Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Seção 1 Elaborado por Seção 13VERSÃO 2013-1 Administração de Recursos Humanos II Prof. Clovis Bueno de Azevedo Prof. Leopoldo Antonio de Oliveira Neto Seção 13 Conteúdo � Gestão de Pessoas em Pequenas e Médias Empresas – Características Gerais das PME no Brasil – O gestor de pessoas nas PME – A área de gestão de pessoas nas PME • Recrutamento/Seleção • Internalização (Cultura Organizacional) • Remuneração • Treinamento e Desenvolvimento • Avaliação de Desempenho • Sucessão e Plano de Carreira • Qualidade de Vida • Sindicalização – Desafios para a gestão de pessoas em PME no Brasil 2 Seção 13 Objetivos � Apresentar um panorama da gestão de recursos humanos nas pequenas e médias empresas do Brasil � Mostrar os desafios do gestor de pessoas e da gestão de recursos humanos nas pequenas e médias empresas, destacando vantagens e dificuldades � Mostrar a importância da área de gestão de recursos humanos nas pequenas e médias empresas, considerando as suas diversas atividades: recrutamento, seleção, internalização, remuneração e valorização, avaliação de desempenho, carreira e sucessão, qualidade de vida, sindicalização. � OBS. Os temas aqui tratados foram subsidiados por dados obtidos através de questionário junto a pequenas e médias empresas das várias regiões do Brasil 3 Seção 13 Características das PME PME Indústrias PME Comércio atacadista PME Comércio Varejista PME Serviços RH 4 Seção 13 Características das PME Ilustração de ivanerix.zip.net � A grande maioria das PME não adota programa de RH, de modo que a gestão de pessoas é executada de forma precária � Em termos estruturais, quase todas as que organizam algum setor, instituem uma unidade de pessoal (atividades administrativas, como folhas de pagamento, benefícios legais, controle do ponto, etc.) 5 Seção 13 Características das PME � São empresas que, geralmente, estão em crescimento e, a necessidade de criação e aperfeiçoando de um setor de Gestão de Pessoas não costuma acompanhar o desenvolvimento da empresa, com a mesma ênfase que é dada às áreas-fins. � Os cargos gerenciais e técnicos tendem a ser mais bem atendidos do que os operacionais. O grau de atenção dado aos cargos administrativos depende de quanto isso é exigido pelas características da empresa. 6 Seção 13 Apoio à Gestão de Pessoas � Algumas empresas estimulam a participação de seus funcionários, a pró-atividade e a busca por crescimento visando a que a maioria dos problemas seja detectada e resolvida por eles � Muitas empresas utilizam-se do rodízio de funções como forma de mais pessoas conhecerem mais aspectos da empresa e possibilitar maior troca de informações 7 Seção 13 Apoio à Gestão de Pessoas � Mesmo as empresas com poucos funcionários costumam apresentar dificuldade de comunicação entre gestores e subordinados � É comum haver apenas reuniões de diretoria, enquanto os demais funcionários recebem comunicações por escrito, ou orientações verbais individualizadas � Mesmo nas empresas mais criativas, que fazem uso de memorandos, MSN, quadros murais e orientações verbais, reuniões gerais são bastante raras. 8 Seção 13 Recrutamento e Seleção � Recrutamento interno: remanejamento de seus colaboradores, podendo envolver transferência vertical e horizontal (promoção) � Recrutamento externo: − indicações dos próprios funcionários − utilização de sites − currículos deixados/enviados para a empresa − recrutamento por agências de empregos − pegar quem aparece 9 Seção 13 Seleção � Seleção interna: escolha dos colaboradores mais adequados para os cargos que surgem � Seleção externa: – análise de currículos e consulta às referências – profissionais, preferencialmente pelo modelo analisado – desenvolver as habilidades dos indivíduos dentro da empresa. – entrevista com os gestores, análises de referencias e antecedentes