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6_aula_Glicocorticoide_jun_2013para_o_site

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glicocorticóides
Universidade Federal Fluminense
Farmacologia para o 8º período
Prof. Luiz Antonio Ranzeiro de Bragança 
� Objetivo deste material didático é promover uma introdução ao estudo de 
farmacologia, motivar a leitura do tema em livros textos e diretrizes. 
� Busca contribuir para que o(a) futuro(a) prescritor(a) esteja atento(a) aos 
critérios da prescrição racional de medicamentos, alicerçado em bases técnicas e 
éticas.
� Solicitamos o envio de sugestões e correções para o aprimoramento do 
material para larb@vm.uff.br
“O homem não é dominado nem pela vontade de 
prazer nem pelo desejo de poder, mas pela busca de 
um sentido para sua vida” 
Viktor Frankl
1. Paciente asmático, 25 anos, em uso de meticorten há 1 
ano. Sentindo-se bem decidiu interromper a medicação. 
Quais os riscos e benefícios desta ação?
2. Homem de 70 anos, DM 2, desenvolve fibrose pulmonar 
idiopática. Esquema utilizado: 60 mg/d de prednisona. 
Qual o cuidado metabólico exigido neste caso? 
3. Mulher, 60 anos, portadora de artrite reumatóide. Em 
exercícios:
3. Mulher, 60 anos, portadora de artrite reumatóide. Em 
uso de decadron (tempo prolongado). A densitometria 
óssea evidencia osteopenia acentuada do colo do fêmur. 
Conduta.
4. Paciente com rinite alérgica. Faz uso crônico de anti-H1 
e α1-agonista já com dependência da mucosa (ou sem 
sucesso). Qual seria outra opção? Discuta riscos e 
benefícios.
5. Asmático chega ao pronto-socorro gravemente 
dispneico. Foi decidido aplicar-lhe soro fisiológico + 
corticoide. Qual a sua escolha? Justifique.
6. Semanas após o emprego de deflazacort para psoríase, 
o paciente iniciou quadro de tosse + febre + 
emagrecimento. Foi considerada a hipótese diagnóstica 
de... Discuta quanto aos oportunistas os cuidados 
relevantes que devem ser considerados.relevantes que devem ser considerados.
7. Paciente de 45 anos, com síndrome de Sheehan, em 
uso de levotiroxina, combinação de estrógeno + 
progestágenos, precisa ainda empregar...
8. JFM, 50 anos, GJ140 mg/dl, em uso de HCTZ, fará 
novo implante de dente (último há 3 anos). Seu dentista 
utiliza dexametasona no pré e pós-operatório. Avalie 
Riscos x Benefícios. 
5 2. ANTIINFLAMATÓRIOS , ANALGÉSICOS E 
ANTIREUMÁTICOS.
Ø AAS 100, 500 mg (I)
Ø Cloroquina 150 mg. (I)
Ø Condroitina 400 m,g. (M)
Ø Dexametasona 0,1% creme (I)
Ø Diclofenaco Potássio 50 mg. (I)
Ø Diclofenaco Sódio 50 mg. (I)Ø Diclofenaco Sódio 50 mg. (I)
Ø Dipirona 500 mg. comp. E 500 mg/ml. gotas (I)
Ø Glucosamina 500, 750 mg. (M)
Ø Hidroxicloroquina 400 mg. (M)
Ø Ibuprofeno 300 mg. (M)
Ø Nimesulida 100 mg. (M)
Ø Paracetamol 500 mg comp. e Gotas. (I)
Ø Prednisona 5,20 mg. (I)
http://www.uff.br/farmaciauniversitaria/ 
GLICOCORTICÓIDESGLICOCORTICÓIDES
ADRENAIS
ADRENAIS
RINS
RIM
GLÂNDULAS ADRENAIS
CÓRTEX
GLICOCORTICÓIDESGLICOCORTICÓIDES
HistóricoHistórico::
•• AddisonAddison, Londres, 1849:1849: ““adrenalectomiaadrenalectomia é fatal”.é fatal”.
•• CushingCushing, , 1912: 1912: descreveu o descreveu o hipercortisolismohipercortisolismo. 1932, . 1932, 
descobre a relação da descobre a relação da adenohipófiseadenohipófise com a SR.com a SR.
•• 1948, Harris, descobre o papel do hipotálamo. Em 1952, 1948, Harris, descobre o papel do hipotálamo. Em 1952, •• 1948, Harris, descobre o papel do hipotálamo. Em 1952, 1948, Harris, descobre o papel do hipotálamo. Em 1952, 
AstwoodAstwood, purificação do ACTH e sua define sua estrutura., purificação do ACTH e sua define sua estrutura.
•• Phillip Hench Phillip Hench um reumatologista da Mayo Clinic de Rochester, 
Minnesota (USA) e colaboradores (1949): primeiros a usar (1949): primeiros a usar 
cortisona terapeuticamente (artrite cortisona terapeuticamente (artrite reumatóidereumatóide)) , abrindo caminho 
para o uso no tratamento de amplo espectro de doenças não endócrinas. 
• Desde então: síntese de inúmeros compostos com atividade 
GC.
Caso real: JLB é diabético e portador de hipertensão 
arterial e utilizava nifedipina, metformina, glimepirida, 
e hidroclorotiazida (irregularmente). O paciente 
desenvolveu nefropatia (não diabética) e a conduta do 
nefrologista foi prescrever prednisona 80 mg/dia. 
Tendo artrose no joelho, foi orientado utilizar 
paracetamol em caso de apresentar dor (SIC).
Para uma prescrição racional de medicamentos, antes de 
prescrever, o médico deve estar ciente de possíveis efeitos prescrever, o médico deve estar ciente de possíveis efeitos 
colaterais para considerar riscos e benefícios. Como monitor(a), 
você foi convidado(a) a comentar:
1) Qual a provável justificativa para indicação da prednisona? 
2) Qual a dose fisiológica do GC empregado?
3) Liste quais as principais implicações clínicas gerais do emprego 
desta medicação para a saúde de qualquer paciente e, 
especialmente, no caso do senhor JLB (que cuidados você teria 
com ele)? Procure organizar sua resposta com uma lista de 
colaterais e um breve comentário dos cuidados. 
� Camada Glomerular 
(externa): secreta os h. 
