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SISTEMA NERVOSO - INTRODUÇÃO.pdf

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SISTEMA NERVOSO 
 
INTRODUÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Elaborei o conteúdo teórico deste material baseando-me totalmente no livro de anatomia: Gray´s: 
Anatomia Para Estudantes 2ª tiragem. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NOTA: este material não vem substituir os atlas de anatomia e as aulas práticas, trata-se 
apenas de um suplemento. A teoria e a prática devem andar de mãos dadas, mas, o estudo da 
anatomia é mais de carácter prático. 
 
 
Paulo João 
Universidade Privada de Angola (UPRA) 
 
 
 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO SISTEMA NERVOSO 
 
O sistema nervoso pode ser separado em partes, com base na estrutura e na função: 
 
 estruturalmente, pode ser dividido nas partes central (SNC) e periférica (SNP); 
 funcionalmente, pode ser dividido em partes somática e visceral. 
 
O SNC é composto por encéfalo e medula espinal, ambos se desenvolvendo a partir do tubo neural no 
embrião. 
O SNP é composto por todas as estruturas nervosas fora do SNC que unem o SNC ao corpo. Elementos 
deste sistema desenvolvem-se das células da crista neural como projecções do SNC. Consistem em nervos 
espinais e cranianos, nervos e plexos viscerais e sistema entérico. 
 
PARTE CENTRAL DO SISTEMA NERVOSO (ENCÉFALO) 
 
As partes do encéfalo são os hemisférios cerebrais, o cerebelo e o tronco encefálico. Os 
hemisférios cerebrais consistem numa parte externa ou substância cinzenta, contendo corpos celulares e 
uma parte interna ou substância branca, composta por axônios formando tratos ou vias. Os ventrículos, são 
cavidades do encéfalo preenchidas por líquido cerebrospinal (LCE). 
 
O cerebelo tem dois lobos laterais e uma parte na linha média (vérmix). 
Os componentes do tronco encefálico são o mesencéfalo, a ponte e o bulbo. 
 
MEDULA ESPINAL 
 
A medula espinal é a parte do SNC nos dois terços superiores do canal vertebral. Tem a forma 
aproximadamente cilíndrica e, no corte transversal, é circular a oval com um canal central. A medula espinal 
estende-se desde o forame magno até aproximadamente o nível do disco entre as vértebras L1 e L2 nos 
adultos, embora possa terminar não passando da vértebra T12 ou atingir o nível do disco entre as vértebras L2 e 
L3. Nos recém-nascidos, a medula espinal estende-se aproximadamente até a vértebra L3, mas pode chegar à 
vértebra L4. A extremidade distal da medula tem a forma de um cone (o cone medular). Um delgado filamento 
de tecido conjuntivo, parte da pia-máter, (o filamento terminal) continua inferiormente, a partir do ápice do 
cone medular. 
A medula espinal não é uniforme em diâmetro ao longo de seu comprimento. Possui duas principais 
dilatações nas regiões associadas à origem dos nervos espinais, que inervam os membros superiores e 
inferiores. Assim, verifica-se uma intumescência cervical na região associada à origem dos nervos espinais C5 
a T1 , os quais inervam os membros superiores. A intumescência lombossacral ocorre na região associada às 
origens dos nervos espinais L1 a S3, responsáveis pela inervação dos membros inferiores. 
 
 
 
 
 
 
A superfície externa da medula espinal é marcada por muitas fissuras e sulcos: 
 
 a fissura mediana anterior estende-se pelo comprimento da face anterior; 
 o sulco mediano posterior estende-se ao longo da face posterior; 
 o sulco póstero-lateral, a cada lado da face posterior, marca onde as radículas posteriores dos nervos 
espinais entram na medula. 
 
Internamente, a medula espinal tem um pequeno canal central cercado por substância cinzenta e 
substância branca: 
 
 a substância cinzenta é rica em corpos de neurónios, que formam colunas longitudinais ao longo da 
medula espinal e, em corte transversal, estas colunas formam uma figura característica em " H " nas 
regiões centrais da medula espinal; 
 a substância branca circunda a substância cinzenta e é rica em prolongamentos de neurónios, os axónios, 
que formam grandes feixes ou tratos que sobem e descem na medula espinal para outros níveis 
medulares ou que levam e trazem informações do encéfalo. 
 
VASCULARIZAÇÃO (ARTÉRIAS) 
 
A irrigação arterial da medula espinal vem de duas fontes. 
Consiste em: 
 
 vasos com orientação longitudinal, originados superiormente à porção cervical da medula, os quais 
descem na superfície da medula; 
 artérias nutrícias que entram no canal vertebral através dos forames intervertebrais em todos os níveis 
— estes vasos ou ramos espinais originam-se predominantemente das artérias vertebrais e cervicais 
profundas no pescoço, das artérias intercostais posteriores no tórax e das artérias lombares no abdome. 
 
