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Ectoscopia: → Estado geral: bom, regular, ruim/comprometido → FR=12-20 → Nível de consciência: - Obnubilação: certa confusão mental. - Sonolência: tendência a manter os olhos fechados, com ou sem confusão mental. - Torpor: responde monossilabicamente a dor. - Coma: ausência de resposta. → Escala de coma de Glasgow: → Alterações da fala: - Disfonia/afonia: timbre. - Dislalia: letras. - Disritmolalia: gagueira. - Disartria: articulação da palavra. - Disfasia: compreensão e expressão. → Fácies: traços anatômicos + fisionomia, atípica sendo incaracterística e típica sendo modificada pela doença. - Mongoloide (Síndrome de Down): prega cutânea na fenda palpebral (epicanto), olhos oblíquos e distantes, rosto redondo, boca entreaberta. - Leonina (Hanseníase): pele espessa, sem sobrancelhas (madarose), nariz largo. - Paralisia facial periférica: assimetria da face, impossibilidade de fechar as pálpebras, desvio da rima labial para o lado sadio, apagamento do sulco nasolabial. - Basedowiana (Hipertireoidismo): exoftalmia e olhos brilhantes, rosto magro, fisionomia de vivacidade, aspecto de espanto e ansiedade, presença de bócio. - Mixedematosa (Hipotireoidismo): rosto arredondado, lábio e nariz grossos, pele e cabelos secos, fisionomia apática, pálpebras infiltradas e alargadas, supercílios escassos e sem brilho. → Atitude e decúbito no leito: Decúbitos dorsal, ventral e lateral. - Opistótono (involuntária): Tétano - Ortopneica (voluntária): DPOC, ICC - Parkinsoniana (voluntária): Parkinson - Cócoras (voluntária): Cardiopatia cianótica - Prece maometana/genupeitoral (voluntária): Derrame pericárdico - Gatilho (involuntária): Meningite → Marcha: - Claudicante: Manca para um dos lados. - Escarvante: Tem paralisia do movimento de flexão do pé. - Parkinsoniana: Inclinação do tronco para frente, tremores leves nos braços, rigidez e tremores de cabeça, caminhar oscilante com passos curtos, rigidez e tremores de extremidades. → Tremores: Identificar pedindo para o paciente colocar as duas mãos estendidas com a palma virada para baixo em frente ao corpo. - De repouso: Parkinson. - De atitude ou postura: surge quando o membro é colocado em determinada posição, tremor essencial/ familiar. - De ação: quando um movimento é executado, doenças cerebelares. - Vibratório: Fino e rápido, alcoolismo. - Movimentos coreicos: amplos, arrítmicos, inesperados, facilmente visualizados, coreia de Sydenham. - Convulsões: súbitos, incoordenados, localizados, generalizados, tônicas (mantidas permanentes e imobilizam articulações), crônicas (rítmicas, alternando contrações e relaxamento), tônico-clônicas. - Tetania: crises tônicas sempre em mãos e pés, sinal de Trousseau (manguito insuflado 20mm acima da PAs e deixa por 3min) → hipocalcemia (alcalose respiratória). → Musculatura: - Trofismo (massa muscular): normal, hipertrófico, hipotrófico. - Tonicidade (estado de contratilidade do músculo): normal, hipertonicidade/espasticidade/rigidez, hipotonicidade/flacidez. → Estado de hidratação: avaliar umidade, turgor e elasticidade da pele; umidade das mucosas; alterações oculares; alterações de peso; oligúria; fontanelas; estado geral. → Coloração: Conjuntiva, mucosa labial, lingual e gengival → Normocoradas, hipocoradas, descoradas ou hipercoradas (+ a ++++) → - Cianose e Icterícia: (+ a ++++). → Perfusão: Extremidades. → Circulação colateral: Indica a dificuldade do fluxo venoso através de troncos principais → cava superior, cava