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Atuação do Pesquisador em Psicologia

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Sorocaba
2013/1
Psicologia em seus contextos
Entrevistas com profissionais de três áreas apresentadas à Universidade Paulista como requisito à obtenção de nota parcial na disciplina Psicologia: Ciência e Profissão.
Orientadora: Professora Ana Sayuri
Aline da Silva RA: B6653B-6
Amanda Mariano Rozas RA: B584JJ-9
André Fogaça RA: B5821J-4
Letycia Lara RA: B72JBJ-6
Taynara Moreira Bernardes RA: 7360B-3
Entrevista do Contexto de Pesquisa
Entrevistadora- Boa tarde (risos) meu nome é Taynara, estudante de Psicologia do primeiro semestre da Unip é...e a gente veio fazer uma pesquisa com você ,uma entrevista sobre a sua área de atuação como profissional pesquisador , é... Descreva suas atividades quando esta fazendo uma pesquisa, e... Quando não há uma pesquisa em andamento.
Entrevistado- Ta é... Eu trabalho..., sou pesquisador no campo da psicologia social né, e meu campo de pesquisa hoje é a internet né e eu trabalho com mitologia que é de analise de discurso dentro da psicologia social, e basicamente quando eu to... Pesquisando né ou eu to fazendo um levantamento bibliográfico né buscando estudar o tema que me interessa ali dentro da proposta do meu grupo da linha de pesquisa dentro do projeto que eu construí no caso do meu mestrado, que é o momento mais ou menos de eu consegui caracterizar é o que é que já dissemos sobre aquilo que é estudado né eu vou buscar pesquisar revistas cientificas, livros publicações coisas de congressos que de alguma maneira se refira ao tema que estou estudando né então esse é uma, uma possibilidade e ai depois que eu consegui reunir essas informações eu vou ver quais são os campos que como que esses diferentes autores caracterizam essa, esse lugar né de saber a maneira que a gente vai tendo contato vai se invertendo uma serie de lacunas sobre é buracos espaços onde tem poucas publicações e ou temas talvez com poucos interesses ou as vezes um grupo muito pequeno de pessoas que falam sobre um tema e a partir dai que pelo menos eu procuro impermear um pouco meu trabalho né, então hoje o tema da minha pesquisa é sobre praticas discursivas na internet e o estudo no campo dos comentários né os debates contemporâneos __nas universidades publicas brasileiras e ai né o meu campo de pesquisa fundamental seria os comentários feitos a textos publicados na internet sobre esse tema né então basicamente minhas unidades de pesquisas são bibliográfico né coleta de dados pra pesquisa questão de elementos que sirva pra ilustrar o foco do meu trabalho e atividade de analise né e alem de estudar o tema eu tenho também feito bastante pesquisa sobre o tema da analise do discurso que é uma coisa teórica metodológica iii né a medida que eu vou produzindo esse material eu vou estudando junto e auxiliando construir o jeito que eu vou olhar pra quilo que eu coletei né, e ai como que eu vou estabelecer os padrões da análise desses dados desses discursos de dentro do campo da psicologia social né uma proposta que se insere dentro dessa leitura ou forma de investigar as Coisas e hoje minha pesquisa tá em andamento ainda e eu já fiz o meu processo de qualificação de mestrado agora para terminar até o final do ano, e eu preciso escrever ainda sobre dois capítulos da minha pesquisa que é sobre o campos e meios de comunicações uma grande geral assim trabalhar um pouco do conselho de espera publica digital né um espaço de debates né de trocas discursivas que a internet possibilitou e como que isso teve uma impacto sobre a subjetividade das pessoas né construção do trabalho sobre temas como esse de algumas __? E aí tem o capítulo de analise mesmo do material que é o que eu to agora me aprofundando né e ai terminando esses dois capítulos eu vou encerrar o mestrado e vou né ii a idéia de que eu possa fazer pelo menos um artigo cientifico desse meu trabalho para publicar e dar inicia ao processo de organização do doutorado que eu quero começar a fazer o mais rápido possível, e como e gosto muito de pesquisa quando eu não to fazendo pesquisa eu to é. Também estudando, lendo né porque eu acho que isso foi uma coisa que se incorporou na minha forma de pensar minha profissão meu lugar não só como pesquisador, mas como professor também acho que a... Para ser professor e desempenhar as atividades as pesquisas são coisa que não da para parar de fazer não só em grades escalas como né um projeto de médio prazo, curto prazo como no mestrado de três anos mas em questão de pesquisas que eu faço que também sejam relacionados ao semestres que eu vou trabalhar os temas que tem nas disciplinas então de fato as pesquisas esta o tempo todo acontecendo a diferença é os diferentes projetos que eu me encaixo algumas dessas pesquisas são voltadas para as aulas porque minhas atividade profissional é dentro de uma universidade onde eu trabalho e hoje grande parte da minha pesquisa é voltada para o meu mestrado né então são dois campos em que eu faço pesquisas de maneira diferentes mas to sempre pesquisando de maneira que faz parte da minha pratica no dia de hoje.
Entrevistadora - Como você chegou a forma de atuação profissional que exerce atualmente?
