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Estudo - Prova de Penal

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Princípios Limitadores do Poder Punitivo Estatal:
1)Princípio da legalidade ou Reserva Legal. (CF/88, art. 5°, XXXIX)
Não existe crime sem lei anterior que o defina e não há pena sem prévia cominação legal.
2)Constitui uma efetiva limitação ao poder Punitivo Estatal.
3)Feverbacho século XIX 
Nullun crime, nulle poena sim lege
Fundamento Legal Constitucional
Art. 5º XXX IX cc/88 – Art1º CP
A pessoa só pode ser punida se existir uma lei anterior a sua conduta, considerando essa como crime.
Competência para criação das normas penais CF, Art 22, I (Competência da União, apenas a União pode legislar sobre o direito penal, privativamente)
Vedação do uso da analogia em prejuízo do réu. (No direito penal não se pode fazer o uso da analogia).
Ou para punir fato não previsto em lei.
Desdobramentos do princípio da legalidade:
1)Nullum crimem, nulla poena sine lege praevia
Proibição de leis retroativas.
2)Nullun crimen, nulla poena sine lege scripta. (Proibição de pena pelo princípio consuetudinário. Não há princípio consuetudinário no direito penal brasileiro).
3)Nullun crimen, nulla poena sine lege stricta.
-Proibição da Fundamentação ou do agravamento da punibilidade pela analogia.
4)Nullun crimen, nulla poena sine lege certa (Posição de leis penais indeterminados).
Obs.: Princípio da legalidade e as leis vagas, Indeterminadas ou imprecisas.
-Ver lei 10.792/03 – R.D.D
-Ver artigo 52, 1º e 2º da LEP ( Lei 721º/84)
Princípio da Taxatividade:
Não basta existir uma lei que defina uma conduta como crime. A norma incriminadora legal deve ser clara, permitindo ao cidadão a real consciência acerca da conduta punível pelo Estado.
2º Princípio da Intervenção mínima. (ultima Ratio).
- Princípio limitador e orientador do poder incriminador Estatal.
A criminalização de uma conduta só é legítima se constituir meios necessários para proteção dos bens jurídicos mais importantes da vida em sociedade.
- Se outro meio de controle social revelar suficiente para proteção do referido(s) Bens(s) a sua criminalização é inadequada e não recomendável.
É portanto subsidiário e fragmentário.
3)Princípio da Fragmentariedade:
O Direito Penal como última alternativa.
- O caráter fragmentário do Direito Penal significa que o mesmo só deve sancionar condutas mais graves e mais perigosas, praticadas contra bens jurídicos mais relevantes.
- A fragmentariedade do Direito Penal é corolário do principio da intervenção mínima e da reserva legal. 
- •(corolário=afirmação deduzida de uma verdade já demonstrada).
4)Princípio da culpabilidade:
A sanção penal é restrita a quem praticou o ato culposo. - Nullum crimem sine culpa
Não há crime sem culpa. A culpa (amplo senso), sinônimo de responsabilidade irá ocorrer através de duas formas: 1- Dolo: Intenção, finalidade, vontade. 2 – Culpa: (estrito senso) falta de cuidado (negligência, imperícia).
Consequência (Atipicidade): sem dolo e sem culpa o fato será atípico, não há crime.
OBS.: Sem dolo e sem culpa o fato é atípico.
No causalismo a conduta humana se caracterizava pelo resultado causado. Já no finalismo adotado pelo CP a conduta humana, ou verbo se caracteriza pela finalidade do agente ao mover-se, por isso o dolo e também a culpa são elementos que caracterizam a ação humana, o verbo praticado sem dolo e sem culpa, a conduta será atípica.
5)Princípio da Humanidade (ART. 5º, XLIX e XLVII, “E”
Não pode haver pena de morte e nem pena de caráter perpétuo no sistema penal brasileiro, a função da pena é a ressocialização.
Esse princípio visa à vedação de penas degradantes, e constitui o grande entrave à adoção de penas perpétuas e capitais. “o poder punitivo estatal não pode aplicar sanções que atinjam a dignidade da pessoa humana ou que lesionem a constituição físico-psíquica dos condenados" - mestre Cezar Roberto Bittencourt
6)Princípio da Irretroatividade da Lei Penal (Artigo 5º, XL CF)
A lei penal não retroagirá no tempo, salvo em benefício do réu.