mineralocorticóides
� Camada Fasciculada 
(intermediária): secreta os 
h. glicocorticóides e h. glicocorticóides e 
androgênios
� Camada Reticular (interna): 
os h. glicocorticóides e 
androgênios
21 hidroxilase21 hidroxilase
Controle endócrino
Controle da Secreção
HIPOTÁLAMO
ALÇA
CURTA
ALÇA
LONGA
-
+
CRH
-
-HIPÓFISE
SUPRARENAIS
+
CORTISOL
+
ACTH
-
PADRÃO TEMPORAL NORMAL DE PADRÃO TEMPORAL NORMAL DE 
SECREÇÃO DO ACTH E CORTISOLSECREÇÃO DO ACTH E CORTISOL
PADRÃO TEMPORAL NORMAL DE PADRÃO TEMPORAL NORMAL DE 
SECREÇÃO DO ACTH E CORTISOLSECREÇÃO DO ACTH E CORTISOL
200200200200
200200200
180180180
160160160
140140140
120120120
252525
A
C
T
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p
g
/
m
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µ µ
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 Sono Sono
0000
12:0012:0012:0012:00 16:0016:0016:0016:00 20:0020:0020:0020:00 24:0024:0024:0024:00 04:0004:0004:0004:00 08:0008:0008:0008:00 12:0012:0012:0012:00
Krieger DT et al: J Clin Endocrinol Metab 1971; Krieger DT et al: J Clin Endocrinol Metab 1971; 
32:26632:266
Krieger DT et al: J Clin Endocrinol Metab 1971; Krieger DT et al: J Clin Endocrinol Metab 1971; 
32:26632:266
100100100
808080
606060
404040
202020
000
AlmoçoAlmoçoAlmoço LancheLancheLanche JantarJantarJantar LancheLancheLanche LancheLancheLanche Café da manhãCafé da manhãCafé da manhã
12:0012:0012:00 16:0016:0016:00 20:0020:0020:00 24:0024:0024:00 04:0004:0004:00 08:0008:0008:00 12:0012:0012:00
202020
151515
101010
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000
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PADRÃO TEMPORAL NORMAL DE PADRÃO TEMPORAL NORMAL DE 
SECREÇÃO DO ACTH E CORTISOLSECREÇÃO DO ACTH E CORTISOL
PADRÃO TEMPORAL NORMAL DE PADRÃO TEMPORAL NORMAL DE 
SECREÇÃO DO ACTH E CORTISOLSECREÇÃO DO ACTH E CORTISOL
Normal Daily Production Rates and Circulating Levels of the 
Predominant Corticosteroids
CORTISOL ALDOSTERONA
Rate of secretion under 
optimal conditions
10 mg/d 0.125 mg/d
optimal conditions
Concentration in 
peripheral plasma:
8 A.M. 16 mcg/100 mL 0.01 mcg/100 mL
4 A.M. 4 mcg/100 mL 0.01 mcg/100 mL
a taxa de produção diária de cortisol pode aumentar no 
mínimo em 10X em situações de estresse severo 
S
R*
INTERAÇÃO ESTERÓIDE INTERAÇÃO ESTERÓIDE --
RECEPTORRECEPTOR
INTERAÇÃO ESTERÓIDE INTERAÇÃO ESTERÓIDE --
RECEPTORRECEPTORR
Hsp90
Hsp90
x
R
S
S
R*
SS
DNADNA
(Instável)(Instável)
Dímero Dímero 
esteróideesteróide--
receptor receptor (ativado)(ativado)
CBG S R
*
S R*
S
DNADNA
ERGERG
RespostaResposta
ProteínaProteína
mRNAmRNA
MaquináriaMaquinária
de transcriçãode transcrição
(polimerase do(polimerase do
RNA, etc)RNA, etc)
CitoplasmaCitoplasma
NúcleoNúcleo
PréPré--
mRNAmRNA
GLICOCORTICÓIDESGLICOCORTICÓIDES
Transporte e Circulação:Transporte e Circulação:
90% ligam-se reversivelmente às proteínas
•• CBG (CBG (transcortinatranscortina): alta afinidade mas ): alta afinidade mas temtem
capacidadecapacidade de ligação total baixade ligação total baixa. . GC competem entre si.GC competem entre si.
• ligam-se preferencialmente à albumina (baixa afinidade mas 
alta capacidade de ligação);alta capacidade de ligação);
•• penetram na célula na forma livre (não ligados).penetram na célula na forma livre (não ligados).
•• [ ]s normais ou baixas [ ]s normais ou baixas �� > parte está ligada;> parte está ligada;
•• Em [ ]s altas ultrapassa capacidade de ligação e fração livre é maior;Em [ ]s altas ultrapassa capacidade de ligação e fração livre é maior;
•• Gravidez: Gravidez: ↑ produção de CBG e cortisol plasmático total.↑ produção de CBG e cortisol plasmático total.
níveis controlados pelos níveis de GC e ACTH 
Estímulos importantes = situações de stress:
☞ emoções
☞ lesões / infecções 
☞ temperatura (calor/frio)
SECREÇÃO DO CORTISOLSECREÇÃO DO CORTISOLSECREÇÃO DO CORTISOLSECREÇÃO DO CORTISOL
☞ temperatura (calor/frio)
EFEITOS FARMACOLÓGICOS:
1) Metabolismo e balanço hidroeletrolítico;
2) Feedback negativo sobre a hipófise anterior e o hipotálamo;
3) Antiinflamatórios e imunossupressores;
EFEITOS FARMACOLÓGICOS:
1) Metabolismo e 1) Metabolismo e 
balanço balanço hidroeletrolíticohidroeletrolíticobalanço balanço hidroeletrolíticohidroeletrolítico
2) Feedback negativo sobre a hipófise anterior e o hipotálamo
3) Antiinflamatórios e imunossupressores
AÇÃO DOS GC SOBRE O METABOLISMO 
metabolismo dos Carboidratos : 
▪ diminui a captação e utilização de glicose � hiperglicemia;
▪ estimula gliconeogênese;
▪ estimula glicogênese hepática.
metabolismo das Proteínas :
▪ reduz a síntese protéica;
▪ estimula a degradação proteica, principalmente muscular, 
1. EFEITOS SOBRE O METABOLISMO 
▪ estimula a degradação proteica, principalmente muscular, 
fornecendo aminoácidos para a gliconeogênese.
metabolismo dos Lipídios :
▪ estimula a lipólise. Ação permissiva do efeito lipolítico de 
catecolaminas e GH � liberação de ácidos graxos (AG) e glicerol �
substrato para a gliconeogênese. 
Os adipócitos de cada região reagem de forma diferente à INSULINA x GC. 
Os periféricos são mais sensíveis que os do tronco. Grandes doses, por tempo 
prolongado, � redistribuição de gordura = obesidade centrípeta e gibosidade.
Balanço hidroeletrolítico :
▪ ação em receptor mineralocorticóide em doses supra-fisiológicas: 
retenção de Na+ e perda de K+.
▪ compromete a absorção de Ca++ (antagoniza a ação da vitamina D) e 
aumenta a sua excreção renal.
Metabolismo ósseo :
Efeito catabólico :
1. EFEITOS SOBRE O METABOLISMO 
Efeito catabólico :
▪ no músculo, na pele e nos tecidos adiposo, conjuntivo e linfóide. 
Estimulam a produção excessiva de ácido e pepsina no estômago;
Outros 
▪Aumenta o número de plaquetas (trata trombocitopenia) e hemácias.
Aumenta leucócitos PMN circulantes (↑ liberação da marrow, ↓ remoção
da circulação e ↓ aderência à parede vascular).
▪Estimulam a maturação pulmonar fetal (síntese de surfactantes).
GC - EFEITOS FARMACOLÓGICOS
1) Metabolismo e balanço hidroeletrolítico
2) Feedback negativo 2) Feedback negativo 
sobre a hipófise anterior sobre a hipófise anterior sobre a hipófise anterior sobre a hipófise anterior 
e o hipotálamoe o hipotálamo
3) Antiinflamatórios e imunossupressores
O restabelecimento 
do eixo hipotálamo-do eixo hipotálamo-
hipófise-adrenais 
pode levar de 2 a 18 
meses. 
Considerações gerais quanto ao Considerações gerais quanto ao 
manuseio dos Corticosteróidesmanuseio dos Corticosteróides
Tomando como base a PrednisonaTomando como base a Prednisona ((mmeticorteneticorten®®):):
•• Doses eqüivalentes a Doses eqüivalentes a ≥≥≥≥≥≥≥≥ 40 mg/dia40 mg/dia (8 vezes o nível fisiológico), (8 vezes o nível fisiológico), 
por por mais de uma semanamais de uma semana resultam em supressão do eixo HHA; resultam em supressão do eixo HHA; 
•• Doses Doses < 20 mg/dia< 20 mg/dia promovem supressão do eixo HHA somente promovem supressão do eixo HHA somente 
após 30 diasapós 30 dias de usode uso; ; 
sobre osobre o tempo de recuperação do eixo HHA:tempo de recuperação do eixo HHA:
•• pode variar de pode variar de 2 meses a 1 ano2 meses a 1 ano,, se usadas doses se usadas doses 
≥≥≥≥≥≥≥≥ 40 mg/dia40 mg/dia, por períodos , por períodos > 3 meses> 3 meses
•• nãonão está bem estabelecido,está bem estabelecido, se usadas dosesse usadas doses
< 20 mg/dia< 20 mg/dia, por períodos de , por períodos de 2 a 4 semanas2 a 4 semanas
GC - EFEITOS FARMACOLÓGICOS
1) Metabolismo e balanço hidroeletrolítico
2) Feedback negativo sobre a hipófise anterior e o hipotálamo2) Feedback negativo sobre a hipófise anterior e o hipotálamo
3) Antiinflamatórios e 3) Antiinflamatórios e 
imunossupressoresimunossupressores
agressão à membrana celular agressão à membrana celular 
microorganismosmicroorganismos agentes químicosagentes químicos resposta imunológica resposta imunológica 
ou físicosou físicos inadequadainadequada
mediadores químicosmediadores químicos dada inflamaçãoinflamação
↓↓
Vasodilatação
↓↓
chegada de célulaschegada de célulaschegada de célulaschegada de células
↓↓
emissão de sinaisemissão de sinais
↓↓
InflamaçãoInflamação
↓↓
dor, calor, rubor, edema e perda de funçãodor, calor, rubor, edema e perda de função
↓↓
cicatrização
Fosfolipídios
Ácido Araquidônico
12-HETE, 15-HETE, LTA4
Fosfolipase A2
Lipoxigenase
Cicloxigenases
(COX-1 e COX-2)
PGH2/PGG212-HETE, 15-HETE, LTA4
LTB4 LTC4, LTD4, LTE4 TxA2PGE2 PGI2
PGH2/PGG2
PGF2α
Quimiotaxia 
PMN Broncoconstrição
Vasodilatação
Hiperalgesia
Febre
Vasodilatação
Hiperalgesia
Inibe agr plaq
Contração 
musc lisa 
uterina
Vasoconstrição
Agreg plaq
•• ““VasoconstriçãoVasoconstrição”” ee reduzemreduzem aa permeabilidadepermeabilidade vascularvascular
(inibição da atividade de cininas e endotoxinas bacterianas e ao reduzir a
quantidade de histamina), o que diminui a exudação de líquido.
