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Resumo de ECG

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Resumo de ECG
Potencial Transmembrana de ação:
Curva que registra variações no potencial, ocorrendo despolarização e repolarização dos miócitos. A curva se divide em 5 fases, na fase 0 de despolarização, ocorre entrada rápida de Na+, levando a inversão do potencial, tornando o meio interno mais positivo que o externo; na fase 1, início da repolarização celular, ocorre queda do influxo de Na+ e aumento do efluxo de K+, tendendo a um equilíbrio do potencial; na fase 2, o equilíbrio é atingido, formando um plateau; na fase 3, ocorre um aumento do efluxo de K+, aumentando a diferença de potencial com valores semelhantes ao do início da despolarização; e na fase 4, dependente da bomba de Na+/K+, ocorre saída de Na+ e entrada de K+ ativamente.
 
No eletro, as fases 0 e 1 correspondem ao QRS, a fase 2 ao segmento ST e a fase 3 à onda T.
Atividade Elétrica Normal do coração:
O coração tem a capacidade de gerar seus próprios estímulos – automatismo, se originando na onda P do nó sinusal, que se propaga para o átrio direito e esquerdo. Atinge, então, o nó átrio-ventricular, o estimulo continua pelo feixe de His e pelas fibras de Purkinje.
Derivações Eletrocardiográficas:
Determinam os potenciais gerados durante a excitação, que são definidas de acordo com a posição dos eletrodos. 
Frontais - unipolares
Triângulo de Einthoven – estabelece 3 derivações: D1, D2 e D3, que analisa a diferença de potencial entre os braços direito e esquerdo, a perna esquerda e o braço direito e a perna e o braço esquerdos. 
 Derivações aumentadas de Goldberger – aVR, aVL, aVF, que são ortogonais entre si, ou seja, estão a 90º aVR de D3, aVL de D2 e aVF de D1. 
Horizontais – precordiais
Seis derivações, utilizadas para ampliar a área explorada – V1, V2, V3, V4, V5 e V6.
* OBS: observar D1 e aVF, se estiverem positivas, o eixo está correto; ou se houver uma derivação isoelétrica, observar a perpendicular.
Registro Eletrocardiográfico:
Onda P – despolarização atrial, com duração de 0,06 a 0,09 s, amplitude de 2,5 a 3,0 mm e 3 quadradinhos. Melhores derivações para analisa-la são D2, V1 e V2.
Segmento PR – estímulo do nó sinoatrial até o átrio-ventricular, do início da onda P até p início do QRS, com duração de 0,12 a 0,19 s e 3 a 5 quadradinhos.
Complexo QRS – despolarização ventricular, com duração de 0,05 a 0,1 s e 2 quadradinhos. Onda Q não pode passar de 30% da onda R em D1 e de 40% em D2. No plano horizontal está entre V4 e V5.
Ponto J – onde acaba o QRS
Segmento ST – parte do processo de repolarização ventricular, a partir do ponto J até o início da onda T, 3,5 quadradinhos.
Onda T – continuação da repolarização, 5 quadradinhos.
Onda U – repolarização retardada do ventrículo direito
Bloqueios Atrio-ventriculares:
Dificuldade de propagação do impulso, desde sua origem atrial até o sistema de Purkinje. Como ocorre na Doença de Chagas (dromopática), infarto miocárdico por obstrução da coronária esquerda, endocardite com vegetação, algumas doenças degenerativas.
1º Grau – atraso na condução do estímulo do nó átrio-ventricular para o ventrículo, o segmento PR tem maior duração.
2º Grau – nem todos os impulsos atriais atingem os ventrículos
Mobitz I (Wenckevach): espaçamento progressivo no segmento PR, até que haja apenas a formação de uma onda P isolada. 
Mobitz II: impulso forma o complexo QRS, porém o impulso seguinte não é conduzido e, portanto, não há formação de um novo complexo. 
3º Grau – não sincronização com o nó átrio-ventricular, assim há uma regularidade na frequência das ondas P e o QRS é formado apenas quando ocorre a despolarização por miócitos ventriculares
Bloqueio de Ramo:
Causado por doença de Chagas, doenças degenerativas, HAS, isquemia
Direito – o ventrículo esquerdo se despolariza, passando o impulso célula-célula até despolarizar o ventrículo direito. O QRS fica mais alargado e ocorre desvio do eixo para o lado direito (lado da lesão), nas derivações V1 e V2 o R, normalmente, não é visível, mas pode se apresentar empastado (maior) ou com R’, nas derivações V5 e V6 o S se torna empastado.
Esquerdo – QRS fica alargado, com desvio do eixo para esquerda, nas derivações V1 e V2 há empastamento do S, nas derivações V5 e V6 há formação de imagem em torre de R.
Fasículo antero-superior esquerdo – eixo entre -30º e -60º, positivo na derivação D1, R empastado em D1 e S empastado em D2 (R pula para S), S cresce de D1 para D2.
Taquicardia:
Frequência maior que 100bpm, causadas por descarga adrenérgica, infecções (febre), uso de alguns medicamentos/drogas, hipertireodismo, TEP.
Taquicardia sinusal – presença de onda P (se origina no nó SA), com diminuição do segmento PR
FC = 114 – 150
Taquicardia supraventricular – começa a partir de uma extrassistolia, então, ocorre a competição de um grupo de células com o nó átrio-ventricular. Não há presença de onda P, devido a despolarização retardada do átrio. 
Taquicardia ventricular – condução célula-célula, não há presença de onda P, o QRS é mais alargado. É um ritmo de parada, chocável (assim, como a fibrilação ventricular – apenas ondas).
Fibrilação Atrial – vários focos começam a se despolarizar juntos. Não apresenta onda P, RR é irregular.
Flutter – área de focos que se despolarizam em círculos, e em algum momento um impulso escapa e passa para o nó átrio-ventricular. Apresenta onda P e RR é regular, apresenta ondas Fs (cerrilhado).
Bradicardias:
A frequência é menor que 60 bpm, causada por medicações (β bloqueadores, digitálicos), reflexo parassimpático por estimulação do seio carotídeo, hipotireoidismo, hipertensão intracraniana, bloqueio AV, sono, fisiológico em atletas
Bradicardia sinusal – RR aumentado e segmento PR normal
Extrassístole:
Foco ectópco que despolariza e volta ao normal
Ventricular – nasce no ventrículo e, portanto, não apresenta onde P, apresenta QRS alargado, de forma aberrante
Atrial – nasce no átrio, apresenta onda P diferentes das demais, com um QRS a mais, RR se torna irregular, a conformação do QRS é normal
Juncional – nasce no nó átrio-ventricular ou muito próximo, em geral não apresenta onda P, apresenta um QRS a mais, RR se torna irregular, a conformação do QRS é normal.
Wolff Parkinson White – doença congênita, pré-juncional, em que ocorre despolarização do átrio e ventrículo, PR é curto, aparecimento de onda Δ (entalhe profundo da onda R)
IAM: caracterizado pela tríade clássica – isquemia, lesão, infarto. A isquemia é a diminuição do suporte sanguíneo, podendo levar a uma inversão simétrica da onda T.
A lesão é o quadro agudo do IAM, podendo ser representado por supra ou infra desnivelamento do segmento ST, dependendo da sua localização. Supra ocorre no caso de lesão de todos os tecidos (endocárdio, miocárdio e epicárdio), enquanto o infra, no caso de lesão do subendocárdio. 
 