OBS.: A lei penal sempre retroagirá em benefício do réu.
Art. 311-A lei 12250/11
Art. 213 – Estupro (Revogado)
Art. 214 – Atentado violento ao pudor. (Revogado) para a lei 12.015 de 2009
A a lei penal não retroagirá. Dessa forma, a lei deverá produzir seus efeitos para o futuro, não se aplicando aos fatos anteriores à sua edição.
Exceções:
Retroatividade da lei penal mais benéfica ao réu. - Consequência prática desse princípio é o abolitio criminis. 
A outra exceção ao princípio em análise envolve as leis que são editadas em situações extraordinárias, que visa controlar uma situação sui generis, que foge aos padrões corriqueiros. São as leis temporárias e excepcionais. 
A lei temporária é aquela em que o prazo de sua vigência é pré-estabelecido. Sua edição ocorre em situações transitórias de emergência. 
A lei excepcional, por sua vez, visa atender a situações de anormalidade social ou de emergência, como ocorre, por exemplo, no estado de sítio. Não possui prazo pré-estabelecido, vigendo enquanto não cessar o fato que motivou sua edição.
Portanto, para que tenham a força intimidativa buscada pelo poder legiferante, o ordenamento jurídico concede a essas leis ultratividade gravosa. Logo, mesmo esgotada sua vigência, as leis temporárias e excepcionais serão aplicadas aos fatos ocorridos enquanto estava em vigor.
Outra questão interessante diz respeito aos crimes permanentes. Imaginemos uma extorsão mediante sequestro, por exemplo, em que a pessoa é privada de sua liberdade no dia 01/01/2006. Na data de 04/01/2006, enquanto a vítima continua em cativeiro, uma nova lei surge aumentando a pena para o delito em questão. Pergunta-se: qual a pena a ser aplicada para o crime, a da lei antiga, mais benéfica, ou a da lei nova, mais severa?
Essa pergunta, atualmente, já encontra resposta pacífica em sede doutrinária. Considerando que nos crimes permanentes os atos executórios se prolongam no tempo, tem-se que no momento em que a lei foi modificada o delito ainda estava em plena execução. Logo, será aplicada a lei nova, mais gravosa, vez que o crime ainda estava em curso quando houve a alteração legislativa.
7)Princípio da Adequação Social: Serve como referência para o legislador, retirar do seio social aquilo que não se entende mais como crime. O princípio da adequação Social não tem poder de revogar a lei. Ex.: Jogo de bicho Lei de contravenções penais D.L. 3688/41 Art. 58
A pesar de ter uma relação próxima com o princípio da insignificância, que possui uma conduta formalmente típica, mas em razão de sua irrelevância, não é considerada materialmente típica. Já no princípio da adequação social, ao contrário, a conduta em questão é típica, ilícita e culpável. Contudo, trata-se de um comportamento que já se tornou aceitável, visto que a sociedade já se acostumou com esses fatos. 
Ex. A rinha de galo.
8)Princípio da Insignificância ou bagatela: 
Este princípio considera a relevância da ofensa ao bem jurídico tutelado. Visa evitar o uso abusivo e desnecessário do direito penal, nos casos em que o bem jurídico é violado de forma irrisória.
9)Princípio da Ofensividade ou lesividade: (CF/88, art. 5°, XXXIX; Código Penal, art. 13, caput) - Só pode ser crime aquela conduta que provoque lesão ou perigo de lesão a um bem jurídico, caso contrário não merece a repressão penal....
Este princípio ensina que somente a conduta que ingressar na esfera de interesses de outra pessoa deverá ser criminalizada. Não haverá punição enquanto os efeitos permanecerem na esfera de interesses da própria pessoa. 
Trazendo esse princípio para a prática, não pode ser punido: prostituição, auto-lesão, tentativa de suicídio e até mesmo a lesão corporal leve, quando autorizada pela vítima, visto que a pessoa possui parcial disponibilidade sobre sua própria integridade física.
Porém a auto-lesão, quando utilizada como meio de fraudar as empresas seguradoras, é conduta tipificada pelo Direito Penal.