Depois de entrar em um forame intervertebral, os ramos espinais dão origem às artérias radiculares 
anteriores e posteriores. Isto ocorre em todos os níveis vertebrais. As artérias radiculares seguem as raízes 
anteriores e posteriores e fornecendo-lhes suprimento. Em vários níveis vertebrais, os ramos espinais fornecem 
as artérias medulares segmentares. 
Estes vasos passam directamente aos vasos orientados longitudinalmente, reforçando o seu território de 
irrigação. 
 
Os vasos longitudinais consistem em: 
 
 uma artéria espinal anterior única, que se origina dentro da cavidade craniana como união dos dois 
vasos que se originam das artérias vertebrais — a artéria espinal anterior única resultante passa 
inferiormente, aproximadamente paralela à fissura mediana anterior ao longo da superfície da medula 
espinal; 
 duas artérias espinais posteriores, que também se originam na cavidade craniana, geralmente de 
maneira directa, de um ramo terminal de cada artéria vertebral (a artéria cerebelar inferior posterior) — 
as artérias espinais posteriores direita e esquerda descem ao longo da medula espinal, cada uma como 
dois ramos que agrupam o sulco póstero-lateral e a conexão das raízes posteriores com a medula 
espinal. 
 
A irrigação promovida pelas artérias espinais anterior e posterior é reforçada ao longo do trajecto 
desses vasos por oito a dez artérias medulares segmentares. A maior destas é a artéria radicular anterior 
maior. Este vaso origina-se na região torácica baixa ou lombar alta, geralmente no lado esquerdo, e reforça 
a irrigação arterial para a parte baixa da medula espinal, inclusive para a intumescência lombossacral. 
 
VEIAS 
 
As veias que drenam a medula espinal formam alguns canais longitudinais: 
 
 dois pares de veias a cada lado sustentam as conexões das raízes posterior e anterior da medula espinal; 
 um canal na linha média é paralelo à fissura mediana anterior; 
 um canal na linha média segue ao longo do sulco mediano posterior. 
 
Estes canais longitudinais drenam para um plexo vertebral interno extenso no espaço extradural (epidural) 
do canal vertebral, que então drena para vasos dispostos de maneira segmentar que se ligam a veias sistêmicas 
maiores, como o sistema ázigos no tórax. O plexo vertebral interno também se comunica com veias 
intracranianas. 
 
MENINGES 
 
As meninges são três camadas de tecido conjuntivo que envolvem, protegem e sustentam o encéfalo 
e a medula espinal dentro da cavidade craniana e do canal vertebral, respectivamente: 
 a dura-máter é a mais espessa e externa das camadas; 
 a aracnóide-máter encontra-se em contacto com a superfície interna da dura-máter; 
 a pia-máter é aderente ao encéfalo e à medula espinal. 
 
Entre a aracnóide-máter e a pia-máter encontra-se o espaço subaracnóideo, que contém (LCE). 
 
Dura-máter espinal 
 
A dura-máter espinal é contínua com a dura-máter craniana no forame magno. Na cavidade 
craniana, uma camada de dura-máter adere-sefirmemente ao osso e representa 
o periósteo, mas a dura-máter espinal é separada dos ossos do canal vertebral por um espaço extradural. 
Inferiormente, o saco durai estreita-se consideravelmente no nível da margem inferior da vértebra SII e forma 
uma bainha de revestimento para a parte pial do filamento terminal da medula espinal. Esta extensão terminal 
de dura-máter, semelhante a um cordão (a parte durai do filo terminal), fixa-se à superfície posterior dos corpos 
vertebrais do cóccix. 
A medida que os nervos espinais e suas raízes passam lateralmente, é envolvida por manguitos 
tubulares de dura-máter, que se fundem com a camada externa (epineuro) dos nervos e tornam-se parte dela. 
 
Aracnóide-máter 
 
A aracnóide-máter é uma membrana delgada em íntimo contacto com a face profunda da dura-
máter. É separada da pia-máter pelo espaço subaracnóideo. A aracnóide-máter termina no nível da vértebra S2. 
 
Espaço subaracnóideo 
 
O espaço subaracnóideo entre a aracnóide-máter e a pia-máter contém LCE. O espaço 
subaracnóideo em torno da medula espinal é contínuo no forame magno com o espaço subaracnóideo que 
envolve o encéfalo. Inferiormente, o espaço subaracnóideo termina aproximadamente no nível da margem 
inferior da vértebra S2. 
Filamentos delicados de tecido conjuntivo (trabéculas aracnóideas) são contínuos com a aracnóide-
máter em um lado e a pia-máter no outro, atravessando o espaço subaracnóideo e interconectando as duas 
membranas adjacentes. 
Grandes vasos ficam suspensos no espaço subaracnóideo por filamentos de material semelhante, os 
quais se expandem sobre os vasos para formar um revestimento externo 
contínuo. 
O espaço subaracnóideo ainda se estende mais inferiormente que a medula espinal. A medula 
espinal termina aproximadamente no disco entre as vértebras L1 e L2, enquanto o espaço subaracnóideo se 
estende aproximadamente até a margem inferior da vértebra S2. O espaço subaracnóideo é maior na região 
inferior à extremidade terminal da medula espinal, onde circunda a cauda equina. Como consequência, o LCE 
pode ser colhido do espaço subaracnóideo na região lombar baixa sem riscos de lesão à medula espinal. 
 
