Buscar

Testemunhas de Jeová e a Transfusão de Sangue

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 6 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 6 páginas

Prévia do material em texto

UNIESP – FALDADE DE SÃO PAULO
UNIDADE TUCURUVI
Professor: Ivanilton Almeida
Matéria: Filosofia do Direito
2º Semestre de Direito
2015
Testemunhas de Jeová e a Transfusão de Sangue
	
Nome: Letícia Galdino dos Santos					RA: 2015005186
Nome: Paulo Henrique Pereira de Souza Silva				RA: 2015006018
Nome: Suellen de Oliveira Franco					RA: 2015006166
Conceitos
Este presente trabalho tem por objetivo a pesquisa sobre as Testemunhas de Jeová e suas negativas quanto ao tratamento que incluam a Transfusão de Sangue, sobre os preceitos jurídicos e médicos alem de últimas ações judiciais e decisões de Estado.
Das Testemunhas de Jeová e sua crenças
Pois a vida de todo tipo de criatura é seu sangue, porque a vida está no sangue. Por isso eu disse aos israelitas: “Não comam o sangue de nenhuma criatura, porque a vida de todas as criaturas é seu sangue. Quem o comer será eliminado.”.
		As Testemunhas de Jeová tem por preceito maior a bíblia, onde é citado que todo homem deve de abster do sangue de qualquer criatura criada por Deus.
As Testemunhas de Jeová do Brasil somam cerca de 794.766 pessoas, que se distribuem em 11.562 congregações. O Brasil é na atualidade o segundo país com maior número de Testemunhas de Jeová, ficando atrás apenas dos Estados Unidos. Em 2014, foram realizados 29.870 batismos no país; no evento da Comemoração da Morte de Cristo estiveram presentes 1.728.208 pessoas; foram realizados em média 841.136 estudos bíblicos; e foram dedicadas 170.475.134 horas à evangelização.
		A religião surge em 1870 com o Charles Taze Russell e alguns amigos formam um grupo de estudos sobre a Bíblia nos Estados Unidos.
		Russell, fundou então a Sociedade de Tratados da Torre de Vigia de Sião, sendo que esta associação religiosa é hoje conhecida como Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados de Pensilvânia, uma das mais antigas sociedades do mundo ainda em existência. Estava deste modo, formado o principal instrumento legal do grupo religioso que posteriormente viria a ficar conhecido por Testemunhas de Jeová, visando à realização da sua obra mundial de evangelização. 
		Hoje, as Testemunhas de Jeová constituem um grupo mundial de milhões de membros, agrupados em células locais designadas por Congregações, As Testemunhas de Jeová dizem que a única autoridade reconhecida para seu grupo, em termos teológicos, é a Bíblia. Usam frequentemente a Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas, publicada pela Sociedade Torre de Vigia desde 1950, embora citem e usem diversas outras traduções da Bíblia.
		As Testemunhas de Jeová encaram a sua crença como um modo de vida, sendo que todos os outros interesses, incluindo o emprego e a família, giram em torno da sua organização, que afirma adorar a Jeová. As Testemunhas de Jeová encaram a sua crença como um modo de vida, sendo que todos os outros interesses, incluindo o emprego e a família, giram em torno da sua organização, que afirma adorar a Jeová.
Disputas jurídicas
Vários casos envolvendo Testemunhas de Jeová têm passado pelos Supremos Tribunais de todo o mundo.[81] Os casos geralmente se relacionam com o direito de praticar a religião, a não aceitação de exibição de patriotismo e prestação de serviço militar e recusa de transfusões de sangue.[77] :679–701
Nos Estados Unidos, os desafios legais persistentes solicitaram uma série de decisões judiciais estaduais e federais que reforçavam proteções judiciais para as liberdades civis.[82] Entre os direitos reforçados por vitórias judiciais as Testemunhas nos Estados Unidos têm sua conduta religiosa protegida de interferência federal e estadual, garantindo-lhes o direito de abster-se de rituais patrióticos e serviço militar, o direito de seus pacientes de recusarem tratamento médico, bem como o direito de não se envolver em discursos públicos.[83]
		Milhares de médicos em todo o mundo começaram a usar técnicas de conservação de sangue para realizar cirurgias complexas sem transfusão. Com a ajuda da Associação das Testemunhas Cristãs de Jeová, criaram um comitê, a Comissão de Liga com Hospitais. Essas opções terapêuticas são usadas até mesmo em países em desenvolvimento e são solicitadas por muitos pacientes que não são Testemunhas de Jeová. Uma parte da comunidade médica, porém, continua crítica em relação à opção religiosa, recusando-se por ser mais rentável o uso de sangue, ou não tendo condições de dar tratamento ao paciente ou submetê-lo a cirurgias a menos que seja permitida a transfusão sanguínea. Isto obriga estes pacientes a buscar tratamento em outros hospitais ou buscar um médico disposto a utilizar as diversas técnicas disponíveis para se evitar transfusões. As Testemunhas de Jeová sim buscam ajuda, não permitindo seus filhos ou parentes morrerem, mas sim lhes dando tratamentos melhores e de recuperação mais rápida do que aqueles que tomam sangue.
Da Medicina
Artigo 46 CEM - (É vedado ao médico) efetuar qualquer procedimento médico sem o esclarecimento e o consentimento prévios do paciente ou de seu responsável legal, salvo em iminente risco de vida. 
Artigo 56 CEM - (É vedado ao médico) desrespeitar o direito do paciente de decidir livremente sobre a execução de práticas diagnósticas ou terapêuticas, salvo e, caso de iminente risco de vida.
		Na compreensão de seu exercício os médicos de todo o mundo buscam acima de tudo a preservação da vida.
		Hoje a conduta adotada pela maioria dos hospitais é de que se tenha um advogado junto ao plantão medico para que se possam garantir os direitos e a impunibilidade aos médicos e ao direito de decidir sobre sua vida e seu bem estar aos pacientes.
		A alegação de crença religiosa é bastante comum no hospitais, são pacientes que fazem imposições a autonomia medica, decidindo diretamente em seu tratamento terapêutico.
		A questão que envolve a indicação médica de transfusão de sangue em pacientes Testemunhas de Jeová é das mais polêmicas e conhecidas. Esta situação envolve um confronto entre um dado objetivo com uma crença, entre um benefício médico e o exercício da autonomia do paciente.
		Em 1980 foi instituída a Resolução CFM nº 1.021/80, que dispõem diretamente sobre esta problemática, principalmente por ferir a Carta Magna de nosso pais e o Código de Ética Medica.
		Baseando-se no artigo 32, letra “f” do Código de Ética Médica, não é permitido ao médico: “exercer sua autoridade de maneira a limitar o direito do paciente resolver sobre sua pessoa e seu bem-estar”. Por tanto cabe a todo médico avisar ao paciente, familiar ou responsável qual será o seu tratamento.
		Ainda na resolução citada acima discorre sobre o exemplo de um paciente em eminente risco de morte e sendo a transfusão de sangue sua única alternativa. Neste caso é vedado ao médico deixar de praticar o ato apesar da oposição do paciente, familiar ou responsável.
Artigo 1º - A medicina é uma profissão que tem por fim cuidar da saúde do homem, sem preocupações de ordem religiosa...
Artigo 30 - O alvo de toda a atenção do médico é o doente, em benefício do qual deverá agir com o máximo de zelo e melhor de sua capacidade profissional.
Artigo 19 - O médico, salvo o caso de “iminente perigo de vida”, não praticará intervenção cirúrgica sem o prévio consentimento tácito ou explícito do paciente e, tratando-se de menor incapaz, de seu representante legal.
		Por outro lado, na Constituição Federal em seu Art 5º no inciso II diz que “ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude da lei”, Mas, aquele que violar este direito, caberá sanções do Código Penal:
Art. 146 Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, ou depois de lhe haver reduzido, por qualquer outro meio, a capacidade de resistência, a não fazer o que a lei permite, ou a fazer o que ela não manda: 
I a intervenção médica ou cirúrgica, sem o consentimento do paciente ou de seu representante legal, se justificada por iminente perigo de vida;
II a coação exercida para impedir suicídio.
		Ou seja, na resolução nº 1.021/80ficou instituída de maneira clara que o médico devera observa duas condutas: 
Em caso de haver recusa em permitir a transfusão de sangue, o médico, obedecendo a seu Código de Ética Médica, deverá observar a seguinte conduta:
1º - Se não houver iminente perigo de vida, o médico respeitará a vontade do paciente ou de seus responsáveis.
2º - Se houver iminente perigo de vida, o médico praticará a transfusão de sangue, independentemente de consentimento do paciente ou de seus responsáveis.
Do Direito
Trata se de matéria Constitucional, guarda e julgada pelo Supremo Tribunal Federal, pelo fato de todas as reclamações estarem enquadradas na Constituição Federal.
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo e aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
II ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei;
VI é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias;
VIII ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir se de obrigação legal a todos imposta e recusar se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei;
		