inferior e tipo porta. →Edema: Aumento de líquido no espaço intersticial, sinal de Godet ou cacifo → localização e distribuição, intensidade (+ a ++++) consistência, alterações na pele circunjacente, temperatura, sensibilidade, peso diário e medida da área. →Biotipo: Ângulo de Charpy; - Mediolíneo: Intermediário, equilíbrio entre os membros e o tronco, desenvolvimento harmônico da musculatura e panículo adiposo, AC=90°. - Longilíneo: Pescoço longo e delgado, tórax afilado e achatado, membros alongados com franco predomínio sobre o tronco, musculatura delgada e panículo adiposo pouco desenvolvido, tendência à estatura elevada, AC 90° → DESCRIÇÃO DA ECTOSCOPIA: Bom estado geral (BEG), consciente e orientado, eupneico, acianótico, anictérico, normocorado, afebril, hidratado, fácies atípica, mediolineo . Postura indiferente. Marcha normal. Fala normal. Trofismo e tônus muscular preservados, ausência de movimentos involuntários ou de circulação colateral. Extremidades sem edema , com temperatura e perfusão preservadas. Ausência de lesões de pele. Sinais vitais: → Pressão arterial: Questionar a noite de sono, utilização de drogas, consumo de cafeína, necessidade de micção, alimentação (30min) e exercícios físicos (60 min), colocação do manguito sobre o braço NÃO SOBRE A ROUPA. - Observar postura: pernas descruzadas, costas apoiadas na cadeira, braço na altura do coração. palma da mão para cima. PA = débito cardíaco x resistência periférica. - Procedimento: medir a circunferência do braço do paciente e escolher o manguito adequado → posicionar o manguito 2-3 cm acima da fossa cubital (seguir a marcação) e colocá-lo sem deixar folgas. - Método palpatório: Palpar a artéria radial → insuflar o manguito até o desaparecimento do pulso (estimativa da PA sistólica) → insuflar mais 30 a 40 mmHg → desinsuflar até o reaparecimento do pulso que corresponderá à PA sistólica - Método auscultatório: Palpar a artéria braquial na fossa cubital e o estetoscópio sem compressão excessiva → inflar rapidamente, de 10 em 10 mmHg, até ultrapassar 20-30 da PAS estimada pelo método palpatório → deflação lenta (2 a 4 mmHg por segundo) → Determinar a pressão: sistólica na ausculta do 1º som (fase I de Korotkoff) e diastólica quando o som torna-se menor ou desaparece (fase V de Korotkoff) → Deflação rápida e completa Classificação PAS PAD Ótima 120 80 Normal 120-129 80-84 Pré-hipertensão 130-139 85-89 HA estágio 1 140-159 90-99 HA estágio 2 160-179 100-109 HA estágio 3 ≥180 ≥110 → Pulso: Verificado com o paciente sentado ou deitado de forma confortável. - Locais (artérias): braquial, radial, carótidas, femoral, pediosa, tibial, posterior e temporal. - Amplitude: aumentada ou diminuída. - Ritmo e sequência de pulsações: regular ou irregular (arritmias). Classificação Medida Normal 60 - 100 bpm Bradisfigmia/bradicardia 100bpm → Temperatura: axilar (35,5 – 37 °C), oral (36 – 37,4 °C), retal (36 – 37,5 °C) e timpânica. - Axilar: Necessário higiene do local e do termómetro → colocar na axila e pressionar o braço. Classificação Medida Febre leve ou febrícula até 37,5°C Febre moderada 37,6° - 38,5°C Febre alta ou elevada > 38,6°C → Respiração: Não deixar o paciente saber que estão sendo contados os movimentos → contar por um minuto → Normal de 12 a 20 → Eupneico, bradipneico e taquipneico. - Dispneia: desconforto respiratório. - Ortopneia: obriga paciente a ficar sentado. - Apneia: ausência de respiração. → Oximetria de pulso: Afere a saturação de O2 no dedo ou no lóbulo da orelha → Normal