Pia-máter 
 
A pia-máter espinal é uma membrana vascular que adere firmemente à superfície da medula 
espinal. Estende-se à fissura mediana anterior e reflecte-se como revestimento semelhante aos manguitos nas 
raízes posteriores e anteriores e no ponto em que as raízes atravessam o espaço subaracnóideo. A medida que as 
raízes saem do espaço, o manguito reflete-se na aracnóide-máter. 
A cada lado da medula espinal, uma camada longitudinalmente orientada de pia-máter (o ligamento 
denticulado) estende-se lateralmente da medula à aracnóide-máter e à dura-máter: 
 
 medialmente, cada ligamento denticulado fixa-se à medula espinal em um plano que se situa entre as 
origens das radículas posteriores e anteriores; 
 lateralmente, cada ligamento denticulado forma uma série de extensões triangulares ao longo de sua 
margem livre, ficando o ápice de cada extensão ancorado à dura-máter através da aracnóide-máter. 
 
Os ligamentos denticulados, em geral, ocorrem entre os pontos de saída das radículas posteriores e 
anteriores adjacentes e posicionam a medula espinal no centro do espaço subaracnóideo. 
 
 
 
 
DISPOSIÇÃO DAS ESTRUTURAS NO CANAL VERTEBRAL 
 
O canal vertebral é limitado: 
 
 a anteriormente, pelos corpos das vértebras, discos intervertebrais e ligamento longitudinal posterior; 
 lateralmente, a cada lado, pelos pedículos e forames intervertebrais; 
 posteriormente, pelas lâminas e ligamento amarelo e, no plano mediano, pelas raízes dos ligamentos 
interespinais e processos espinhosos das vértebras. 
 
Entre as paredes do canal vertebral e o saco dural, há um espaço extradural contendo um plexo de veias 
vertebrais imersas em tecido adiposo. 
 
Os processos espinhosos das vértebras podem ser palpados através da pele na linha média nas regiões 
torácica e lombar. Entre a pele e os processos espinhosos, há uma camada de fáscia superficial. Nas regiões 
lombares, os processos espinhosos adjacentes e as lâminas associadas, a cada lado da linha média, não se 
sobrepõem, resultando em espaços entre arcos vertebrais adjacentes. 
 
Ao fazer uma punção lombar, a agulha passa entre processos espinhosos vertebrais adjacentes, através dos 
ligamentos supra-espinal e interespinal e entra no espaço extradural. A agulha continua pela dura-máter e 
aracnóide-máter e entra no espaço subaracnódeo, que contém LCE. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PARTE PERIFÉRICA DO SISTEMA NERVOSO 
 
Nervos espinais 
 
Cada nervo espinal é conectado à medula espinal por raízes posteriores e anteriores: 
 
 a raiz posterior contém os processos de neurónios sensitivos que trazem informações ao SNC — os 
corpos celulares dos neurônios sensitivos, que são derivados embriologicamente de células da crista 
neural, agrupam-se em um gânglio espinal na extremidade lateral da raiz posterior, geralmente no 
forame intervertebral; 
 a raiz anterior contém mais fibras nervosas, que conduzem impulsos para longe do SNC — os corpos 
celulares dos neurônios motores primários estão em regiões anteriores da medula espinal. 
 
Medialmente, as raízes posteriores e anteriores dividem-se em radículas, que se fixam à medula espinal. 
Um segmento espinal é a área da medula espinal que dá origem a radículas posteriores e anteriores, que 
formarão um par único de nervos espinais. Lateralmente, as raízes posterior e anterior, a cada lado, formam um 
nervo espinal. 
Cada nervo espinal divide-se, ao emergir de um forame intervertebral, em dois ramos maiores: um pequeno 
ramo posterior e um ramo anterior, muito maior: 
 
 os ramos posteriores inervam apenas músculos intrínsecos do dorso e uma estreita faixa associada de 
pele no dorso; 
 os ramos anteriores inervam a maioria dos outros músculos esqueléticos do corpo, inclusive o dos 
membros e do tronco, e a maioria das áreas restantes da pele, excepto para certas regiões da cabeça. 
 
Todos os grandes plexos somáticos (cervical, braquial, lombar e sacral) são formados por ramos 
anteriores. 
 
 Como a medula espinal é muito mais curta que a coluna vertebral, as raízes dos nervos espinais ficam mais 
longas e passam mais obliquamente das regiões cervical para a coccígea do canal vertebral. 
Nos adultos, a medula espinal termina em um nível aproximadamente entre as vértebras L1 e L2, 
mas isto pode variar entre a vértebra T12 e o disco entre as vértebras L2 e L3. Consequentemente, as raízes 
posterior e anterior que formam os nervos espinais que emergem entre as vértebras nas regiões inferiores da 
coluna vertebral se conectam à medula espinal em níveis vertebrais mais altos. 
Abaixo do final da medula espinal, as raízes posterior e anterior dos nervos lombares, sacrais e 
coccígeo passam inferiormente para chegar aos pontos de saída do canal vertebral. Este grupamento terminal de 
raízes é a cauda equina. 
 
