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Questões resolvidas

A linguagem literária pode ser encontrada nos seguintes gêneros:
a) poemas, reportagens, manuais de instrução e textos injuntivos.
b) crônica, conto, poemas e narrativas de ficção.
c) textos prescritivos, notícias, novelas e romance.
d) textos jornalísticos, textos didáticos, verbetes de dicionários e enciclopédias e propagandas publicitárias.

O reconhecimento dos diferentes gêneros textuais, seu contexto de uso, sua função específica, seu objetivo comunicativo e seu formato mais comum relacionam-se com os conhecimentos construídos socioculturalmente. A análise dos elementos constitutivos desse texto demonstra que sua função é:
a) vender um produto anunciado.
b) informar sobre astronomia.
c) ensinar os cuidados com a saúde.
d) expor a opinião de leitores em um jornal.
e) aconselhar sobre amor, família, saúde, trabalho.

Essa campanha de conscientização sobre o assédio sofrido pelas mulheres nas ruas constrói-se pela combinação da linguagem verbal e não verbal.
A imagem da mulher com o nariz e a boca cobertos por um lenço é a representação não verbal do(a)
a) silêncio imposto às mulheres, que não podem denunciar o assédio sofrido.
b) metáfora de que as mulheres precisam defender-se do assédio masculino.
c) constrangimento pelo qual passam as mulheres e sua tentativa de esconderem-se.
d) necessidade que as mulheres têm de passarem despercebidas para evitar o assédio.
e) incapacidade de as mulheres protegerem-se da agressão verbal dos assediadores.

Considerando o último parágrafo do texto, pode-se afirmar que a relação entre pais e filhos deve ser baseada
a) no medo.
b) na persistência.
c) na expectativa.
d) na esperança.
e) na troca.

No poema de apenas três versos, o poeta lamenta-se
a) da fugacidade da vida.
b) demonstra preferir a vida espiritual à terrena.
c) revolta-se contra o seu destino.
d) sugere que a vida não tem sentido.
e) abomina a agitação da vida.

Observe, ao lado, esta gravura de Escher: Na linguagem verbal, exemplos de aproveitamento de recursos equivalentes aos da gravura de Escher encontram-se, com frequência,
a) nos jornais, quando o repórter registra uma ocorrência que lhe parece extremamente intrigante.
b) nos textos publicitários, quando se comparam dois produtos que têm a mesma utilidade.
c) na prosa científica, quando o autor descreve com isenção e distanciamento a experiência de que trata.
d) na literatura, quando o escritor se vale das palavras para expor procedimentos construtivos do discurso.
e) nos manuais de instrução, quando se organiza com clareza uma determinada sequência de operações.

O texto traz em relevo as funções metalinguística e poética.
Seu caráter metalinguístico justifica-se pela
A discussão da dificuldade de se fazer arte inovadora no mundo contemporâneo.
B defesa do movimento artístico da pós-modernidade, típico do século XX.
C abordagem de temas do cotidiano, em que a arte se volta para assuntos rotineiros.
D tematização do fazer artístico, pela discussão do ato de construção da própria obra.
E valorização do efeito de estranhamento causado no público, o que faz a obra ser reconhecida.

O cumprimento da função referencial da linguagem é uma marca característica do gênero resumo de artigo acadêmico. Na estrutura desse texto, essa função é estabelecida pela
A impessoalidade, na organização da objetividade das informações, como em “Este artigo tem por finalidade” e “Evidencia-se”.

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Questões resolvidas

A linguagem literária pode ser encontrada nos seguintes gêneros:
a) poemas, reportagens, manuais de instrução e textos injuntivos.
b) crônica, conto, poemas e narrativas de ficção.
c) textos prescritivos, notícias, novelas e romance.
d) textos jornalísticos, textos didáticos, verbetes de dicionários e enciclopédias e propagandas publicitárias.

O reconhecimento dos diferentes gêneros textuais, seu contexto de uso, sua função específica, seu objetivo comunicativo e seu formato mais comum relacionam-se com os conhecimentos construídos socioculturalmente. A análise dos elementos constitutivos desse texto demonstra que sua função é:
a) vender um produto anunciado.
b) informar sobre astronomia.
c) ensinar os cuidados com a saúde.
d) expor a opinião de leitores em um jornal.
e) aconselhar sobre amor, família, saúde, trabalho.

Essa campanha de conscientização sobre o assédio sofrido pelas mulheres nas ruas constrói-se pela combinação da linguagem verbal e não verbal.
A imagem da mulher com o nariz e a boca cobertos por um lenço é a representação não verbal do(a)
a) silêncio imposto às mulheres, que não podem denunciar o assédio sofrido.
b) metáfora de que as mulheres precisam defender-se do assédio masculino.
c) constrangimento pelo qual passam as mulheres e sua tentativa de esconderem-se.
d) necessidade que as mulheres têm de passarem despercebidas para evitar o assédio.
e) incapacidade de as mulheres protegerem-se da agressão verbal dos assediadores.

Considerando o último parágrafo do texto, pode-se afirmar que a relação entre pais e filhos deve ser baseada
a) no medo.
b) na persistência.
c) na expectativa.
d) na esperança.
e) na troca.

No poema de apenas três versos, o poeta lamenta-se
a) da fugacidade da vida.
b) demonstra preferir a vida espiritual à terrena.
c) revolta-se contra o seu destino.
d) sugere que a vida não tem sentido.
e) abomina a agitação da vida.

Observe, ao lado, esta gravura de Escher: Na linguagem verbal, exemplos de aproveitamento de recursos equivalentes aos da gravura de Escher encontram-se, com frequência,
a) nos jornais, quando o repórter registra uma ocorrência que lhe parece extremamente intrigante.
b) nos textos publicitários, quando se comparam dois produtos que têm a mesma utilidade.
c) na prosa científica, quando o autor descreve com isenção e distanciamento a experiência de que trata.
d) na literatura, quando o escritor se vale das palavras para expor procedimentos construtivos do discurso.
e) nos manuais de instrução, quando se organiza com clareza uma determinada sequência de operações.

O texto traz em relevo as funções metalinguística e poética.
Seu caráter metalinguístico justifica-se pela
A discussão da dificuldade de se fazer arte inovadora no mundo contemporâneo.
B defesa do movimento artístico da pós-modernidade, típico do século XX.
C abordagem de temas do cotidiano, em que a arte se volta para assuntos rotineiros.
D tematização do fazer artístico, pela discussão do ato de construção da própria obra.
E valorização do efeito de estranhamento causado no público, o que faz a obra ser reconhecida.

O cumprimento da função referencial da linguagem é uma marca característica do gênero resumo de artigo acadêmico. Na estrutura desse texto, essa função é estabelecida pela
A impessoalidade, na organização da objetividade das informações, como em “Este artigo tem por finalidade” e “Evidencia-se”.

Prévia do material em texto

TURMA: SSA 2 
PROF.: UYALISON SILVA 
DISCIPLINA: LITERATURA – MOD. 1 
(EXERCÍCIOS) 
 
1 
 
CAP. – 01 - A LINGUAGEM LITERÁRIA EM 
DIÁLOGO COM OUTRAS LINGUAGENS NO 
CAMPO ARTÍSTICO-LITERÁRIO. 
 
 
 
01. Leia. 
 
Tudo no mundo começou com um sim. Uma molécula 
disse sim a outra molécula e nasceu a vida. Mas antes da 
pré-história havia a pré-história da pré-história e havia o 
nunca e havia o sim. Sempre houve. Não sei o quê, mas 
sei que o universo jamais começou. 
 
[...] 
 
Enquanto eu tiver perguntas e não houver resposta 
continuarei a escrever. Como começar pelo início, se as 
coisas acontecem antes de acontecer? Se antes da pré-
pré-história já havia os monstros apocalípticos? Se esta 
história não existe, passará a existir. Pensar é um ato. 
Sentir é um fato. Os dois juntos – sou eu que escrevo o 
que estou escrevendo. [...] Felicidade? Nunca vi palavra 
mais doida, inventada pelas nordestinas que andam por 
aí aos montes. 
 
Como eu irei dizer agora, esta história será o resultado de 
uma visão gradual – há dois anos e meio venho aos 
poucos descobrindo os porquês. É visão da iminência de. 
De quê? Quem sabe se mais tarde saberei. Como que 
estou escrevendo na hora mesma em que sou lido. Só não 
inicio pelo fim que justificaria o começo – como a morte 
parece dizer sobre a vida – porque preciso registrar os 
fatos antecedentes. 
 
LISPECTOR, C. A hora da estrela. Rio de Janeiro: Rocco, 1998 
(fragmento). 
 
A elaboração de uma voz narrativa peculiar acompanha 
a trajetória literária de Clarice Lispector, culminada com 
a obra A hora da estrela, de 1977, ano da morte da 
escritora. Nesse fragmento, nota-se essa peculiaridade 
porque o narrador 
 
a) observa os acontecimentos que narra sob uma ótica 
distante, sendo indiferente aos fatos e às personagens. 
b) relata a história sem ter tido a preocupação de 
investigar os motivos que levaram aos eventos que a 
compõem. 
c) revela-se um sujeito que reflete sobre questões 
existenciais e sobre a construção do discurso. 
d) admite a dificuldade de escrever uma história em 
razão da complexidade para escolher as palavras exatas. 
e) propõe-se a discutir questões de natureza filosófica e 
metafísica, incomuns na narrativa de ficção. 
 
02. São características da linguagem literária, EXCETO: 
 
a) Variabilidade. 
b) Multissignificação. 
c) Denotação. 
d) Liberdade na criação. 
e) Complexidade. 
 