Outra consequência do princípio da lesividade diz respeito ao crime impossível. Afinal, o fundamento para a não punição do crime impossívelse encontra no fato de que a conduta perpetrada pelo agente, em virtude do meio escolhido ou do objeto, não é capaz de lesar a esfera de interesses de um terceiro. Logo, é em razão do princípio da lesividade que não se pune o crime impossível.
10) Princípio da Pessoalidade e da Individualização da Pena (CF/88, art. 5°, XLV e XLVI)
Nenhuma pena passará da pessoa do condenado.
Esse princípio impede a punição por fato alheio, como pode ocorrer, por exemplo, em outros ramos do Direito. Os pais, por exemplo, respondem civilmente pelos atos dos filhos menores.
Artigo 16 lei 6368 (verificar)
Principais funções: .......
Finalidade ou Missão do Direito Penal: ...................
O que é Bem Jurídico? - Resp.: é toda coisa que pode ser objeto do Direito. Bem é tudo quanto pode proporcionar ao homem qualquer satisfação. Nesse sentido se diz que a saúde é um bem, que a amizade é um bem e etc. Mas juridicamente falando, bens são os valores materiais ou imateriais que podem ser objeto de uma relação de direito. 
Conceito de DP: É a parcela do Ordenamento jurídico público interno que estabelece as ações ou omissões delitivas, cominando-lhes determinadas conseqüências jurídicas (Penas ou M. S) (Conceito Formal).
De outro lado, refere-se, também a comportamento considerados altamente reprováveis ou danosos ao organismo social, que afetam gravemente bens jurídicos indispensáveis a sua própria condenação e progressão (Conceito Material).
Caracteres do DP:
Ciência cultural (Indaga o dever ser) e ciência normativa (Seu objeto é o estudo da lei, da norma do direito positivo)
O direito penal é valorativo, tutela os valores mais elevados da sociedade.
Finalista: Visa à proteção de bens e interesses jurídicos merecedores da tutela mais eficiente que só pode ser eficazmente protegido pela ameaça legal de aplicação de sanções: de poder intimidativo maior, como a pena.
Essa percepção é a maior finalidade do DP.
Direito Penal: 
- Objetivo:Conjunto de normas que regula a ação estatal (.....)
- Subjetivo: Jus puniend estatal.
10)Princípio da Proporcionalidade: As penas atribuídas as condutas como crime deve guardar proporções ao bem jurídico ofendido. A pena deverá guardar proporção com a gravidade da ofensa. Esse princípio possui duas nuances. A) Impede que o juiz imponha pena excessiva ao cidadão. B) Proibe o legislador de prever em abstrato pena que não guarde proporção com a gravidade do delito tipificado.
11)Princípio da limitação da pena (Art. 5º XLVII CF)
A Constituição Federal preceitua no inciso XLVII de seu artigo 5º que: XLVII - não haverá penas: a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX; b) de caráter perpétuo; c) de trabalhos forçados; d) de banimento; e) cruéis.
12)Princípio da Responsabilidade Pessoal (Art. 5º, XLV CF): Os país não respondem pela conduta de seus filhos. Intranscendência da pena (A pena não pode passar da responsabilidade do condenado)
14)Princípio da Individualização da Pena (Art. 5º, XLVI): Cada um com sua pena.
15) - Princípio da Intervenção Mínima
Apenas os bens jurídicos mais importantes devem ser tutelados pelo Direito Penal. Por isso se fala que o Direito Penal é a ultima ratio, pois uma conduta só deve ser criminalizada se constituir meio necessário e indispensável para a proteção de determinado bem jurídico.
Logo, esse princípio não se relaciona com a relevância da ofensa ao bem jurídico, mas à relevância do próprio bem jurídico. Todos os meios políticos e jurídicos de controle social devem ser esgotados antes que se busque a tutela do bem pela via do Direito Penal.
Crime: Fato típico, Ilícito, Culpável.
Obs.: Menor não pratica crime.
Dano causado pelo menor o pai é responsabilizado civelmente e criminalmente? R.: não.
Furto: subtrair para si ou para outrem coisa alheia móvel.
Roubo:  Art. 157 - Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave ameaça ou violência a pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à impossibilidade de resistência:
CF art. 22 §1 Só quem pode legislar em direito penal é a união.
