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ORGANIZAÇÃO E ATIVIDADES PORTUÁRIAS OPERAÇÕES USUAIS DE UM TERMINAL DE CARGA OPERAÇÕES USUAIS DE UM TERMINAL DE CARGA • Os terminais possuem este nome, pois muitos deles eram os pontos iniciais ou finais de percursos nos diversos meios de transporte. • Os terminais eram vistos como uma área de armazenagem que tinham por função tão somente a administração do espaço necessário para manter os estoques dos produtos da empresa. • Atualmente, eles são locais da via de uma modalidade de transporte em que fluxos significativos têm origem, destino ou são transferidos de um modo de transporte para outro. OPERAÇÕES USUAIS DE UM TERMINAL DE CARGA • Os terminais deixam de ser considerados como locais de armazenagem e guarda de produtos para se transformaram em elos fundamentais da rede logística. • Eles se transformam em centros de distribuições com a importante função de serem os elos facilitadores da transferência de produtos ao longo da rede logística até chegar aos clientes da empresa. OPERAÇÕES USUAIS DE UM TERMINAL DE CARGA • A gestão dos terminais envolve problemas como dimensionamento de área, arranjo físico, movimentação de mercadorias e configuração do terminal. • As cargas para serem armazenadas devem ser manuseadas por veículos de transporte para dentro dos terminais e vice- versa. OPERAÇÕES USUAIS DE UM TERMINAL DE CARGA • Os terminais em geral envolvem altos custos para sua construção, manutenção e operação. • Eles impactam diretamente os custos da logística da empresa. • Um projeto bem elaborado dos terminais agregado à implantação de tecnologias modernas para armazenagem e manuseio podem ser opções para se reduzir os custos de implantação e manutenção. CLASSIFICAÇÃO DOS TERMINAIS Quanto à tipologia das cargas, eles podem ser classificados como: • Gerais - operam qualquer carga; • Tipológicos - operam um tipo particular de carga (só granéis, só contêiner, etc...); • Específicos - especializados em uma única carga. CLASSIFICAÇÃO DOS TERMINAIS Quanto ao objetivo funcional eles podem ter os seguintes objetivos: • Concentradores de produção - situam-se em regiões produtores ou geradores de carga e concentram as cargas para melhorar o custo de transporte; • Beneficiadores - além de concentrar cargas, em particular as agrícolas, eles também as beneficiam; • Reguladores - armazenam quantidades significativos de um ou mais produtos a fim de atenuar o efeito da sazonalidade; • Distribuidores - concentram cargas vindo de um centro de produção para posterior distribuição. CLASSIFICAÇÃO DOS TERMINAIS Os terminais são empregados em diversas atividades logísticas visando à melhoria do fluxo de produtos ao longo da rede logística. • Centrais de abastecimento; • Locais de estocagem em portos, aeroportos e pontos de transbordo intermodo; • Depósitos em fábricas (matérias-primas e produtos acabados); • Depósitos de atacadistas; CLASSIFICAÇÃO DOS TERMINAIS • Os terminais são empregados em diversas atividades logísticas visando à melhoria do fluxo de produtos ao longo da rede logística. • Depósitos de varejistas; • Depósitos em hipermercados; • Operadores logísticos; • Instalações de consolidação / desconsolidação; • Cooperativas de produtores agrícolas; • EADI’s (Estação Aduaneira de Interior); • Terminais de empresas do setor público. LOCALIZAÇÃO DOS TERMINAIS • A análise para a localização do terminal se preocupa com os seguintes detalhes: • uso do solo, • sistema viário, • topo-hidrogeologia, • disponibilidade de serviços, • demanda do mercado, • incentivos governamentais, • meio ambiente. LOCALIZAÇÃO DOS TERMINAIS A localização pode ser avaliada sob duas óticas: • Quantitativa • Qualitativa LOCALIZAÇÃO DOS TERMINAIS Avaliação Quantitativa: • Realizada por meio de modelos matemáticos específicos. Modelo mais utilizado é o equilíbrio do centro de gravidade. • busca encontrar um ponto espacial que esteja equidistante de • todos os pontos de demanda • distância física e econômica. • Considera-se somente as áreas disponíveis. LOCALIZAÇÃO DOS TERMINAIS Outro aspecto muito importante é questão financeira. Apesar das indicações do modelo matemático, deve-se considerar o custo da implantação da facilidade, custo fixo, em relação ao custo variável pelo período considerado