e testes de habilidade. A pequena estrutura não possibilita: testes de conhecimento, de personalidade, de potencial energético, aplicação de dinâmicas de grupo 10 Seção 13 Seleção � PME podem ter características de atuação muito específicas, o que dificulta a captação e a reposição de profissionais � Nestes casos é comum formar o profissional dentro da empresa com grande investimento � O desafio é manter esses profissionais e não perdê-los por melhor remuneração/posição em outra empresa, após grande investimento 11 Seção 13 Internalização (Cultura Organizacional) � Treinamento de integração, com informações sobre características e normas da empresa não é comum. � Geralmente a integração se dá durante o trabalho, em que algumas empresas estabelecem período de experiência. � Algumas têm a preocupação de realocar os funcionários que não se adaptam numa nova função, outras simplesmente demitem � As empresas que exigem maior capacitação técnica, ou conhecimento bastante específico e raro no mercado, tendem a se esforçar mais para manter seus profissionais, buscando realocá-los em caso de inadaptação. 12 Seção 13 Treinamento e Desenvolvimento Ilustração de andersonnascimento.zip.net � Geralmente o treinamento é: � Efetuado durante o serviço (aprende-se fazendo) � Voltado para habilidades específicas � Teórico: com utilização de manuais � Prático: com auxílio de encarregados, supervisores ou profissionais técnicos � Periódico: exigido por lei (como legislação sanitária, por exemplo) 13 Seção 13 Treinamento e Desenvolvimento � Muitas empresas fazem uso de – Capacitação interna pela experiência adquirida – Contratação de empresas/profissionais especializados para realizar treinamentos na empresa – Enviam funcionários para palestras/cursos/seminários fora da empresa – Pagam cursos de extensão para seus funcionários (neste aspecto, os cursos técnicos cursos têm-se mostrado mais eficientes que longos cursos universitários) – Pagamento de 50% da mensalidade em cursos universitário compatível com o cargo 14 Seção 13 Treinamento e Desenvolvimento � É praticamente inexistente a realização de: – Treinamentos para a mão-de-obra menos qualificada – Treinamentos para desenvolvimento de habilidade específicas – Treinamentos para todos os níveis da empresa visando a uma compreensão comum dos negócios da empresa – Um gerente responsável por T&D e uma adequada alocação de verbas para treinamento 15 Seção 13 Treinamento e Desenvolvimento � Pontos críticos: – A não sistematização e planejamento do desenvolvimento de pessoa dificulta a otimização dos investimentos em treinamento – Cursos custeados pela empresa,que não tem vinculo claro com o cargo e/ou possibilidade de carreira, são contraproducentes – A seleção de conteúdo, métodos e técnicas de treinamento precisa ser adequada à realidade da empresa – Os instrutores devem ser bem escolhidos para que além do conhecimento tenham didática adequada. 16 Seção 13 Treinamento e Desenvolvimento � O que tem dado certo: – Grupos interdisciplinares de planejamento para integrar as áreas e socializar o conhecimento das diferentes atividades, têm permitido capacitar melhor os colaboradores para o trabalho – Grupos interdisciplinares de ação, que estão melhorando a relação entre as áreas e aprimorando o conhecimento de todos com ampliação da visão da própria área e as dos outros – Coaching com a finalidade de alinhar práticas, processos e políticas de Gestão de Pessoas com o Plano de Negócios da empresa 17 Seção 13 Avaliação de Desempenho � Pouco controle de como estão sendo distribuídas e executadas as tarefas � Tem-se a avaliação do resultado mas não do processo � Prática de feedback positivo (elogios) ou falta total deles � Não há avaliação dos conjuntos de entregas dos funcionários, nem indicadores para isso � Não há avaliação de desempenho sistemática e planejada 18 Seção 13 Avaliação de Desempenho � A qualidade do pessoal só é avaliada durante odesempenho � Poucas pessoas acumulando muitas atribuições dificulta o processo sistemático de AD � Dificuldades de praticar a AD por: resistência dos funcionários, dificuldade da direção em criar um sistema e operacionalizá-lo � Algumas PME conseguem ter sistemas de avaliação e premiação baseadas no desempenho: importante para retenção de talentos, para adequação da pessoa à posição ocupada e geração de comprometimento com objetivos da empresa. 