Diferença entre Analogia e interpretação analógicaAnalogia:
ANALOGIA: analogia é aplicada na ausência normativa, isso é quando não se tem norma. A analogia só é aplicada em DP em benefício do réu, por princípio de humanidade é preferível um culpado solto do que um inocente na cadeia.
 INTERPRETAÇÃO ANALÓGICA:
O que justifica a interpretação analógica é a impossibilidade de o legislador prever todas as situações possíveis, similares àquelas situações já enumeradas, de maneira a demonstrar sua relevância para o direito posto.
Na interpretação analógica surge primeiro uma fórmula casuística, que servirá de norte ao intérprete, e depois segue-se uma fórmula genérica. A primeira fórmula atende ao princípio da legalidade, detalhando todas as situações que quer o código regular e a segunda, por sua vez, permite que tudo aquilo que a elas sejam semelhantes possa também ser abrangido pelo mesmo artigo.
Exemplo: artigo 121, §2o, inciso III, do CP:
§ 2º. Se o homicídio é cometido:
III - com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que possa resultar perigo comum;
Fórmula casuística – “com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura...”;
Fórmula genérica – “... ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que possa resultar perigo comum”.
Lei Penal no espaço:
O crime pode violar interesse de dois ou mais países, quer por ter sido praticado no território de um e/ ou consumado em outro.
Princípios da aplicação da lei penal no espaço:
]Princípio da territorialidade: Prevê aplicação da lei nacional ao fato praticado no território do próprio país.
Princípio da Nacionalidade: (Ou da personalidade): Cogita da aplicação da lei penal do país de origem do agente, pouco importando o local onde o crime foi praticado.
Nacionalidade:
-Ativa: Considera quem praticou a ação e contra quem praticou a ação. aplica-se a lei nacional ao cidadão que comete crime no estrangeiro independentemente da nacionalidade do sujeito passivo;
-Passiva: exige que o fato praticado pelo nacional no estrangeiro atinja um bem jurídico do seu próprio Estado ou de um co-cidadão.
Princípio da Proteção: ( Da competência Real de defesa), Aplica-se a lei do país ao fato que atinge bem jurídico nacional, sem qualquer consideração a respeito do local onde foi praticado o crime ou nacionalidade do agente.
Princípio da Competência Universal: (Ou da Justiça Cosmopolita) O crime deve ser julgado e punido, segundo as leis deste país, não se levando em conta o lugar do crime, a nacionalidade do autor ou o bem jurídico lesado.
Princípio da Representação: é subsidiário, determina a aplicação da lei do país quando, por deficiência legislativa ou desinteresse de outro que deveria reprimir o crime, este não o faz, e diz respeito aos delitos cometidos em aeronaves ou embarcações.
Territorialidade: art. 5º CP
Art. 5º - Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito internacional, ao crime cometido no território nacional.
§ 1º - Para os efeitos penais, consideram-se como extensão do território nacional as embarcações e aeronaves brasileiras, de natureza pública ou a serviço do governo brasileiro onde quer que se encontrem, bem como as aeronaves e as embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, que se achem, respectivamente, no espaço aéreo correspondente ou em alto-mar.
§ 2º - É também aplicável a lei brasileira aos crimes praticados a bordo de aeronaves ou embarcações estrangeiras de propriedade privada, achando-se aquelas em pouso no território nacional ou em vôo no espaço aéreo correspondente, e estas em porto ou mar territorial do Brasil.
Conceito de Território: 
Em sentido estrito (Material): 
-Solo e subsolo: Sem solução de continuidade e com limites reconhecidos, as águas interiores, o mar territorial, a plataforma continental e o espaço aéreo.
Território por Extensão (Ficção): Embarcações e aeronaves brasileiras,de natureza pública ou a serviço do governo brasileiro, onde quer que se encontre, bem como as aeronaves e embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, que se achem, respectivamente correspondente ou em alto mar.
Extraterritorialidade:
- Incondicionada: art 7º, I CP, § 1º
- Condicionada: art 7º, III CP, § 2º
As hipóteses do inciso I, com exceção da alínea (“d”) são fundadas no princípio da proteção.
Alínea (d) = Princípio da Justiça Universal
Em todas as hipóteses do inciso I, o agente será punido segundo a lei brasileira, ainda que absolvido ou condenado no estrangeiro. 
