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Aula 4 Andragogia

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Pedagogia, andragogia e heutagogia
Abordagens usadas para a aprendizagem
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Pedagogia
Significa a arte e a ciência de educar crianças.
A pedagogia representa a educação centrada no professor.
No modelo pedagógico de aprendizagem, os professores assumem total responsabilidade por tomar decisões sobre o que será aprendido, como e quando isso vai acontecer.
Essa ciência baseia-se na suposição de que os alunos ou aprendizes ainda não têm maturidade suficiente para se preparar para a vida e tomar as decisões certas e, portanto, devem aprender somente aquilo que é decidido e ensinado pelos professores.
Até recentemente o modelo pedagógico era aplicado tanto no ensino de crianças quanto ao de adultos.
O modelo pedagógico não considera as mudanças que ocorrem no ser humano quando ele passa da infância para a adolescência e depois para a fase adulta, e isso pode criar resistência ao aprendizado nos adultos
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Andragogia
 Inicialmente definida como a arte e a ciência de ajudar os adultos a aprender.
Apresenta-se atualmente como uma alternativa à pedagogia e refere-se à educação centrada no aprendiz para pessoas de todas as idades.
No modelo andragógico de aprendizagem, a responsabilidade pela aprendizagem é compartilhada entre o professor e aluno, o que cria um alinhamento entre essa abordagem e a maioria dos adultos, que busca independência e responsabilidade por aquilo que julga ser importante aprender.
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Modelo Andragógico de Malcolm
Fundamentado em quatro suposições básicas para os aprendizes, todas ligadas à capacidade, necessidade e desejo de eles mesmos assumirem a responsabilidade pela aprendizagem:
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Seu posicionamento muda da dependência para a independência ou autodirecionamento.
As pessoas acumulam um “reservatório” de experiência que pode ser usado como base sobre a qual será construída a aprendizagem.
Sua prontidão para aprender torna-se cada vez mais associada com as tarefas de desenvolvimento de papéis sociais.
Suas perspectivas de tempo e de currículo mudam do adiamento para o imediatismo da aplicação do que é aprendido e de uma aprendizagem centrada em assuntos para outra, focada no desempenho
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Principais diferenças entre Andragogia e pedagogia
Pedagogia - Aprendizagem centrada no professor
Os aprendizes são dependentes.
Os aprendizes são motivados de forma extrínseca (recompensas, competição etc)
A aprendizagem é caracterizada por técnicas de transmissão de conhecimento(aulas, leituras designadas)
O ambiente de aprendizagem é formal e caracterizado pela competitividade e por julgamento de valor)
O planejamento e a avaliação são conduzidos pelo professor.
A avaliação é realizada basicamente por meio de métodos externos (notas, testes e provas)
Andragogia- Aprendizagem centrada no aprendiz
Os aprendizes são independentes e autodirecionados
Os aprendizes são motivados de forma intrínseca (satisfação gerada pelo aprendizado)
A aprendizagem é caracterizada pela experimentação, estudos independentes
O ambiente de aprendizagem é mais informal e caracterizado pela equidade, respeito mútuo e cooperação.
A aprendizagem deve ser baseada em experiências
As pessoas são centradas no desempenho em seus processos de aprendizagem.
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Um novo termo - Heutagogia
 Foi recentemente criado para representar uma abordagem de aprendizagem na qual o aprendiz está sozinho no processo, ou seja, não existe a figura do professor ou do facilitador.
Segundo Hase e Kenyon, que cunharam o termo em 2000, a heutagogia seria a abordagem ideal para as necessidades de aprendizagem das pessoas do século XXI, pois estaria plenamente alinhada com as novas tecnologias de educação,, como internet, as aplicações multimídia e os ambientes virtuais.
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Pedagogia ou Andragogia?
De modo a ser ter eficácia e eficiência no processo de aprendizagem, é necessário que os professores e organizações educacionais sejam capazes de se mover ao longo desse intervalo(pedagogico-andragógico) e encontrar a combinação correta entre as duas abordagens.
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A
PEDAGOGIA
Aprendizagem
direcionada
Aprendizagem
Não reflexiva
B
ANDRAGOGIA
Aprendizagem
facilitada
Aprendizagem
reflexiva
Contínuo de Aprendizagem
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Fatores que influenciam o posicionamento no contínuo de aprendizagem
 A escolha da combinação correta da Andragogia com a pedagogia no processo de aprendizagem depende de uma série de fatores, dentre eles: 
 O nível de desenvolvimento intelectual do aprendiz;
As experiências educacionais anteriores dos alunos;
Os seus estilos de aprendizagem e os objetivos educacionais;
O ambiente educacional; e
O ambiente externo.
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Como os educadores devem, então, atuar?
