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Gestão de Serviços Agregados A visão tradicional da Economia conceitua os setores primário (extrativismo, agricultura e pecuária), secundário como a indústria de transformação e terciário como o de serviços. A participação dos serviços nas economias modernas é cada vez maior. Aproximadamente, 75 do PIB está concentrado no setor de serviços. Fonte: Martins e Laugeni, 2006 Introdução às Operações de Serviços ‹nº› ‹nº› FEE/ Centro de Informações Estatísticas/ Núcleo de Contabilidade Social Porto Alegre, 28 de Dezembro de 2010 Desempenho do RS em 2010 http://www.fee.rs.gov.br ‹nº› ‹nº› Estrutura produtiva do RS - 2009 FONTE: FEE/ Centro de Informações Estatísticas/ Núcleo de Contabilidade Social ‹nº› ‹nº› Taxas de crescimento da economia do RS - 2010 FONTE: FEE/ Centro de Informações Estatísticas/ Núcleo de Contabilidade Social ‹nº› ‹nº› PRODUTO OU SERVIÇO ? Um restaurante que prepara pratos para consumo imediato. ou ..... Pratos preparados e congelados para consumo numa companhia de transporte aéreo. Gestão de Serviços Agregados Introdução às Operações de Serviços A caracterização do que seja um serviço, de forma clara e indiscutível, nem sempre é fácil ! ‹nº› ‹nº› Organização de Serviço Pesoal da Linha de Frente Cliente A TRÍADE DO ENCONTRO DE SERVIÇO Gestão de Serviços Agregados Encontro de Serviço – Momento da Verdade ‹nº› ‹nº› a) tendência a um maior contato com o cliente; - front office (interface) e back office (suporte) - produção e consumo - call center, banco eletrônico e restaurante b) participação do cliente no processo; c) perecível, se não consumido é perdido ; d) não estocável; e) emprego intensivo de mão-de-obra; f) tendência a curtos lead times pois o cliente não espera; g) output sujeito à variabilidade (M.O.); h) intangibilidade; i) dificuldade de se medir a produtividade e a qualidade; j) padronização variável conforme a natureza; k) facilidade de transporte variável; l) mecanização ou automação. Fonte: Adaptado de Martins e Laugeni, 2006 Gestão de Serviços Agregados Características das Operações de Serviços ‹nº› ‹nº› Cliente Operação OPERAÇÃO DE SERVIÇO PRODUTO DE SERVIÇO Processo do Serviço Experiência Resultados Inputs: Bens Pessoas Instalações Etc O Produto de Serviço engloba os Resultados e a Experiência. Por exemplo: um hospital. A organização dos processos, seus fluxos, os recursos envolvidos, etc, representam a Operação de Serviço Num hospital, as Operações de Serviços são formadas por vários processos: recepção, diagnósticos, cirurgias, farmácia, restaurante, fisioterapia, etc. Fonte: Johnston e Clark, 2002 Os clientes julgam a qualidade do serviço tanto pela experiência quanto pelo resultado obtido. Gestão de Serviços Agregados Perspectivas do Cliente e da Operação ‹nº› ‹nº› O RESULTADO DO SERVIÇO é o termo usado para descrever o que o cliente espera do serviço. Por exemplo; a habilidade em manejar um software, o conserto de um automóvel, os movimentos após uma fratura, etc, etc. Gestão de Serviços Agregados Perspectivas do Cliente e da Operação ‹nº› ‹nº› A EXPERIÊNCIA DO SERVIÇO, no decorrer da prestação do serviço, diz respeito ao modo como o cliente lida com o fornecedor, como o fornecedor lida com o cliente e também da experiência em relação à organização e suas instalações. Os aspectos da “Experiência do Serviço” incluem, por exemplo: a personalização do processo; a responsividade da organização; a flexibilidade dos funcionários que lidam com o cliente; a facilidade de acesso ao pessoal de serviço ou sistema de informações; o quanto o cliente sente-se valorizado pela organização; a cortesia e a competência dos funcionários que lidam com o cliente Gestão de Serviços Agregados Perspectivas do Cliente e da Operação ‹nº› ‹nº› Fonte: Johnston e Clark, 2002 Cliente Operação OPERAÇÃO DE SERVIÇO PRODUTO DE SERVIÇO Processo do Serviço Cliente Operação OPERAÇÃO DE SERVIÇO PRODUTO DE SERVIÇO Processo do Serviço - A experiência é significativa - Maior valos agregado na linha de frente - Menor atividade na retaguarda - A experiência é mínima - Maior valos agregado na retaguarda - Menor atividade na linha de frente Gestão de Serviços Agregados Operações Focadas na Linha de Frente ou Retaguarda? ‹nº› ‹nº› a) Saber quem é seu cliente nem sempre é algo tão direto; Um berçário: crianças, pais, saúde pública, autoridades educacionais, etc. b) Conhecer o que a organização está vendendo ou fornecendo; Existem diferentes visões do que a organização está vendendo: o berçário pode ser visto como um simples serviço de cuidar de crianças, ou como