 
 
 
 
 
 
NOMENCLATURA DOS NERVOS ESPINAIS 
 
Existem 31 pares de nervos espinais (33 se considerar-se os dois nervos vestigiais do cóccix), 
denominados de acordo com sua posição em relação às vértebras associadas: 
 
8 nervos cervicais — C l a C8; 
12 nervos torácicos — T l a T 1 2 ; 
5 nervos lombares — L I a L5; 
5 nervos sacrais — SI a S5; 
1 nervo coccígeo – (Co). 
 
O primeiro nervo cervical (Cl) emerge do canal vertebral entre o crânio e a vértebra Cl. Portanto, os 
nervos cervicais C2 a C7 também emergem do canal vertebral acima de suas respectivas vértebras. Como há 
somentesete vértebras cervicais, C8 emerge entre as vértebras C7 e T1. Como consequência, todos os nervos 
espinais restantes, começando com T1 , emergem do canal vertebral abaixo de suas respectivas vértebras. 
 
SUBDIVISÕES FUNCIONAIS DO SNC 
 
Funcionalmente, o sistema nervoso pode ser dividido em partes somática e visceral: 
 
 a parte somática ("soma", do grego, é corpo) inerva estruturas (pele e músculos esqueléticos) derivadas 
de somitos e está envolvida principalmente com a recepção e resposta a informações do meio externo; 
 a parte visceral ("víscera", do grego, referente a intestinos) inerva sistemas orgânicos no corpo e outros 
elementos viscerais, como a musculatura lisa e as glândulas, nas regiões periféricas do corpo — está 
relacionada principalmente com a detecção e resposta a informações do meio interno. 
 
PARTE SOMÁTICA DO SISTEMA NERVOSO 
 
A parte somática do sistema nervoso consiste em: 
 
 nervos que conduzem sensibilidade consciente das regiões periféricas em direcção ao SNC; 
 nervos que suprem os músculos voluntários. 
 
Os nervos somáticos originam-se de maneira segmentar ao longo do SNC, em associação aos somitos, que, 
eles próprios, dispõem-se de maneira segmentar ao longo de cada lado do tubo neural. Parte de cada somito (o 
dermatomiótomo) dá origem à musculatura esquelética e à derme da pele. À medida que as células de 
dermatomiótomo se diferenciam, migram para áreas posteriores (dorsais) e anteriores (ventrais) do corpo em 
desenvolvimento: 
 
 as células que migram anteriormente dão origem a músculos dos membros e do tronco (músculos 
hipaxiais) e à derme associada; 
 as células que migram posteriormente dão origem aos músculos intrínsecos do dorso (músculos 
epaxiais) e à derme associada. 
 
As células nervosas em desenvolvimento dentro das regiões anteriores do tubo neural estendem seus 
processos perifericamente para as regiões posterior e anterior do dermatomiótomo em diferenciação de cada 
somito. 
Simultaneamente, derivados das células da crista neural (células derivadas de pregas neurais durante a 
formação do tubo neural) diferenciam-se em neurónios a cada lado do tubo neural e estendem processos 
medialmente e lateralmente: 
 
 os processos mediais entram na parte posterior do tubo neural; 
 os processos laterais entram nas regiões de diferenciação do dermatomiótomo adjacente. 
 
Os neurónios que se desenvolvem de neurónios da medula espinal são neurónios motores e aqueles que se 
desenvolvem das células da crista neural são neurónios sensitivos. 
 
As fibras sensitivas e motoras somáticas, que se organizam de maneira segmentar ao longo do tubo neural, 
tornam-se parte de todos os nervos espinais e de alguns nervos cranianos. 
Os agrupamentos de corpos de células nervosas sensitivas provenientes das células da crista neural e 
localizados fora do SNC formam gânglios sensitivos. 
Em geral, todas as informações sensitivas entram na parte posterior da medula espinal, e todas as fibras 
motoras saem anteriormente. 
Os neurónios sensitivos somáticos carregam informações da periferia para o SNC e também são chamados 
fibras aferentes sensitivas somáticas ou aferentes somáticas gerais (ASGs). Os impulsos conduzidos por 
estes nervos incluem sensibilidade térmica, dolorosa, táctil e propriocepção. A propriocepção é a sensação 
de determinar a posição e o movimento do sistema músculo-esquelético detectada por receptores especiais em 
músculos e tendões. 
As fibras motoras somáticas conduzem informações do SNC para músculos esqueléticos e também são 
chamadas eferentes motoras somáticas ou eferentes somáticas gerais (ESGs). Como as fibras sensitivas 
somáticas que vêm da periferia, as fibras motoras somáticas podem ser muito longas. Estendem-se dos corpos 
celulares, na medula espinal, às células musculares que elas inervam. 
 