•• DiminuemDiminuem oo acúmuloacúmulo dede leucócitosleucócitos nono locallocal..
Aumentam a liberação de neutrófilos e reduz a de monócitos da medula
óssea. Reduzem mononucleares (monócitos e linfócitos).
•• DiminuemDiminuem asas citocinascitocinas
que ativam os fagócitos mononucleares.
3) Antiinflamatórios e imunossupressores3) Antiinflamatórios e imunossupressores
que ativam os fagócitos mononucleares.
•• InibemInibem aa açãoação dosdos leucócitosleucócitos ee MacrófagosMacrófagos teciduaisteciduais..
(limita a sua capacidade de fagocitar). Diminui a liberação de metabólitos
tóxicos do oxigênio que causam lesão tecidual, pelos macrófagos e neutrófilos.
•• InibemInibem aa síntesesíntese dede InterleucinaInterleucina--11
pelos macrófagos.
•• InibemInibem aa entradaentrada dede linfócitoslinfócitos
em áreas de reações imunológicas celulares e diminui a produção de
linfocinas necessárias para a mobilização e ativação de outras células como os
macrófagos.
agressão à membrana celular agressão à membrana celular 
microorganismosmicroorganismos agentes químicosagentes químicos resposta imunológica resposta imunológica 
ou físicosou físicos inadequadainadequada
mediadores químicosmediadores químicos dadainflamaçãoinflamação
↓↓
Vasodilatação
↓↓
chegada de célulaschegada de célulaschegada de célulaschegada de células
↓↓
emissão de sinaisemissão de sinais
↓↓
InflamaçãoInflamação
↓↓
dor, calor, rubor, edema e perda de funçãodor, calor, rubor, edema e perda de função
↓↓
cicatrização
•• Reduzem a síntese de linfocinas pelas células T.
Diminuição da secreção de proteases neutras pelos macrófagos e redução nos tipos de
lesão tecidual como na artrite associados a liberação extracelular destas enzimas.
•• Inibem a fosfolipase A2 e a produção de eicosanóides
(prostaglandinas, tromboxano e leucotrienos);
•• Inibem a liberação de histamina pelos basófilos e mastócitos e
o número destas células na mucosa;
3) Antiinflamatórios e imunossupressores3) Antiinflamatórios e imunossupressores
o número destas células na mucosa;
•• Diminuem a concentração de vários componentes do 
complemento. 
•• Promovem uma diminuição na resposta proliferativa dos
linfócitos aos mitógenos e antígenos, devido a uma diminuição da
produção de Interleucina-2 (linfocina produzida por um clone de linfócitos
quando este reconhece um antígeno e fator de crescimento das células T).
•• ReduzemReduzem aa liberaçãoliberação dede antígenosantígenos nono tecidotecido enxertadoenxertado;
•• ReduzemReduzem aa proliferaçãoproliferação dede vasosvasos sangüíneossangüíneos;
•• ReduzemReduzem oo númeronúmero ee atividadeatividade dosdos fibroblastosfibroblastos, o que
implica numa diminuição da produção de colágeno e
glicosaminoglicanos => diminui a inflamação crônica mas, ao
mesmo tempo, comprometecompromete aa cicatrizaçãocicatrização ee recuperaçãorecuperação
FISIOLOGICAMENTE contribuem para o 
controle da magnitude e duração da inflamação.
mesmo tempo, comprometecompromete aa cicatrizaçãocicatrização ee recuperaçãorecuperação
dosdos tecidostecidos;
agressão à membrana celular agressão à membrana celular 
microorganismosmicroorganismos agentes químicosagentes químicos resposta imunológica resposta imunológica 
ou físicosou físicos inadequadainadequada
mediadores químicosmediadores químicos dada inflamaçãoinflamação
↓↓
Vasodilatação
↓↓
chegada de célulaschegada de célulaschegada de célulaschegada de células
↓↓
emissão de sinaisemissão de sinais
↓↓
InflamaçãoInflamação
↓↓
dor, calor, rubor, edema e perda de funçãodor, calor, rubor, edema e perda de função
↓↓
cicatrização
Caso real: JLB é diabético e portador de hipertensão 
arterial e utilizava nifedipina, metformina, glimepirida, 
e hidroclorotiazida (irregularmente). Lamentavelmente, 
desenvolveu nefropatia (não diabética) e a conduta do 
nefrologista foi prescrever prednisona 80 mg/dia (a 
dose fisiológica é de até 7,5 mg/dia). Tendo artrose no 
joelho, foi orientado utilizar paracetamol em caso de 
apresentar dor (SIC).apresentar dor (SIC).
Para uma prescrição racional de medicamentos, antes 
de prescrever, o médico deve estar ciente de possíveis 
efeitos colaterais para considerar riscos e benefícios. 
1) Qual a provável justificativa para indicação da 
prednisona? 
nefropatia membranosa idiopática
Usos clínicos dos GC:Usos clínicos dos GC:
1) 1) doses fisiológicas = reposiçãodoses fisiológicas = reposição
(doses equivalentes à secreção diária de cortisol):
insuficiência adrenal (autoimune, infecciosa, outras), 
hiperplasia adrenal congênita, 
síndrome de Sheehan etc. síndrome de Sheehan etc. 
2) 2) doses farmacológicasdoses farmacológicas
uso oral
pulsoterapia
uso tópico
S. Hahner, B. Allolio / Best Practice & Research Clinical 
Endocrinology & Metabolism 23 (2009) 167–179
21 Hidroxilase
Síntese de cortisol e as enzimas envolvidasSíntese de cortisol e as enzimas envolvidasSíntese de cortisol e as enzimas envolvidasSíntese de cortisol e as enzimas envolvidas
21 Hidroxilase
Critérios para o início da terapia crônica Critérios para o início da terapia crônica 
com glicocorticóide.com glicocorticóide.
�Iniciar somente se existem evidências clínicas 
estabelecidas na literatura do seu benefício 
terapêutico.
�Utilizar somente frente à falência de outras �Utilizar somente frente à falência de outras 
terapias específicas
�Identificar um objetivo terapêutico específico
�Utilizar critérios de resposta objetivos
�Administrar uma dose necessária por um tempo 
suficiente para se atingir à resposta desejada.
Romanholi & Salgado. Arq Bras Endocrinol Metab 2007;51/8
Evidências sobre indicações de corticosteróides 
sistêmicos
Benefício definido
1. Meningite bacteriana inespecífica (redução da perda auditiva)
2. Lesão medular aguda (redução de seqüelas neurológicas)
3. Asma aguda (diminuição de hospitalização e de exacerbações agudas)
4. Extubação de recém-nascidos (menor necessidade de 
reintubações)reintubações)
5. Tratamento agudo de crupe (melhora nos escores de gravidade)
6. Pneumonia por P. carinii (menor gravidade)
7. Curso único de corticóide em doença da membrana hialina 
(redução de morte, síndrome da angústia respiratória, hemorragia 
intraventricular, enterocolite necrosante, hiperbilirrubinemia neonatal)
8. Síndrome nefrótica com lesões mínimas em crianças (menor 
número de recaídas).