03. Sobre os textos literários, é incorreto afirmar: 
 
a) Possui grande compromisso com a clareza e a 
objetividade, podendo ser encontrada em reportagens, 
notícias, manuais de instrução e outros textos cuja 
principal característica seja a informatividade. 
b) O discurso literário, diferentemente do discurso 
adotado em nosso dia a dia, pode apresentar diversos 
recursos estilísticos capazes de oferecer múltiplas 
leituras e interpretações. 
c) Uma das principais características da linguagem 
literária é a liberdade criativa, permitindo que o artista 
desvincule-se dos padrões convencionais da língua, bem 
como da gramática normativa que a rege. 
d) A complexidade da linguagem literária é notada no 
uso de conotações e metáforas, nas quais as palavras 
extrapolam seu nível semântico. 
 
04. A linguagem literária pode ser encontrada nos 
seguintes gêneros: 
 
a) poemas, reportagens, manuais de instrução e textos 
injuntivos. 
b) crônica, conto, poemas e narrativas de ficção. 
c) textos prescritivos, notícias, novelas e romance. 
d) textos jornalísticos, textos didáticos, verbetes de 
dicionários e enciclopédias e propagandas publicitárias. 
 
QUESTÃO 05 
 
Labaredas nas trevas 
 Fragmentos do diário secreto 
 Teodor Konrad Nalecz Korzeniowski 
 
20 DE JULHO [1912] 
 
Peter Sumerville pede-me que escreva um artigo sobre 
Crane. Envio-lhe uma carta: “Acredite-me, prezado 
senhor, nenhum jornal ou revista se interessaria por 
qualquer coisa que eu, ou outra pessoa, escrevesse sobre 
Stephen Crane. Ririam da sugestão. [...] Dificilmente 
encontro alguém, agora, que saiba quem é Stephen Crane 
ou lembre-se de algo dele. Para os jovens escritores que 
estão surgindo ele simplesmente não existe.” 
 
20 DE DEZEMBRO [1919] 
 
Muito peixe foi embrulhado pelas folhas de jornal. Sou 
reconhecido como o maior escritor vivo da língua 
inglesa. Já se passaram dezenove anos desde que Crane 
morreu, mas eu não o esqueço. E parece que outros 
também não. The London Mercury resolveu celebrar os 
vinte e cinco anos de publicação de um livro que, 
segundo eles, foi “um fenômeno hoje esquecido” e me 
pediram um artigo. 
 
 
 
 
 
TURMA: SSA 2 
PROF.: UYALISON SILVA 
DISCIPLINA: LITERATURA – MOD. 1 
(EXERCÍCIOS) 
 
2 
FONSECA, R. Romance negro e outras histórias. São Paulo: 
Companhia das Letras, 1992 (fragmento). 
Na construção de textos literários, os autores recorrem 
com frequência a expressões metafóricas. Ao empregar o 
enunciado metafórico “Muito peixe foi embrulhado pelas 
folhas de jornal”, pretendeu-se estabelecer, entre os dois 
fragmentos do texto em questão, uma relação semântica 
de 
 
a) causalidade, segundo a qual se relacionam as partes de 
um texto, em que uma contém a causa e a outra, a 
consequência. 
b) temporalidade, segundo a qual se articulam as partes 
de um texto, situando no tempo o que é relatado nas 
partes em questão. 
c) condicionalidade, segundo a qual se combinam duas 
partes de um texto, em que uma resulta ou depende de 
circunstâncias apresentadas na outra. 
d) adversidade, segundo a qual se articulam duas partes 
de um texto em que uma apresenta uma orientação 
argumentativa distinta e oposta à outra. 
e) finalidade, segundo a qual se articulam duas partes de 
um texto em que uma apresenta o meio, por exemplo, 
para uma ação e a outra, o desfecho da mesma. 
 
QUESTÃO 06 
 
TEXTO 1 
 
LITERATURA AJUDA A ENTENDER OUTROS 
TEXTOS E O MUNDO 
 
Após o vestibular, o conhecimento de matemática 
cobrado será importante nas carreiras de exatas, assim 
com o de história, nas de humanas. Já a literatura, apesar 
de não ter um conteúdo que possa ser diretamente 
aplicado a algumas profissões, é importante para todas 
as carreiras. 
 
“Literatura não é importante porque cai no vestibular, 
mas cai no vestibular porque é importante. Ela melhora 
a sensibilidade, a compreensão do mundo. Habilita o 
leitor a ter uma percepção do meio social, histórico e até 
pessoal muito mais complexo do que sem essa 
experiência de linguagem”, disse Benedito Antunes, 
professor da Unesp de Assis. 
 
O mais importante na literatura, além dos fatos que são 
narrados, é a forma que o autor encontra para contar a 
história. A linguagem usada é normalmente mais 
complexa do que a de outros tipos de texto. Por isso, o 
estudante acostumado a ler obras literárias geralmente 
tem mais facilidade de interpretar outros textos, 
inclusive enunciados de questões. 
 
“Não lendo literatura, você fica com menos competência 
para perceber a matemática, para entender as relações 
físicas do homem. Interpretando um texto literário, você 
tem condições de perceber que uma palavra ou um 
período muitas vezes não têm um sentido só”, disse 
Maria Thereza Fraga Rocco, vice-diretora-executiva da 
Fuvest e professora da Faculdade de Educação da USP. 
 
Por trabalhar a imaginação, a literatura desenvolve 
habilidades que são úteis até para a elaboração de um 
trabalho científico, por exemplo. “Ao ler literatura, o 
estudante vai ter uma habilidade mental, um 
alargamento de visões e possibilidades de 
interpretações. Isso fica indelevelmente na formação do 
sujeito”, disse o físico Fernando Dagnoni Prado, diretor 
acadêmico da Vunesp. 
 
André Nicoletti — Folha de São Paulo — Educação — 24/4/2003. 
 
TEXTO 2 
 
A LIBERDADE DA LINGUAGEM LITERÁRIA 
 
Um texto literário não tem um sentido predeterminado; 
ele é um campo de significado e cabe ao leitor penetrar 
nesse campo e tecer sua leitura, elaborando uma rede de 
interpretações. E essa tarefa é pessoal, variando de 
acordo com a preparação intelectual do leitor, de sua 
familiaridadecom a literatura, de sua formação cultural. 
Dificilmente dois leitores farão leituras idênticas de um 
mesmo texto. 
 
Douglas Tufano — Estudos de Língua e Literatura — v. 1 (com 
adaptações). 
 
O trecho do texto 1 que se relaciona com a ideia principal 
do texto 2 é 
 
a) “Não lendo literatura, você fica com menos 
competência para perceber a matemática, para entender 
as relações físicas do homem.” 
b) “Por trabalhar a imaginação, a literatura desenvolve 
habilidades que são úteis até para a elaboração de um 
trabalho científico [...].” 
c) “O mais importante na literatura, além dos fatos que 
são narrados, é a forma que o autor encontra para contar 
a história.” 
d) “Interpretando um texto literário, você tem condições 
de perceber que uma palavra ou um período muitas vezes 
não têm um sentido só.” 
e) “Ela melhora a sensibilidade, a compreensão do 
mundo. Habilita o leitor a ter uma percepção do meio 
social, histórico e até pessoal muito mais complexo do 
que sem essa experiência da linguagem.” 
 
QUESTÃO 07 
 
SOBRE A ORIGEM DA POESIA 
 
A origem da poesia se confunde com a origem da própria 
linguagem. 
 
Talvez fizesse mais sentido perguntar quando a 
linguagem verbal deixou de ser poesia. Ou: qual a origem 
do discurso não poético, já que, restituindo laços mais 
íntimos entre os signos e as coisas por eles designadas, a 
poesia aponta para um uso muito primário da 
linguagem, que parece anterior ao perfil de sua 
ocorrência nas conversas, nos jornais, nas aulas, 
conferências, discussões, discursos, ensaios ou 
telefonemas [...] 
 
No seu estado de língua, no dicionário, as palavras 
intermedeiam nossa relação com as coisas, impedindo 
nosso contato direto com elas. A linguagem poética 
 
 
 
 
TURMA: SSA 2 
PROF.: UYALISON SILVA 
DISCIPLINA: LITERATURA – MOD. 1 
(EXERCÍCIOS) 
 
3 
inverte essa relação, pois, vindo a se tornar, ela em si, 
coisa, oferece uma via de acesso sensível mais direto 
entre nós e o mundo [...] 
 
Já perdemos a inocência de uma linguagem plena assim. 
As palavras se desapegaram das coisas, assim como os 
olhos se desapegaram dos ouvidos, ou como a criação se 
dasapegou da vida. Mas temos esses pequenos oásis – os 
poemas – contaminando o deserto de referencialidade. 
 
ARNALDO ANTUNES 
 
No último parágrafo, o autor se refere à plenitude da 
linguagem poética, fazendo, em seguida, uma descrição 
que corresponde à linguagem não poética, ou seja, à 
linguagem referencial. 
 
Pela descrição apresentada, a linguagem referencial 
teria, em sua origem, o seguinte traço fundamental: 
 
a) O desgaste da intuição. 
b) A dissolução da memória. 
c) A fragmentação da experiência. 
d) O enfraquecimento da percepção. 
 
08. Leia os textos abaixo para responder à 
questão: 
 
(Texto 1) Descuidar do lixo é sujeira 
 
Diariamente, duas horas antes da chegada do caminhão 
da prefeitura, a gerência de uma das filiais do 
McDonald’s deposita na calçada dezenas de sacos 
plásticos recheados de papelão, isopor, restos de 
sanduíches. Isso acaba propiciando um lamentável 
banquete de mendigos. Dezenas deles vão ali revirar o 
material e acabam deixando os restos espalhados pelo 
calçadão. (Veja São Paulo, 23-29/12/92) 
 
(Texto 2) O bicho 
 
Vi ontem um bicho 
Na imundície do pátio 
Catando comida entre os detritos. 
 
Quando achava alguma coisa, 
Não examinava nem cheirava: 
Engolia com voracidade. 
 