Entrevistado- Tá. Bom hoje eu sou professor universitário, me formei em 2005 e comecei a dar aula em 2006, quando eu comecei o curso eu tinha interesse em trabalhar em clinica e eu fui amadurecendo dentro do curso eu fui conhecendo outras coisas fui conhecendo outros temas discutindo e eu fui tendo contatos com livros que eram publicações de trabalhos acadêmicos né, publicações de teses publicações de mestrados ai que eu comecei a... A me interessar mais pelo campo da pesquisa e também essa medida pela pratica docente né que hoje é uma das grandes formas de se formar carreira como pesquisador e como professor universitário e principalmente nas universidades públicas então a partir do terceiro anos mais ou menos eu comecei a me interessar porque eu comecei a conversar muito com meus professores sobre esses temas e logo depois que eu sai da universidade eu tive uma professora que foi minha supervisora no quinto ano que ela tava dando uma disciplina em 2006 que é uma disciplina que ela dividia com outra pessoa e essa pessoa e esse pessoa teve uma problema pessoal assim de urgência e teve que sair se desligar da universidade do curso e ela perguntou se eu queria entrar para dividir a disciplina com ela né e ai eu falei, nossa né com certeza eu me senti muito honrado com um convite assim e terminei esse semestre com ela né o semestre de 2006 né uma disciplina que era de testes que era uma matéria que a gente dividia que eu não entendia muita coisa sobre o assunto e ai em 2007 que eu comecei a trabalhar com as disciplinas que eu trabalho até agora que são HP, PCP, depois mais pra frente HPF é PDC, e ai que eu fui me aprofundando mesmo né no mundo acadêmico mas eu tava trabalhando nessa época em uma instituição e chegou né um determinado momento que eu tive que fazer uma escolha profissional ou eu continuava lá que eles estavam querendo incorporar mais o meu trabalho dentro da instituição queriam que eu assumisse a coordenação na área da psicologia lá e acabou aparecendo mais aula também na universidade né e chegou um momento que não tinha como sustentar as duas coisas e eu tive que escolher uma opção e eu fiz a opção pela academia, fiz a opção pela vida de educador de pesquisador porque estava muito mais próximo dos meus interesses que eu tava pensando em construir para minha vida dali pra frente como profissional né então começou assim e foi um percurso difícil por que minha formação não tinha Muita ênfase na pesquisa né então foi bem como um interesse individual um caminho que eu mesmo escolhi sozinho e sofri as conseqüências né, mas cheguei ai né, mas também com uma aliança e com a generosidade das pessoas né, e foi uma coisa que eu descobri ao longo do meu percurso né não foi aquilo que me motivou a ir para uma universidade.
Entrevistadora- Em sua opinião você tem condições necessária para a realização do seu trabalho? Recebe financiamento
para fazer suas pesquisas? Se sim poderia explicar como funciona o funcionamento de pesquisas.
Entrevistado– Sou bom, como eu... Eu vou falar bem do meu universo de pesquisa mais ele. Isso é um campo muito diverso as condições para se realizar o trabalho de pesquisador ela se variam muito e dependendo da área do tema o tipo de linha a que ciência esta vinculado e a minha como eu trabalho com um... Um... Campo né que é... o campo da internet então literalmente as condições de trabalho que eu preciso é um computador e uma conexão para que eu possa fazer de uma lado as pesquisas teórica e os periódicos né que são disponíveis na internet, quando eu estou lá onde eu faço mestrado eles tem uma abertura par uma conexão interna com uma serie de base de dados é... Nacionais e internacionais então da pra ter acesso a muita coisa a muita pesquisa nos campos e em muitas áreas diferentes né e o campo específico do meu trabalho e a minha pesquisa de campo também é através da internet eu não tenho a necessidade de me deslocar para lugares né ou passar tempo com pessoas ou entrevista por aparados tecnológico de gravação e tal né, e eu trabalho com uma campo que é né a inscrição da maneira que eu vou estudar subjetiva ela já esta colocada no campo na unidade de suporte que ela tem já é a internet então eu vou coletar da internet o modo como ela esta lá e ai vou analisar , então nesse sentido as unidades de sentido são essas as condições do meu trabalho seriam essas assim, é uma profissão que eu posso fazer o tempo todo desde que haja essa possibilidade.
Sobre a questão do financiamento, não! Não recebo financiamento né por que tem algumas restrições né e isso esta sendo atualizado recentemente agora, mas, dentro dessa questão legislação porque a minha pesquisa acabou tomando muito o meu tempo e eu acabei não correndo atrás disso, mas tem uma serie de limites em relação à possibilidade de vinculo imprecativo pra você receber bolsa né i... Então a minha opção foi de não abrir mão imprecativo, mas continuar a... Fazer pesquisa sem bolsa com isso eu demorei um pouco mais, to demorando um pouco mais normalmente quem faz lá na USP pelo menos quem tem bolsa tem que fazer o mestrado em dois anos e o meu já estourei esse prazo já vai para dois anos e meio, então tem essas restrições lá na USP né um programa na qual faço parte algumas bolsas são distribuídas por classificação e uma coisa são as bolsas que são ligadas ao programa e o CNPQIU oferece bolsa para o programa de psicologia social e um X de bolsas são distribuídas classificatoriamente para quem esta passando pelos processos seletivos, é... E existe bolsa, por exemplo, por exemplo, como o da Fatesp que são independentes da.... Desse processo seletivo, mas tem a ver mais como um processo de classificação do projeto mesmo né e ai são poucas a... Duas agencias diferentes que comentam a pesquisa né, eu até peguei aqui duas informações que eu achei interessante passar para vocês falando um pouco de tabelas anuais de valores acho que tem uma pergunta que vai falar disso, mais as agencias que vão falar disso nesse momento são a... Fatesp que faz a pesquisa do estado de são Paulo, a CAPS que é um conselho de aperfeiçoamento CPQ que é conselho nacional do desenvolvimento cientifico e tecnológicos a CAPS que é conselho de aperfeiçoamento pessoal de superior e... Então elas fornecem N tipos de diferentes de bolsa para pesquisadores né desde a iniciação cientifica né até pós doutorado né diversos níveis e diferentes níveis de participação de projetos e organização de visitas nas universidades né então tem N formas de financiamento de pesquisas e... Uma bolsa para que o pesquisador possa desenvolver o seu trabalho né, e... Alguns são dependentes de uma classificação de projetos dessas bolsas e cada um dos programas das universidades então isso varia lá na USP eu conheço pessoas que passaram por processo comigo que pegaram bolsa por processo de classificação da ACAPS né e ai são bolsas que duram dois anos né ai não pode terminar né além dois anos, tem de se encerrar né um processo de dois anos e... Tem algumas consequências pro modo que o produto dessa pesquisa vai ser né disponibilizado publicamente por que também é financiado por um conselho publico então tem ai uma serie de aspectos, e posso te indicar um livro pra você se você quiser ler depois.
Entrevistadora – Em suas atividades trabalha com outros profissionais? Se sim quais?
