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Doenças parasitárias • Verminoses em cães e gatos ◦ Parasitas de cães: ▪ Esôfago: Spirocerca lupi ▪ Estõmago: Spirocerca lupi. ▪ Intestino delgado: • Toxocara canis. ◦ Alta relação com asma (resposta hiperimune). ◦ Maior importância para filhotes de cães. ◦ Hospedeiros: canídeos e felídeos. ◦ Morfologias. ◦ Ciclo: ▪ Ovos L3 → ingestão → parede intestinal → rota hepato-traqueal → L3 → L4 pulmões → intestino → L4 → L5. • Rota hepato-traqueal: ◦ Antes dos seis meses de vida do animal: ▪ Ingestão do ovo contendo a L3. ▪ Após 96 horas todas as larvas encontram-se no fígado. ▪ Deslocamento pra o pulmão e, em seguida para o pulmão, ocorrendo a muda para L4 e depois L5, ou, adulto jovem. ▪ Larva sobe a traquéia ativamente, o animal tosse e degluti a larva que é deslocada para o estômago. ◦ Após os 6 meses de vida do animal: ▪ Resposta imune do hospedeiro no intestino: larvas sobreviventes encistam-se na parede do intestino. ▪ Através da veia cava deslocam-se para o fígado (vizualização através de pontos brancos no fígado), do fígado são deslocados para o pulmão; aonde são eliminadas. ▪ Resistência a partir da quinta semana. ▪ Outras vias de infecção: • Alta frequência transplacentária. • Baixa frequência através do leite. ◦ Epidemiologia: ▪ Ovos viáveis por vários anos devido a aeração e umidade: transmissão oral. ▪ Disseminação passiva: cistos encontram-se no fígado, intestino, pulmão e musculatura esquelética: poderá ocorrer transmissão transmamária e transplacentária. ▪ Período pré patente de 3 a 4 semanas em ambas as espécies. ▪ Cadelas prenhes: • Transmissão transplacentária e uma pequena chance de contaminação através de leite e colostro devido à presença das larvas. • T. cati. ◦ Parasita mais importante para gatos. ◦ Hospediros: felídeos. ◦ Semelhante a Toxocara canis. ◦ Não ocorre infecção pré natal. ◦ Infecção aguda da gata: ▪ Leite: via muito importante (migração hepato-traqueal). ◦ Hospedeiros paratênicos. ◦ Infecção pré mamária: ▪ Fêmea ingere os ovos durante a lactação e durante a gestação. ◦ Patogenia da Toxocara em cães e gatos: ▪ Infecções moderadas: • Não há sinais respiratórios. • Pequenas reações no intestino. ▪ Infecções maciças: • Edema pulmonar, pneumonia (morte com a 2 a 3 dias de idade). • Tosse, descarra nasal. • Enterite catarral. • Obstrução intestinal. • Perfuração intestinal com peritonite. • Bloqueio dos ductos biliares. • Ascaríase toxêmica pós-tratamento: ◦ Quando ocorrer o derretimento do parasita pode ocorrer exposição de toxinas que desencadeiam sinais no sistema nervoso central. ◦ Sinais clínicos: ▪ Idade do hospedeiro. ▪ Número, localização e estágio do parasito. ▪ Após o nascimento: pneumonia • Tosse e descarra nasal. • Morte em 2 a 3 dias. ▪ 2 a 3 semanas: disturbios digestivos • Diarréia. • Constipação. • Vômito. • Anemia: deficiência da produção de hemáceas. • Anorexia. • Distensão abdominal (gases e parasitos). • Morte: ruptura ou obstrução intestinal, pâncreas e ducto biliar. ◦ Importância em saúde pública: ▪ Disseminação passiva: • Pode acarretar lesões no fígado e pulmões. • Pode ser encontrada no olho. ◦ Diagnóstico: ▪ Willis. ▪ Esfregaço do exame direto das fezes. • Strongyloides stercoralis • Ancylostoma caninum: ◦ Família Ancylostomatidae: ▪ Síndrome anêmica: • Anemia hemorrágica. ▪ Distúrbios cutâneos e respiratórios. ▪ Mortalidade ▪ Ciclo: • Ingestão da L3 → migração das larvas e fixação no intestino delgado → excreção nas fezes. • Cutânea: ◦ Penetração através da entrada da L3 na pele. ◦ Migração através dos vasos linfático deslocando-se para o coração principalmente: rota hepato-traqueal obrigatória. ◦ Rota hepato-traqueal: ▪ Larva desloca-se pela traquéia, animal escarra e deglute a larva que desloca-se para o intestino. ◦ Prurido. ▪ Patogenia: • Larvas: ◦ Penetração na pele: dermatite nos espaços interdigitais, membros e abdômen. ▪ Caracterizada por prurido, eritema e pápulas cutâneas. ◦ Migração pulmonar: tosse; sintomas moderados. ◦ Fase intestinal: ▪ Hemorragia: perda de sangue intra-luminal (anemia hipocrômica e microcítica: hemáceas pequenas com pouca hemoglobina que agrava-se com término das reservas de ferro) • A. caninum: 0,05 a 0,2 ml\sangue\verme\dia. • A. braziliense: 0,001 ml\sangue\verme\dia. • Mais grave em animais jovens. • Habitos transitórios de alimentação. ▪ Má absorção. ▪ Hipoproteinemia. ▪ Enterite: fases de constipação e fases de diarréia. • Diarréia sanguinolenta. ▪ Ancylosmatose: • Hiperaguda: ◦ Transmamária. ◦ 50 a 100 adultos podem ser fatais. ◦ 8 dias de vida: ▪ Mucosas pálidas. ▪ Fezes amolecidas ou líquidas (escuras). ▪ Ovos nas fezes apenas a partir do décimo sexto dia de vida. ▪ Diagnóstico clínico. ▪ Prognóstico reservado a ruim. ◦ Forma aguda: ▪ Cães jovens ou muito velhos. ▪ Elevado desafio. ▪ Sinais clínicos podem preceder em 4 dias o aparecimento de ovos. ◦ Forma crônica: ▪ Assintomática. ▪ Equilíbrio hospedeiro x parasito. ▪ OPG, hematócrito. ▪ Ancylostomose felina: • Ancylostoma tubaeforme: ◦ Infecção percutânea. ◦ 100 espécimes podem causar morte do gato. ◦ Perda de peso. ◦ Anemia arregenerativa. ▪ Ancylostoma sp. • Sinais clínicos: anemia. • Exame das fezes: técnicas de flutuação. • Exames bioquímicos e hematológicos. • Atenção especial: ◦ Ninhadas com 2 semanas ou menos: anemia e exame de fezes negativo. • Higiene do ambiente. • Evitar áreas de terra. • Monitoramento regular e tratamento dos portadores. • Tratamento das fêmeas no pré-parto. • Casos de anemia grave: ◦ Ferro. ◦ Transfusão sanguínea. ◦ Reativação de larvas encistadas nos tecidos após tratamento: após 14 poderá aparecer ovos nas fezes. Não quer dizer que o remédio não fez efeito*. ▪ Tratamento: • Sulfóxido de albendazole: 25 mg\Kg. • Pamoato de pirantel: 14 mg\Kg. • Nitroscanato: 50 mg\Kg. • Selamectina: 6 mg\Kg. • Moxidectina – Ivermectina: várias apresentações (1 mg\Kg). ◦ Não são consideradas moléculas de eleição para tratamento.* • Febantel: 10 mg\Kg. • Mebendazole: 40 mg\Kg. • Febendazole: 25 mg\Kg. • Emodepisida: 3 mg\Kg (estágios maduros, imaturos e larvais (L4) de Ancylostoma tubaeforme. ▪ Controle: • Continuar vermifugando a ninhada aos 6 meses e 1 ano. • Vermifugar os adultos pelos menos 1 vez por ano. • Gatos tratamento inicia-se na terceira e quarta semana após-parto não há infecção transplacentária (não há passagem de larvas pela placenta), e sim cutânea, repetindo o tratamento mais de 2 vezes a cada duas semanas até o final do segundo mês. • Cadelas com ninhadas altamente infectadas: ◦ Febendazole: ▪ 40 dias de gestação até o segundo dia pós-parto. ▪ 25 mg\Kg. ◦ Febendazole; ▪ 42 dia de gestação. ▪ 21 dia pós-parto. ▪ 50 mg\Kg\dia. ◦ Lactonas macrocíclicas: ▪ Primeira dose 50-55 dias de gestação. ▪ Segunda dose 5 dias após o parto. ◦ Nenhum AH age contra larvas inibidas na musculatura. • A. brasiliense. • Dypilidium caninum: ◦ Visualização das proglótes nas fezes.