Extraterritorialidade condicionada: Art 7º, II
a)Princípio da Justiça Universal
b)Princípio da Nacionalidade da Personalidade Ativa
c)Princípio da representação
Art 7º, § 33 – Crime praticado por brasileiro fora do Brasil
Pena cumprida no estrangeiro: Art 8º - Atenua a imposta no Brasi quando diferente e é computada quando igual.
Eficácia da sentença estrangeira: Art 9º
Contagem do prazo: Art 10 CP
Frações não computáveis da pena: art. 11
- Nas penas privativas de liberdade e restritivas de direito : desprezam-se as frações de dia.
- Nas penas de multa: desprezam-se as frações de reais centavos (cruzeiro)
EXPLICAÇÃO:
- Sequestro é contra a liberdade, aplica a lei brasileira.
- A regra é que cada país execute as penas por eles expostas.
-A pessoa não pode ser processada duas vezes pelo mesmo fato.
Sentença estrangeira
- Homologada – reconhecida como válida (validade e eficácia)
Conceito de crime:
Conceito formal: crime é um fato humano contrário a lei ou seja, crime é qualquer ação legalmente punível.
Conceito material: Crime é a conduta humana que lesa ou expõe a perigo bem jurídico protegido pela lei penal.
Conceito Analítico: Crime é uma ação ou omissão humana típica, antijurídica e culpável (Fato Típico, Ilícito e culpável)
Fato Típico: É o comportamento humano (Positivo/Negativo), que provoca em regra um resultado que é previsto como infração penal. 
Fato Antijurídico: É o fato contrário do ordenamento jurídico.
Tipo Penal: É a descrição concreta da conduta proibida, ou seja, o conteúdo da norma.
Tipos:
Dolosos: (Artigo 18: O elemento quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo).
Tipos objetivo: descrição abstrata de um comportamento.
 Tipos Subjetivo: Elemento volitivo (Com a manifestação da vontade).
Culposos:
Tipos objetivo: descrição abstrata de um comportamento.
Tipos Subjetivo: Elemento volitivo.
Elementos do Fato Típico:
1-Conduta (Ação ou Omisão) / 2-Resultado / 3-Relação de causalidade (ou nexo causal) / 4-Tipicidade
Caso o fato concreto não apresentar um desses elementos, não será um F.T.
1.Conceito, características e elementos da conduta:
Conceito: A conduta ou ação é um comportamento humano, observado pelo Direito. Conduta é ação ou omissão humana consciente e dirigida a determinada finalidade. 
Causa excludente de conduta:
-Fatos naturais
-Força física irresistível.
-Movimento reflexos.
-Estado de Inconsciência. 
A conduta exige a necessidade de uma requisição externa da vontade do agente.
O Pensamento Constitui Conduta?
Formas de Conduta: Comissiva: Dolosa/Culposa ou Omissiva: Dolosa/Culposa.
Conduta: (Comissiva ou omissiva)
A comissão (positivo) ou omissão (negativo) são comportamentos humanos compreendidos pela ação, ou conduta.
-Dolosa:
Dolo direto: 1º, I, 18 CP
1º grau – Planejei matar o presidente
 2º grau – Matei também a filha do presidente e o piloto.
Dolo Eventual 2º, I, 18 CP: Ex. Atirou em João, mas ele estava do lado de Maria; o atirador não se importou e acabou por acertar Maria (Dolo eventual).
-Culposa: 
Consciente: com previsibilidade do resultado. O resultado é previsível e o agente o prevê, mas acredita piamente que o resultado não vai acontecer.
Inconsciente: O resultado é previsível, mas o agente não prevê o resultado.
Imprudência: Ação - Fazer algo que deveria abster-se.
Negligência: Omissão: Deixar de fazer algo que deveria ter feito.
Imperícia: Falta de habilidade técnica para a prática do ato.
 
Omissão Própria:
Omissão de socorro 
Art. 135. - Deixar de prestar assistência, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à criança abandonada ou extraviada, ou à pessoa inválida ou ferida, ao desamparo ou em grave e iminente perigo; ou não pedir, nesses casos, o socorro da autoridade pública: 
 
Omissão Imprópria:
O agente responde pelo resultado da omissão e não apenas pela omissão.