de 95% a 100% → DESCRIÇÃO DOS SINAIS VITAIS: PULSO = 80bpm, normoesfígmico; PRESSÃO ARTERIAL = 110X80mmHg (normotenso) ; TEMPERATURA = 36,5°C (afebril); FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA = 16irpm (eupneico); Sat.O2= 96% (normal). Aparelho cardiovascular: → Sinais vitais: Inicia-se o exame colhendo os sinais vitais → SpO2, PA, TEMP, FR e FC. → Pulsos: Radial, Ulnar, Braquial, Carotídeo, Poplíteo, Pedioso, Tibial posterior → Avaliar simetria, ritmo, amplitude e frequência. → Sinal de Levine: Caracterizado por exibição de mão fechada em movimentos circulares sobre o tórax, considerado uma expressão corporal típica de pacientes com IAM. → Exame centrípeto: - Cabeça: Sinal de Musset (Movimentação da cabeça aos batimentos cardíacos), cianose central, fácies (Down, Marfan), petéquias, xantelasma. - Pescoço: Medida da pressão venosa jugular, avaliação da turgência jugular (paciente em 45 graus), batimento de carótidas (pulsação anormal). - Membros: Nódulos de Osler, manchas de Janeway, splinter hemorrágicos, baqueteamento digital, xantomas tendinosos, cianose periférica, edema (frio e mole). - Tórax e abdome: Hepatomegalia, ascite. → Inspeção: - Cicatrizes: Podem revelar procedimentos anteriores. - Precórdio (PIF): Observar tangencialmente à direita, à esquerda, frontalmente e dos pés para o tronco → Precórdio dinâmico ou adinâmico → Ictus cordis visível ou não, palpável ou não e tamanho (Quinto EICE, 3cm, usando dois dedos) → Frêmito cardiovascular nos 65 focos (mão espalmada). - Perfusão periférica: Tempo de enchimento capilar 2-3 segundos. → Ausculta: - Normal: RCR EM 2T (sem B3 ou B4), sem desdobramentos, BCNF, FC de 80bpm, sem cliques, estalidos, sem sopros, sem ruídos de próteses e sem atrito pericárdico. - Manobra de Pachon: Paciente em decúbito lateral esquerdo → Facilita à ausculta de sopros em foco mitral. - Manobra de Rivero-Carvallo: Paciente respira profundamente e mantém período de apneia → Sopros em focos tricúspide, aórtico acessório e pulmonar (coração direito). - Manobra de Harvey: Paciente se inclina para frente e faz expiração prolongada → Facilita a ausculta de sopros no foco aórtico. - Escala de Levine: Cabeça: → Regiões da cabeça: → Tamanho do crânio: - PC para RN`s em meninos = 31.9 , em meninas = 31.5. - Macrocefalia: Aumento do PC (hidrocefalia, acromegalia e raquitismo). - Microcefalia: Diminuição do PC (toxoplasmose congênita, zika). → Formato do crânio: - Acrocefalia (turricefalia): Forma alongada para cima, lembra uma torre - Escafocefalia: Lembra um casco de navio invertido. - Dolicocefalia: Aumento do diâmetro AP. - Braquicefalia: Aumento do diâmetro transverso. - Plagiocefalia: Crânio assimétrico. → Posição e movimentos da cabeça: Torcicolo (inclinação lateral), tiques (contrações repetidas), sinal de Musset, movimentos coreicos, tremores. → Superfície e couro cabeludo: Pesquisar tumorações, tumefações, hematomas, depressões e pontos dolorosos. - Fontanela anterior: Se hipertensa e saliente → aumento da PIC, se hipotensa e deprimida → desidratação. - Consistência ou rigidez da tábua óssea: Osteomalácia, raquitismo, sífilis. - Aspecto dos cabelos e lesões. → Exame geral da face: - Inspeção: Assimetria, lesões, fácies típicas. - Palpação: Glândulas parótidas, ATM, seios paranasais. → Olhos: - Pálpebras: edema, pterígio, xantelasma, ptose palpebral, lagoftalmo, alo senil, retração. epicanto, ectóprio/entrópio, equimose. - Fenda palpebral: Normal, aumentada (exoftalmia), diminuída (enoftalmia), ptose, prega