O bicho não era um cão, 
Não era um gato, 
Não era um rato. 
 
O bicho, meu Deus, era um homem. 
 
(Manuel Bandeira. Em Seleta em prosa e verso. Rio de 
Janeiro: J. Olympio/MEC, 1971, p.145) 
 
I. No primeiro texto, publicado por uma revista, a 
linguagem predominante é a literária, pois sua principal 
função é informar o leitor sobre os transtornos causados 
pelos detritos. 
 
II. No segundo texto, do escritor Manuel Bandeira, a 
linguagem não literária é predominante, pois o poeta faz 
uso de uma linguagem objetiva para informar o leitor. 
III. No texto “Descuidar do lixo é sujeira”, a intenção é 
informar sobre o lixo que diariamente é depositado nas 
calçadas através de uma linguagem objetiva e concisa, 
marca dos textos não literários. 
IV. O texto “O bicho” é construído em versos e estrofes e 
apresenta uma linguagem plurissignificativa, isto é, 
permeada por metáforas e simbologias, traços 
determinantes da linguagem literária. 
 
Estão corretas as proposições: 
 
a) I, III e IV. 
b) III e IV. 
c) I, II, III e IV. 
d) I e IV. 
e) II, III e IV. 
 
CAP. – 02 - ASPECTOS ESTÉTICOS E 
ESTILÍSTICOS EM GÊNEROS ARTÍSTICO-
LITERÁRIOS DE VÁRIAS LINGUAGENS E 
SEMIOSES. 
 
01. (Enem) 
 
 
Ao circularem socialmente, os textos realizam-se como 
práticas de linguagem, assumindo funções específicas, 
formais e de conteúdo. Considerando o contexto em que 
circula o texto publicitário, seu objetivo básico é 
 
a) definir regras de comportamento social pautadas no 
combate ao consumismo exagerado. 
b) influenciar o comportamento do leitor, por meio de 
apelos que visam à adesão ao consumo. 
c) defender a importância do conhecimento de 
informática pela população de baixo poder aquisitivo. 
d) facilitar o uso de equipamentos de informática pelas 
classes sociais economicamente desfavorecidas. 
e) questionar o fato de o homem ser mais inteligente que 
a máquina, mesmo a mais moderna. 
 
02. (Enem) 
Câncer 21/06 a 21/07 
O eclipse em seu signo vai desencadear mudanças na 
sua autoestima e no seu modo de agir. O corpo indicará 
onde você falha — se anda engolindo sapos, a área 
gástrica se ressentirá. O que ficou guardado virá à tona, 
pois este novo ciclo exige uma “desintoxicação”. Seja 
comedida em suas ações, já que precisará de energia 
para se recompor. Há preocupação com a família, e a 
comunicação entre os irmãos trava. Lembre-se: 
palavra preciosa é palavra dita na hora certa. Isso ajuda 
também na vida amorosa, que será testada. Melhor 
 
 
 
 
TURMA: SSA 2 
PROF.: UYALISON SILVA 
DISCIPLINA: LITERATURA – MOD. 1 
(EXERCÍCIOS) 
 
4 
conter as expectativas e ter calma, avaliando as 
próprias carências de modo maduro. Sentirá vontade 
de olhar além das questões materiais — sua confiança 
virá da intimidade com os assuntos da alma. 
Revista Cláudia. Nº 7, ano 48, jul. 2009. 
O reconhecimento dos diferentes gêneros textuais, seu 
contexto de uso, sua função específica, seu objetivo 
comunicativo e seu formato mais comum relacionam-
se com os conhecimentos construídos 
socioculturalmente. A análise dos elementos 
constitutivos desse texto demonstra que sua função é: 
a) vender um produto anunciado. 
b) informar sobre astronomia. 
c) ensinar os cuidados com a saúde. 
d) expor a opinião de leitores em um jornal. 
e) aconselhar sobre amor, família, saúde, trabalho. 
 
QUESTÃO 03 
 
O mato rasteiro dominava tudo. E não satisfeito de ter-
se alastrado furioso pelos canteiros, subira pelas 
sepulturas, infiltrava-se ávido pelos rachões dos 
mármores, invadira as alamedas de pedregulhos 
esverdinhados, como se quisesse, com sua violenta 
força de vida, cobrir para sempre os últimos vestígios 
de morte. Foram andando pela longa alameda banhada 
de sol. Os passos de ambos ressoavam sonoros como 
uma estranha música feita do som das folhas secas 
trituradas sobre os pedregulhos. Amuada, mas 
obediente, ela se deixava conduzir como uma criança. 
Às vezes mostrava certa curiosidade por uma sepultura 
com os pálidos medalhões de retratos esmaltados. 
 
TELLES, Lygia Fagundes. Venha ver o pôr do sol: e outros contos. 2 
ed. São Paulo: Ática, 2015. 
 
Considera-se que o texto ultrapassa os limites do 
código, já que a linguagem atua na sensibilidade e na 
cognição do leitor ao reproduzir imagens acústicas por 
meio de certas sequências descritivas. Nesse trecho do 
conto de Lygia Fagundes Telles, o narrador 
 
a) contraria a característica silenciosa de um cemitério 
ao reproduzir os sons descritos no ambiente. 
b) metaforiza o apagamento da personagem principal 
por meio da descrição do mato rasteiro que se alastrava 
pelo cemitério. 
c) incita a curiosidade dos leitores pelodesfecho da 
trama. 
d) prenuncia o fim trágico da personagem com a 
representação de elementos que desenham um cenário 
sombrio no conto. 
e) utiliza recursos sinestésicos para descrever o 
percurso abandonado. 
 
 
 
 
04. (Enem 2020) 
 
Disponível em: www.bhaz.com.br. Acesso em: 14 jun. 2018. 
Essa campanha de conscientização sobre o assédio 
sofrido pelas mulheres nas ruas constrói-se pela 
combinação da linguagem verbal e não verbal. A imagem 
da mulher com o nariz e a boca cobertos por um lenço é 
a representação não verbal do(a) 
a) silêncio imposto às mulheres, que não podem 
denunciar o assédio sofrido. 
b) metáfora de que as mulheres precisam defender-se do 
assédio masculino. 
c) constrangimento pelo qual passam as mulheres e sua 
tentativa de esconderem-se. 
d) necessidade que as mulheres têm de passarem 
despercebidas para evitar o assédio. 
e) incapacidade de as mulheres protegerem-se da 
agressão verbal dos assediadores. 
 
QUESTÃO 05 
 
“A linguagem verbal se realiza por meio de signos 
linguísticos. Quando dizemos ou ouvimos palavras 
como SAPO e MESA, utilizamos signos linguísticos. 
Esses signos possuem sempre duas faces, como as 
moedas. Uma das faces é o(a)_______, ou a ideia que 
formulamos ao falar ou escutar as palavras SAPO e 
MESA. A outra face é o(a) _______, ou aquele 
conjunto de sons articulados, ao qual associamos um 
significado” 
(SOARES, 2005-2007; Centro de Alfabetização, Leitura e Escrita 
(Ceale) e Ministério da Educação, p.20) 
 
Assinale a alternativa que preencha correta e, 
respectivamente, as lacunas 
 
 
 
 
TURMA: SSA 2 
PROF.: UYALISON SILVA 
DISCIPLINA: LITERATURA – MOD. 1 
(EXERCÍCIOS) 
 
5 
a) sentido, significado 
b) sonoridade, escrita 
c) significado, significante 
d) pensamento, linguagem 
 
CAP. – 03 - GÊNEROS LITERÁRIOS E 
PRODUÇÕES DAS CULTURAS JUVENIS 
CONTEMPORÂNEAS NO CONTEXTO DA 
CULTURA DIGITAL. 
 
(Enem - 2013) 
Adolescentes: mais altos, gordos e preguiçosos 
A oferta de produtos industrializados e a falta de tempo 
têm sua parcela de responsabilidade no aumento da 
silhueta dos jovens. “Os nossos hábitos alimentares, de 
modo geral, mudaram muito”, observa Vivian Ellinger, 
presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e 
Metabologia (SBEM), no Rio de Janeiro. Pesquisas 
mostram que, aqui no Brasil, estamos exagerando no sal 
e no açúcar, além de tomar pouco leite e comer menos 
frutas e feijão. 
Outro pecado, velho conhecido de quem exibe excesso de 
gordura por causa da gula, surge como marca da nova 
geração: a preguiça. “Cem por cento das meninas que 
participam do Programa não praticavam nenhum 
esporte”, revela a psicóloga Cristina Freire, que monitora 
o desenvolvimento emocional das voluntárias. 
Você provavelmente já sabe quais são as consequências 
de uma rotina sedentária e cheia de gordura. “E não é 
novidade que os obesos têm uma sobrevida menor”, 
acredita Claudia Cozer, endocrinologista da Associação 
Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome 
Metabólica. Mas, se há cinco anos os estudos projetavam 
um futuro sombrio para os jovens, no cenário atual as 
doenças que viriam na velhice já são parte da rotina 
deles. “Os adolescentes já estão sofrendo com 
hipertensão e diabete”, exemplifica Claudia. 
DESGUALDO, P. Revista Saúde. Disponível em: 
http://saude.abril.com.br. Acesso em: 28 jul. 2012 (adaptado). 
01. Sobre a relação entre os hábitos da população 
adolescente e as suas condições de saúde, as informações 
apresentadas no texto indicam que 
a) a falta de atividade física somada a uma alimentação 
nutricionalmente desequilibrada constituem fatores 
relacionados ao aparecimento de doenças crônicas entre 
os adolescentes. 
b) a diminuição do consumo de alimentos fontes de 
carboidratos combinada com um maior consumo de 
alimentos ricos em proteínas contribuíram para o 
aumento da obesidade entre os adolescentes. 
c) a maior participação dos alimentos industrializados e 
gordurosos na dieta da população adolescente tem 
tornado escasso o consumo de sais e açúcares, o que 
prejudica o equilíbrio metabólico. 
d) a ocorrência de casos de hipertensão e diabetes entre 
os adolescentes advém das condições de alimentação, 
enquanto que na população adulta os fatores 
hereditários são preponderantes. 
e) a prática regular de atividade física é um importante 
fator de controle da diabetes entre a população 
adolescente, por provocar um constante aumento da 
pressão arterial sistólica. 
02. (UERJ - 2016) 
 
A última fala da tirinha causa um estranhamento, 
porquen assinala a ausência de um elemento 
fundamental para a instalação de um tribunal: a 
existência de alguém que esteja sendo acusado. 
Essa fala sugere o seguinte ponto de vista do autor em 
relação aos usuários da internet: 
a) proferem vereditos fictícios sem que haja legitimidade 
do processo. 
b) configuram julgamentos vazios ainda que existam 
crimes comprovados. 
c) emitem juízos sobre os outros, mas não se veem na 
posição de acusados. 
d) apressam-se em opiniões superficiais mesmo que 
possuam dados concretos. 
 
