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Teorias e sistemas psicológicos III

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Teorias e sistemas psicológicos III
Fenomenologia
A Fenomenologia surgiu a partir de transformações sociais do séc XX e que trouxeram a necessidade de uma nova forma de compreender o comportamento e os processos psíquicos. 
Bacon afirmava que era preciso conseguir criticar os preconceitos e os erros para se fundar uma nova maneira de investigação, por meio da observação. Seu lema era “saber é poder”, queria dizer que para ter conhecimento é preciso ter liberdade para pesquisar, estudar, contestar e replicar.
Galileu propõe experienciar o fenômeno para ter certeza se de fato ele acontece como as teorias pregam. E se a hipótese fosse confirmada, esta viraria lei.
Descartes trouxe uma proposta de pesquisa mais exata e quantitativa. Propôs algumas etapas que a pesquisa deve seguir para que a investigação seja precisa. Regra da evidência: busca evitar precipitação, preconceitos e juízos. Regra da análise: divide a pesquisa em hierarquia de dificuldades. Regra de síntese: saber separar a pesquisa das mais partes mais simples e singelas às mais complexas. Regra da enumeração: responsabilidade que o pesquisador tem de não omitir informações.
Locke dizia que a nossa mente era como se fosse um papel em branco, que seria preenchida conforme nossa experiência. O Psicologismo de Locke era explicado como influência da Psicologia associativa sobre a filosofia do conhecimento. É a teoria de que os problemas da epistemologia (a validade do conhecimento humano) e inclusive a questão da consciência, podem ser solucionados por meio do estudo científico dos processos psicológicos.
A fenomenologia busca resgatar o método filosófico de investigação, mas com base na ciência rigorosa, referindo-se a investigação de acordo como as coisas são apresentadas na experiência da consciência, livre de teorias, de imprevistos do mundo real e do empirismo. 
Franz Bretano: Foi o responsável por fundar a Psicologia do Ato, afirmando que o fenômeno psíquico se constitui como atividade e não como conteúdo, dessa forma considerava essencial o método empírico e não experimental. Para ele, a percepção parte da experiência, dessa forma deve-se abandonar a introspecção (falar sobre si) e tem como principal recurso metodológico a percepção interna para estudo dos fenômenos psicológicos; renuncia aos determinismos biológico ou psicológico. O que determina o comportamento é a intenção.
Fenomenologia é uma corrente filosófica idealizada pelo filósofo E. Husserl, que se debruça a discutir uma forma de se obter o conhecimento, ela adota uma postura critica ao objetivismo da ciência e a venda de uma verdade única. Objeto de estudo a consciência, o fruto da interação da consciência com o objeto, chamado de fenômeno.
Fenômeno: o que/ como eu vejo as coisas. Interpretação. Forma única que se tem das coisas, algo subjetivo.
Husserl: foi aluno de Bretano, 
Principais conceitos> Consciência e Intencionalidade: a intencionalidade é o que une objeto a consciência e objeto em uma unidade indissociável e estabelecendo a existência de ambas na relação. É o ato de atribuir sentido atuando com isso, na composição do mundo psicológico. Consciência é sempre intencional. 
Husserl acreditava que as vivências são intencionais e na intencionalidade que encontra-se a consciência. A intenção de fazer algo surge pelo planejamento da consciência que tem um significado (adquire valor).
Retorno às coisas mesmas: querer voltar às coisas mesmas é o ponto de partida do conhecimento, a “coisa mesma” é entendida não como realidade existindo em si, mas como fenômeno. Retornar acontecimentos anteriores em termos de consciência pode ajudar a solucionar um problema presente e ajudar estratégias futuras.
Redução fenomenológica: conhecida também como epoche (colocar entre parênteses), são informações recebidas pelos órgãos dos sentidos, mas que são transformadas pela consciência. Ex: olhar para uma comida e dizer que não quer porque é ruim, sem nunca ter provado é um tipo de redução fenomenológica. A redução fenomenológica é uma operação intelectual necessária para se chegar à essência do objeto. É uma reflexão interna (intuitiva) sobre o objeto, que tenta fixar o objeto em sua intencionalidade. Para que haja uma redução é preciso excluir todos os julgamentos, as crenças, os estereótipos e as impressões que temos do mundo. Devemos nos concentrar apenas na experiência e levar em consideração a sua pureza. Esse ato de perceber é conhecido como Noesis (representação). Mas aquilo que é percebido ou objeto é conhecido como Noema (tudo o que é aprendido).
Redução eidética: após olhar para um objeto e dar o significado à ela (noema) é preciso compreender o motivo desta interpretação e isto é conhecido como redução da ideia, busca a essência da pessoa.
Intuição Invariante: para Husserl o perceber é ter notar sua existência, mas não necessariamente atribuir significado a isto ou intuir algo sobre o mesmo. Ele trazia o discurso do Eu Percebedor e eu Percebível, antes de percebemos a verdade, percebemos qualquer coisa ou objeto que esteja presente no nosso espaço presente, mas isso só será percebível por mim de acordo com a minha consciência, de acordo com a minha mente que visa algo, chamado consciência intencional. O mundo do observador (eu percebedor) só é visado por esta observação quando entra em contato com a realidade (algo percebível). 
Redução transcendental: consciência de um objeto, purificada, durante o processo de redução fenomenológica, presente no individuo capaz de atribuir significado ao mundo real, como é feita a representação do sujeito.
Idealismo: lida com objetos ideais e com as ideias sobre as coisas na sua essência. É o significado que você consegue atribuir ao acontecimento e qual relação você faz desse significado a sua realidade. 
Linguagem: a palavra descreve a junção de diversos conteúdos ou experiências como se estivesse fazendo um somatório de diversas partes ou acontecimentos. A palavra nunca está isolada, mas sempre acompanhada de outros significados. 
Existencialismo
Liberdade+responsabilidade, surgido no período entre duas Grandes Guerras Mundiais, foi um movimento filosófico que se localizou no eixo Alemanha/França. Ultrapassou o âmbito acadêmico, transformou-se em um estilo de vida, um jeito de se comportar. 
Eram muito individualizados em suas concepções filosóficas, é a filosofia que é desenvolvida e exercida como análise da existência, sendo que a existência quer dizer o modo de ser do homem no mundo. Questiona o modo de ser do homem, e por julgar este modo de ser como de ser no mundo, questiona também o próprio “mundo”. 
Essência: aquilo que se mantinha constante, idêntico, permanente. 
Chama de ideia, essências supersensíveis e eternas, Platão pregou que estas serviam como fundamento verídico para a existência das coisas sensíveis e atemporais. 
Definição: conjunto de doutrinas segundo às quais a filosofia tem como objetivo a análise e descrição da existência concreta, considerada como ato de uma liberdade que se constitui afirmando-se e que tem unicamente como gênese ou fundamento esta afirmação em si.
O existencialismo surge então como uma visão do homem como ser-no-mundo. A valorização do homem passa a envolver a sua própria subjetividade, liberdade e responsabilidade por suas escolhas. 
Friedrich Nietzche, Soren Kierkegaard, Martin Heidegger e Jean Paul Sartre são os mais proeminentes pensadores existencialistas. 
Kierkegaard se opôs diretamente à filosofia idealista de Hegel.

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