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TURMA: SSA 2 PROF.: UYALISON SILVA DISCIPLINA: LITERATURA – MOD. 1 (EXERCÍCIOS) 1 CAP. – 01 - A LINGUAGEM LITERÁRIA EM DIÁLOGO COM OUTRAS LINGUAGENS NO CAMPO ARTÍSTICO-LITERÁRIO. 01. Leia. Tudo no mundo começou com um sim. Uma molécula disse sim a outra molécula e nasceu a vida. Mas antes da pré-história havia a pré-história da pré-história e havia o nunca e havia o sim. Sempre houve. Não sei o quê, mas sei que o universo jamais começou. [...] Enquanto eu tiver perguntas e não houver resposta continuarei a escrever. Como começar pelo início, se as coisas acontecem antes de acontecer? Se antes da pré- pré-história já havia os monstros apocalípticos? Se esta história não existe, passará a existir. Pensar é um ato. Sentir é um fato. Os dois juntos – sou eu que escrevo o que estou escrevendo. [...] Felicidade? Nunca vi palavra mais doida, inventada pelas nordestinas que andam por aí aos montes. Como eu irei dizer agora, esta história será o resultado de uma visão gradual – há dois anos e meio venho aos poucos descobrindo os porquês. É visão da iminência de. De quê? Quem sabe se mais tarde saberei. Como que estou escrevendo na hora mesma em que sou lido. Só não inicio pelo fim que justificaria o começo – como a morte parece dizer sobre a vida – porque preciso registrar os fatos antecedentes. LISPECTOR, C. A hora da estrela. Rio de Janeiro: Rocco, 1998 (fragmento). A elaboração de uma voz narrativa peculiar acompanha a trajetória literária de Clarice Lispector, culminada com a obra A hora da estrela, de 1977, ano da morte da escritora. Nesse fragmento, nota-se essa peculiaridade porque o narrador a) observa os acontecimentos que narra sob uma ótica distante, sendo indiferente aos fatos e às personagens. b) relata a história sem ter tido a preocupação de investigar os motivos que levaram aos eventos que a compõem. c) revela-se um sujeito que reflete sobre questões existenciais e sobre a construção do discurso. d) admite a dificuldade de escrever uma história em razão da complexidade para escolher as palavras exatas. e) propõe-se a discutir questões de natureza filosófica e metafísica, incomuns na narrativa de ficção. 02. São características da linguagem literária, EXCETO: a) Variabilidade. b) Multissignificação. c) Denotação. d) Liberdade na criação. e) Complexidade. 03. Sobre os textos literários, é incorreto afirmar: a) Possui grande compromisso com a clareza e a objetividade, podendo ser encontrada em reportagens, notícias, manuais de instrução e outros textos cuja principal característica seja a informatividade. b) O discurso literário, diferentemente do discurso adotado em nosso dia a dia, pode apresentar diversos recursos estilísticos capazes de oferecer múltiplas leituras e interpretações. c) Uma das principais características da linguagem literária é a liberdade criativa, permitindo que o artista desvincule-se dos padrões convencionais da língua, bem como da gramática normativa que a rege. d) A complexidade da linguagem literária é notada no uso de conotações e metáforas, nas quais as palavras extrapolam seu nível semântico. 04. A linguagem literária pode ser encontrada nos seguintes gêneros: a) poemas, reportagens, manuais de instrução e textos injuntivos. b) crônica, conto, poemas e narrativas de ficção. c) textos prescritivos, notícias, novelas e romance. d) textos jornalísticos, textos didáticos, verbetes de dicionários e enciclopédias e propagandas publicitárias. QUESTÃO 05 Labaredas nas trevas Fragmentos do diário secreto Teodor Konrad Nalecz Korzeniowski 20 DE JULHO [1912] Peter Sumerville pede-me que escreva um artigo sobre Crane. Envio-lhe uma carta: “Acredite-me, prezado senhor, nenhum jornal ou revista se interessaria por qualquer coisa que eu, ou outra pessoa, escrevesse sobre Stephen Crane. Ririam da sugestão. [...] Dificilmente encontro alguém, agora, que saiba quem é Stephen Crane ou lembre-se de algo dele. Para os jovens escritores que estão surgindo ele simplesmente não existe.” 20 DE DEZEMBRO [1919] Muito peixe foi embrulhado pelas folhas de jornal. Sou reconhecido como o maior escritor vivo da língua inglesa. Já se passaram dezenove anos desde que Crane morreu, mas eu não o esqueço. E parece que outros também não. The London Mercury resolveu celebrar os vinte e cinco anos de publicação de um livro que, segundo eles, foi “um fenômeno hoje esquecido” e me pediram um artigo. TURMA: SSA 2 PROF.: UYALISON SILVA DISCIPLINA: LITERATURA – MOD. 1 (EXERCÍCIOS) 2 FONSECA, R. Romance negro e outras histórias. São Paulo: Companhia das Letras, 1992 (fragmento). Na construção de textos literários, os autores recorrem com frequência a expressões metafóricas. Ao empregar o enunciado metafórico “Muito peixe foi embrulhado pelas folhas de jornal”, pretendeu-se estabelecer, entre os dois fragmentos do texto em questão, uma relação semântica de a) causalidade, segundo a qual se relacionam as partes de um texto, em que uma contém a causa e a outra, a consequência. b) temporalidade, segundo a qual se articulam as partes de um texto, situando no tempo o que é relatado nas partes em questão. c) condicionalidade, segundo a qual se combinam duas partes de um texto, em que uma resulta ou depende de circunstâncias apresentadas na outra. d) adversidade, segundo a qual se articulam duas partes de um texto em que uma apresenta uma orientação argumentativa distinta e oposta à outra. e) finalidade, segundo a qual se articulam duas partes de um texto em que uma apresenta o meio, por exemplo, para uma ação e a outra, o desfecho da mesma. QUESTÃO 06 TEXTO 1 LITERATURA AJUDA A ENTENDER OUTROS TEXTOS E O MUNDO Após o vestibular, o conhecimento de matemática cobrado será importante nas carreiras de exatas, assim com o de história, nas de humanas. Já a literatura, apesar de não ter um conteúdo que possa ser diretamente aplicado a algumas profissões, é importante para todas as carreiras. “Literatura não é importante porque cai no vestibular, mas cai no vestibular porque é importante. Ela melhora a sensibilidade, a compreensão do mundo. Habilita o leitor a ter uma percepção do meio social, histórico e até pessoal muito mais complexo do que sem essa experiência de linguagem”, disse Benedito Antunes, professor da Unesp de Assis. O mais importante na literatura, além dos fatos que são narrados, é a forma que o autor encontra para contar a história. A linguagem usada é normalmente mais complexa do que a de outros tipos de texto. Por isso, o estudante acostumado a ler obras literárias geralmente tem mais facilidade de interpretar outros textos, inclusive enunciados de questões. “Não lendo literatura, você fica com menos competência para perceber a matemática, para entender as relações físicas do homem. Interpretando um texto literário, você tem condições de perceber que uma palavra ou um período muitas vezes não têm um sentido só”, disse Maria Thereza Fraga Rocco, vice-diretora-executiva da Fuvest e professora da Faculdade de Educação da USP. Por trabalhar a imaginação, a literatura desenvolve habilidades que são úteis até para a elaboração de um trabalho científico, por exemplo. “Ao ler literatura, o estudante vai ter uma habilidade mental, um alargamento de visões e possibilidades de interpretações. Isso fica indelevelmente na formação do sujeito”, disse o físico Fernando Dagnoni Prado, diretor acadêmico da Vunesp. André Nicoletti — Folha de São Paulo — Educação — 24/4/2003. TEXTO 2 A LIBERDADE DA LINGUAGEM LITERÁRIA Um texto literário não tem um sentido predeterminado; ele é um campo de