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Gabaritos e Devolutivas CC - 2025

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Bianca paes

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Questões resolvidas

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AFYA 
CURSO DE MEDICINA - AFYA
NOTA FINAL
Aluno:
Componente Curricular: Estágio em Atenção Ambulatorial e Hospitalar em
Clínica Cirúrgica
Professor (es):
Período: 202501 Turma: Data: 11/06/2025
N2 INTERNATO - MEDICINA - CC - 2025.1 - ROT 3 - 11/JUNHO
GABARITO DE PROVA (RESUMIDO)
PROVA 16105 - CADERNO 001
Questão Resposta
001 (A )
002 (C )
003 (D )
004 (C )
005 (C )
006 (B )
007 (D )
008 (B )
009 (B )
010 (A )
011 (A )
012 (D )
013 (A )
014 (B )
015 (C )
Questão Resposta
016 (B )
017 (C )
018 (D )
019 (D )
020 (D )
021 (D )
022 (B )
023 (D )
024 (D )
025 (A )
026 (D )
027 (C )
028 (B )
029 (D )
030 (B )
000161.050015.691729.da4507.a9ce22.15160f.aa076d.e3083 Pgina 1 de 1
AFYA 
CURSO DE MEDICINA - AFYA
NOTA FINAL
Aluno:
Componente Curricular: Estágio em Atenção Ambulatorial e Hospitalar em
Clínica Cirúrgica
Professor (es):
Período: 202501 Turma: Data: 11/06/2025
N2 INTERNATO - MEDICINA - CC - 2025.1 - ROT 3 - 11/JUNHO
GABARITO DE PROVA (RESUMIDO)
PROVA 16105 - CADERNO 002
Questão Resposta
001 (B )
002 (A )
003 (C )
004 (D )
005 (D )
006 (D )
007 (B )
008 (A )
009 (D )
010 (C )
011 (C )
012 (D )
013 (B )
014 (B )
015 (B )
Questão Resposta
016 (D )
017 (A )
018 (A )
019 (A )
020 (B )
021 (B )
022 (B )
023 (D )
024 (C )
025 (D )
026 (D )
027 (D )
028 (B )
029 (D )
030 (D )
000161.05001d.b2ab35.83fca2.3d2f56.2847ba.549645.55a9a Pgina 1 de 1
AFYA 
CURSO DE MEDICINA - AFYA
NOTA FINAL
Aluno:
Componente Curricular: Estágio em Atenção Ambulatorial e Hospitalar em
Clínica Cirúrgica
Professor (es):
Período: 202501 Turma: Data: 11/06/2025
N2 INTERNATO - MEDICINA - CC - 2025.1 - ROT 3 - 11/JUNHO
GABARITO DE PROVA (RESUMIDO)
PROVA 16105 - CADERNO 003
Questão Resposta
001 (D )
002 (D )
003 (D )
004 (D )
005 (D )
006 (D )
007 (A )
008 (C )
009 (B )
010 (C )
011 (D )
012 (B )
013 (C )
014 (B )
015 (D )
Questão Resposta
016 (B )
017 (A )
018 (B )
019 (D )
020 (A )
021 (D )
022 (C )
023 (D )
024 (C )
025 (A )
026 (C )
027 (D )
028 (A )
029 (B )
030 (A )
000161.05001e.1fccab.47daa0.90d668.884927.7ca786.1101d Pgina 1 de 1
AFYA 
CURSO DE MEDICINA - AFYA
NOTA FINAL
Aluno:
Componente Curricular: Estágio em Atenção Ambulatorial e Hospitalar em
Clínica Cirúrgica
Professor (es):
Período: 202501 Turma: Data: 11/06/2025
N2 INTERNATO - MEDICINA - CC - 2025.1 - ROT 3 - 11/JUNHO
GABARITO DE PROVA (RESUMIDO)
PROVA 16105 - CADERNO 004
Questão Resposta
001 (C )
002 (C )
003 (A )
004 (A )
005 (B )
006 (C )
007 (B )
008 (D )
009 (C )
010 (D )
011 (C )
012 (A )
013 (C )
014 (D )
015 (D )
Questão Resposta
016 (C )
017 (D )
018 (B )
019 (C )
020 (A )
021 (C )
022 (B )
023 (B )
024 (B )
025 (C )
026 (D )
027 (D )
028 (B )
029 (C )
030 (B )
000161.050010.e1b071.0346ea.6c2574.05a77a.5a4fd8.9bcce Pgina 1 de 1
AFYA 
CURSO DE MEDICINA - AFYA
NOTA FINAL
Aluno:
Componente Curricular: Estágio em Atenção Ambulatorial e Hospitalar em
Clínica Cirúrgica
Professor (es):
Período: 202501 Turma: Data: 11/06/2025
N2 INTERNATO - MEDICINA - CC - 2025.1 - ROT 3 - 11/JUNHO
RELATÓRIO DE DEVOLUTIVA DE PROVA
PROVA 16105 - CADERNO 001
1ª QUESTÃO
Enunciado:
(Banco AFYA) Durante o atendimento inicial a um paciente politraumatizado em sala de
emergência, a equipe segue o protocolo do Advanced Trauma Life Support (ATLS). Após garantir
a segurança da cena, inicia-se o exame primário com o objetivo de identificar e tratar
imediatamente lesões que oferecem risco à vida. Com base nesse protocolo, qual das
alternativas a seguir descreve corretamente uma das etapas do exame primário e sua
intervenção associada? 
Alternativas:
(alternativa A) (CORRETA) 
Verificação da amplitude respiratória e ausculta pulmonar, com intervenção imediata em caso de
pneumotórax hipertensivo com toracocentese de alívio. 
(alternativa B)
Lavagem gástrica precoce para todos os pacientes com trauma abdominal fechado,
independentemente da estabilidade hemodinâmica. 
(alternativa C)
Avaliação da pupila e função motora dos membros inferiores, com realização imediata de
tomografia de crânio. 
(alternativa D)
Exame físico detalhado de todas as extremidades, com imobilização de fraturas e solicitação de
radiografias de rotina. 
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Resposta comentada:
Gabarito:
Verificação da amplitude respiratória e ausculta pulmonar, com intervenção imediata em caso de
pneumotórax hipertensivo com toracocentese de alívio.
 Resposta Comentada:
“Avaliação da pupila e função motora dos membros inferiores, com realização imediata de
tomografia de crânio.” — Incorreta. Essa conduta faz parte do exame neurológico do exame
secundário, não do primário, e a tomografia só é realizada após estabilização clínica.
“Verificação da amplitude respiratória e ausculta pulmonar, com intervenção imediata em caso de
pneumotórax hipertensivo com toracocentese de alívio.” — Correta. Esta é uma etapa do "B"
(Breathing) do exame primário do ATLS, com conduta imediata diante de uma condição
potencialmente fatal. O pneumotórax hipertensivo é tratado com punção descompressiva seguida
de drenagem torácica.
“Exame físico detalhado de todas as extremidades, com imobilização de fraturas e solicitação de
radiografias de rotina.” — Incorreta. Essa conduta pertence ao exame secundário, que é realizado
após estabilização inicial e avaliação das funções vitais.
“Lavagem gástrica precoce para todos os pacientes com trauma abdominal fechado,
independentemente da estabilidade hemodinâmica.” — Incorreta. Lavagem gástrica não é
indicada rotineiramente em trauma, e o tratamento do trauma abdominal depende da avaliação
clínica e hemodinâmica, geralmente com FAST ou tomografia.
Referência:
AMERICAN COLLEGE OF SURGEONS. Advanced Trauma Life Support (ATLS®): Student
Course Manual. 10. ed. Chicago: ACS, 2018.
2ª QUESTÃO
Enunciado:
(Banco AFYA) Um paciente de 35 anos, vítima de colisão de alta energia, é admitido na sala de
trauma apresentando rebaixamento do nível de consciência, hipotensão arterial (PA 80/40
mmHg), taquicardia (FC 130 bpm) e respiração superficial. No exame primário do protocolo
ATLS, é detectado sangramento ativo na pelve e instabilidade hemodinâmica refratária à
reposição volêmica inicial com cristaloides. O FAST é positivo para líquido livre em pelve e
espaço hepatorrenal, e a radiografia pélvica mostra fratura instável. Qual das condutas a seguir
representa a estratégia terapêutica mais adequada e prioritária segundo o protocolo ATLS para
esse paciente? 
000161.05001c.829d4a.e9234c.adf456.0b455d.1cac60.1bc34 Pgina 2 de 47
Alternativas:
(alternativa A)
Administração empírica de drogas vasopressoras para manutenção da perfusão cerebral,
postergando a abordagem cirúrgica até reversão do choque. 
(alternativa B)
Aplicação de manobras de compressão abdominal manual e monitoramento clínico até
estabilização dos sinais vitais.
(alternativa C) (CORRETA) 
Estabilização da pelve com cinta pélvica, acesso venoso calibroso com reposição volêmica
guiada por metas, e encaminhamento imediato ao centro cirúrgico para controle de hemorragia. 
(alternativa D)
Realizar tomografia computadorizada de abdome para avaliação da extensão do trauma
abdominal antes de qualquer intervenção adicional. 
Resposta comentada:
Gabarito:
Estabilização da pelve com cinta pélvica, acesso venoso calibroso com reposição volêmica
guiada por metas, e encaminhamento imediato ao centro cirúrgico para controle de hemorragia.
Resposta Comentada:
“Realizar tomografia computadorizada de abdome para avaliação da extensão do trauma
abdominal antes de qualquer intervenção adicional.” — Incorreta. A TC não deve ser realizada em
pacientes instáveis, conforme o protocolo do ATLS. O FAST positivo e a instabilidade indicam a
necessidade de intervenção cirúrgica imediata.
“Estabilização da pelve com cinta pélvica, acesso venoso calibroso com reposição volêmica
guiada por metas, e encaminhamento imediato ao centro cirúrgico paraPrática Cirúrgica Moderna. 20ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2019.
2 v.
WALSH, P. C. CAMPBELL, M. F.; et al. Campbell-Walsh Urology. 11ª ed. Philadelphia:
Saunders/Elsevier, 2016. 4 v.
23ª QUESTÃO
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Enunciado:
(Banco AFYA) Um homem de 25 anos apresenta dor escrotal aguda há 5 horas, iniciada
subitamente, com náuseas e vômitos. Ao exame físico, o testículo direito encontra-se elevado,
em posição horizontalizada, muito sensível, com ausência do reflexo cremastérico. A
ultrassonografia com Doppler demonstra fluxo reduzido no testículo direito. Outro paciente, de 30
anos, também apresenta dor escrotal, de início insidioso, com febre baixa e disúria. Ao exame
físico, há edema e dor à palpação do epidídimo, com reflexo cremastérico presente e melhora da
dor à elevação do testículo (sinal de Prehn positivo). A urina tipo 1 mostra leucocitúria e
bacteriúria. 
Com base nos achados clínicos e exames complementares, qual das alternativas corresponde
corretamente à interpretação dos diagnósticos e sua diferenciação? 
Alternativas:
(alternativa A)
Ambos os casos representam orquiepididimite, sendo o Doppler pouco confiável para diferenciar
a torção testicular.
(alternativa B)
O primeiro caso é compatível com orquiepididimite e o segundo com tumor testicular; a ausência
de bacteriúria no primeiro paciente reforça o diagnóstico apenas inflamatório. 
(alternativa C)
A torção testicular é possível em ambos os casos e a confirmação de infecção no segundo
paciente depende da urocultura.
(alternativa D) (CORRETA) 
O primeiro caso representa torção testicular, confirmada pela redução do fluxo ao Doppler,
enquanto o segundo é orquiepididimite, com achados sugestivos de infecção. 