Ministério da Saúde. Fundamentos Ministério da Saúde. Fundamentos farmacológicosfarmacológicos--clínicosclínicos dos dos 
medicamentos de uso corrente 2002medicamentos de uso corrente 2002
Benefício provável
Polimialgia reumática e arterite temporal
Hepatite auto-imune. Púrpura trombocitopênica auto-imune
Paralisia de Bell.
Exacerbação aguda de doença pulmonar obstrutiva crônica
Hepatite crônica ativa. Nefropatia IgA
Anafilaxia e reações alérgicas graves
Transplante de fígado. Artrite gotosa aguda
Benefício desconhecidoBenefício desconhecido
Traumatismo craniano e edema cerebral. 
Avaliação risco/benefício
Artrite reumatóide
Sarcoidose pulmonar
Meningite tuberculosa
Doença da membrana hialina (múltiplas doses de corticóide)
Ruptura prematura de placenta
Doença de Crohn
Dermatite atópica
Ministério da Saúde. Fundamentos Ministério da Saúde. Fundamentos 
farmacológicosfarmacológicos--clínicosclínicos dos medicamentos de uso dos medicamentos de uso 
corrente 2002corrente 2002
Sugerida ineficácia/risco
•Síndrome da angústia respiratória do adulto
•Otite média com perda de audição
•Nefropatia membranosa idiopática
•Síndrome da fadiga crônica
•Piodermite gangrenosa
Ministério da Saúde. Fundamentos Ministério da Saúde. Fundamentos farmacológicosfarmacológicos--clínicosclínicos dos dos 
medicamentos de uso corrente 2002medicamentos de uso corrente 2002
OO
ESTRUTURA MOLECULAR DE ESTRUTURA MOLECULAR DE 
ALGUNS CORTICOSTERÓIDESALGUNS CORTICOSTERÓIDES
ESTRUTURA MOLECULAR DE ESTRUTURA MOLECULAR DE 
ALGUNS CORTICOSTERÓIDESALGUNS CORTICOSTERÓIDES
C OC O
OHOH
CHCH2 2 OHOH
HOHO
CortisolCortisol
OHOH
CHCH2 2 OHOH
C OC O
OO
CortisonaCortisona
OO
OHOH
CHCH2 2 OHOH
C OC O
HOHO
MetilprednisolonaMetilprednisolona BetametasonaBetametasona
CHCH33
OHOH
CHCH2 2 OHOH
C OC O
HOHO
CHCH33
FF
OOOO
OO
CortisolCortisol CortisonaCortisona
OHOH
CHCH2 2 OHOH
C OC O
HOHO
PrednisolonaPrednisolona
OHOH
CHCH2 2 OHOH
C OC O
PrednisonaPrednisona
MetilprednisolonaMetilprednisolona BetametasonaBetametasona
DexametasonaDexametasona
OHOH
CHCH2 2 OHOH
C OC O
HOHO
TriamcinolonaTriamcinolona
OHOH
CHCH2 2 OHOH
C OC O
HOHO
FludrocortisonaFludrocortisona
OO
OHOH
FF FF
OO OOOO
Caso real: JLB é diabético e portador de hipertensão 
arterial e utilizava nifedipina, metformina, glimepirida, 
e hidroclorotiazida (irregularmente). Lamentavelmente, 
desenvolveu nefropatia (não diabética) e a conduta do 
nefrologista foiprescrever prednisona 80 mg/dia. 
Tendo artrose no joelho, foi orientado utilizar 
paracetamol em caso de apresentar dor (SIC).
Para uma prescrição racional de medicamentos, antes de 
prescrever, o médico deve estar ciente de possíveis efeitos prescrever, o médico deve estar ciente de possíveis efeitos 
colaterais para considerar riscos e benefícios. 
1) Qual a dose fisiológica do GC empregado?
CORTICOTERAPIA SISTÊMICACORTICOTERAPIA SISTÊMICA
Tabela de EquivalênciaTabela de Equivalência
Fármaco Potência Fármaco Potência PotênciaPotência DoseDose
AntiAnti--inflamatória inflamatória mineralomineralo Equivalente(Equivalente(mgmg))
Cortisol (HC) Cortisol (HC) 1 1 1 1 2020
CortisonaCortisona 0,8 0,8 0,8 0,8 2525
Prednisona Prednisona 4 4 0,80,8 55Prednisona Prednisona 4 4 0,80,8 55
PrednisolonaPrednisolona 4 4 0,80,8 5 5 
MetilprednisolonaMetilprednisolona 5 5 mínimamínima 44
TriamcinolonaTriamcinolona 5 5 nenhumanenhuma 44
BetametasonaBetametasona 2020--30 30 desprezíveldesprezível 0,750,75
DexametasonaDexametasona 2020--30 30 mínimamínima 0,750,75
Corticoterapia SistêmicaCorticoterapia Sistêmica
DoseDose CortisolCortisol PrednisonaPrednisona BetametasonaBetametasona
(mg/dia) (mg/dia) (HC (HC ®®)) (Meticorten(Meticorten ®®) ) (Celestone (Celestone ®®))
PrednisolonaPrednisolona DexametasonaDexametasona
(Predsim (Predsim ®®)) ((DecadronDecadron ®®))
ReposiçãoReposição 12 12 -- 2020 4 4 -- 6 6 0,5 0,5 -- 0,70,7ReposiçãoReposição 12 12 -- 2020 4 4 -- 6 6 0,5 0,5 -- 0,70,7
BaixaBaixa 20 20 -- 7070 5 5 –– 1515 0,6 0,6 -- 2 2 
MédiaMédia 70 70 -- 200 200 15 15 -- 4040 2 2 -- 66
AltaAlta 200 200 -- 500 500 40 40 -- 100100 6 6 -- 16 16 
MANEJO DA ASMA
J Bras Pneumol. 2006;32(Supl 7):S 447-S 474 
CORTICOTERAPIA SISTÊMICACORTICOTERAPIA SISTÊMICA
Metabolismo de FármacosMetabolismo de Fármacos
Meia-Vida Plasmática:
tempo necessário para reduzir em 50% os níveis 
plasmáticos iniciais de um fármaco.
Meia-Vida Biológica:
tempo necessário para um órgão ou tecido 
eliminar 50% de uma substância radioativa 
administrada. Corresponde ao tempo de 
disponibilidade do fármaco ao nível do tecido, 
e reflete a duração da sua ação ou efeito 
terapêutico.
CORTICOTERAPIA SISTÊMICACORTICOTERAPIA SISTÊMICA
Perfil Farmacológico dos GlicocorticóidesPerfil Farmacológico dos Glicocorticóides
MeiaMeia--vidavida MeiaMeia--vidavida DuraçãoDuração
FármacoFármaco plasmáticaplasmática biológicabiológica da açãoda ação
(minutos)(minutos) (horas) terapêutica(horas) terapêutica
Cortisol (HC)Cortisol (HC) 9090 8 8 -- 1212 curtacurta
CortisonaCortisona 3030 8 8 -- 1212 curtacurtaCortisonaCortisona 3030 8 8 -- 1212 curtacurta
PrednisonaPrednisona 6060 12 12 -- 3636 intermediáriaintermediária
PrednisolonaPrednisolona 200200 12 12 -- 3636 intermediáriaintermediária
MetilprednisolonaMetilprednisolona 180180 12 12 -- 3636 intermediária intermediária 
TriamcinolonaTriamcinolona 300300 12 12 -- 3636 intermediáriaintermediária
BetametasonaBetametasona 100 100 -- 300300 24 24 -- 7272 prolongadaprolongada
DexametasonaDexametasona 100 100 -- 300300 24 24 -- 7272 prolongadaprolongada
Referência: CALCORT (Aventis)
Genérico(G); Similares: 
CORTAX (Ativus); 
DEFLAIMMUN (Sigma Pharma); 
DEFLANIL (Libbs)
Comprimidos: 6 mg, 7,5mg e 30 mg
Gotas 22,75 mg/1 mL (1 gota = 1 mg)
DEFLAZACORTE
Gotas 22,75 mg/1 mL (1 gota = 1 mg)
MECANISMO DE AÇÃO e CUIDADOS ESPECIAIS
AVALIAR RISCOS X BENEFÍCIOS = prednisona
É uma pró-droga cuja potência é 
cerca de 70–90% da prednisona
glicocorticóide heterocíclico com atividade antiinflamatória mas 
com efeitos colaterais menores7. 