O infarto já é a morte do tecido, sendo marcado pela presença de onda Q (normalmente não visível nos traçados) grande, com cerca de 1/3 do tamanho do QRS. 
Sobrecarga ventricular: se caracteriza pelo desvio do eixo para direita, no caso de sobrecarga direita ou para esquerda, no caso de sobrecarga esquerda. Apresentam morfologia semelhante a bloqueios, com empastamento de R em V1 e V2 e de S em V5 e V6. Pode apresentar strain – inversão assimétrica de onda T com infra desnivelamento.
Critérios
Sokolow: S de V1 + R de V5/V6 ≥ 35mm
Cornell: R de avL ≥ 11 mm; R de avL + S de V3 ≥ 28mm (masc) ou 20mm (fem)
Sobrecarga atrial: são caracterizadas pelo alargamento da onda P ou pelo aumento de sua amplitude. Na sobrecarga esquerda ocorre o alargamento da onde P, que pode ficar bífida – corcova de camelo ou P pulmonale. Na sobrecarga direita ocorre o empastamento da onda P.
 
Distúrbios Eletrolíticos:
Hipercalemia: causada por insuficiência adrenal – Addison, intoxicação por espironolactona (poupador de K+) e insuficiência renal aguda. Leva a onda T apiculada (em tenda) em todas as derivações e alargamento do QRS. Sua evolução é para um padrão de ondas sinusoidaise posterior assistolia.
Hipocalcemia: causada por insuficiência renal crônica, hiperparatireodismo primário, intoxicação por diuréticos e venenos. Leva a alargamento do espaço PR e ST.
Analise do ECG
Ritmo – o que altera o ritmo: taquicardias, bradicardias 
Eixo – o que de via o eixo: bloqueios de ramo, sobrecargas ventriculares
Presença de onda P – o que leva a um ritmo não sinusal: taquicardia supraventricular, taquicardia ventricular, fibrilação atrial
Onda P – o que aumenta amplitude e velocidade da onda: sobrecargas atriais, Flutter
Segmento PR – o que aumenta o segmento: bloqueios átrios-ventriculares
RR – o que altera a regularidade: bloqueios átrio-ventriculares, fibrilação atrial, extrassístoles 
QRS – o que altera o complexo: bloqueios átrio-ventriculares, bloqueios de ramo, taquicardias ventriculares, sobrecargas ventriculares e hipercalemia
Segmento ST – o que altera o segmento: infarto, hipocalcemia
Onda T – o que altera a onda: infarto, sobrecargas ventriculares, hipercalemia

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