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1 SELEÇÃO E ORIENTAÇÃO DE TALENTOS ESPORTIVOS O melhor entendimento a respeito da necessidade dos testes de identificação dos índices de qualidades físicas básicas em detecção de talentos esportivos, far-se-á necessária a compreensão de alguns conceitos sobre desenvolvimento fisiológicos na infância e na adolescência. O desenvolvimento do organismo humano ocorre devido a diversas transformações no desenvolvimento e crescimento, sendo estas _ morfológicas, bioquímicas e funcionais. Partindo do pressuposto que todas as transformações nestes particulares ocorridas no organismo são determinadas geneticamente, mas não obstante as interações do indivíduo com o meio parecem ser um fator de maximização ou minimização destas, tornar-se-á oportuno, pontuar alguns conceitos de grande importância, referente ao assunto ora tratado: • CRESCIMENTO – como a aquisição quantitativa de massa corporal. • DESENVOLVIMENTO – como transformações qualitativas, ligadas a prática desportiva. As transformações qualitativas que caracterizam um crescimento em níveis ótimos ou ruins, estão intimamente relacionadas aos estímulos proporcionados ao organismo, principalmente pela prática de atividades física, corretamente orientada por um Professor de Educação Física. O desenvolvimento do organismo humano sofre influência do meio externo e, este varia com a idade tendo características heterocrônicas, ocorrendo em períodos diferentes de tempo. Entretanto, nem toda ação do meio externo será assimilada pelo organismo, a fim de beneficiar o crescimento e o desenvolvimento. A ação do meio externo depende da reação do organismo, pois, para que uma série de ações possa ser assimilada é necessária que o organismo esteja preparado para elas, estando isto intimamente relacionado à maturidade hormonal, sensorial, metabólica, mecânica e psicológica. Durante a infância, no período de crescimento e de formação do organismo predominam os processos de assimilação, favoráveis a aplicação de carga 2 devidamente controlada, a fim de favorecer um ótimo desenvolvimento do organismo em consonância com os princípios do treinamento desportivo relativo a princípios de sobrecarga e adaptação. O desenvolvimento do organismo ocorre de forma contínua determinado pela idade cronológica (padrão normal) e a biológica que, corresponde ao nível de desenvolvimento físico, das possibilidades motoras, do grau pubertário, idade óssea e pelo desenvolvimento da arcada dentária. (FILIN, 1998). A transformação sofrida pelo indivíduo desde a fecundação do óvulo, até o Ser adulto, é denominada _ ONTOGÊNESE. No decorrer destas etapas há o desenvolvimento das qualidades motoras que ocorre no processo de aperfeiçoamento dos movimentos conhecido como períodos críticos, isto é, o período para aquisição de um grande número de padrões motores e ainda automatismos relevantes para a presteza esportiva (SOBRAL, 1988). Continuado SOBRAL (1988), ratifica o que diz McGraw, quando observa que o período crítico varia de modalidade para modalidade, e para cada habilidade motora, existe um período ótimo para uma aquisição mais rápida e completa destas. Conclui-se por tanto que fatores intrínsecos e extrínsecos determinariam este processo natural ONTOGÊNICO. • O desenvolvimento das qualidades motoras depende do nível de desenvolvimento do estado funcional de vários sistemas do organismo; • O desenvolvimento da força depende do crescimento dos tecidos ósseo e muscular, do desenvolvimento dos ligamentos e articulações, da capacidade coordenativa e da produção de testosterona; • O desenvolvimento da velocidade pode ser determinado a partir dos 4-5 anos e, acelerado entre 9-12 anos; apresentando uma diminuição em seu ritmo aos 14-15 anos, contudo a velocidade está relacionada com a freqüência dos movimentos que ocorre desigualmente entre 4-6 anos e 7-9 anos. Períodos posteriores observa-se a redução no aumento do ritmo; 3 • O desenvolvimento muscular e aumento da massa muscular ocorrem nos músculos solicitados primeiramente e que recebem maior sobrecarga, sendo que, nos membros inferiores o desenvolvimento é mais rápido se comparados aos membros superiores; • O desenvolvimento completo do sistema neuromuscular e a estrutura do tecido conectivo, só se verificarão em sua plenitude após os 12 ou 14 anos; • O desenvolvimento do sistema sensóriomotor que é responsável pela avaliação do esforço, velocidade de reação e noção espaço-temporal, ocorre ainda mais tarde, logo, deve-se ter muito cuidado com cargas aplicadas, para ganho de força, evitando desta forma lesões para o sistema músculo-esquelético. A associação destes fatores intrínsecos e extrínsecos, ora citados, como se pode notar é fator determinante e a associação destes métodos de treinamento afetaria sua velocidade, em especial no campo da aprendizagem motora. Estes métodos devem ser associados ao comportamento funcional das estruturas que se deseja interferir, utilizando tempo, forma, intensidades e volume adequados. FILIN (1998), demonstra que o tempo de execução, em treinos de flexibilidade tem influência significativa no ganho real, execuções de amplitude máxima entre 13-14 e 15-16 apresentam melhores resultados. FLECK & KRAEMER (1999, p.60), infere sobre a forma de execução de exercícios de força onde a contração isométrica gera maior tensão e por um processo adaptativo poderia levar a um maior desenvolvimento da força. WEINECK (1999, p.30), em sua obra chama atenção sobre a importância dos estímulos de volume e intensidade no aumento da abrangência dos benefícios a performance, principalmente em jovens. Reforçamos que os fatores genéticos são decisivos e podem determinar tanto a velocidade como a amplitude dos efeitos de qualquer método de treinamento. Segundo ǺSTRAND (1972), a melhor maneira de se tornar um atleta campeão é ser seletivo na escolha de seus pais. Portanto, observa-se que os 4 fatores hereditários determinam a carga genética do indivíduo e que estas determinariam os níveis de treinabilidade física. Contudo, estes níveis sofrem por sua vez com fatores como: aumento da idade e o processo seletivo destes indivíduos para prática esportiva. O descontrole das cargas aplicadas, atividades adequadas e recuperação, podem ter influência definitiva para o insucesso esportivo em especial na infância. Os níveis altíssimos dos resultados esportivos mostram que, somente os atletas com um conjunto de qualidades físicas específicas a uma modalidade esportiva geneticamente determinada pela hereditariedade é que vão favorecer com êxito os altos resultados esportivos. As qualidades físicas específicas necessárias a uma determinada modalidade podem ser descobertas por processos pedagógicos no início das primeiras etapas da preparação esportiva de muitos anos. O processo de preparação esportiva de um atleta leva muitos anos, assim, os investimentos financeiros, e de recursos humanos e materiais são altíssimos, portanto não permitindo que se perca tempo com treinamentos para desenvolver qualidades físicas específicas que o atleta não poderá desenvolver de maneira ótima, que são necessárias para conseguir êxito em determinada modalidade. Os processos pedagógicos utilizados para seleção de talentos esportivos têm como objetivo direcionar corretamente o indivíduo à modalidade esportiva em que seus fatores geneticamente potencializados sejam requeridos, e ainda possibilitar que os fatores geneticamente inferiorizados possam ser trabalhados e potencializados em níveis máximos possíveis.Os teste indicados para a identificação das qualidades físicas básicas, técnicas e psicológicas devem determinar o perfil característico gerais para todos os atletas, para uma modalidade específica e para os talentos esportivos. Os conhecimentos das características morfo-funcionais do organismo vão estabelecer valores que poderão ser comparados aos melhores esportistas nesta ou naquela modalidade contribuindo assim para uma correta orientação esportiva. Os processos pedagógicos devem determinar os níveis de: • Força Dinâmica. • Força Estática. 