Aula ANTIEPILEPTICO

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12/05/2014 1
Universidade Federal de Pernambuco
Centro de Ciências Biológicas
Departamento de Fisiologia e Farmacologia
Disciplina de Farmacologia 
ANTIEPILÉPTICOS
Odair Alves da Silva
Recife
2014
Fisiopatologia das convulsões
 Os mecanismos fisiopatológicos subjacentes aos distúrbios convulsivos estão apenas começando a ser 
elucidados.
 As convulsões são classificadas com base nas suas manifestações clínicas em parciais e generalizadas.
 Para que uma convulsão ocorra, os mecanismos protetores devem estar comprometidos. As causas 
podem ser:
– Primárias (por exemplo, anormalidades genéticas, como defeitos dos canais), 
– Secundárias (por exemplo, alterações do ambiente neuronal induzidas por toxinas, ou lesões 
adquiridas, como acidente vascular cerebral ou neoplasias) 
– Combinação das duas
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Fisiopatologia das convulsões
 Um desvio despolarizante paroxístico tem sua propagação inibida por 
inibição circundante.
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Fisiopatologia das convulsões
 Tipos de convulsão
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Fisiopatologia das convulsões
 Tipos de convulsão
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Convulsões Generalizadas
• Ocorre pela propagação de uma 
convulsão parcial.
• 3 fases
• Fase tônica - contração dos 
músculos agonistas e 
antagonistas.
• Fase clônica - contração 
involuntária do corpo
• Fase pós-ictal - flacidez
Fisiopatologia das convulsões
 Tipos de convulsão
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Fármacos antiepilépticos
 O fenobarbital foi o primeiro agente que se identificou ter atividade anticonvulsivante (1912) e a 
fenitoína veio logo em seguida.
 Os agentes antiepilépticos atualmente disponíveis são classificados em quatro categorias 
principais:
(1) Fármacos inibidores de canais de Na+
(2) Fármacos inibidores de canais de cálcio, 
(3) Fármacos que aumentam a inibição mediada pelo GABA
(4) Fármacos inibidores dos receptores de glutamato.
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Fármacos antiepilépticos
 Inibidores dos canais de Na+
– Apresentam especificidade para o tratamento das convulsões parciais e generalizadas secundárias.
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Fenitoína – atua sobre os canais de Na+ de uma maneira dependente do uso. Importante fármaco de escolha no tratamento das 
convulsões parciais e das convulsões tônico-clônicas. Não é utilizada nas crises de ausência. Hiperplasia gengival é um efeito 
adverso comum. Induz as enzimas do P450.
Carbamazepina – Droga de escolha para o tratamento das convulsões parciais e tônico-clônica. Também é usada na neuralgia 
trigemial e glossofaríngea. Efeitos terapêuticos sobre pacientes maníaco-depressivos e efeitos antidiuréticos. Induz as enzimas 
do P450. Efeitos adversos: náuseas, vômitos, toxidade hematológica, diplopia.
Lamotrigina – É o mais recente (1994). Efetiva no tratamento de convulsões parciais e crises de ausência atípicas. Efeitos 
adversos: borramento visual, diplopia, vômito, ataxia .
Fármacos antiepilépticos
 Inibidores dos canais de Ca2+
– Inibem o canal de cálcio do tipo T (indicado 
no tratamento da crise de ausência) e 
aqueles que inibem o canal de cálcio
dependente de voltagem (para o 
tratamento das crises parciais com ou 
sem generalização).
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Etossuximida – Reduz as correntes de tipo T de baixo limiar. Tratamento de primeira escolha para as crises de ausência não 
complicadas. Efeitos adversos: náuseas, vômitos, sonolência, letargia, vertigem
Ácido Valpróico – limita a atividade do canal de cálcio do tipo T de baixo limiar, bloqueia canais de sódio, aumenta a velocidade da 
síntese de GABA e diminui a sua metabolização. É o mais efetivo em pacientes que apresenta vários tipos de transtornos epilépticos. É 
utilizado também como estabilizante do humor. Efeitos adversos: semelhantes ao Etossuximida.
Gabapentina – foi sintetizada como análogo estrutural do GABA. Todavia, o principal efeito anticonvulsivante da gabapentina parece
ocorrer pela inibição dos canais de cálcio dependentes de voltagem, resultando em diminuição da liberação de neurotransmissores.
Indicado para convulsões parciais, mas apresenta baixa efetividade. Não sofre metabolismo em seres humanos, sendo eliminada na
forma inalterada na urina. Efeitos adversos: sonolência, ataxia, vertigem e fadiga
Fármacos antiepilépticos
 Fármacos que aumentam a inibição mediada pelo GABA
– Aumentam a afinidade do GABA pelo receptor de GABAA e intensificam a regulação do canal de GABAA na 
presença de GABA.
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Benzodiazepínicos (diazepam, lorazepam, clonazepam, midazolam) – Agem pelo efeito de suprimir o foco da convulsão e de 
fortalecer a inibição circundante. São particularmente apropriados para o tratamento das convulsões parciais e tônico-clônicas.
Efeitos adversos: tontura, ataxia e sonolência. Utilizado especialmente na interrupção aguda das convulsões.
Barbitúricos (Fenobarbital) – atuam de forma semelhante aos BZDs, entretanto, podem se ligar a uma maior gama de receptores de 
GABAA. Eficientes no no tratamento das convulsões parciais e tônico-clônicas. Os barbitúricos podem exacerbar a crise de ausência.
Efeito adverso: sedação e indução do citocromo P450.
Fármacos antiepilépticos
 Fármacos que Inibem os Receptores de Glutamato
– Os receptores de glutamato ionotrópicos medeiam os efeitos do glutamato, o principal neurotransmissor excitatório do SNC.
– A inibição dos subtipos NMDA e AMPA de receptores de glutamato pode inibir a geração da atividade convulsiva.
– Entretanto, nenhum dos antagonistas dos receptores de glutamato tem sido utilizado clinicamente devido a seus efeitos adversos
inaceitáveis.
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Felbamato – Possui alguma seletividade para um subtipo dos receptores NMDA, dessa forma, não causa antagonismo 
indiscriminado no SNC. É um agente antiepiléptico extremamente potente e não causa sedação. Entretanto, seu uso é 
evitado, pois pode causar anemia aplásica fatal e insuficiência hepática. Uso restrito a pacientes com epilepsia 
extremamente refratária.
Fármacos antiepilépticos
 Outros agentes
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Tiagabina – bloqueia a receptação de GABA e intensifica a sua sinalização. Indicado na terapia adjuvante de 
convulsões parciais e tônico-clônicas. Efeitos adversos: Morte súbita inexplicada, confusão, sedação, tontura, 
Topiramato – Pode inibir os canais de sódio. Pode potencializar a ativação do GABA no canal de GABAA. Pode 
antagonizar o receptor de glutamato. . Indicado na terapia adjuvante de convulsões parciais e tônico-clônicas. 
Efeitos adversos: Sedação, retardo psicomotor, fadiga.
Fármacos antiepilépticos
 Indicação do fármaco
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Fármacos antiepilépticos
 Indicação do fármaco
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Referências bibliográficas
 PENILDON SILVA, Tratado de Faromacologia. 8.ed Guanabara Koogan. 2010, pp. 474-491.
 HARDMAN, J.G.; LIMBIRD, L.E. Goodman & Gilman As Bases Farmacológicas da Terapêutica. McGraw Hill, 11ª ed.
 FARMACOLOGIA - RANG, DALE & RITTER (4a e 5a ed) Português.
 FARMACOLOGIA - KATZUNG (9ª ed) Português.
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