É um derivado da prednisona com características de GC, similar 
à prednisolona em sua atividade antiinflamatória, porém com 
�menor efeito diabetogênico, 
�menor retenção de sódio e 
�menor efeito no metabolismo do cálcio;
DEFLAZACORTE
�menor efeito no metabolismo do cálcio;
INDICAÇÕES...
por isso, é um medicamento ideal para os tratamentos 
antiinflamatórios a longo prazo que requerem corticóides7,8.
Zwicker G, Eyster RC. Chronic effects of corticosteroid oral treatment in rats on blood 
glucose and serum insulin levels, pancreatic islet morphology and immunostaining 
characteristics. Toxicol Pathol 1993; 21:502-8.
Chapela R. Estudio comparativo de la eficacia de dos corticoides orales en el control de la 
crisis grave de asma bronquial: deflazacort y prednisona. Rev Alerg Mex 1995; 42:64-68. 
DEFLAZACORTE
www.consultaremedios.com.br acesso em 21.08.2011
Considerações a serem feitasConsiderações a serem feitas
antes do início da Corticoterapiaantes do início da Corticoterapia
•• Qual a gravidade da doença de base?Qual a gravidade da doença de base?
•• Para quanto tempo está previsto o tratamento?Para quanto tempo está previsto o tratamento?
•• Qual a preparação do Qual a preparação do GCGC a ser empregada?a ser empregada?
•• Qual a dose terapêutica mínima efetiva?Qual a dose terapêutica mínima efetiva?
•• Existe predisposição para colaterais?Existe predisposição para colaterais?
•• Há Há comocomo associar outras drogas, visando reduzir associar outras drogas, visando reduzir 
a dose do a dose do GCGC e efeitos indesejáveis?e efeitos indesejáveis?
•• O esquema pode ser O esquema pode ser usadousado em dias alternados?em dias alternados?
Atenção:Atenção:
Pacientes com história e/ou estigmas de Pacientes com história e/ou estigmas de 
O uso prolongado de O uso prolongado de GCGC resulta em:resulta em:
• • Efeitos colaterais sistêmicosEfeitos colaterais sistêmicos
• Supressão do eixo hipotálamo• Supressão do eixo hipotálamo--hipófisehipófise--adrenal (HHA)adrenal (HHA)
Atenção:Atenção:
Pacientes com história e/ou estigmas de Pacientes com história e/ou estigmas de 
uso prolongado de uso prolongado de GCGC, devem ser , devem ser 
suplementados em situações de suplementados em situações de stress stress !!!!
Corticoterapia SistêmicaCorticoterapia Sistêmica
Fatores que influenciam na supressão do eixo HHA:Fatores que influenciam na supressão do eixo HHA:
•• Dose total Dose total do GC a ser usada:do GC a ser usada: BaixaBaixa xx AltaAlta
•• Tempo de Tempo de tratamentotratamento: : CurtoCurto xx ProlongadoProlongado
•• Fracionamento da Fracionamento da dosedose:: ÚnicaÚnica xx MúltiplaMúltipla
•••• HorárioHorário da administração:da administração:ManhãManhã xx NoiteNoite
•• FreqüFreqüêência:ncia: Dias ADias Alternadlternadosos xx DiáriaDiária
•• Duração da ação:Duração da ação: CurtaCurta xx Intermediária Intermediária xx LongaLonga
EFEITOS COLATERAISEFEITOS COLATERAISEFEITOS COLATERAISEFEITOS COLATERAIS
Efeitos colaterais dos GCEfeitos colaterais dos GCI I –– Cardiovasculares e renais:Cardiovasculares e renais: VII VII –– EndócrinosEndócrinos::
Hipertensão arterial;Hipertensão arterial; 1) 1) HirsutismoHirsutismo;;
Insuficiência cardíaca congestiva.Insuficiência cardíaca congestiva. 2) Inibição do eixo 2) Inibição do eixo hipotálamohipotálamo--hipófisehipófise--suprasupra--renalrenal;;
3) Inibição do crescimento;3) Inibição do crescimento;
II II –– Gastrintestinais:Gastrintestinais: 4) Alterações menstruais, amenorréia secundária, 4) Alterações menstruais, amenorréia secundária, 
Esofagite, gastrite, dispepsia, úlcera péptica;Esofagite, gastrite, dispepsia, úlcera péptica; menopausa precoce;menopausa precoce;
Hemorragia gástrica; Hemorragia gástrica; 5) Impotência;5) Impotência;
Perfuração intestinal;Perfuração intestinal; 6) Insuficiência adrenal secundária;6) Insuficiência adrenal secundária; 
Pancreatite.Pancreatite. 7) Obesidade centrípeta.7) Obesidade centrípeta.
III III –– Neuropsiquiátricos:Neuropsiquiátricos: VIII VIII –– AlteraçõesAlterações imunológicasimunológicas::
Alterações psiquiátricas;Alterações psiquiátricas; 1) Supressão da hipersensibilidade tardia;1) Supressão da hipersensibilidade tardia;
2) 2) PseudotumorPseudotumor cerebral;cerebral; 2) Diminuição da resposta inflamatória;2) Diminuição da resposta inflamatória;
3) Hipertensão intracraniana.3) Hipertensão intracraniana. 3) 3) NeutrofiliaNeutrofilia, , linfocitopenialinfocitopenia e e monocitopeniamonocitopenia;;
4) Maior suscetibilidade às infecções.4) Maior suscetibilidade às infecções.
5) 5) RecidivarRecidivar Tuberculose e Tuberculose e EstrongiloidíaseEstrongiloidíase gravesgraves
IV IV –– OcularesOculares:: IX IX –– CutâneosCutâneos::IV IV –– OcularesOculares:: IX IX –– CutâneosCutâneos::
Glaucoma;Glaucoma; 1) Retardo na cicatrização;1) Retardo na cicatrização;
Catarata Catarata subcapsularsubcapsular posterior;posterior; 2) Atrofia do subcutâneo;2) Atrofia do subcutâneo;
Infecções.Infecções. 3) Estrias;3) Estrias;
4) Púrpura;4) Púrpura;
V V –– MúsculoesqueléticosMúsculoesqueléticos:: 5) Equimoses;5) Equimoses;
1) Osteoporose, fraturas;1) Osteoporose, fraturas; 6) 6) PetéquiasPetéquias;;
2) Necrose óssea asséptica;2) Necrose óssea asséptica; 7) 7) PaniculitesPaniculites;;
3) 3) MiopatiasMiopatias, cãibras., cãibras. 8) Acne;8) Acne;
9) Pletora.9) Pletora.
VI VI –– MetabólicosMetabólicos:: X X -- VascularesVasculares
Indução de diabetes;Indução de diabetes; 1) 1) VasculitesVasculites; ; 
HiperlipidemiaHiperlipidemia; ; hipocalemiahipocalemia 2) Tromboembolismo; 2) Tromboembolismo; ↑ hemácias e plaquetas↑ hemácias e plaquetas
Coma Coma cetônicocetônico hiperosmolarhiperosmolar e e cetoacidosecetoacidose;; 3) Aceleração da aterosclerose.3) Aceleração da aterosclerose.
Retenção de sódio; alcalose Retenção de sódio; alcalose XI XI –– PseudoPseudo--reumatismo reumatismo cortisônicocortisônico
Balanço negativo de Ca e N.Balanço negativo de Ca e N.
Síndrome de Cushing iatrogênica
Cushing iatrogênico – principais sinais e sintomas
Efeitos colaterais dos GCEfeitos colaterais dos GCI I –– Cardiovasculares e renais:Cardiovasculares e renais:
Hipertensão arterial;Hipertensão arterial;
Insuficiência cardíaca congestiva.Insuficiência cardíaca congestiva.
II II –– Gastrintestinais:Gastrintestinais:
Esofagite, gastrite, dispepsia, úlcera péptica;Esofagite, gastrite, dispepsia, úlcera péptica;
Hemorragia gástrica; Hemorragia gástrica; 
Perfuração intestinal;Perfuração intestinal;Perfuração intestinal;Perfuração intestinal;
Pancreatite.Pancreatite.