como vida útil da facilidade e a partir desta comparação, analisar a viabilidade do ponto escolhido. LOCALIZAÇÃO DOS TERMINAIS Na avaliação qualitativa devem ser observados: • Mão de obra qualificada disponível; • Legislação (ambiental, trabalhista, etc.); • Incentivos fiscais; • Estabilidade política; • Urbanização (escolas, hospitais, etc.); • Infra-estrutura logística (vias de acesso, centros de distribuição, telecomunicação, etc.) • Reação da sociedade; • Disponibilidade de energia; • Cultura/idioma; • Outros. LOCALIZAÇÃO DOS TERMINAIS Muitos destes itens são difíceis de mensurar. São de vital importância para a tomada de decisão do local ondo serão instaladas as facilidades. Inviabilizam por completo a instalação da facilidade. • questões ambientais, • rejeição da sociedade, • entre outros. LOCALIZAÇÃO DOS TERMINAIS Alguns oneram tanto os custos que acabam tornando o empreendimento inviável economicamente. • disponibilidade de energia, • carência de infra-estrutura logística, • urbanização, • entre outros. Alguns dificultam a atração de pessoas para trabalhar. • a urbanização, • a instabilidade política, • a cultura/idioma, • entre outros. LOCALIZAÇÃO DOS TERMINAIS A disponibilidade de mão de obra qualificada é um fator que reduz custos com mão de obra • pessoas que se deslocam de um local para outro exigem salários maiores e benefícios. • mão de obra “importada” não se fixa no lugar. Estabilidade política • No caso de uma reviravolta política, golpe de estado, guerrilhas entre outros, não se pode retirar todos os bens que foram construídos ou instalados; • A Petrobrás que teve perdas consideráveis na Bolívia por ocasião da troca de governo. LOCALIZAÇÃO DOS TERMINAIS Os incentivos fiscais e tributários devem ser analisados com muita cautela. Eles podem ser oferecidos por uma legislatura e podem ser retirados por outra legislatura. Portanto, qualquer definição usando este argumento como decisivo, deve ser bem analisado e fundamentado do máximo de documentos sólidos. OPERAÇÕES USUAIS DE UM TERMINAL DE CARGA É importante que sejam conhecidas as operações que podem gerar receitas e custos aos terminais. OPERAÇÕES USUAIS DE UM TERMINAL DE CARGA Algumas das operações mais usuais são: • recepção da carga • pesagem de controle • classificação do produto • pré-tratamento • armazenagem • conservação • retirada para embarque • Contra-pesagem e controle • manejo e carregamento • emissão de documentos • despacho dos veículos OPERAÇÕES USUAIS DE UM TERMINAL DE CARGA O abrigo para produtos, armazenagem, é a função mais característica de um terminal. Visa à guarda do produto em local seguro que preserve a qualidade do produto recebido até ser retirado pelo cliente. O tempo médio em que os produtos ficarão abrigados no terminal é fator determinante para o projeto do layout dos terminais. OPERAÇÕES USUAIS DE UM TERMINAL DE CARGA Modernamente, outras atividades são realizadas: • Montagem de pedidos, • Postergação (postponement). Montagem de pedidos • Um terminal com diversos produtos de diversos fornecedores adquirida previamente e, quando é realizada uma venda, este se transforma em um pedido no terminal que deve ser separado. • Atividade conhecida como picking. OPERAÇÕES USUAIS DE UM TERMINAL DE CARGA O picking é a operação de se recolher, separar, diversos itens no terminal com o objetivo de formar um pedidoque deu entrada no terminal. Terminais maiores destinam uma área para ir coletando todos os itens, agrupá-los em embalagens para posteriormente serem despachados. Com isso, o veículo de transporte não fica retido nas docas, pois quando chega, simplesmente recolhe a embalagem contendo todos os itens já agrupados na área de picking. OPERAÇÕES USUAIS DE UM TERMINAL DE CARGA A Postergação pode ser dividida em três grupos principais: • Embalagens; • Rótulos, • Adaptação aos mercados. É interessante para as empresas produzir um número menor de SKU, evitando embalagens diferenciadas, colocação de rótulos deixando estas funções para serem feitas nos terminais. SKU = Stock Keeping Unit, que em português significa unidade de manutenção de estoque. Designa os diferentes itens do estoque, estando normalmente associado a um código identificador. OPERAÇÕES USUAIS DE UM TERMINAL DE CARGA Na adaptação aos mercados, os