Entrevistado- E... Então acho que a... A vida do pesquisador tem dois momentos né pelo menos no campo que eu trabalho, assim de um lado é... Quanto alunos de pós graduação e quanto mestrando né é... , é... O percurso é pouco solitário por que é... Os requisitos que a gente vai cumprir dentro do programa são bastante tem alguma disciplinas que são obrigatórias, disciplinas de metodológicas, por exemplo, e algumas outras do próprio programa e há um espaço bastante amplo também para se escolher as optativas né e essas disciplinas não se faz de acordo com aquilo que você ou que vai ter de acordo com seu projeto com interesses voltados para a questão mais ampla da pesquisa né i... Nesse regime, por exemplo, cada disciplina que eu fazia eu tinha que estar com grupos muito diferentes então eu tinha uma disciplina na sociologia uma ham. Varias disciplina na psicologia social do trabalho, disciplina do programa de psicologia clinica, disciplina da psicologia da aprendizagem, to fazendo uma disciplina agora na escola de educação de artes né então todos esses são grupos muito diferentes muito inteligentes profissionais de diferentes áreas né, hoje essa disciplina que eu faço na escola de educação e artes tem deis de técnicos di... É... Que trabalha com a psicologia da informação até bibliotecário pessoas assim de áreas bem diferentes referente às disciplinas que estou fazendo então isso é uma parte de ares extensível é uma troca muito interessante né mais nos campos das disciplinas que é muito legal e que eu considero e que faz parte né da formação do pesquisador né, mais a outra parte que é bem assim u... A... Produção né do processo é uma parte bastante solitária né tem que escrever a leitura e isso não tem como dividir muito você tem que produzir mesmo né e esse produção é muito solitária né, ai depois tem a parte da experiência do mundo de pesquisa que faz a psicologia intercultural que é o que eu estou trabalhando lá dentro do programa de psicologia social do trabalho da USP são pessoas que fazem pesquisa temáticas semelhantes a minha é... Ali a gente troca mais nesses contextos são psicólogos trabalhando diversos temas em então varia um pouco do ramo das atividades que eu estou desempenhando mais em quanto pesquisador acho que esses momentos variam e trabalham um pouco também com pesquisadores e outras pessoas outros profissionais mais sozinho assim também que é bastante presente também e ai que a gente vai sistematizando e digerindo o resultado desse campo de profissionais é bem legal nesse sentido.
Entrevistadora- Como se processa a comunicação dos resultados das pesquisas entre os psicólogos? E no seu caso você participa de congressos e simpósios já relatou suas pesquisas em algumas revistas ou artigos?
Entrevistado- É... A questão da comunicação dos pesquisadores dos resultados de pesquisas geralmente são através de revistas, publicações e artigos né mais lá na USP, por exemplo, é... Além dessa questão da exigência né da de um impasse para um segundo nível de trabalho de pesquisas que seria no nível de doutorado tem que ter a publicação de um texto de um artigo então tem que ter algum produto seu que esteja circulando na comunidade acadêmica né e esse processo de circulação hoje foi muito facilitado pela questão de internet pela possibilidade de as... As... revistas estarem todas elas online né, então isso é uma exigência e então... É acho que uma serie de revistas de psicologia explica assim o trabalho de psicólogos e assim as universidades tem suas próprias revistas né tem trabalhos de psicólogos que são publicados em revistas de
outras áreas então tem uma circulação que não se restringe só ou psicólogos que acho que isso é uma coisa bem legal meu trabalho, por exemplo, eu to... Uma das coisas de produtos que eu produzo nesse momento é capitulo de um livro que eu estou escrevendo com uma amiga minha sobre a temática é... A gente vai publicar o capitulo que a UFSCAR esta fazendo sobre a questão do preconceito racial nas escolas né a questão... É raça mesmo né relações raciais dentro das escolas e ai o meu trabalho como tem a ver com analise de um campo trabalho de experiências de... Interações em que o foco da minha leitura é a construção dessas diferenças a partir de um recorte racial a gente ta trabalhando um livro pra discutir essa questão de identidade que é para contribuir para a formação de um material didático para a é embasar as aulas para alguns professores ou para a formação de professores para conseguir discutir temas além da (?) 139 que é a lei que operou para analisar aspecto como preconceito e discriminação e diluir algumas dificuldades do tratamento desses temas né através de uma pesquisa direta de entrevista então eu vou sugerir né a ideia de analisar comentários, as noticias como um campo que a gente pode explorar um pouco a construção dessas dispersões do preconceito e uma série de outras coisas com uma liberdade maior da influência do pesquisador sobre o discurso do pesquisado né. Então esses eu já apresentei alguns outros trabalhos em encontros menores né eu trabalho na ABRAPEC, associação brasileira de psicologia escolar educacional, quando eu tava discutindo um projeto de lei dos assédios sociais dos psicólogos na escola é. Falando um pouco da importância da inserção critica do profissional pra que não haja... Discurso médico pelo psicólogo dentro da escola e retomando a ideia de quanto que... O campo da seguridade social e quanto mais a proximidade com a assistência social e com a medicina seria importante...mais critica do psicólogo na escola eu já apresentei um trabalho também numa mesa redonda sobre a situação dos pacientes documentados dentro dos hospitais psiquiátricos aqui da região de Sorocaba apresentei já faz alguns anos então eu ainda tenho pouca produção nesse sentido né mas já fiz material didático para disciplinas de antropologia social de psicologia social, alias de antropologia social e de introdução a antropologia a ciências humanas de uma maneira geral que era pra cursos a distancia então as minhas produções foram mais ou menos nesse campo e hoje eu to mais investido no meu trabalho né então os projetos que são mais valorosos pra mim agora são um artigo sobre o mês mestrado e esse capitulo que eu to escrevendo.da minha amiga.
Entrevistadora: Você se considera satisfeito com o seu trabalho atualmente? Poderia explicar os motivos disso?