Questão 03 
 
 
 
A internet é um tribunal... 
 
A afirmação acima configura um exemplo de metáfora. 
A partir da análise desse exemplo, pode-se definir 
“metáfora” como: 
 
a) alusão negativa 
b) simbologia crítica 
c) representação parcial 
d) comparação subentendida 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TURMA: SSA 2 
PROF.: UYALISON SILVA 
DISCIPLINA: LITERATURA – MOD. 1 
(EXERCÍCIOS) 
 
6 
04. (Vunesp - 2014) 
 
A vida dá voltas 
 
Sou um tipo meio fatalista. Acho que a vida dá voltas. Um 
amigo meu, Luís, casou-se com Cláudia, uma mulher 
egoísta. Ele era filho único, de mãe separada e sem 
pensão. Durante algum tempo, a mãe de Luís foi 
sustentada pelo próprio tio, um solteirão. Quando este 
faleceu, começaram as brigas domésticas: Cláudia não 
admitia que Luís desse dinheiro à mãe. Ele era um rapaz 
de classe média. Por algum tempo, arrumou trabalhos 
extras para ajudar a idosa. 
 
Convencido pela esposa, ele mudou-se para longe. 
Visitava a mãe uma vez por ano. Para se livrar da questão 
financeira, Luís convenceu a mãe a vender o 
apartamento. Durante alguns anos, ela viveu desse 
dinheiro. Muitas vezes, lamentava a falta do filho, mas o 
que fazer? Luís, sempre tão ocupado, viajando pelo 
mundo todo, não tinha tempo disponível. Na casa da 
mãe, faltou até o essencial. E ela faleceu sozinha. 
 
O tempo passou. Hoje, Luís, antes um profissional 
disputado, está desempregado. Foi obrigado a se instalar 
com a família na casa dos sogros, onde é atormentado 
diariamente. A filha de Luís e Cláudia cresceu e saiu de 
casa. Quer seguir seu próprio rumo! 
 
Luís não tem renda, nem bens. Está quase se 
divorciando. Ficou fora do mercado de trabalho. O que 
vai acontecer? A filha cuidará dele? Tenho dúvidas, 
porque ele não a ensinou com seu próprio exemplo. 
 
A vida é um eterno ciclo afetivo. Em uma época todos nós 
somos filhos. Em outra, tornamo-nos pais: é a nossa vez 
de cuidar de quem cuidou de nós. 
 
(Walcyr Carrasco. http://vejasp.abril.com.br. Acesso em 30.12.2013. 
Adaptado) 
 
Considerando o último parágrafo do texto, pode-se 
afirmar que a relação entre pais e filhos deve ser baseada 
 
a) no medo. 
b) na persistência. 
c) na expectativa. 
d) na esperança. 
e) na troca. 
 
04. (FCC-2013) 
 
esta vida é uma viagem 
pena eu estar 
só de passagem 
 
(Paulo Leminski, La vie em close. 5a ed. S.Paulo: Brasiliense, 2000, 
p.134) 
 
No poema de apenas três versos, o poeta lamenta-se 
 
a) da fugacidade da vida. 
b) demonstra preferir a vida espiritual à terrena. 
c) revolta-se contra o seu destino. 
d) sugere que a vida não tem sentido. 
e) abomina a agitação da vida. 
 
CAP. – 04 - CONDIÇÕES DE PRODUÇÃO, 
CIRCULAÇÃO E RECEPÇÃO DE DIVERSAS 
OBRAS LITERÁRIAS, GÊNEROS E ESTILOS DA 
LITERATURA BRASILEIRA. 
 
(APENAS INTRODUÇÃO) 
 
CAP. 05- FIGURAS DE LINGUAGEM, 
RECURSOS ESTÉTICOS LINGUÍSTICOS, 
MULTISSEMIÓTICOS E EFEITOS DESENTIDO 
NOS PROCESSOS DE LEITURA, ANÁLISE E 
INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS LITERÁRIOS.01. (Fuvest-2004) 
 
Observe, ao lado, esta gravura de Escher: Na linguagem 
verbal, exemplos de aproveitamento de recursos 
equivalentes aos da gravura de Escher encontram-se, 
com frequência, 
a) nos jornais, quando o repórter registra uma ocorrência 
que lhe parece extremamente intrigante. 
b) nos textos publicitários, quando se comparam dois 
produtos que têm a mesma utilidade. 
c) na prosa científica, quando o autor descreve com 
isenção e distanciamento a experiência de que trata. 
d) na literatura, quando o escritor se vale das palavras 
para expor procedimentos construtivos do discurso. 
e) nos manuais de instrução, quando se organiza com 
clareza uma determinada sequência de operações. 
 
02. (Enem-2013) 
 
Lusofonia 
 
rapariga: s.f., fem. de rapaz: mulher nova; moça; 
menina; (Brasil), meretriz. 
 
Escrevo um poema sobre a rapariga que está sentada 
no café, em frente da chávena de café, enquantoalisa os 
cabelos com a mão. Mas não posso escrever este poema 
sobre essa rapariga porque, no brasil, a palavra rapariga 
não quer dizer o que ela diz em Portugal. Então, terei de 
escrever a mulher nova do café, a jovem do café, a 
menina do café, para que a reputação da pobre 
raparigaque alisa os cabelos com a mão, num café de 
lisboa, não fique estragada para sempre quando este 
poema atravessar o atlântico para desembarcar no rio de 
janeiro. E isto tudo sem pensar em áfrica, porque aí lá 
terei de escrever sobre a moça do café, para evitar o tom 
 
 
 
 
TURMA: SSA 2 
PROF.: UYALISON SILVA 
DISCIPLINA: LITERATURA – MOD. 1 
(EXERCÍCIOS) 
 
7 
demasiado continental da rapariga, que é uma palavra 
que já me está a pôr com dores de cabeça até porque, no 
fundo, a única coisa que eu queriaera escrever um poema 
sobre a rapariga do café. A solução, então, é mudar de 
café, e limitar-me a escrever um poema sobre aquele café 
onde nenhuma rapariga se pode sentar à mesa porque só 
servem café ao balcão. 
 
JÚDICE, N. Matéria do Poema. Lisboa: D. Quixote, 2008. 
 
O texto traz em relevo as funções metalinguística e 
poética. Seu caráter metalinguístico justifica-se pela 
 
a) discussão da dificuldade de se fazer arte inovadora no 
mundo contemporâneo. 
b) defesa do movimento artístico da pós-modernidade, 
típico do século XX. 
c) abordagem de temas do cotidiano, em que a arte se 
volta para assuntos rotineiros. 
d) tematização do fazer artístico, pela discussão do ato de 
construção da própria obra. 
e) valorização do efeito de estranhamento causado no 
público, o que faz a obra ser reconhecida. 
 
03. (Copeve-Ufal 2018) 
 
Cotovia 
 
Alô, cotovia! 
Aonde voaste, 
Por onde andaste, 
Que saudades me deixaste? 
– Andei onde deu o vento. 
Onde foi meu pensamento 
Em sítios, que nunca viste, 
De um país que não existe… 
Voltei, te trouxe a alegria. 
 
(Fonte: Os melhores poemas de Manuel Bandeira. SP: Global, 1994. p. 
130.) 
 
Em cada mensagem, pode-se encontrar elementos 
correspondentes a diferentes funções da linguagem. Pela 
estrutura linguística, marcada tanto pelas formas verbais 
e pronominais quanto pelo emprego de figuras de 
linguagem, na estrofe predominam as funções da 
linguagem: 
 
a) apelativa e fática, centradas no receptor e no contato. 
b) emotiva e poética, centradas no emissor e na 
mensagem. 
c) referencial e apelativa, centradas no contexto e no 
contato. 
d) emotiva e metalinguística, centradas no emissor e no 
código. 
e) poética e referencial, centradas na mensagem e no 
contexto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
04. (SSA - 2018) 
 
A imagem da negra e do negro em produtos de 
beleza e a estética do racismo 
 
Resumo: Este artigo tem por finalidade discutir a 
representação da população negra, especialmente da 
mulher negra, em imagens de produtos de beleza 
presentes em comércios do nordeste goiano. Evidencia-
se que a presença de estereótipos negativos nessas 
imagens dissemina um imaginário racista apresentado 
sob a forma de uma estética racista que camufla a 
exclusão e normaliza a inferiorização sofrida pelos(as) 
negros(as) na sociedade brasileira. A análise do material 
imagético aponta a desvalorização estética do negro, 
especialmente da mulher negra, e a idealização da beleza 
e do branqueamento a serem alcançados por meio do uso 
dos produtos apresentados. O discurso midiático-
publicitário dos produtos de beleza rememora e legitima 
a prática de uma ética racista construída e atuante no 
cotidiano. Frente a essa discussão, sugere-se que o 
trabalho antirracismo, feito nos diversos espaços sociais, 
considere o uso de estratégias para uma “descolonização 
estética” que empodere os sujeitos negros por meio de 
sua valorização estética e protagonismo na construção de 
uma ética da diversidade. 
 