Cabe ao educador” ler a turma, ou seja, a primeira coisa que deve ser feita ao se iniciar uma atividade de aprendizagem é procurar conhecer quem são as pessoas do outro lado, os aprendizes.
Levantar experiências anteriores, procurar conhecer e entender suas expectativas.
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O educador deve demonstrar que acredita na capacidade dos alunos em aprender.
O educador deve procurar contextualizar a aprendizagem. 
 
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CONTÍNUO DE APRENDIZAGEM (revisto)
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Métodos de Motivação - Aprendizagem
Motivação Humana é a força geradora do comportamento, é o que predispõe o indivíduo para uma determinada atividade.
A relação entre a motivação e a aprendizagem é evidente, pois sem motivação não há aprendizagem, o que equivale a dizer, que a motivação é condição necessária para haver aprendizagem. 
A aprendizagem acontece quando o indivíduo está realmente interessado em aprender; aprende-se aquilo que corresponde a uma necessidade ou a um interesse. 
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A motivação de cada sujeito pode ser condicionada por três fatores: 
expectativas – antecipação subjetiva do que irá acontecer;
valências – cada indivíduo revela tendências para valorizar um determinado tipo de resultados. Depende do objetivo e do valor que cada sujeito atribuí ao resultado final e à satisfação proporcionada;
instrumentalidade – é a relação causal entre o esforço intermediário e o resultado final (se o sujeito verificar que o resultado final não depende do esforço a fazer, pode optar por não se esforçar).
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A motivação desempenha três funções no processo de aprendizagem: 
função seletiva: a atenção da pessoa centra-se no campo específico do interesse dominante;
função energética: a pessoa intensifica a sua atividade, aumentando a sua energia e poder de concentração, para atingir os fins a que se propôs;
função direcional: a pessoa orienta os seus atos em direção à meta que pretende atingir.
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Neste contexto pode-se afirmar que os incentivos têm um valor motivacional relativo. É o mesmo que dizer que um mesmo incentivo pode provocar respostas distintas ou nem sequer encontrar eco em alguns formandos.
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Estratégias de Motivação 
Motivar é: 
criar vontade de ...
predispor para ...
chamar a atenção para ...
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Como se motivam os adultos para a aprendizagem?
motivação inicial – mostrar interesse pelos motivos que levaram os formandos a freqüentarem aquele curso, saber o que esperam aprender, saber das suas experiências anteriores...;
estar motivado – ninguém consegue motivar se não estiver motivado, isto implica: mostrar domínio do assunto (autoconfiança e segurança);
ser expressivo – capacidade de comunicação, haver sintonia entre a expressão verbal e a não verbal (palavras e gestos), a voz com inflexão;
distribuir o olhar por todos os participantes (troca de olhares) – o olhar não deve ser nem persistente nem fugidio, deve olhar mostrando mais interesse na pessoa do que no que ela diz;
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apelo à participação – implica e responsabiliza os formandos pela sua própria aprendizagem, ao mesmo tempo que demonstra interesse por saber o que pensam ou sabem sobre o assunto;
a linguagem usada deve ser adequada aos destinatários – se o grau de escolaridade for baixo, a linguagem deve ser simples e com alguns cuidados no uso de siglas, estrangeirismos ou expressões muito técnicas; se pelo contrário o grau de escolaridade
for elevado, a linguagem deve ser técnica;
usar o humor – desde que usado moderadamente e devidamente contextualizado, facilita a evocação do assunto que estava a ser tratado.
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Outras estratégias
estabelecer a idéia de conjunto da tarefa a aprender;
relacionar os conhecimentos e as habilidades a adquirir com os já adquiridos;
orientar a atenção dos formandos para os elementos novos da tarefa a aprender;
fomentar a participação dos formandos;
nos primeiros momentos da aprendizagem orientar os formandos, mas retirar progressivamente essa orientação, a fim de permitir que se responsabilizem pela sua própria aprendizagem;
criar condições que desenvolvam a capacidade de transferência de conhecimentos e habilidades a novas situações;
dar feedback desenvolvendo nos formandos a capacidade de se auto-avaliarem;
criar um clima afetivo conducente à aprendizagem;
avaliar as aprendizagens dos formandos e a eficácia do desempenho do formador.
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definir os objetivos gerais de aprendizagem. Esta definição deve ser suficientemente flexível de modo a permitir a ocorrência de aprendizagens não previstas nos objetivos;
desdobrar os objetivos gerais em objetivos específicos, tendo em conta a estrutura do sujeito, a estrutura da tarefa e o tipo de aprendizagem exigida por estes dois fatores;
decidir quais os conhecimentos ou habilidades de base que os sujeitos já devem possuir para poderem iniciar a tarefa de aprendizagem;
seqüenciar a aprendizagem de forma a que os sujeitos sintam que estão a fazer progressos;
pensar em algumas atividades que formador e formando possam desenvolver no decurso da sessão.
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