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I. INTRODUÇÃO
Esse trabalho busca analisar a atual situação do sistema penitenciário brasileiro. Nosso país possui a terceira maior população carcerária do mundo e em todo o país, há quase meio milhão de pessoas presas. A cada ano, a lotação dos presídios cresce de forma assustadora e gritante.
Nosso governo adotou uma política de encarceramento em massa nos últimos tempos, e não se preocuparam em adotar medidas necessárias para atender esses detentos. As condições precárias e desumanas desse sistema prisional violam os direitos mais fundamentais do ser humano. Maus tratos, superlotação, tortura, falta de assistência médica, má alimentação são alguns fatores, fazendo com que o ambiente no cárcere se torne um verdadeiro cenário de horrores.
 Estas consequências acabam por se tornar uma verdadeira vendeta, fazendo o que muitos acreditam ser a justiça, a forma mais concreta de ação contra a dignidade humana. Assim, seria necessário que o sistema carcerário ofertasse um mínimo de suporte para que os condenados voltem à sociedade, preparados para encarar novamente suas vidas, devidamente inseridos na sociedade.  
O Direito Penal, que tem por objetivo punir aqueles  que agem ou agiram contra os valores que este mesmo direito visa proteger, tais como a vida, a propriedade ou a liberdade, acaba, ao modo da lei, por se tornar um meio que legitima pela prática a tortura e o castigo, tornando os que lhe estão submetidos, pessoas mais revoltadas devido ao tratamento, tantas vezes indignos, que recebem. Não se pode esquecer que um transgressor é antes de qualquer coisa um ser humano detentor de direitos que precisam ser preservados.
	
IV. PRECARIEDADE NO SISTEMA PENITENCIÁRIO: VIOLAÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS
A Declaração de Direitos Humanos, proposta pela ONU (Organização das Nações Unidas), afirma que ninguém poderá ser submetido a tratamento ou castigo cruel, desumano ou degradante, portanto, trazer à tona todos esses problemas é fazer uma análise comparativa com o sistema de governo do Brasil e também, uma crítica à sociedade propondo meios para que esses problemas sejam superados.
Ninguém nasce propenso ao crime, é preciso observar que os indivíduos que hoje se encontram na situação de presidiários, tiveram em algum momento seus direitos fundamentais violados, e na maioria das vezes tal situação lhes trouxeram algum tipo de revolta.
A situação das penitenciárias no Brasil é bastante tenebrosa. Há constantes rebeliões e fugas, com o crescente aumento da criminalidade e da violência dos presos. Isso se deve, em parte, a situação degradante do sistema carcerário brasileiro, que submete o preso a condições precárias dentro dos presídios.
A falta de investimento do governo é o principal fator que provocou o colapso do sistema penitenciário brasileiro. As penitenciarias foram se deteriorando ao longo dos anos, com a condição de vida a população carcerária também se agravando cada vez mais.
Para promover o futuro retorno do preso à sociedade com êxito, é preciso que o auxiliem. Hungria expõe sobre o assunto:
“Os estabelecimentos da atualidade não passam de monumentos de estupidez. Para reajustar homens à vida social invertem os processos lógicos de socialização; impõem silêncio ao único animal que fala; obrigam a regras que eliminam qualquer esforço de reconstrução moral para a vida livre do amanhã, induzem a um passivismo hipócrita pelo medo do castigo disciplinar, ao invés de remodelar caracteres ao influxo de nobres e elevados motivos; aviltam e desfibram, ao invés de incutirem o espírito de hombridade, o sentimento de amor-próprio; pretendem, paradoxalmente, preparar para a liberdade mediante um sistema de cativeiro.”
 Mas vê-se hoje nesse sistema, uma verdadeira escola de graduação do crime, submetendo os presidiários a situações que ferem a dignidade humana, e que os revoltam ainda mais com suas realidades. A superpopulação carcerária acarreta a mistura de indivíduos e, dada à diversidade de tipos e temperamentos, recolhidos em um mesmo ambiente promíscuo, fazendo não concorrer à recuperação, mas sim a reincidência.
A superlotação nos presídios é possivelmente o maior problema do sistema penal brasileiro. O número médio de presos por cela apenas tem aumentado, não alcançando nenhum resultado positivo mesmo depois de constantes esforços para resolver esse problema.