Palavras-chave: Estética, racismo, mídia, educação, 
diversidade. 
 
(SANT’ANA, J. A imagem da negra e do negro em produtos de beleza e 
a estética do racismo. Dossiê: trabalho e educação básica. Margens 
Interdisciplinar. Versão digital. Abaetetuba, n. 16, jun. 2017 
(adaptado).) 
 
O cumprimento da função referencial da linguagem é 
uma marca característica do gênero resumo de artigo 
acadêmico. Na estrutura desse texto, essa função é 
estabelecida pela 
 
a) impessoalidade, na organização da objetividade das 
informações, como em “Este artigo tem por finalidade” e 
“Evidencia-se”. 
b) seleção lexical, no desenvolvimento sequencial do 
texto, como em “imaginário racista” e “estética do 
negro”. 
c) metaforização, relativa à construção dos sentidos 
figurados, como nas expressões “descolonização 
estética” e “discurso midiático-publicitário”. 
d) nominalização, produzida por meio de processos 
derivacionais na formação de palavras, como 
“inferiorização” e “desvalorização”. 
e) adjetivação, organizada para criar uma terminologia 
antirracista, como em “ética da diversidade” e 
“descolonização estética”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TURMA: SSA 2 
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DISCIPLINA: LITERATURA – MOD. 1 
(EXERCÍCIOS) 
 
8 
05. Relacione as colunas: 
 
 
 
06. Enem – Inep 
 
A biosfera, que reúne todos os ambientes onde se 
desenvolvem os seres vivos, divide-se em unidades 
menores chamadas ecossistemas, que podem ser uma 
floresta, um deserto e até um lago. Um ecossistema tem 
múltiplos mecanismos que regulam o número de 
organismos dentro dele, controlando sua reproduc ̧ão, 
crescimento e migrac ̧ões. 
 
DUARTE, M. O guia dos curiosos. São Paulo: Companhia das Letras, 
1995. 
 
Predomina no texto a func ̧ão da linguagem: 
 
a) emotiva, porque o autor expressa seu sentimento em 
relac ̧ão à ecologia. 
b) fática, porque o texto testa o funcionamento do canal 
de comunicac ̧ão. 
c) poética, porque o texto chama a atenc ̧ão para os 
recursos de linguagem. 
d) conativa, porque o texto procura orientar 
comportamentos do leitor. 
e) referencial, porque o texto trata de noc ̧ões e 
informac ̧ões conceituais. 
 
CAP. 06- GÊNEROS LITERÁRIOS 
 
01. O gênero narrativo, na maioria das vezes, é expresso 
pela: 
 
a) Poesia. 
b) Show. 
c) Jornal. 
d) Romance. 
e) Ode. 
 
02. O soneto é uma das formas mais tradicionais e, na 
maioria das vezes, tem conteúdo: 
 
a) lírico. 
b) cronístico. 
c) épico. 
d) dramático. 
e) satírico. 
 
03. Assinale a afirmativa correta: 
 
a) Aristóteles afirma que os textos épicos apresentam 
uma narrativa e sempre terão um narrador-personagem. 
b) A tragédia é um gênero literário. 
c) O gênero lírico é um texto de caráter emocional, 
porém, as emoções expressas nesse gênero não 
representam a subjetividade do autor; é apenas ficção. 
d) O gênero dramático apresenta esta estrutura: 
apresentação e desfecho. 
e) Os elementos essenciais de uma narrativa são: 
narrador, enredo, personagens, tempo e espaço. 
 
Texto 1 
 
JOÃO GRILO – Padre João! Padre João! 
PADRE – Que há? Que gritaria é essa? (aparecendo na 
igreja) 
CHICÓ – Mandaram avisar para o senhor não sair, 
porque vem uma pessoa aqui trazer um cachorro que 
está se ultimando para o senhor benzer. 
PADRE – Para eu benzer? 
CHICÓ – Sim. 
PADRE – Um cachorro? (com desprezo) 
CHICÓ – Sim. 
PADRE– Que maluquice! Que besteira! 
JOÃO GRILO – Cansei de dizer a ele que o senhor não 
benzia. Benze porque benze, vim com ele. 
PADRE – Não benzo de jeito nenhum. 
CHICÓ – Mas, padre, não vejo nada demais em o senhor 
benzer o bicho. 
JOÃO GRILO – No dia em que chegou o motor novo do 
Major Antônio Morais, o senhor não benzeu? 
PADRE – Motor é diferente, é uma coisa que todo 
mundo benze. Cachorro é que eu nunca ouvi falar. 
 
[...] 
 
JOÃO GRILO – Eu disse que uma coisa era o motor e 
outra o cachorro do Major Antônio Morais. 
PADRE – E o dono do cachorro de quem vocês estão 
falando é Antônio Morais? 
JOÃO GRILO – É. Eu não queria vir, com medo de que 
o senhor se zangasse, mas o Major é rico e poderoso e eu 
trabalho na mina dele. Com medo de perder meu 
emprego, fui forçado a obedecer, mas disse a Chicó: o 
padre vai se zangar. 
PADRE – Zangar nada, João! Quem é o ministro de 
Deus para ter direito de se zangar? (desfazendo-se em 
sorrisos) Falei por falar, mas também vocês não tinham 
dito de quem era o cachorro. 
 
SUASSUNA, Ariano. Auto da Compadecida. 31 ed. Rio de Janeiro, 
1992. 
 
Texto 2 
 
Ardor em coração firme nascido! 
Pranto por belos olhos derramados! 
Incêndio em mares de água disfarçado! 
Rio de neve em fogo convertido! 
 
 
 
 
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(EXERCÍCIOS) 
 
9 
 
Tu, que um peito abrasas escondido, 
Tu, que em um rosto corres desatado, 
Quando fogo em cristais aprisionado, 
Quando cristal em chamas derretido. 
 
Se és fogo, como passas brandamente? 
Se és neve, como queimas com porfia? 
Mas ai! Que andou Amor em ti prudente. 
 
Pois para temperar a tirania, 
Como quis que aqui fosse a neve ardente, 
Permitiu parecesse a chama fria. 
 
MATOS, Gregório de Matos Guerra. Antologia poética. 
Rio de Janeiro: Ediouro, 1997. 
 
 Texto 3 
 
 [...] 
 
Já no largo Oceano navegavam, 
As inquietas ondas apartando; 
Os ventos brandamente respiravam, 
Das naus as velas côncavas inchando; 
Da branca escuma os mares se mostravam 
Cobertos, onde as proas vão cortando 
As marítimas águas consagradas, 
Que do gado de Próteu são cortadas. 
 
Quando os Deuses no Olimpo luminoso, 
Onde o governo está da humana gente, 
Se ajuntam em concílio glorioso, 
Sobre as cousas futuras do Oriente. 
Pisando o cristalino Céu fermoso, 
Vem pela Via Láctea juntamente, 
Convocados, da parte de Tonante, 
Pelo neto gentil do velho Atlante. 
 
[...] 
 
CAMÕES, Luís Vaz de. Os Lusíadas. 4. ed. - Lisboa: 
Instituto Camões, 2000. 
 
04. (SSA – 2015) Sobre os textos 1, 2 e 3, analise as 
afirmativas a seguir e coloque V nas verdadeiras ou F nas 
falsas. 
 
( ) Os três textos, segundo a visão aristotélica dos 
gêneros literários, pertencem ao gênero dramático, pois 
apresentam diálogos em linguagem coloquial, apenas 
sofrendo diferença no tocante às questões temáticas. 
( ) O texto 1, fragmento do Auto da Compadecida, do 
escritor paraibano, radicado no Recife, conforme indica 
a própria palavra “Auto” pertence ao gênero dramático, 
ao passo que o texto camoniano revela-se pela temática e 
pelo lirismo, com traços de dramaticidade. 
( ) O texto 2 apresenta uma perspectiva contraditória do 
sentimento amoroso e pertence ao gênero lírico. 
Caracteriza-se também como Barroco por apresentar-se 
rico em figuras de linguagem, tal como paradoxos, nos 
versos 3 (três) e 4 (quatro) da primeira estrofe, e 
metáforas, nos versos um e dois da terceira estrofe 
( ) Em Auto da Compadecida, há o resgate da cultura 
popular, tendo em vista que João Grilo é uma 
personagem da Literatura de Cordel, que passa a integrar 
a dramaturgia do autor paraibano, valendo-se do 
processo de intertextualidade, muito usado pelos autores 
contemporâneos. 
( ) Os três textos, pelas características estéticas que os 
compõem, pertencem, respectivamente, aos gêneros 
dramático, lírico e épico e foram produzidos nos séculos 
XX, XVII e XVI, sendo, portanto, integrantes dos 
Movimentos Armorial, Barroco e Classicismo. 
 
Assinale a alternativa que contém a sequência 
CORRETA. 
 
a) F F F F V 
b) V V V V F 
c) V V F F V 
d) F F V V F 
e) F F V V V 
 
05. Leia abaixo um soneto de Gregório de Matos: 
 
"Um soneto começo em vosso gabo; 
Contemos esta regra por primeira, 
Já lá vão duas, e esta é a terceira, 
Já este quartetinho está no cabo. 
Na quinta torce agora a porca o rabo: 
A sexta vá também desta maneira, 
na sétima entro já com grã canseira, 
E saio dos quartetos muito brabo. 
Agora nos tercetos que direi? 
Direi, que vós, Senhor, a mim me honrais, 
Gabando-vos a vós, e eu fico um Rei. 
Nesta vida um soneto já ditei, 
Se desta agora escapo, nunca mais; 
Louvado seja Deus, que o acabei". 
 
