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DIREITO PENAL - Princípios e Teorias etc

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DIREITO PENAL
PRINCÍPIOS
TIPO
FUNÇÃO (atinge)
CARACTERÍSTICAS
Princípio da Intervenção Mínima
Direito Penal
o Direito Penal tem um caráter fragmentário e subsidiário. Ele só atua em última instância
Princípio da Insignificância Penal
exclui a tipicidade (causa supralegal)
o direito penal não deve se preocupar com bagatelas
Princípio da Adequação Social da Conduta
exclui a tipicidade (causa supralegal)
a conduta, embora descrita no CP não é crime; tolerância da sociedade (boxe)
Princípio da Legalidade
crime
não há crime sem lei anterior e pena sem prévia cominação legal. Visa a segurança jurídica. Exceção: lei temporária
Princípio da Reserva Legal
crime
lei deve ser anterior ao fato. Evita Juízo de Exceção
Princípio da Especialidade
conflito aparente de normas
norma especial deve ser adotada no lugar da geral (latrocínio no lugar de homicídio)
Princípio da Subsidiariedade
conflito aparente de normas
soldado de reserva. O agente paga pelos atos executórios se principal não ocorrer
Princípio da Consunção ou Absorção
conflito aparente de normas
quando um crime está inserido em outro (estupro absorve constrangimento ilegal)
Princípio da Alternatividade
conflito aparente de normas
o agente responderá por um crime apenas mesmo tendo flexionado vários verbos do caput (comprar, vender e guardar tóxicos)
Princípio da Territorialidade
lei penal no espaço
a lei é aplicável em todo território brasileiro, com exceções: navios e aviões públicos onde estiverem e particulares se em mar territorial ou espaço aéreo (o contrário para os estrangeiros)
Princípio da Extraterritorialidade
extraterritorialidade
aplica-se a lei brasileira em crimes cometidos no exterior segundo a lei
Princípio da Nacionalidade ou da Personalidade Ativa
extraterritorialidade
adotada pelo CP. A lei brasileira é aplicável ao cidadão brasileiro que cometeu crime onde quer que esteja
Princípio da Nacionalidade ou da Personalidade Passiva
extraterritorialidade
a lei é aplicável contra quem afeta seu bem jurídico protegido
Princípio da Defesa, Real ou de Proteção
extraterritorialidade
protege-se o bem jurídico independente de quem cometeu e onde
Princípio da Justiça Universal ou Cosmopolita
extraterritorialidade (pisou aqui, dançou)
país pune crime, seja quem cometeu e onde, desde que esteja no seu território
Princípio da Representação
extraterritorialidade (bandeira - navios e aviões)
a lei do país também é aplicável a navios e aviões
Princípio da Territorialidade Temperada
extraterritorialidade (exceção à regra)
excepcionalmente, permite-se a aplicação da lei estrangeira, quando assim estabelecer algum tratado ou convenção internacional ou alguma outra regra de direito internacional (imunidade parlamentar e diplomática).
Princípio da Alteridade
cogitação do crime
não constitui fato punível até que se projete no mundo exterior
---
Princípio de Humanidade
aplicação da pena
processo justo e pena adequada. O criminoso tem direitos. Excluiu penas físicas forçadas, perpétuas etc. E penas mais graves para outros (tortura)
Princípio da Legalidade
aplicação da pena
não se pode aplicar pena sem prévia cominação legal. Lei só retroage para beneficiar o réu. Observar tipos penais abertos (gestão temerária) e normas penais em branco (que necessita de complemento). Ambas tem a pena pré-fixada 
Princípio da Personalidade
aplicação da pena
nenhuma pena passará da pessoa do condenado. E perdimento de bens? São aqueles “lícitos” que o agente arrecadou com o crime. Os herdeiros ficam sem eles. Até porque os bens ilícitos serão confiscados e não podem ser transferidos aos herdeiros
Princípio da Culpabilidade
aplicação da pena
além do dolo e da culpa serem exigidos para que haja crime, faz-se necessário que o agente pudesse tê-lo evitado e não o fez. 