5 • Força Explosiva (Potência Muscular): • Membros Superiores. • Membros Inferiores. • Tronco • Resistência Muscular Localizada: • Membros Superiores. • Membros inferiores. • Tronco. • Velocidade de Deslocamento. • Velocidade de Reação. • Resistência Aeróbica. • Resistência Anaeróbica. • Agilidade. • Flexibilidade. • Equilíbrio: o Estático. o Dinâmico. o Recuperado. • Somatótipo. • Medidas Antropométricas. • Percepção Motora: o Lateralidade. o Noção de Direção. o Coordenação Óculo-Manual. o Coordenação Óculo-Pedal. o Equilíbrio. o Conceituação. o Visão Periférica. • Dermatoglifia. Aplicação dos Testes 6 Esta seção apresenta os protocolos de testes físicos e motores que serão utilizados para avaliação e seleção dos atletas às diversas modalidades desportivas, possibilitando, assim, que o dado obtido através dos processos pedagógicos seja comparado aos dados dos físicos e psíquicos dos grandes atletas de cada modalidade contribuindo, portanto, para uma correta orientação desportiva. FORÇA Força é definida como a capacidade de um músculo ou grupamento muscular exercer tensão contra uma resistência. A força é medida em unidades de libras ou quilogramas. FORÇA DINÂMICA Teste de força dinâmica 1. Teste de Peso Máximo (TPM) (BITTENCOURT, 1986) • Finalidade: medir a quantidade de força dinâmica máxima executando um movimento completo abrangente a todo o arco articular. • População-alvo: deve ser aplicado em pessoas adaptadas com o trabalho de força. • Porção corporal envolvida: sistema locomotor • Material necessário: Aparelho para musculação com pesos fracionados ou barra e anilhas. • Procedimento: o avaliado deve realizar um movimento contínuo, em todo arco articular, contra a maior resistência possível. Poderão ser realizadas três tentativas no máximo por grupamento muscular; um intervalo de cinco minutos deve ser dado entre cada tentativa para permitir que todo o ATP + CP 7 depletados possa ser restaurado, visto que, segundo MATHEWS (1979) baseados em dados HULTMAN et all, mostra que após três minutos de repouso 100% do ATP + CP depletados são repostos. E ainda o desgaste em nível neuromuscular seja atenuado. Será registrado o peso máximo conseguido pelo indivíduo em uma das tentativas por grupamento muscular. • Resultado: ao adicionar um peso gradativamente, verificar-se-á que o testando não conseguirá realizar mais nenhum movimento, neste ponto será detectado a carga máxima individual. • Validade: não reportada • Fidedignidade: não reportada • Observações: • Precauções – Número máximo de tentativas não deverá exceder a três. 2. Teste Eletromecânico • Finalidade: medir a força gerada em todos os graus de movimento do arco articular _ observe a Figura 1. • População-alvo: Atletas (performance e reabilitação) e indivíduos em situação especial (reabilitação) • Porção corporal envolvida: vários grupamentos musculares, em especial as articulações envolvidas em flexão e extensão. • Material necessário: dinamômetro isocinético CYBEX. • Procedimento: executar o movimento durante todo o arco articular aplicando- se à máxima força possível. Uma força máxima ou qualquer percentual do máximo é monitorada e registrada pelo aparelho. As tentativas e os períodos de recuperação devem seguir o mesmo esquema do protocolo do (Teste de Peso Máximo). • Resultado: Estudos demonstram que o aumento do torque articular é gerado pela velocidade proporcionado pelo movimento isocinético, tanto na extensão quanto na flexão • Validade: r = 0,89 reportado por Abler et al. (1986) citado por (ADAMS, 1994, p. 41) 8 • Fidedignidade: r = 0,97 reportada por Clarkson et al. (1982), citado por (ADAMS, 1994, p. 41) • Observações: • Precauções – um aumento demasiado no torque articular poderia provocar aumento na forças compressivas e rotatórias na articulação. Figura 1: FROÇA ESTÁTICA Testes de força estática 1. Dinamometria de Mão (Grip) (JOHNSON & NELSON, 1979) • Finalidade: mensurar quanta força “estática” externa foi aplicada ao dinamômetro de mão. • População-alvo: ambos os sexos de qualquer idade. • Porção corporal envolvida: segmento _ antebraço, punho e mãos. • Material necessário: Grip dinamômetro (dinamômetro de mão). • Procedimento: com o aparelho calibrado e zerado, o braço do indivíduo relaxado ao longo do corpo e o cotovelo levemente fletido, faz-se com que ele pegue a barra de tração do aparelho com as 4 últimas falanges distais e com a porção distal do metacarpo na barra de apoio pede-se que o avaliado realize a 9 tração. DeveM ser realizados duas tentativas com intervalo de 1 minuto entre ambas, sendo registrado o maior valor obtido. • Equipamento necessário: dinamômetro manual ajustado (FERNANDES FILHO, 1998) • Protocolo: 1) O avaliado deve estar em pé; 2) a cabeça do avaliado deve estar na horizontal; 3) o tamanho da pegada deve ser ajustado de tal forma que a falange mediana do dedo médio esteja em ângulo reto; 4) o antebraço deve estar posicionado em qualquer ângulo entre 90o e 180o graus em relação ao braço; o braço está numa posição vertical; 5) o pulso e o antebraço devem estar em leve pronação; 6) o avaliado deve exercer uma força máxima e breve; 7) o avaliado deve realizar duas ou três tentativas alternadas com cada mão, com intervalos de 30 seg.; 8) somar o melhor resultado de cada mão (direita/esquerda) e compara nas tabelas (Fernandes FILHO 1998, p. 55). • Resultado: é a máxima preensão que o testando conseguir exercer, sendo computado o melhor das duas tentativas _ compare-se TABELA I. • Validade: r = 0,69 deVries, (1980), citado por (ADAMS 1994, p. 33) • Fidedignidade: r=0,90 • Observações: • Precauções – este teste em sua adaptação preconiza a utilização das duas mãos ou na outra versão uma das mãos, no último caso citado usar a mão dominante para o teste. TABELA I DINAMOMETRIA - AMBOS OS SEXOS SOMA MÃO DIREITA E ESQUERDA - 20 A 69 ANOS Idade 20 - 29 30 - 39 40 - 49 50 - 59 60 - 69 Sexo/% M F M F M F M F M F 95 136 78 135 80 128 80 119 72 111 67 90 127 74 127 76 123 76 114 69 106 62 85 124 71 123 73 119 73 110 65 102 60 80 120 70 120 71 117 71 108 63 99 58 75 118 68 117 69 115 69 105 62 96 56 70 115 67 115 68 112 67 103 60 94 55 10 65 113 65 113 66 110 65 102 59 93 54 60 111 64 111 65 108 64 100 58 91 53 55 109 63 109 63 106 62 99 57 89 52 50 107 62 107 62 104 61 97 56 88 52 45 106 61 105 61 102 59 96 55 86 51 40 104 59 104 60 100 58 94 54 84 50 35 102 58 101 59 98 57 92 53 82 49 30 100 56 99 58 96 56 90 53 81 49 25 97 55 97 56 94 55 87 51 79 48 20 95 53 94 55 91 53 85 50 76 47 15 91 52 91 53 89 51 83 48 73 45 10 87 50 87 51 84 49 80 46 69 43 5 81 47 81 48 76 46 74 42 62 39 Source: Data from Fitness Canada, 1987 (Fernandes 1998, p. 57). 2. Dinamometria de Membros Inferiores e Região Dorsal (JOHSON & NELSON,1979) • Finalidade: mensurar a força dos membros inferiores _ observe a Figura 2. • População-alvo: ambos os sexos. • Porção corporal envolvida: região dorsal e membros inferiores. • Equipamento necessário: dinamômetro para teste de tração membros inferiores e lombares. • Protocolo: com o aparelho calibrado e zerado, pede-se que o avaliado posicione-se na base do aparelho com os joelhos fletidos a aproximadamente 120 graus e tronco ereto. Coloca-se a barra de tração em uma posição em que essa fique à altura da prega inguinal. Faz-se a extensão dos joelhos sem flexionar o tronco. O registro da medida é feito do mesmo modo que na dinamometria de mão. • Resultado: é a máxima preensão exercida pelo testando, computando o melhor resultado de duas tentativas. • Validade: não reportada. • Fidedignidade: “r” entre 0,86 e 0,90. 11 • Observações: • Precauções – será computado o melhor resultado das duas tentativas. • Figura 2: 3. Teste de força tensora de cabo – Tensiometria (CLARKE, 1953) • Finalidade: Mensurar a força máxima de um músculo ou grupamento muscular em determinado ângulo de movimento _ observe a Figura 3. • População-alvo: crianças e adultos. • Porção corporal envolvida: 38 grupos musculares • Material necessário: Tensiômetro com cabo. • Protocolo: posicionar o tensiômetro, de modo que, o avaliado consiga realizar o movimento desejado dentro de uma determinada angulação, realizando sua força máxima. • Resultado: é a máxima preensão exercida pelo testando, computando o melhor resultado de duas tentativas. • Validade: não reportada • Fidedignidade: não reportada • Observações: • Precauções - é a máxima preensão exercida pelo testando, computando o melhor resultado de duas tentativas. • Figura 3: 12 4. Teste de Suspensão na Barra com os Braços Flexionados (AAHPER, 1976) • Finalidade: Medir indiretamente a força muscular de membros superiores _ observe a figura 4. • População-alvo: escolares entre 10 e 18 anos de idade. • Porção corporal envolvida: membros superiores e cintura escapular. • Material necessário: uma barra de metal ou madeira, com aproximadamente 3 centímetros de diâmetro e fixada a uma altura que, quando for realizado o exercício os pés não toquem o chão e um cronômetro. • Protocolo: As mãos devem segurar a barra em pronação. O avaliado deverá elevar o corpo até que o queixo ultrapasse a barra; os braços devem ser flexionados próximo ao tronco e o peito deve estar o mais próximo possível da barra. O avaliado deve permanecer nesta posição o máximo de tempo possível. • Resultado: será o tempo de permanência nesta posição em suspensão. • Validade: não reportada • Fidedignidade: r=0,74 • Observações: • Precauções - O cronômetro deve ser acionado logo que o avaliado assuma a posição determinada; o cronômetro deve ser travado quando o queixo tocar a barra ou quando o avaliado colocar a cabeça para trás, ou quando o queixo estiver abaixo da linha da barra. 