2.O Resultado: É a Lesão ou ameaça de lesão a um bem jurídico.
O Resultado pode ser: Físico / Fisiológico / Psicológico
Quanto à existência do resultado naturalístico, os crimes podem ser:
Materiais: Que promove resultado naturalístico perceptível pelos sentidos.
Formais: Pode promover resultado naturalístico, mas não é requisito para o resultado.
De mera conduta: São aqueles que configuram o resultado da infração. Ex.: Art. 150. - Entrar ou permanecer, clandestina ou astuciosamente, ou contra a vontade expressa ou tácita de quem de direito, em casa alheia ou em suas dependências: Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) meses, ou multa.
3.Relação de causalidade: É a conexão a fixação que existe numa sucessão de acontecimentos que pode ser entendida pelo homem. Para que haja crime é imprescindível a existência de nexo de causalidade ( o que une a conduta ao resultado) entre a conduta realizada pelo agente e o resultado obtido.
Relação de Causalidade - Art. 13.. - O resultado, de que depende a existência do crime, somente é imputável a quem lhe deu causa. Considera-se causa a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido. 
Superveniência de causa independiente 
Só é causa a conduta que gera o resultado.
Teorias sobre o que é a causa:
Causa:  causa são as condutas anteriores ao resultado, ou seja, ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido. 
- Teoria da causalidade adequada: Causa é condição mais adequada para produzir o resultado.
- Teoria da relevância Jurídica: Causa é tudo que concorre para o evento ajustado à figura penal ou adequado ao tipo.
- Teoria da Equivalência das condições: (Conditio sine qua non) ou dos antecedentes causais. 
Thyren (Teoria do infinito):
4.Tipicidade dentro do fato típico: O Tipo Penal, na definição de Eugênio Raúl Zaffaroni é um “instrumento legal, logicamente necessário e de natureza predominantemente descritiva, que tem por função a individualização de condutas humanas penalmente relevantes”.
Concausas: Causa + Causa= Resultado
Art. 13§1º CP causa sup rel. independente.
Causas Preexistentes (Que existe antes da conduta do agente): Se tiver conhecimento do resultado dessa causa.
. Absolutamente / Relativamente - Independentes
Causas Concomitantes (Simultaneamente a conduta do agente): Por si só darão causa ao resultado. Ex. Vítima de duas pessoas que queriam a sua morte, porém apenas o agente A causou a sua morte, então A responde pela morte e B por tentativa de homicídio
. Absoluta / Relativa - Independentes
Causas Supervenientes ( Após a conduta do agente): Ataque com avião em um prédio, mas as vítimas morrem por soterramento do prédio(Causa superveniente deu causa ao resultado) se o soterramento é conseqüência do ataque o agente responde por homicídio. 
. Absoluta ou Relativa - Independentes
O código só trata das causas supervenientes – Relativamente – independente.
Dolosa: Consciência e vontade. Dolo eventual (Previsibilidade do resultado), mas não se importa com o resultado.
Culposa: previsibilidade do resultado.
1º - A superveniência de causa relativamente independente exclui a imputação quando, por si só, produziu o resultado; os fatos anteriores, entretanto, imputam-se a quem os praticou. 
TEORIA DA IMPUTAÇÃO OBJETIVA:
É uma análise normativa do nexo de causalidade. Preciso saber se o resultado é imputado ao autor. Consiste no ato de imputar alguma coisa a alguém.
A pessoa só deve ser punida, se a conduta que a pessoa realiza contra um bem jurídico protegida pela norma: aumenta,incrementa cria um risco a esse bem jurídico. 
Ela fixa no conceito fundamental de risco permitido, pois se o risco for socialmente tolerado não há de se falar em crime, porém se o risco for proibido, caberá a imputação objetiva.