terminais podem realizar funções de montagem mecânica, por exemplo. Um exemplo são os carros importados da Argentina, possuem o diâmetro da tubulação de abastecimento do tanque de combustível menor que o padrão brasileiro. PRINCIPAIS TIPOS DE RECEITA DE UM TERMINAL Os principais tipos de receita que um terminal pode auferir são: • taxas pela movimentação da carga; • taxas de armazenagem; • taxas por serviços complementares; • taxas por serviços administrativos; • comissão por comercialização. Todos os serviços agregados são importantes, pois podem auferir novas receitas e gerar um resultado econômico melhor para o terminal. ANÁLISE DE CAPACIDADE DOS TERMINAIS Para análise da capacidade do terminal, a mesma deve ser analisada por duas óticas: • estática, • dinâmica. A capacidade estática do terminal é a área que o local de armazenagem efetivamente possui em termos de metro quadrado (área) ou metro cúbico (volume). Esta capacidade é a que efetivamente calculada no projeto das instalações. Essa capacidade é muito importante, mas a mais importante de todas é a capacidade dinâmica. ANÁLISE DE CAPACIDADE DOS TERMINAIS ANÁLISE DE CAPACIDADE DOS TERMINAIS Essa é uma nova visão dos terminais que diz respeito não mais ao volume armazenado e sim a sua capacidade de receber e expedir cargas rapidamente. Um bom exemplo disso são os centros de distribuição dos correios. Esta visão cria uma nova característica de terminais denominada terminal virtual, no qual as cargas passam por ele, não ficando nenhuma mercadoria armazenada. TIPOS DE CARGA A carga pode ser classificada em: CARGA GRANEL A Carga a Granel pode ser dividida em: • Sólido, • Líquido, • Gasoso. CARGA GERAL Unitização da carga significa o agrupamento de diversas pequenas cargas em um grande volume único que é movimentado uma única vez. CARGA GERAL Pallet CARGA GERAL Big bag CARGA GERAL Contêineres FUNÇÕES DOS ARMAZÉNS Suas principais funções são: FUNÇÕES DOS ARMAZÉNS Suas principais funções são: FUNÇÕES DOS ARMAZÉNS Suas principais funções são: FUNÇÕES DOS ARMAZÉNS Suas principais funções são: INSTALAÇÕES Para possibilitar a guarda de mercadoria e o controle do estoque, existe a necessidade de se ter áreas cobertas ou não para esta finalidade. As áreas cobertas visam proteger cargas que não podem ficar armazenadas ao tempo. Ex.: Soja, farelo de soja, fertilizantes, bobinas de aço a frio. As áreas não cobertas são utilizadas por cargas que podem ficar armazenadas no tempo. Ex.: minério de ferro, granito, pelotas, contêiner. INSTALAÇÕES As áreas cobertas visam proteger cargas que não podem ficar armazenadas ao tempo, como por exemplo: soja, farelo de soja, fertilizantes, bobinas de aço a frio, entre outros. As áreas cobertas são divididas em dois tipos: • Galpão; • Armazém; INSTALAÇÕES Cobertas Galpão: INSTALAÇÕES Cobertas Armazém: INSTALAÇÕES ÁREAS NÃO COBERTAS As áreas não cobertas têm o custo bem menor que os de áreas cobertas. ESTRUTURAÇÃO DOS TERMINAIS Os terminais podem ser estruturados nos seguintes interfaces: • Interfaces externas – Portarias para as avenidas, cercas; • Interfaces internas – Operações de transferência entre modos de transporte, carga/descarga. ESTRUTURAÇÃO DOS TERMINAIS As portarias representam o limite entre a área externa. As portarias têm por função controlar a entrada e a saída de cargas e pessoas que adentram os pátios e terminais e controlar. É uma das áreas mais importantes dos terminais e pátios, pois permite um controle rígido da entrada e saída de cargas. ESTRUTURAÇÃO DOS TERMINAIS Para as interfaces devem existir os seguintes itens: • Área de apoio operacional – Abastecimento, manutenção, reparação e estacionamento; • Área de apoio administrativo, profissional e social – Gerência, tesouraria, banheiros, refeitórios; • Área de vedação, controle e segurança - cercas, portarias, ambulatórios, bombeiros, etc.; • Sistemas viários internos – Vias internas do terminal; • Conexões com serviços de utilidade pública – Energia, telecomunicações, água potável e industrial, esgotos, etc.; • Sistemas de proteção ambiental interna e externa – Dispositivos antirruídos, deposição de poeiras, retenção e/ou filtragem de poluentes; • Área de paisagismo – Integrar o terminal ao ambiente urbano ou rural exterior sem choques visuais. ESTRUTURAÇÃO