13 • Figura 4: FORÇA DINÂMICA Testes de força dinâmica 1. Teste de força na Puxada na Barra (AAHPER, 1976) • Finalidade: resistência muscular localizada de membros superiores e cintura escapular _ observem a Figura 5. • População-alvo: ambos os sexos com idade de 10 a 18 anos. • Porção corporal envolvida: membros superiores. • Material necessário: barra com diâmetro aproximado de 3cm. • Protocolo: Os procedimentos são os mesmos utilizados na avaliação da força isométrica da (AAHPER), sendo que, após erguer-se o aluno deverá retornar a posição inicial repetindo o movimento o máximo de vezes possível. Só uma tentativa é permitida a não ser que o avaliado tenha sido prejudicado por algum fator extra. • Resultado: Registra-se o número de movimentos completos. • Validade: não reportada. • Fidedignidade: coeficiente de r=0,89 de correlação intraclasse. • Observações: • Precauções - O corpo deve permanecer ereto. • Figura 5: 14 2. Teste de Força Abdominal (AAHPER, 1976) • Finalidade: resistência muscular localizada abdominal _ observe a Figura 6. • População-alvo: ambos os sexos. • Porção corporal envolvida: abdômen • Material necessário: cronômetro e colchonete. • Protocolo: Os procedimentos são os mesmos utilizados na avaliação da resistência muscular localizada, sendo que, os braços devem estar cruzados sobre o tórax com as mãos apoiadas sobre o trapézio, que é o mesmo procedimento recomendado para realização do teste abdominal de RML para crianças. • Resultado: Deve ser contado o número de repetições realizadas em 30 segundos. • Validade: não reportada • Fidedignidade: correlação intraclasse de r=0,57. • Observações: • Precauções – 1. executar o teste sobre uma superfície confortável. 2. verificar se o movimento foi completado corretamente. • Figura 6: 15 Na TABELA II observa-se os percentis para o teste de 60 segundos do AAHPER que possuem os mesmos procedimentos. TABELA II TESTE ABDOMINAL – MASCULINO E FEMININO 60 SEGUNDOS AAHPER 09-10 11 12 13 14 15 16 17 9-10 11 12 13 14 15 16 17 % M F M F M F M F M F M F M F M F 100 70 56 60 60 62 55 60 57 73 52 72 58 76 75 66 66 90 44 40 45 40 48 40 50 41 52 43 52 42 52 40 51 41 80 40 35 41 36 43 37 47 38 48 39 49 38 49 36 47 38 70 36 33 39 33 40 35 43 35 45 35 46 35 45 34 45 34 60 35 30 37 31 38 32 41 32 43 33 44 33 43 32 42 32 50 31 27 34 29 35 29 38 30 41 30 42 31 41 30 41 30 40 29 24 31 26 33 27 35 27 38 29 40 29 40 27 39 28 30 27 22 28 24 30 25 32 25 35 25 38 26 37 25 37 26 20 23 20 24 20 28 22 29 22 32 22 35 23 34 22 34 22 10 19 14 19 15 23 17 24 18 27 18 30 20 30 18 30 18 0 2 0 0 0 0 0 2 0 6 2 4 2 12 0 1 1 Fonte: Matheus (1980). Teoria e Prática dos Exercícios Abdominais, Manole, SP, 1986 (Fernandes 1998, p. 45). FORÇA EXPLOSIVA Testes de força explosiva 16 Força explosiva, também conhecida como potência muscular, é a capacidade de realizar uma contração muscular utilizando uma força máxima no menor tempo possível. Testes de Força Explosiva. 1. Sargent Jump Test (impulsão vertical) - (JONHNSON & NELSON, 1979) • Finalidade: medir a potência dos membros inferiores através da capacidade de impulsão vertical _ observe a Figura 7. • População-alvo: ambos os sexos. • Porção corporal envolvida: membros inferiores. • Material necessário: uma tábua, 30 centímetros de largura por 2 metros de comprimento, graduada em centímetros e milímetros e fixada a partir de 2 metros de altura. Para crianças deve ser fixado a partir de 1 metro de altura, magnésio ou talco. • Protocolo: o avaliado deve posicionar-se de pé, lateralmente à superfície graduada, e com braço estendido acima da cabeça, o mais alto possível; a ponta dos dedos deve estar untada de talco, magnésio ou giz moido, a fim de, marcar a altura do salto. A planta dos pés deve manter contado total com o chão antes do salto, então marcar o ponto mais alto possível na placa com as pontas dos dedos sem retirar o calcanhar do chão. Em seguida executa-se três saltos, partindo da posição agachada, procurando em todos eles fazer uma marca mais alta possível na placa. Mede-se a distância feita com os pés no chão diminuindo-a (a primeira) da mais alta conseguida nas três tentativas de salto. Deve-se dar um intervalo de 1 a 3 minutos entre cada salto. • Resultado: o valor do salto é registrado em centímetros. Se o peso do corpo e a velocidade na realização do salto não fazem parte da medida, não se pode considerar este teste como de potência.Para isso, utiliza-se o nomograma de Lewis (MATHEWS et al., 1991). O uso do nomograma permitirá o registro da potência em kg-m/s. Traça-se um segmento de reta pelo nomograma 17 conectando o valor do peso do indivíduo (coluna da direita) com a altura do salto (coluna da esquerda). Lê-se o valor da coluna do centro por segundo (seg) Compara-se a TABELA III. • Validade: de 0,78. • Fidedignidade: maior que 0,93. • Observações: • Precauções –(FERNANDES FILHO 1998, p.52), cita que segundo o Laboratory Manual, 1994, aplica-se o resultado em cm da distância alcançada (D) na fórmula. TABELA III COMPARAÇÃO DE RESULTADO E PERCENTIL DESEMPENHO HOMENS MULHERES % cm cm 90 64 36 90 61 33 70 58 30 60 48 25 50 41 20 40 33 15 30 23 10 20 20 05 10 05 2,5 Fonte: Modified from H.J. Montaye, Living Fit, p.53, 1998, Benjamin/Cimmings ublishing, Menio Park, CA. Cálculo: onde: D = diferença entre a primeira marca e a segunda marca dada em metros. • Figura 7: P (Kgm.s) -1 = 2.21 x Peso Corporal x √ D 18 2. Salto em extensão - Long Jump (JONHNSON & NELSON, 1979) • Finalidade: medir a potência dos membros inferiores no plano horizontal _ observe a Figura 8. • População-alvo: criança dos seis anos até a idade universitária. • Porção corporal envolvida: membros inferiores. • Material necessário: fita adesiva, para assinalar a linha de partida, e trena. • Protocolo: partindo da posição de pé, pés paralelos e em pequeno afastamento lateral, o testando deverá de trás da linha de partida, saltar a maior distância possível a frente, com a ajuda da flexão das pernas e utilizando o balanço dos braços. Resultado: é dado em centímetros, medindo-se a distância entre a linha de partida e o calcanhar que tenha o tornozelo mais próximo desta linha. São dadas três oportunidades, computando-se o melhor dos três resultados alcançados. Rocha & Caldas (1978) apresentam uma classificação _ TABELA IV _ para o Teste Salto Horizontal. Lancetta (1988) apresenta uma classificação _ TABELA V _ mais detalhada, discriminando a faixa etária, o sexo e a classificação dos resultados. • Validade: a validade de r = 0,607 foi assinalada usando como critério, um teste puro de força explosiva (potência). 19 • Fidedignidade: tem sido assinalada como superior a 0,96. • Observações: • Precauções - Ponto adicional: se o testado cair para trás, o resultado é dado computando-se a distância entre a linha de partida e a parte do corpo que esteja mais próxima desta linha; a trena deverá ser fixada no solo e o testando deverá posicionar-se de maneira que a trena fique colocada entre seus pés, facilitando desta forma a visualização do testador do local de aterrissagem do testando (MARINS & GIANNICHI 1996, p. 89). • Figura 8 TABELA IV CLASSIFICAÇÃO TESTE IMPULSÃO HORIZONTAL Classificação Resultados Fraco < 2,30 Regular 2,30 - 2,49 Bom 2,49 - 2,69 Muito Bom 2,70 - 2,89 Excelente > 2,70 Fonte: Rocha & Caldas, 1078. (MARINS & GIANNICHI, 1996, p. 90). TABELA V CLASSIFICAÇÃO DOS RESULTADOS DO TESTE SALTO HORIZONTAL PARA HOMENS E MULHERES. Sexo Idade Excelente Muito Bom Bom Regular Fraco 20 M 11 - 12 2,10 ou mais 2,09 - 2,00 1,99 - 1,90 1,89 - 1,80 1,79 ou menos 13 - 14 2,46 ou mais 2,45 - 2,32 2,31 - 2,21 2,20 - 2,07 2,06 ou menos 15 - 16 2,71 ou mais 2,70 - 2,57 2,56 - 2,43 2,42 - 2,29 2,28 ou menos F 11 - 12 2,02 ou mais 2,01 - 1,94 1,93 - 1,86 1,85 - 1,78 1,77 ou menos 13 - 14 2,06 ou mais 2,07 - 1,96 1,95 - 1,88 1,87 - 1,83 1,82 ou menos 15 - 16 2,23 ou mais 2,12 - 2,06 2,05 - 1,99 1,98 - 1,92 1,91 ou menos Fonte: Lancetta, 1988. (MARINS & GIANNICHI, 1996, p. 90). 3. Teste de Potência Máxima em dez saltos sucessivos (FLEGNER, 1983) • Finalidade: mensurar a potência anaeróbica aláctica. • Protocolo: realizar dez saltos sucessivos com os pés paralelos e sem sobrepasso no menor tempo possível, objetivando a maior distância. A saída não deve ser comandada para não incluir o tempo de reação (latência), assim o afastamento dos pés do chão indica o disparo do cronômetro; que deve ser digital com precisão de centésimo de segundos. O teste deverá ser realizado em uma pista com pelo menos 30 metros de extensão. E uma trena deve estar estendida ao longo da pista. A fim de permitir precisão de 1 centímetro na última marca deixada pelo calcanhar no solo será com a utilização de um sarrafo pelo avaliador. • População-alvo: atletas de lutas, atletismo, arremessadores, ginastas e saltadores. • Porção corporal envolvida: membros inferiores. • Material necessário: trena, giz, cronômetro, pista com pelo menos 30m de comprimento • Resultado: A distância do salto está compreendida entre a linha de saída e o último ponto de contato dos pés com o solo 21 • Validade: não reportada • Fidedignidade: não reportada • Observações: • Precauções - O avaliado deve realizar um aquecimento prévio que não deve ser padronizado (individual), e uma tentativa de aferição da execução correta, em seguida realizar 3 tentativas com no mínimo 5 minutos de intervalo. O cálculo da potência deverá ser feito através da fórmula (FLEGNER, 1983): 1- Calcular o Percentual de gordura; 2- Calcular o Peso de Gordura – PG = G% x Peso divido por 100; 3- Calcular a Massa Corporal Magra – LBM = Peso – PG; 4- Calcular o AP (Anaeróbico Previsto) – AP = 5,84 x LBM – 112,63; 5- Calcular o AR (Anaeróbico Real) – AR = Peso x Distancia dividido pelo Tempo; 6- Concluindo: Se AP for maior que AR = Fibra lenta Se AP for menor que AR = Fibra rápida onde: W = peso do indivíduo (kg) D = distância percorrida em metros (m) T = tempo gasto em segundos (s) AAPU = Absolute Anaerobic Power Unit É possível ainda obter a potência relativa ao peso corporal pela seguinte fórmula: Uma tabela de referência da magnitude da potência anaeróbica alática determinado pelo teste (TPF) encontra-se no Apêndice F. AAPU = W x D / T AAPU relativa = AAPU / W 22 • Figura 8 4. Plataforma de salto CYBEX • Finalidade: medir a potência anaeróbica alática. • População-alvo: atletas. • Porção corporal envolvida: membros inferiores. • Material necessário: plataforma de salto CYBEX. • Protocolo: saltar sobre a plataforma usando a maior força explosiva possível. O resultado é calculado por um processador do próprio equipamento • Resultado: é dado em centímetro após a análise da diferença do tempo de contato com a placa. • Validade: não reportada • Fidedignidade: não reportada • Observações: • Precauções – o atleta deve partir da posição joelhos semi fletidos e desenvolver a maior potência possível para o salto. 