III III –– Neuropsiquiátricos:Neuropsiquiátricos:
Alterações psiquiátricas;Alterações psiquiátricas;
PseudotumorPseudotumor cerebral;cerebral;
Hipertensão intracraniana.Hipertensão intracraniana.
GC e o Sistema nervoso centralGC e o Sistema nervoso central
# Sensação de bem# Sensação de bem--estar estar que parece ser independente da melhora da 
doença de base. 
# Sensação de euforia # Sensação de euforia não é incomum e alguns têm distúrbios 
psiquiátricos.
H fam. de depressão/alcoolismo aumenta o risco desses distúrbios.
Lítio de escolha para o manejo e a prevenção de psicopatia por GC.
# Psicoses: # Psicoses: doses ≥ 20 mg/d de prednisona por tempo # Psicoses: # Psicoses: doses ≥ 20 mg/d de prednisona por tempo 
prolongado. Hipoalbuminemia parecer ser um fator de risco para a 
psicose.
# Padrão do Sono: # Padrão do Sono: tendência à redução da fase REM e 
incremento da fase II com freqüentes queixas de insônia.
# Pseudo# Pseudo--tumor cerebral: tumor cerebral: raro, mas a corticoterapia em altas 
doses é utilizada para aliviar os sintomas dessa patologia auto-
limitada.
Romanholi & Salgado. Arq Bras Endocrinol Metab 2007;51/8
Efeitos colaterais dos GCEfeitos colaterais dos GCIV IV –– OcularesOculares::
Glaucoma;Glaucoma;
Catarata Catarata subcapsularsubcapsular posterior;posterior;
Infecções.Infecções.
V V –– MúsculoesqueléticosMúsculoesqueléticos::
Osteoporose, fraturas;Osteoporose, fraturas;
Necrose óssea asséptica;Necrose óssea asséptica;
MiopatiasMiopatias, cãibras , cãibras (=câimbras).(=câimbras).MiopatiasMiopatias, cãibras , cãibras (=câimbras).(=câimbras).
VI VI –– MetabólicosMetabólicos::
Indução de diabetes,Indução de diabetes,
Coma Coma cetônicocetônico hiperosmolarhiperosmolar e e cetoacidosecetoacidose diabética;diabética;
HiperlipidemiaHiperlipidemia; ; hipocalemiahipocalemia;;
Retenção de sódio; alcalose Retenção de sódio; alcalose 
Balanço negativo de cálcio e nitrogênio.Balanço negativo de cálcio e nitrogênio.
GC e osteoporose
Corticosteróides e OsteoporoseCorticosteróides e Osteoporose
Atenção para fatores de risco:Atenção para fatores de risco:
• • Sexo femininoSexo feminino • Origem caucasiana• Origem caucasiana
• • Baixa estaturaBaixa estatura • • MenopausaMenopausa
• • TabagismoTabagismo • • SedentarismoSedentarismo
Prevenção e tratamento da osteoporose:Prevenção e tratamento da osteoporose:
↑↑↑↑↑↑↑↑ atividade físicaatividade física ExercíciosExercícios
↑↑↑↑↑↑↑↑ ingesta de ingesta de cálcio cálcio (1500 mg/d) Vitamina D Vitamina D ((800 IU/d)
Estrógenos Estrógenos AnabolizantesAnabolizantes
BisfosfonatosBisfosfonatos TiazídicosTiazídicos
Paciente tratado com GC que desenvolve Paciente tratado com GC que desenvolve 
repentinamente dor e rigidez articular no quadril, repentinamente dor e rigidez articular no quadril, 
nos ombros ou nos joelhos.nos ombros ou nos joelhos.
O que poderia ser considerado?O que poderia ser considerado?
Necrose óssea asséptica ou Necrose óssea asséptica ou 
avascular ou osteonecroseavascular ou osteonecroseavascular ou osteonecroseavascular ou osteonecrose
O risco O risco ↑ com a duração e dose mas pode ocorrer com dose alta e curta ↑ com a duração e dose mas pode ocorrer com dose alta e curta 
duração. 40% dos casos é bilateral.duração. 40% dos casos é bilateral.
Fisiopatologia: Fisiopatologia: relacionarelaciona--se ase a microêmbolos de microêmbolos de 
gordura, policitemia, hiperlipidemia e gordura, policitemia, hiperlipidemia e 
hiperuricemia.hiperuricemia.
Penildon Silva; Goodman e Gilman
Corticosteróides e MiopatiaCorticosteróides e Miopatia
��Comprometimento maior da musculatura Comprometimento maior da musculatura 
proximalproximal
��Degeneração de fibras musculares do tipo IIDegeneração de fibras musculares do tipo II
��Piora do quadro em presença de Piora do quadro em presença de hipocalemiahipocalemia��Piora do quadro em presença de Piora do quadro em presença de hipocalemiahipocalemia
��Prevenção e tratamento: Prevenção e tratamento: FisioterapiaFisioterapia
Efeitos colaterais dos GCEfeitos colaterais dos GCVII VII –– EndócrinosEndócrinos::
1) 1) HirsutismoHirsutismo;;
2) Inibição do eixo 2) Inibição do eixo hipotálamohipotálamo--hipófisehipófise--suprasupra--renalrenal;;
3) Atraso/Inibição do crescimento;3) Atraso/Inibição do crescimento;
4) Alterações menstruais, amenorréia secundária, 4) Alterações menstruais, amenorréia secundária, 
menopausa precoce;menopausa precoce;
5) Impotência;5) Impotência;
6) Insuficiência adrenal secundária; 6) Insuficiência adrenal secundária; 6) Insuficiência adrenal secundária; 6) Insuficiência adrenal secundária; 
7) Obesidade centrípeta.7) Obesidade centrípeta.
VIII VIII –– AlteraçõesAlterações imunológicasimunológicas::
1) Supressão da hipersensibilidade tardia;1) Supressão da hipersensibilidade tardia;
2) Diminuição da resposta inflamatória;2) Diminuição da resposta inflamatória;
3) 3) NeutrofiliaNeutrofilia, , linfocitopenialinfocitopenia e e monocitopeniamonocitopenia;;
4) Maiorsuscetibilidade às infecções;4) Maior suscetibilidade às infecções;
5) 5) RecidivarRecidivar tuberculose; tuberculose; estrongiloidíaseestrongiloidíase grave.grave.
Efeitos colaterais dos GCEfeitos colaterais dos GCIX IX –– CutâneosCutâneos::
1) Retardo na cicatrização;1) Retardo na cicatrização;
2) Atrofia do subcutâneo;2) Atrofia do subcutâneo;
3) Estrias;3) Estrias;
4) Púrpura;4) Púrpura;
5) Equimoses;5) Equimoses;
6) 6) PetéquiasPetéquias;;
7) 7) PaniculitesPaniculites;;7) 7) PaniculitesPaniculites;;
8) Acne;8) Acne;
9) Pletora.9) Pletora.
X X -- VascularesVasculares
1) 1) VasculitesVasculites; ; 
2) Tromboembolismo; 2) Tromboembolismo; ↑ hemácias e plaquetas↑ hemácias e plaquetas
3) Aceleração da aterosclerose.3) Aceleração da aterosclerose.
XI XI –– PseudoPseudo--reumatismo reumatismo cortisônicocortisônico
Efeitos adversos Efeitos adversos 
dos glicocorticóides dos glicocorticóides inalatóriosinalatórios (GC In)
na orofaringe e laringe: na orofaringe e laringe: 
disfonia [miopatia dos músculos laríngeos], candidíase, tosse, 
hipertrofia de língua e aumento da sede .
No início, acreditava-se que os pacientes estavam livres das complicações 
sistêmicas, mas, posteriormente, diversos casos de SC foram descritos na sistêmicas, mas, posteriormente, diversos casos de SC foram descritos na 
literatura em pacientes asmáticos que utilizavam GC In.
Os efeitos sistêmicos variam conformeOs efeitos sistêmicos variam conforme a dose, a pneumopatia e 
características individuais.
Efeitos sistêmicos:Efeitos sistêmicos:
retardo de crescimento nas crianças, osteoporose, catarata e 
glaucoma. Há relatos isolados de associação com distúrbios 
psiquiátricos, dislipidemia, miopatia ou alterações da pele .
