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! ! ! ! ! Osteossíntese!! ! É o processo de fixação entre os fragmentos ósseos, com objetivo de agregar estabilidade e rigidez para então facilitar a consolidação. Sendo a estabilidade uma ausência de mobilidade no foco de uma fratura, podendo ser relativa ou absoluta (uma placa com parafuso é muito mais estável que um gesso).! ! Relativa é aquela em que promove mobilidade porém ainda há movimento no foco, e absoluta é ausência total de movimento.! - Relativa: pinos de fixadores externos proximais e distais, que são conectados com barras que ficam para fora da pele. É mais estável que o gesso mas existe ainda um grau de movimento no foco, portanto o calo ósseo formado é indireto. Ex. haste intramedular e placa em ponte.! - Absoluta: não há nenhum movimento no foco da fratura. Ex. placa, não forma calo osseo indireto, existindo a consolidação direta. ! ! Os dois métodos são validos, existem fraturas em que se precisa da estabilidade relativa e outras absolutas. Não é o fato de ser totalmente estável que deve ser usada sempre, dependendo do peso do paciente, método disponível, idade, tipo da fratura.!! Métodos:! - Internos: colocados próximos ao osso, sendo submuscular. São os parafusos, plancas, fios e pinos e hastes intramedulares (com parafusos para impedir a rotação da haste). O implante está na superfície do osso ou dentro do canal medular.! - Externa: parte do material fica para fora da pele do paciente. São os fixadores externos, onde o implante está longe do osso mas as barras ficam para fora. Não impede, por exemplo, que o paciente caminhe. !! Composição dos materiais:! - Aço inoxidável (Cromo, Cobalto, Molibide)! - Titânio (Ti, Al, Nb). Platina foi abandonada porque possui alto índice de rejeição.! * Quanto mais biocompativel menor a chance de rejeição.!! Indicação para fixação cirúrgica: indicações relativas, sempre avaliadas caso a caso.! - Falha dos metodos conservadores! - Fraturas intrarticulares desviadas! - Fraturas patológicas (ex. tumor, cisto ósseo, que causa um enfraquecimento ósseo) ! - Fraturas expostas! - Lesão neurovascular (ex. fratura do úmero que gerou dano vascular - cx antes do gesso, já que este pode comprimir a artéria)! - Politrauma/controle de danos! - Fratura de ossos longos adultos: fêmur, antebraço, tíbia e umero.!! MÉTODOS! - Parafuso: existe parafuso que tem rosca em todo seu trajeto, sendo utilizado para ossos corticais, de alta resistência mecânica, ex. tíbia. Há também parafusos para ossos esponjosos, metafisários, de menor resistência (ex. maléolo da tíbia), estes possuem roscas em metade de seu trajeto. Para ossos especiais, parafusos especiais: existe parafuso para carpo, fêmur, escafoide.! ! A função de um parafuso é compressão interfragmentária.! ! Parafusos menores são chamados de microfragmentos, que são para pequenos ossos. !! - Fios/ Pinos: pode ser rígido ou flexível, são de aço e são utilizados com a função de fixação sem compressão, fazendo unindo pequenos fragmentos. Como ele é liso (não possui rosca), ele não faz compressão, possuindo função apenas de aposição (união dos fragmentos, não comprime). Esses pinos vem com em torno de 30cm, e dependendo do tamanho que você quer, corta-se. O mais comum é o de Kirschner (estabilizar ossos fragmentados).! ! Para suturas ósseas são utilizados fios flexíveis, que fazem as Cerelagens, ou seja, amarrilhas intraósseas. Ex. patela, trocanter. !! - Placas: segmento de aço inoxidável perfurada onde vão os parafusos, são extramedulares. O tamanho da placa é baseado no tamanho da fratura: 4 furos, 6 furos, 9 furos, 10 furos. Existe placa de femur, tibia, umero, antebraço, todas elas podem ser adaptadas, todas elas devem ser combinadas com parafusos. ! ! Função de estabilidade absoluta, garantindo neutralização, suporte e apoio.! ! As placas são colocadas na superfície, na circulação periosteal, então a circulação interna fica mantida. A formação do calo ósseo começa intramedular e os parafusos não atrapalham porque o osso �1 cresce ao seu redor, tanto que em 3 meses, quando ele é retirado, o buraco está preenchido de osso. Porém, é sempre importante lembrar que quanto mais agressão, haste, metal, mais dificulta a circulação óssea. ! ! Exemplos de placas metafisárias: colo do femur, 1/3 proximal do úmero. ! ! Não necessita de fresagem, não lesa o hematoma fraturário.! - Hastes: são tubos, furados, não sendo