Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
�PAGE � �PAGE �2� DIREITO PENAL PRINCÍPIOS TIPO FUNÇÃO (atinge) CARACTERÍSTICAS Princípio da Intervenção Mínima Direito Penal o Direito Penal tem um caráter fragmentário e subsidiário. Ele só atua em última instância Princípio da Insignificância Penal exclui a tipicidade (causa supralegal) o direito penal não deve se preocupar com bagatelas Princípio da Adequação Social da Conduta exclui a tipicidade (causa supralegal) a conduta, embora descrita no CP não é crime; tolerância da sociedade (boxe) Princípio da Legalidade crime não há crime sem lei anterior e pena sem prévia cominação legal. Visa a segurança jurídica. Exceção: lei temporária Princípio da Reserva Legal crime lei deve ser anterior ao fato. Evita Juízo de Exceção Princípio da Especialidade conflito aparente de normas norma especial deve ser adotada no lugar da geral (latrocínio no lugar de homicídio) Princípio da Subsidiariedade conflito aparente de normas soldado de reserva. O agente paga pelos atos executórios se principal não ocorrer Princípio da Consunção ou Absorção conflito aparente de normas quando um crime está inserido em outro (estupro absorve constrangimento ilegal) Princípio da Alternatividade conflito aparente de normas o agente responderá por um crime apenas mesmo tendo flexionado vários verbos do caput (comprar, vender e guardar tóxicos) Princípio da Territorialidade lei penal no espaço a lei é aplicável em todo território brasileiro, com exceções: navios e aviões públicos onde estiverem e particulares se em mar territorial ou espaço aéreo (o contrário para os estrangeiros) Princípio da Extraterritorialidade extraterritorialidade aplica-se a lei brasileira em crimes cometidos no exterior segundo a lei Princípio da Nacionalidade ou da Personalidade Ativa extraterritorialidade adotada pelo CP. A lei brasileira é aplicável ao cidadão brasileiro que cometeu crime onde quer que esteja Princípio da Nacionalidade ou da Personalidade Passiva extraterritorialidade a lei é aplicável contra quem afeta seu bem jurídico protegido Princípio da Defesa, Real ou de Proteção extraterritorialidade protege-se o bem jurídico independente de quem cometeu e onde Princípio da Justiça Universal ou Cosmopolita extraterritorialidade (pisou aqui, dançou) país pune crime, seja quem cometeu e onde, desde que esteja no seu território Princípio da Representação extraterritorialidade (bandeira - navios e aviões) a lei do país também é aplicável a navios e aviões Princípio da Territorialidade Temperada extraterritorialidade (exceção à regra) excepcionalmente, permite-se a aplicação da lei estrangeira, quando assim estabelecer algum tratado ou convenção internacional ou alguma outra regra de direito internacional (imunidade parlamentar e diplomática). Princípio da Alteridade cogitação do crime não constitui fato punível até que se projete no mundo exterior --- Princípio de Humanidade aplicação da pena processo justo e pena adequada. O criminoso tem direitos. Excluiu penas físicas forçadas, perpétuas etc. E penas mais graves para outros (tortura) Princípio da Legalidade aplicação da pena não se pode aplicar pena sem prévia cominação legal. Lei só retroage para beneficiar o réu. Observar tipos penais abertos (gestão temerária) e normas penais em branco (que necessita de complemento). Ambas tem a pena pré-fixada Princípio da Personalidade aplicação da pena nenhuma pena passará da pessoa do condenado. E perdimento de bens? São aqueles “lícitos” que o agente arrecadou com o crime. Os herdeiros ficam sem eles. Até porque os bens ilícitos serão confiscados e não podem ser transferidos aos herdeiros Princípio da Culpabilidade aplicação da pena além do dolo e da culpa serem exigidos para que haja crime, faz-se necessário que o agente pudesse tê-lo evitado e não o fez. Princípio da Individualização aplicação da pena aplica-se a pena observando o indivíduo que praticou o crime, até porque inexistem pessoas idênticas Princípio da Proporcionalidade aplicação da pena é um limitador de excessos. O Juiz deve atentar para a culpabilidade, antecedentes, conduta social, personalidade, motivos, circunstâncias e conseqüências, além do comportamento da vítima. Sublinhado = crime; resto = agente Princípio da Inderrogabilidade aplicação da pena após fixada a pena, há que se respeitar a suspensão e o livramento condicional, perdão judicial, extinção da punibilidade etc. A exceção seria a Revisão Criminal, óbvio Princípio da Premissa Maior Articulada aplicação da pena no Direito Penal há que se aplicar a norma seca, sem desvios (pro reo) TEORIAS TIPO FUNÇÃO (atinge) CARACTERÍSTICAS Teoria da Atividade lugar do crime onde ocorreu a ação ou omissão Teoria do Resultado lugar do crime onde ocorreu a consumação ou