uma experiência educacional. Definir e comunicar claramente o conceito do serviço (funcionários e clientes) é crítico para a desenvolvimento e fornecimento do serviço desejado. c) Gerenciar o resultado e a experiência; Não há limite claro entre “o que” e “como” na interface com o cliente. Num restaurante, o cliente compra o alimento e o modo como ele é servido. Um desafio crítico é gerenciar, ao mesmo tempo, resultados e experiências. A natureza da experiência é intangível tanto para especificação como para controle, o que aumenta a complexidade das operações. Gestão de Serviços Agregados Os Desafios nas Operações de Serviços ‹nº› ‹nº› d) Gerenciar o cliente; Diferentemente das operações de manufatura, o cliente não só está presente como, muitas vezes, é parte integrante do processo. Isso exige um desenho cuidadoso dos processos, especialmente daqueles que têm relação direta com o cliente, considerando suas necessidades, modos e atitudes. Determinados processos são visíveis aos clientes, o que significa que o projeto deve criar um ambiente apropriado. A presença do cliente afeta o serviço, o provedor e também os outros clientes. e) Os serviços ocorrem em tempo real; Muitos serviços ocorrem em tempo real e não podem ser interrompidos ou adiados. O cliente pode não estar disposto a voltar no dia seguinte se o atendente estiver ocupado. Não é possível ocultar o que é feito ou dito no momento da prestação, sejam erros ou promessas. Esta característica causa dificuldades em relação ao gerenciamento da capacidade e treinamento dos funcionários. A cultura da organização também precisa ser trabalhada. Gestão de Serviços Agregados Os Desafios nas Operações de Serviços ‹nº› ‹nº› f) Coordenação; O gerente de operações é responsável por coordenar os vários recursos envolvidos na prestação do serviço e a logística da cadeia de suprimentos. Além disso, precisa considerar as necessidades dos clientes e posicionamento estratégico da organização. g) Conhecer as relações entre as decisões operacionais e o sucesso da organização; O problema é conhecer o efeito das ações que alavanquem as operações da empresa e selecionar as mais apropriadas. As decisões precisam ser coerentes com a estratégia da organização e podem significar a satisfação e a retenção do cliente, a atração de novos clientes, redução de custos, maiores lucros, etc. O gerente deve conhecer, implementar e influenciar as estratégias da organização. Gestão de Serviços Agregados Os Desafios nas Operações de Serviços ‹nº› ‹nº› h) Melhorar a operação; Desenvolver continuamente os produtos e processos é um desafio de todos os gerentes de operações de manufatura e de serviços. Este trabalho deve conduzir a resultados concretos. A cultura organizacional deve estimular o melhoramento contínuo dos processos e as mudanças decorrentes. Gestão de Serviços Agregados Os Desafios nas Operações de Serviços ‹nº› ‹nº› O que significa agregar valor do ponto de vista da produção? O que significa valor para o cliente ? Gestão de Serviços Agregados Conceitos Sobre Valor Qualidade (intrínseca ao serviço); Preço; Rapidez; Competência; Integridade; Comunicação; Flexibilidade; Instalações; Atendimento Pré e Pós-Venda; Etc., Etc..... ‹nº› ‹nº› Qual a importância do valor agregado ao produto? Gestão de Serviços Agregados Conceitos Sobre Valor VALOR PERCEBIDO > PREÇO = DECISÃO PELA COMPRA VALOR PERCEBIDO < PREÇO = O PRODUTO É REJEITADO VALOR PREÇO Este produto vale o seu preço ? ‹nº› ‹nº› O Valor Agregado na Indústria Existem, segundo Ohno, três tipos de atividades nos sistemas produtivos: a) TRABALHO QUE AGREGA VALOR; b) TRABALHO QUE NÃO AGREGA VALOR; c) PERDAS. O trabalho que adiciona valor significa algum tipo de processamento. Ou seja, quando as Matérias Primas ou partes são transformadas em produtos. Por exemplo: solda, usinagem, montagem, pintura, etc. Gestão de Serviços Agregados Conceitos Sobre Valor TRANSFORMAÇÃO + CUSTOS ‹nº› ‹nº› O Valor Agregado na Indústria O trabalho que NÃO adiciona valor é necessário para suportar o trabalho que adiciona valor, de acordo com as presentes condições de trabalho. Por ex.: transporte, supervisão, inspeções, folha pagamento, etc SUPORTA + CUSTOS TRABALHO QUE AGREGA VALOR As perdas constituem o trabalho não necessário, as quais agregam custos e não agregam valor. Por ex.: transportes desnecessários, quebras, produtos defeituosos, falta materiais, processos obsoletos, desorganização, problemas no posto de trabalho, etc. APENAS GERAM CUSTOS Gestão de Serviços Agregados Conceitos Sobre Valor ‹nº› ‹nº› - O que significa Trabalho que Agrega Valor nas