participantes do brainstorming para estabelecimento de itens de controle e de verificação: - Número de peças com comprimento fora de especificação; Número de peças com largura fora de especificação. Recomendações para a elaboração da folha de verificação: - Estratificar por: turno (Manhã; tarde e noite); dias da semana (menos domingo); matéria prima (fornecedor 1, 2 e 3). 2. Diagrama de Pareto É uma forma de descrição gráfica aonde procura-se identificar quais itens são responsáveis pela maior parcela dos problemas 3 Construção do diagrama: a) Determinar como os dados serão classificados: por produto, por máquina, por turno, por operador, .... b) Construir uma tabela, colocando os dados em ordem decrescente c) Calcular a porcentagem de cada item sobre o total e o acumulado d) Traçar o diagrama e a linha de porcentagem acumulada EXERCÍCIO - DIAGRAMA DE PARETO Durante um período de seis meses, a produção de filme de polietileno de baixa densidade (PEBD) foi acompanhada, anotando-se os defeitos encontrados: DEFEITO QUANTIDADE DE BOBINAS Micro Furos Opacidade Espessura Maior Espessura Menor Largura Incorreta Adesão entre Faces Grumos Outros 5 67 43 182 30 130 9 19 Com o auxílio da tabela abaixo e da próxima página, construa um Diagrama de Pareto. 4 DEFEITOS QUANTIDADE % DO TOTAL % ACUMULADA Espessura Menor Adesão entre Faces Opacidade Espessura Maior Largura Incorreta Grumos Micro Furos Outros TOTAL 485 100 - Preparar o gráfico. 5 3 . Diagrama de Causa-e-Efeito(ISHIKAWA OU ESPINHA DE PEIXE) Permite que seja identificada uma relação significativa entre um efeito e suas possíveis causas. As chamadas causas principais de problemas (6 M’s): · Mão de Obra (ou pessoas) · Materiais (ou componentes) · Máquinas (ou equipamentos) · Métodos · Meio Ambiente 6 · Medição Diagrama de causa e efeito de metalúrgica. - A construção deve ser realizada por um grupo de pessoas envolvidas com o processo considerado. - Defina o efeito do processo da forma mais clara possível. - Construa um diagrama de causa e efeito para cada efeito de interesse. - Em muitas situações, os fatores máquinas, pessoas, insumos, métodos, medidas, e condições ambientais são candidatos naturais a constituem as causas primárias do diagrama de causa e efeito. - Durante a construção do diagrama devemos repetidamente formular e responder a pergunta: que tipo de variabilidade nas causas poderia afetar a característica da qualidade de interesse ou resultar no problema considerado? 7 Exercício proposto. Desenvolva um Diagrama de causa e efeito de uma situação qualquer: atiivdade de empresa ou qualquer. Exemplo de preparar um churrasco. Nesse caso os itens podem ser alterados. 4 - Histograma É uma forma de descrição gráfica de dados quantitativos, agrupados em classes de frequência 8 Construção: a) Obter uma amostra de 50 a 100 dados (50 < n < 100) b) Determinar o maior e o menor valor (xmax e xmin) c) Calcular a amplitude total dos dados R = xmax - xmin d) Determinar o número de classes k = n e) Calcular a amplitude das classes h = R/k f) Determinar os limites das classes g) Construir uma tabela de freqüências h) Traçar o diagrama INTERPRETAÇÃO DE HISTOGRAMAS 9 Exemplo. Construir um histograma que represente o número de clientes de um dado restaurante ao longo de 15 dias, conforme tabela: 12 - 13 - 10 10 - 15 - 11 12 - 11 - 14 9 - 12 - 13 12 - 13 - 12 Tabela de frequência. Valor Frequência absoluta Frequência absoluta acumulada Frequência relativa (%) Frequência relativa acumulada (%) 9 10 11 12 13 14 15 I II II IIIII III I I 1 3 5 10 13 14 15 6,7 13,3 13,3 33, 20,0 6,7 6,7 6,7 20 33,3 66,6 86,6 93,3 100 10 Apresentar o Histograma de frequências absolutas(em relação ao Valor). 