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Resposta comentada:
“O primeiro caso é compatível com orquiepididimite e o segundo com tumor testicular; a ausência
de bacteriúria no primeiro paciente reforça o diagnóstico apenas inflamatório.” — Incorreta. O
quadro clínico agudo, ausência de reflexo cremastérico e Doppler com fluxo reduzido são típicos
de torção testicular no primeiro paciente e o texto não menciona a análise da urina no primeiro
paciente. A presença de bacteriúria e dor progressiva com sinal de Prehn positivo é mais
compatível com orquiepididimite e não com tumor testicular.
“O primeiro caso representa torção testicular, confirmada pela redução do fluxo ao Doppler,
enquanto o segundo é orquiepididimite, com achados clínicos e laboratoriais sugestivos de
infecção.” — Correta. A torção testicular é caracterizada por início súbito, dor intensa, reflexo
cremastérico ausente e hipoperfusão testicular ao Doppler. Já a orquiepididimite apresenta início
insidioso, disúria, leucocitúria e melhora com elevação testicular.
“Ambos os casos representam orquiepididimite, sendo o Doppler pouco confiável para diferenciar
a torção testicular.” — Incorreta. O Doppler é o exame de escolha na diferenciação entre torção
(fluxo diminuído ou ausente) e orquiepididimite (fluxo aumentado por hiperemia). Sua sensibilidade
é alta quando bem realizada.
“A torção testicular é possível em ambos os casos e a confirmação de infecção no segundo
paciente depende da urocultura.” — Incorreta. O primeiro caso representa torção testicular,
enquanto o segundo é orquiepididimite, com achados clínicos e laboratoriais sugestivos de
infecção. A confirmação da infecção já foi estabelecida pela leucocitúria associada à bacteriúria. A
urocultura mostra o agente infeccioso.
Referência:
PATERSON-BROWN, Simon. Tópicos Essenciais em Cirurgia Geral e de Emergência: Grupo
GEN, 2016. E-book. ISBN 9788595156517. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595156517/. Acesso em: 28 maio 2024.
24ª QUESTÃO
Enunciado:
(Banco AFYA) Um paciente de 63 anos, obeso, com antecedentes de DPOC e tabagismo,
procura o pronto-socorro com dor intensa e progressiva em região inguinal direita, associada a
náuseas, distensão abdominal e ausência de eliminação de flatos e fezes nas últimas 24 horas.
Ao exame físico, apresenta massa endurecida, irredutível, dolorosa à palpação e sem sinais de
peritonite. Com base nesse quadro, qual é a conduta terapêutica mais adequada diante da
complicação apresentada? 
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Alternativas:
(alternativa A)
Solicitar tomografia abdominal para confirmação diagnóstica e indicar tratamento conservador
com observação por 48 horas antes de qualquer intervenção. 
(alternativa B)
Iniciar antibioticoterapia empírica, dieta zero e analgesia, aguardando melhora clínica para
posterior indicação cirúrgica eletiva. 
(alternativa C)
Realizar tentativa de redução manual com sedação e analgesia, seguida de alta hospitalar com
agendamento ambulatorial de hernioplastia.
(alternativa D) (CORRETA) 
Indicar cirurgia de urgência para herniorrafia, com exploração do saco herniário e possível
ressecção intestinal, mesmo na ausência de sinais sistêmicos graves. 
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Resposta comentada:
Gabarito:
Indicar cirurgia de urgência para herniorrafia, com exploração do saco herniário e possível
ressecção intestinal, mesmo na ausência de sinais sistêmicos graves.
Resposta Comentada:
“Iniciar antibioticoterapia empírica, dieta zero e analgesia, aguardando melhora clínica para
posterior indicação cirúrgica eletiva.” — Incorreta. Em casos de hérnia encarcerada com
obstrução intestinal, o tratamento não é conservador, pois há risco iminente de estrangulamento e
necrose intestinal, mesmo na ausência de peritonite.
“Realizar tentativa de redução manual com sedação e analgesia, seguida de alta hospitalar com
agendamento ambulatorial de hernioplastia.” — Incorreta. A manobra de tax (redução manual)
está contraindicada em pacientes com quadro obstrutivo e dor progressiva, pois pode mascarar
uma alça já isquêmica e levar à perfuração intra-abdominal.
“Indicar cirurgia de urgência para herniorrafia, com exploração do saco herniário e possível
ressecção intestinal, mesmo na ausência de sinais sistêmicos graves.” — Correta. O quadro é
sugestivo de hérnia encarcerada com obstrução intestinal, que exige abordagem cirúrgica de
urgência. A exploração do conteúdo herniado permite avaliar a viabilidade das alças e realizar
ressecção se necessário, evitando complicações como necrose, perfuração e sepse.
“Solicitar tomografia abdominal para confirmação diagnóstica e indicar tratamento conservador
com observação por 48 horas antes de qualquer intervenção.” — Incorreta. A tomografia pode
auxiliar na avaliação, mas não deve postergar a cirurgia em um quadro típico de encarceramento
com obstrução. A observação clínica é contraindicada nesse contexto.
Referências:
SOCIEDADE BRASILEIRA DE CIRURGIA GERAL (SBCG). Diretrizes para tratamento das
hérnias de parede abdominal. São Paulo: SBCG, 2023.
BAILEY, C. B. ; LOVE, W. F. Cirurgia geral. 27. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2022.
MCCARTHY, M. A. et al. Management of incarcerated and strangulated hernias. Surgical Clinics
of North America, v. 100, n. 1, p. 123-134, 2024.
25ª QUESTÃO
Enunciado:
(Banco AFYA) Durante um procedimento de redução e fixação de fratura de rádio distal em
ambiente de emergência, o anestesiologista opta por realizar um bloqueio do plexo braquial para
analgesia adequada do membro superior.
Considerando a anatomia e as técnicas de anestesia periférica, qual das alternativas abaixo
corresponde corretamente ao bloqueio mais indicado para esse procedimento e sua justificativa
anatômica? 
000161.05001c.829d4a.e9234c.adf456.0b455d.1cac60.1bc34 Pgina 38 de 47
Alternativas:
(alternativa A) (CORRETA) 
Bloqueio supraclavicular do plexo braquial, por promover anestesia completa do membro superior
desde o ombro até a mão, especialmente eficaz para cirurgias distais. 
(alternativa B)
Bloqueio interescalênico, por sua eficácia na anestesia do plexo lombossacral e analgesiada
extremidade distal do membro inferior. 
(alternativa C)
Bloqueio do nervo ulnar na altura do punho, pois ele supre toda a inervação sensitiva do antebraço
e da mão.
(alternativa D)
Bloqueio do nervo femoral, já que sua abrangência cobre a região do punho e facilita a
imobilização do membro superior. 
Resposta comentada:
“Bloqueio do nervo ulnar na altura do punho, pois ele supre toda a inervação sensitiva do
antebraço e da mão.” — Incorreta. O bloqueio do nervo ulnar no punho não abrange toda a
inervação do antebraço nem da mão; sua ação é limitada ao território específico do nervo,
principalmente o lado medial da mão. 
“Bloqueio interescalênico, por sua eficácia na anestesia do plexo lombossacral e analgesia da
extremidade distal do membro inferior.” — Incorreta. O bloqueio interescalênico é um bloqueio do
plexo braquial, indicado para ombro e terço proximal do braço, e não tem efeito sobre o plexo
lombossacral ou membros inferiores. 
“Bloqueio supraclavicular do plexo braquial, por promover anestesia completa do membro
superior desde o ombro até a mão, especialmente eficaz para cirurgias distais.” — Correta. O
bloqueio supraclavicular é considerado o bloqueio do plexo braquial mais eficaz para
procedimentos distais do membro superior, como punho e mão, pois atinge os três troncos do
plexo braquial com alto grau de previsibilidade e abrangência. 
“Bloqueio do nervo femoral, já que sua abrangência cobre a região do punho e facilita a
imobilização do membro superior.” — Incorreta. O nervo femoral pertence ao plexo lombar,
responsável pela inervação do membro inferior anterior, sem qualquer função no membro
superior. 
Referência:
SAVASSI-ROCHA, Paulo R.; SANCHES, Soraya Rodrigues de A.; SAVASSI-ROCHA, Alexandre
L. Cirurgia de ambulatório. [Digite o Local da Editora]: MedBook Editora, 2013. E-book. ISBN
9786557830215. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786557830215/. Acesso em: 28 maio 2024.
26ª QUESTÃO
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Enunciado:
(AFYA Palmas) Um paciente politraumatizado é admitido no pronto-socorro e a equipe médica
inicia o atendimento seguindo o protocolo do Advanced Trauma Life Support (ATLS). Após a
abordagem primária (vias aéreas, respiração e circulação), identifica-se quadro de choque
hemorrágico, com hipotensão persistente mesmo após infusão inicial de 1.000 mL de cristaloide
isotônico aquecido. O paciente não apresenta traumatismo cranioencefálico (TCE) grave
associado.
Qual deve ser a conduta imediata mais apropriada neste cenário?
Alternativas:
(alternativa A)
Iniciar infusão de vasopressores como noradrenalina de forma imediata, visando manter a
pressão arterial enquanto aguarda exames complementares.
(alternativa B)
Continuar com a infusão de cristaloides até a melhora da instabilidade hemodinâmica e manter o
paciente aquecido. 
(alternativa C)
Realizar tomografia computadorizada de corpo inteiro para localização do sangramento e avaliar,
após os resultados, a necessidade de intervenção cirúrgica.
(alternativa D) (CORRETA) 
Iniciar transfusão de hemoderivados, avaliar inclusão em protocolo de transfusão maciça e
manter hipotensão permissiva até o controle do sangramento.
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Resposta comentada:
Justificativas:
Errada. Continuar com a infusão de cristaloides até a melhora da instabilidade hemodinâmica e
manter o paciente aquecido. A infusão de grandes volumes de cristaloide pode agravar a
coagulopatia do trauma e piorar a evolução clínica. Se não houver resposta à reposição inicial,
deve-se prosseguir com transfusão de sangue e hemoderivados.
Errada. Realizar tomografia computadorizada de corpo inteiro para localização do sangramento e
avaliar, após os resultados, a necessidade de intervenção cirúrgica.
A realização de tomografia em pacientes instáveis não é indicada. O ATLS recomenda que
pacientes instáveis com suspeita de sangramento sejam avaliados com FAST ou levados à
cirurgia, sem atrasos para exames de imagem.
Correta. Iniciar transfusão de hemoderivados, avaliar inclusão em protocolo de transfusão maciça
e manter hipotensão permissiva até o controle do sangramento.
A transfusão precoce de hemoderivados e o uso do protocolo de transfusão maciça são indicados
em pacientes que não respondem à reposição inicial. A hipotensão permissiva é uma estratégia
apropriada, desde que o paciente não tenha TCE grave associado.
Errada. Iniciar infusão de vasopressores como noradrenalina de forma imediata, visando manter a
pressão arterial enquanto aguarda exames complementares.
Vasopressores não devem ser utilizados como primeira escolha no choque hemorrágico. A
prioridade é restaurar o volume intravascular com cristaloides iniciais e, se necessário, transfusão
de hemoderivados.
Referência:
AMERICAN COLLEGE OF SURGEONS. Advanced Trauma Life Support – ATLS: Student
Course Manual. 10. ed. Chicago: American College of Surgeons, 2018.
27ª QUESTÃO
Enunciado:
(UNIDOMPEDRO) Homem, 19 anos, condutor de bicicleta, estava descendo a ladeira e colidiu
com um carro. Foi trazido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência. Foi colocado em
prancha rígida, com colar cervical e oxigênio suplementar em máscara a 15 L/min. Realizou-se
expansão volêmica com 1000 mL de Ringer Lactato. Apresenta-se no atendimento inicial com
Glasgow 14. Refere síncope. No momento, está lúcido e descolorado. PA: 91×58 mmHg; FC: 129
bpm; FR: 26 irpm; oximetria de pulso: 96%. Exame físico: Tórax e abdome: sem alterações;
Extremidades: membro inferior esquerdo encurtado.
O exame que auxilia no raciocínio para identificar outros possíveis locais de sangramento na sala
de emergência é o(a):
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Alternativas:
(alternativa A)
curva do pH e do lactato.