significado e cabe ao leitor penetrar nesse campo e tecer sua leitura, elaborando uma rede de interpretações. E essa tarefa é pessoal, variando de acordo com a preparação intelectual do leitor, de sua familiaridadecom a literatura, de sua formação cultural. Dificilmente dois leitores farão leituras idênticas de um mesmo texto. Douglas Tufano — Estudos de Língua e Literatura — v. 1 (com adaptações). O trecho do texto 1 que se relaciona com a ideia principal do texto 2 é a) “Não lendo literatura, você fica com menos competência para perceber a matemática, para entender as relações físicas do homem.” b) “Por trabalhar a imaginação, a literatura desenvolve habilidades que são úteis até para a elaboração de um trabalho científico [...].” c) “O mais importante na literatura, além dos fatos que são narrados, é a forma que o autor encontra para contar a história.” d) “Interpretando um texto literário, você tem condições de perceber que uma palavra ou um período muitas vezes não têm um sentido só.” e) “Ela melhora a sensibilidade, a compreensão do mundo. Habilita o leitor a ter uma percepção do meio social, histórico e até pessoal muito mais complexo do que sem essa experiência da linguagem.” QUESTÃO 07 SOBRE A ORIGEM DA POESIA A origem da poesia se confunde com a origem da própria linguagem. Talvez fizesse mais sentido perguntar quando a linguagem verbal deixou de ser poesia. Ou: qual a origem do discurso não poético, já que, restituindo laços mais íntimos entre os signos e as coisas por eles designadas, a poesia aponta para um uso muito primário da linguagem, que parece anterior ao perfil de sua ocorrência nas conversas, nos jornais, nas aulas, conferências, discussões, discursos, ensaios ou telefonemas [...] No seu estado de língua, no dicionário, as palavras intermedeiam nossa relação com as coisas, impedindo nosso contato direto com elas. A linguagem poética TURMA: SSA 2 PROF.: UYALISON SILVA DISCIPLINA: LITERATURA – MOD. 1 (EXERCÍCIOS) 3 inverte essa relação, pois, vindo a se tornar, ela em si, coisa, oferece uma via de acesso sensível mais direto entre nós e o mundo [...] Já perdemos a inocência de uma linguagem plena assim. As palavras se desapegaram das coisas, assim como os olhos se desapegaram dos ouvidos, ou como a criação se dasapegou da vida. Mas temos esses pequenos oásis – os poemas – contaminando o deserto de referencialidade. ARNALDO ANTUNES No último parágrafo, o autor se refere à plenitude da linguagem poética, fazendo, em seguida, uma descrição que corresponde à linguagem não poética, ou seja, à linguagem referencial. Pela descrição apresentada, a linguagem referencial teria, em sua origem, o seguinte traço fundamental: a) O desgaste da intuição. b) A dissolução da memória. c) A fragmentação da experiência. d) O enfraquecimento da percepção. 08. Leia os textos abaixo para responder à questão: (Texto 1) Descuidar do lixo é sujeira Diariamente, duas horas antes da chegada do caminhão da prefeitura, a gerência de uma das filiais do McDonald’s deposita na calçada dezenas de sacos plásticos recheados de papelão, isopor, restos de sanduíches. Isso acaba propiciando um lamentável banquete de mendigos. Dezenas deles vão ali revirar o material e acabam deixando os restos espalhados pelo calçadão. (Veja São Paulo, 23-29/12/92) (Texto 2) O bicho Vi ontem um bicho Na imundície do pátio Catando comida entre os detritos. Quando achava alguma coisa, Não examinava nem cheirava: Engolia com voracidade. O bicho não era um cão, Não era um gato, Não era um rato. O bicho, meu Deus, era um homem. (Manuel Bandeira. Em Seleta em prosa e verso. Rio de Janeiro: J. Olympio/MEC, 1971, p.145) I. No primeiro texto, publicado por uma revista, a linguagem predominante é a literária, pois sua principal função é informar o leitor sobre os transtornos causados pelos detritos. II. No segundo texto, do escritor Manuel Bandeira, a linguagem não literária é predominante, pois o poeta faz uso de uma linguagem objetiva para informar o leitor. III. No texto “Descuidar do lixo é sujeira”, a intenção é informar sobre o lixo que diariamente é depositado nas calçadas através de uma linguagem objetiva e concisa, marca dos textos não literários. IV. O texto “O bicho” é construído em versos e estrofes e apresenta uma linguagem plurissignificativa, isto é, permeada por metáforas e simbologias, traços determinantes da linguagem literária. Estão corretas as proposições: a) I, III e IV. b) III e IV. c) I, II, III e IV. d) I e IV. e) II, III e IV. CAP. – 02 - ASPECTOS ESTÉTICOS E ESTILÍSTICOS EM GÊNEROS ARTÍSTICO- LITERÁRIOS DE VÁRIAS LINGUAGENS E SEMIOSES. 01. (Enem) Ao circularem socialmente, os textos realizam-se como práticas de linguagem, assumindo funções específicas, formais e de conteúdo. Considerando o contexto em que circula o texto publicitário, seu objetivo básico é a) definir regras de comportamento social pautadas no combate ao consumismo exagerado. b) influenciar o comportamento do leitor, por meio de apelos que visam à adesão ao consumo. c) defender a importância do conhecimento de informática pela população de baixo poder aquisitivo. d) facilitar o uso de equipamentos de informática pelas classes sociais economicamente desfavorecidas. e) questionar o fato de o homem ser mais inteligente que a máquina, mesmo a mais moderna. 02. (Enem) Câncer 21/06 a 21/07 O eclipse em seu signo vai desencadear mudanças na sua autoestima e no seu modo de agir. O corpo indicará onde você falha — se anda engolindo sapos, a área gástrica se ressentirá. O que ficou guardado virá à tona, pois este novo ciclo exige uma “desintoxicação”. Seja comedida em suas ações, já que precisará de energia para se recompor. Há preocupação com a família, e a comunicação entre os irmãos trava. Lembre-se: palavra preciosa é palavra dita na hora certa. Isso ajuda também na vida amorosa, que será testada. Melhor TURMA: SSA 2 PROF.: UYALISON SILVA DISCIPLINA: LITERATURA – MOD. 1 (EXERCÍCIOS) 4 conter as expectativas e ter calma, avaliando as próprias carências de modo maduro. Sentirá vontade de olhar além das questões materiais — sua confiança virá da intimidade com os assuntos da alma. Revista Cláudia. Nº 7, ano 48, jul. 2009. O reconhecimento dos diferentes gêneros textuais, seu contexto de uso, sua função específica, seu objetivo comunicativo e seu formato mais comum relacionam- se com os conhecimentos construídos socioculturalmente. A análise dos elementos constitutivos desse texto demonstra que sua função é: a) vender um produto anunciado. b) informar sobre astronomia. c) ensinar os cuidados com a saúde. d) expor a opinião de leitores em um jornal. e) aconselhar sobre amor, família, saúde, trabalho. QUESTÃO 03 O mato rasteiro dominava tudo. E não satisfeito de ter- se alastrado furioso pelos canteiros, subira pelas sepulturas, infiltrava-se ávido pelos rachões dos mármores, invadira as alamedas de pedregulhos esverdinhados, como se quisesse, com sua violenta força de vida, cobrir para sempre os últimos vestígios de morte. Foram andando pela longa alameda banhada de sol. Os passos de ambos ressoavam sonoros como uma estranha música feita do som das folhas secas trituradas sobre os pedregulhos. Amuada, mas obediente, ela se deixava conduzir como uma criança. Às vezes mostrava certa curiosidade por uma sepultura com os pálidos medalhões de retratos esmaltados. TELLES, Lygia Fagundes. Venha ver o pôr do sol: e outros contos. 