cutânea (mongolismo). - Cílios: Integridade, entrópio/ectrópio, inflamação/infecção. - Conjuntiva: Espessamento, cor, hemorragia, rede vascular, secreções, hiperemia. - Esclera: Cor. - Córnea: Opacidade, leucoma (cicatriz). - Íris e pupila: Integridade, tamanho e forma. - Cristalino: Opacidade. - Supercílios: Integridade (madarose). - Acuidade visual: Teste de Snellen. - Campo visual: Movimentação do dedo/caneta nos quadrantes e de modo a avaliar a visão periférica. - Movimentação ocular: Pedir para o paciente seguir a caneta com os olhos. - Estrabismo: Cover test → esotropia, exotropia, hipertropia e hipotropia. - Reflexos pupilares: Fotomotor direto, consensual (fotomotor indireto) e de acomodação. - Oftalmoscopia e/ou fundoscopia: Não realizadas. → Nariz: Inspeção, palpação e rinoscopia anterior → Levantar a ponta do nariz para observar. DESCRIÇÃO → À rinoscopia anterior: Mucosas nasais normocoradas, presença de rinorréia, desvio de septo nasal para o lado direito, seios paranasais não dolorosos, narinas pérvias, ausência de lesões, ausência de desvio de corneto, sem sangramentos, sem sinais de sofrimento respiratório. → Orelhas: Inspecionar o pavilhão auricular e o processo mastóide. - Otoscopia: Pele, pelos, cerume, descamação, membrana timpânica (integridade, aspecto, cor, forma e contorno). DESCRIÇÃO → Dor auricular, orelhas simétricas e sem secreção, formato e implantação normais, processo mastóide sem alterações, presença de excesso de cerume, otoscopia não realizada. → Região bucomaxilofacial e cavidade orofaríngea: - No exame bucomaxilofacial: Observar maxila, mandíbula, complexo dentoalveolar, articulação temporomandibular, músculos da mastigação, cavidades paranasais e glândulas salivares → Avaliar simetria e presença de lesões, palpação da musculatura da mastigação, palpação da ATM + estalidos e creptos, glândulas parótidas e submandibulares. - No exame da cavidade orofaríngea: Observar lábios, mucosa, língua, assoalho da boca, palato, dentes, gengivas, ductos de Stenon (parótidas), ductos de Wharton (submandibulares), tonsila palatina, parede faringiana posterior. → Cavidade oral: Lábios, gengivas e dentes. - Observar: Palato duro e mole, orofaringe, dorso/lateral/ventre da língua, reborda alveolar, função das glândulas salivares. - Lesões: Ulcerações (afta, herpes, neoplasias), nódulos (neoplasias, desenvolvimento), vesículas e bolhas (infecções), manchas e placas (eritematosas e leucoplásicas). - Língua: Saburrosa, seca, lisa, pilosa, geográfica, fissurada, crenada, macroglossia, língua trêmula, desvio da língua da linha mediana, glossite. DESCRIÇÃO → Mucosa oral normocorada, faringe/úvula/pilares amigdalianos íntegros, sulco nasogeniano sem alterações, lábios superior e inferior sem lesões, rima labial sem alterações, fechamento labial normal, conservação dentária preservada, ausência de próteses, orofaringe e faringe sem alterações, frênulo lingual sem alterações, língua com movimentação normal e sem outras alterações, ausência de lesões orais, classificar na escala de Mallampati. Pescoço: → Mobilidade: Avaliar movimentação ativa e passiva (flexão, extensão, rotação e lateralidade), contratura, sensibilidade e rigidez nucal. → Pele: Sinais flogísticos, presença de cicatrizes. → Forma e volume: Aumentos da tireoide, dos linfonodos, das parótidas e presença de tumorações. → Posição: Mediana seguindo o eixo da coluna, torcicolo, afecções da coluna cervical → Turgência jugular: Hipertensão venosa → Insuficiência ventricular