Princípio da Individualização
aplicação da pena
aplica-se a pena observando o indivíduo que praticou o crime, até porque inexistem pessoas idênticas
Princípio da Proporcionalidade
aplicação da pena
é um limitador de excessos. O Juiz deve atentar para a culpabilidade, antecedentes, conduta social, personalidade, motivos, circunstâncias e conseqüências, além do comportamento da vítima. Sublinhado = crime; resto = agente
Princípio da Inderrogabilidade 
aplicação da pena
após fixada a pena, há que se respeitar a suspensão e o livramento condicional, perdão judicial, extinção da punibilidade etc. A exceção seria a Revisão Criminal, óbvio
Princípio da Premissa Maior Articulada
aplicação da pena
no Direito Penal há que se aplicar a norma seca, sem desvios (pro reo)
TEORIAS
TIPO
FUNÇÃO (atinge)
CARACTERÍSTICAS
Teoria da Atividade
lugar do crime
onde ocorreu a ação ou omissão
Teoria do Resultado
lugar do crime
onde ocorreu a consumação ou resultado
Teoria da Ubiquidade
lugar do crime
adotada pelo CP. Vale a ação, omissão, consumação e resultado
Teoria da Ação Socialmente Adequada
erro
o agente, e não a sociedade, admite que a conduta é adequada
Teoria da Atividade
tempo do crime
considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, independente do resultado
Teoria Causalista, Naturalista, Tradicional, Clássica ou Causal-Naturalista
conduta
cometeu ato tido como crime deve ser punido. Não há distinção de dolo ou culpa (pouco importa). Não explica o crime tentado
Teoria Social, da Ação Socialmente Adequada (indivíduo), da Adequação Social (sociedade ou Normativa
conduta
a conduta socialmente relevante era crime. Dificuldade em se determinar o que era relevante. Subjetivo
Teoria Finalista da Ação
conduta
adotada pelo CP. O conteúdo da vontade está na ação. Dolo e culpa importam
Teoria Naturalística
resultado
é a modificação do mundo exterior. Só se aplica aos crimes materiais, já que nos formais não é necessário que ocorra e nos de mera conduta sequer ocorrerá
Teoria Jurídica ou Normativa
resultado
é a lesão ou perigo de lesão gerado pela conduta
Teoria da Vontade
dolo
adotada pelo CP para o dolo direito. Ação consciente e voluntária
Teoria da Representação
dolo
simples previsão do resultado. Errada. Serve para culpa
Teoria do Assentimento
dolo
adotada pelo CP para o dolo eventual. Agente consente (foda-se)
Teoria Subjetiva
execução do crime
só de externar algo já é crime. Pessoa com faca na mão é criminoso
Teoria Objetiva
execução do crime
adotada pelo CP. Há que se demonstrar a real intenção. Agente põe a mão na bicicleta
Teoria Objetiva-Subjetiva ou Objetiva Material
execução do crime
é minoria na doutrina. Basta indícios de intenção. Agente fica rodeando bicicleta
Teoria Unitária
estado de necessidade
é sempre causa excludente de ilicitude
Teoria Diferenciadora
estado de necessidade
se o bem sacrificado for de valor igual ou maior que o salvo exclui a culpabilidade
Teoria Psicológica
culpabilidade
Von Liszt e Beling. Inspirada na Teoria Causal da Ação. O que importa é a conduta e o resultado. Dolo e culpa na culpabilidade
Teoria Psicológico-Normativa ou Normativa
culpabilidade
Reinhard Frank. Exigiu consciência atual da ilicitude. Teoria do Dolo Normativo. Admitiu a exigibilidade de conduta adversa
Teoria Normativa Pura
culpabilidade
Hartmann, GrafZu e Welzel. Transformou a exigibilidade... em potencial consciência da ilicitude. Retira dolo e culpa
Teoria Estrita ou Extremada
culpabilidade
origem na Teoria Normativa. Toda descriminante putativa é erro de proibição 
Teoria Limitada da Culpabilidade
culpabilidade
origem na Teoria Normativa. Situação de fato (descriminante putativa fática) = erro de tipo. Existência ou limite de causa de justificação = erro de proibição. Adotada pelo Código Penal (erro de tipo e de proibição + descriminantes putativas)
Teoria da Culpabilidade que remete à Consequência Jurídica
culpabilidade
explica que erro sobre situação de fato nas descrminantes putativas não pode constituir erro de tipo excludente de dolo. O agente comete o crime com dolo e o dolo está no tipo. Logo não se exclui um do outro. O que se exclui é a culpabilidade dolosa
Teoria restritiva
autoria
autor é quem pratica os verbos do tipo. Mentornão é autor. Adotada pelo Código Penal
---
Teoria extensiva
autoria
autor é todo aquele que concorre de qualquer forma para o crime, bastando a colaboração intelectual
Teoria do Domínio do Fato
autoria
aquele que detém o controle final do crime é autor. Decorre da restritiva. Autoria Mediata = agente se utiliza de pessoa sem condições de discernimento para realizar o crime
Teoria unitária ou monista
natureza jurídica do concurso de pessoas
todos que contribuem para o crime são autores e partícipes = objetiva. Adotada pelo Código Penal. Existem exceções (124/126 e 235, 317/333)
Teoria dualista
natureza jurídica do concurso de pessoas
crimes são diferentes. Autores respondem por X e partícipes por Y
Teoria pluralística
natureza jurídica do concurso de pessoas
crimes diferentes. Cada um responde por um crime = subjetiva
Teoria da acessoriedade mínima
natureza jurídica da participação
partícipe responderia mesmo que o ato do Autor fosse lícito e o seu não. Exemplo: quando instigasse o agente a agir em legítima defesa
Teoria da hiperacessoriedade