Entrevistado: Quanto ao trabalho me considero satisfeito porque eu posso dizer que eu to fazendo o que eu quero fazer, dentro da área que eu queria de uma profissão com o qual eu me identifico, para qual eu me dedico, me sinto bem quando estou me dedicando a isso não sei porque estou investindo um tempo que eu gostaria de estar investindo em outra coisa né pra fazer e isso não tem ligação com a questão da remuneração até porque é..embora eu seja professor e não ganha tão bem a questão própria é ainda não ter estipulação faz com que o valor do meu salário seja o valor mais baixo do valor das horas aula que pode ser pago ao professor então pra mim isso não exigiria ai embora isso faça a diferença num acesso a outras coisas né. Mas o critério de satisfação pra mim ta na possibilidade daquilo que eu sinto num outro nível da experiência existencial no crescimento na relação com as pessoas que eu conheço, na possibilidade de discutir o que eu to fazendo, de aprender com as pessoas, acho que o campo da pesquisa é um campo muito mais vivo assim do que os outros que eu experimentei dos quais eu trabalho na psicologia porque quem ta trabalhando num consultório muitas vezes, nas instituições e nos outros lugares ta muito mais se apropriando de alguma coisa que teve que ser produzida por alguém e esse alguém é o pesquisador. Então a minha opção foi me aproximar muito mais desse campo muito mais produtivo mesmo da pesquisa interrogativo, critico que problematiza que investiga do que só o campo não aplicado como é o campo da atividade profissional né e não sei acho que... Isso foi uma característica minha que acho que a pesquisa caiu muito bem com pratica de ser pesquisador e trabalhar nessa área, tenho resultados bons as pessoas tem elogiado meu trabalho então tem o reconhecimento nesse sentido. Então todas essas coisas compõem pra mim a experiência de satisfação e fazer ter uma relação aprofundada e bastante acomodada na minha vida assim com o que eu quero fazer na minha perspectiva de futuro sendo pesquisador a minha satisfação seria isso integrar isso de tal maneira na minha vida que eu vejo como uma opção dada no que eu quero seguir e hoje o meu projeto vou fazer mestrado, vou fazer doutorado está em função de aprofundar cada vez mais esta minha atividade e ampliar as possibilidades de inserção como pesquisador. Tem lugares que, por exemplo, pra concursos de universidades publicas geralmente eixo rio são Paulo um pouco também da região do sul o nível mínimo pra se conseguir fazer uma vaga numa universidade publica é doutorado né então eu ainda to construindo os requisitos necessários pra que eu possa chegar ao nível aonde eu quero estar, enquanto profissional, enquanto pesquisador, enquanto pessoa, mas eu sem duvida to muito satisfeito.
Entrevistadora: Como se caracterizam os sujeitos da sua pesquisa? Se os sujeitos forem humanos, poderia caracterizá-los em relação à faixa etária, sexo, classe social... E profissão?
Entrevistado: É eu não trabalho. Minha pesquisa não é com seres humanos né o objeto da minha investigação é o discurso então não seria possível caracterizar o sujeito da minha pesquisa nesse sentido, né até porque a perspectiva que a analise do discurso coloca tem uma critica a ideia de autoria né o sujeito como sendo o autor, o criador de uma determinada cor de um determinado discurso exatamente porque nos estamos submetidos a um monte de ideias de enfim, de discursos mesmo que vão oferecendo pra gente alguns elementos a partir do quais a gente constrói as nossas posições individuas então nesse sentido importa um pouco pra mim quem esta falando mas muito mais o que diz, o que construiu, de que maneira isso posiciona a pessoa que falou frente as questões, politicamente, eticamente , o ponto de vista das relações de poder dentro do tema que eu estudo então não há sujeitos que eu possa caracterizar até porque o acesso aquilo que eu tenho deles enquanto manifestação que vai ser estudado por mim é uma coisa que ta inscrita num nível que não pede qualquer tipo de identificação necessária né, os comentários da internet mesmo tem desde pessoas que colocam apelidos os mais curiosos né, pessoas que entram como anônimas e pessoas que colocam o próprio nome . Então isso é um tema que embora não discuta mais aprofundadamente na minha pesquisa é acho que um pouco do máximo que é possível ter em relação aos sujeitos mesmo de fato porque o objeto da minha investigação é o discurso, são as praticas discursivas não os sujeitos quanto pessoas né, então não haveria essa classificação, mas eu posso definir bem por cima assim, eu posso dizer que o sujeito da minha pesquisa são as pessoas que tem acesso a internet, sujeitos que podem ter condições materiais, econômicas, culturais de participar de debates como esse, de acesso mesmo a computadores, possibilidade de dialogar e ter algum nível de relação de proximidade com esse campo e o modo como ele articula as experiências de interação social, de alguma contribuição para construção de debates sobre os temas né, isso se da na internet, a internet tem um potencial democratizador muito grande, mas ela ainda tem um acesso restrito né, então eu posso dizer que o sujeito da minha pesquisa sejam pessoas que tenham essa
capacidade, estarão incluídos dentro daqueles que tenham acesso a internet, seria basicamente a classe média.
Entrevistadora: Em sua opinião qual a imagem que os estudantes de psicologia e de outros psicólogos tem do pesquisador?