direita → Sinal de Kussmaul. → Batimentos arteriais e venosos: Pulso carotídeo ou venoso → Refluxo hepatojugular. → Tireóide: - Inspeção: Avaliar existência de bócio difuso. - Palpação: Bimanual → Abordagem anterior: Os dedos indicadores e médios palpam a glândula, enquanto os polegares apoiam-se no tórax do paciente. → Abordagem posterior: Mãos e dedos rodeiam o pescoço com o polegar fixo na nuca, o lobo direito é palpado com os dedos indicador e médio, e o lobo esquerdo com os mesmos dedos da mão esquerda. - Avalia-se: Volume(normal, aumentado, difuso ou segmentar) → Consistência (normal, firme, endurecida ou pétrea) → Mobilidade (normal ou imóvel) → Superfície (lisa, nodular ou irregular) → Temperatura/cor/sensibilidade da pele → Presença de frêmito e sopro. → Exame dos linfonodos: - Avaliar: Tamanho, localização, coalescência, consistência, mobilidade, sensibilidade (dolor = metástase, leucemia, linfoma, infecção) e alterações da pele. - Coalescência: Junção de um ou mais linfonodos, massa de limites imprecisos → Inflamação ou neoplasia. DESCRIÇÃO → Individualizados, móveis, indolores, consistência borrachosa. DESCRIÇÃO GERAL PESCOÇO → Mobilidade preservada, posição alinhada com a linha mediana, ausência de pulsação anormal, ausência de turgência jugular, ausência de comprometimento linfonodal e glandular; tireóide palpada em tamanho normal, à ausculta sem frêmito ou sopro, e sem outras alterações; cartilagem tireoidiana e cricóide palpadas sem alterações. Aparelho respiratório: → Inspeção estática: - Forma: Normal, globoso - DPOC, tonel/barril, escavado, cariniforme, escoliótico, cifótico. - Partes moles e ósseas: Cicatrizes, abaulamentos, retrações, enfisema subcutâneo, circulação colateral. - Extremidades: Baqueteamento digital, cianose. → Inspeção dinâmica: - Frequência respiratória: 12 a 20 irpm. - Tipo respiratório: Torácico ou costal superior em mulheres, e Tóraco-abdominal em homens. - Ritmo respiratório: Normal, Ritmo de Kussmaul (pausada e profunda), Biot (variável e tem apneia), Cheyne Stokes (apneia), suspirosa. - Sinais de desconforto respiratório: Tiragem subcostal e intercostal, retração de fúrcula, batimento de aleta nasal. → Palpação: - Parede torácica: Partes moles, musculares e ósseas; pontos dolorosos; enfisema subcutâneo (bolhas) → Dor, rigidez e sensibilidade. - Expansibilidade: Manobra de Raoult → Normal ou diminuída (unilateral ou bilateralmente). - Frêmito toracovocal: “33” → Aumento, diminuição e desaparecimento do FTV, (unilateral ou bilateralmente). → Percussão: Nos mesmos locais da ausculta → Espaços intercostais. - Sons normais: : Som claro pulmonar, Macicez hepática no 5°EID, Macicez cardíaca no 3° EIE, Timpânico no espaço Traube. → Ausculta: Peça para o paciente respirar fundo com a boca entreaberta → Bilateral e simétrica → Anterior, posterior e lateral. - Sons normais: Som traqueal na fúrcula, Som broncovesicular no terço superior, e Murmúrio vesicular nos terços médio e inferior. - Sons anormais: - Silêncio ou diminuição do MV: Pneumotórax, derrame pleural, atelectasia. - Sopro tubário: Bronquial, pneumonia lobar. → Contínuos: - Roncos: Graves, estreitamento dos brônquios, bronquite. - Sibilos: Agudos, assobios, asma, DPOC, enfisema. - Estridor: Ruído laríngeo por obstrução, corpo estranho. → Descontínuos: - Estertores finos: Final da inspiração, não se modifica com a tosse, menor duração, atritar de cabelos, pneumonia. - Estertores grossos: insp e exp, se modifica c/ a tosse, maior duração, graves e mais