2 ed. São Paulo: Ática, 2015. Considera-se que o texto ultrapassa os limites do código, já que a linguagem atua na sensibilidade e na cognição do leitor ao reproduzir imagens acústicas por meio de certas sequências descritivas. Nesse trecho do conto de Lygia Fagundes Telles, o narrador a) contraria a característica silenciosa de um cemitério ao reproduzir os sons descritos no ambiente. b) metaforiza o apagamento da personagem principal por meio da descrição do mato rasteiro que se alastrava pelo cemitério. c) incita a curiosidade dos leitores pelodesfecho da trama. d) prenuncia o fim trágico da personagem com a representação de elementos que desenham um cenário sombrio no conto. e) utiliza recursos sinestésicos para descrever o percurso abandonado. 04. (Enem 2020) Disponível em: www.bhaz.com.br. Acesso em: 14 jun. 2018. Essa campanha de conscientização sobre o assédio sofrido pelas mulheres nas ruas constrói-se pela combinação da linguagem verbal e não verbal. A imagem da mulher com o nariz e a boca cobertos por um lenço é a representação não verbal do(a) a) silêncio imposto às mulheres, que não podem denunciar o assédio sofrido. b) metáfora de que as mulheres precisam defender-se do assédio masculino. c) constrangimento pelo qual passam as mulheres e sua tentativa de esconderem-se. d) necessidade que as mulheres têm de passarem despercebidas para evitar o assédio. e) incapacidade de as mulheres protegerem-se da agressão verbal dos assediadores. QUESTÃO 05 “A linguagem verbal se realiza por meio de signos linguísticos. Quando dizemos ou ouvimos palavras como SAPO e MESA, utilizamos signos linguísticos. Esses signos possuem sempre duas faces, como as moedas. Uma das faces é o(a)_______, ou a ideia que formulamos ao falar ou escutar as palavras SAPO e MESA. A outra face é o(a) _______, ou aquele conjunto de sons articulados, ao qual associamos um significado” (SOARES, 2005-2007; Centro de Alfabetização, Leitura e Escrita (Ceale) e Ministério da Educação, p.20) Assinale a alternativa que preencha correta e, respectivamente, as lacunas TURMA: SSA 2 PROF.: UYALISON SILVA DISCIPLINA: LITERATURA – MOD. 1 (EXERCÍCIOS) 5 a) sentido, significado b) sonoridade, escrita c) significado, significante d) pensamento, linguagem CAP. – 03 - GÊNEROS LITERÁRIOS E PRODUÇÕES DAS CULTURAS JUVENIS CONTEMPORÂNEAS NO CONTEXTO DA CULTURA DIGITAL. (Enem - 2013) Adolescentes: mais altos, gordos e preguiçosos A oferta de produtos industrializados e a falta de tempo têm sua parcela de responsabilidade no aumento da silhueta dos jovens. “Os nossos hábitos alimentares, de modo geral, mudaram muito”, observa Vivian Ellinger, presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), no Rio de Janeiro. Pesquisas mostram que, aqui no Brasil, estamos exagerando no sal e no açúcar, além de tomar pouco leite e comer menos frutas e feijão. Outro pecado, velho conhecido de quem exibe excesso de gordura por causa da gula, surge como marca da nova geração: a preguiça. “Cem por cento das meninas que participam do Programa não praticavam nenhum esporte”, revela a psicóloga Cristina Freire, que monitora o desenvolvimento emocional das voluntárias. Você provavelmente já sabe quais são as consequências de uma rotina sedentária e cheia de gordura. “E não é novidade que os obesos têm uma sobrevida menor”, acredita Claudia Cozer, endocrinologista da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica. Mas, se há cinco anos os estudos projetavam um futuro sombrio para os jovens, no cenário atual as doenças que viriam na velhice já são parte da rotina deles. “Os adolescentes já estão sofrendo com hipertensão e diabete”, exemplifica Claudia. DESGUALDO, P. Revista Saúde. Disponível em: http://saude.abril.com.br. Acesso em: 28 jul. 2012 (adaptado). 01. Sobre a relação entre os hábitos da população adolescente e as suas condições de saúde, as informações apresentadas no texto indicam que a) a falta de atividade física somada a uma alimentação nutricionalmente desequilibrada constituem fatores relacionados ao aparecimento de doenças crônicas entre os adolescentes. b) a diminuição do consumo de alimentos fontes de carboidratos combinada com um maior consumo de alimentos ricos em proteínas contribuíram para o aumento da obesidade entre os adolescentes. c) a maior participação dos alimentos industrializados e gordurosos na dieta da população adolescente tem tornado escasso o consumo de sais e açúcares, o que prejudica o equilíbrio metabólico. d) a ocorrência de casos de hipertensão e diabetes entre os adolescentes advém das condições de alimentação, enquanto que na população adulta os fatores hereditários são preponderantes. e) a prática regular de atividade física é um importante fator de controle da diabetes entre a população adolescente, por provocar um constante aumento da pressão arterial sistólica. 02. (UERJ - 2016) A última fala da tirinha causa um estranhamento, porquen assinala a ausência de um elemento fundamental para a instalação de um tribunal: a existência de alguém que esteja sendo acusado. Essa fala sugere o seguinte ponto de vista do autor em relação aos usuários da internet: a) proferem vereditos fictícios sem que haja legitimidade do processo. b) configuram julgamentos vazios ainda que existam crimes comprovados. c) emitem juízos sobre os outros, mas não se veem na posição de acusados. d) apressam-se em opiniões superficiais mesmo que possuam dados concretos. Questão 03 A internet é um tribunal... A afirmação acima configura um exemplo de metáfora. A partir da análise desse exemplo, pode-se definir “metáfora” como: a) alusão negativa b) simbologia crítica c) representação parcial d) comparação subentendida TURMA: SSA 2 PROF.: UYALISON SILVA DISCIPLINA: LITERATURA – MOD. 1 (EXERCÍCIOS) 6 04. (Vunesp - 2014) A vida dá voltas Sou um tipo meio fatalista. Acho que a vida dá voltas. Um amigo meu, Luís, casou-se com Cláudia, uma mulher egoísta. Ele era filho único, de mãe separada e sem pensão. Durante algum tempo, a mãe de Luís foi sustentada pelo próprio tio, um solteirão. Quando este faleceu, começaram as brigas domésticas: Cláudia não admitia que Luís desse dinheiro à mãe. Ele era um rapaz de classe média. Por algum tempo, arrumou trabalhos extras para ajudar a idosa. Convencido pela esposa, ele mudou-se para longe. Visitava a mãe uma vez por ano. Para se livrar da questão financeira, Luís convenceu a mãe a vender o apartamento. Durante alguns anos, ela viveu desse dinheiro. Muitas vezes, lamentava a falta do filho, mas o que fazer? Luís, sempre tão ocupado, viajando pelo mundo todo, não tinha tempo disponível. Na casa da mãe, faltou até o essencial. E ela faleceu sozinha. O tempo passou. Hoje, Luís, antes um profissional disputado, está desempregado. Foi obrigado a se instalar com a família na casa dos sogros, onde é atormentado diariamente. A filha de Luís e Cláudia cresceu e saiu de casa. Quer seguir seu próprio rumo! Luís não tem renda, nem bens. Está quase se divorciando. Ficou fora do mercado de trabalho. O que vai acontecer? A filha cuidará dele? Tenho dúvidas, porque ele não a ensinou com seu próprio exemplo. A vida é um eterno ciclo afetivo. Em uma época todos nós somos filhos. Em outra, tornamo-nos pais: é a nossa vez de cuidar de quem cuidou de nós. (Walcyr Carrasco. http://vejasp.abril.com.br. Acesso em 30.12.2013. Adaptado) Considerando o último parágrafo do texto, pode-se afirmar que a relação entre pais e filhos deve ser baseada a) no medo. b) na persistência. c) na expectativa. d) na esperança. e) na troca. 04. (FCC-2013) esta vida é uma viagem pena eu estar só de passagem (Paulo Leminski, La vie em close. 