* ◦ Cestódeos são mais comuns de cães e gatos. ◦ Podem parasitar o homem. ◦ Hospedeiros definitivos: cães e gatos. ◦ Fixação dos espinhos bucais na mucosa: enterite catarral, lesões no intestino. ◦ Hospedeiros intermediários; ▪ Ctenocephalides feliz. ▪ Trichodectes canis. ◦ Controle e tratamento: ▪ Praziquantel 5mg\Kg. • Echinococcus granulosus. ▪ Cecum: • Trichuris vulpis: ◦ Hábitat: quintais de terra. ◦ Alta resistência contra lactonas macrocíclicas. ◦ Enterite catarral. ◦ Sinais clínicos: ▪ Infecções baixas são assintomáticas. ▪ Infecções severas fezes diarréicas com sangue e muco. ◦ Controle: ▪ Ovos bastante resistentes no meio ambiente (anos). ▪ Desinfetantes necessitam de contato íntimo. ▪ Uso de anti-helmínticos – ação preventiva: • Benzimidazol: moléculade eleição. ▪ Higiene ambiental. ▪ Fígado: • Capillaria hepatica. ▪ Pulmões: • Anglostrongylus vasorum. ▪ Traquéia: • Capillaria aerophila. ▪ Coração e artérias: • Dirofilaria immitis: ◦ Hospedeiros: ▪ Cão, gato, furão (5 espécimes podem ser fatais). ▪ Importância: • Podem causar morte do hospedeiro. • Zoonose (aborto e lesões pulmonares). ▪ Distribuição: • Cosmopolita. ◦ Dirofilariose felina: ▪ Número reduzido de vermes adultos e microfilárias. ▪ Diagnóstico mais difícil. ▪ Dirofilárias são mais comuns em locais ectópicos: migração errante que acarreta morte súbita. ◦ Patogenia: ▪ Adultos: • Até 25 vermes: assintomáticos. • 50 vermes: moderada a grave. • Morte dos vermes: porções profundas dos pulmões → bloqueio dos ramos arteriais → infarto. • Embolia pulmonar: angústia respiratória e expectoração de sangue e vermes. • ICC. ◦ Diagnóstico: ▪ Pesquisa de microfilárias: • Gotas espessas. • Teste de concentração: técnica de knott. • Técnica de imunodiagnóstico. ◦ Tratamento: ▪ 0,05 mg\Kg de ivermectina. • Angiostrongylus vasorum. ▪ Aorta: • Spirocerca lupi: ◦ Hospedeiros: ▪ Cães, carnívoros silvestres, gato e homem. ◦ Ciclo: ▪ Infecção por ingestão de hospedeiros paratênicos pelo lobo guará. O besouro ingere as fezes com ovos, que se forem ingeridos já fecham o ciclo. L3 chega no estômago e desenvolve-se formando nódulos, atingem a aórta. ◦ Patogenia: ▪ Inúmeras substâncias com efeito carcinogênico: fibrossarcoma e osteossarcoma. ▪ Osteoartropia hipertrófica. ▪ Subclínica: • Obstrução esofágica: vômitos persistente, disfagia, perda de peso e fraqueza. • Lesões nodulares: estenose e ruptura, hemorragia fatal. • Aneurisma na aórta. ◦ Diagnóstico: ▪ Coproparasitológico: flutuação. ◦ Controle: ▪ Difícil devido a presença dos HI e HP. ◦ Tratamento: ▪ Disofenol – 9 mg\Kg (cães e gatos). ▪ Febendazole – 50 mg\Kg por 3 dias (cães e gatos). ▪ Ivermectina – 0,2 mg\Kg. ▪ Doramectina 0,2 a 0,4 mg\Kg. ▪ Platynosonum illiciens (Platynosomum fastosum): • “Envenenamento por lagartixa”. • Patogenia: ◦ Obstrução dos ductos biliares extra-hepáticos. ◦ Clínica: ▪ Icterícia. ▪ Anorexia. ▪ Letargia. ▪ Diarréia. ▪ Vômito. ▪ Hepatomegalia. ◦ Diagnóstico: ▪ Sedimentação. ▪ Imagem. ▪ Punção. ◦ Tratamento: ▪ Praziquantel 20 mg\Kg\24 hrs\V.O\3 dias.
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