DERMÁTOMOS 
 
Como as células de um somito específico se desenvolvem na derme da pele numa localização 
precisa, as fibras sensitivas somáticas originalmente associadas àquele somito entram na região posterior da 
medula espinal em um nível específico e tornam-se partes de um nervo espinal específico. Cada nervo espinal, 
portanto, carrega informações sensitivas somáticas de uma área específica na superfície do corpo. Um 
dermátomo é aquela área da pele inervada por um único nível medular ou, de um lado, por um único nervo 
espinal. 
Há sobreposição na distribuição dos dermátomos, mas geralmente uma região específica em cada 
dermátomo pode ser identificada como área inervada por um único nível medular. 
 
0 teste da sensibilidade táctil nestas zonas autónomas de um paciente consciente pode ser usado para localizar 
lesões em um nervo espinal específico ou em um nível específico da medula espinal. 
 
MIÓTOMOS 
 
Os nervos motores somáticos originalmente associados a um somito específico emergem da região 
anterior da medula espinal e, juntamente com os nervos sensitivos do mesmo nível, tornam-se parte de um 
nervo espinal. Portanto, cada nervo espinal carrega fibras motoras somáticas para músculos que, originalmente, 
desenvolveram-se a partir do somito relacionado. 
 
Um miótomo é aquela porção de um músculo esquelético inervada por um nível único na medula 
espinal ou, de um lado, por um único nervo espinal. 
Os miótomos, em geral, são mais difíceis de testar do que os dermátomos, porque cada músculo 
esquelético no corpo geralmente é inervado por nervos derivados de mais de um nível medular. 
Testar movimentos em articulações sucessivas pode ajudar a localizar lesões de nervos específicos 
ou de um nível medular específico. Por exemplo: 
 
 os músculos que movimentam o ombro são inervados principalmente por nervos espinais dos níveis 
medulares C5 e C6; 
 os músculos que movimentam a ulna são inervados principalmente por nervos espinais dos níveis 
medulares C6 e C7; 
 a os músculos da mão são inervados principalmente por nervos espinais dos níveis medulares C8 e T1. 
 
PARTE VISCERAL DO SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO (DIVISÃO AUTÓNOMA DO SISTEMA 
NERVOSO) 
 
A parte visceral do sistema nervoso, como na parte somática, consiste em componentes motor e 
sensitivo: 
 
 nervos sensitivos captam alterações nas vísceras; 
 nervos motores inervam principalmente o músculo liso, o músculo cardíaco e as glândulas. 
 
O componente motor visceral é comummente denominado divisão autónoma do SNP e subdivide-se em 
partes simpática e parassimpática. 
Como a parte somática do sistema nervoso, a parte visceral é disposta de maneira segmentar e desenvolve-
se de um modo paralelo. 
Neurónios sensitivos viscerais que se originam de células da crista neural enviam processos medialmente 
para o tubo neural adjacente e lateralmente para regiões associadas ao corpo em desenvolvimento. Estes 
neurónios sensitivos e seus processos, denominados fibras aferentes viscerais gerais (AVGs) associam-se 
principalmente a quimioceptores, mecanoceptores e receptores para estiramento (exteroceptores). 
Os neurónios motores viscerais que se originam de células nas regiões laterais do tubo neural enviam 
processos da parte anterior do tubo. Diferentemente da parte somática, estes processos, contendo fibras 
eferentes viscerais gerais (EVGs), fazem sinapse com outras células, geralmente outros neurónios motores 
viscerais que se desenvolvem fora do SNC a partir de células da crista neural. 
Os neurónios motores viscerais localizados na medula espinal são denominados neurónios motores pré-
ganglionares, e seus axónios são chamados fibras pré-ganglionares; os neurónios motores viscerais localizados 
fora do SNC são denominados neurónios motores pós-ganglionares, e seus axónios são chamados fibras pós-
ganglionares.Os corpos celulares dos neurónios motores viscerais fora do SNC costumam associar-se entre si em massa 
distinta chamada gânglio. 
As fibras motoras e sensitivas viscerais entram no SNC e saem dele com suas equivalentes somáticas. As 
fibras pré-ganglionares dos neurónios motores viscerais saem da medula espinal nas raízes anteriores 
juntamente com fibras de neurónios motores somáticos. 
As fibras pós-ganglionares dirigindo-se para os elementos viscerais na periferia são encontrados nos 
ramos anterior e posterior dos nervos espinais. 
As fibras motoras e sensitivas viscerais que se dirigem para as vísceras e que provêm delas formam os 
chamados nervos viscerais, que são separados dos somáticos. Estes nervos, em geral, formam plexos dos quais 
se originam ramos para as vísceras. 
As fibras motoras e sensitivas viscerais não entram no SNC nem saem dele em todos os níveis: 
 
 na região craniana, os componentes viscerais associam-se a quatro dos 12 nervos cranianos (NCIII, VII, 
IX e X); 
 na medula espinal, os componentes viscerais associam-se principalmente aos níveis medulares T1 a L2 
e S2 a S4. 
 