Em nossa carta magna, não se pode negar o direito por motivo de crença religiosa, mas, no entanto este direito fere diretamente a Garantia da Vida Humana para as testemunhas de Jeová, uma vez que o seu direito de liberdade fere a garantia da vida.
Sob orientações jurisprudenciais do Supremo Tribunal Federal, desde que a testemunha de Jeová tenha atingido a maioridade, não seja inimputável e não corra risco iminente de vida, poderá sim negar tratamento que advenha de transfusões de sangue.
Em casos de iminente risco a vida, cabe somente ao médico avaliar o melhor tratamento, sem que este cometa nenhum ato ilícito. Há casos em que após sua recuperação, foram propostas ações de danos morais, mas foram indeferidas, pois o bem maior do homem foi guardado, ou seja, a vida.
No caso de crianças, em iminente risco de vida ou não, cabe somente ao medico qual o melhor tratamento terapêutico, mesmo que este não seja autorizado pelos pais ou responsáveis. 
Art. 4º É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária.
Parágrafo único. A garantia de prioridade compreende:
primazia de receber proteção e socorro em quaisquer circunstâncias;
Ou seja, mesmo que haja pedido judicial, o médico terá total autoridade para trata da criança e do adolescente, assim determina sua conduta no Código de Ética de Medicina e no Estatuto da Criança e do Adolescente.
Bibliografia
Constituição Federal
Código Penal
Estatuto da Criança e do Adolescente
Código de Ética de Medicina
Conselho Federal de Medicina
Sites
Portal do Medico
UFRGS
Wikipedia.

Outros materiais