Romanholi & Salgado. Arq Bras Endocrinol Metab 2007;51/8
Caso real: JLB é diabético e portador de hipertensão arterial e 
utilizava nifedipina, metformina, glimepirida, e hidroclorotiazida 
(irregularmente). Lamentavelmente, desenvolveu nefropatia (não 
diabética) e a conduta do nefrologista foi prescrever prednisona 
80 mg/dia (a dose fisiológica é de até 7,5 mg/dia). Tendo artrose 
no joelho, foi orientado utilizar paracetamol em caso de 
apresentar dor (SIC).
Para uma prescrição racional de medicamentos, antes de 
prescrever, o médico deve estar ciente de possíveis efeitos 
colaterais para considerar riscos e benefícios. colaterais para considerar riscos e benefícios. 
1) Liste quais as principais implicações clínicas 
gerais do emprego desta medicação para a saúde 
de qualquer paciente e, especialmente, no caso do 
senhor JLB (que cuidados você teria com ele)? 
Procure organizar sua resposta com uma lista de 
colaterais e um breve comentário dos cuidados. 
aferição da PA; 
peso; 
pressão intra-ocular; 
cuidados especiais 
de monitorização prévia e/ou durante o uso:
VDRL; 
hemograma; 
coagulograma; pressão intra-ocular; 
Telerradiografia; 
PPD; 
EPF (estrongiloidíase); 
EAS; 
coagulograma; 
função renal; 
função hepática; 
densitometria óssea; 
curva de crescimento.
Corticoterapia SistêmicaCorticoterapia Sistêmica
Prevenção dos efeitos colateraisPrevenção dos efeitos colaterais::
1) 1) Cuidados dietéticos Cuidados dietéticos (respeitar condições(respeitar condições gerais do gerais do 
paciente e a doença de base):paciente e a doença de base):
•• Dieta hipocalórica com Dieta hipocalórica com ↓↓ lípidios e carboidratoslípidios e carboidratos;;
•• Aumentar ingesta protéica Aumentar ingesta protéica (suplementação);
•• Reduzir conteúdo de sal (NaCl)Reduzir conteúdo de sal (NaCl);;
•• Suplementar cálcio e potássioSuplementar cálcio e potássio..•• Suplementar cálcio e potássioSuplementar cálcio e potássio..
2) 2) Fisioterapia e Fisioterapia e atividade física atividade física programadaprogramada
3) 3) Medicamentos Medicamentos (individualizar): : 
antidiabéticos orais e/oantidiabéticos orais e/ou insulina, antiinsulina, anti--hipertensivos, hipertensivos, 
vitamina D, alendronato, vitamina D, alendronato, anabolizantes
J Investig Allergol Clin 
Immunol 2010
Vol. 20(5): 446-453
Allergo
________________________
________________________
Allergo
__________
________________________
PROBLEMAS RELACIONADOS PROBLEMAS RELACIONADOS 
com a interrupção abrupta da terapia:com a interrupção abrupta da terapia:
1) Recidiva da doença base 1) Recidiva da doença base que motivou sua que motivou sua 
prescrição prescrição 
2) Quadro de insuficiência adrenocortical 2) Quadro de insuficiência adrenocortical 2) Quadro de insuficiência adrenocortical 2) Quadro de insuficiência adrenocortical 
pode ser precipitada por situações de estresse tais como 
infecções graves, traumas, cirurgias etc. 
3) Síndrome da retirada 3) Síndrome da retirada ou deprivaçãoou deprivação
de corticosteróidesde corticosteróides
PROBLEMAS RELACIONADOS com a PROBLEMAS RELACIONADOS com a 
interrupção abrupta da terapia:interrupção abrupta da terapia:
2) Quadro de insuficiência adrenocortical 2) Quadro de insuficiência adrenocortical 2) Quadro de insuficiência adrenocortical 2) Quadro de insuficiência adrenocortical 
pode ser precipitada por situações de estresse tais como 
infecções graves, traumas, cirurgias etc. 
55
00
55
00 n = 20 pacientesn = 20 pacientesn = 20 pacientesn = 20 pacientes
RESPOSTA DO CORTISOL AO STRESS CIRÚRGICORESPOSTA DO CORTISOL AO STRESS CIRÚRGICORESPOSTA DO CORTISOL AO STRESS CIRÚRGICORESPOSTA DO CORTISOL AO STRESS CIRÚRGICO
505050
404040
303030
n = 20 pacientesn = 20 pacientesn = 20 pacientes
C
o
r
t
i
s
o
l
 
p
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s
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á
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i
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(
µ
µ µ
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000 222 444 666 888 111 333 555 777
202020
101010
Pequena cirurgiaPequena cirurgiaPequena cirurgia
Grande cirurgiaGrande cirurgiaGrande cirurgia
HorasHorasHoras DiasDiasDias
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“Não há recomendação definitiva a respeito da terapia 
glucocorticóide perioperatória.
A abordagem mais conservadora deve considerar 
paciente de risco para ter insuficiência adrenocortical 
aquele que recebeu o equivalente a: aquele que recebeu o equivalente a: 
20 mg de prednisona diariamente por 3 semanas ou
o equivalente a 7,5 mg de prednisona/d por 1 mês no 
último ano.”
Current Medical Diagnosis & Treatment, 2005
hormônios tireoideanos aumentam o metabolismo do cortisol e 
podem precipitar crise adrenal. 
A reposição de hidrocortisona deve ser iniciada antes do 
hormônio da tireóide em pacientes com hipotireoidismo e 
insuficiência adrenal.
Suspensão abrupta de terapia Suspensão abrupta de terapia 
com GC pode resultar em com GC pode resultar em 
““crise adrenal agudacrise adrenal aguda””
•• Hipotensão e choqueHipotensão e choque • Hipertermia• Hipertermia
•• Desidratação Desidratação • Taquicardia• Taquicardia
•• Náusea e vômito Náusea e vômito • Anorexia • Anorexia 
•• Fraqueza e apatia Fraqueza e apatia • Hipoglicemia • Hipoglicemia 
•• Confusão mentalConfusão mental • Desorientação• Desorientação
CORTICOSTERÓIDESCORTICOSTERÓIDES
Insuficiência SR aguda:
NaCl 0,9% + Soro Glicosado EV.
BOLO: Hidrocortisona 100 mg IV 
+ 100 mg a cada 8 horas (infusão contínua)
Estabilizando, passa para IM 25 mg 6/6 ou 8/8 horasPosteriormente segue o da ISRC.Posteriormente segue o da ISRC.
Dexametasona (não confirmada a ISRA) 4mg 
(não interfere com dosagem de cortisol).
Insuficiência SR crônica:
hidrocortisona: 20 a 30 mg/d (15mg ao acordar e 5 mg no final da tarde).
Prednisona ou dexametasona VO.
PROBLEMAS RELACIONADOS com a PROBLEMAS RELACIONADOS com a 
interrupção abrupta da terapia:interrupção abrupta da terapia:
3) Síndrome da retirada 3) Síndrome da retirada ou deprivaçãoou deprivação
de corticosteróidesde corticosteróidesde corticosteróidesde corticosteróides
“Síndrome de retirada”
Os primeiros relatos de “síndrome de retirada” foram
descritos por Amatruda em 1960, tratando-se de patologia 
caracterizada por 
letargia, anorexia, náuseas, mialgia, 
cefaléia, perda de peso, febre, artralgia, cefaléia, perda de peso, febre, artralgia, 
descamação de pele, hipotensão postural e 
outros sinais e sintomas inespecíficos.
É patologia pouco compreendida na prática clínica e sua atual 
prevalência não está determinada.
Romanholi & Salgado. Arq Bras Endocrinol Metab 2007;51/8
CorticoterapiaCorticoterapia SistêmicaSistêmica
Semelhanças entreSemelhanças entre ““Síndrome da RetiradaSíndrome da Retirada
ou Deprivação de Corticosteróides” e ou Deprivação de Corticosteróides” e 
Insuficiência Adrenocortical SecundáriaInsuficiência Adrenocortical Secundária::
•• Letargia e astenia Letargia e astenia • Anorexia• Anorexia•• Letargia e astenia Letargia e astenia • Anorexia• Anorexia
•• Emagrecimento Emagrecimento • Náuseas• Náuseas
•• Descamação de pele Descamação de pele • Hipertermia• Hipertermia
•• Artralgia e mialgia Artralgia e mialgia • Tonturas• Tonturas
•• Hipotensão ortostática Hipotensão ortostática • Hipoglicemia• Hipoglicemia
retirada de glicocorticóides 
Romanholi & Salgado.