Assinale a alternativa incorreta: 
 
a) A sátira é um gênero que pretende despertar o riso do 
público. 
b) Além do divertimento, a sátira pretende moralizar a 
sociedade. 
c) Podemos afirmar que este gênero é conservador. 
d) O conservadorismo da sátira está no fato que pretende 
punir, através do ridículo, aqueles que transgridem as 
leis sociais. 
e) A sátira é um gênero revolucionário que pretende 
abolir as instituições estabelecidas como a Igreja e a 
Monarquia. 
 
06. Ainda sobre o soneto acima, assinale a alternativa 
incorreta: 
 
a) O poeta faz uma brincadeira com as próprias regras do 
soneto. 
b) O personagem é satirizado pois não tem nenhuma 
qualidade digna de louvor, por isso, compor o poema é 
algo penoso e difícil para o poeta. 
c) O personagem é cheio de virtudes, o que tornar 
extremamente difícil fazer-lhe um elogio à altura de suas 
qualidades. 
 
 
 
 
TURMA: SSA 2 
PROF.: UYALISON SILVA 
DISCIPLINA: LITERATURA – MOD. 1 
(EXERCÍCIOS) 
 
10 
d) O personagem é vítima da sátira, pois pretende obter 
honrarias (no caso um soneto) em sua homenagem para 
as quais ele não é digno. 
 
CAP. 07 - RECURSOS ESTÉTICOS E 
ESTILÍSTICOS DA LINGUAGEM POÉTICA 
 
01. (Enem) 
 
O mundo é grande 
 
O mundo é grande e cabe 
Nesta janela sobre o mar. 
O mar é grande e cabe 
Na cama e no colchão de amar. 
O amor é grande e cabe 
No breve espaço de beijar. 
 
ANDRADE, Carlos Drummond de. Poesia e prosa. Rio de Janeiro: 
Nova Aguilar, 1983. 
 
Neste poema, o poeta realizou uma opção estilística: a 
reiteração de determinadas construções e expressões 
linguísticas, como o uso da mesma conjunção para 
estabelecer a relação entre as frases. Essa conjunção 
estabelece, entre as ideias relacionadas, um sentido de 
 
a) oposição. 
b) comparação. 
c) conclusão. 
d) alternância. 
e) finalidade." 
 
02. SSA 2016 
 
"Poema de sete faces 
 
Quando eu nasci, um anjo torto 
desses que vivem na sombra 
disse: Vai, Carlos! ser gauche na vida. 
 
As casas espiam os homens 
que correm atrás de mulheres. 
A tarde talvez fosse azul, 
não houvesse tantos desejos. 
 
[...] 
 
Meu Deus, por que me abandonaste 
se sabias que eu não era Deus 
se sabias que eu era fraco. 
Mundo mundo vasto mundo, 
se eu me chamasse Raimundo 
seria uma rima, não seria uma solução. 
Mundo mundo vasto mundo 
mais vasto é o meu coração. 
 
Carlos Drummond de Andrade. Obra completa. Rio de 
Janeiro: Aguilar, 1964. p. 53. 
 
No verso “Meu Deus, por que me abandonaste”, 
Drummond retoma as palavras de Cristo, na cruz, pouco 
antes de morrer. Esse recurso de repetir palavras de 
outrem equivale a 
 
a) emprego de termos moralizantes. 
b) uso de vício de linguagem pouco tolerado. 
c) repetição desnecessária de ideias. 
d) emprego estilístico da fala de outra pessoa. 
e) uso de uma pergunta sem resposta." 
 
03. (Enem) 
 
Carnavália 
 
Repique tocou 
O surdo escutou 
E o meu corasamborim 
Cuíca gemeu, será que era meu, quando ela passou por 
mim? 
[...] 
 
ANTUNES, A.; BROWN, C.; MONTE, M. Tribalistas, 2002 
(fragmento). 
 
No terceiro verso, o vocábulo “corasamborim”, que é a 
junção coração + samba + tamborim, refere-se, ao 
mesmo tempo, a elementos que compõem uma escola de 
samba e à situação emocional em que se encontra o autor 
da mensagem, com o corac ̧ão no ritmo da percussão. 
 
Essa palavra corresponde a um(a) 
 
a) estrangeirismo, uso deelementos linguísticos 
originados em outras línguas e representativos de outras 
culturas. 
b) neologismo, criac ̧ão de novos itens linguísticos, pelos 
mecanismos que o sistema da língua disponibiliza. 
c) gíria, que compõe uma linguagem originada em 
determinado grupo social e que pode vir a se disseminar 
em uma comunidade mais ampla. 
d) regionalismo, por ser palavra característica de 
determinada área geográfica. 
e) termo técnico, dado que designa elemento de área 
específica de atividade." 
 
04. Sobre as características do gênero textual poema, 
estão corretas as seguintes proposições: 
 
I. O poema deve ser construído sob forma fixa, sempre 
preservando elementos como a métrica e a musicalidade 
dos versos. 
II. O poema caracteriza-se por ser centrado em um 
trabalho peculiar com a linguagem. Em geral, reflete o 
momento e o impacto dos fatos sobre o homem. 
III. O poema diferencia-se dos demais gêneros por ser 
escrito em versos e por possuir um ritmo mais marcado 
que o ritmo da prosa. 
IV. A poesia não é exclusividade do poema: ela é uma 
atitude subjetiva que pode estar nas mais variadas 
manifestações artísticas. 
 
a) Todas estão corretas. 
b) Apenas I está correta. 
c) II, III e IV estão corretas. 
d) I e III estão corretas. 
e) I, III e IV estão corretas. 
 
 
 
 
 
 
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(EXERCÍCIOS) 
 
11 
05. (UERJ – 2012) 
 
SOBRE A ORIGEM DA POESIA 
 
A origem da poesia se confunde com a origem da própria 
linguagem. 
 
Talvez fizesse mais sentido perguntar quando a 
linguagem verbal deixou de ser poesia. Ou: qual a origem 
do discurso não poético, já que, restituindo laços mais 
íntimos entre os signos e as coisas por eles designadas, a 
poesia aponta para um uso muito primário da 
linguagem, que parece anterior ao perfil de sua 
ocorrência nas conversas, nos jornais, nas aulas, 
conferências, discussões, discursos, ensaios ou 
telefonemas [...] 
 
No seu estado de língua, no dicionário, as palavras 
intermedeiam nossa relação com as coisas, impedindo 
nosso contato direto com elas. A linguagem poética 
inverte essa relação, pois, vindo a se tornar, ela em si, 
coisa, oferece uma via de acesso sensível mais direto 
entre nós e o mundo [...] 
 
Já perdemos a inocência de uma linguagem plena assim. 
As palavras se desapegaram das coisas, assim como os 
olhos se desapegaram dos ouvidos, ou como a criação se 
desapegou da vida. Mas temos esses pequenos oásis – os 
poemas – contaminando o deserto de referencialidade. 
 
ARNALDO ANTUNES 
 
No último parágrafo, o autor se refere à plenitude da 
linguagem poética, fazendo, em seguida, uma descrição 
que corresponde à linguagem não poética, ou seja, à 
linguagem referencial. 
 
Pela descrição apresentada, a linguagem referencial 
teria, em sua origem, o seguinte traço fundamental: 
 
a) O desgaste da intuição 
b) A dissolução da memória 
c) A fragmentação da experiência 
d) O enfraquecimento da percepção 
 
06. Sobre a linguagem poética, é incorreto afirmar: 
 
a) A linguagem poética faz uso de diversos recursos 
estilísticos, entre eles, as figuras de linguagem. 
b) As figuras de linguagem em um poema têm como 
objetivo despertar sensações no leitor e impactá-lo, 
possibilitando que ele crie imagens a partir desse 
impacto. 
c) A linguagem poética é estritamente autobiográfica: é 
impossível desvencilhar o poeta de sua criação. 
d) A linguagem poética não possui compromisso com a 
objetividade: ela pode ser subjetiva e ambígua, 
oferecendo ao leitor diferentes possibilidades de 
interpretação. 
 
 
 
 
CAP. 08 - LITERATURA, 
INTERDISCIPLINARIDADE E TEMAS 
TRANSVERSAIS: LEITURAS DIALÓGICAS E 
INTERTEXTUAIS EM ESTUDOS 
COMPARATIVOS DE TEXTOS LITERÁRIOS E 
NÃO LITERÁRIOS. 
 
Leia os fragmentos abaixo para responder às 
questões que seguem: 
 
TEXTO I 
 
O açúcar 
 
O branco açúcar que adoçará meu café 
nesta manhã de Ipanema 
não foi produzido por mim 
nem surgiu dentro do açucareiro por milagre. 
 
Vejo-o puro 
e afável ao paladar 
como beijo de moça, água 
na pele, flor 
que se dissolve na boca. Mas este açúcar 
não foi feito por mim. 
 
Este açúcar veio 
da mercearia da esquina e tampouco o fez o Oliveira, 
dono da mercearia. 
Este açúcar veio 
de uma usina de açúcar em Pernambuco 
ou no Estado do Rio 
e tampouco o fez o dono da usina. 
 
Este açúcar era cana 
e veio dos canaviais extensos 
que não nascem por acaso 
no regaço do vale. 
 
Em lugares distantes, onde não há hospital 
nem escola, 
homens que não sabem ler e morrem de fome 
aos 27 anos 
plantaram e colheram a cana 
que viraria açúcar. 
 