(alternativa B)
hemoglobina e hematócrito.
(alternativa C) (CORRETA) 
ultrassonografia dirigida para trauma.
(alternativa D)
exame radiográfico de abdomen.
Resposta comentada:
Correta: Ultrassonografia dirigida para trauma.
O uso da ultrassonografia dirigida para o trauma (FAST) tem grande valor na avaliação de
determinadas localizações, como pelve, espaço hepatorrenal, espaço esplenorrenal e saco
pericárdico.
Justificativas:
Exame radiográfico de abdômen. Não é eficaz para detectar sangramentos internos.
Hemoglobina e hematócrito. Podem indicar sangramento, mas com atraso, não sendo úteis para
diagnóstico imediato.
Curva do pH e do lactato. Avaliam hipoperfusão e gravidade do choque, mas não localizam o
sangramento.
Referência:
AMERICAN COLLEGE OF SURGEONS. ATLS: Advanced Trauma Life Support: student course
manual. 10ª ed. Chicago: American College of Surgeons, 2018.
28ª QUESTÃO
Enunciado:
(Banco AFYA) Um lactente de 7 meses é levado ao pronto-socorro com histórico de episódios de
choro intenso intermitente, palidez, vômitos e evacuação com muco e sangue. No exame físico,
observa-se massa palpável no quadrante superior direito do abdome, sem sinais de irritação
peritoneal. Considerando os principais diagnósticos diferenciais de abdome agudo em pediatria,
qual das alternativas abaixo corresponde corretamente à hipótese diagnóstica mais provável, ao
exame indicado e ao tratamento inicial recomendado?
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Alternativas:
(alternativa A)
Má rotação intestinal; indicado o uso de enema opaco como primeiro exame e tratamento com
suporte clínico e dieta leve. 
(alternativa B) (CORRETA) 
Intussuscepção intestinal; ultrassonografia como exame de escolha e tentativa de redução não
cirúrgica com enema pneumático sob supervisão. 
(alternativa C)
Invaginação intestinal; indicado o uso de tomografia computadorizada como primeira escolha e
tratamento clínico com antibióticos e hidratação venosa. 
(alternativa D)
Vólvulo intestinal; confirmação diagnóstica com ultrassonografia e tratamento ambulatorial com
medidas expectantes, já que a condição é autolimitada. 
Respostacomentada:
Gabarito:
Intussuscepção intestinal; ultrassonografia com sinal do “alvo” como exame de escolha e
tentativa de redução não cirúrgica com enema pneumático sob supervisão.
Resposta Comentada:
“Intussuscepção intestinal; indicado o uso de tomografia computadorizada como primeira escolha
e tratamento clínico com antibióticos e hidratação venosa.” — Incorreta. A tomografia não é o
exame de primeira linha em crianças devido à exposição à radiação. O tratamento não é clínico
exclusivo, e sim reducional com enema, quando indicado.
“Má rotação intestinal; indicado o uso de enema opaco como primeiro exame e tratamento com
suporte clínico e dieta leve.” — Incorreta. A má rotação pode evoluir para vólvulo, quadro cirúrgico
de emergência. O enema não é indicado; o exame mais apropriado é o trânsito intestinal com
contraste oral ou sonda.
“Intussuscepção intestinal; ultrassonografia com sinal do “alvo” como exame de escolha e
tentativa de redução não cirúrgica com enema pneumático sob supervisão.” — Correta. O quadro
clínico descrito é típico de intussuscepção intestinal, e o tratamento padrão, na ausência de sinais
de perfuração, é a redução com enema sob controle radiológico.
“Vólvulo intestinal; confirmação diagnóstica com ultrassonografia e tratamento ambulatorial com
medidas expectantes, já que a condição é autolimitada.” — Incorreta. O vólvulo intestinal é uma
emergência cirúrgica. A ultrassonografia pode ser usada como triagem, mas o exame principal é
o trânsito intestinal contrastado. O tratamento é cirúrgico e imediato.
Referências:
Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). Departamento de Cirurgia Pediátrica. Manual de
orientação – Abordagem das urgências abdominais em pediatria. 2022.
Behrman, Kliegman, Jenson. Nelson Tratado de Pediatria. 21. ed. Rio de Janeiro: Elsevier,
2020.
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29ª QUESTÃO
Enunciado:
(Banco AFYA) Um paciente de 65 anos, com diagnóstico de choque séptico, necessita de acesso
venoso central para administração de drogas vasoativas e monitorização hemodinâmica. Durante
a avaliação pré-procedimento, o médico identifica que o paciente apresenta coagulopatia
importante (INR 2,5) e plaquetopenia (40.000/mm³), além de uma infecção cutânea extensa na
região cervical. Considerando as indicações, contraindicações e boas práticas para a inserção de
um cateter venoso central (CVC), qual a conduta mais adequada neste caso?
Alternativas:
(alternativa A)
Realizar o procedimento na veia jugular interna esquerda, com técnica anatômica tradicional, pois
é uma abordagem de menor risco. 
(alternativa B)
Realizar a punção venosa central na veia subclávia direita, por ser menos compressível,
reduzindo o risco de sangramento.
(alternativa C)
Contraindicar o procedimento pela coagulopatia, independentemente da necessidade clínica, e
optar por acesso venoso periférico.
(alternativa D) (CORRETA) 
Proceder à correção dos distúrbios da coagulação, quando possível, e considerar a punção
guiada por ultrassom na veia femoral.
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Resposta comentada:
Gabarito: Proceder à correção dos distúrbios da coagulação, quando possível, e considerar a
punção guiada por ultrassom na veia femoral.
Nos casos de coagulopatia e plaquetopenia, é recomendado corrigir esses distúrbios sempre que
possível antes da inserção do CVC. A presença de infecção local na região cervical contraindica
o acesso pela veia jugular. A veia femoral é uma opção viável em situações emergenciais, por ser
facilmente compressível, reduzindo o risco de sangramento, especialmente quando guiada por
ultrassonografia, que aumenta a segurança do procedimento.
Justificativa das incorretas:
Realizar a punção venosa central na veia subclávia direita, por ser menos compressível,
reduzindo o risco de sangramento. Embora a veia subclávia seja considerada uma via de menor
colonização bacteriana, ela é de difícil compressão e não recomendada em pacientes com
coagulopatias importantes ou plaquetopenia, devido ao alto risco de sangramento incontrolável e
pneumotórax. Portanto, essa escolha não é adequada.
Contraindicar o procedimento pela coagulopatia, independentemente da necessidade clínica, e
optar por acesso venoso periférico.
A coagulopatia é uma contraindicação relativa, não absoluta, ao acesso venoso central. Em
casos de necessidade emergencial, como no choque séptico, deve-se buscar corrigir os
distúrbios, mas a obtenção do acesso é essencial para administração de medicamentos
vasoativos. A via periférica não é suficiente para drogas irritantes ou de administração contínua
em doses altas.
Realizar o procedimento na veia jugular interna esquerda, com técnica anatômica tradicional, pois
é uma abordagem de menor risco.
A infecção extensa na região cervical contraindica o uso da veia jugular interna, pois o acesso
através de um local infeccionado pode disseminar a infecção para a corrente sanguínea.
Além disso, realizar a punção com técnica de anatomia tradicional, sem ultrassom, aumenta o
risco de complicações. O uso de ultrassonografia é hoje considerado padrão de cuidado sempre
que disponível.
Referências:
ASSOCIAÇÃO DE MEDICINA INTENSIVA BRASILEIRA. Diretrizes para inserção e manutenção
de cateter venoso central em pacientes críticos. São Paulo: AMIB, 2017.
MARINO, Paul. Manual de terapia intensiva. 5. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2020.
30ª QUESTÃO
Enunciado:
(Banco AFYA) Um homem de 68 anos, hipertenso, tabagista e com histórico de claudicação
intermitente, é atendido no pronto-socorro com dor súbita intensa em membro inferior direito,
associada a frialdade, palidez e ausência de pulsos distais. Ao exame físico, apresenta
extremidade fria, sensibilidade diminuída e mobilidade limitada. Considerando o quadro clínico, o
histórico do paciente e os princípios da abordagem vascular em urgência, qual das condutas
abaixo representa corretamente o plano terapêutico inicial e as estratégias para prevenção de
complicações? 
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Alternativas:
(alternativa A)
Solicitar radiografia de membros inferiores e iniciar antibioticoterapia profilática, pois o quadro
sugere erisipela com obstrução linfática associada. 
(alternativa B) (CORRETA) 
Iniciar anticoagulação com heparina, realizar avaliação clínica urgente da viabilidade do membro
e, se necessário, encaminhar para embolectomia ou revascularização cirúrgica. 
(alternativa C)
Prescrever vasodilatadores orais e repouso com pernas elevadas para facilitar a circulação
colateral, adiando condutas invasivas por pelo menos uma semana. 
(alternativa D)
Administrar analgésicos e observar em ambiente ambulatorial por 48 horas, considerando que a
claudicação intermitente é característica da DAOP e tende à autolimitação.
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Resposta comentada:
Gabarito:
Iniciar anticoagulação com heparina, realizar avaliação clínica urgente da viabilidade do membro
e, se necessário, encaminhar para embolectomia ou revascularização cirúrgica.
 
Resposta Comentada:
“Solicitar radiografia de membros inferiores e iniciar antibioticoterapia profilática, pois o quadro
sugere erisipela com obstrução linfática associada.” — Incorreta. O quadro descrito é
característico de obstrução arterial aguda e não de infecção de partes moles. Radiografia não tem
papel na abordagem inicial de isquemia aguda arterial.
“Iniciar anticoagulação com heparina, realizar avaliação clínica urgente da viabilidade do membro
e, se necessário, encaminhar para embolectomia ou revascularização cirúrgica.” — Correta. O
tratamento da obstrução arterial aguda começa com anticoagulação sistêmica imediata (heparina
não fracionada), avaliação da viabilidade tecidual e indicação cirúrgica ou endovascular precoce
se necessário.
“Administrar analgésicos e observar em ambiente ambulatorial por 48 horas, considerando que a
claudicação intermitente é característica da DAOPe tende à autolimitação.” — Incorreta.
Claudicação intermitente é crônica e progressiva, enquanto este quadro agudo, com dor súbita e
ausência de pulso, exige abordagem imediata para evitar perda do membro.
“Prescrever vasodilatadores orais e repouso com pernas elevadas para facilitar a circulação
colateral, adiando condutas invasivas por pelo menos uma semana.” — Incorreta. Em isquemia
arterial aguda, o tempo é essencial. Elevar o membro pode agravar a hipoperfusão, e
vasodilatadores orais não são eficazes nesse contexto.
Referências:
SOCIEDADE BRASILEIRA DE ANGIOLOGIA E DE CIRURGIA VASCULAR (SBACV).
Diretrizes de tratamento da isquemia aguda de membros. São Paulo: SBACV, 2022.
RUTHERFORD, R. B. Vascular surgery. 8. ed. Philadelphia: Elsevier, 2019.
BRUNNER, L. S. ; SUDDARTH, D. S. Tratado de enfermagem médico-cirúrgica. 14. ed. Rio de
Janeiro: Elsevier, 2018.
UPTODATE. Acute limb ischemia: clinical features and diagnosis. Wolters Kluwer, 2024.
Disponível em: https://www.uptodate.com. Acesso em: 22 maio 2025.
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AFYA 
CURSO DE MEDICINA - AFYA
NOTA FINAL
Aluno:
Componente Curricular: Estágio em Atenção Ambulatorial e Hospitalar em
Clínica Cirúrgica
Professor (es):
Período: 202501 Turma: Data: 11/06/2025
N2 INTERNATO - MEDICINA - CC - 2025.1 - ROT 3 - 11/JUNHO
RELATÓRIO DE DEVOLUTIVA DE PROVA
PROVA 16105 - CADERNO 002
1ª QUESTÃO
Enunciado:
(Banco AFYA) Um homem de 28 anos é admitido na emergência após colisão automobilística,
apresentando taquicardia, hipotensão e rebaixamento do nível de consciência. Apresenta ainda
fratura em extremidades, possivelmente fêmur. A equipe médica suspeita de lesão abdominal .