resultado Teoria da Ubiquidade lugar do crime adotada pelo CP. Vale a ação, omissão, consumação e resultado Teoria da Ação Socialmente Adequada erro o agente, e não a sociedade, admite que a conduta é adequada Teoria da Atividade tempo do crime considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, independente do resultado Teoria Causalista, Naturalista, Tradicional, Clássica ou Causal-Naturalista conduta cometeu ato tido como crime deve ser punido. Não há distinção de dolo ou culpa (pouco importa). Não explica o crime tentado Teoria Social, da Ação Socialmente Adequada (indivíduo), da Adequação Social (sociedade ou Normativa conduta a conduta socialmente relevante era crime. Dificuldade em se determinar o que era relevante. Subjetivo Teoria Finalista da Ação conduta adotada pelo CP. O conteúdo da vontade está na ação. Dolo e culpa importam Teoria Naturalística resultado é a modificação do mundo exterior. Só se aplica aos crimes materiais, já que nos formais não é necessário que ocorra e nos de mera conduta sequer ocorrerá Teoria Jurídica ou Normativa resultado é a lesão ou perigo de lesão gerado pela conduta Teoria da Vontade dolo adotada pelo CP para o dolo direito. Ação consciente e voluntária Teoria da Representação dolo simples previsão do resultado. Errada. Serve para culpa Teoria do Assentimento dolo adotada pelo CP para o dolo eventual. Agente consente (foda-se) Teoria Subjetiva execução do crime só de externar algo já é crime. Pessoa com faca na mão é criminoso Teoria Objetiva execução do crime adotada pelo CP. Há que se demonstrar a real intenção. Agente põe a mão na bicicleta Teoria Objetiva-Subjetiva ou Objetiva Material execução do crime é minoria na doutrina. Basta indícios de intenção. Agente fica rodeando bicicleta Teoria Unitária estado de necessidade é sempre causa excludente de ilicitude Teoria Diferenciadora estado de necessidade se o bem sacrificado for de valor igual ou maior que o salvo exclui a culpabilidade Teoria Psicológica culpabilidade Von Liszt e Beling. Inspirada na Teoria Causal da Ação. O que importa é a conduta e o resultado. Dolo e culpa na culpabilidade Teoria Psicológico-Normativa ou Normativa culpabilidade Reinhard Frank. Exigiu consciência atual da ilicitude. Teoria do Dolo Normativo. Admitiu a exigibilidade de conduta adversa Teoria Normativa Pura culpabilidade Hartmann, GrafZu e Welzel. Transformou a exigibilidade... em potencial consciência da ilicitude. Retira dolo e culpa Teoria Estrita ou Extremada culpabilidade origem na Teoria Normativa. Toda descriminante putativa é erro de proibição Teoria Limitada da Culpabilidade culpabilidade origem na Teoria Normativa. Situação de fato (descriminante putativa fática) = erro de tipo. Existência ou limite de causa de justificação = erro de proibição. Adotada pelo Código Penal (erro de tipo e de proibição + descriminantes putativas) Teoria da Culpabilidade que remete à Consequência Jurídica culpabilidade explica que erro sobre situação de fato nas descrminantes putativas não pode constituir erro de tipo excludente de dolo. O agente comete o crime com dolo e o dolo está no tipo. Logo não se exclui um do outro. O que se exclui é a culpabilidade dolosa Teoria restritiva autoria autor é quem pratica os verbos do tipo. Mentornão é autor. Adotada pelo Código Penal --- Teoria extensiva autoria autor é todo aquele que concorre de qualquer forma para o crime, bastando a colaboração intelectual Teoria do Domínio do Fato autoria aquele que detém o controle final do crime é autor. Decorre da restritiva. Autoria Mediata = agente se utiliza de pessoa sem condições de discernimento para realizar o crime Teoria unitária ou monista natureza jurídica do concurso de pessoas todos que contribuem para o crime são autores e partícipes = objetiva. Adotada pelo Código Penal. Existem exceções (124/126 e 235, 317/333) Teoria dualista natureza jurídica do concurso de pessoas crimes são diferentes. Autores respondem por X e partícipes por Y Teoria pluralística natureza jurídica do concurso de pessoas crimes diferentes. Cada um responde por um crime = subjetiva Teoria da acessoriedade mínima natureza jurídica da participação partícipe responderia mesmo que o ato do Autor fosse lícito e o seu não. Exemplo: quando instigasse o agente a agir em legítima defesa Teoria da hiperacessoriedade natureza jurídica da participação o partícipe só seria punido se o Autor assim o fosse. Ora, pode ser este absolvido e o partícipe não Teoria da acessoriedade limitada natureza jurídica da participação adotada por alguns. Partícipe responde se o ato do Autor for típico e ilícito. O único problema se dá quando o agente instiga um doente mental a cometer um crime, é considerado partícipe e não autor mediato. ERRO Teoria da acessoriedade