intensos, edema pulmonar, fibrose, pneumonia. -Atrito Pleural: + insp e exp, como amassar papel, pleurite. - Ausculta da voz: Paciente fala 33 → Voz falada e cochichada. - Normal: Sons abafados e palavras não distintas. - RV Aumentada: Consolidação. - RV Diminuída: Obstrução brônquica e barreira, DPOC, asma, atelectasias, derrame. - Broncofonia: Distinguem-se as palavras - o som fica mais nítido, pneumonia. - Pectorilóquia afônica: Distingue-se as sílabas - som sussurrado intenso, condensação pulmonar com brônquio pérvio. - Egofonia: “Tipo ruído de cabra”, agudo, metálico, entrecortado, fala “E” e ouve-se “A”, consolidação e derrame pleural. → DESCRIÇÃO: - Inspeção estática: Tórax de forma normal, sem alterações de partes moles e ósseas, sem abaulamentos ou retrações. - Inspeção dinâmica: FR=16 IRPM, ausência de retrações e tiragem, eupneico, tipo resp. tóraco-abdominal, ritmo regular, e sincrônico com os movimentos abdominais. - Palpação: Sensibilidade conservada, ausência de contratura ou atrofias musculares, ausência de enfisema subcutâneo ou calos ósseos, expansibilidade conservada e simétrica, FTV normodistribuído. - Percussão: Som Claro pulmonar presente e simétrico, submacicez hepática a partir do 6°EID e 3°EIE. - Ausculta: MV presente normodistribuído, ausência de RA, ausculta da voz (RV normal). Abdome: → Expor completamente o abdome mantendo a genitália coberta, se apresentar devidamente, direcionar todas as orientações para o paciente, higienizar as mãos antes de começar a examinar, esquentar as mãos e LADO DIREITO DO PACIENTE. → Divisão do abdome: - Quatro regiões - Quadrantes: Superior e inferior direito, superior e inferior esquerdo. - Nove regiões: Hipocôndrio D e E, flanco D e E,, fossa ilíaca D e E, epigástrio, mesogástrio (umbilical) e hipogástrio (suprapúbica). → Inspeção estática: - Forma: Plano, escavado, globoso, avental, pendular e batráquio. - Presença de abaulamentos ou cicatrizes, distribuição de pelos, estrias, manchas, equimoses de Cullen (periumbilical) e Grey Turner (flancos), circulação colateral. → Inspeção dinâmica: - Manobra de Valsalva: Mão sobre a boca e soprar, investigação de hérnias (epigástrica, umbilical, inguinal e femoral). - Observar tipo respiratório, peristaltismo visível e pulsações da aorta abdominal. → Ausculta: Quadrantes e região periumbilical ou central. - Ruídos hidroaéreos: Aumentados, diminuídos ou abolidos. - Sopros arteriais: Aórtico, renal, ilíaco e femoral. - Atrito peritoneal: Raro. → Palpação: Iniciar sempre do lado oposto ao da dor. - Iniciar com a palpação superficial e profunda de todas as regiões do abdome → Observar dor, massas, abaulamentos, retrações, tumorações, visceromegalias, tonicidade e limitações. - Palpação do fígado: Técnica de Lemos-torres (mão esquerda em baixo do tronco e palpa o fígado com a mão direita) e Mathieu (em garra) → Bordos, consistência, sensibilidade, superfície, pulsações e refluxo hepatojugular. - Palpação do Baço: Palpa-se de forma transversal da fossa ilíaca direita até o hipocôndrio esquerdo. → Normalmente na posição de Schuster (decúbito lateral direito, com o membro inferior direito estendido e o membro inferior esquerdo em flexão 90°. O braço esquerdo sobre a cabeça e o braço direito estendido junto ao corpo.) → Mathieu-Cardarelli: Em garra na posição Schuster ou não. → Lemos-Torres: Fazendo um U, na posição de Schuster ou não. - Palpação da vesícula biliar: → No ponto cístico (Localizado no hipocôndrio direito, na região onde a linha hemiclavicular