Protocolo de redução e retirada de glicocorticóides 
proposto por Samuels
Dose de
prednisona/solona Protocolo Redução (intervalo)
> 20 mg 25% 4 dias
10-20 mg 2,5 mg 7 dias
< 10 mg 2,5 mg 15 dias
Corticoterapia - Longui CA Jornal de Pediatria - Vol. 83, Nº 5(Supl), 2007
Planejamento para Suspensão de Terapia Planejamento para Suspensão de Terapia 
com Corticosteróidescom Corticosteróides
1) Concentrar a posologia em dose única1) Concentrar a posologia em dose única matinalmatinal
2) Reduzir doses, segundo esquema a ser visto adiante2) Reduzir doses, segundo esquema a ser visto adiante
3) Ao atingir faixa fisiológica do GC, trocar3) Ao atingir faixa fisiológica do GC, trocar para para 
hidrocortisona (HC) 20 mg/dia hidrocortisona (HC) 20 mg/dia (ou prednisona 5mg/d)
4) Reduzir HC para 10 mg/dia, pela manhã4) Reduzir HC para 10 mg/dia, pela manhã4) Reduzir HC para 10 mg/dia, pela manhã4) Reduzir HC para 10 mg/dia, pela manhã
5) Passar HC (10 mg) para dias alternados5) Passar HC (10 mg) para dias alternados
6) Suspender HC quando cortisol plasmático 6) Suspender HC quando cortisol plasmático 
basal basal ≥≥≥≥≥≥≥≥ 10 10 µµg/dlg/dl
7) Repor GC em situações de 7) Repor GC em situações de stressstress, até resposta normal do , até resposta normal do 
cortisol ao ACTH cortisol ao ACTH (> 20 (> 20 µµg/dl)g/dl)
Esquema para Retirada deEsquema para Retirada de
Terapia com CorticosteróidesTerapia com Corticosteróides
Com base naCom base na PrednisonaPrednisona em uso crônico em uso crônico (> 2 meses):(> 2 meses):
•• Reduzir a dose, segundo o esquema:Reduzir a dose, segundo o esquema:
Dose AltaDose Alta Dose MédiaDose Média Dose BaixaDose Baixa
(40(40--100 mg/d)100 mg/d) (15(15-- 40 mg/d)40 mg/d) (5(5-- 15 mg/d)15 mg/d)(40(40--100 mg/d)100 mg/d) (15(15-- 40 mg/d)40 mg/d) (5(5-- 15 mg/d)15 mg/d)
1/5 da dose1/5 da dose 1/4 da dose1/4 da dose 1/4 da dose1/4 da dose
por 2 semanaspor 2 semanas por 2 semanaspor 2 semanas por 1 semanapor 1 semana
•• Tentar dias alternados após 1 a 2 mesesTentar dias alternados após 1 a 2 meses
Esquema para Retirada deEsquema para Retirada de
Terapia com CorticosteróidesTerapia com Corticosteróides
Com base na Prednisona, em uso por tempo Com base na Prednisona, em uso por tempo 
intermediário (2 semanas a 2 meses):intermediário (2 semanas a 2 meses):
•• Reduzir a dose, segundo o esquema:Reduzir a dose, segundo o esquema:•• Reduzir a dose, segundo o esquema:Reduzir a dose, segundo o esquema:
Dose AltaDose Alta Dose MédiaDose Média Dose BaixaDose Baixa
(40(40--100 mg/d)100 mg/d) (15(15-- 40 mg/d)40 mg/d) (5(5-- 15 mg/d)15 mg/d)
1/4 da dose1/4 da dose 1/3 da dose1/3 da dose 1/3 da dose1/3 da dose
por 1 semanapor 1 semana por 1 semanapor 1 semana por 3 a 4 diaspor 3 a 4 dias
•• Tentar dias alternados após 1 mês, naquelesTentar dias alternados após 1 mês, naqueles com doses altas com doses altas 
Esquema para Retirada deEsquema para Retirada de
Terapia com CorticosteróidesTerapia com Corticosteróides
Com base na PrednisonaPrednisona, em uso por por 
tempo curto (< 2 semanas):tempo curto (< 2 semanas):
•• Reduzir a dose, segundo o esquema:Reduzir a dose, segundo o esquema:
Dose AltaDose Alta Dose MédiaDose Média Dose BaixaDose Baixa
(40(40--100 mg/d)100 mg/d) (15(15-- 40 mg/d)40 mg/d) (5(5-- 15 mg/d)15 mg/d)
1/3 da dose1/3 da dose
por 3 a 4 diaspor 3 a 4 dias redução gradual não necessáriaredução gradual não necessária
CORTICOSTERÓIDESCORTICOSTERÓIDES
Insuficiência SR aguda:
NaCl 0,9% + Soro Glicosado EV.
BOLO: Hidrocortisona 100 mg IV 
+ 100 mg a cada 8 horas (infusão contínua)
Estabilizando passa para IM 25 mg 6/6 ou 8/8 horas
ou 
Metilprednisolona 40 – 80 mg IV ou,
Prednisona 30 – 60 mg VO.
Doses subseqüentes de hidrocortisona:
3mg/Kg de peso 4/4 horas até sair da crise.
Caso real: JLB é diabético e portador de hipertensão 
arterial e utilizava nifedipina, metformina, glimepirida, 
e hidroclorotiazida (irregularmente). Lamentavelmente, 
desenvolveu nefropatia (não diabética) e a conduta do 
nefrologista foi prescrever prednisona 80 mg/dia. 
Tendo artrose no joelho, foi orientado utilizar 
paracetamol em caso de apresentar dor (SIC).
Para uma prescrição racional de medicamentos, antes de 
prescrever, o médico deve estar ciente de possíveis efeitos prescrever, o médico deve estar ciente de possíveis efeitos 
colaterais para considerar riscos e benefícios. 
1) Liste quais as principais implicações clínicas gerais do emprego 
desta medicação para a saúde de qualquer paciente e, 
especialmente, no caso do senhor JLB (que cuidados você teria 
com ele)? Procure organizar sua resposta com uma lista de 
colaterais e um breve comentário dos cuidados. 
1. Paciente asmático, 25 anos, em uso de meticorten há 1 
ano. Sentindo-se bem decidiu interromper a medicação. 
Quais os riscos e benefícios desta ação?
2. Homem de 70 anos, DM 2, desenvolve fibrose pulmonar 
idiopática. Esquema utilizado: 60 mg/d de prednisona. 
Qual o cuidado metabólico exigido neste caso? 
3. Mulher, 60 anos, portadora de artrite reumatóide. Em uso 
exercícios:
3. Mulher, 60 anos, portadora de artrite reumatóide. Em uso 
de decadron (tempo prolongado). A densitometria óssea 
evidencia osteopenia acentuada do colo do fêmur. 
Conduta.
4. Paciente com rinite alérgica. Faz uso crônico de anti-H1 e 
α1-agonista já com dependência da mucosa (ou sem 
sucesso). Qual seria outra opção? Discuta riscos e 
benefícios.
5. Asmático chega ao pronto-socorro gravemente 
dispneico. Foi decidido aplicar-lhe soro fisiológico + 
corticoide. Qual a sua escolha? Justifique.
6. Semanas após o emprego de deflazacort para psoríase, o 
paciente iniciou quadro de tosse + febre + 
emagrecimento. Foi considerada a hipótese diagnóstica 
de... Discuta quanto aos oportunistas os cuidados 
relevantes que devem ser considerados.relevantes que devem ser considerados.
7. Paciente de 45 anos, com síndrome de Sheehan, em uso 
de levotiroxina, combinação de estrógeno + 
progestágenos, precisa ainda empregar...8. JFM, 50 anos, GJ140 mg/dl, em uso de HCTZ, fará 
novo implante de dente (último há 3 anos). Seu dentista 
utiliza dexametasona no pré e pós-operatório. Avalie R 
x B.

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