máxima natureza jurídica da participação aqui o partícipe responde se o ato do Autor for típico, ilícito e culpável. Para esta teoria, aquele que instiga um menor de 18 anos a cometer crime não é partícipe (falta culpabilidade). É neste caso autor mediato. É a melhor a ser utilizada Teoria retribucionista (ou absolutista) finalidade da pena pena tem o fim de castigar o criminoso. Defendida por Kant Teoria prevencionista finalidade da pena de Luigi Ferrajoli. Pena tem que ter fim de prevenção especial (do condenado) e integradora (contra a criminalidade) Teoria da finalidade ressocializadora finalidade da pena pena tem caráter tríplice: retribuir (pumir), prevenir e ressocializar. Adotada pelo CP e LEP Teoria Objetiva/Subjetiva crime continuado além de características objetivas coincidentes, há que se analisar também critérios subjetivos comuns, tais como unidade de dolo etc Teoria Puramente Objetiva crime continuado o que interessa é a homogeneidade dos elementos exteriores, a prática continuada de crimes. Adotada pelo CP. STF e STJ requerem também a unidade de desígnios. Não alcança quem faz do crime sua profissão Teoria da Unidade Real crime continuado considera as várias violações componentes de um crime Teoria da Ficção Jurídica crime continuado é apenas uma criação legal já que na realidade existem vários crimes --- --- Teoria Mista crime continuado não se cogita a unidade ou pluralidade de delitos, mas um terceiro crime que é o próprio concurso Sistema do Duplo Binário medida de segurança não utilizado pela lei penal brasileira. Prevê aplicação conjunta de pena e medida de segurança para inimputáveis e semi-imputáveis Sistema Vicariante medida de segurança aplica-se apenas medida de segurança para inimputáveis e pena ou medida de segurança para os semi-inimputáveis. Adotada pelo CP EXPRESSÕES EM LATIM TIPO FUNÇÃO (atinge) CARACTERÍSTICAS Contra legem fontes formais mediatas (costume) inaplicabilidade da norma por desuso (não admitido porque não pode revogar a lei) Secundum legem fontes formais mediatas (costume) orienta a aplicação da lei penal, conforme caso concreto Praeter legem fontes formais mediatas (costume) preenche lacunas e especifica o conteúdo da norma Ubi eadem ratio, ibi eadem jus analogia onde existe razão fundamental prevalece a mesma regra de direito Tempus regit actum princípio da lei penal no tempo normalmente a lei rege o fato praticado na sua vigência. Exceções: retroatividade, ultratividade e extra-atividade Novatio legis incriminadora princípio da lei penal no tempo lei nova cria crime. Não retroage Abolitio criminis princípio da lei penal no tempo lei nova retira crime. Retroage Novatio legis in pejus (lex gravior) princípio da lei penal no tempo lei nova piora crime. Não retroage Novatio legis in mellius (lex mitior) princípio da lei penal no tempo lei nova melhora crime. Retroage Iter criminis crime consumado e tentado é a cogitação, atos preparatórios, execução e consumação do crime Aberratio ictus legítima defesa é quando na reação o agente erra. Pagará pelo que pretendia. Não exclui responsabilidade civil Actio libera in causa imputabilidade ação livre na causa. O agente decide se deve ou não fazer algo. Exemplo: embriaguez. Se bebe e assume o risco = dolo; se espera que não se produza = culpa; se estiver completamente embriagado de modo a não ser possível prever a ocorrência do crime = exclui dolo e culpa (atípico) Simples Sursis condenado presta serviços à comuidade e tem final de semana limitado durante um ano. É o mais rigoroso. Só cabe em pena privativa de liberdade não superior a dois anos Especial Sursis além da pena não ser superior a dois anos, tem que reparar o dano. Não frequentará certos lugares, não se ausentará da Comarca sem autorização judicial e comparecerá todos mês ao Cartório para informar --- Etário Sursis para maiores de 70 anos de idade. Pena não superior a quatro anos, que ficará suspensa de 4 à 6 anos. Cabe os outros sursis para o maior de 70 anos Humanitário Sursis para pessoas que possuem problemas de saúde, também condenado por pena não superior a quatro anos. A suspensão também será de 4 à 6 anos Substituição da pena Sursis para se conceder o sursis é necessário que não caiba a substituição da pena privativa de liberdade pela restritiva de direitos, sendo que estas últimas, nem as de multa, podem ser suspensas Reparação Ex Delicto execução de sentença penal condenatória a condenação torna certa a obrigação de indenizar o dano causado pelo crime. A execução ocorrerá no juízo cível após trânsito Ex nunc extinção da punibilidade para o futuro, a partir do seu advento Ex tunc extinção da punibilidade efeito retroativo. Por exemplo: anistia e abolitio criminis Goiânia, 14 de março de 2006. Geraldo Fonseca Neto.
Compartilhar