Entrevistado: Essas perguntas do imaginário que são legais assim, eu... Eu acho que as pessoas tem uma imagem do pesquisador como alguém que já nasceu com alguma coisa que o diferencia do resto assim, aquela pessoa que fica dentro do laboratório, ou uma pessoa que é., aquela pessoa de óculos, aquela pessoa que tem muitos problemas na vida social mas é super inteligente, fica um monte de estereótipos assim, mas acho que essa imagem é um pouco problemática, ela é muito fantasiosa né, porque não faz com que as pessoas não reconheçam que até para que haja possibilidade uma oferta de serviço bem dentro do nosso campo mesmo da psicologia né, que haja possibilidade da gente desenvolver áreas novas, formas novas de trabalhar, recursos novos de trabalhos pra enfrentar novos desafios tudo isso depende de pesquisas anteriores e grande parte a maioria dos profissionais eles se apropriam de produtos culturais ou científicos que foram construídos através de pesquisas né, e as vezes não acompanha muito esse processo, não tem muita noção de como se desenvolve isso, o pesquisador se forma durante a atividade né, eu não acredito muito, não sou partidário dessa ideia de que a gente nasce com alguma coisa determinada neste nível mas acho que é uma construção árdua né, acho que a ideia da critica dessa coisa mais teoricamente densa que o pesquisador tem é um reflexo do campo que ele se insere, você vai começar a ler muito,vai estudar mais, vai discutir muito mais o objetivo do estudo não é o quanto você se apropriar, você saber fazer mas é você se apropriar pra poder discutir com outras pessoas e também discutir essas questões né, e as vezes reconhecer os limites de determinada pratica né, encontrar formas de adequá-la a outros tipos de contexto e as vezes você vai discutir fundamentos teóricos de alguma pratica então você tem um campo de inserção que vai marcando a gente enquanto profissional, enquanto pesquisador e enquanto ser humano é uma perspectiva de vida que se aproxima muito do que a gente começa a fazer não só como profissional, pelo menos eu Gosto muito de filosofia e tento trazer muito isso pro campo da minha pratica como professor e como pesquisador né, e pra mim é muito difícil dissociar as reflexões sobre o ser humano que às vezes a gente acaba fazendo na discussão sobre relações de poder, por exemplo, que é um dos temas do meu trabalho a questão da identidade como ela se constrói só com isso como sendo o resultado do meu campo de trabalho, do que eu to escrevendo pra ter meu titulo de mestrado isso não tem nada a ver com a minha vida, quando eu sair de lá eu vou fazer outra coisa, eu pelo menos não sinto isso, não vivo isso dessa forma eu acho que essa questão faz muita parte da nossa vida e isso se integra de uma maneira muito profunda no nosso olhar né, e eu acho que isso as pessoas tem muito pouca noção que é assim né, acha que a gente já nasce com alguma coisa que diferenciaria que o cara vai fazer pesquisa porque ele já é inteligente percebe, não porque alguma coisa ali que é uma atividade que pode levar a construção critica e com limites também em relação a isso sobre algum tema como resultado de um progresso, de um desenvolvimento do sujeito não necessariamente a concretização de um dom que ele tenha, mas eu acho que tem outras imagens da profissão que são muito carregadas disso, mas acho que cada pesquisador tem um pouco desse estereótipo de um cara que às vezes não se relaciona direito com as pessoas, mas tem uma cabeça brilhante e conversa muito com livros, escreve muito bem e tal. São as exceções nós acredito que confirmam esse estereótipo, a maioria das pessoas são mesmo interessadas, estão curiosas acho que a questão fundamental do pesquisador é a questão da curiosidade.
Entrevistadora: Como você vê a contribuição que o trabalho do pesquisador em psicologia tem dado para a sociedade?
Entrevistado: Bom, acho que isso é uma coisa que eu acabei falando antes né a gente só tem os instrumentos que a gente tem hoje nos campos da psicologia porque alguém produziu eles antes né, e esse processo de produção ele não é uma industrialização mas ele é uma pesquisa né, é um processo de criação que depende de estudo que as vezes de contato com outros instrumentos ou outras criações de outros países e formas de que a gente vai adequar isso no nosso campo então eu acredito que a contribuição do pesquisador ela é fundante, ela inaugura a possibilidade da psicologia se pensar como uma pratica profissional que não é necessariamente uma pratica pura e simplesmente produção de conhecimento né, quando você ta lá fazendo psicoterapia embora haja muitas questões e haja uma produção de conhecimento que passa da relação do psicólogo com o paciente ou do psicólogo com a instituição ou escola essa é uma relação de produção de conhecimento mas ela se da num nível muito informal ali próximo mesmo da forma concreta da experiência né, o pesquisador no campo mais geral como por exemplo o trabalho que eu desenvolvo na universidade ele se distancia um pouco desse campo mas ta criando formas de se desdobrar em teorias e conceitos ou formas novas de se pensar temas por exemplo no meu caso...da identidade da esfera das relações sociais né, então as contribuições são muito menos é..aquilo que os profissionais vão se valer no campo profissional para desenvolver suas atividades né, então é como se estivesse forjando os instrumentos criando aquilo a partir do que as pessoas vão poder desenvolver seu trabalho né, então acho que quanto mais a psicologia depende muito de que a gente amplie mais a área da pesquisa para que a gente não introduza uma pratica tão tradicional né, as pessoas não se seduzam só por aquilo que é clássico que já foi... Que já tem muita gente pensando coisas novas né, e esse acesso, esse dialogo ele é fundamental tanto para que as pessoas tenham acesso aos produtos como também desmistifiquem esse lugar da pesquisa, do pesquisador como sendo uma coisa dissociada da pratica né, que na teoria a pratica é outra a pesquisa vai fazer outro jogo com essa questão né, e que eu acho que é importante porque ela desafia muito assim o profissional e devia deveria desafiar também aqueles que longe da pesquisa estão ali se valendo dos produtos que ela gera pra orientar sua pratica.
Entrevistadora: No seu ponto de vista quais são os requisitos necessários para aprovação do pesquisador? Seu curso de formação na graduação atendeu a esses requisitos?
Entrevistado: É... Requisitos básicos pra formar um pesquisador eu acho que a universidade deve criar condições pra esse tipo de experiência né, que é não apenas exigir trabalhos de pesquisas né, como produções ou produtos que devem ser entregues como resultados de pesquisa, mas que leve a uma cultura de pesquisa né, com grupos, com possibilidades de publicação em apresentação de trabalhos não apenas pra sala, mas pro curso às vezes pra comunidade né, tem uma coisa mesmo das pessoas verem aquilo que elas estão produzindo pegar outra dimensão que não o comprimento burocrático de um aspecto da sua formação, acho que a possibilidade de dialogar com as pessoas dos grupos de outras áreas, de outro curso, através de intersecções temáticas né, estudar o mesmo tema que pode ser abordado pela enfermagem, pelo serviço social, pela psicologia e colocar as pessoas pra discutir e pra debater, eu acho que isso é uma das formas possíveis de incentivar e criar condições pro interesse de uma formação de pesquisa e do ponto de vista do sujeito eu acho que a curiosidade é o elemento fundamental, aquele desejo de ir atrás, de se interessar muito mais pela questão da pergunta do que pela necessidade das respostas, pelo caráter produtivo da pergunta do que pelo caráter limitador e resoluto que as respostas podem ter, a pesquisa é animada pela possibilidade das perguntas
e às vezes o modelo de formação que a gente pensa tradicional que o professor vai lá falar e os alunos tem que ficar quieto pra ouvir a gente ta na verdade valorizando o... As pessoas estão lá atrás das respostas corretas e não atrás de conseguir trabalhar e pensar e refletir e produzir a partir das perguntas que se geram. Então acho que uma formação que basta se interessar pelo campo da pesquisa deveria envolver cada vez mais o campo da pergunta, da programatização, do questionamento, do dialogo, da polemica, do conflito, da disputa de fato do que da transmissão meramente né, mas uma luta mais construtiva. No meu caso a minha formação não atendeu os requisitos porque eu vim de uma formação que tem uma perspectiva voltada para o mercado de trabalho e isso reflete no perfil do ingresso que é um ingresso que sai como um conhecimento generalista né, ou seja, aprende um pouquinho de um monte de coisa pra poder saber onde procurar aquilo que quer aprofundar a partir, inclusive da sua capacitação pra saber escolher as áreas e saber reconhecê-las né, onde pode se enquadrar de maneira mais satisfatória pra si, isso foi uma coisa que eu aprendi porque eu conhecia bastante coisa, mas tive muito pouca experiência com pesquisa, fui aprender mesmo a pesquisar muito sozinho né, tive contatos com outros colegas e outras pessoas que vinham de outras formações e estavam em diferentes níveis da carreira acadêmica, mas aprendi a pesquisar mesmo de fato como aluno de mestrado que fazendo a disciplina de metodologia de pesquisa que contemplava de uma maneira mais presente essa outra parte que é a comunicação, comunidade cientifica mais do que só a organização do trabalho em si como produto que eu vou ter que entregar pro professor pra preencher o requisito da disciplina e ganhar nota acho que isso foi uma alteração muito importante pra mim em relação à questão da pesquisa, porque na minha formação de graduação não foi possível cuidar e apresentar.