11 Apresentar o Histograma de frequências absolutas acumuladas 12 A forma dos histogramas de frequências absolutas e de frequências relativas, assim como os de frequências absolutas acumuladas e frequências relativas acumuladas, são iguais. A única diferença reside na escala de valores abrangida. Para o exemplo considerado anteriormente os valores das frequências relativas e relativas acumuladas encontram-se já marcados na tabela de frequências. 5 - Diagrama de Dispersão Visa identificar se existe uma tendência de variação conjunta (correlação) entre duas ou mais variáveis. Construção: a) Coletar uma amostra de 50 a 100 dados b) Traçar um gráfico cartesiano c) Marcar no gráfico os pares de valores (x e y) d) Analisar o diagrama, verificando a existência de correlação 13 TIPOS DE CORRELAÇÃO 14 EXERCÍCIO - DIAGRAMA DE DISPERSÃO Construir um diagrama de dispersão para os valores abaixo (temperatura e rendimento): TEMPERATURA RENDIMENTO 17 19 19 20 22 22 23 23 25 25 0,20 0,25 0,30 0,35 0,40 0,60 0,50 0,60 0,55 0,65 Existe correlação entre temperatura e rendimento? 15 16 Outras ferramentas da qualidade 6.1 - Gráfico Linear Permite que seja avaliada a evolução de um conjunto de dados ao longo do tempo (série temporal). Construção: a) Construir um gráfico cartesiano b) Marcar no eixo horizontal (x) o tempo (anos, meses, ...) c) Marcar no eixo vertical (y) os valores da variável d) Unir os pontosmarcados com segmentos de reta e) Avaliar a presença de tendências, ciclos, etc. Exemplo. Os seguintes dados referem-se a produção semanal de uma planta química, em toneladas: 17 Há algo estranho com estes dados ? 18 6.2 - GRÁFICO DE CONTROLE Permite avaliar se o comportamento de um processo, em termos de variação, é (ou não) previsível. Elementos de um gráfico de controle: 19 · um gráfico cartesiano, onde o eixo horizontal representa o tempo e, o vertical, o valor da característica · um conjunto de valores (pontos) unidos por segmentos de reta · três linhas horizontais: limite inferior de controle, limite superior de controle e linha média PROCESSO PREVISÍVEL (OU ESTÁVEL OU SOB CONTROLE) 20 Exemplo. Nosso cliente deu-nos uma missão muito especial: produzir lotes com 100 bolinhas coloridas. Na fabricação dos lotes será empregada a caixa de bolinhas. Para ajudar na avaliação, vamos anotar os dados numa tabela: OPERADOR QUANTIDADE p 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 21 22 7- FLUXOGRAMA É uma configuração (desenho) que contem as indicações passo a passo das etapas ou atividades de um processo de produção ou execução de um serviço. Representa uma seqüência de trabalho, de forma detalhada ou macro na qual as operações ou os responsáveis e os departamentos envolvidos são visualizados nos processo. É conhecido também com os nomes de flow-chart, carta de fluxo do processo, gráfico de seqüência, gráfico de processamento dentre outros. É uma ferramenta para a avaliação de processos administrativos e produção, que pode ser utilizada para a melhoria de processos. É utilizada nas etapas de observação e padronização do PDCA de melhoria de processos. Benefícios do fluxograma: Um fluxograma traz os seguintes benefícios: Oferece compreensão única do processo Possibilita a correção / eliminação de anormalidades ou etapas Permite a visualização das: o Etapas que necessitam padronização o Relações interdepartamentais o Relações entre etapas e fases Principais objetivos Padronização na representação dos métodos e os procedimentos operacionais e administrativos; Descrever com maior rapidez os métodos operacionais e administrativos; Facilita a leitura e o entendimento das rotinas operacionais e administrativas; Identifica os pontos mais importantes das atividades; Permite uma maior flexibilização e um melhor grau de avaliação do processo. Como construir um fluxograma (Passos) Para entender como o processo funciona na realidade é necessário seguir os cinco passos abaixo: 1. Escolher o processo específico que se quer documentar 2. Defina os limites do processo / fluxograma (o início e o fim do processo que será documentado) 3. Definir quem