19 Seção 13 Sucessão e Plano de Carreira � É comum o início da carreira ser pelo nível mais baixo para que a ascensão se dê dentro da empresa, que capacita o profissional em serviço � É normal que a empresa vá sendo construída durante sua existência e nem sempre todos os seus aspectos passam mesma evolução � É comum que a gestão de pessoas seja negligenciada em função dos objetivos- fins da empresa www.cursoseapostilas.com.br 20 Seção 13 Sucessão e Plano de Carreira � É comum faltar: − delimitação dos cargos: pessoas acumulam diversas funções devido à informalidade dos setores − clareza na definição das tarefas e na atribuição de competências: cargos não tem dono e não há plano de carreira − estruturas de carreira, que nascem com o crescimento da empresa e sem detalhamento de pré-requisitos, competências e diretrizes para ocupação dos cargos. 21 Seção 13 Sucessão e Plano de Carreira � Pontos críticos: – Quando não há critérios para a prática de administração de carreira, planejamento de sucessão e aclimatação de funcionários, fica dificultada a atração e manutenção de talentos. – Quando a empresa é carente de um planejamento de movimentação de pessoas, fica evidente o desperdício e a ineficiência no trato com os “recursos humanos” � O que tem dado certo: – Dar importância ao desenvolvimento de competências diferenciadas pelos gestores, a fim de haver complementaridade entre eles e a inserção de novas práticas, mais adequadas ao mercado atual.(infelizmente não abrange as demais funções) 22 Seção 13 Sucessão e Plano de Carreira publicijobs.blogspot.com � É comum, em várias das pequenas e médias empresas, haver incentivo aos colaboradores para terem como alvo serem empresários ou seguirem carreira gerencial na empresa � Esse incentivo é muito importante em empresas que têm como meta abrir franquias ou filiais 23 Seção 13 Sucessão e Plano de Carreira Empresas familiares www.acertodecontas.blog.br � Nem sempre é preparada a sucessão de forma adequada � Em caso de doença ou falecimento do empresário, pode assumir um parente não preparado � Se o sucessor tiver sido capacitado, pode manter ou melhorar o negócio � Se o sucessor não estiver capacitado, pode ser necessário profissionalizar a empresa ►o que costuma gerar resistência naqueles que “sempre fizeram assim”... 24 Seção 13 Sucessão e Plano de Carreira Empresas familiares www.eh.com.br � Há costume de alocar nos cargos-chave de gerencia, pessoas dentro do âmbito familiar ► o desenvolvimento das habilidades específicas e a experiência na gestão dos negócios é passada “de pai para filho” � Dificuldade de se estabelecer relações profissionais de confiança com pessoas fora do âmbito familiar, o que restringe bastante as possibilidades de: – sucessão – gestão profissional – renovação de cultura – aprimoramento técnico. 