Considerando a avaliação inicial e os exames complementares no contexto do trauma abdominal,
qual das seguintes estratégias diagnósticas é a mais adequada para rápida triagem e tomada de
decisão inicial?
Alternativas:
(alternativa A)
Solicitar radiografia simples de abdome e pelve, além do membro inferior, seguida de exame
laboratorial completo antes de qualquer outra medida.
(alternativa B) (CORRETA) 
Realizar ultrassonografia FAST (Focused Assessment with Sonography for Trauma) no leito,
priorizando a identificação de líquido livre intra-abdominal.
(alternativa C)
Solicitar tomografia computadorizada de abdome com contraste venoso em todos os casos,
independentemente da estabilidade hemodinâmica. 
(alternativa D)
Iniciar com dosagem de amilase e função hepática, pois alterações precoces nesses exames
confirmam lesões viscerais e definem a necessidade de cirurgia.
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Resposta comentada:
“Solicitar tomografia computadorizada de abdome com contraste venoso em todos os casos,
independentemente da estabilidade hemodinâmica.” — Incorreta. A TC é útil em pacientes
hemodinamicamente estáveis. No caso de instabilidade, como o do paciente do enunciado, não
se deve atrasar o diagnóstico com exames que exigem transporte e estabilidade clínica.
“Solicitar radiografia simples de abdome, pelve e fêmur, seguida de exame laboratorial completo
antes de qualquer outra medida.” — Incorreta. Embora úteis em casos selecionados (ex. fratura
de pelve), radiografias simples não são sensíveis para detecção de lesões intra-abdominais
graves, e exames laboratoriais isoladamente não são diagnósticos nem resolutivos em situações
de urgência.
“Realizar ultrassonografia FAST (Focused Assessment with Sonography for Trauma) no leito,
priorizando a identificação de líquido livre intra-abdominal.” — Correta. O exame FAST é um
método rápido, sensível e não invasivo, ideal para triagem de hemoperitônio em pacientes
instáveis, permitindo decisões imediatas, como laparotomia de urgência.
“Iniciar com dosagem de amilase e função hepática, pois alterações precoces nesses exames
confirmam lesões viscerais e definem a necessidade de cirurgia.” — Incorreta. Embora úteis em
avaliação complementar, esses exames não são suficientemente sensíveis ou específicos, nem
devem ser priorizados na abordagem imediata de trauma abdominal com instabilidade.
Referência:
MORETTI, Miguel Antônio; BAPTISTA FILHO, Mario Lúcio Alves (ed.). Manual de cuidados
perioperatórios. São Paulo: Manole, 2014. 1 recurso online. ISBN 9788520451663. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788520451663/. Acesso em: 19 set. 2017.
PATERSON-BROWN, Simon. Tópicos Essenciais em Cirurgia Geral e de Emergência. [Digite o
Local da Editora]: Grupo GEN, 2016. E-book. ISBN 9788595156517. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595156517/. Acesso em: 28 maio 2024.
RIBEIRO JUNIOR, Marcelo A. F. Fundamentos em cirurgia do trauma. Rio de Janeiro: Roca,
2016. 1 recurso online. ISBN 9788527730587. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527730587/. Acesso em: 19 set. 2017.
2ª QUESTÃO
Enunciado:
(Banco AFYA) Durante atendimento emergencial, um paciente com trauma craniofacial grave é
submetido a cricotireoidostomia por impossibilidade de intubação orotraqueal. Após estabilização,
evolui com crepitação subcutânea cervical progressiva, estridor e dificuldade ventilatória. A equipe
considera revisão do acesso cirúrgico e suspeita de complicação relacionada à via aérea.
Dentre os possíveis eventos adversos associados ao ato realizado, qual das alternativas
apresenta corretamente a complicação provável e a conduta adequada? 
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Alternativas:
(alternativa A) (CORRETA) 
Enfisema subcutâneo por falsa via ou extravasamento de ar, exigindo remoção da cânula mal
posicionada e nova abordagem com revisão da cricotireoidostomia.
(alternativa B)
Lesão de nervo laríngeo recorrente, devendo-se realizar traqueostomia imediata para substituição
definitiva da via aérea. 
(alternativa C)
Pneumotórax hipertensivo bilateral, sendo indicada drenagem torácica de urgência antes de
qualquer outra intervenção.
(alternativa D)
Obstrução por coágulo ou deslocamento de cânula, devendo-se proceder à retirada, ventilação
com máscara e nova cricotireoidostomia no mesmo local.
Resposta comentada:
“Lesão de nervo laríngeo recorrente, devendo-se realizar traqueostomia imediata para
substituição definitiva da via aérea.” — Incorreta. Embora a lesão do nervo laríngeo recorrente
possa ocorrer, não é a causa mais provável de enfisema subcutâneo ou estridor agudo. Além
disso, sua manifestação costuma ser mais tardia e relacionada à disfonia.
“Obstrução por coágulo ou deslocamento de cânula, devendo-se proceder à retirada, ventilação
com máscara e nova cricotireoidotomia no mesmo local.” — Incorreta. A repetição da
cricotireoidotomia no mesmo local pode agravar a lesão. Em caso de complicação, a abordagem
alternativa, como traqueostomia, é preferível.
“Enfisema subcutâneo por falsa via ou extravasamento de ar, exigindo remoção da cânula mal
posicionada e nova abordagem por traqueostomia formal.” — Correta. O enfisema subcutâneo
após cricotireoidotomia sugere má posição ou dissecção de falsa via, com escape de ar para
tecidos moles. A conduta é suspender o uso da via ineficaz e estabelecer acesso definitivo e
seguro por traqueostomia, preferencialmente em ambiente cirúrgico controlado.
“Pneumotórax hipertensivo bilateral, sendo indicada drenagem torácica de urgência antes de
qualquer outra intervenção.” — Incorreta. Embora pneumotórax possa causar sintomas
respiratórios, o achado predominante de enfisema subcutâneo cervical após cricotireoidotomia
sugere complicação local da via aérea, e não um pneumotórax primário.
Referências:
PATERSON-BROWN, Simon. Tópicos Essenciais em Cirurgia Geral e de Emergência: Grupo
GEN, 2016. E-book. ISBN 9788595156517. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595156517/. Acesso em: 28 maio 2024.
RIBEIRO JUNIOR, Marcelo A. F. Fundamentos em cirurgia do trauma. Rio de Janeiro: Roca,
2016. 1 recurso online. ISBN 9788527730587. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527730587/.Acesso em: 19 set. 2017.
3ª QUESTÃO
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Enunciado:
(FMIT) Paciente de 68 anos, sexo masculino, tabagista, com histórico de hipertensão arterial e
diabetes mellitus tipo 2, apresenta queixa de dor do tipo cãibra em panturrilha direita ao deambular
dois quarteirões da sua casa até a padaria, melhorando após breve repouso. Durante a
investigação diagnóstica, é identificado, por meio de EcoDoppler, um aneurisma de aorta
abdominal infrarrenal com 5,0 cm de diâmetro. Considerando a necessidade de aplicar um plano
terapêutico para esse paciente, qual das seguintes condutas é a mais adequada no manejo
imediato?
Alternativas:
(alternativa A)
Indicar repouso relativo, evitar caminhadas longas e aguardar avaliação cirúrgica, pois a
claudicação pode indicar risco iminente de ruptura do aneurisma.
(alternativa B)
Iniciar terapia antitrombótica com rivaroxabana e agendar angioplastia para a claudicação
intermitente em caráter eletivo sem muita urgência. 
(alternativa C) (CORRETA) 
Orientar a cessação do tabagismo, controle rigoroso da pressão arterial e do diabetes, e
acompanhamento regular com ultrassonografia para monitorar o aneurisma.
(alternativa D)
Programar correção endovascular do aneurisma de aorta abdominal com urgência, não havendo
tempo para preparo pré-operatório. 
Resposta comentada:
O manejo de pacientes masculinos com aneurisma de aorta abdominal (AAA) menor que 5,5 cm
assintomático e doença arterial periférica (DAP) envolve medidas conservadoras para prevenir
complicações.
A cessação do tabagismo, o controle da pressão arterial e da glicemia são fundamentais para
reduzir o risco de progressão do aneurisma e eventos cardiovasculares. Resposta correta.
Para AAAdo membro superior, como punho e mão, pois atinge os três troncos do
plexo braquial com alto grau de previsibilidade e abrangência. 
“Bloqueio do nervo femoral, já que sua abrangência cobre a região do punho e facilita a
imobilização do membro superior.” — Incorreta. O nervo femoral pertence ao plexo lombar,
responsável pela inervação do membro inferior anterior, sem qualquer função no membro
superior. 
Referência:
SAVASSI-ROCHA, Paulo R.; SANCHES, Soraya Rodrigues de A.; SAVASSI-ROCHA, Alexandre
L. Cirurgia de ambulatório. [Digite o Local da Editora]: MedBook Editora, 2013. E-book. ISBN
9786557830215. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786557830215/. Acesso em: 28 maio 2024.
6ª QUESTÃO
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Enunciado:
(Banco AFYA) Um paciente de 45 anos dá entrada na emergência com dor abdominal localizada
no quadrante inferior esquerdo, febre e leucocitose. A tomografia computadorizada de abdome
com contraste mostra espessamento da parede do cólon sigmoide, infiltração da gordura
pericólica e presença de bolhas de gás extraluminal sem líquido livre abundante. Considerando o
quadro clínico e os achados radiológicos, qual das alternativas corresponde corretamente ao
diagnóstico mais provável e aos principais achados de imagem associados às demais condições
inflamatórias abdominais agudas? 
Alternativas:
(alternativa A)
O quadro é compatível com apendicite aguda.
(alternativa B)
Trata-se de colecistite aguda.
(alternativa C)
O diagnóstico é de obstrução intestinal secundária à má rotação.
(alternativa D) (CORRETA) 
Trata-se de diverticulite aguda.
Resposta comentada:
Gabarito: Trata-se de diverticulite aguda. A diverticulite aguda do sigmoide é comum após os 40
anos, e os achados descritos na TC são clássicos, principalmente quando complicações como
perfuração localizada estão presentes.
 
Resposta Comentada:
“O quadro é compatível com apendicite aguda — Esta afirmativa está incorreta. Apendicite aguda
se manifesta por espessamento e dilatação do apêndice (>6 mm), realce da parede e inflamação
da gordura periapendicular, não necessariamente com dilatação do ceco ou gás livre.
“Trata-se de colecistite aguda — Esta afirmativa está incorreta. A colecistite aguda cursa com
espessamento da parede da vesícula, líquido perivesicular e sinal de Murphy ultrassonográfico
positivo, sem relação com espessamento colônico.
“O diagnóstico é de obstrução intestinal secundária à má rotação — Esta afirmativa está
incorreta. Esta condição é típica da infância, e os achados descritos no enunciado são mais
compatíveis com inflamação colônica segmentar.
Referências:
BRASIL. Protocolo de uso da tomografia computadorizada no abdome agudo. Brasília: Ministério
da Saúde, 2018.
SILVA, A. C. ; COSTA, L. B. ; MARCHINI, G. S. Diagnóstico por imagem no abdome agudo.
Radiologia Brasileira, São Paulo, v. 45, n. 4, p. 225–231, jul./ago. 2012.
7ª QUESTÃO
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Enunciado:
(Banco AFYA) Um lactente de 7 meses é levado ao pronto-socorro com histórico de episódios de
choro intenso intermitente, palidez, vômitos e evacuação com muco e sangue. No exame físico,
observa-se massa palpável no quadrante superior direito do abdome, sem sinais de irritação
peritoneal. Considerando os principais diagnósticos diferenciais de abdome agudo em pediatria,
qual das alternativas abaixo corresponde corretamente à hipótese diagnóstica mais provável, ao
exame indicado e ao tratamento inicial recomendado?