irá documentar o processo uma pessoa ou uma equipe (geralmente multidisciplinar) 4. Documentar os passos reais do processo 5. Validar a exatidão do fluxograma com que conhece o processo Depois que o processo for mapeado por inteiro, o mesmo pode se analisado e melhorado avaliando se existem operações redundantes, passos que podem ser combinados ou até eliminados. Armadilhas 1. Eliminar passos sem avaliar os impactos nos outros processos ou pessoas 2. Deixar de identificar claramente os limites do processo no início, pois poderá continuar o mapeamento para sempre ou documentar o processo errado 3. Deixar de incluir especialistas no processo, principalmente na etapa de validação do processo. 23 A Figura 1 apresenta os símbolos básicos utilizados para elaboração do fluxograma Figura 1 – Símbolos básicos do fluxograma A Figura 2 apresenta um exemplo de fluxograma para identificação, e avaliação de riscos, aspectos e impacto. 24 Outras Ferramentas - Brainstorming Brainstorming ou tempestade cerebral é uma ferramenta para geração de ideias sobre um assunto definido, podendo ser resolução de problemas, design de produto, entre outros. É comumente usada quando você precisa de um maior conhecimento sobre um produto, processo, problema ou suas causas. Para utilização desta ferramenta, é interessante construir um grupo heterogêneo para e estimula-los a romper seus limites e paradigmas, incentivando o maior numero de ideias possível. Permitindo assim um maior entendimento do assunto em pauta ou um avanço na resolução de um problema. Antes da reunião de brainstorming, o assunto deve ser definido claramente, no inicio da reunião informar todos os participantes das “regras do jogo” e explicar claramente o assunto a ser tratado. Para uma reunião de brainstorming ser produtiva é interessante observar algumas regras: • Não julgar ou opinar sobre as ideias apresentadas • Arriscar novas ideias • Plagiar ideias, fazer analogias e variantes. • Deixar os participantes à vontade, sem medo. • No brainstorming quantidade é o foco da reunião, quanto mais ideias melhor. • As ideias manifestadas devem ser anotadas, de preferencia onde todos possam vê-las. • Todos merecem a mesma atenção, independente do cargo. No final da reunião, o grupo analisa criticamente as ideias apresentada, eliminando, agrupando e classificando-as. Encerrando o brainstorming é esperado que uma boa quantidade de ideias sobre o assunto definido tenha sido gerada. 25 METODOLOGIA DE ANÁLISE E SOLUÇÃO DE PROBLEMAS Não existe uma “receita” para a resolução de um problema. Entretanto, quando o mesmo é atacado de uma forma sistemática, as chances de resolvê-lo são maiores. 1. Identificação do problema · mostrar importância do problema · avaliar histórico do problema · mostrar resultados indesejáveis · fixar tema e meta · designar responsável (líder e membros) · estabelecer cronograma 26 · montar orçamento 2.Reconhecimento dos aspectos do problema · caracterização através de: · tempo · local · tipo · efeito · comparações para identificar diferenças · análise no local do problema · coleta de dados 3.Descoberta das causas principais · estabelecer hipóteses · testar hipóteses 4.Ação para eliminar as causas · ação de contenção X ação corretiva · verificar eventuais efeitos colaterais · obter diferentes propostas de ação · selecionar a melhor alternativa 5. Verificação da eficácia da ação · comparação antes X depois · converter resultados em $ · comparar resultados com meta · enumerar outros efeitos (bons ou ruins) 6.Eliminação definitiva das causas · 5 W’s e 1 H: quem, quando, onde, o quê, como e porquê · padronização e normalização · educação e treinamento · definição de responsabilidade 7.Revisão e planejamento para trabalho futuro · indicar outros problemas descobertos · planejar como resolvê-los aprender com a experiência adquirida
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