5. Two Hand Medicine Ball Put (Arremesso da Bola Medicinal com Ambas as mãos) (JOHNSON & NELSON, 1979) • Finalidade: medir a força explosiva (potência) dos membros superiores e cintura escapular _ observe a Figura 9 . • População-alvo: dos doze anos até a idade universitária. • Porção corporal envolvida: membros superiores • Material necessário: uma bola de medicinal de 3 quilos, cadeira, fita adesiva, corda e trena. • Protocolo: Partindo da posição sentada em uma cadeira, o testando segura a bola medicinal com as duas mãos contra o peito e logo abaixo do queixo, com os, cotovelos o mais próximo do tronco. A corda é colocada na altura do peito do testando para mantê-lo seguro à cadeira e eliminar a açãode embalo 23 durante o arremesso. O esforço deve ser realizado pelos braços e cintura escapular, evitando-se a participação de qualquer outra parte do corpo. Resultado: é computada a distância, em centímetros, da melhor das três tentativas executadas pelo testando, e é dada a ele a oportunidade de realizar uma tentativa para familiarização com o teste. A distância deve ser medida entre os pés dianteiros da cadeira e o primeiro ponto de contato da bola medicinal com o solo; a trena deverá ser fixada no solo para facilitar a visualização do local de queda da bola, pelo testador (Marins & Giannichi 1996, p. 91). A classificação dos resultados _ TABELA VI _ foi proposta por Johnson & Nelson (1979). • Validade: Validade: um “r” de 0,77 foi obtido correlacionando-se o resultado das distâncias dos arremessos com os computados na fórmula de potência. O ângulo de arremesso não foi levado em consideração, embora este seja um fator limitante que afeta sua validade. Um “r” de 0,81 foi encontrado para universitários do sexo feminino, enquanto que um “r” de 0,84 foi encontrado para universitários do sexo masculino. • Fidedignidade: não reportada • Observações: • Precauções – os três intentos devem ser realizadas uma após a outra. • Figura 9: TABELA VI CLASSIFICAÇÃO DOS RESULTADOS DO TESTE DO ARREMESSO DA BOLA MEDICININAL FEITO COM UNIVERSITÁRIOS Sexo Masculino Sexo Femenino 24 Resultados Nível de Performance Resultados 763 - acima Avançado 428 - acima 611 - 762 Intermediário avançado 367 - 427 367 - 610 Intermediário 214 - 366 275 - 366 Iniciante avançado 123 - 213 0 - 274 Iniciante 0 - 122 Valores em cm. (Marins & Giannichi 1996, p.92). 6. Teste Abdominal (Paula, 1990) • Finalidade: avaliar a potência anaeróbica alática do tronco através da contração abdominal. • População-alvo: ambos os sexos. • Porção corporal envolvida: tronco, particularmente o abdômen. • Material necessário: cronômetro e colchonete. • Protocolo: o avaliado em decúbito dorsal, com as pernas fletidas formando um ângulo de 90o, braços para cima, apoiando as mãos na nuca. Realizar 3 flexões de tronco, encostando o queixo nos joelhos, voltando ao solo. • Resultado: mede-se o tempo gasto para a realização dos 3 movimentos. • Validade: não reportada. • Fidedignidade: r 0,96. • Observações: • Precauções – colocar o avaliado sobre uma superfície confortável. RESISTÊNCIA MUSCULAR LOCALIZADA Segundo DANTAS (1995), “a resistência muscular localizada (RML) é a capacidade de um grupo muscular de realizar um grande número de contrações sem diminuir a amplitude do movimento, da freqüência, da velocidade e da força de execução”. 25 É “a capacidade individual de realizar, durante um período longo, a repetição de um determinado movimento num mesmo ritmo e com a mesma eficiência” (TUBINO 1990, p. 60). A finalidade dos testes de resistência muscular localizada é de avaliar a resistência muscular localizada segmento corporal. Testes de Resistência Muscular Localizada (RML) 1. Flexão de Braço (Canadian Standardized Test Fitness _ Push-Up Test) • Finalidade: medir a resistência muscular localizada nos membros superiores _ observe a Figura 10. • População-alvo: Sexo masculino e feminino. • Porção corporal envolvida: membros superiores, especificamente a cintura escapular e braços. • Material necessário: colchonete Apêndice A-2. • Protocolo: O indivíduo deve iniciar a flexão de braços em decúbito ventral com os cúbitos em extensão, as mãos voltadas para frente, na linha dos ombros e o olhar direcionado para o espaço entre elas. A flexão do cotovelo será feita até que o tórax toque o chão, mantendo os cúbitos abduzidos e o tronco paralelo ao solo. Retornar a posição inicial e repetir o movimento continuamente. Resultado: registra-se o número de repetições corretamente executadas. E compara o número de repetições com os padrões apresentados nos quadros abaixo. Na TABELA VII os padrões etários por grupos e sexo para Flexões de braço. • Validade: não reportada • Fidedignidade: O teste demonstra um alto valor de r = 0,93, em relação inversamente proporcional, entre o peso corporal e o número de repetições, reportados por Johnson & Nelson (1979), citado em (MOORROW 2000, p.250). • Observações: • Precauções - Para mulheres e crianças pede-se que usem os joelhos com apoio no solo ao invés dos pés. 26 • Figura 10: TABELA VII PADRÕES ETÁRIOS POR GRUPOS E SEXO PARA FLEXÕES DE BRAÇO. Idades (anos) HOMENS 15-19 20-29 30-39 40-49 50-59 60-69 EXCELENTE 39+ 36+ 30+ 22+ 21+ 18+ BOM 29-38 29-35 22-29 17-21 13-20 11-17 MÉDIO 23-28 22-28 17-21 13-16 10-12 8-10 REGULAR 18-22 17-21 12-16 10-12 7-9 5-7 FRACO 17- 16- 11- 9- 6- 4- MULHERES 15-19 20-29 30-39 40-49 50-59 60-69 EXCELENTE 33+ 30+ 27+ 24+ 21+ 17+ BOM 25-32 21-29 20-26 15-23 11-20 12-16 MÉDIO 18-24 15-20 13-19 11-14 7-10 5-11 REGULAR 12-17 10-14 8-12 5-10 2-6 1-4 FRACO 11- 9- 7- 4- 1- 1- Fonte: Nieman, 1995 citado por MOORROW e cols. 2000, adaptado pelo autor 2. Sentar e levantar (YMCA Bench Press Test) • Finalidade: medir a resistência muscular localizada nos membros inferiores. • População-alvo: Sexo masculino e feminino. • Porção corporal envolvida: membros inferiores, em especial músculos envolvidos no movimento de flexão e extensão das articulações de tornozelo, joelho e quadril. 27 • Material necessário: apoio para sentar que será utilizado como referência de altura. Deverá ser a altura necessária para que no momento de maior profundidade um ângulo de ± 60º graus seja alcançado. Uma barra pesando _ homens 36,5 kg e mulheres 16 kg. • Protocolo: O indivíduo deve iniciar a flexão de joelhos e quadril, partindo da posição totalmente estendido, com os pés voltados à frente e ligeiramente abduzidos em uma posição confortável, com uma barra colocada na linha dos ombros, segura pelas mãos, atrás da cabeça. As flexões e extensões deverão ser feitas acompanhando um metrônomo a 60 batidas/minuto até a exaustão em movimentos contínuos. E a profundidade alcançada deve ser de um ângulo de ± 60º graus entre perna e coxa. • Resultado: registra-se o número de repetições executadas. E compara o número de repetições com os padrões apresentados nos quadros abaixo _ compara-se a TABELA VIII de padrões etários por grupos e sexo para sentar e levantar • Validade: não reportada • Fidedignidade: não reportada. • Observações: • Precauções – Não deixar que no momento de maior profundidade o testando apoio seu corpo totalmente no assento e por outro lado fazer com que o mesmo aproxime-se até encostar-se ao assento. TABELA VIII PADRÕES ETÁRIOS POR GRUPOS E SEXO PARA SENTAR E LEVANTAR Idades (anos) HOMENS 18-25 26-35 36-45 46-55 56-65 66+ EXCELENTE 45-38 43-34 40-30 35-24 32-22 30-18 BOM 34-30 30-26 28-24 22-20 20-14 14-10 ACIMA DA MÉDIA 28-25 25-22 34-30 28-25 24-21 21-20 MÉDIO 38-36 34-32 29-28 24-22 20-17 18-16 ABAIXO DA MÉDIA 34-32 30-29 26-24 21-18 16-13 14-12 FRANCO 30-26 28-24 22-18 17-13 12-9 10-8 MUITO FRACO 24-12 21-6 16-4 12-4 8-2 6-2 MULHERES 18-25 26-35 36-45 46-55 56-65 66+ 28 EXCELENTE 55-44 54-40 50-34 42-28 38-25 36-24 BOM 41-37 37-33 30-27 25-22 21-18 22-18 ACIMA DA MÉDIA 36-33 32-29 26-24 21-18 17-13 16-14 MÉDIO 32-29 28-25 22-20 17-14 12-10 13-11 ABAIXO DA MÉDIA 28-25 24-21 18-16 13-10 9-7 10-6 FRANCO 24-20 20-16 14-10 9-6 6-4 4-2 MUITO FRACO 17-4 12-1 6-1 4-0 2-0 1-0 Fonte: Golding, Mayers e Sinning, 1989 citado por MOORROW ecols. 