Alternativas:
(alternativa A)
Má rotação intestinal; indicado o uso de enema opaco como primeiro exame e tratamento com
suporte clínico e dieta leve. 
(alternativa B) (CORRETA) 
Intussuscepção intestinal; ultrassonografia como exame de escolha e tentativa de redução não
cirúrgica com enema pneumático sob supervisão. 
(alternativa C)
Invaginação intestinal; indicado o uso de tomografia computadorizada como primeira escolha e
tratamento clínico com antibióticos e hidratação venosa. 
(alternativa D)
Vólvulo intestinal; confirmação diagnóstica com ultrassonografia e tratamento ambulatorial com
medidas expectantes, já que a condição é autolimitada. 
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Resposta comentada:
Gabarito:
Intussuscepção intestinal; ultrassonografia com sinal do “alvo” como exame de escolha e
tentativa de redução não cirúrgica com enema pneumático sob supervisão.
Resposta Comentada:
“Intussuscepção intestinal; indicado o uso de tomografia computadorizada como primeira escolha
e tratamento clínico com antibióticos e hidratação venosa.” — Incorreta. A tomografia não é o
exame de primeira linha em crianças devido à exposição à radiação. O tratamento não é clínico
exclusivo, e sim reducional com enema, quando indicado.
“Má rotação intestinal; indicado o uso de enema opaco como primeiro exame e tratamento com
suporte clínico e dieta leve.” — Incorreta. A má rotação pode evoluir para vólvulo, quadro cirúrgico
de emergência. O enema não é indicado; o exame mais apropriado é o trânsito intestinal com
contraste oral ou sonda.
“Intussuscepção intestinal; ultrassonografia com sinal do “alvo” como exame de escolha e
tentativa de redução não cirúrgica com enema pneumático sob supervisão.” — Correta. O quadro
clínico descrito é típico de intussuscepção intestinal, e o tratamento padrão, na ausência de sinais
de perfuração, é a redução com enema sob controle radiológico.
“Vólvulo intestinal; confirmação diagnóstica com ultrassonografia e tratamento ambulatorial com
medidas expectantes, já que a condição é autolimitada.” — Incorreta. O vólvulo intestinal é uma
emergência cirúrgica. A ultrassonografia pode ser usada como triagem, mas o exame principal é
o trânsito intestinal contrastado. O tratamento é cirúrgico e imediato.
Referências:
Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). Departamento de Cirurgia Pediátrica. Manual de
orientação – Abordagem das urgências abdominais em pediatria. 2022.
Behrman, Kliegman, Jenson. Nelson Tratado de Pediatria. 21. ed. Rio de Janeiro: Elsevier,
2020.
8ª QUESTÃO
Enunciado:
(Banco AFYA) Um adolescente de 15 anos procura a emergência com dor testicular súbita,
intensa, iniciada há 4 horas, associada a náuseas e vômitos. Ao exame físico, observa-se
testículo elevado e horizontalizado, com ausência do reflexo cremastérico à direita e importante
sensibilidade local. 
Diante do quadro clínico e dos achados complementares, qual das condutas abaixo representa a
terapêutica mais eficaz e imediata? 
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Alternativas:
(alternativa A) (CORRETA) 
Encaminhar imediatamente para exploração cirúrgica e orquidopexia, preferencialmente dentro
das primeiras 6 horas.
(alternativa B)
Iniciar tratamento para priapismo com punção aspirativa e irrigação com solução salina fria,
seguido de injeção intracavernosa de simpatomimético. 
(alternativa C)
Prescrever anti-inflamatórios e analgésicos, solicitar avaliação ambulatorial com urologista e
repetir Doppler em 24 horas.
(alternativa D)
Realizar biópsia testicular para confirmação do diagnóstico de orquiepididimite e iniciar antibióticos
de amplo espectro.
Resposta comentada:
“Prescrever anti-inflamatórios e analgésicos, solicitar avaliação ambulatorial com urologista e
repetir Doppler em 24 horas.” — Incorreta. O atraso no diagnóstico e tratamento da torção
testicular pode levar à necrose testicular. O tempo de viabilidade testicular é menor que 6 horas, e
condutas conservadoras colocam em risco a função gonadal.
“Realizar biópsia testicular para confirmação do diagnóstico de orquiepididimite e iniciar
antibióticos de amplo espectro.” — Incorreta. A biópsia testicular é contraindicada em contexto
agudo e não é necessária para diagnóstico de orquiepididimite. Além disso, o quadro clínico e
ultrassonográfico favorece fortemente torção, não infecção.
“Encaminhar imediatamente para exploração cirúrgica e orquidopexia, preferencialmentedentro
das primeiras 6 horas.” — Correta. O quadro é clássico de torção testicular. A torção testicular é
uma emergência urológica, e o tempo de viabilidade testicular diminui progressivamente após 6
horas. A conduta correta é exploração cirúrgica imediata com orquidopexia, geralmente bilateral.
“Iniciar tratamento para priapismo com punção aspirativa e irrigação com solução salina fria,
seguido de injeção intracavernosa de simpatomimético.” — Incorreta. A conduta descrita é
apropriada para priapismo isquêmico, mas o quadro clínico descrito é incompatível com
priapismo, e sim típico de torção testicular.
Referência:
PATERSON-BROWN, Simon. Tópicos Essenciais em Cirurgia Geral e de Emergência: Grupo
GEN, 2016. E-book. ISBN 9788595156517. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595156517/. Acesso em: 28 maio 2024.
9ª QUESTÃO
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Enunciado:
(AFYA Palmas) Um paciente de 45 anos, previamente saudável, sofreu um ferimento cortante na
região anterior da perna, há cerca de 10 dias, com profundidade moderada e sem
comprometimento muscular. A ferida foi inicialmente limpa com soro fisiológico e suturada no
pronto-socorro, mas agora o paciente retorna queixando-se de dor, exsudato amarelado e bordas
eritematosas. Ao exame, percebe-se tensão na sutura, sinais locais de infecção e ausência de
sinais sistêmicos.
Considerando os principais fatores técnicos que favorecem uma boa cicatrização e as estratégias
eficazes no cuidado de feridas, qual é a conduta mais adequada neste caso?
Alternativas:
(alternativa A)
Manter a sutura, intensificar curativos secos e aguardar evolução, evitando manipulações para
não interferir na cicatrização.
(alternativa B)
Deixar a ferida exposta ao ar, interromper curativos e indicar repouso absoluto para acelerar a
cicatrização espontânea.
(alternativa C)
Reforçar a sutura com pontos adicionais, utilizar solução antisséptica alcoólica e aplicar pomada
antibiótica tópica.
(alternativa D) (CORRETA) 
Retirar parte dos pontos, aliviar a tensão, realizar desbridamento e instituir curativos úmidos, além
de reavaliar a necessidade de antibioticoterapia.
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Resposta comentada:
Correta: Retirar parte dos pontos, aliviar a tensão, realizar desbridamento e instituir curativos
úmidos, além de reavaliar a necessidade de antibioticoterapia.
A presença de tensão na sutura é um fator técnico negativo, que compromete a perfusão local e
favorece complicações como deiscência e infecção.
A conduta adequada inclui:
Alívio da tensão (retirada de pontos).
Desbridamento de tecido desvitalizado.
Implementação de curativos úmidos, que mantêm o equilíbrio hídrico ideal para a cicatrização.
Avaliação criteriosa da necessidade de antibioticoterapia sistêmica, conforme a gravidade da
infecção.
Essa estratégia técnica melhora a perfusão, reduz infecção e promove ambiente propício à
cicatrização.
Justificativa das incorretas:
Deixar a ferida exposta ao ar, interromper curativos e indicar repouso absoluto para acelerar a
cicatrização espontânea.
Deixar a ferida exposta ao ar prejudica o equilíbrio da umidade, favorece a desidratação tecidual e
formação de crostas, que retardam a cicatrização.
Além disso, a ausência de curativos impede o controle adequado do exsudato e da infecção local.
O repouso absoluto não corrige os fatores mecânicos prejudiciais.
Reforçar a sutura com pontos adicionais, utilizar solução antisséptica alcoólica e aplicar pomada
antibiótica tópica.
Reforçar a sutura aumenta ainda mais a tensão tecidual, comprometendo a vascularização e
agravando o risco de deiscência e infecção.
O uso de antissépticos alcoólicos pode ser citotóxico, prejudicando as células envolvidas na
reparação tecidual.
Pomadas antibióticas tópicas não são suficientes para manejar infecção com sinais clínicos.
Manter a sutura, intensificar curativos secos e aguardar evolução, evitando manipulações para
não interferir na cicatrização.
Manter a sutura sob tensão e realizar curativos secos favorece a desidratação e aderência do
curativo ao leito da ferida, prejudicando a cicatrização e aumentando o risco de dor e trauma na
troca.
A estratégia passiva de "aguardar" não resolve os fatores técnicos prejudiciais identificados.
Referência:
DOHERTY, Gerard M. CURRENT Cirurgia. [Digite o Local da Editora]: Grupo A, 2017. E-book.
ISBN 9788580556018. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788580556018/. Acesso em: 28 maio 2024.
10ª QUESTÃO
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Enunciado:
(Banco AFYA) Um paciente de 55 anos, vítima de trauma facial grave, foi submetido a
traqueostomia de urgência para garantir a via aérea. Após a estabilização clínica, permanece em
unidade de terapia intensiva com suporte ventilatório mecânico.
Considerando o manejo pós-operatório da via aérea cirúrgica, qual plano de cuidados é mais
adequado para evitar complicações e promover a segurança do paciente? 
Alternativas:
(alternativa A)
Após 48 horas de monitoramento com estabilidade, reduzir a frequência de avaliação local a cada
72 horas. 
(alternativa B)
Manter curativo oclusivo e compressivo no local da traqueostomia, aspirar secreções apenas
quando o paciente apresentar tosse ou desconforto. 
(alternativa C) (CORRETA) 
Realizar fixação adequada da cânula, monitorar acúmulo de secreções, inspecionar o local da
incisão regularmente e material de aspiração à beira do leito.
(alternativa D)
Evitar manipulações próximas à cânula nas primeiras 72 horas para prevenir infecções,
suspendendo a higiene local nesse período. 
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Resposta comentada:
“Manter curativo oclusivo e compressivo no local da traqueostomia, aspirar secreções apenas
quando o paciente apresentar tosse ou desconforto.” — Incorreta. O curativo não deve ser
compressivo e a aspiração de secreções deve ser feita de forma programada ou conforme
avaliação clínica, não apenas por sintomas.
“Realizar fixação adequada da cânula, monitorar acúmulo de secreções, inspecionar o local da
incisão regularmente e material de aspiração à beira do leito.” — Correta. Essas são práticas
recomendadas no cuidado com a traqueostomia, prevenindo deslocamento acidental, obstruções,
infecções e falhas ventilatórias. O cuidado envolve monitoramento contínuo, higiene local e
suporte da equipe multiprofissional.
“Após 48 horas de monitoramento com estabilidade, reduzir a frequência de avaliação local a
cada 72 horas.” — Incorreta. Mesmo com estabilidade após 48h, não exime a necessidade de
monitoramento contínuo.
“Evitar manipulações próximas à cânula nas primeiras 72 horas para prevenir infecções,
suspendendo a higiene local nesse período.” — Incorreta. A higiene local é essencial desde o pós-
operatório imediato para evitar colonização e infecções. Manipulações devem ser feitas com
técnica asséptica, não evitadas.
Referências:
PATERSON-BROWN, Simon. Tópicos Essenciais em Cirurgia Geral e de Emergência: Grupo
GEN, 2016. E-book. ISBN 9788595156517. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595156517/. Acesso em: 28 maio 2024.
RIBEIRO JUNIOR, Marcelo A. F. Fundamentos em cirurgia do trauma. Rio de Janeiro: Roca,
2016. 1 recurso online. ISBN 9788527730587. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527730587/. Acesso em: 19 set. 2017.