Os componentes motores viscerais associados aos níveis espinais T1 a L2 constituem a parte simpática. 
Aqueles componentes motores viscerais nas regiões craniana e sacral, formam a parte parassimpática: 
 
 a parte simpática inerva estruturas nas regiões periféricas do corpo e das vísceras; 
 a parte parassimpática é mais restrita à inervação de vísceras apenas. 
 
PARTE SIMPÁTICA 
 
A parte simpática da divisão autónoma do SNP deixa as regiões tóracolombar da medula espinal 
com os componentes somáticos dos nervos espinais T1 a L2. A cada lado, um tronco simpático paravertebral 
estende-se da base do crânio à extremidade inferior da coluna vertebral, onde os dois troncos convergem 
anteriormente para o cóccix, no gânglio ímpar. Cada tronco fixa-se aos ramos anteriores dos nervos espinais e 
torna-se a via através da qual a parte simpática é distribuída à periferia e a todas as vísceras. 
As fibras pré-ganglionares motoras viscerais saem dos níveis T1 a L2 da medula espinal nas raízes 
anteriores. As fibras então entram nos nervos espinais, atravessam os ramos anteriores e entram nos troncos 
simpáticos. Há um tronco em cada lado da coluna vertebral (paravertebral), posicionado anteriormente aos 
ramos anteriores. Ao longo do tronco, há uma série de gânglios dispostos de modo segmentar e formados a 
partir de grupamentos de corpos neuronais pós-ganglionares onde os neurónios pré-ganglionares fazem sinapse 
com os neurónios pós-ganglionares. Cada ramo anterior liga-se ao tronco simpático ou a um gânglio por um 
ramo comunicante anterior, que carrega fibras simpáticas pré-ganglionares e é branco, porque contém fibras 
mielinizadas. 
 
 
 
As fibras simpáticas pré-ganglionares que entram num gânglio paravertebral ou no tronco simpático 
através de um ramo comunicante branco podem fornecer o seguinte: 
 
Inervação simpática periférica no nível de origem da fibra pré-ganglionar 
 
As fibras simpáticas pré-ganglionares podem fazer sinapse com neurónios motores pós-ganglionares nos 
gânglios associados ao tronco simpático, e depois entrar no mesmo ramo anterior, sendo distribuídas com 
ramos periféricos dos ramos posteriores e anteriores daquele nervo espinal. Essas fibras inervam estruturas na 
periferia do corpo em regiões inervadas pelo nervo espinal. O ramo comunicante cinzento conecta o tronco 
simpático ou um gânglio ao ramo anterior e contém fibras simpáticas pós-ganglionares. Tem aparência 
acinzentada porque as fibras pós-ganglionares não são mielinizadas. O ramo comunicante cinzento fica 
posicionado medialmente ao ramo comunicante branco. 
 
Inervação simpática periférica acima ou abaixo do nível de origem da fibra pré-ganglionar 
 
As fibras simpáticas pré-ganglionares podem subir ou descer para outros níveis vertebrais, onde 
fazem sinapse em gânglios associados aos nervos espinais que podem ou não receber informações motoras 
viscerais directamente da medula espinal (ou seja, aqueles nervos diferentes de T1 a L2). 
As fibras pós-ganglionares saem dos gânglios distantes através de ramos comunicantes cinzentos e 
distribuem-se ao longo dos ramos posteriores e anteriores dos nervos espinais. 
As fibras ascendentes e descendentes, juntamente com todos os gânglios, formam o tronco simpático, que se 
prolonga por toda a extensão da coluna vertebral. A formação deste tronco, a cada lado da coluna, possibilita 
que fibras motoras viscerais da parte simpática, que emergem apenas de uma pequena região da medula espinal 
(T1 a L2), sejam distribuídas a regiões periféricas inervadas por todos os nervos espinais. 
Os ramos comunicantes brancos ocorrem somente em associação aos nervos espinais T1 a L2, 
enquanto os ramos comunicantes cinzentos se associam a todos os nervos espinais. 
Fibras dos níveis medulares T1 a T5 passam predominantemente em uma situação superior, 
enquanto as fibras de T5 a L2 passam em posição inferior. Todas as fibras simpáticas destinadas a estruturas da 
cabeça têm fibras pré-ganglionares que emergem do nível medular T1 e sobem nos troncos simpáticos até o 
gânglio mais alto no pescoço (o gânglio cervical superior), onde fazem sinapse. As fibras pós-ganglionares 
então seguem ao longo dos vasos até os tecidos-alvo na cabeça, os quais incluem os vasos, as glândulas 
sudoríferas e os pequenos músculos lisos associados ao bulbo do olho. 
 