2000, adaptado pelo autor 2. Abdominal (Teste de Repetições Máximas - 1 minuto) (YMCA 1 – Minute Timed Sit-Up Test) • Finalidade: medir a resistência muscular localizada de flexores de tronco (abdominal) _ observe a Figura 10. • População-alvo: ambos os sexos. • Porção corporal envolvida: tronco/quadril. • Material necessário: colchonete e cronômetro • Protocolo: o avaliando deve posicionar-se inicialmente em decúbito dorsal, com os joelhos flexionados e os pés apoiados no chão. Os calcanhares devem estar a uma distância de ± 46 centímetros dos glúteos, especificamente (45,7 cm). As mãos devem estar cruzadas por trás do pescoço. • Resultado: O indivíduo, então, realiza o maior número de flexões abdominais; conta-se somente as flexões realizadas corretamente, durante 60 segundos. A execução correta deve observar o distanciamento de ombros e mãos do solo de no mínimo 7,6 cm. A TABELA IX representa os padrões etários por grupos e sexo para flexões abdominais. A TABELA X classificação segundo Pollock e Wilmore. • Validade: não reportada • Fidedignidade: r = estimado amplo entre 0,68 e 0,94, correlação negativa ao peso do tronco (Baumgarther e Jackson 1999, citado por MOORROW e cols. 2000). Robertson e Magnusdottir 1987, citado por MOORROW e cols. 2000 após a padronização da distância mínima de 7,6 cm observaram um r=0,93, 29 mas indicando que mais pesquisas sejam realizadas no intuito de proporcionar uma maior aceitabilidade do teste. • Observações: • Precauções -. Somente devem ser validadas as execuções, que confiram com as recomendações. • Figura 10: TABELA IX REPRESENTA OS PADRÕES ETÁRIOS POR GRUPOS E SEXO PARA FLEXÕES ABDOMINAIS Idades (anos) HOMENS 18-25 26-35 36-45 46-55 56-65 66+ EXCELENTE 60-50 55-46 50-42 50-36 42-32 40-29 BOM 48-45 45-41 40-36 33-29 29-26 26-22 ACIMA DA MÉDIA 42-40 38-36 34-30 28-25 24-21 21-20 MÉDIO 38-36 34-32 29-28 24-22 20-17 18-16 ABAIXO DA MÉDIA 34-32 30-29 26-24 21-18 16-13 14-12 FRANCO 30-26 28-24 22-18 17-13 12-9 10-8 MUITO FRACO 24-12 21-6 16-4 12-4 8-2 6-2 MULHERES 18-25 26-35 36-45 46-55 56-65 66+ EXCELENTE 55-44 54-40 50-34 42-28 38-25 36-24 BOM 41-37 37-33 30-27 25-22 21-18 22-18 ACIMA DA MÉDIA 36-33 32-29 26-24 21-18 17-13 16-14 MÉDIO 32-29 28-25 22-20 17-14 12-10 13-11 30 ABAIXO DA MÉDIA 28-25 24-21 18-16 13-10 9-7 10-6 FRANCO 24-20 20-16 14-10 9-6 6-4 4-2 MUITO FRACO 17-4 12-1 6-1 4-0 2-0 1-0 Fonte: Golding, Mayers e Sinning, 1989 citado por MOORROW e cols. 2000, adaptado pelo autor TABELA X CLASSIFICAÇÃO SEGUNDO POLLOCK E WILMORE Repetições em 60 segundos - Homens Idade Excelente Bom Médio Regular Fraco 15 - 19 > 48 42 – 47 38 - 41 33 - 37 < 32 20 - 29 > 43 37 – 42 33 - 36 29 - 32 < 28 30 - 39 > 36 31 – 35 27 - 30 22 - 26 < 21 40 - 49 > 31 26 – 30 22 - 25 17 - 21 < 16 50 - 59 > 26 22 – 25 18 - 21 13 - 17 < 06 60 - 69 > 23 17 – 22 12 - 16 07 - 11 < 06 Pollock,, M.L; Wilmore J.H., Exercício na Saúde e na Doença, 2a ed., RJ, MEDSI, 1993 (Fernandes 1998, p. 46). Repetições em 60 segundos - Mulheres Idade Excelente Bom Médio Regular Fraco 15 - 19 > 42 36 – 41 32 - 35 27 - 31 < 26 20 - 29 > 36 31 – 35 25 - 36 21 - 24 < 20 30 - 39 > 29 24 – 28 20 - 23 15 - 19 < 14 40 - 49 > 25 20 – 24 15 - 19 07 - 14 < 06 50 - 59 > 19 12 – 18 05 - 11 03 - 04 < 02 60 - 69 > 16 12 – 15 04 - 16 02 - 03 < 01 Pollock,, M.L; Wilmore J.H., Exercício na Saúde e na Doença, 2a ed., RJ, MEDSI, 1993 (Fernandes 1998, p. 47). 3. Teste de uma repetição máxima para endurance de membros inferiores (Upeer-and Lower-Body Strength and Endurance) _ ACSM (1988, 1995) 31 • Finalidade: mensurar a resistência de membros inferiores utilizando uma repetição máxima ao sentar e levantar. • População-alvo: sexo masculino dos 20 anos em diante. • Porção corporal envolvida: membros inferiores. • Material necessário: Barra e anilhas com peso mínimo de 0,5.kg. • Protocolo: O indivíduo deve iniciar a flexão de joelhos e quadril, partindo da posição totalmente estendido, com os pés voltados à frente e ligeiramente abduzidos em uma posição confortável, com uma barra colocada na linha dos ombros, segura pelas mãos, atrás da cabeça. As flexões e extensões deverão ser feitas em uma única repetição a cada carga até a exaustão. A profundidade alcançada deve ser de um ângulo de ± 60º graus entre perna e coxa. Os aumentos de carga devem ser de 2,5 a 4,5 kg com intervalos de 2 minutos entre os levantamentos. • Resultado: Registrar-se-á a carga máxima alcançada e dividindo-se a carga pelo peso corporal _ índice alcançado. • Validade: r=0,92 citado por Jackson, Watkinse e Patton 1980, registrado por MOORROW e cols. 2000. • Fidedignidade: r=0,92 citado por Jackson, Watkinse e Patton 1980, registrado por MOORROW e cols. 2000. • Observações: • Precauções - Não deixar que no momento de maior profundidade o testando apoio seu corpo totalmente no assento e por outro lado fazer com que o mesmo aproxime-se até encostar-se ao assento. Fórmula Índice alcançado = 1RM/peso corporal Tabela índice alcançado por faixa etária Idades (anos) HOMENS 20-29 30-39 40-49 50-59 60+ 32 EXCELENTE >1,26 >1,08 >0,97 >0,86 >0,78 BOM 1,17 – 1,25 1,01 – 1,07 0,91 – 0,96 0,81 – 0,85 0,74 – 0,77 MÉDIO 0,97 – 1,16 0,86 – 1,00 0,78 – 0,90 0,70 – 0,80 0,64 – 0,73 FRACO 0,88 - 0,96 0,79 – 0,85 0,72 – 0,77 0,65 – 0,69 0,60 – 0,63 MUITO FRACO <0,87 <0,78 <0,71 <0,64 <0,59 MULHERES 20-29 30-39 40-49 50-59 60+ EXCELENTE >0,78 >0,66 >0,61 >0,54 >0,55 BOM 0,72 – 0,77 0,62 – 0,65 0,57 – 0,60 0,51 – 0,53 0,51 – 0,54 MÉDIO 0,59 – 0,71 0,53 – 0,61 0,48 – 0,56 0,43 – 0,50 0,41 – 0,50 FRACO 0,53 – 0,58 0,49 – 0,52 0,44 – 0,47 0,40 – 0,47 0,37 – 0,40 MUITO FRACO <0,52 <0,48 <0,43 <0,39 <0,36 Fonte: Cooper Institute for Aerobics Research, Dallas, TX citado por MOORROW e cols. 2000, adaptado pelo autor VELOCIDADE VELOCIDADE DE DESLOCAMENTO Velocidade é a “qualidade física que permite, ao indivíduo, de realizar uma determinada ação no menor tempo possível” (DANTAS, 1995). A velocidade de deslocamento que é uma das formas de velocidade “é expressa pela rapidez de execução de uma contração muscular” (DANTAS, 1995). Testes de Velocidade de Deslocamento 1. Corrida de 6 segundos (JOHNSON & NELSON, 1979). • Finalidade: medir a velocidade de deslocamento no tempo de seis segundos _ observe a Figura 11. 33 • População-alvo: por não ser um teste de endurance pode ser realizado por pessoas mais velhas. • Porção corporal envolvida: membros inferiores. • Material necessário: apito e cronômetro. • Protocolo: O avaliado inicia o teste na posição de pé, com ambos os pés atrás da linha de partida. São dados dois comandos, um preparatório “pronto” e outro para o inicio do teste “vai”. Ao comando “vai” o avaliado inicia a corrida tão rápido quanto possível até completar 6 segundos. São dados duas tentativas com intervalo de 5 minutos. • Resultado: Resultado é dado em metros. O resultado final será a melhor marca obtida nas duas tentativas. • Validade: não reportada • Fidedignidade: não reportada • Observações: • Precauções - São necessários dois avaliadores para cada avaliado, um deve se posicionar mais ou menos 45 metros da linha de partida e o outro deverá comandar o inicio do teste, acionando o cronômetro e dando o apito, o outro testador deverá dirigir-se, imediatamente, até o local onde o testando estava quando foi dado o apito. Este ponto deverá ser mantido a partir do ponto desaída. • Figura 11: 2. Teste de Corrida de 50 metros (JOHNSON & NELSON, 1979) 34 • Finalidade: medir a velocidade de deslocamento. Avalia a Potência Anaeróbica Alática indiretamente _ observe a Figura 12. • População-alvo: jovens de 10 a 17 anos. • Porção corporal envolvida: membros inferiores • Material necessário: dois cronômetros precisos, folha de anotação, pista de 100 metros marcada previamente em 50 metros. • Protocolo: O avaliado fica posicionado atrás da linha de partida. Os comando de “Prontos” e “Vai” devem ser dados. Ao comando de “Vai” o avaliado deve partir, avaliador posicionado próximo a linha de chegada deve acionar simultaneamente o seu cronômetro. No momento em que o avaliado cruza a linha, o avaliador deverá travar o cronômetro e anotar o tempo de corrida. • Resultado: Para saber a velocidade deve usar a seguinte fórmula: • Validade: não reportada • Fidedignidade: não reportada • Observações: • Precauções - esclarecer ao avaliado que ele deverá executar a sua velocidade máxima nos 50 metros a serem percorridos. Realizar um aquecimento prévio que deve ser interrompido 3 minutos antes do início do teste. E estar liberado para execução do teste por um médico. • Figura 12: V (m/s) = D (m) / T (s) 35 3. Corrida de 50 Metros Lançados. (JOHNSON & NELSON, 1979) • Finalidade: medir a velocidade de deslocamento. • População-alvo: atletas. • Porção corporal envolvida: membros inferiores. • Material necessário: o mesmo do teste de 50 metros. A pista deve ter mais de 60 metros. • Protocolo: o mesmo do teste de 50 metros. O avaliado deve passar sobre a linha de partida já em velocidade. O teste inicia quando a avaliado sentir-se pronto. Serão necessários dois avaliadores, um deve posicionar-se na linha de partida e quando o avaliado passar sobre a mesma, dar um sinal claro para que, o avaliador que está próximo a linha de chegada possa acionar o cronômetro. • Resultado: o mesmo do teste de 50 metros • Validade: não reportada • Fidedignidade: não reportada • Observações: • Precauções -. A avaliador próximo a linha de chegada deve travar o cronômetro quando o avaliado passar sobre a mesma. 