5a ed. S.Paulo: Brasiliense, 2000, p.134) No poema de apenas três versos, o poeta lamenta-se a) da fugacidade da vida. b) demonstra preferir a vida espiritual à terrena. c) revolta-se contra o seu destino. d) sugere que a vida não tem sentido. e) abomina a agitação da vida. CAP. – 04 - CONDIÇÕES DE PRODUÇÃO, CIRCULAÇÃO E RECEPÇÃO DE DIVERSAS OBRAS LITERÁRIAS, GÊNEROS E ESTILOS DA LITERATURA BRASILEIRA. (APENAS INTRODUÇÃO) CAP. 05- FIGURAS DE LINGUAGEM, RECURSOS ESTÉTICOS LINGUÍSTICOS, MULTISSEMIÓTICOS E EFEITOS DESENTIDO NOS PROCESSOS DE LEITURA, ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS LITERÁRIOS.01. (Fuvest-2004) Observe, ao lado, esta gravura de Escher: Na linguagem verbal, exemplos de aproveitamento de recursos equivalentes aos da gravura de Escher encontram-se, com frequência, a) nos jornais, quando o repórter registra uma ocorrência que lhe parece extremamente intrigante. b) nos textos publicitários, quando se comparam dois produtos que têm a mesma utilidade. c) na prosa científica, quando o autor descreve com isenção e distanciamento a experiência de que trata. d) na literatura, quando o escritor se vale das palavras para expor procedimentos construtivos do discurso. e) nos manuais de instrução, quando se organiza com clareza uma determinada sequência de operações. 02. (Enem-2013) Lusofonia rapariga: s.f., fem. de rapaz: mulher nova; moça; menina; (Brasil), meretriz. Escrevo um poema sobre a rapariga que está sentada no café, em frente da chávena de café, enquantoalisa os cabelos com a mão. Mas não posso escrever este poema sobre essa rapariga porque, no brasil, a palavra rapariga não quer dizer o que ela diz em Portugal. Então, terei de escrever a mulher nova do café, a jovem do café, a menina do café, para que a reputação da pobre raparigaque alisa os cabelos com a mão, num café de lisboa, não fique estragada para sempre quando este poema atravessar o atlântico para desembarcar no rio de janeiro. E isto tudo sem pensar em áfrica, porque aí lá terei de escrever sobre a moça do café, para evitar o tom TURMA: SSA 2 PROF.: UYALISON SILVA DISCIPLINA: LITERATURA – MOD. 1 (EXERCÍCIOS) 7 demasiado continental da rapariga, que é uma palavra que já me está a pôr com dores de cabeça até porque, no fundo, a única coisa que eu queriaera escrever um poema sobre a rapariga do café. A solução, então, é mudar de café, e limitar-me a escrever um poema sobre aquele café onde nenhuma rapariga se pode sentar à mesa porque só servem café ao balcão. JÚDICE, N. Matéria do Poema. Lisboa: D. Quixote, 2008. O texto traz em relevo as funções metalinguística e poética. Seu caráter metalinguístico justifica-se pela a) discussão da dificuldade de se fazer arte inovadora no mundo contemporâneo. b) defesa do movimento artístico da pós-modernidade, típico do século XX. c) abordagem de temas do cotidiano, em que a arte se volta para assuntos rotineiros. d) tematização do fazer artístico, pela discussão do ato de construção da própria obra. e) valorização do efeito de estranhamento causado no público, o que faz a obra ser reconhecida. 03. (Copeve-Ufal 2018) Cotovia Alô, cotovia! Aonde voaste, Por onde andaste, Que saudades me deixaste? – Andei onde deu o vento. Onde foi meu pensamento Em sítios, que nunca viste, De um país que não existe… Voltei, te trouxe a alegria. (Fonte: Os melhores poemas de Manuel Bandeira. SP: Global, 1994. p. 130.) Em cada mensagem, pode-se encontrar elementos correspondentes a diferentes funções da linguagem. Pela estrutura linguística, marcada tanto pelas formas verbais e pronominais quanto pelo emprego de figuras de linguagem, na estrofe predominam as funções da linguagem: a) apelativa e fática, centradas no receptor e no contato. b) emotiva e poética, centradas no emissor e na mensagem. c) referencial e apelativa, centradas no contexto e no contato. d) emotiva e metalinguística, centradas no emissor e no código. e) poética e referencial, centradas na mensagem e no contexto. 04. (SSA - 2018) A imagem da negra e do negro em produtos de beleza e a estética do racismo Resumo: Este artigo tem por finalidade discutir a representação da população negra, especialmente da mulher negra, em imagens de produtos de beleza presentes em comércios do nordeste goiano. Evidencia- se que a presença de estereótipos negativos nessas imagens dissemina um imaginário racista apresentado sob a forma de uma estética racista que camufla a exclusão e normaliza a inferiorização sofrida pelos(as) negros(as) na sociedade brasileira. A análise do material imagético aponta a desvalorização estética do negro, especialmente da mulher negra, e a idealização da beleza e do branqueamento a serem alcançados por meio do uso dos produtos apresentados. O discurso midiático- publicitário dos produtos de beleza rememora e legitima a prática de uma ética racista construída e atuante no cotidiano. Frente a essa discussão, sugere-se que o trabalho antirracismo, feito nos diversos espaços sociais, considere o uso de estratégias para uma “descolonização estética” que empodere os sujeitos negros por meio de sua valorização estética e protagonismo na construção de uma ética da diversidade. Palavras-chave: Estética, racismo, mídia, educação, diversidade. (SANT’ANA, J. A imagem da negra e do negro em produtos de beleza e a estética do racismo. Dossiê: trabalho e educação básica. Margens Interdisciplinar. Versão digital. Abaetetuba, n. 16, jun. 2017 (adaptado).) O cumprimento da função referencial da linguagem é uma marca característica do gênero resumo de artigo acadêmico. Na estrutura desse texto, essa função é estabelecida pela a) impessoalidade, na organização da objetividade das informações, como em “Este artigo tem por finalidade” e “Evidencia-se”. b) seleção lexical, no desenvolvimento sequencial do texto, como em “imaginário racista” e “estética do negro”. c) metaforização, relativa à construção dos sentidos figurados, como nas expressões “descolonização estética” e “discurso midiático-publicitário”. d) nominalização, produzida por meio de processos derivacionais na formação de palavras, como “inferiorização” e “desvalorização”. e) adjetivação, organizada para criar uma terminologia antirracista, como em “ética da diversidade” e “descolonização estética”. TURMA: SSA 2 PROF.: UYALISON SILVA DISCIPLINA: LITERATURA – MOD. 1 (EXERCÍCIOS) 8 05. Relacione as colunas: 06. Enem – Inep A biosfera, que reúne todos os ambientes onde se desenvolvem os seres vivos, divide-se em unidades menores chamadas ecossistemas, que podem ser uma floresta, um deserto e até um lago. Um ecossistema tem múltiplos mecanismos que regulam o número de organismos dentro dele, controlando sua reproduc ̧ão, crescimento e migrac ̧ões. DUARTE, M. O guia dos curiosos. São Paulo: Companhia das Letras, 1995. Predomina no texto a func ̧ão da linguagem: a) emotiva, porque o autor expressa seu sentimento em relac ̧ão à ecologia. b) fática, porque o texto testa o funcionamento do canal de comunicac ̧ão. c) poética, porque o texto chama a atenc ̧ão para os recursos de linguagem. d) conativa, porque o texto procura orientar comportamentos do leitor. e) referencial, porque o texto trata de noc ̧ões e informac ̧ões conceituais. CAP. 06- GÊNEROS LITERÁRIOS 01. O gênero narrativo, na maioria das vezes, é expresso pela: a) Poesia. b) Show. c) Jornal. d) Romance. e) Ode. 02. O soneto é uma das formas mais tradicionais e, na maioria das vezes, tem conteúdo: a) lírico. b) cronístico. c) épico. d) dramático. e) satírico. 