Inervação simpática das vísceras torácicas e cervicais 
 
As fibras simpáticas pré-ganglionares podem fazer sinapse com neurónios motores pós-
ganglionares nos gânglios e depois sair dos gânglios medialmente, para inervar vísceras torácicas ou cervicais. 
Podem ascender no tronco, antes e depois de fazer sinapse. As fibras pós-ganglionares podem combinar-se com 
as de outros níveis para formar os chamados nervos viscerais, como os nervos cardíacos. Muitas vezes, estes 
nervos unem-se a ramos da parte parassimpática para formar plexos na superfície do órgão-alvo ou perto dele, 
como por exemplo, os plexos cardíaco e pulmonar, cujos ramos inervam o coração e os pulmões, 
respectivamente. Os níveis medulares T1 a T5 inervam principalmente as vísceras cranianas, cervicais e 
torácicas. 
 
Inervação simpática do abdome e regiões pélvicas e supra-renais 
 
As fibras simpáticas pré-ganglionares podem atravessar o tronco simpático e os gânglios 
paravertebrais sem fazer sinapse e, em conjunto com fibras semelhantes de outros nervos formam os nervos 
esplâncnicos (maior, menor, imo, lombares e sacrais), entrando no abdome e nas regiões pélvicas. 
 
Os nervos esplâncnicos, em geral, ligam-se aos gânglios simpáticos em torno das raízes das grandes artérias que 
se ramificam a partir da região abdominal da aorta. Estes gânglios fazem parte de um grande plexo pré-
vertebral que também tem aferência da parte parassimpática. As fibras simpáticas pós-ganglionares são 
distribuídas nas extensões deste plexo, predominantemente ao longo das artérias, para as vísceras no 
abdome e na pelve. 
Algumas das fibras pré-ganglionares no plexo pré-vertebral não fazem sinapse nos gânglios 
simpáticos do plexo, mas atravessam o sistema para a supra-renal, onde fazem sinapse directamente com 
células da medula da supra-renal. Estas células são homólogas dos neurônios pós-ganglionares simpáticos e 
secretam adrenalina e noradrenalina para o sistema vascular. 
 
PARTE PARASSIMPÁTICA 
 
A parte parassimpática da divisão autónoma do SNP sai das regiões craniana e sacral do SNC em 
associação a: 
 
 nervos cranianos III, VII, IX e X — III, VII e IX conduzem fibras parassimpáticas para estruturas dentro 
da cabeça e no pescoço apenas, enquanto o nervoX (o nervo vago) também inerva as vísceras torácicas 
e a maioria das abdominais. 
 nervos espinais S2 a S4 — fibras parassimpáticas sacrais inervam as vísceras abdominais inferiores, as 
vísceras pélvicas e as artérias associadas aos tecidos erécteis do períneo. 
 
Como os nervos motores viscerais da parte simpática, os nervos motores viscerais da parte parassimpática, 
em geral, têm dois neurónios na via. Os neurónios pré-ganglionares estão no SNC, e as fibras saem nos nervos 
cranianos. 
 
Fibras parassimpáticas pré-ganglionares sacrais 
 
Na região sacral, as fibras parassimpáticas pré-ganglionares formam nervos viscerais especiais (os 
nervos esplâncnicos pélvicos), que se originam dos ramos anteriores de S2 a S4 e entram em prolongamentos 
pélvicos do grande plexo pré-vertebral formado em torno da parte abdominal da aorta. Estas fibras se 
distribuem a vísceras pélvicas e abdominais principalmente ao longo das vísceras. Em órgãos do sistema 
gastrointestinal, as fibras pré-ganglionares fazem sinapse directamente nos gânglios do sistema entérico, 
situados nas paredes da víscera. 
 
Fibras parassimpáticas pré-ganglionares dos nervos cranianos 
 
As fibras motoras parassimpáticas pré-ganglionares em III, VII e IX separam-se dos nervos e ligam-
se a gânglios distintos, que abrigam neurónios motores pós-ganglionares. Em número de quatro, estes gânglios 
ficam perto dos principais ramos do nervo V. As fibras pós-ganglionares saem dos gânglios, unem-se aos ramos 
do nervo V e são por eles conduzidas para tecidos-alvo (glândulas salivares, mucosas e lacrimais; o 
músculo constritor da pupila e o músculo ciliar no olho). 
O nervo vago [X] dá origem a ramos viscerais ao longo de seu trajecto. Estes ramos contribuem 
para formar plexos associados às vísceras torácicas ou o grande plexo pré-vertebral, no abdome e na pelve. 
Muitos destes plexos também contêm fibras simpáticas. 
Como já citado, os neurónios pós-ganglionares parassimpáticos estão nas paredes das vísceras-alvo. 
 
Inervação sensitiva visceral (fibras aferentes viscerais) 
 
As fibras sensitivas viscerais, em geral, acompanham as fibras motoras viscerais. 
 
Fibras sensitivas viscerais que acompanham as fibras simpáticas 
 
As fibras sensitivas viscerais seguem o trajecto das fibras simpáticas, entrando na medula espinal 
em níveis medulares semelhantes. No entanto, as fibras sensitivas viscerais também podem entrar na medula 
espinal em níveis diferentes dos associados à saída motora. Por exemplo, as fibras sensitivas viscerais do 
coração podem entrar em níveis acima do nível medular T1. Fibras sensitivas viscerais que acompanham as 
fibras simpáticas se relacionam principalmente com a detecção da dor. 
 