4. Corrida de 30 metros. (Popov,1986) • Finalidade: medir a capacidade de aceleração, uma vez que a velocidade máxima alcançada, dependendo do treinamento, está localizada entre os 25 e 30 metros. • População-alvo: criança dos 7 anos de idade até a idade universitária. Aplicação deste teste deverá ocorrer em sujeitos nos quais a atividade depende da aceleração, ou seja, em corredores de 100 a 400 metros rasos, saltadores (distância, triplo, altura e vara), jogadores de futebol, futsal, basquete, vôlei, tênis, ginástica e outros, bem como, devem auxiliar na detecção de talentos desportivos. • Porção corporal envolvida: membros inferiores. 36 • Material necessário: área de aproximadamente 45 metros e dois cronômetros. • Protocolo: é aconselhável que dois testados executem o teste simultaneamente. Ambos devem iniciá-lo na posição de pé. Os comandos “prontos” e “Vai” devem ser dados. Ao comando “Vai” o testador deve abaixar o seu braço para que os testadores posicionados na linha de chegada acionem os cronômetros. Devem ser demarcadas no chão tanto as linhas de saída quanto a linha de chegada. • Resultado: o resultado será o tempo gasto para percorrer os 30 metros e deverá ser computado em décimo de segundo. A TABELA XI mostra a classificação de valores de Normalidade do Teste de Corrida de 30 metros da população búlgara. Bouzas (1998) cita que Popov (1986), apresenta valores de normalidade para as duas formas de aplicação do teste de 30 metros com saída parada e lançada, coletados em uma população da Bulgária. • Validade: não reportada. • Fidedignidade: não reportada. • Observações: • Precauções - Os testados devem correr o mais rápido possível até ultrapassarem a linha de chegada. O emprego do teste de 30 metros possui uma variação que inclui sua execução através de uma corrida lançada, ou seja, o tempo registrado é observado com o sujeito em movimento. TABELA XI VALORES DE NORMALIDADE DO TESTE DE CORRIDA DE 30 METROS DA POPULAÇÃO BÚLGARA. Masculino Femenino Saída Saída Parada Lançada Parada Lançada Orientação desportiva 14 anos 4s35 - 4s40 3s20 - 3s25 4s60 - 4s65 3s60 - 3s65 Especialização desportiva 37 15 anos 16 anos 4s20 - 4s25 4s15 - 4s20 3s10 - 3s15 2s95 - 3s00 4s45 - 4s50 4s35 - 4s40 3s50 - 3s55 3s35 - 3s40 Aperfeiçoamento desportivo 17 anos 18 anos 4s10 - 4s15 4s05 - 4s10 2s80 - 2s85 2s75 - 2s80 4s26 - 4s30 4s20 - 4s26 3s20 - 3s25 3s15 - 3s17 Alta competição 4s00 - 4s04 2s70 - 2s74 < 4s00 < 2s70 4s16 - 4s19 3s08 - 3s10 < 4s15 < 3s05 Fonte: Popov, 1986 (Marins & Giannichi 1996, p. 69). VELOCIDADE DE REAÇÃO Segundo Dantas (1995), e expressa pela rapidez de execução de uma contração muscular, ou seja, o intervalo de tempo entre a apresentação de um estímulo e o início da resposta (JONHSON, 1979) 1. Testes de Velocidade de Reação de Mão (DANTAS,1995) • Finalidade: avaliar a velocidade de reação óculo-manual de um indivíduo. Verificar o tempo que uma pessoa leva para segurar uma barra após esta ter sido solta próximo às suas mãos. • População-alvo: crianças em idade pré-escolar em diante, sendo satisfatórios para ambos os sexos. • Porção corporal envolvida: membros inferiores. • Material necessário: barra metálica de 60 centímetros graduada em centímetros. • Protocolo: o avaliado deverá estar sentado, com o braço apoiado e a mão espalmada com o dedo polegar fazendo um ângulo de 90o em relação aos demais dedos. A parte inferior da barra será colocada no plano formada pelo dedo polegar e pelo dedo indicador, na bissetriz do ângulo formado pelos dois. O avaliador comandará, então, “Atenção! Já” e largará a barra. O avaliado deverá procurar segurar a barra no menor tempo possível. 38 • Resultado: será medida em centímetros e em milímetros, a distância que a barra percorreu entre o momento em que ela foi segura. Isto deve ser feito tomando como referência a parte superior do dedo indicador. • Validade: não reportada. • Fidedignidade: não reportada. • Observações: • Precauções - explicar ao avaliado qual o movimento a ser executado e realizar dois ou três movimentos do teste. Deve-se evitar que o avaliado comece o movimento antes de ser dado início ao teste, o que deverá ser com três tentativas e a média das três medidas serás o valor considerado. • A avaliação do resultado deste teste é feita levando-se em consideração que a aceleração da gravidade (g) ao nível do mar é: g = 9,8 m/seg2 Assim, o tempo de reação (TR) poderá ser calculado pela fórmula: Onde: TR é em segundos d = distância que a barra percorreu, entre ser solta pelo avaliador e segura pelo avaliado. • Figura: Apêndice B-8. 2. Teste de Nelson de Reação da Mão (JOHNSON & NELSON, 1979) • Finalidade: medir a velocidade de reação da mão em resposta a um estímulo visual _ observe a Figura 13. • População-alvo: crianças em idade pré-escolar em diante, sendo satisfatórios para ambos os sexos. • Porção corporal envolvida: óculo-manual • Material necessário: Nelson Reaction Timer, suporte para o timer, mesa e cadeira. TR= d x 0,0313 39• Protocolo: o sujeito deve estar na posição sentada com o antebraço e a mão apoiados, confortavelmente na mesa ou na cadeira. Os dedos polegar e indicador devem permanecer na posição de prontidão de pinçar, a uma distância de 3 a 4 centímetros além da tampa da mesa com sua parte superior paralelas e horizontal em relação ao tampo da mesa. 0 tirner deve ser colocado na posição central, entre os dedos polegar e indicador, com o ponto zero coincidir com a parte superior dos dedos. É solicitado ao avaliado que centralize seu olhar na Zona de concentração (zona chuleada entre as linhas .120 e .130 do tirner) e que pince a régua mais rápido possível quando perceber que o timer foi solto. São feitas 20 tentativas e cada uma deve ser precedida do comando "Pronto". • Resultado: é lido no timer, logo acima de onde o avaliado pinçou, tendo por referência a parte superior do dedo polegar. São descartadas as cinco tentativas mais lentas e as cinco mais rápidas, tirando-se a média das dez tentativas restantes. O resultado será dado em 5/1000 de segundos. • Validade: não reportado. • Fidedignidade: coeficiente 0,75, utilizando universitários do sexo masculino. • Observações: • Precauções - (a) o teste deve ser realizado em ambiente que permita a concentração do avaliado; b) devem ser feitas três ou quatro tentativas para que o avaliado se familiarize com o teste e para que o avaliador tenha certeza que aquele entendeu as direções do teste; c) o intervalo de tempo entre o comando "Pronto" e a largada do timer é extremamente importante. Deve ser variado para impedir que o testando fique acostumado com um padrão constante. Por outro lado este intervalo não deve ser menor que meio segundo e nem superior a 2 segundos. Se for muito curto o testando pode não estar preparado para pinçar o timer e se for muito longo poderá perder seu estado ótimo de prontidão; d) antecipações óbvias devem ser descartadas, não devendo ser computadas como sendo uma tentativa; e) o avaliador deve estar atento para que o timer fique colocado na posição central entre os dedos polegar e indicador do avaliado; f) salvo o objetivo do teste, deve ser usada a mão dominante do testando; g) os dedos polegar e indicador 40 devem estar separados a uma distância de aproximadamente, 3 a 4 centímetros; h) é aconselhável o uso de um suporte para que o timer possa permanecer sempre na mesma posição, evitando-se desta forma a interferência do avaliador e garantindo-se uma maior fidedignidade ao teste. • Figura 13: 3. Teste de Nelson de Reação do Pé (FLEISMAN, 1964) • Finalidade: Medir a velocidade de reação do pé em resposta a um estímulo visual. _ observe a Figura 14. • População-alvo: crianças e adolescentes. • Porção corporal envolvida: olhos e pés. • Material necessário: “Nelson Reaction Timer” ou barra metálica como no teste de mão, parede, banco ou mesa. • Protocolo: o avaliado deve sentar-se à mesa (ou banco) que deve estar a 2,5 centímetros da parede. Deve estar descalço, com o calcanhar apoiado na mesa, a uma distância de 5 centímetros da borda da mesa e a ponta do pé a uma distância de aproximada de 2,5 do timer ou da barra metálica. O avaliador deve segurar o timer rente à parede. O zero deve coincidir com a ponta do dedão do pé. • Resultado: o tempo de reação para cada tentativa é a linha logo acima da ponta do dedão do pé. As cinco mais rápidas e as cinco mais lentas serão descartadas, tirando-se a média das dez tentativas restantes. 