TEORIA DA IMPUTAÇÃO NÃO OBJETIVA (Ou seja Subjetiva):
É quando imputa alguém que foi causa, mas não teve dolo ou culpa. Ex. O filho matou alguém, seus pais são causa, pois o trouxeram ao mundo, mas estes não têm culpa pelo crime. No caso de serem imputados por isso seria uma imputação subjetiva e até mesmo poderia regressar a imputação ao infinito, ou ser levado até Adão e Eva (Teoria do infinito – Thyren) 
CONFLITO APARENTE DE NORMAS: 
1)Princípio da Especialidade: resolve o conflito aparente entre uma norma que traz elementos especializantes em relação à outra norma. O conflito é ente uma norma especial e uma norma geral. Neste caso, o princípio da especialidade orienta que a primeira (especial) afasta a segunda (geral), porque é especial em relação a ela. É o conflito, por exemplo, entre um tipo penal simples e tipo penal qualificado (furto simples e furto qualificado, estupro simples e estupro qualificado, etc.). Estando presentes todos os elementos do tipo penal qualificado, a sua aplicação prevalecerá sobre o tipo penal simples.
2)Princípio da Consunção: evita que o agente seja punido por antefato ou pós fato impuníveis (Roubou celular e ao chegar em casa destruiu o celular). Art. 121 CP 
resolve conflito aparente de normas em relação a um fato mais amplo e mais grave do que o outro. De acordo com a regra de interpretação fixada pelo princípio, a norma a ser aplicada é aquela que tipifica o fato mais amplo e mais grave, que absorverá o fato menos amplo e menos grave, que é tipificado em outra norma penal incriminadora. Em outras palavras, na consunção, sem recorrer às normas, compara-se os fatos, verificando-se que o mais grave absorve todos os demais, menos graves. O fato principal absorve o acessório, sendo aplicada, então, a norma penal que o tipifica.
3)Princípio da Alternatividade: Com ele, é resolvido o conflito interno (aparente) existente no núcleo de uma única norma, que prevê umapluralidade de condutas para a tipificação de um único crime. É o caso dos chamadostipos mistos alternativos, que tratam de crimes de ação múltipla ou de conteúdo variado. Exemplo mais emblemático: crime de tráfico de drogas, previsto no artigo 33 da Lei nº. 11.343/2006, que possui dezoito verbos nucleares em seu tipo, ou seja, dezoito condutas diferentes que tipificam o crime de tráfico. Com a aplicação da alternatividade, como critério de interpretação, caso agente pratique mais de um dos verbos do núcleo do tipo dentro do mesmo contexto fático (nexo de causalidade), será punido por apenas uma conduta, configurando apenas um crime.
4) Princípio da Subsidiaredade: caso o conflito aparente ocorra entre uma norma mais ampla e mais grave do que a outra, o critério de interpretação de ambas se dará pelo princípio da subsidiariedade. Neste caso, essas normas são denominadas, no conflito, de norma primária e norma subsidiária.
Casos:	
1)Mesmo fato: Unidade de fato / 2)Aplicabilidade de normas / 3)Aplicação de uma única norma.
Na análise das antinomias, três critérios devem ser levados em conta para a solução dos conflitos:
a)critério cronológico: norma posterior prevalece sobre norma anterior;
b)critério da especialidade: norma especial prevalece sobre norma geral;
c)critério hierárquico: norma superior prevalece sobre norma inferior.
Artigo 121 § 3º homicídio culposo
Art. 302 lei 9503/97 Homicídio culposo 
Art. 132 CP
Art. 163 CP
Art. 299 CP
Furto: subtrair para si ou para outrem coisa alheia móvel.
Relevância da omissão 
2º - A omissão é penalmente relevante quando o emitente devia e podia agir para evitar o resultado. O dever de agir incumbe a quem: 
a) tenha por lei obrigação de cuidado, proteção ou vigilância; 	
b) de outra forma, assumiu a responsabilidade de impedir o resultado; 
c) com seu comportamento anterior, criou o risco da ocorrência do resultado.
CAMINHO DO CRIME:
Iter Criminis = Caminho do crime
Cogitação + Preparação (Atos Preparatórios) + Execução + Consumação + Exaurimento
Em regra a preparação não é crime, porém no art. 288 diz que reunir pessoas para prática de crime é crime
Art. 288. - Associarem-se mais de três pessoas, em quadrilha ou bando, para o fim de cometer crimes: 
Pena - reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos. 
Parágrafo único. A pena aplica-se em dobro, se a quadrilha ou bando é armado.
Lembrete:
- Crime é um fato típico ilícito e culpável
- Dolo é consciência e vontade
- A culpa não é volitiva
- A conduta é um ato de vontade

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