03. Assinale a afirmativa correta: a) Aristóteles afirma que os textos épicos apresentam uma narrativa e sempre terão um narrador-personagem. b) A tragédia é um gênero literário. c) O gênero lírico é um texto de caráter emocional, porém, as emoções expressas nesse gênero não representam a subjetividade do autor; é apenas ficção. d) O gênero dramático apresenta esta estrutura: apresentação e desfecho. e) Os elementos essenciais de uma narrativa são: narrador, enredo, personagens, tempo e espaço. Texto 1 JOÃO GRILO – Padre João! Padre João! PADRE – Que há? Que gritaria é essa? (aparecendo na igreja) CHICÓ – Mandaram avisar para o senhor não sair, porque vem uma pessoa aqui trazer um cachorro que está se ultimando para o senhor benzer. PADRE – Para eu benzer? CHICÓ – Sim. PADRE – Um cachorro? (com desprezo) CHICÓ – Sim. PADRE– Que maluquice! Que besteira! JOÃO GRILO – Cansei de dizer a ele que o senhor não benzia. Benze porque benze, vim com ele. PADRE – Não benzo de jeito nenhum. CHICÓ – Mas, padre, não vejo nada demais em o senhor benzer o bicho. JOÃO GRILO – No dia em que chegou o motor novo do Major Antônio Morais, o senhor não benzeu? PADRE – Motor é diferente, é uma coisa que todo mundo benze. Cachorro é que eu nunca ouvi falar. [...] JOÃO GRILO – Eu disse que uma coisa era o motor e outra o cachorro do Major Antônio Morais. PADRE – E o dono do cachorro de quem vocês estão falando é Antônio Morais? JOÃO GRILO – É. Eu não queria vir, com medo de que o senhor se zangasse, mas o Major é rico e poderoso e eu trabalho na mina dele. Com medo de perder meu emprego, fui forçado a obedecer, mas disse a Chicó: o padre vai se zangar. PADRE – Zangar nada, João! Quem é o ministro de Deus para ter direito de se zangar? (desfazendo-se em sorrisos) Falei por falar, mas também vocês não tinham dito de quem era o cachorro. SUASSUNA, Ariano. Auto da Compadecida. 31 ed. Rio de Janeiro, 1992. Texto 2 Ardor em coração firme nascido! Pranto por belos olhos derramados! Incêndio em mares de água disfarçado! Rio de neve em fogo convertido! TURMA: SSA 2 PROF.: UYALISON SILVA DISCIPLINA: LITERATURA – MOD. 1 (EXERCÍCIOS) 9 Tu, que um peito abrasas escondido, Tu, que em um rosto corres desatado, Quando fogo em cristais aprisionado, Quando cristal em chamas derretido. Se és fogo, como passas brandamente? Se és neve, como queimas com porfia? Mas ai! Que andou Amor em ti prudente. Pois para temperar a tirania, Como quis que aqui fosse a neve ardente, Permitiu parecesse a chama fria. MATOS, Gregório de Matos Guerra. Antologia poética. Rio de Janeiro: Ediouro, 1997. Texto 3 [...] Já no largo Oceano navegavam, As inquietas ondas apartando; Os ventos brandamente respiravam, Das naus as velas côncavas inchando; Da branca escuma os mares se mostravam Cobertos, onde as proas vão cortando As marítimas águas consagradas, Que do gado de Próteu são cortadas. Quando os Deuses no Olimpo luminoso, Onde o governo está da humana gente, Se ajuntam em concílio glorioso, Sobre as cousas futuras do Oriente. Pisando o cristalino Céu fermoso, Vem pela Via Láctea juntamente, Convocados, da parte de Tonante, Pelo neto gentil do velho Atlante. [...] CAMÕES, Luís Vaz de. Os Lusíadas. 4. ed. - Lisboa: Instituto Camões, 2000. 04. (SSA – 2015) Sobre os textos 1, 2 e 3, analise as afirmativas a seguir e coloque V nas verdadeiras ou F nas falsas. ( ) Os três textos, segundo a visão aristotélica dos gêneros literários, pertencem ao gênero dramático, pois apresentam diálogos em linguagem coloquial, apenas sofrendo diferença no tocante às questões temáticas. ( ) O texto 1, fragmento do Auto da Compadecida, do escritor paraibano, radicado no Recife, conforme indica a própria palavra “Auto” pertence ao gênero dramático, ao passo que o texto camoniano revela-se pela temática e pelo lirismo, com traços de dramaticidade. ( ) O texto 2 apresenta uma perspectiva contraditória do sentimento amoroso e pertence ao gênero lírico. Caracteriza-se também como Barroco por apresentar-se rico em figuras de linguagem, tal como paradoxos, nos versos 3 (três) e 4 (quatro) da primeira estrofe, e metáforas, nos versos um e dois da terceira estrofe ( ) Em Auto da Compadecida, há o resgate da cultura popular, tendo em vista que João Grilo é uma personagem da Literatura de Cordel, que passa a integrar a dramaturgia do autor paraibano, valendo-se do processo de intertextualidade, muito usado pelos autores contemporâneos. ( ) Os três textos, pelas características estéticas que os compõem, pertencem, respectivamente, aos gêneros dramático, lírico e épico e foram produzidos nos séculos XX, XVII e XVI, sendo, portanto, integrantes dos Movimentos Armorial, Barroco e Classicismo. Assinale a alternativa que contém a sequência CORRETA. a) F F F F V b) V V V V F c) V V F F V d) F F V V F e) F F V V V 05. Leia abaixo um soneto de Gregório de Matos: "Um soneto começo em vosso gabo; Contemos esta regra por primeira, Já lá vão duas, e esta é a terceira, Já este quartetinho está no cabo. Na quinta torce agora a porca o rabo: A sexta vá também desta maneira, na sétima entro já com grã canseira, E saio dos quartetos muito brabo. Agora nos tercetos que direi? Direi, que vós, Senhor, a mim me honrais, Gabando-vos a vós, e eu fico um Rei. Nesta vida um soneto já ditei, Se desta agora escapo, nunca mais; Louvado seja Deus, que o acabei". Assinale a alternativa incorreta: a) A sátira é um gênero que pretende despertar o riso do público. b) Além do divertimento, a sátira pretende moralizar a sociedade. c) Podemos afirmar que este gênero é conservador. d) O conservadorismo da sátira está no fato que pretende punir, através do ridículo, aqueles que transgridem as leis sociais. e) A sátira é um gênero revolucionário que pretende abolir as instituições estabelecidas como a Igreja e a Monarquia. 06. Ainda sobre o soneto acima, assinale a alternativa incorreta: a) O poeta faz uma brincadeira com as próprias regras do soneto. b) O personagem é satirizado pois não tem nenhuma qualidade digna de louvor, por isso, compor o poema é algo penoso e difícil para o poeta. c) O personagem é cheio de virtudes, o que tornar extremamente difícil fazer-lhe um elogio à altura de suas qualidades. TURMA: SSA 2 PROF.: UYALISON SILVA DISCIPLINA: LITERATURA – MOD. 1 (EXERCÍCIOS) 10 d) O personagem é vítima da sátira, pois pretende obter honrarias (no caso um soneto) em sua homenagem para as quais ele não é digno. CAP. 07 - RECURSOS ESTÉTICOS E ESTILÍSTICOS DA LINGUAGEM POÉTICA 01. (Enem) O mundo é grande O mundo é grande e cabe Nesta janela sobre o mar. O mar é grande e cabe Na cama e no colchão de amar. O amor é grande e cabe No breve espaço de beijar. ANDRADE, Carlos Drummond de. Poesia e prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1983. Neste poema, o poeta realizou uma opção estilística: a reiteração de determinadas construções e expressões linguísticas, como o uso da mesma conjunção para estabelecer a relação entre as frases. Essa conjunção estabelece, entre as ideias relacionadas, um sentido de a) oposição. b) comparação. c) conclusão. d) alternância. e) finalidade." 02. SSA 2016 "Poema de sete faces Quando eu nasci, um anjo torto desses que vivem na sombra disse: Vai, Carlos! ser gauche na vida. As casas espiam os homens que correm atrás de mulheres. A tarde talvez fosse azul, não houvesse tantos desejos. [...] Meu Deus, por que me abandonaste se sabias que eu não era Deus se sabias que eu era fraco. Mundo mundo vasto mundo, se eu me chamasse Raimundo seria uma rima, não seria uma solução. Mundo mundo vasto mundo mais vasto é o meu coração. Carlos Drummond de Andrade. Obra completa. Rio de Janeiro: Aguilar, 1964. p. 53. No verso “Meu Deus, por que me abandonaste”, Drummond retoma as palavras de Cristo, na cruz, pouco antes de morrer. Esse recurso de repetir palavras de outrem equivale a a) emprego de termos moralizantes. b) uso de vício de linguagem pouco tolerado. c) repetição desnecessária de ideias. d) emprego estilístico da fala de outra pessoa. e) uso de uma pergunta sem resposta." 