41 • Validade: não reportada. • Fidedignidade: não reportada. • Observações: • Precauções - É solicitado que o testando se fixe na Zona de Concentração (zona chuleada do timer contra a parede, tão rápido quanto possível, utilizando a ponta do pé). São feitas 20 tentativas. • Figura 14: RESISTÊNCIA AERÓBICA Segundo DANTAS (1995), “é a qualidade física que permito ao corpo suportar um esforço de determinada intensidade durante um certo tempo”. A resistência aeróbica apresenta-se quando a intensidade do exercício é submáxima e o volume é grande, o tempo de atividade é prolongado podendo levar até horas. Tem atuação primordial na capacidade funcional do organismo. TUBINO (1990, p. 63), explica que é “... a qualidade física que permite manter um esforço por um determinado período, em que as necessidades de consumo de oxigênio são superiores à absorção do mesmo, fazendo com que seja encontrado um débito de oxigênio o qual será recompensado no repouso” A capacidade aeróbia pode ser verificada além da pista de atletismo (testes de campo), por meio vários ergômetros (instrumentos que medem esforço): 1) Campo 42 2) Banco 3) Bicicleta ergométrica 4) Esteira rolante ou tapete rolante Teste de Resistência Aeróbica Testes de Campo 1. Testes de Corrida de 2.400 Metros • Finalidade: identificar o nível de capacidade aeróbia. • População-alvo: faixa etária entre 13 e 60 anos de idade, para ambos os sexos. • Porção corporal envolvida: membros inferiores. • Material necessário: pista de atletismo,cronômetro e material de anotação. • Protocolo: Segundo a metodologia do teste, consiste em cronometrar o tempo gasto pelo avaliado para percorrer a distancia de 2.400 metros. Com o resultado apurado, identificar na Tabela, em função do sexo e idade, o nível de capacidade aeróbica do avaliado. • Resultado: o resultado será expresso em ml/kg.min, sendo descoberto por meio da utilização da fórmula abaixo descrita. A TABELA XII indica o nével de capacidade aeróbica. • Validade: não reportada • Fidedignidade: não reportada • Observações: • Precauções - Normalmente os indivíduos que se submetem a este teste devem estar familiarizados com a prática da atividade física de uma forma regular. Em relação a população de atletas, é perfeitamente adequado, principalmente para modalidades de jogos com bola. TABELA XII Indicativa do Nível de Capacidade Aeróbica. Apêndice A - 6. 43 ? Exemplificando Sexo: feminino – idade: 50 anos – Tempo gasto: 14:30h Nível de capacidade aeróbica: excelente Segundo Fernandes (1998), pode-se obter o escore final em uma unidade metabólica, pode-se encontrar o resultado pela fórmula proposta pelo American College Sport Medicine.: onde: D = distância em metros. Exemplificando Qual o VO2max, previsto para um indivíduo que correu 2.400 metros para um tempo de 11 minutos? VO2max = [(2.400 x 60 x 0,2) + 3,5] / 660 VO2max = 43,6 ml (kg.min) –1 2. Teste de corrida de 1000 metros (MATSUDO, 1983) • Finalidade: medir a potência aeróbia máxima de crianças. • População-alvo: crianças na faixa etária de 8 a13 anos de ambos os sexos. • Porção corporal envolvida: membros inferiores. • Material necessário: cronômetro e folha de anotação. • Protocolo: os avaliados deverão percorrer, no menor tempo possível, através de um ritmo contínuo, a distância de 1000 metros, não sendo permitido VO2máx ml (kg.min)-¹ = (D x 60 x 0,2) + 3,5 ml (kg.min)-¹ / Duração em segundos 44 caminhar não sendo permitido caminhar durante o teste. O local da avaliação deverá ser preferencialmente em uma pista de atletismo. • Resultado: Com o registro do resultado utiliza-se a seguinte fórmula: (MATSUDO,1983) onde: y = tempo de corrida em segundos Exemplificando Idade: 10 anos – Tempo do teste: 5:30= 330 segundos Desenvolvendo a fórmula: VO2max. ml(kg,.min)-¹= 652,17 – 330 /6,762 VO2max. ml (kg,.min) -¹ = 47,64 • Validade: não reportada • Fidedignidade: não reportada • Observações: • Precauções – atentar para aplicação correta da fórmula. 3. Corrida de 9 minutos (KISS, 1987). • Finalidade: mensurar a condição aeróbica. • População-alvo: a partir da faixa etária de 10 anos, para ambos os sexos. • Porção corporal envolvida: membros inferiores. • Material necessário: Área marcada e cronômetro, pista de corrida ou quadra. • Protocolo: os alunos ficam na posição inicial em pé. Ao sinal “Pronto”! “Vão”!, os alunos começam a correr. A corrida pode ser intercalada com o andar. Sugere-se que cada anotador controle no mínimo 1 (um) e no máximo 3 (três) alunos. Quando faltar 1 minuto dá-se aviso. Ao final dos 9 minutos será dado VO2max ml (kg.min) -¹ = 652,17 – y / 6,762 45 um sinal através de um apito. Nesse instante cada aluno deverá para no local em que estiver e aguardar a chegada do anotador. Este, por sua vez, marcará a distância percorrida com precisão de 10 m. • Resultado: anotar em metros, com precisão de 10 m (KISS, 1987, p. 167). A TABELA XIII mostra os percentis e distâncias percorridas em crianças de 5 a 12 anos. • Validade: não reportada. • Fidedignidade: não reportada. • Observações: • Precauções -: é permitido andar, mas o objetivo é percorrer a maior distância possível. É permitida apenas uma tentativa. TABELA XIII DISTÂNCIA PERCORRIDA EM 9 MINUTOS (METROS) E PERCENTIS, SEGUNDO A IDADE (ADAPTADA DA AAPHERD, 1980) MASCULINO Idade (anos) Percentil 5 6 7 8 9 10 11 12 99 1817 1804 2208 2318 2254 2318 2318 2649 95 1619 1610 1858 2024 2001 2070 2070 2208 90 1407 1518 1748 1932 1877 1950 1940 2001 85 1311 1457 1647 1785 1785 1852 1863 1879 80 1260 1403 1594 1720 1725 1794 1812 1840 75 1214 1351 1548 1662 1688 1757 1771 1817 70 1205 1325 1509 1628 1656 1710 1739 1748 65 1173 1288 1463 1587 1619 1662 1711 1719 60 1122 1242 1417 1559 1601 1638 1663 1665 55 1104 1214 1371 1518 1559 1587 1628 1647 50 1076 1178 1076 1178 1325 1467 1527 1555 45 1030 1133 1288 1417 1495 1502 1555 1601 40 1012 1104 1260 1380 1472 1472 1509 1546 35 989 1076 1233 1352 1414 1457 1472 1490 30 929 1040 1205 1306 1371 1413 1449 1463 46 25 910 1003 1143 1270 1525 1368 1417 1380 20 865 966 1099 1233 1260 1306 1325 1334 15 809 910 1045 1162 1205 1247 1279 1247 10 764 865 984 1085 1143 1150 1288 1196 5 552 751 910 969 1016 1021 1076 920 FEMININO Idade ( anos) Percentil 5 6 7 8 9 10 11 12 99 1457 1822 2153 2079 2116 2061 1996 2180 95 1417 1564 1748 1711 1886 1902 1840 2001 90 1297 1490 1573 1610 1720 1748 1776 1904 85 1249 1457 1518 1559 1628 1637 1686 1785 80 1214 1398 1444 1472 1564 1610 1638 1663 75 1196 1325 1417 1417 1518 1518 1585 1619 70 1143 1279 1371 1398 1463 1468 1518 1594 65 1127 1205 1343 1357 1417 1442 1490 1564 60 1122 1153 1290 1325 1394 1443 1444 1555 55 1086 1132 1247 1291 1357 1371 1416 1518 50 1049 1111 1236 1249 1311 1343 1362 1463 45 1012 1086 1205 1224 1279 1311 1343 1419 40 975 1049 1178 1210 1242 1265 1293 1380 35 929 1012 1127 1178 1214 1237 1270 1357 30 920 975 1095 1150 1187 1187 1247 1366 25 874 936 1058 1127 1143 1150 1237 1247 20 797 910 929 1086 1127 1132 1196 1122 15 794 842 966 1021 1040 1086 1104 1104 10 690 782 917 971 994 1012 1035 1040 5 644 690 791 837 883 865 832 920 4. Teste de corrida de Balke (15 minutos) – (Rocha, 1978) • Finalidade: mensurar a capacidade aeróbia do indivíduo. 47 • População-alvo: deve ser aplicados em pessoas já condicionadas ou atletas na faixa etária entre 15 e 50 anos, ambos os sexos. • Porção corporal envolvida: membros inferiores. • Material necessário: pista de atletismo, cronômetro e material de anotação. • Protocolo: Metodologia: a mesma do teste de Cooper, sendo que o tempo do teste é de 15 minutos. • Resultado: Com o resultado apurado, deve-se calcular a velocidade, expressa em metros por minuto. Onde: V = velocidade em metros/minuto V = Distância percorrida / tempo de 15 minutos exemplo: Distância percorrida =3500 metros Tempo do teste = 15 minutos V = 3500 = 233,33 m/min. 15 Cálculo para o VO2máx. VO2máx.= 33 + [0,178 (v- 133)] v = 233,33 VO2máx. = 33 + [0,178 (233- 133)] VO2máx. = 50.85 ml (kg. min)-1 VO2máx. expresso em ml (kg. min)-1 V = DIST. / 15 MINUTOS 48 • Validade: não reportada • Fidedignidade: não reportada • Observações: Precauções – medir corretamente a distância percorrida. 