natureza jurídica da participação
o partícipe só seria punido se o Autor assim o fosse. Ora, pode ser este absolvido e o partícipe não
Teoria da acessoriedade limitada
natureza jurídica da participação
adotada por alguns. Partícipe responde se o ato do Autor for típico e ilícito. O único problema se dá quando o agente instiga um doente mental a cometer um crime, é considerado partícipe e não autor mediato. ERRO
Teoria da acessoriedade máxima
natureza jurídica da participação
aqui o partícipe responde se o ato do Autor for típico, ilícito e culpável. Para esta teoria, aquele que instiga um menor de 18 anos a cometer crime não é partícipe (falta culpabilidade). É neste caso autor mediato. É a melhor a ser utilizada
Teoria retribucionista (ou absolutista)
finalidade da pena
pena tem o fim de castigar o criminoso. Defendida por Kant
Teoria prevencionista
finalidade da pena
de Luigi Ferrajoli. Pena tem que ter fim de prevenção especial (do condenado) e integradora (contra a criminalidade)
Teoria da finalidade ressocializadora
finalidade da pena
pena tem caráter tríplice: retribuir (pumir), prevenir e ressocializar. Adotada pelo CP e LEP
Teoria Objetiva/Subjetiva
crime continuado
além de características objetivas coincidentes, há que se analisar também critérios subjetivos comuns, tais como unidade de dolo etc
Teoria Puramente Objetiva
crime continuado
o que interessa é a homogeneidade dos elementos exteriores, a prática continuada de crimes. Adotada pelo CP. STF e STJ requerem também a unidade de desígnios. Não alcança quem faz do crime sua profissão
Teoria da Unidade Real
crime continuado
considera as várias violações componentes de um crime
Teoria da Ficção Jurídica
crime continuado
é apenas uma criação legal já que na realidade existem vários crimes
---
---
Teoria Mista
crime continuado
não se cogita a unidade ou pluralidade de delitos, mas um terceiro crime que é o próprio concurso
Sistema do Duplo Binário
medida de segurança
não utilizado pela lei penal brasileira. Prevê aplicação conjunta de pena e medida de segurança para inimputáveis e semi-imputáveis
Sistema Vicariante
medida de segurança
aplica-se apenas medida de segurança para inimputáveis e pena ou medida de segurança para os semi-inimputáveis. Adotada pelo CP
EXPRESSÕES EM LATIM
TIPO
FUNÇÃO (atinge)
CARACTERÍSTICAS
Contra legem
fontes formais mediatas (costume)
inaplicabilidade da norma por desuso (não admitido porque não pode revogar a lei)
Secundum legem
fontes formais mediatas (costume)
orienta a aplicação da lei penal, conforme caso concreto
Praeter legem
fontes formais mediatas (costume)
preenche lacunas e especifica o conteúdo da norma
Ubi eadem ratio, ibi eadem jus
analogia
onde existe razão fundamental prevalece a mesma regra de direito
Tempus regit actum
princípio da lei penal no tempo
normalmente a lei rege o fato praticado na sua vigência. Exceções: retroatividade, ultratividade e extra-atividade
Novatio legis incriminadora
princípio da lei penal no tempo
lei nova cria crime. Não retroage
Abolitio criminis
princípio da lei penal no tempo
lei nova retira crime. Retroage
Novatio legis in pejus (lex gravior)
princípio da lei penal no tempo
lei nova piora crime. Não retroage
Novatio legis in mellius (lex mitior)
princípio da lei penal no tempo
lei nova melhora crime. Retroage
Iter criminis
crime consumado e tentado
é a cogitação, atos preparatórios, execução e consumação do crime
Aberratio ictus
legítima defesa
é quando na reação o agente erra. Pagará pelo que pretendia. Não exclui responsabilidade civil
Actio libera in causa
imputabilidade
ação livre na causa. O agente decide se deve ou não fazer algo. Exemplo: embriaguez. Se bebe e assume o risco = dolo; se espera que não se produza = culpa; se estiver completamente embriagado de modo a não ser possível prever a ocorrência do crime = exclui dolo e culpa (atípico)
Simples
Sursis
condenado presta serviços à comuidade e tem final de semana limitado durante um ano. É o mais rigoroso. Só cabe em pena privativa de liberdade não superior a dois anos
Especial 
Sursis
além da pena não ser superior a dois anos, tem que reparar o dano. Não frequentará certos lugares, não se ausentará da Comarca sem autorização judicial e comparecerá todos mês ao Cartório para informar
---
Etário
Sursis
para maiores de 70 anos de idade. Pena não superior a quatro anos, que ficará suspensa de 4 à 6 anos. Cabe os outros sursis para o maior de 70 anos
Humanitário
Sursis
para pessoas que possuem problemas de saúde, também condenado por pena não superior a quatro anos. A suspensão também será de 4 à 6 anos
Substituição da pena
Sursis
para se conceder o sursis é necessário que não caiba a substituição da pena privativa de liberdade pela restritiva de direitos, sendo que estas últimas, nem as de multa, podem ser suspensas
Reparação Ex Delicto
execução de sentença penal condenatória
a condenação torna certa a obrigação de indenizar o dano causado pelo crime. A execução ocorrerá no juízo cível após trânsito
Ex nunc
extinção da punibilidade
para o futuro, a partir do seu advento
Ex tunc
extinção da punibilidade
efeito retroativo. Por exemplo: anistia e abolitio criminis
Goiânia, 14 de março de 2006. Geraldo Fonseca Neto.

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