03. (Enem) Carnavália Repique tocou O surdo escutou E o meu corasamborim Cuíca gemeu, será que era meu, quando ela passou por mim? [...] ANTUNES, A.; BROWN, C.; MONTE, M. Tribalistas, 2002 (fragmento). No terceiro verso, o vocábulo “corasamborim”, que é a junção coração + samba + tamborim, refere-se, ao mesmo tempo, a elementos que compõem uma escola de samba e à situação emocional em que se encontra o autor da mensagem, com o corac ̧ão no ritmo da percussão. Essa palavra corresponde a um(a) a) estrangeirismo, uso deelementos linguísticos originados em outras línguas e representativos de outras culturas. b) neologismo, criac ̧ão de novos itens linguísticos, pelos mecanismos que o sistema da língua disponibiliza. c) gíria, que compõe uma linguagem originada em determinado grupo social e que pode vir a se disseminar em uma comunidade mais ampla. d) regionalismo, por ser palavra característica de determinada área geográfica. e) termo técnico, dado que designa elemento de área específica de atividade." 04. Sobre as características do gênero textual poema, estão corretas as seguintes proposições: I. O poema deve ser construído sob forma fixa, sempre preservando elementos como a métrica e a musicalidade dos versos. II. O poema caracteriza-se por ser centrado em um trabalho peculiar com a linguagem. Em geral, reflete o momento e o impacto dos fatos sobre o homem. III. O poema diferencia-se dos demais gêneros por ser escrito em versos e por possuir um ritmo mais marcado que o ritmo da prosa. IV. A poesia não é exclusividade do poema: ela é uma atitude subjetiva que pode estar nas mais variadas manifestações artísticas. a) Todas estão corretas. b) Apenas I está correta. c) II, III e IV estão corretas. d) I e III estão corretas. e) I, III e IV estão corretas. TURMA: SSA 2 PROF.: UYALISON SILVA DISCIPLINA: LITERATURA – MOD. 1 (EXERCÍCIOS) 11 05. (UERJ – 2012) SOBRE A ORIGEM DA POESIA A origem da poesia se confunde com a origem da própria linguagem. Talvez fizesse mais sentido perguntar quando a linguagem verbal deixou de ser poesia. Ou: qual a origem do discurso não poético, já que, restituindo laços mais íntimos entre os signos e as coisas por eles designadas, a poesia aponta para um uso muito primário da linguagem, que parece anterior ao perfil de sua ocorrência nas conversas, nos jornais, nas aulas, conferências, discussões, discursos, ensaios ou telefonemas [...] No seu estado de língua, no dicionário, as palavras intermedeiam nossa relação com as coisas, impedindo nosso contato direto com elas. A linguagem poética inverte essa relação, pois, vindo a se tornar, ela em si, coisa, oferece uma via de acesso sensível mais direto entre nós e o mundo [...] Já perdemos a inocência de uma linguagem plena assim. As palavras se desapegaram das coisas, assim como os olhos se desapegaram dos ouvidos, ou como a criação se desapegou da vida. Mas temos esses pequenos oásis – os poemas – contaminando o deserto de referencialidade. ARNALDO ANTUNES No último parágrafo, o autor se refere à plenitude da linguagem poética, fazendo, em seguida, uma descrição que corresponde à linguagem não poética, ou seja, à linguagem referencial. Pela descrição apresentada, a linguagem referencial teria, em sua origem, o seguinte traço fundamental: a) O desgaste da intuição b) A dissolução da memória c) A fragmentação da experiência d) O enfraquecimento da percepção 06. Sobre a linguagem poética, é incorreto afirmar: a) A linguagem poética faz uso de diversos recursos estilísticos, entre eles, as figuras de linguagem. b) As figuras de linguagem em um poema têm como objetivo despertar sensações no leitor e impactá-lo, possibilitando que ele crie imagens a partir desse impacto. c) A linguagem poética é estritamente autobiográfica: é impossível desvencilhar o poeta de sua criação. d) A linguagem poética não possui compromisso com a objetividade: ela pode ser subjetiva e ambígua, oferecendo ao leitor diferentes possibilidades de interpretação. CAP. 08 - LITERATURA, INTERDISCIPLINARIDADE E TEMAS TRANSVERSAIS: LEITURAS DIALÓGICAS E INTERTEXTUAIS EM ESTUDOS COMPARATIVOS DE TEXTOS LITERÁRIOS E NÃO LITERÁRIOS. Leia os fragmentos abaixo para responder às questões que seguem: TEXTO I O açúcar O branco açúcar que adoçará meu café nesta manhã de Ipanema não foi produzido por mim nem surgiu dentro do açucareiro por milagre. Vejo-o puro e afável ao paladar como beijo de moça, água na pele, flor que se dissolve na boca. Mas este açúcar não foi feito por mim. Este açúcar veio da mercearia da esquina e tampouco o fez o Oliveira, dono da mercearia. Este açúcar veio de uma usina de açúcar em Pernambuco ou no Estado do Rio e tampouco o fez o dono da usina. Este açúcar era cana e veio dos canaviais extensos que não nascem por acaso no regaço do vale. Em lugares distantes, onde não há hospital nem escola, homens que não sabem ler e morrem de fome aos 27 anos plantaram e colheram a cana que viraria açúcar. Em usinas escuras, homens de vida amarga e dura produziram este açúcar branco e puro com que adoço meu café esta manhã em Ipanema. fonte: “O açúcar” (Ferreira Gullar. Toda poesia. Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 1980, pp.227-228) TEXTO II A cana-de-açúcar Originária da Ásia, a cana-de-açúcar foi introduzida no Brasil pelos colonizadores portugueses no século XVI. A região que durante séculos foi a grande produtora de cana-de-açúcar no Brasil é a Zona da Mata nordestina, TURMA: SSA 2 PROF.: UYALISON SILVA DISCIPLINA: LITERATURA – MOD. 1 (EXERCÍCIOS) 12 onde os férteis solos de massapé, além da menor distância em relação ao mercado europeu, propiciaram condições favoráveis a esse cultivo. Atualmente, o maior produtor nacional de cana-de-açúcar é São Paulo, seguido de Pernambuco, Alagoas, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Além de produzir o açúcar, que em parte é exportado e em parte abastece o mercado interno, a cana serve também para a produção de álcool, importante nos dias atuais como fonte de energia e de bebidas. A imensa expansão dos canaviais no Brasil, especialmente em São Paulo, está ligada ao uso do álcool como combustível. (Comentários sobre os textos: “O açúcar” e “A cana-de- açúcar”) 01. Para que um texto seja literário: a) basta somente a correção gramatical; isto é, a expressão verbal segundo as leis lógicas ou naturais. b) deve prescindir daquilo que não tenha correspondência na realidade palpável e externa. c) deve fugir do inexato, daquilo que confunda a capacidade de compreensão do leitor. d) deve assemelhar-se a uma ação de desnudamento. O escritor revela ao escrever, revela o mundo, e em especial o Homem, aos outros homens. e) deve revelar diretamente as coisas do mundo: sentimentos, ideias, ações. 