5. Teste da Milha (1-Mile Walk Test) – Kline e cols, 1987 citado por MORROW (2000) • Finalidade: identificar o nível de capacidade aeróbia, através do método de estimativa do VO2 Max.. • População-alvo: idades acima de 18 anos aos 69 anos, de ambos os sexos. • Porção corporal envolvida: membros inferiores. • Material necessário: pista de atletismo,cronômetro e material de anotação. • Protocolo: Segundo a metodologia do teste, consiste em cronometrar o tempo gasto pelo avaliando para percorrer a distancia de 1609 metros e a freqüência cardíaca atingida logo após o teste. Com o resultado apurado, utilizando a formula proposta é determinado o VO2 max, do avaliado. • Resultado: o resultado será expresso em ml/kg.min, sendo descoberto por meio da utilização da fórmula abaixo descrita. As TABELA XIV e XV demonstram a normalidade para o teste da milha em idades de 30 – 69 anos e 18 – 30 anos respectivamente em min:sec. • Validade: r=0,88 com um erro estimativo de 5,0 ml.kg-1.min-1 Kline et al. 1987 citado por (MORROW 2000). Em estudos com indivíduos de 30 a 69 anos Coleman et al. (1987), reporta validade r=0,79 e erro padrão =5,68ml.kg-1.min-1. • Fidedignidade: r=0,98, Kline et al. 1987 citado por (MORROW 2000). • Observações: • Precauções – Os indivíduos que se submetem a este teste não precisar ter familiarização com a prática da atividade física de uma forma regular, isto se deve ao caminhar ser uma das atividades mais naturais e comuns. Formula para predição: 49 VO2 max= 132,853 – [(0,0769 * peso em libras) – (0,3877 * idade anos) + (6,315 * gênero) – (3,2469 * tempo da milha) – (0,1565 * FCfinal)] Onde: Peso em libras = peso em kg/2,2046 Gênero= masculino – 1; feminino - 0 TABELA XIV NORMALIDADE PARA O TESTE DA MILHA 30 – 69 ANOS (MIN:SEC) CLASSIFICAÇÃO HOMENS (n=151) MULHERES (n=150) Excelente <10:12 <11:40 Bom 10:13 – 11:42 11:41 – 13:08 Média alta 11:43 – 13:13 13:09 – 14:36 Média baixa 13:14 – 14:44 14:37 – 16:04 Fraca 14:45 – 16:23 16:05 – 17:31 Muito fraca >16:24 >17:32 Fonte: MORROW (2000), adaptado pelo autor TABELA XV NORMALIDADE PARA O TESTE DA MILHA 18 – 30 ANOS, (MIN:SEC) Percentil HOMENS (n=400) MULHERES (n=426) 90 11:08 11:45 75 11:42 12:49 50 12:38 13:15 25 13:38 14:12 10 14:37 14:12 Fonte: MORROW (2000), adaptado pelo autor Testes de Banco 1. Teste de banco (Submáximo) – (CIRILLO, 1997) • Finalidade: estimativa sub-máxima da capacidade aeróbia. • População-alvo: pode ser aplicado em crianças a partir de 9 anos de idade. 50 • Porção corporal envolvida: membros inferiores. • Material necessário: metrônomo, cronômetro e pista de atletismo. • Protocolo: a duração do teste é de 3 minutos; a freqüênciada passada deverá corresponder ao ritmo de 24 e 22 passadas por minuto para homens e para mulheres respectivamente; aconselha-se o uso do metrônomo onde seriam 96 e 88 bpm respectivamente; no final do teste, o avaliado permanece de pé, enquanto é aferida a F.C., começando 5 segundos após a interrupção do teste. • Resultado – A TABELA XVI mostra as alturas segundo a estatura do indivíduo: TABELA XVI ALTURA DO BANCO CONFORME A ESTATURA DO INDIVÍDUO ESTATURA DO AVALIADO ALTURA DO BANCO Até 151.9 32cm De 152.0 até 161.9 34cm 162.0 até 171,9 38cm 172.0 até 181,9 40cm 182.0 até 191,9 42cm 192.0 em diante 45cm (Cirilo 1997, p.) O resultado da freqüência cardíaca será aplicado nas seguintes fórmulas: • Validade: não reportada. • Fidedignidade: não reportada. • Observações: • Precauções - A altura do banco não é diferenciada segundo sexo, mas sim segundo a estatura dos avaliados e (CORILO 1997, p.). Homens ⇒ VO2máx.= 111,33 - 0,42 x FC do final do teste. Mulheres⇒ VO2máx.= 65,81 - 0,1847 x FC do final do teste. 51 2. Teste de banco - Protocolo de Kacth e McArdle (adaptado por CIRILO, 1997) • Finalidade: verificar a capacidade aeróbia do indivíduo. • População-alvo: homens e mulheres. • Porção corporal envolvida: membros inferiores. • Material necessário: banco e cronômetro. • Protocolo: Tempo de duração do teste 3 minutos; freqüência da passada deverá corresponder ao ritmo de 24 e 22 passou por minuto para homens e mulheres respectivamente ou a 96 e 88 batimentos no metrônomo respectivamente. Ao final do terceiro minuto do teste; o avaliado permanece em pé, enquanto o pulso e aferido num intervalo de 15 segundos, começando após 5 segundos a interrupção do teste. O valor encontrado deverá ser multiplicado por 4 e transportado para a fórmula a seguir. • Resultado: o resultado final dará o VO2máx em ml*(kg. min)-1 • Validade: não reportada. • Fidedignidade: não reportada. • Observações: Precauções – este protocolo é constituído de carga única com banco na altura de 40,6cm. Testes em Esteira Rolante 1. Teste de Esteira Rolante Modificado para Crianças (MATHEWS, 1980) • Finalidade: verificar a condição cardiovascular da criança _ OBSERVE A Figura 15. • População-alvo: crianças, porém Mathews, não menciona a partir de que idade é recomendável a aplicação do referido teste. • Porção corporal envolvida: membros inferiores. 52 • Material necessário: esteira rolante. • Protocolo: Quatro eletrodos são segurados por uma tira de borracha em volta do tórax e colocados em um nível logo abaixo dos músculos peitorais. Os dois eletrólitos no tórax são colocados abaixo de cada mamilo, e os dois eletrólitos são colocados nas costas deverá estar fixado logo abaixo do ângulo inferior da escápula. • Resultado: No final de cada minuto a esteira é elevada em 1% até o máximo de 14% da inclinação a ser alcançada. A velocidade da esteira permanece constante durante o teste. Os indivíduos a 4% e 5% caminham a uma freqüência de 2,8 milhas por hora (4,5 km/h), enquanto aqueles em 11% e 12% caminham numa freqüência de 3,5 milhas por hora (5,6 km/h). O teste termina quando um dos três padrões é obtido: (1) o indivíduo deseja voluntariamente parar quando se sente cansado para continuar; (2) a freqüência cardíaca aumenta a 200 batimentos por minuto, ou (3) o indivíduo caminha o máximo de 25 minutos. A inclinação da esteira progride de 0 (zero) a 14% a 1% de aumento por minuto. Assim, dos 14 aos 25 minutos as inclinações permanecem a 14%. O escore do teste é dado pelo número de minutos que o indivíduo caminha. • Validade: não reportada. • Fidedignidade: Segundo MATHEWS (1980), Alderman estudou a confiabilidade de respostas individuais ao exercício graduado na bicicleta ergométrica. Os dados indicaram um aumento de confiabilidade quando o critério de freqüência cardíaca aumentava progressivamente de 100 a 160 batimentos por minuto. Aumentando o critério além de 150 ou 160 batimentos por minuto não mostraram aumento da confiabilidade do escore do teste; a confiabilidade é menor a 180 batimentos por minuto do que a 160 batimentos por minuto. O Quadro 5 contém coeficientes de confiabilidade para freqüências cardíacas e exercício e recuperação na qual os escores usados foram: (1) tempo de exercício para atingir a freqüência cardíaca necessária, e (2) tempo necessário para a freqüência de o indivíduo retornar a 100 batimentos por minuto. • Observações: 53 • Precauções - As freqüências cardíacas são registradas durante 15 segundos finais de cada minuto de exercício. • Figura 15: 2. Protocolo de Bruce (BRUCE, 1973) • Finalidade: mensurar a capacidade Aeróbia do indivíduo. • População-alvo: • Porção corporal envolvida: • Material necessário: esteira rolante, cronômetro. • Protocolo: O tempo de duração do estágio é 3 minutos; velocidade de trabalho variando entre 1,7 a 6,0 mph (milha por hora) e aumentos de inclinação de 2% a cada estágio. • Resultado: As fórmulas para cálculo do VO2máx. em ml.(kg. min.)-1: • Validade: não reportada. Homem: VO2máx.= (3,778 x tempo) + 0,19 ml (kg. min.)-1 Mulher: VO2máx. = (3,36 x tempo) + 1,06 ml (kg. min.)-1 54 • Fidedignidade: não reportada. • Observações: Ë o protocolo mais utilizado no meio médico, segundo FERNANDES (1999, p.106) Testes em Ciclo-Ergômetro ou Bicicleta Ergométrica 1. Protocolo de Åstrand para cicloergometria (submáximo) (FERNANDES FILHO,1998) A Técnica de Astrand entre as técnicas de teste submáximo, tem a maior preferência dos pesquisadores. • Finalidade: medir a condição aeróbia sub-máxima. • População-alvo: homens e mulheres sedentários, ou com pouca atividade física. • Porção corporal envolvida: membros inferiores. • Material necessário: ciclo-ergômetro. • Protocolo: a metodologia empregada inclui a escolha de uma carga inicial de trabalho que varia de acordo com o sexo. Para indivíduos do sexo masculino a carga deve variar entre 100 a 150 Watts e para mulheres entre 50 a 100 Watts. Com a seleção da carga o avaliado deverá pedalar durante 6 minutos; registra-se a FC do quinto e sexto minutos, e se mantem o valor médio. A FC de carga deverá estar entre 120 e 170 e, preferencialmente, acima de 140 para os jovens (ARAÚJO, 1984). • Resultado: A TABELA XVI mostra os valores de estabelecimento de carga. A TABELA XVII mostra o fator de correção de Åstrand. Cálculo do VO2max: • Homens -> VO2max = (195 – 61 / FC-61) x VO2max carga • Mulheres -> VO2max = (198 – 72 / FC - 72) x VO2max carga Obs: resultado em l.min-¹ onde: FC = média da freqüência cardíaca obtida no quinto e sexto minutos de 55 • Validade: (deVries 1986, citado por ADAMS 1994, p. 110), reportam coeficientes superiores a 0,74, comparados ao teste de medida direta. • Fidedignidade: (deVries 1971 citado por ADAMS, 1994, p.110), r = 0,835 teste e re-teste (homens adultos) e (Williams 1975, citado por ADAMS, 1994, p.110), r = 0,87 (mulheres universitárias). • Observações: Precauções -Obs: caso duas cargas sejam utilizadas, deve-se calcular o VO2 para as duas, obtendo-se a média entre os resultados, sendo então considerado o resultado encontrado como o VO2max; caso o indivíduo tenha uma idade superior a 35 anos, é necessária a aplicação de um fator de correção conforme a Tabela seguinte de modo a se obter uma melhor estimativa, desenvolvendo em seguida a seguinte equação:
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