Entrevistadora - Há necessidade de formação posterior a graduação para que possa trabalhar como pesquisador? Como foi com você?
Entrevistado - É então, é... Na verdade a carreira acadêmica como professor, ela ta muito vinculada à carreira de pesquisador principalmente a quem vai dar aula em escolas publicas né. É pré requisito que além de .. De. De você... Por exemplo, para entrar numa universidade tem os títulos de mestrado e doutorado, que são títulos que você só tem através de realizações de pesquisas certo? O professor tem também uma exigência das universidades de contro-produtividade, ou seja, que ele esteja constantemente se atualizando produzindo coisas, participando de atividades de extensão comunitária, orientando pesquisas de outras pessoas né... Então eu acho que para a aquilo que eu almejo para minha vida que é ser professor de universidade publica é... É. ... É. ... A questão da pós graduação né, é a condição necessária né, você precisa ou não sem não da pra fazer, sem não da pra chegar aonde eu quero chegar. Então é uma coisa totalmente focalizada assim... Que pra mim é... Isso foi comigo com essa coisa de um interesse muito particular dentro de um lugar onde eu tenho muitas possibilidades de me engajar né, no desenvolvimento que pudesse acontecer durante a graduação. Então acabou sendo um desenvolvimento pra mim muito solitário muito auto-didatico, fui estudar sozinho mesmo, em questões de pesquisa, estudar produtos né, resultados de tese de mestrado doutorado, e, ai comecei, fui fazendo (?) em outras universidades, que tinham a ver com a questão da pesquisa, então comecei mesmo a aprender a me inserir neste campo depois da graduação apenas. Buscando assim outras formas de (?) no caminho em que eu estava direcionado pela minha formação da graduação. E eu acho que isso foi uma mudança bem drástica assim neste sentido porque não é tradicional pelo menos eu não vejo muitas das pessoas dos meus amigos, pessoas com quem eu me formei e pessoas que eu conheci que saíram de lá e que foram para um grupo acadêmico né, são muito poucas porque eu acho que essa não é a tendência mesmo tem a ver mais com objetivos individuais. E as minhas foram, fui encontrando as pessoas, fazendo contato. Tive acesso com outras universidades, e partir disso fui me inserindo neste campo né. Até que eu consegui, eu prestei um concurso de processos seletivos, tentei mestrado na sociologia na Unicamp, dei entrada na faculdade de Educação na Unicamp. E ai em 2010 eu passei no mestrado de psicologia social na USP e ai fui fazendo lá, até agora, to pra terminar já até o finalzinho deste ano.
Entrevistadora- Em sua opinião pode se falar em mercado de trabalho para os psicólogos pesquisadores, além das escolas, as instituições que empregam pesquisadores.
Entrevistado - É então, acho que é difícil, no sentido tradicional eu acho que não é possível no mercado de trabalho né, porque eu acredito que há instituições que empregam os pesquisadores, mas é a gente tem muitas outras modalidades, em que a gente vê que é muito mais comum a gente vê que instituições financiando projetos de pesquisas ou contribuindo para determinados tipos de projetos de pesquisas, do que contratando pesquisadores né. Eu acho que a pesquisa é uma área que exatamente pelo seu movimento pelo seu modo de desenvolver que ela dependendo do campo que a gente se encerra ela se beneficiaria pouco de um profissional que é ligado, por exemplo, a uma única instituição durante muitos anos né. Eu acho que isso permite um aprofundamento muito grande mais expande pouco outros tipos de campo né, Então o que eu vejo, que é muito mais comum é que as pessoas terem seus projetos financiados durante espaço de tempo especifico né. Então, por exemplo, mestrado dura dois anos, então é possível durante dois anos vocês receber uma bolsa de algumas das agencias de convento, doutorado geralmente são de três anos quatro anos, então também tem uma bolsa que você recebe durante o período do doutorado. Tem os pós doutorado que também são possibilidades boas, então são títulos ai, níveis de pesquisador, que você ir atingindo e que você vai receber, é, possível conseguir bolsa ou formas de financiamento dentro dessas pesquisas que duram um certo tempo e elas podem vim de agencias muito diferentes de instituições muito diferentes né. Tem projetos, por exemplo, de pesquisa que tem financiamento combinado pela caps, por exemplo, pela agencia forte né. Então você tem lá o dinheiro da fundação forte, que é voltado pela pesquisa sobre violência, por exemplo, então eles aplicam esse dinheiro numa investigação que está sendo feita lá pela USP com sei lá, turismo no Vale do Ribeira, por exemplo, que tem a questão da violência, do abuso sexual prostituição infantil, então você precisa de dinheiro pra fazer a pesquisa, tem uma parte financiado pela caps, na fapefs e outra que vem na agencia forte. Você tendo este dinheiro você distribui e para pagar pesquisadores, pagar viagem, pagar hospedagem, pagar transporte, pagar material que você vai precisar no centro e outras coisas né. Mas, que um emprego eu acho né, acho que essa ideia de mercado de trabalho como um emprego do pesquisador é... Não parece muito adequado, acho que agente tem possibilidade sim de fazer isso, mais tem determinadas áreas que tem mais financiamento, mais dinheiro sendo injetado em uma determinada tipos de pesquisa do que em outros. Então todas essas questões configuram um campo de possibilidades, que não sei se daria pra ser entendido como mercado de trabalho no sentido tradicional né, mais há sim possibilidades de inserção em grupo assim, em instituições, institutos de pesquisas né, que algumas vezes são muito mais organizadas em função de projeto. Então eles financiam não um pesquisador necessariamente mais o projeto né, que tem um tempo especifico de duração que às vezes são mais de um ano, dois anos, três anos mais são delimitados né, não são coisas assim longas como uma inscrição que você vai assinar uma carteira de trabalho e tem uma posição de ser mandado embora né, é outro tipo de funcionamento
do próprio tipo de produto que agente faz né, a pesquisa ela precisa, até porque ela se atualiza ela precisa terminar ter um conceito ser julgada na comunidade debatida, criticada, repensada, com muito requisitos pra que ela possa se desenvolver isso também com o pesquisador.