direita intersecta com o rebordo costal). → Sinal de Murphy: Dor que o paciente sente quando o examinador, pressiona o ponto cístico durante a inspiração profunda. - Manobras para peritonite: → Sinal de Blumberg: Dor à descompressão brusca do abdome no ponto de Mcburney (Traçando uma linha da crista ilíaca a cicatriz umbilical, no seu segundo terço). → Sinal do Obturador: Flexão passiva da perna e da coxa, seguidos de rotação interna do quadril. → Sinal do Psoas: Em decúbito lateral esquerdo, realiza-se a elevação da coxa contra resistência ou a extensão passiva do quadril. - Pontos dolorosos do abdome: → Percussão: - Espaço de Traube: Timpanismo no hipocôndrio esquerdo. - Sinal de Jobert: Timpanismo na área hepática, pneumoperitônio. - Sinal doPiparote: O examinador coloca uma mão na linha média do abdômen, para estabilizar o órgão → com a outra mão, o examinador percute o flanco, geralmente o flanco direito → O examinador, com a mão na região contralateral, deve sentir o deslocamento do líquido, que se manifesta como uma onda que atinge a mão (PIPAROTE POSITIVO). - Hepatimetria: → Lobo direito: Inicia-se a percussão abaixo da linha da cicatriz umbilical (som timpânico), segue-se a percussão ascendendo até o momento em que houver alteração do som, de timpânico para maciço, indicando assim que ali está a borda inferior hepática. → Depois, realiza-se o mesmo processo, mas dessa vez começando no 3º espaço intercostal direito, e percutindo no sentido craniocaudal até que ocorra a transição do som claro pulmonar para o som submaciço/maciço. → Lobo esquerdo: Realizada na linha mediana. Inicia-se a percussão abaixo da linha da cicatriz umbilical, e segue no sentido cefálico até a transição do som. Para delimitar a borda superior, você deve identificar o processo xifóide (você também pode se orientar pela marcação da borda superior do lobo direito). (NÃO CAI) - Semicírculo de Skoda: Consiste em deixar o paciente em decúbito dorsal, em que ao percutir a região central do abdome obtém-se som timpânico, enquanto na periferia há som maciço pela presença do líquido ascítico. É uma técnica para verificação de uma ascite um pouco mais grave. (NÃO CAI) - Macicez móvel: Utilizada para um grau mais leve de ascite, em que se pede para o paciente ficar em decúbito lateral direito e esquerdo enquanto se percute a região lateral e central do abdome. Caso haja a presença de ascite, ao realizar a percussão, será perceptível a presença de som timpânico na lateral e som maciço no centro, isso acontece porque ao ficar em decúbito o líquido ascítico vai se deslocar conforme a gravidade. → DESCRIÇÃO: - Abdome plano, sem lesões de pele, cicatrizes, circulação colateral ou herniações. Pulsações arteriais e peristalse não identificáveis à inspeção. Ruídos hidroaéreos normais presente nos quatro quadrantes e ausência de sopros em focos arteriais abdominais. Hepatimetria medindo cerca de 12 cm (lobo direito). Traube livre. Ausência de hipertimpanismo difuso ou macicez em flancos. Fígado e baço impalpáveis. Abdome indolor à palpação superficial e profunda sem sinais de irritação peritoneal. Ausência de massas. Sinal de Blumberg, Sinal de Murphy, Sinal de Psoas, Sinal do Obturador-NEGATIVOS . (NÃO CAI) - Semicírculo de Skoda: Consiste em deixar o paciente em decúbito dorsal, em que ao percutir a região central do abdome obtém-se som timpânico, enquanto na periferia há som maciço pela presença do líquido ascítico. É uma técnica para verificação de uma ascite um pouco mais grave.