operações de serviços? - Analisando exemplos de Trabalho que Agrega Valor, Trabalho que não Agrega Valor e Perdas e serviços! - Os conceitos podem ser utilizados para análise e aperfeiçoamento das Operações de Serviços? Gestão de Serviços Agregados Questões para Reflexão sobre Valor Agregado ‹nº› ‹nº› Como o conceito Trabalho que Agrega Valor pode ser transposto para a realidade dos Serviços? Na realidade da indústria o foco é a produção de algum bem (transformação de matérias primas em produto acabado). No campo dos serviços devemos procurar o objetivo ou foco principal da empresa (core bussines) como atividade que agrega valor. Por exemplo: -empresa de ônibus = transporte de passageiros -comércio = venda de mercadorias -médico = manutenção da saúde Gestão de Serviços Agregados Questões para Reflexão sobre Valor Agregado ‹nº› ‹nº› 1. Perdas por Superprodução: 2. Perdas por Transporte 3. Perdas na Processamento 4. Perdas no Movimento 5. Perdas por Espera 6. Perdas por Fabricação de Produtos Defeituosos 7. Perdas por Estoques Gestão de Serviços Agregados As Sete Grandes Perdas na Indústria ‹nº› ‹nº› Gestão de Serviços Agregados As Perdas na Indústria – T P M A - Perdas de rendimento nas máquinas B - Perdas de rendimento na mão-de-obra C - Perdas de rendimento de materiais D - Perdas de energia Estão divididas em quatro grandes grupos: Uma classificação adaptada da visão do TPM (Total Productive Management). ‹nº› ‹nº› Gestão de Serviços Agregados As Perdas na Indústria – T P M PARADAS PROGRAMADAS PERDAS POR TEMPO OCIOSO PERDAS POR DESEMPENHO PERDAS POR DEFEITUOSOS 1 – Máquina desligada por falta de programação; 2 – Perdas por paradas resultantes de falhas na máquina (quebra); 3 – Perdas por setup (troca de produto); 4 – Perdas por trocas de ferramentas de corte; 5 – Perdas no acionamento (aquecimento, por exemplo); 6 - Perdas por outras paradas (inspeção, limpeza, espera por instruções, espera por materiais, espera por pessoal para operação, espera por verificações de qualidade e por ajustes. 7 – Perdas por pequenas paradas e operações em vazio; 8 – Perdas por velocidade; 9 – Perdas por fabricação de defeituosos e retrabalhos. A - Perdas de Rendimento nas Máquinas: ‹nº› ‹nº› Gestão de Serviços Agregados As Perdas na Indústria – T P M PARADAS PROGRAMADAS PERDAS DE TEMPO REFERENTES À PRODUÇÃO PERDAS POR DES-ORGANIZAÇÃO PERDAS POR DEFEITUOSOS B - Perdas de Rendimento da Mão-de-Obra: 10 – Tempo de trabalho auxiliando outros departamentos ou sem atividades programadas; 11 – Perdas por controle (espera de instruções, por inspeções nos produtos ou contagem); 12 – Perdas por movimento (posto de trabalho, métodos e processos, deficiência de desempenho do equipamento, falta de motivação, falta de treinamento, acionamento e desligamento do equipamento) ; 13 – Perdas por desorganização no posto de trabalho ou linha de produção; 14 – Perdas por deficiência de logística interna; 15 – Perdas por medição e ajustes e fabricação de defeituosos. ‹nº› ‹nº› C - Perdas de Rendimento de Materiais: 16 – Perdas por fabricação de defeituosos; 17 – Perdas por rendimento propriamente dito (rebarbas, perdas nos processos, aproveitamento no corte e sobras sem utilidade, pintura); 18 – Perdas por uso excessivo de material, acima do necessário (extrusão mal regulada, produto prensado com espessura acima da necessária, etc); 19 – Perdas durante os ajustes e regulagens até a conclusão do setup ou no acionamento do equipamento; 20 – Materiais consumidos no processo que não fazem parte do produto (embalagens descartáveis, óleo de corte, solventes, etiquetas, etc); Gestão de Serviços Agregados As Perdas na Indústria – T P M ‹nº› ‹nº› D - Perdas de Energia: 21 – Perdas durante o acionamento (início de operação); 22 – Perdas por uso de equipamentos antigos e obsoletos com alto consumo de energia; 23 – Perdas por problemas de isolamento térmico e purgadores; 24 – Perdas de energia por equipamentos operando com sobrecarga, acima da especificado pelo fabricante; 25 – Problemas de manutenção em geral que reduzam a eficiência energética do equipamento; 26 – Ciclos de operação com temperaturas acima do necessário ou tempos de ciclo mais longos do que o necessário. Gestão de Serviços Agregados As Perdas na Indústria – T P M ‹nº› ‹nº› E - Perdas por Moldes, Ferramentas e gabaritos: Basicamente devido ao elevado custo de manutenção desses dispositivos assim como as limitações de capacidade que eles podem impor ao sistema produtivo. Gestão de Serviços Agregados As Perdas na Indústria – T P M ‹nº› ‹nº›
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