Em usinas escuras, 
homens de vida amarga 
e dura 
produziram este açúcar 
branco e puro 
com que adoço meu café esta manhã em Ipanema. 
fonte: “O açúcar” (Ferreira Gullar. Toda poesia. Rio de 
Janeiro, Civilização Brasileira, 1980, pp.227-228) 
 
 
TEXTO II 
 
A cana-de-açúcar 
 
Originária da Ásia, a cana-de-açúcar foi introduzida no 
Brasil pelos colonizadores portugueses no século XVI. A 
região que durante séculos foi a grande produtora de 
cana-de-açúcar no Brasil é a Zona da Mata nordestina, 
 
 
 
 
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DISCIPLINA: LITERATURA – MOD. 1 
(EXERCÍCIOS) 
 
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onde os férteis solos de massapé, além da menor 
distância em relação ao mercado europeu, propiciaram 
condições favoráveis a esse cultivo. Atualmente, o maior 
produtor nacional de cana-de-açúcar é São Paulo, 
seguido de Pernambuco, Alagoas, Rio de Janeiro e Minas 
Gerais. Além de produzir o açúcar, que em parte é 
exportado e em parte abastece o mercado interno, a cana 
serve também para a produção de álcool, importante nos 
dias atuais como fonte de energia e de bebidas. A imensa 
expansão dos canaviais no Brasil, especialmente em São 
Paulo, está ligada ao uso do álcool como combustível. 
 
(Comentários sobre os textos: “O açúcar” e “A cana-de-
açúcar”) 
 
01. Para que um texto seja literário: 
 
a) basta somente a correção gramatical; isto é, a 
expressão verbal segundo as leis lógicas ou naturais. 
b) deve prescindir daquilo que não tenha 
correspondência na realidade palpável e externa. 
c) deve fugir do inexato, daquilo que confunda a 
capacidade de compreensão do leitor. 
d) deve assemelhar-se a uma ação de desnudamento. O 
escritor revela ao escrever, revela o mundo, e em especial 
o Homem, aos outros homens. 
e) deve revelar diretamente as coisas do mundo: 
sentimentos, ideias, ações. 
 
02. Sobre os textos I e II, só é possível afirmar que: 
 
I. O texto I é literário também pela forma com que se 
apresenta. 
II. O texto II poderia ser literário pela forma. 
III. Pela pluralidade significativa da linguagem, só é 
possível afirmar que o literário é o texto II. 
 
Está(ao) correta(s) apenas 
 
a) a I e a II 
b) a II e a III 
c) a I e a III 
d) apenas a II 
e) Todas estão corretas 
 
03. Ainda com relação aos textos I e II, assinale a opção 
incorreta 
 
a) No texto I, em lugar de apenas informar sobre o real, 
ou de produzi-lo, a expressão literária é utilizada 
principalmente como um meio de refletir e recriar a 
realidade. 
b) No texto II, de expressão não-literária, o autor 
informa o leitor sobre a origem da cana-de-açúcar, os 
lugares onde é produzida, como teve início seu cultivo no 
Brasil, etc. 
c) O texto I parte de uma palavra do domínio comum – 
açúcar – e vai ampliando seu potencial significativo, 
explorando recursos formais para estabelecer um 
paralelo entre o açúcar – branco, doce, puro – e a vida do 
trabalhador que o produz – dura, amarga, triste. 
d) O texto I, a expressão literária desconstrói hábitos de 
linguagem, baseando sua recriação no aproveitamento 
de novas formas de dizer. 
e) O texto II não é literário porque, diferentemente do 
literário, parte de um aspecto da realidade, e não da 
imaginação. 
 
04. Leia os textos abaixo para responder à questão: 
 
(Texto 1) Descuidar do lixo é sujeira 
 
Diariamente, duas horas antes da chegada do caminhão 
da prefeitura, a gerência de uma das filiais do 
McDonald’s deposita na calçada dezenasde sacos 
plásticos recheados de papelão, isopor, restos de 
sanduíches. Isso acaba propiciando um lamentável 
banquete de mendigos. Dezenas deles vão ali revirar o 
material e acabam deixando os restos espalhados pelo 
calçadão. (Veja São Paulo, 23-29/12/92) 
 
(Texto 2) O bicho 
 
Vi ontem um bicho 
Na imundície do pátio 
Catando comida entre os detritos. 
 
Quando achava alguma coisa, 
Não examinava nem cheirava: 
Engolia com voracidade. 
 
O bicho não era um cão, 
Não era um gato, 
Não era um rato. 
 
O bicho, meu Deus, era um homem. 
 
(Manuel Bandeira. Em Seleta em prosa e verso. Rio de 
Janeiro: J. Olympio/MEC, 1971, p.145) 
 
I. No primeiro texto, publicado por uma revista, a 
linguagem predominante é a literária, pois sua principal 
função é informar o leitor sobre os transtornos causados 
pelos detritos. 
 
II. No segundo texto, do escritor Manuel Bandeira, a 
linguagem não literária é predominante, pois o poeta faz 
uso de uma linguagem objetiva para informar o leitor. 
 
III. No texto “Descuidar do lixo é sujeira”, a intenção é 
informar sobre o lixo que diariamente é depositado nas 
calçadas através de uma linguagem objetiva e concisa, 
marca dos textos não literários. 
 
IV. O texto “O bicho” é construído em versos e estrofes e 
apresenta uma linguagem plurissignificativa, isto é, 
permeada por metáforas e simbologias, traços 
determinantes da linguagem literária. 
 
Estão corretas as proposições: 
 
a) I, III e IV. 
b) III e IV. 
c) I, II, III e IV. 
d) I e IV. 
e) II, III e IV. 
 
 
 
 
 
 
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(EXERCÍCIOS) 
 
13 
05. (SSA – 2015) Os textos literários e os não literários 
possuem singularidades que os definem ou os 
caracterizam. Afirmar ou negar a existência de um desses 
textos implica conhecê-los nas suas nuances. 
 
Nesse sentido, considerando os estudos sobre o assunto 
em análise, assinale a alternativa CORRETA. 
 
a) O texto literário é constituído de elementos que podem 
ser considerados elementos distintos dos que constituem 
o não literário. Tais elementos têm a ver com a sua 
gramaticalidade. Isto é, no texto literário, o fonema, o 
morfema, a sintaxe, a estilística das palavras são 
totalmente diferentes da estrutura linguística utilizada 
nos não literários. 
b) Num texto literário, é menos comum se encontrarem 
palavras figuradas que em textos de natureza não 
literária, visto que a figuração da linguagem remete a 
tipologias discursivas que não se adequam a contextos 
poéticos e ficcionais. O que, de fato, caracteriza um texto 
literário é sua densidade morfossintática, sua coerência 
poética e sua consistência tanto em termos ortográficos 
quanto em termos estéticos. 
c) Os textos não literários seguramente poderiam ser 
compreendidos como organizações verbais nas quais a 
figuração da linguagem inexiste. Construir um texto não 
literário, considerando metáforas, metonímias, 
oxímoros, hipérboles, aliterações, anáforas, anacolutos, 
zeugmas é, no mínimo, tentar evidenciar a elegância do 
estilo do produtor, fazendo o leitor ter um nível de 
compreensão mais aguçado sobre a mensagem emitida. 
d) É importante que produtores de textos, sejam eles 
literários ou não literários, tenham em suas produções, 
dois elementos constitutivos e essenciais ao processo de 
interlocução, a coerência e a coesão. Se, porventura, os 
produtores de textos ignorarem a relevância da coerência 
e da coesão, em de suas construções textuais, sejam 
escritas, sejam orais, o leitor sentirá certamente 
dificuldade no processo de interlocução. 
e) Os textos literários são conhecidos como os melhores 
existentes em línguas neolatinas. No Ocidente, quando 
se comenta sobre tipologia textual, discurso, teoria do 
texto, teoria da leitura, ensino de literatura, conotação, 
denotação, tem-se como objetivo esclarecer as diferenças 
e semelhanças entre os textos literários e não literários 
ao mesmo tempo em que se quer evidenciar a 
superioridade do primeiro em relação ao segundo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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GABARITOS 
 
CAP. – 01 - A LINGUAGEM LITERÁRIA EM 
DIÁLOGO COM OUTRAS LINGUAGENS NO 
CAMPO ARTÍSTICO-LITERÁRIO. 
 
01. C 
O narrador do texto clariceano não narra apenas os 
acontecimentos, mas utiliza a sua voz narrativa para 
trazer questionamentos e reflexões, que podem ser 
identificadas no trecho “Enquanto eu tiver perguntas e 
não houver resposta continuarei a escrever”. 
02. C 
03. A 
A afirmativa está incorreta porque a literatura não tem 
como característica principal a clareza e a objetividade. 
Pelo contrário, ela se caracteriza pela subjetividade, uso 
criativo da linguagem e abertura para múltiplas 
interpretações. Reportagens, notícias e manuais, por 
exemplo, são textos informativos, com foco em clareza e 
objetividade, e não são classificados como textos 
literários. 
04. B 
A linguagem literária está presente em gêneros como 
crônica, conto, poema e outros textos de ficção, onde se 
faz uso da criatividade, das emoções e da subjetividade. 
Já as alternativas a), c) e d) incluem gêneros que não são 
caracterizados por sua linguagem literária (como 
manuais de instrução, textos jornalísticos, textos 
didáticos, etc.). 
05. B 
A conotação é a principal característica da linguagem 
literária. No texto de Rubem Fonseca, a metáfora “Muito 
peixe foi embrulhado pelas folhas de jornal” é um 
elemento conotativo que marca a passagem do tempo, já 
que sugere que muita coisa aconteceu entre as escritas 
dos dois fragmentos do diário secreto. 
06. D 
O texto 2 diz que o “texto literário não tem um sentido 
predeterminado”, que o leitor deve elaborar “uma rede 
de interpretações” e que dificilmente “dois leitores farão 
leituras idênticas de um mesmo texto”. Isso está de 
acordo com o que diz este trecho do texto 1: 
“Interpretando um texto literário, você tem condições de 
perceber que uma palavra ou um período muitas vezes 
não têm um sentido só”. Dessa forma, esse fragmento do 
texto 1 aponta o caráter plurissignificativo da linguagem 
literária, assim como o texto 2. 
07. C 
A linguagem literária não apresenta um caráter utilitário 
ou prático, pois afasta-se da materialidade das coisas do 
cotidiano. 
08. B 
 
CAP. – 02 - ASPECTOS ESTÉTICOS E 
ESTILÍSTICOS EM GÊNEROS ARTÍSTICO-
LITERÁRIOS DE VÁRIAS LINGUAGENS E 
SEMIOSES. 
 