Com essa forma se torna evidente o decadência do sistema penitenciário, pois, na teoria, o condenado deveria ser alojado em cela individual, conforme art. 88 da Lei de Execuções Penais:
Art. 88. O condenado será alojado em cela individual que conterá dormitório, aparelho sanitário e lavatório.
Parágrafo único. São requisitos básicos da unidade celular:
a) salubridade do ambiente pela concorrência dos fatores de aeração, insolação e condicionamento térmico adequado à existência humana;
b) área mínima de 6,00m2 (seis metros quadrados).
Não é possível que uma ressocialização efetiva aconteça utilizando-se celas superlotadas, pois a realidade vivida pelos presos lá dentro acaba por incentiva-los a se rebelar.
Uma possível solução para este problema é a criação de novas unidades prisionais para atender a grande demanda da população carcerária. Vale ressaltar que só a edificação de novos presídios por si só não vai resolver toda a crise do problema carcerário, mas isso já minimizaria a questão da superlotação.
A superlotação das celas, sua precariedade e sua insalubridade tornam as prisões num ambiente propício à proliferação de epidemias e ao contágio de doenças. Todos esses fatores estruturais aliados ainda à má alimentação dos presos, seu sedentarismo, o uso de drogas, a falta de higiene e toda a lugubridade da prisão, fazem com que um preso que adentrou lá numa condição boa, não saia de lá sem ser acometido de uma doença ou com sua resistência física e saúde fragilizada.
Os detentos adquirem as mais variadas doenças no interior das prisões. Não há tratamento médico-hospitalar dentro da maioria dos presídios. Para serem removidos para os hospitais os presos dependem de escolta da PM, a qual na maioria das vezes é demorada, pois depende de disponibilidade. Quando o preso doente é levado para ser atendido, há ainda o risco de não haver mais uma vaga disponível para o seu atendimento, em razão da igual fragilidade do sistema público de saúde.
O que acaba ocorrendo é uma dupla penalização na pessoa do encarcerado: a pena de prisão propriamente dita e o lamentável estado de saúde que ele adquire durante a sua permanência no cárcere.
 Esse abandono também se repete em vários outros setores, como no da educação e nas práticas de incentivo para a reintegração à vida em liberdade, como nas oficinas que ensinem novos ofícios e nos trabalhos alternativos suficientes para todos. Em relação ao apoio jurídico, a maioria não tem recursos financeiros e veem na esfera pública a única esperança de ajuda, deparando-se com a falta de defensores públicos e quando os tem, com a ausência de preocupação destes para com seus casos. 
Assim, o conceito da dignidade do preso deveria ser de fato, um elemento inalienável e irrenunciável, que reconhecesse, respeitasse e os protegesse, pois é inerente a todo e qualquer ser humano. Logo, o Estado, tem a função de guiar os indivíduos para preservá-la e deve criar condições para seu pleno exercício. 
Temos uma legislação concernente sobre o tema, os ordenamentos jurídicos trazem uma realidade utópica sobre os estabelecimentos penais e as garantias aos presos. A Declaração Universal dos Direitos Humanos, a Lei de Execução Penal e a Constituição Federal do Brasil, trazem normas em que estabelecem os traços ideais dos presídios, mas de um modo geral se mostra contrario ao que foi descrito por esses ordenamentos.
IX. ANEXOS
X. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL, Constituição Federal Brasileira de 1988.
BRASIL, Lei nº 7.210/1984- Lei de Execução Penal.
BITENCOURT, Cézar Roberto. Falência da pena de prisão. 3. Ed. Revistados Tribunais. São Paulo.
VASCONCELOS, Emerson Diego Santos de; QUEIROZ, Ruth Fabrícia de Figueiroa; CALIXTO, Gerlania Araújo de Medeiros. A precariedade no sistema penitenciário brasileiro – violação dos direitos humanos. In: Âmbito Jurídico, Rio Grande, XIV, n. 92, set 2011. Disponível em: <http://www.ambitojuridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=10363&revista_caderno=3>. 
ONU. Declaração Universal dos direitos do Homem. Disponível em: < http://generodemocraciaedireito.files.wordpress.com/2011/02/declarac3a7c3a3o-universal-dos-direitos-humanos.pdf>.  
Disponível em:< http://www.jusbrasil.com.br/noticias/2396239/brasil-ja-tem-a-terceiramaior-populacao-carceraria-do-mundo>.
Disponível em: < http://www.hrw.org/news/2015/04/08/brazil-prison-crisis-spurs-rights-reform

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