Fibras sensitivas viscerais que acompanham as fibras parassimpáticas 
 
As fibras sensitivas viscerais que acompanham as fibras parassimpáticas são conduzidas 
principalmente pelos nervos cranianos IX e X e pelos nervos espinais S2 a S4. 
As fibras sensitivas viscerais em IX carregam informações dos quimioceptores e baroceptores associados às 
paredes das grandes artérias no pescoço, bem como de receptores na faringe. 
As fibras sensitivas viscerais em X incluem as das vísceras cervicais e dos grandes vasos e vísceras 
no tórax e no abdome. 
As fibras sensitivas das vísceras pélvicas e das partes distais do colo são conduzidas por S2 a S4. 
As fibras sensitivas associadas às fibras parassimpáticas estão envolvidas principalmente na retransmissão de 
informações para o SNC sobre as condições de processos fisiológicos normais e actividades reflexas. 
 
O PLEXO ENTÉRICO 
 
O plexo entérico (sistema nervoso entérico) apresenta neurónios motores e sensitivos e suas células 
de sustentação, que formam dois plexos interconectados, os plexos mioentérico e submucoso, dentro das 
paredes do trato gastrointestinal. Cada um destes plexos é formado por: 
 
 gânglios, que abrigam os corpos de células nervosas e células associadas; 
 feixes de fibras nervosas, que passam entre gânglios e dos gânglios vão aos tecidos adjacentes. 
 
Os neurónios no plexo entérico são derivados de células da crista neural originalmente associadas às regiões 
occipitocervical e sacral. O interessante é que se relata que existem mais neurónios no plexo entérico do que na 
própria medula espinal. 
 
Os neurónios sensitivos e motores no interior do plexo entérico mantêm o controle da actividade reflexa 
dentro das partes do sistema gastrointestinal e entre elas. Estes reflexos regulam o peristaltismo, a actividade 
secretomotora e o tono vascular. Estas atividades podem ocorrer independentemente do encéfalo e da medula 
espinal, mas também podem ser modificadas por aferências das fibras pré-ganglionares parassimpáticas e pós-
ganglionares simpáticas. 
As informações sensitivas do plexo entérico são conduzidas de volta ao SNC por fibras sensitivas viscerais. 
 
PLEXOS NERVOSOS 
 
Os plexos nervosos são somáticos ou viscerais e combinam fibras de diferentes fontes ou níveis 
para formar novos nervos com alvos ou destinos específicos. Os do plexo entérico também geram actividade 
reflexa independente do SNC. 
 
PLEXOS SOMÁTICOS 
 
Os grandes plexos somáticos formados pelos ramos anteriores dos nervos espinais são o cervical 
(Cl a C4), o braquial (C5 a T1) e o lombossacral (constituído pelos plexos lombar – L1 a L4; sacral - L4 a S4 e 
coccígeo - S5 a Co). Excepto pelo nervo espinal T1 , os ramos anteriores dos nervos espinais torácicos 
continuam independentes e não participam de plexos. 
 
PLEXOS VISCERAIS 
 
Os plexos nervosos viscerais são formados em associação a vísceras e, em geral, contêm 
componentes eferentes (simpáticos e parassimpáticos) e aferentes. Estes plexos incluem o cardíaco e o 
pulmonar no tórax e um grande plexo pré-vertebral no abdome, anteriormente à aorta, que se estendem 
inferiormente sobre as paredes laterais da pelve. Este denso plexo pré-vertebral conduz aferências e recebe 
eferências de todas as vísceras abdominais e pélvicas. 
 
DOR REFERIDA 
A dor referida ocorre quando informações sensitivas de uma determinada região são conduzidas à 
medula espinal, mas são interpretadas pelo SNC como provenientes de outra região inervada pelo mesmo nível 
medular. Geralmente, isto acontece quando as informações dolorosas partem de uma certa região, como o 
intestino, que apresenta uma baixa quantidade de terminações sensitivas. Estas aferências convergem para os 
neurónios no mesmo nível medular que recebem informações da pele. que apresenta uma área com alta 
quantidade de terminações sensitivas. Como resultado, a dor da região com poucas aferências é interpretada 
como proveniente da região com uma quantidade de aferências normalmente alta. 
A dor é mais frequentemente referida de uma região inervada pela parte visceral do sistema nervoso 
em outra região inervada, no mesmo nível medular, pela parte somática do sistema nervoso. 
A dor também pode ser referida de uma região somática para outra. Por exemplo, a irritação do 
peritônio na superfície inferior do diafragma, que é inervada pelo nervo frênico, pode ser referida à pele do 
ombro, que é inervada por outros nervos somáticos que se originam no mesmo nível medular. 
 
Espero ter ajudado. Bom estudo! João 3:16-18

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