01. B 
O objetivo básico do texto publicitário é influenciar o 
comportamento do leitor, com foco em convencer o 
público a adquirir produtos ou serviços. A publicidade 
utiliza apelos emocionais e racionais para gerar desejo e 
motivar o consumo, o que se alinha com a alternativa b). 
As outras alternativas não correspondem ao propósito 
principal da publicidade, que é incentivar o consumo e 
não questionar comportamentos ou questões 
tecnológicas. 
02. E 
O horóscopo, com características vinculadas ao texto 
injuntivo, visa orientar e/ou aconselhar o leitor sobre a 
sua vida. Entre os temas, é possível notar um 
direcionamento para questões amorosas, familiares, de 
trabalho e, inclusive, sobre a saúde. 
03. D 
Os aspectos semióticos percebidos no conto de Lygia 
Fagundes Telles constroem um cenário de suspense aos 
leitores: um cemitério silencioso e sombrio. Dessa forma, 
a descrição dos elementos medonhos na narrativa, como 
o mato rasteiro que encobria os vestígios de morte e o 
som das folhas velhas e secas, acompanha um 
sentimento de expectativa que, como o leitor deve saber, 
o conduz ao fim trágico da personagem. 
04. B 
Trata-se da representação figurativa da luta enfrentada 
pelas mulheres contra o assédio. Essa conclusão é 
alcançada ao se associar os aspectos verbais (“para nós, 
a rua é um campo de batalha”) aos não verbais, como a 
postura combativa da mulher que se veste para se 
defender da violação que vem a ser enfrentada, em umaanalogia a um espaço de combates. 
05. C 
 
CAP. – 03 - GÊNEROS LITERÁRIOS E 
PRODUÇÕES DAS CULTURAS JUVENIS 
CONTEMPORÂNEAS NO CONTEXTO DA 
CULTURA DIGITAL. 
 
01. A 
O texto levanta que os maus hábitos alimentares e a falta 
de prática de exercícios como as principais causas da 
obesidade e de algumas doenças crônicas. 
02. C 
03. D 
04. E 
05. A 
 
CAP. – 04 - CONDIÇÕES DE PRODUÇÃO, 
CIRCULAÇÃO E RECEPÇÃO DE DIVERSAS 
OBRAS LITERÁRIAS, GÊNEROS E ESTILOS DA 
LITERATURA BRASILEIRA. 
 
(APENAS INTRODUÇÃO) 
 
CAP. 05- FIGURAS DE LINGUAGEM, 
RECURSOS ESTÉTICOS LINGUÍSTICOS, 
MULTISSEMIÓTICOS E EFEITOS DESENTIDO 
NOS PROCESSOS DE LEITURA, ANÁLISE E 
INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS LITERÁRIOS. 
 
01. D 
02. D 
A metalinguagem consiste em explicar o código usando 
o próprio código. O caráter metalinguístico do texto está 
relacionado ao fato de o autor abordar como tema o 
próprio fazer artístico e o processo de construção da 
 
 
 
 
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DISCIPLINA: LITERATURA – MOD. 1 
(EXERCÍCIOS) 
 
15 
obra. Ou seja, ele falou sobre a construção do poema por 
meio de um poema. 
03. B 
A função emotiva está centrada no emissor, pois o poema 
expressa sentimentos e emoções do sujeito lírico. Já a 
função poética está voltada para a forma da mensagem, 
com o uso criativo da linguagem e das figuras de 
linguagem que enriquecem a estética do texto. 
04. A 
A impessoalidade é uma característica essencial da 
função referencial, que busca transmitir as informações 
de forma objetiva, sem envolvimento pessoal do autor. A 
organização sequencial e objetiva do conteúdo é 
característica típica de resumos acadêmicos. 
05. 
06. E 
Entre as características da função referencial, destacam-
se o cunho informativo e a objetividade; tais aspectos 
podem ser reconhecidos no texto. 
 
CAP. 06- GÊNEROS LITERÁRIOS 
 
01. D 
No gênero narrativo, ou épico, uma das características 
mais significativas é a presença de um narrador. Dessa 
forma, se analisamos as alternativas em questão, 
perceberemos que, nessa proposta de exercício, o 
romance é a modalidade que apresenta narrador. 
02. A 
A principal característica do gênero lírico é a 
subjetividade, dessa forma, o soneto, que é um tipo de 
poema, é o que melhor representará o gênero lírico em 
seu conteúdo. 
03. E 
Os elementos constitutivos de uma narrativa são: 
narrador (que narra a história), enredo (sequência dos 
acontecimentos), personagens (podem ser principais e 
secundários; são os responsáveis pelas ações do enredo), 
tempo (recorte da época dos acontecimentos) e espaço 
(recorte do local dos acontecimentos). 
04. E 
05. E 
A sátira, como a presente no soneto de Gregório de 
Matos, não visa necessariamente abolir as instituições 
estabelecidas, mas sim criticar e ridicularizar aspectos da 
sociedade, da política e das instituições de maneira 
irônica e humorística. Embora possa ser utilizada de 
forma subversiva em determinados contextos, seu 
objetivo principal é criticar, moralizar ou chamar a 
atenção para defeitos e hipocrisias, e não 
necessariamente abolir instituições. A alternativa e) faz 
uma afirmação exagerada sobre a natureza 
revolucionária da sátira, que na verdade pode ser tanto 
conservadora quanto crítica, dependendo do contexto. 
06. C 
No soneto de Gregório de Matos, o poeta faz uma crítica 
irônica e satírica, tratando o elogio ao "personagem" de 
forma exagerada e sarcástica. Não se trata de um 
personagem cheio de virtudes, mas sim de uma crítica ao 
próprio ato de criar um soneto, que se torna algo penoso 
e difícil devido à falta de qualidades dignas de elogio no 
"personagem" mencionado. A alternativa c) está 
incorreta, pois sugere que o personagem é cheio de 
virtudes, quando, na verdade, o poema satiriza a falta de 
méritos do indivíduo. 
 
CAP. 07 - RECURSOS ESTÉTICOS E 
ESTILÍSTICOS DA LINGUAGEM POÉTICA 
 
01. B 
A repetição da estrutura "O mundo é grande e cabe", "O 
mar é grande e cabe", "O amor é grande e cabe" sugere 
que as ideias se relacionam por comparação, já que o 
poeta compara grandes dimensões e espaços (como o 
mundo e o mar) a coisas menores (como a janela e a 
cama). 
 
 
02. D 
O poeta utiliza as palavras de Cristo para expressar a dor 
e a fragilidade humana, configurando uma 
intertextualidade, ou seja, uma referência estilística ao 
discurso de outra pessoa. 
03. B 
A palavra "corasamborim" é uma junção criativa das 
palavras "coração", "samba" e "tamborim", o que a 
caracteriza como um neologismo. 
04. C 
* A alternativa I está incorreta porque o poema não 
precisa ser sempre construído sob forma fixa ou com 
métrica e musicalidade rigorosas. 
* A alternativa II está correta, pois o poema realmente 
reflete a visão subjetiva do poeta e sua relação com os 
fatos. 
* A alternativa III está correta, pois a poesia é escrita em 
versos e tem ritmo, o que a diferencia da prosa. 
* A alternativa IV está correta, pois a poesia é uma 
atitude subjetiva que pode estar presente em diversas 
formas artísticas. 
05. D 
O autor sugere que, com o tempo, as palavras perderam 
seu vínculo direto com a realidade, enfraquecendo nossa 
percepção sensorial do mundo, o que é uma crítica à 
perda da pureza da linguagem poética. 
06. C 
A linguagem poética não é estritamente autobiográfica. 
Muitos poetas usam personas, vozes e experiências 
diferentes das suas próprias para criar sua obra. Além 
disso, a poesia é um campo de liberdade criativa, que não 
depende exclusivamente da vivência pessoal do poeta. 
 
CAP. 08 - LITERATURA, 
INTERDISCIPLINARIDADE E TEMAS 
TRANSVERSAIS: LEITURAS DIALÓGICAS E 
INTERTEXTUAIS EM ESTUDOS 
COMPARATIVOS DE TEXTOS LITERÁRIOS E 
NÃO LITERÁRIOS. 
 
01. E 
02. A 
O texto I é literário também pela forma com que se 
apresenta, já que utiliza recursos estilísticos para 
transmitir uma reflexão sobre a realidade social e 
humana. O texto II, embora informativo, poderia 
também ser literário pela forma, considerando que pode 
ser escrito de maneira mais subjetiva e com uma 
linguagem mais rica. 
 
 
 
 
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DISCIPLINA: LITERATURA – MOD. 1 
(EXERCÍCIOS) 
 
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03. E 
O texto II, ao ser informativo, não é considerado 
literário. No entanto, a razão não é simplesmente porque 
ele parte de um aspecto da realidade. O fato de abordar a 
realidade não impede que um texto seja literário, caso ele 
utilize recursos de linguagem figurada e reflexiva, como 
no caso do Texto I, que recria a realidade de forma 
subjetiva e simbólica. 
04. B 
05. D 
A coerência e a coesão são fundamentais para a clareza e 
a eficácia de qualquer texto, seja literário ou não 
literário. Ignorar esses elementos pode tornar a 
mensagem difícil de ser compreendida, o que afetaria 
negativamente a comunicação.

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