11ª QUESTÃO
Enunciado:
(Banco AFYA) Um homem de 40 anos, vítima de ferimento torácico penetrante, é admitido na
emergência com dispneia, cianose periférica e abaulamento de veias cervicais. O exame revela
bulhas cardíacas abafadas, queda progressiva da pressão arterial e pulso paradoxal. Qual das
condutas abaixo é mais adequada quanto ao tratamento imediato recomendado no manejo do
choque nesse contexto? 
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Alternativas:
(alternativa A)Realizar toracocentese com agulha no segundo espaço intercostal e infundir cristaloides em
pequena quantidade para evitar sobrecarga cardíaca. 
(alternativa B)
Iniciar ressuscitação volêmica vigorosa com 2.000 mL de solução hipertônica e encaminhar o
paciente para tomografia antes da intervenção cirúrgica. 
(alternativa C) (CORRETA) 
Realizar punção pericárdica imediata (pericardiocentese) e iniciar infusão de 500 a 1.000 mL de
cristaloide para manter enchimento cardíaco adequado até abordagem definitiva. 
(alternativa D)
Indicar drenagem torácica bilateral com sonda 36 Fr e iniciar infusão contínua de noradrenalina
para restaurar o débito cardíaco antes de qualquer intervenção invasiva.
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Resposta comentada:
“Realizar toracocentese com agulha no segundo espaço intercostal e infundir cristaloides em
pequena quantidade para evitar sobrecarga cardíaca.” — Incorreta. A toracocentese no segundo
espaço intercostal é indicada para pneumotórax hipertensivo, e não para tamponamento cardíaco,
cuja abordagem correta é pericardiocentese. 
“Iniciar ressuscitação volêmica vigorosa com 2.000 mL de solução hipertônica e encaminhar o
paciente para tomografia antes da intervenção cirúrgica.” — Incorreta. Volumes muito altos
podem agravar o tamponamento, e a tomografia não deve ser priorizada em instabilidade
hemodinâmica, especialmente em uma emergência clínica já identificada clinicamente. 
“Realizar punção pericárdica imediata (pericardiocentese) e iniciar infusão de 500 a 1.000 mL de
cristaloide para manter enchimento cardíaco adequado até abordagem definitiva.” — Correta. A
pericardiocentese é a medida de alívio temporário indicada para tamponamento cardíaco, e a
infusão de cristaloides em volume moderado ajuda a manter a pré-carga enquanto se organiza a
toracotomia ou pericardiotomia definitiva. 
“Indicar drenagem torácica bilateral com sonda 36 Fr e iniciar infusão contínua de noradrenalina
para restaurar o débito cardíaco antes de qualquer intervenção invasiva.” — Incorreta. A
drenagem torácica não resolve o tamponamento pericárdico, e vasopressores não são a conduta
inicial. O alívio da compressão sobre o coração é prioritário antes do uso de drogas vasoativas. 
Referências: 
MORETTI, Miguel Antônio; BAPTISTA FILHO, Mario Lúcio Alves (ed.). Manual de cuidados
perioperatórios. São Paulo: Manole, 2014. 1 recurso online. ISBN 9788520451663. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788520451663/. Acesso em: 19 set. 2017.
PATERSON-BROWN, Simon. Tópicos Essenciais em Cirurgia Geral e de Emergência: Grupo
GEN, 2016. E-book. ISBN 9788595156517. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595156517/. Acesso em: 28 mai. 2024.
RIBEIRO JUNIOR, Marcelo A. F. Fundamentos em cirurgia do trauma. Rio de Janeiro: Roca,
2016. 1 recurso online. ISBN 9788527730587. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527730587/. Acesso em: 19 set. 2017.
12ª QUESTÃO
Enunciado:
(Banco AFYA) Um paciente em estado crítico é submetido à inserção de cateter venoso central
pela veia jugular interna direita, guiado por ultrassonografia. Após o procedimento, é realizada uma
radiografia de tórax para verificar a localização do cateter e descartar complicações. A imagem
revela a ponta do cateter posicionada no átrio direito, sem desvio lateral ou pneumotórax. Com
base nos critérios de posicionamento adequado do cateter venoso central e na interpretação de
exames, qual das alternativas abaixo está correta? 
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Alternativas:
(alternativa A)
O posicionamento da ponta do cateter tem que ser confirmado com a ultrassonografia, por ser o
exame preferencial para definir a localização exata. 
(alternativa B)
O cateter deve ser imediatamente retirado, pois sua ponta nunca pode ultrapassar a veia cava
superior, sendo contraindicado o posicionamento próximo ao átrio direito. 
(alternativa C)
A ponta do cateter deve sempre permanecer acima da clavícula na radiografia, pois essa posição
evita risco de tamponamento cardíaco.
(alternativa D) (CORRETA) 
A localização da ponta do cateter no átrio direito é aceitável em pacientes sob monitoramento
intensivo, desde que não haja complicações clínicas ou sinais de arritmia. 
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Resposta comentada:
Gabarito:
A localização da ponta do cateter no átrio direito é aceitável em pacientes sob monitoramento
intensivo, desde que não haja complicações clínicas ou sinais de arritmia.
 
Resposta Comentada:
“O cateter deve ser imediatamente retirado, pois sua ponta nunca pode ultrapassar a veia cava
superior, sendo contraindicado o posicionamento próximo ao átrio direito.” — Incorreta. Embora o
ideal seja manter a ponta no terço inferior da veia cava superior, em situações específicas como
monitorização hemodinâmica intensiva, a ponta pode se posicionar no átrio direito, desde que haja
vigilância para complicações, como arritmias.
“A localização da ponta do cateter no átrio direito é aceitável em pacientes sob monitoramento
intensivo, desde que não haja complicações clínicas ou sinais de arritmia.” — Correta. Esse
posicionamento pode ser clinicamente aceitável, principalmente quando se busca medições
precisas de pressão venosa central ou uso de dispositivos com múltiplos lúmens. Monitoramento
eletrocardiográfico contínuo é essencial nesses casos.
“A ponta do cateter deve sempre permanecer acima da clavícula na radiografia, pois essa
posição evita risco de tamponamento cardíaco.” — Incorreta. A localização acima da clavícula
indica mau posicionamento do cateter, possivelmente na veia jugular externa ou subclávia
proximal, o que não é funcional para infusões de alta osmolaridade ou monitorização
hemodinâmica.
“O posicionamento da ponta do cateter tem que ser confirmado com a ultrassonografia por ser o
exame preferencial para definir a localização exata. — Incorreta. A ultrassonografia é útil para
guiar a punção e avaliar pneumotórax, mas não substitui completamente a radiografia,
especialmente para confirmar a posição da ponta do cateter, que deve ser avaliada por imagem
torácica.
Referências:
ASSOCIAÇÃO DE MEDICINA INTENSIVA BRASILEIRA. Diretrizes para inserção e manutenção
de cateter venoso central em pacientes críticos. São Paulo: AMIB, 2017.
MARINO, Paul. Manual de terapia intensiva. 5. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2020.
13ª QUESTÃO
Enunciado:
(Banco AFYA) Um homem de 68 anos, hipertenso, tabagista e com histórico de claudicação
intermitente, é atendido no pronto-socorro com dor súbita intensa em membro inferior direito,
associada a frialdade, palidez e ausência de pulsos distais. Ao exame físico, apresenta
extremidade fria, sensibilidade diminuída e mobilidade limitada. Considerando o quadro clínico, o
histórico do paciente e os princípios da abordagem vascular em urgência, qual das condutas
abaixo representa corretamente o plano terapêutico inicial e as estratégias para prevenção de
complicações? 
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Alternativas:
(alternativa A)
Administrar analgésicos e observar em ambiente ambulatorial por 48 horas, considerando que a
claudicação intermitente é característica da DAOP e tende à autolimitação.
(alternativa B) (CORRETA) 
Iniciar anticoagulação com heparina, realizar avaliação clínica urgente da viabilidade do membro
e, se necessário, encaminhar para embolectomia ou revascularização cirúrgica. 
(alternativa C)
Solicitar radiografia de membros inferiores e iniciar antibioticoterapia profilática, pois o quadro
sugere erisipela com obstrução linfática associada. 
(alternativa D)
Prescrever vasodilatadores orais e repouso com pernas elevadas para facilitar a circulação
colateral, adiando condutas invasivas por pelo menos uma semana. 
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Resposta comentada:
Gabarito:
Iniciaranticoagulação com heparina, realizar avaliação clínica urgente da viabilidade do membro
e, se necessário, encaminhar para embolectomia ou revascularização cirúrgica.
 
Resposta Comentada:
“Solicitar radiografia de membros inferiores e iniciar antibioticoterapia profilática, pois o quadro
sugere erisipela com obstrução linfática associada.” — Incorreta. O quadro descrito é
característico de obstrução arterial aguda e não de infecção de partes moles. Radiografia não tem
papel na abordagem inicial de isquemia aguda arterial.
“Iniciar anticoagulação com heparina, realizar avaliação clínica urgente da viabilidade do membro
e, se necessário, encaminhar para embolectomia ou revascularização cirúrgica.” — Correta. O
tratamento da obstrução arterial aguda começa com anticoagulação sistêmica imediata (heparina
não fracionada), avaliação da viabilidade tecidual e indicação cirúrgica ou endovascular precoce
se necessário.
“Administrar analgésicos e observar em ambiente ambulatorial por 48 horas, considerando que a
claudicação intermitente é característica da DAOP e tende à autolimitação.” — Incorreta.
Claudicação intermitente é crônica e progressiva, enquanto este quadro agudo, com dor súbita e
ausência de pulso, exige abordagem imediata para evitar perda do membro.
“Prescrever vasodilatadores orais e repouso com pernas elevadas para facilitar a circulação
colateral, adiando condutas invasivas por pelo menos uma semana.” — Incorreta. Em isquemia
arterial aguda, o tempo é essencial. Elevar o membro pode agravar a hipoperfusão, e
vasodilatadores orais não são eficazes nesse contexto.
Referências:
SOCIEDADE BRASILEIRA DE ANGIOLOGIA E DE CIRURGIA VASCULAR (SBACV).
Diretrizes de tratamento da isquemia aguda de membros. São Paulo: SBACV, 2022.
RUTHERFORD, R. B. Vascular surgery. 8. ed. Philadelphia: Elsevier, 2019.
BRUNNER, L. S. ; SUDDARTH, D. S. Tratado de enfermagem médico-cirúrgica. 14. ed. Rio de
Janeiro: Elsevier, 2018.
UPTODATE. Acute limb ischemia: clinical features and diagnosis. Wolters Kluwer, 2024.
Disponível em: https://www.uptodate.com. Acesso em: 22 maio 2025.
14ª QUESTÃO
Enunciado:
(Banco AFYA) Um paciente de 35 anos foi internado em unidade de queimados após acidente
com chama direta, apresentando queimaduras de espessura parcial profunda e total em membros
superiores e tronco anterior, totalizando 25% da superfície corporal queimada (SCQ). Após
realização de desbridamento cirúrgico e enxertia, a equipe médica planeja os cuidados pós-
operatórios para otimizar a recuperação e prevenir infecções.
Qual das alternativas a seguir representa corretamente uma conduta baseada em evidências para
o cuidado pós-operatório de queimaduras com foco na prevenção de infecções? 
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Alternativas:
(alternativa A)
Deixar as áreas enxertadas expostas ao ar para acelerar a formação de crostas secas e reduzir o
risco de colonização bacteriana. 
(alternativa B) (CORRETA) 
Realizar curativos oclusivos com trocas diárias, associando limpeza com soluções antissépticas
suaves e monitoramento constante dos sinais locais e sistêmicos de infecção.
(alternativa C)
Suspender os curativos após a primeira semana, promovendo o banho diário apenas com água
corrente, sem necessidade de avaliação médica contínua. 
(alternativa D)
Manter o uso de antibióticos sistêmicos de amplo espectro por tempo prolongado, mesmo na
ausência de sinais clínicos de infecção. 