25 Seção 13 Remuneração � Promoção ou aumento da remuneração depende do desempenho do funcionário e do crescimento da empresa � Comprometimento atual com vistas a retorno financeiro ou de reconhecimento no futuro � A remuneração é feita conforme determinado pela CLT. � Categorias de funcionários: – os contratados em período integral – os contratados por hora – os prestadores de serviços 26 Seção 13 Remuneração Oglobo.globo.com � Remuneração inicial: é comum pagar abaixo ou a média de mercado para as funções iniciais que não exigem grande complexidade. Nos casos de funções especializadas e altamente especializadas essa regra não é seguida � Ações que podem ser utilizadas para melhorar o processo: participação no lucro conforme desempenho � Forma de remuneração: – Operacionais/administrativos: fixo – Técnicos: fixo mais variável por produtividade – Prestadores de serviços: produtividade 27 Seção 13 Remuneração � Especificidades como trabalhos nos finais de semana costumam exigir salário base (sem horas extras) acima da média de mercado, como atrativo � É como encontrar funcionários com funções e responsabilidades semelhantes que possuem salários diferentes. 28 Seção 13 Remuneração www.artshoping.com.br � Benefícios: – auxílio educação para os que cursam faculdade (em geral, metade da mensalidade) – plano de saúde básico pago integralmente, – auxilio alimentação – vale transporte ou auxílio combustível para funcionários que trabalham com veículo próprio � Raras são as empresas pagam seguro de responsabilidade civil e seguro de vida a todos os terceiros prestadores de serviço 29 Seção 13 Qualidade de Vida � Consultorias para prevenção de riscos de acidentes no trabalho (prevista em lei) � Emendar feriado, folgas aos sábados, festas comemorativas (fora as tradicionais) � Convênio com empresa que presta serviço na área de medicina ocupacional � Técnico de segurança para fiscalização de uso de equipamentos de proteção e CIPAS � Campanhas antitabagismo, consumo de álcool e drogas � Fisioterapia, natação,hidroginástica para o corpo gerencial e administrativo. 30 Seção 13 Qualidade de Vida senado.gov.br Fontes: Sesi, Associação Brasileira de Qualidade de Vida e especialistas Revista Exame – PME - 09.05.2007 Preocupação que dá resultados � Como criar internamente um programa de qualidade de vida: 1. Destacar um líder 2. Reunir os dados 3. Colher opiniões 4. Definir os objetivos 5. Olhar ao redor 6. Reservar recursos 7. Divulgar o programa 8. Avaliar os efeito 31 Seção 13 Sindicalização � Como se trata de PME, detecta-se: – poucas negociações com sindicatos – críticas aos sindicatos e à CLT, por conta das dificuldades e entraves que encontram em seus negócios. – algumas vêem necessidade de um instrumento regulador na relação empregado/empregador nas PME, mas que não reconhecem a legitimidade dos sindicatos – as que têm boas relações com os sindicatos, geralmente limitam-se aos casos em que o reajuste segue o salário mínimo das categorias – várias procuram cumprir a legislação e não valorizam funcionários que faltam e apresentam atestado, como se não estivessem de fato doentes 32 Seção 13 Exercício � Em duplas ou trios: – Analisem o texto “Quando há emprego de sobra” e apontem alternativas usadas pelas pequenas e médias empresas para vencer o desafio da retenção de talentos. Revista Exame – PME – 08/05/2008 33 Seção 13 Bibliografia � Básica – blog da PME: http://portalexame.abril.com.br/blogs/pme/listar1.shtml – http://www.tede.ufsc.br/teses/PEPS4412.pdf � Complementar – PASCHOAL, Luiz. Gestão de Pessoas nas Micros, Pequenas e Médias Empresas: para Dirigentes e Empresários, Rio de Janeiro: Qualitymark Editora, 2006 34 Seção 13 Bibliografia � Complementar – http://docs.google.com/gview?a=v&q=cache:Xjmff1C0uvwJ: www.franzecosta.com/spaw2/arquivos/textos/CLADEA%252 02002%2520RC.pdf+gest%C3%A3o+de+pessoas+pequena+ media+empresa&hl=pt-BR&gl=br – LONGENECKER, J. G.; MOORE, C. W., PETTY,J.W. ; PALICH,L.E. Administração de Pequenas Empresas, Rio de Janeiro: Thomson Pioneira, 2007. Cap. 8 – Passos Importante para Montar um Recursos Humanos em Pequenas e Médias Empresa - Partes I e II: http://www.ogerente.com.br/novo/colunas_ler.php?canal=16 &canallocal=48&canalsub2=155&id=818 http://www.ogerente.com.br/novo/colunas_ler.php?canal=16 &canallocal=48&canalsub2=155&id=845 35
Compartilhar