Entrevistadora - Em sua opinião que providencias deveriam tomar os alunos da graduação que estiverem interessados em trabalhar com pesquisas quando formado? Você faria alguma previsão de como será o mercado futuro para esses alunos?
Entrevistado - Olha eu acho que eu campo da pesquisa é um campo que exige pelo menos né, que a gente saiba formular o teclado pra nós qual é aquilo, da nossa inquietação né, aquilo nos interroga, aquilo que nos inquieta que incomoda né, porque acho que essa é uma dos primeiros requisitos, eu acho que as pessoas deveriam para reconhecer em si né, pra isso é uma pesquisa, Eu acho que o outro é, acho que ter uma das habilidades concretas né hoje com a questão da internet precisa saber mexer na internet, precisa saber pesquisar, conhecer base de dados, ter uma segunda língua, como o inglês, por exemplo, né, acho que são requisitos assim bem básicos pra que você possa ter condições de expandir de aplicar à curiosidade a investigação sobre aquele tempo né. Pra que não fique uma pesquisa restrita meramente ao campo da opinião que não seja uma pesquisa que de fato impondo uma reflexão, é... Que seja de fato uma contribuição para comunidade né, pra que agente possa saber como contribuir, agente precisa saber o que as pessoas já fizeram né. Então isso também é um dos primeiros passos saber que o tema de interesse que você tem é esse a primeira coisa é o que já foi dito sobre isso, eu preciso saber o que as pessoas já falarão porque não da pra gente ter a pretensão de achar que nós estamos inventando a moda né, agente precisa ter, procurar saber até, pra que agente saiba construir alguma coisa nova agente precisa investigar pra ver se alguém já fez né, então até pra você saber olha esse campo aqui não tem nada produzido, então aqui é uma coisa que eu posso contribuir esse tempo que especificamente é uma linha de pesquisa que tem pouca gente falando ou não tem ninguém falando então eu posso acrescentar um projeto e dar uma contribuição na comunidade cientifica e investigando alguma coisa nessa linha, só que isso só vem a partir do momento que eu reconheço que aquilo que já foi produzido né, então esse interesse essa capacidade de manejar os dados, ir atrás, interesse mesmo pela procuração de livros né, ter vontade de ler, ter essa coisa da curiosidade da leitura, o habito da leitura né, acho que são coisas que diferenciam o pesquisador, e que são requisitos básicos né, porque grande parte das informações que agente vai... Ter contato elas dependem de uma leitura, de uma analise e uma critica até pra que você possa selecionar o que serve o que não serve né, então tem alguns requisitos nesse sentido. Ih, eu acho que a, o mercado nessa possibilidade futuro. Eu, agente esta tendo alguns programas agora atuais que eu estou investindo bastante em pesquisas... Como uma universidade sem fronteiras que é um programa recente de bolsas de pesquisas internacional né... Então eu acho que a pesquisa é um pouco das coisas que faz movimentar a sociedade né, produção de conhecimento novo, tecnologias novas, seja elas tecnologias concretas, industriais digitais, virtuais mais também tecnologias de gestão tecnologias de maneiras de situações de crise de risco né e de maneiras de recursos humanos né, então tudo isso são coisas que dependem de pesquisas, porque as condições sociais vão se alterando de alguma maneira a tecnologia de comunicação elas estão meia que mexendo muito do modo de como as coisas podem se organizadas e nesse sentido acho que se abre um campo muito amplo de pesquisa em relação do homem com a tecnologia para a psicologia no campo da investigação, do impacto que esses... Dispositivos tem sobre a nossa objetividade sobre as relações que agente tem a.. O acesso e o que esse acesso transforma essa forma de ver o mundo com a forma de trabalhar e se relacionar acho que são campos muitos baixos de pesquisa, mais eu acho que agente pensando por outro lado agente tem uma educação que forma muito pouco para as perguntas né, agente tem um processo educativo que faz com que as pessoas se preocupem muito mais com as respostas mesmo certo, corretas, o que elas precisa saber pra colocar na prova, aonde que vai ta aquilo que você precisa escrever pra tirar nota e essa é uma formação contraria a criação de um espírito de pesquisa né, eu acho que neste sentido você ta na contra mão, então acho que a possibilidade de investigação e de campos né de partes a levar a carreira acadêmica assim ela é aberta é vasta, não é simples né porque temos muitas instituições e nas áreas de humanas tem muito menos dinheiro sendo investido do que nas áreas tecnológicas, mais é... Eu acho. Que a.. Há um aspecto fora a educação superior ao campo da pesquisa que trabalham contra a possibilidade de uma obrigação maior de um numero de pesquisadores, de um numero de desenvolvimento de uma psicologia mais critica em relação a isso né, acho que. A.. A gente depende do ciclo do desenvolvimento da psicologia no se desrespeita a pesquisa, depende de mudanças nos aspectos de educações mais básicas de determinadas experiências formativas que (?) esse lugar, primeiro na autonomia intelectual né, na autonomia do pensamento da possibilidade de você conseguir defender, argumentar suas posições e saber formular as perguntas né, saber ter clareza sobre o que você quer saber, onde você pode ir buscar construir que o professor saiba orientar e criar condições para que o aluno de alguma maneira se aproprie desses recursos dessas possibilidades desses instrumentos, acho que são coisas que estariam no campo anterior que seriam fundamentais para que agente tivesse o aumento maior Da... Pressão por aumentos de vagas das universidades da pesquisas, por aumento de bolsas, aumento números de bolsas, valor das bolsas né, hoje dificilmente uma pessoa consegue viver apenas com o valor das bolsas né, a não ser que seja mesmo uma classe bastante elitizada que se beneficia das universidades publicas do dinheiro publico que a gente ta com pesquisa né, então isso faz com que circule muito pouco e acaba reproduzindo o processo de desigualdade muito grande né, então quanto mais educação básica for ruim, eu acredito que menos agente vai ter pessoas que possam usufruir deste... Dessas formas de investimento da sociedade dos seus próprios produtos né, que estão voltados na maioria deles como estão, para processos de transformação, eu acho que nesse sentido a nossa educação básica peca por que cria poucas condições para que as pessoas reconheçam o campo do estudo, da vida acadêmica, da pesquisa como uma forma de transformação social de... Mudanças de condições né, não só mediatas próprias mais também de fazer alguma coisa sobre as questões que mobilizam o nosso tempo né... Eu acho que a pesquisa esta muito ai né, trabalhando com as perguntas do nosso tempo, então acho que isso é pensar com como podemos organizar o processo de educação voltado pra que as pessoas se interessem e reflitam sobre as questões de seu tempo, acho que isso são requisitos importantes nesse sentido.