Resposta comentada:
“Manter o uso de antibióticos sistêmicos de amplo espectro por tempo prolongado, mesmo na
ausência de sinais clínicos de infecção.” — Incorreta. O uso indiscriminado de antibióticos
aumenta a resistência bacteriana e não é recomendado como prevenção rotineira. O tratamento
antimicrobiano sistêmico só deve ser instituído mediante sinais clínicos ou laboratoriais de
infecção.
“Realizar curativos oclusivos com trocas diárias, associando limpeza com soluções antissépticas
suaves e monitoramento constante dos sinais locais e sistêmicos de infecção.” — Correta. Essa
conduta promove um ambiente úmido favorável à cicatrização, evita colonização secundária e
permite detecção precoce de infecção, além de ser compatível com os protocolos modernos de
manejo em unidades de queimados.
“Deixar as áreas enxertadas expostas ao ar para acelerar a formação de crostas secas e reduzir
o risco de colonização bacteriana.” — Incorreta. A exposição das áreas queimadas aumenta o
risco de infecção e retarda a cicatrização, especialmente em áreas enxertadas, que exigem
proteção mecânica e controle do meio ambiente local.
“Suspender os curativos após a primeira semana, promovendo o banho diário apenas com água
corrente, sem necessidade de avaliação médica contínua.” — Incorreta. Pacientes com
queimaduras profundas ou extensas exigem cuidados contínuos, avaliação médica frequente e
acompanhamento da evolução da ferida, especialmente nas áreas enxertadas.
Referência:
TOY, Eugene C. ; LIU, Terrence H. CAMPBELL, André R. Casos clínicos em cirurgia. 4. ed. Porto
Alegre: AMGH, 2013. 1 recurso online. ISBN 9788580552607. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788580552607/. Acesso em: 19 set. 2017.
15ª QUESTÃO
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Enunciado:
(UNIGRANRIO Barra) Paciente idoso, cardiopata com prótese metálica valvar, de 80 anos,
obeso, no 8º dia de pós-operatório de fratura de fêmur, apresenta queixa de edema, dor à
dorsiflexão do pé e empastamento da panturrilha esquerda. Embasado nesse quadro, qual das
condutas a seguir está correta em relação ao manejo inicial e seguimento desse paciente?
Alternativas:
(alternativa A)
A terapia anticoagulante deve ser monitorada pelo INR, que deve permanecer abaixo de 1,2
durante toda a fase de tratamento com heparina não fracionada.
(alternativa B) (CORRETA) 
O tratamento com heparina não fracionada deve ser ajustado para manter o TTPa entre 60 e 80
segundos, com transição para anticoagulante oral (varfarina) visando INR entre 2,0 e 3,0.
(alternativa C)
A duração máxima recomendada da anticoagulação para TVP associada a fator de risco
transitório, como cirurgia, é de três meses.
(alternativa D)
Em pacientes idosos e obesos, é preferível evitar o uso de HBPM, iniciando-se diretamente a
anticoagulação oral com varfarina.
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Resposta comentada:
A terapia anticoagulante deve ser monitorada pelo INR, que deve permanecer abaixo de 1,2
durante toda a fase de tratamento com heparina não fracionada. Incorreta – O INR é usado para
monitorar varfarina, e não a heparina. A heparina não fracionada é monitorada através do TTPa,
enquanto a HBPM não exige monitoramento de rotina, exceto em casos especiais. Além disso,
durante anticoagulação oral com varfarina, o INR alvo deve estar entre 2,0 e 3,0. INR abaixo de
1,2 é próximo ao normal, e não é indicativo de anticoagulação terapêutica.
A duração máxima recomendada da anticoagulação para TVP associada a fator de risco
transitório, como cirurgia, é de três meses. Incorreta – As principais diretrizes orientam que, para
TVP provocada por fator de risco transitório (ex.: cirurgia ortopédica), a duração mínima
recomendada da anticoagulação é de 3 meses. Não se define uma "duração máxima" rígida, pois
pode ser prolongada conforme avaliação do risco de recorrência e sangramento.
Em pacientes idosos e obesos, é preferível evitar o uso de HBPM, iniciando-se diretamente a
anticoagulação oral com varfarina. Incorreta – A heparina de baixo peso molecular (HBPM), como
enoxaparina, é uma opção segura e eficaz para tratamento inicial de TVP, mesmo em idosos e
obesos. O que deve ser considerado é a função renal e, em casos de obesidade extrema, o
ajuste da dose. A monoterapia inicial com varfarina não é recomendada, pois o início isolado pode
provocar estado pró-trombótico.
O tratamento com heparina não fracionada deve ser ajustado para manter o TTPa entre 60 e 80
segundos, com transiçãopara anticoagulante oral visando INR entre 2,0 e 3,0. Correta – É
objetivo do tratamento com heparina não fracionada manter o PTT em 60 e 80 segundos, seguido
pela terapia com varfarina com INR de 2,5 a 3,0.
 
Referência:
Sabiston Textbook of Surgery: The Biological Basis of Modern Surgical Practice, 20ª edição.
16ª QUESTÃO
Enunciado:
(AFYA Santa Inês) Um paciente de 68 anos, com histórico de hipertensão arterial sistêmica
(HAS) e diabetes mellitus (DM) insulinodependente de difícil controle, deu entrada em uma
unidade de pronto atendimento relatando dor intensa no hipocôndrio direito, com início há
aproximadamente 48 horas. O quadro clínico é acompanhado de náusea, um episódio de vômito
e febre (38 ºC). O uso de analgésicos proporcionou alívio mínimo dos sintomas. Foram
solicitados exames laboratoriais e uma tomografia computadorizada (TC) de abdome como parte
da investigação inicial, que revelou quadro sugestivo de colecistite aguda enfisematosa.
Considerando o quadro clínico descrito, qual é o principal agente etiológico associado a essa
condição?
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Alternativas:
(alternativa A)
Escherichia coli
(alternativa B)
Proteus mirabilis
(alternativa C)
Klebsiella pneumoniae
(alternativa D) (CORRETA) 
Clostridium perfringens
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Resposta comentada:
Resposta correta: Clostridium welchii.
O paciente apresenta um quadro clínico sugestivo de colecistite aguda enfisematosa, uma forma
grave de colecistite aguda caracterizada pela presença de gás na parede da vesícula biliar,
identificado na tomografia de abdome. Esse tipo de infecção ocorre com maior frequência em
pacientes diabéticos e idosos, como o caso descrito.
A colecistite enfisematosa é causada por bactérias anaeróbias formadoras de gás, sendo o
Clostridium welchii (sinônimo de Clostridium perfringens) o agente etiológico mais comum. Esse
microrganismo consegue produzir toxinas e gás, explicando a presença de ar na parede da
vesícula observada na TC.
Demais alternativas:
Escherichia coli – Incorreta
A E. coli é uma bactéria Gram-negativa frequentemente envolvida em infecções do trato urinário e
em casos de colecistite aguda não enfisematosa. Embora possa estar presente em até 15% dos
casos de colecistite enfisematosa, não é o agente mais prevalente. Apesar de ser comum em
infecções abdominais, não é a principal causadora da forma enfisematosa da doença.
Proteus mirabilis – Incorreta
O Proteus mirabilis é uma bactéria Gram-negativa, associada principalmente a infecções do trato
urinário e à formação de cálculos renais devido à sua capacidade de produzir urease. Raramente
está envolvido em infecções da vesícula biliar, especialmente na forma enfisematosa. Não é um
patógeno comum em colecistite enfisematosa.
Klebsiella pneumoniae – Incorreta
A Klebsiella pneumoniae pode ser isolada em alguns casos de infecções biliares, incluindo
colecistite aguda, especialmente em pacientes imunossuprimidos e diabéticos. Apesar de estar
associada a infecções graves, não é o microrganismo mais comum na colecistite enfisematosa.
Embora possa estar presente, sua prevalência é menor em comparação com o Clostridium
welchii.
Referências:
AMERICAN COLLEGE OF SURGEONS. ATLS: Advanced Trauma Life Support: Student Course
Manual. 10ª ed. Chicago: American College of Surgeons, 2018. ISBN: 978-0-9968262-3-5.
SCHWARTZ, Seymour I. ; BRUNICARDI, F. C.; et al. Princípios de Cirurgia. 9ª ed. Rio de
Janeiro: McGraw-Hill, 2014. 2 v.
TOWNSEND, C. M. BEAUCHAMP, R. D. ; EVERS, B. M. ; MATTOX, K. L. Sabiston: Tratado de
Cirurgia – A Base Biológica da Prática Cirúrgica Moderna. 20ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2019.
2 v.
WALSH, P. C. CAMPBELL, M. F.; et al. Campbell-Walsh Urology. 11ª ed. Philadelphia:
Saunders/Elsevier, 2016. 4 v.
17ª QUESTÃO
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Enunciado:
(Banco AFYA) Um paciente de 42 anos chega à sala de emergência após colisão de alta energia,
apresentando dispneia, dor torácica intensa, enfisema subcutâneo e desvio de traqueia para o
lado esquerdo. No exame físico, observa-se ausência de murmúrio vesicular no hemitórax direito,
turgência jugular e instabilidade hemodinâmica.
Considerando os diferentes tipos de trauma torácico e seus sinais clínicos, qual é o diagnóstico
mais provável e a conduta imediata adequada?
Alternativas:
(alternativa A) (CORRETA) 
Pneumotórax hipertensivo à direita; realizar descompressão imediata com agulha e, em seguida,
drenagem torácica em selo d’água.
(alternativa B)
Tórax instável; realizar imobilização torácica com faixa compressiva e administrar opioides para
analgesia.
(alternativa C)
Hemotórax maciço à direita; realizar toracocentese com agulha de grosso calibre no segundo
espaço intercostal, linha médio-clavicular.
(alternativa D)
Contusão pulmonar à esquerda; iniciar antibiótico intravenoso e oxigenoterapia de alto fluxo.
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Resposta comentada:
“Hemotórax maciço à direita; realizar toracocentese com agulha de grosso calibre no segundo
espaço intercostal, linha médio-clavicular.” — Incorreta. O hemotórax requer drenagem torácica
com tubo em espaço intercostal inferior (geralmente 5º ou 6º EIC, linha axilar média), não
toracocentese com agulha, que é mais indicada para alívio rápido de pneumotórax hipertensivo.
“Pneumotórax hipertensivo à direita; realizar descompressão imediata com agulha e, em seguida,
drenagem torácica em selo d’água.” — Correta. O quadro clínico (dispneia grave, desvio traqueal,
enfisema subcutâneo, ausência de murmúrio e instabilidade) é típico de pneumotórax
hipertensivo, uma emergência que requer descompressão imediata com agulha no segundo EIC,
linha médio-clavicular, seguida de drenagem com tubo em selo d’água.
“Contusão pulmonar à esquerda; iniciar antibiótico intravenoso e oxigenoterapia de alto fluxo.” —
Incorreta. Contusão pulmonar causa hipoxemia, mas não há desvio traqueal nem turgência
jugular. Além disso, antibióticos não são indicados sistematicamente sem sinais de infecção.
“Tórax instável; realizar imobilização torácica com faixa compressiva e administrar opioides para
analgesia.” — Incorreta. O tórax instável exige analgesia eficaz, porém faixas compressivas são
contraindicadas, pois restringem a ventilação e agravam a hipoxemia. Além disso, o quadro
descrito no enunciado não é compatível com tórax instável.
Referências:
MORETTI, Miguel Antônio; BAPTISTA FILHO, Mario Lúcio Alves (ed.). Manual de cuidados
perioperatórios. São Paulo: Manole, 2014. 1 recurso online. ISBN 9788520451663. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788520451663/. Acesso em: 19 set. 2017.
PATERSON-BROWN, Simon. Tópicos Essenciais em Cirurgia Geral e de Emergência. [Digite o
Local da Editora]: Grupo GEN, 2016. E-book. ISBN 9788595156517. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595156517/. Acesso em: 28 maio 2024.