02. Sobre os textos I e II, só é possível afirmar que: I. O texto I é literário também pela forma com que se apresenta. II. O texto II poderia ser literário pela forma. III. Pela pluralidade significativa da linguagem, só é possível afirmar que o literário é o texto II. Está(ao) correta(s) apenas a) a I e a II b) a II e a III c) a I e a III d) apenas a II e) Todas estão corretas 03. Ainda com relação aos textos I e II, assinale a opção incorreta a) No texto I, em lugar de apenas informar sobre o real, ou de produzi-lo, a expressão literária é utilizada principalmente como um meio de refletir e recriar a realidade. b) No texto II, de expressão não-literária, o autor informa o leitor sobre a origem da cana-de-açúcar, os lugares onde é produzida, como teve início seu cultivo no Brasil, etc. c) O texto I parte de uma palavra do domínio comum – açúcar – e vai ampliando seu potencial significativo, explorando recursos formais para estabelecer um paralelo entre o açúcar – branco, doce, puro – e a vida do trabalhador que o produz – dura, amarga, triste. d) O texto I, a expressão literária desconstrói hábitos de linguagem, baseando sua recriação no aproveitamento de novas formas de dizer. e) O texto II não é literário porque, diferentemente do literário, parte de um aspecto da realidade, e não da imaginação. 04. Leia os textos abaixo para responder à questão: (Texto 1) Descuidar do lixo é sujeira Diariamente, duas horas antes da chegada do caminhão da prefeitura, a gerência de uma das filiais do McDonald’s deposita na calçada dezenasde sacos plásticos recheados de papelão, isopor, restos de sanduíches. Isso acaba propiciando um lamentável banquete de mendigos. Dezenas deles vão ali revirar o material e acabam deixando os restos espalhados pelo calçadão. (Veja São Paulo, 23-29/12/92) (Texto 2) O bicho Vi ontem um bicho Na imundície do pátio Catando comida entre os detritos. Quando achava alguma coisa, Não examinava nem cheirava: Engolia com voracidade. O bicho não era um cão, Não era um gato, Não era um rato. O bicho, meu Deus, era um homem. (Manuel Bandeira. Em Seleta em prosa e verso. Rio de Janeiro: J. Olympio/MEC, 1971, p.145) I. No primeiro texto, publicado por uma revista, a linguagem predominante é a literária, pois sua principal função é informar o leitor sobre os transtornos causados pelos detritos. II. No segundo texto, do escritor Manuel Bandeira, a linguagem não literária é predominante, pois o poeta faz uso de uma linguagem objetiva para informar o leitor. III. No texto “Descuidar do lixo é sujeira”, a intenção é informar sobre o lixo que diariamente é depositado nas calçadas através de uma linguagem objetiva e concisa, marca dos textos não literários. IV. O texto “O bicho” é construído em versos e estrofes e apresenta uma linguagem plurissignificativa, isto é, permeada por metáforas e simbologias, traços determinantes da linguagem literária. Estão corretas as proposições: a) I, III e IV. b) III e IV. c) I, II, III e IV. d) I e IV. e) II, III e IV. TURMA: SSA 2 PROF.: UYALISON SILVA DISCIPLINA: LITERATURA – MOD. 1 (EXERCÍCIOS) 13 05. (SSA – 2015) Os textos literários e os não literários possuem singularidades que os definem ou os caracterizam. Afirmar ou negar a existência de um desses textos implica conhecê-los nas suas nuances. Nesse sentido, considerando os estudos sobre o assunto em análise, assinale a alternativa CORRETA. a) O texto literário é constituído de elementos que podem ser considerados elementos distintos dos que constituem o não literário. Tais elementos têm a ver com a sua gramaticalidade. Isto é, no texto literário, o fonema, o morfema, a sintaxe, a estilística das palavras são totalmente diferentes da estrutura linguística utilizada nos não literários. b) Num texto literário, é menos comum se encontrarem palavras figuradas que em textos de natureza não literária, visto que a figuração da linguagem remete a tipologias discursivas que não se adequam a contextos poéticos e ficcionais. O que, de fato, caracteriza um texto literário é sua densidade morfossintática, sua coerência poética e sua consistência tanto em termos ortográficos quanto em termos estéticos. c) Os textos não literários seguramente poderiam ser compreendidos como organizações verbais nas quais a figuração da linguagem inexiste. Construir um texto não literário, considerando metáforas, metonímias, oxímoros, hipérboles, aliterações, anáforas, anacolutos, zeugmas é, no mínimo, tentar evidenciar a elegância do estilo do produtor, fazendo o leitor ter um nível de compreensão mais aguçado sobre a mensagem emitida. d) É importante que produtores de textos, sejam eles literários ou não literários, tenham em suas produções, dois elementos constitutivos e essenciais ao processo de interlocução, a coerência e a coesão. Se, porventura, os produtores de textos ignorarem a relevância da coerência e da coesão, em de suas construções textuais, sejam escritas, sejam orais, o leitor sentirá certamente dificuldade no processo de interlocução. e) Os textos literários são conhecidos como os melhores existentes em línguas neolatinas. No Ocidente, quando se comenta sobre tipologia textual, discurso, teoria do texto, teoria da leitura, ensino de literatura, conotação, denotação, tem-se como objetivo esclarecer as diferenças e semelhanças entre os textos literários e não literários ao mesmo tempo em que se quer evidenciar a superioridade do primeiro em relação ao segundo. TURMA: SSA 2 PROF.: UYALISON SILVA DISCIPLINA: LITERATURA – MOD. 1 (EXERCÍCIOS) 14 GABARITOS CAP. – 01 - A LINGUAGEM LITERÁRIA EM DIÁLOGO COM OUTRAS LINGUAGENS NO CAMPO ARTÍSTICO-LITERÁRIO. 01. C O narrador do texto clariceano não narra apenas os acontecimentos, mas utiliza a sua voz narrativa para trazer questionamentos e reflexões, que podem ser identificadas no trecho “Enquanto eu tiver perguntas e não houver resposta continuarei a escrever”. 02. C 03. A A afirmativa está incorreta porque a literatura não tem como característica principal a clareza e a objetividade. Pelo contrário, ela se caracteriza pela subjetividade, uso criativo da linguagem e abertura para múltiplas interpretações. Reportagens, notícias e manuais, por exemplo, são textos informativos, com foco em clareza e objetividade, e não são classificados como textos literários. 04. B A linguagem literária está presente em gêneros como crônica, conto, poema e outros textos de ficção, onde se faz uso da criatividade, das emoções e da subjetividade. Já as alternativas a), c) e d) incluem gêneros que não são caracterizados por sua linguagem literária (como manuais de instrução, textos jornalísticos, textos didáticos, etc.). 05. B A conotação é a principal característica da linguagem literária. No texto de Rubem Fonseca, a metáfora “Muito peixe foi embrulhado pelas folhas de jornal” é um elemento conotativo que marca a passagem do tempo, já que sugere que muita coisa aconteceu entre as escritas dos dois fragmentos do diário secreto. 06. D O texto 2 diz que o “texto literário não tem um sentido predeterminado”, que o leitor deve elaborar “uma rede de interpretações” e que dificilmente “dois leitores farão leituras idênticas de um mesmo texto”. Isso está de acordo com o que diz este trecho do texto 1: “Interpretando um texto literário, você tem condições de perceber que uma palavra ou um período muitas vezes não têm um sentido só”. Dessa forma, esse fragmento do texto 1 aponta o caráter plurissignificativo da linguagem literária, assim como o texto 2. 07. C A linguagem literária não apresenta um caráter utilitário ou prático, pois afasta-se da materialidade das coisas do cotidiano. 08. B CAP. – 02 - ASPECTOS ESTÉTICOS E ESTILÍSTICOS EM GÊNEROS ARTÍSTICO- LITERÁRIOS DE VÁRIAS LINGUAGENS E SEMIOSES. 01. B O objetivo básico do texto publicitário é influenciar o comportamento do leitor, com foco em convencer o público a adquirir produtos ou serviços. A publicidade utiliza apelos emocionais e racionais para gerar desejo e motivar o consumo, o que se alinha com a alternativa b). As outras alternativas não correspondem ao propósito principal da publicidade, que é incentivar o consumo e não questionar comportamentos ou questões tecnológicas. 