Entrevistadora - Em termos de remuneração como são as condições do pesquisador? Você saberia citar valores médios de remuneração?
Entrevistado- Pra isso eu vou colar ta, eu fiz... Eu selecionei aqui, eu peguei três sites né de tabelas de valores aqui, quanto a FAPESP, uma da caps, e uma do CNPq ta. Da FAPESP uma instituição de amparo de pesquisa do estado de São Paulo, a caps é coordenação de aperfeiçoamento de pessoal de língua superior, e o CNPq é conceito nacional do desenvolvimento cientifico tecnológico. Então da FAPESP, a gente tem lá, bolsas regulares da FAPESP, por exemplo, iniciação cientifica I.C aquilo que você pode começar a fazer na graduação que é o primeiro elemento, a primeira possibilidade de inserção
na pesquisa de graduação as bolsas são de 557,00 reais, mestrado um e doutorado direto 1 1.636,80. Mestrado dois e doutorado direto 2 1.737,00. Doutorado um e doutorado direto 3 2.400,00. É, doutorado dois e doutorado direto 4 2.985,00 e pós-doutorado 5.900,00. Ai tem bolsas de estagio de pesquisas pro exterior, é. Iniciação cientifica tecnológica 1.100 dólares, mestrado 1.300 dólares por mês, doutorado e doutorado direto 1.600 dólares, pós-doutorado 2.800 dólares mais o valor equivalente a mensalidade da bolsa do país, isso é da FAPESP ta. É. A do CNPq agente tem aqui apoio técnico à pesquisa, que geralmente assim, por exemplo, você vai fazer uma pesquisa com entrevista com.. Sei lá... Com 300 pessoas não da pra você fazer isso sozinho então você precisa de um apoio técnico na pesquisa né, contratar a pessoa entrevistadora e tal. É... Você tem bolsas de 550,00 reais 400,00 reais ta, esse desenvolvimento cientifico tecnológico regional, bolsas de, dependendo do nível da categoria 6.200,00/ 5.200,00/ 4.200,00 bolsas de doutorado pelo CNPq 2.200,00 reais doutorado que é fazendo parte do doutorado do Brasil com parte de outro pais depois volta pra cá 2.200,00 reais, iniciação cientifica pelo CNPq 400,00 reais, mestrado pelo CNPq 1.500,00 reais, pesquisador visitante de uma universidade do exterior, 5.200,00 reais pós-doutorado sênior 4.400,00 reais, pós doutorado Junior 4.100,00 reais, pós doutorado secretarial 4.100,00 reais. Então, assim tem muitas bolsas diferentes né, que com valores associados pela produtividade ao tipo de atividade de instituição de ramo que essa pesquisa esta sendo desenvolvida né, então é um debate grande sobre em questão do aumento de relação dessas bolsas, com possibilidades de baixos, em que as pessoas dependam apenas delas, queira identificação exclusivas com a que eles exigem para que o governo possa financiar o seu trabalho, então ganha muito nesse sentido, mais tem alguns valores que são. É... Dependendo de como a gente compara como atividade são próximas e às vezes até melhores de algumas outras atividades que a gente faz e a carga de trabalho é assim bastante grande às vezes maior, com relação aquele que você vai receber.
Entrevistadora - Você faz parte de alguma bolsa?
Entrevistado - Não, eu não tenho, por que exatamente eu optei por não abrir mão do meu emprego né, que se não eu teria que reduzir muito as atividades profissionais ou não ter vínculos pesquisativos ai a bolsa assim não cobriria o valor do meu salário e por isso afetaria muito meu orçamento pessoal né, então eu optei por continuar trabalhando né, e isso teve um reflexo que estendeu o tempo de pesquisa, é limitou algumas coisas que eu poderia ter feito mais, se tivesse mais tempo de dedicação exclusiva pra fazer o trabalho né, então tem essas reflexões assim que é complicado o valor né, de 1.500,00 reais pra pessoa fazer mestrado e quem não tem outras fontes de renda pra financiar a sua vida no dia a dia dificilmente consegue resistir com 500,00 reais né, precisa comprar livros e um monte de outras coisas, então é complicado. Então hoje pra mim foi mais interessante não ter bolsa né, e não ter outro tipo de financiamento mais continuar trabalhando e fazendo outras atividades apesar disso ser, absolutamente enlouquecedor.
Entrevistadora - É gostaria de agradecer a sua abertura, que você deu a sua disponibilidade né, a sua contribuição pra nossa pesquisa. E em nome do meu grupo muito obrigada.
Entrevistado - Eu que agradeço pela generosidade ai, pelo convite. E se eu puder ajudar, pode contar comigo.

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