rígidos para permitir a melhor circulação. São diferentes da placa pois são intramedulares, colocadas através de método percutâneo. Possuem como vantagens serem para fraturas diafisárias, portanto, no adulto sua melhor utilização fêmur e tíbia. Os parafusos que entram na haste são chamados de parafuso de bloqueio, para evitar que a haste rode e também o encurtamento dela. ! ! Função de tutor, ou seja, orienta as cargas/ pressões que passam pelo foco da fratura. ! ! Na coluna, as vértebras tem configurações diferentes, portanto essas cirurgias são realizadas com parafusos e hastes especiais.! ! A fresagem é o procedimento que permite o aumento do canal medular, tornando-o capaz de receber hastes maiores e mais rígidas. Preserva o suprimento, endosteal, permite o tratamento imediato das fraturas fechadas e facilita a manipulação dos tecidos moles nas fraturas expostas. É um dispositivo que compartilha a carga e é muito mais forte do que a placa. ! * Epifise é a parte do osso que é da articulação, metáfise é a transição da epífise para a diáfise, sendo esta a região longa do osso. !! - Fixador externo: estabilidade relativa. Mais indicado para fraturas expostas, politraumas/controle de danos, tratamento de perdas ósseas e infecções, permite acesso fácil das partes moles (não há necessidade de abrir o foco da fratura).! ! Na maior parte dos casos não é um método definitivo, é temporário, logo sendo substituído por uma placa ou haste. Isto porque, por fixar a fatura longe do osso, não tem estabilidade por muito tempo, apresentando falhas após em torno de 2-3 meses. A única exceção a essa retirada em 3 meses é ao fazer o alongamento ósseo: existem fixadores especiais que são girados em torno de 1mm ao dia, e assim o osso vai crescendo aos poucos, surgindo o osso regenerado; a vantagem desse método é conseguir regenerar usando o próprio osso, sem enxerto. ! ! Possui como função neutralização, suporte, compressão ou alongamento ósseo.!! �2 Retirada dos materiais:! ! Sempre devemos retirar os materiais pois são elementos estranhos apesar de compatíveis, podendo causar corrosão além de alterar a biomecânica local. É feita após 18 meses em média, pois está na fase de remodelação. Apenas não retirados em idosos ou locais de difícil acesso, membro superior. !! *Porque a fíbula não precisa de fixação? Porque ela não possui movimento. !! Darão suporte a escolha do implante: ! a) Redução Anatômica da Fratura: considera-se fundamental nas fraturas articulares, pois muitas vezes desvios residuais maiores que 2 mm cursam com maior índice de osteoartrose pós-traumática. Quanto as demais regiões do osso, procuramos na grande maioria das vezes um alinhamento anatômico, e não mais! uma redução anatômica, ou seja, o objetivo consiste em restabelecer o alinhamento, rotação e comprimento ósseo. Faz-se exceção aos ossos do antebraço. ! b) Fixação Estável: A estabilização das fraturas deve ser suficiente para suportar as demandas biomecânicas locais, podendo ser obtida a partir de varias técnicas e tipo de implantes, desde que bem aplicados. Para tanto, esta fixação pode agregar estabilidade absoluta, ou seja, aquela que nãoo permite mobilidade no foco da fratura, ou relativa, que por outro lado, permite tais movimentos. A primeira é obtida a partir do princípio de fixação interfragmentária, que pode ser estática como nos casos de parafusos de tração e placas ou dinâmica a partir das bandas de tensão. A segunda possui nas osteossíntesecom haste intramedular e placas em ponte, seus maiores exemplos.! c) Preservação do Suprimento Sanguíneo: é fundamental a execução de uma técnica o mais atraumática possível, preservando os tecidos perifraturários, evitando grandes dissecções e manipulações de fragmentos ósseos. Tais cuidados diminuem sobremaneira a incidência de complica..es! como infecção, retardo de consolidação, pseudartrose, deiscência de pele.! d) Mobilização Precoce: Uma vez que os princípios anteriores, em especial o da fixação estável, tenham sido alcançados, o próximo passo consiste em permitir a mobilização precoce do membro e consequentemente criar condições para o restabelecimento rápido da função, diminuindo desta forma os efeitos deletérios da chamada doença fraturaria, bem como ajudando na preservação da vida de pacientes! graves, como politraumatizados e polifraturados.!! (Em itálico: Manual de ortopedia) �3
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