DOS TERMINAIS Em todos os terminais, cobertos e descobertos, para qualquer tipo de carga, devem ser construídas as seguintes facilidades além da própria área de armazenagem: • Área externa de acesso; • Pátio para estacionamento e manobras; • Portarias; • Balanças; • Áreas de carregamento / descarga; • Área interna de circulação; • Área de armazenagem de produtos especiais; • Áreas auxiliares (escritórios, refeitórios, sanitários, salas de espera, almoxarifado, outras). MODAL AQUAVIÁRIO O modal aquaviario é dividido em: • Modal marítimo; • Modal fluvial; MODAL MARÍTIMO O modal marítimo é realizado por meio de navios ou barcaças oceânicas que navegam nos mares e oceanos, não necessitando de construções para que essa via seja criada e usada. MODAL MARÍTIMO Navio graneleiro entrando para o Porto de Tubarão para carregamento de minério MODAL MARÍTIMO Detalhe do acoplamento do empurrador com a barcaça MODAL MARÍTIMO Barcaça transoceânica para transporte de fardos de celulose MODAL MARÍTIMO Barcaça Oceânica – Transporte de bobinas – Arcellor Mittal Tubarão MODAL FLUVIAL O modo fluvial é aquele que se realiza em rios. O transporte pode ser feito por navio, mas é mais usual ser feito por meio de comboios de barcaça empurrados por um empurrador. MODAL FLUVIAL Empurrador empurrando comboio de barcaças de carga a granel MODAL FLUVIAL Operação no Rio Madeira: Balsa com capacidade de 80 semi- reboques. Faz o trajeto de Manaus a Belém em 80 horas. VISÃO GERAL DO MODAL MARÍTIMO Atualmente no Brasil, na análise de peso e volume, passa pelo modal marítimo aproximadamente 96% das exportações e importações. O Brasil possui um litoral é de 9.198 km e que possui uma “estrada marítima” enorme que pode e deve ser explorada. Atualmente é modestamente utilizada em relação principalmente ao rodoviário e, também, ao ferroviário. VISÃO GERAL DO MODAL MARÍTIMO Um navio é Juridicamente considerado um bem imóvel e, portanto, deve ser registrado, como uma escritura de imóvel, em um país. VISÃO GERAL DO MODAL MARÍTIMO A bandeira de um navio representa o país no qual ele foi registrado. Bandeira de Malta área da popa do navio Celebrity Silhouette. MODAL MARÍTIMO Existem dois tipos de transporte marítimo: • Cabotagem: É o transporte realizado entre portos deum mesmo país. Só pode ser realizado por navios que tenham a bandeira brasileira. • Longo Curso: É o transporte entre portos de diferentes países. Ele pode ser realizado por todos os navios. PORTOS Os portos podem ser vistos como o grande elo logístico entre os modais terrestres e os modais aquaviários. São de fundamental importância para toda a cadeia logística. Um porto como qualquer lugar que tenha dimensões mínimas para receber navios de maneira segura e que seja protegido de situações severas, tais como: ventos muito fortes, correntes muito fortes, ondas muito altas, congelamento, marés que oscilam muito entre a mínima e a máxima, dentre outras. PORTOS Para que as cargas possam ser carregadas e descarregadas, faz-se necessário a criação de portos que permitirão que o navio fique amarrado em terra e permita que estas operações se realizem. Os portos nada mais são que terminais intermodais com pequeno interesse em armazenagem de carga e com muito interesse em fazer girar a carga em seus armazéns e pátios. Isso se deve ao fato que a maior receita dos portos, como era de se esperar, é a movimentação de carga de carregamento e descarregar os navios. PORTOS O porto deve ser provido de equipamentos que permitam o carregamento e descarregamento do navio de maneira rápida, eficiente e segura. Deve possuir áreas e terminais que permitam a estocagem das cargas a serem carregadas no navio e das cargas descarregadas do navio. Deve possuir facilidades para recebimento e escoamento da carga dos usuários do porto. PORTOS Em geral, os portos têm as seguintes funções: • Comercial; • Elo vital entre o modal marítimo e terrestre; • Local seguro de atracação de navios; • Fonte de desenvolvimento regional. PORTOS Vista aérea do Terminal de Portocel – Fíbria em Barra do Riacho – Aracruz – ES PORTOS Vista aérea do complexo portuário de Tubarão HINTERLÂNDIA Hinterlêndia: área de influência dos Portos do ES -> Sistema ferroviário FCA e EFVM.
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