02. E O horóscopo, com características vinculadas ao texto injuntivo, visa orientar e/ou aconselhar o leitor sobre a sua vida. Entre os temas, é possível notar um direcionamento para questões amorosas, familiares, de trabalho e, inclusive, sobre a saúde. 03. D Os aspectos semióticos percebidos no conto de Lygia Fagundes Telles constroem um cenário de suspense aos leitores: um cemitério silencioso e sombrio. Dessa forma, a descrição dos elementos medonhos na narrativa, como o mato rasteiro que encobria os vestígios de morte e o som das folhas velhas e secas, acompanha um sentimento de expectativa que, como o leitor deve saber, o conduz ao fim trágico da personagem. 04. B Trata-se da representação figurativa da luta enfrentada pelas mulheres contra o assédio. Essa conclusão é alcançada ao se associar os aspectos verbais (“para nós, a rua é um campo de batalha”) aos não verbais, como a postura combativa da mulher que se veste para se defender da violação que vem a ser enfrentada, em umaanalogia a um espaço de combates. 05. C CAP. – 03 - GÊNEROS LITERÁRIOS E PRODUÇÕES DAS CULTURAS JUVENIS CONTEMPORÂNEAS NO CONTEXTO DA CULTURA DIGITAL. 01. A O texto levanta que os maus hábitos alimentares e a falta de prática de exercícios como as principais causas da obesidade e de algumas doenças crônicas. 02. C 03. D 04. E 05. A CAP. – 04 - CONDIÇÕES DE PRODUÇÃO, CIRCULAÇÃO E RECEPÇÃO DE DIVERSAS OBRAS LITERÁRIAS, GÊNEROS E ESTILOS DA LITERATURA BRASILEIRA. (APENAS INTRODUÇÃO) CAP. 05- FIGURAS DE LINGUAGEM, RECURSOS ESTÉTICOS LINGUÍSTICOS, MULTISSEMIÓTICOS E EFEITOS DESENTIDO NOS PROCESSOS DE LEITURA, ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS LITERÁRIOS. 01. D 02. D A metalinguagem consiste em explicar o código usando o próprio código. O caráter metalinguístico do texto está relacionado ao fato de o autor abordar como tema o próprio fazer artístico e o processo de construção da TURMA: SSA 2 PROF.: UYALISON SILVA DISCIPLINA: LITERATURA – MOD. 1 (EXERCÍCIOS) 15 obra. Ou seja, ele falou sobre a construção do poema por meio de um poema. 03. B A função emotiva está centrada no emissor, pois o poema expressa sentimentos e emoções do sujeito lírico. Já a função poética está voltada para a forma da mensagem, com o uso criativo da linguagem e das figuras de linguagem que enriquecem a estética do texto. 04. A A impessoalidade é uma característica essencial da função referencial, que busca transmitir as informações de forma objetiva, sem envolvimento pessoal do autor. A organização sequencial e objetiva do conteúdo é característica típica de resumos acadêmicos. 05. 06. E Entre as características da função referencial, destacam- se o cunho informativo e a objetividade; tais aspectos podem ser reconhecidos no texto. CAP. 06- GÊNEROS LITERÁRIOS 01. D No gênero narrativo, ou épico, uma das características mais significativas é a presença de um narrador. Dessa forma, se analisamos as alternativas em questão, perceberemos que, nessa proposta de exercício, o romance é a modalidade que apresenta narrador. 02. A A principal característica do gênero lírico é a subjetividade, dessa forma, o soneto, que é um tipo de poema, é o que melhor representará o gênero lírico em seu conteúdo. 03. E Os elementos constitutivos de uma narrativa são: narrador (que narra a história), enredo (sequência dos acontecimentos), personagens (podem ser principais e secundários; são os responsáveis pelas ações do enredo), tempo (recorte da época dos acontecimentos) e espaço (recorte do local dos acontecimentos). 04. E 05. E A sátira, como a presente no soneto de Gregório de Matos, não visa necessariamente abolir as instituições estabelecidas, mas sim criticar e ridicularizar aspectos da sociedade, da política e das instituições de maneira irônica e humorística. Embora possa ser utilizada de forma subversiva em determinados contextos, seu objetivo principal é criticar, moralizar ou chamar a atenção para defeitos e hipocrisias, e não necessariamente abolir instituições. A alternativa e) faz uma afirmação exagerada sobre a natureza revolucionária da sátira, que na verdade pode ser tanto conservadora quanto crítica, dependendo do contexto. 06. C No soneto de Gregório de Matos, o poeta faz uma crítica irônica e satírica, tratando o elogio ao "personagem" de forma exagerada e sarcástica. Não se trata de um personagem cheio de virtudes, mas sim de uma crítica ao próprio ato de criar um soneto, que se torna algo penoso e difícil devido à falta de qualidades dignas de elogio no "personagem" mencionado. A alternativa c) está incorreta, pois sugere que o personagem é cheio de virtudes, quando, na verdade, o poema satiriza a falta de méritos do indivíduo. CAP. 07 - RECURSOS ESTÉTICOS E ESTILÍSTICOS DA LINGUAGEM POÉTICA 01. B A repetição da estrutura "O mundo é grande e cabe", "O mar é grande e cabe", "O amor é grande e cabe" sugere que as ideias se relacionam por comparação, já que o poeta compara grandes dimensões e espaços (como o mundo e o mar) a coisas menores (como a janela e a cama). 02. D O poeta utiliza as palavras de Cristo para expressar a dor e a fragilidade humana, configurando uma intertextualidade, ou seja, uma referência estilística ao discurso de outra pessoa. 03. B A palavra "corasamborim" é uma junção criativa das palavras "coração", "samba" e "tamborim", o que a caracteriza como um neologismo. 04. C * A alternativa I está incorreta porque o poema não precisa ser sempre construído sob forma fixa ou com métrica e musicalidade rigorosas. * A alternativa II está correta, pois o poema realmente reflete a visão subjetiva do poeta e sua relação com os fatos. * A alternativa III está correta, pois a poesia é escrita em versos e tem ritmo, o que a diferencia da prosa. * A alternativa IV está correta, pois a poesia é uma atitude subjetiva que pode estar presente em diversas formas artísticas. 05. D O autor sugere que, com o tempo, as palavras perderam seu vínculo direto com a realidade, enfraquecendo nossa percepção sensorial do mundo, o que é uma crítica à perda da pureza da linguagem poética. 06. C A linguagem poética não é estritamente autobiográfica. Muitos poetas usam personas, vozes e experiências diferentes das suas próprias para criar sua obra. Além disso, a poesia é um campo de liberdade criativa, que não depende exclusivamente da vivência pessoal do poeta. CAP. 08 - LITERATURA, INTERDISCIPLINARIDADE E TEMAS TRANSVERSAIS: LEITURAS DIALÓGICAS E INTERTEXTUAIS EM ESTUDOS COMPARATIVOS DE TEXTOS LITERÁRIOS E NÃO LITERÁRIOS. 01. E 02. A O texto I é literário também pela forma com que se apresenta, já que utiliza recursos estilísticos para transmitir uma reflexão sobre a realidade social e humana. O texto II, embora informativo, poderia também ser literário pela forma, considerando que pode ser escrito de maneira mais subjetiva e com uma linguagem mais rica. TURMA: SSA 2 PROF.: UYALISON SILVA DISCIPLINA: LITERATURA – MOD. 1 (EXERCÍCIOS) 16 03. E O texto II, ao ser informativo, não é considerado literário. No entanto, a razão não é simplesmente porque ele parte de um aspecto da realidade. O fato de abordar a realidade não impede que um texto seja literário, caso ele utilize recursos de linguagem figurada e reflexiva, como no caso do Texto I, que recria a realidade de forma subjetiva e simbólica. 04. B 05. D A coerência e a coesão são fundamentais para a clareza e a eficácia de qualquer texto, seja literário ou não literário. Ignorar esses elementos pode tornar a mensagem difícil de ser compreendida, o que afetaria negativamente a comunicação.