RIBEIRO JUNIOR, Marcelo A. F. Fundamentos em cirurgia do trauma. Rio de Janeiro: Roca,
2016. 1 recurso online. ISBN 9788527730587. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527730587/. Acesso em: 19 set. 2017.
18ª QUESTÃO
Enunciado:
(Banco AFYA) Um paciente de 35 anos, vítima de colisão de alta energia, é admitido na sala de
trauma apresentando rebaixamento do nível de consciência, hipotensão arterial (PA 80/40
mmHg), taquicardia (FC 130 bpm) e respiração superficial. No exame primário do protocolo
ATLS, é detectado sangramento ativo na pelve e instabilidade hemodinâmica refratária à
reposição volêmica inicial com cristaloides. O FAST é positivo para líquido livre em pelve e
espaço hepatorrenal, e a radiografia pélvica mostra fratura instável. Qual das condutas a seguir
representa a estratégia terapêutica mais adequada e prioritária segundo o protocolo ATLS para
esse paciente? 
000161.050012.d040f4.5dc9f8.339b60.1748dd.055062.c41e8 Pginacontrole de hemorragia.”
— Correta. Esta conduta segue os princípios do controle de danos, com estabilização da fratura
pélvica, reposição volêmica prudente (restrita e guiada) e cirurgia emergencial para hemostasia.
“Aplicação de manobras de compressão abdominal manual e monitoramento clínico até
estabilização dos sinais vitais.” — Incorreta. Manobras manuais não são efetivas na contenção de
hemorragias internas. A conduta expectante não é indicada em pacientes com instabilidade
hemodinâmica e FAST positivo.
“Administração empírica de drogas vasopressoras para manutenção da perfusão cerebral,
postergando a abordagem cirúrgica até reversão do choque.” — Incorreta. Vasopressores não
devem ser usados como tratamento inicial do choque hemorrágico. O foco deve ser o controle da
fonte do sangramento, ou seja, intervenção cirúrgica precoce.
 
Referência:
AMERICAN COLLEGE OF SURGEONS. Advanced Trauma Life Support (ATLS®): Student
Course Manual. 10. ed. Chicago: ACS, 2018.
3ª QUESTÃO
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Enunciado:
(Banco AFYA) Um homem de 28 anos é admitido na emergência após colisão automobilística,
apresentando taquicardia, hipotensão e rebaixamento do nível de consciência. Apresenta ainda
fratura em extremidades, possivelmente fêmur. A equipe médica suspeita de lesão abdominal .
Considerando a avaliação inicial e os exames complementares no contexto do trauma abdominal,
qual das seguintes estratégias diagnósticas é a mais adequada para rápida triagem e tomada de
decisão inicial?
Alternativas:
(alternativa A)
Solicitar tomografia computadorizada de abdome com contraste venoso em todos os casos,
independentemente da estabilidade hemodinâmica. 
(alternativa B)
Solicitar radiografia simples de abdome e pelve, além do membro inferior, seguida de exame
laboratorial completo antes de qualquer outra medida.
(alternativa C)
Iniciar com dosagem de amilase e função hepática, pois alterações precoces nesses exames
confirmam lesões viscerais e definem a necessidade de cirurgia.
(alternativa D) (CORRETA) 
Realizar ultrassonografia FAST (Focused Assessment with Sonography for Trauma) no leito,
priorizando a identificação de líquido livre intra-abdominal.
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Resposta comentada:
“Solicitar tomografia computadorizada de abdome com contraste venoso em todos os casos,
independentemente da estabilidade hemodinâmica.” — Incorreta. A TC é útil em pacientes
hemodinamicamente estáveis. No caso de instabilidade, como o do paciente do enunciado, não
se deve atrasar o diagnóstico com exames que exigem transporte e estabilidade clínica.
“Solicitar radiografia simples de abdome, pelve e fêmur, seguida de exame laboratorial completo
antes de qualquer outra medida.” — Incorreta. Embora úteis em casos selecionados (ex. fratura
de pelve), radiografias simples não são sensíveis para detecção de lesões intra-abdominais
graves, e exames laboratoriais isoladamente não são diagnósticos nem resolutivos em situações
de urgência.
“Realizar ultrassonografia FAST (Focused Assessment with Sonography for Trauma) no leito,
priorizando a identificação de líquido livre intra-abdominal.” — Correta. O exame FAST é um
método rápido, sensível e não invasivo, ideal para triagem de hemoperitônio em pacientes
instáveis, permitindo decisões imediatas, como laparotomia de urgência.
“Iniciar com dosagem de amilase e função hepática, pois alterações precoces nesses exames
confirmam lesões viscerais e definem a necessidade de cirurgia.” — Incorreta. Embora úteis em
avaliação complementar, esses exames não são suficientemente sensíveis ou específicos, nem
devem ser priorizados na abordagem imediata de trauma abdominal com instabilidade.
Referência:
MORETTI, Miguel Antônio; BAPTISTA FILHO, Mario Lúcio Alves (ed.). Manual de cuidados
perioperatórios. São Paulo: Manole, 2014. 1 recurso online. ISBN 9788520451663. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788520451663/. Acesso em: 19 set. 2017.
PATERSON-BROWN, Simon. Tópicos Essenciais em Cirurgia Geral e de Emergência. [Digite o
Local da Editora]: Grupo GEN, 2016. E-book. ISBN 9788595156517. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595156517/. Acesso em: 28 maio 2024.
RIBEIRO JUNIOR, Marcelo A. F. Fundamentos em cirurgia do trauma. Rio de Janeiro: Roca,
2016. 1 recurso online. ISBN 9788527730587. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527730587/. Acesso em: 19 set. 2017.
4ª QUESTÃO
Enunciado:
(AFYA Palmas) Um paciente de 45 anos, previamente saudável, sofreu um ferimento cortante na
região anterior da perna, há cerca de 10 dias, com profundidade moderada e sem
comprometimento muscular. A ferida foi inicialmente limpa com soro fisiológico e suturada no
pronto-socorro, mas agora o paciente retorna queixando-se de dor, exsudato amarelado e bordas
eritematosas. Ao exame, percebe-se tensão na sutura, sinais locais de infecção e ausência de
sinais sistêmicos.
Considerando os principais fatores técnicos que favorecem uma boa cicatrização e as estratégias
eficazes no cuidado de feridas, qual é a conduta mais adequada neste caso?
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Alternativas:
(alternativa A)
Reforçar a sutura com pontos adicionais, utilizar solução antisséptica alcoólica e aplicar pomada
antibiótica tópica.
(alternativa B)
Deixar a ferida exposta ao ar, interromper curativos e indicar repouso absoluto para acelerar a
cicatrização espontânea.
(alternativa C) (CORRETA) 
Retirar parte dos pontos, aliviar a tensão, realizar desbridamento e instituir curativos úmidos, além
de reavaliar a necessidade de antibioticoterapia.
(alternativa D)
Manter a sutura, intensificar curativos secos e aguardar evolução, evitando manipulações para
não interferir na cicatrização.
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Resposta comentada:
Correta: Retirar parte dos pontos, aliviar a tensão, realizar desbridamento e instituir curativos
úmidos, além de reavaliar a necessidade de antibioticoterapia.
A presença de tensão na sutura é um fator técnico negativo, que compromete a perfusão local e
favorece complicações como deiscência e infecção.
A conduta adequada inclui:
Alívio da tensão (retirada de pontos).
Desbridamento de tecido desvitalizado.
Implementação de curativos úmidos, que mantêm o equilíbrio hídrico ideal para a cicatrização.
Avaliação criteriosa da necessidade de antibioticoterapia sistêmica, conforme a gravidade da
infecção.
Essa estratégia técnica melhora a perfusão, reduz infecção e promove ambiente propício à
cicatrização.
Justificativa das incorretas:
Deixar a ferida exposta ao ar, interromper curativos e indicar repouso absoluto para acelerar a
cicatrização espontânea.
Deixar a ferida exposta ao ar prejudica o equilíbrio da umidade, favorece a desidratação tecidual e
formação de crostas, que retardam a cicatrização.
Além disso, a ausência de curativos impede o controle adequado do exsudato e da infecção local.
O repouso absoluto não corrige os fatores mecânicos prejudiciais.
Reforçar a sutura com pontos adicionais, utilizar solução antisséptica alcoólica e aplicar pomada
antibiótica tópica.
Reforçar a sutura aumenta ainda mais a tensão tecidual, comprometendo a vascularização e
agravando o risco de deiscência e infecção.
O uso de antissépticos alcoólicos pode ser citotóxico, prejudicando as células envolvidas na
reparação tecidual.
Pomadas antibióticas tópicas não são suficientes para manejar infecção com sinais clínicos.
Manter a sutura, intensificar curativos secos e aguardar evolução, evitando manipulações para
não interferir na cicatrização.
Manter a sutura sob tensão e realizar curativos secos favorece a desidratação e aderência do
curativo ao leito da ferida, prejudicando a cicatrização e aumentando o risco de dor e trauma na
troca.
A estratégia passiva de "aguardar" não resolve os fatores técnicos prejudiciais identificados.28 de 48
Alternativas:
(alternativa A) (CORRETA) 
Estabilização da pelve com cinta pélvica, acesso venoso calibroso com reposição volêmica
guiada por metas, e encaminhamento imediato ao centro cirúrgico para controle de hemorragia. 
(alternativa B)
Administração empírica de drogas vasopressoras para manutenção da perfusão cerebral,
postergando a abordagem cirúrgica até reversão do choque. 
(alternativa C)
Aplicação de manobras de compressão abdominal manual e monitoramento clínico até
estabilização dos sinais vitais.
(alternativa D)
Realizar tomografia computadorizada de abdome para avaliação da extensão do trauma
abdominal antes de qualquer intervenção adicional. 
Resposta comentada:
Gabarito:
Estabilização da pelve com cinta pélvica, acesso venoso calibroso com reposição volêmica
guiada por metas, e encaminhamento imediato ao centro cirúrgico para controle de hemorragia.
Resposta Comentada:
“Realizar tomografia computadorizada de abdome para avaliação da extensão do trauma
abdominal antes de qualquer intervenção adicional.” — Incorreta. A TC não deve ser realizada em
pacientes instáveis, conforme o protocolo do ATLS. O FAST positivo e a instabilidade indicam a
necessidade de intervenção cirúrgica imediata.
“Estabilização da pelve com cinta pélvica, acesso venoso calibroso com reposição volêmica
guiada por metas, e encaminhamento imediato ao centro cirúrgico para controle de hemorragia.”
— Correta. Esta conduta segue os princípios do controle de danos, com estabilização da fratura
pélvica, reposição volêmica prudente (restrita e guiada) e cirurgia emergencial para hemostasia.
“Aplicação de manobras de compressão abdominal manual e monitoramento clínico até
estabilização dos sinais vitais.” — Incorreta. Manobras manuais não são efetivas na contenção de
hemorragias internas. A conduta expectante não é indicada em pacientes com instabilidade
hemodinâmica e FAST positivo.
“Administração empírica de drogas vasopressoras para manutenção da perfusão cerebral,
postergando a abordagem cirúrgica até reversão do choque.” — Incorreta. Vasopressores não
devem ser usados como tratamento inicial do choque hemorrágico. O foco deve ser o controle da
fonte do sangramento, ou seja, intervenção cirúrgica precoce.
 
Referência:
AMERICAN COLLEGE OF SURGEONS. Advanced Trauma Life Support (ATLS®): Student
Course Manual. 10. ed. Chicago: ACS, 2018.
19ª QUESTÃO
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Enunciado:
(Banco AFYA) Durante a preparação para um bloqueio de plexo braquial via abordagem axilar em
um paciente de 70 kg, com função hepática e renal preservadas, o anestesiologista opta pelo uso
de lidocaína sem vasoconstritor.
Considerando a dose máxima recomendada de lidocaína sem vasoconstritor de 4,5mg/Kg e
utilizando uma solução de lidocaína a 2%, qual é o volume máximo que pode ser administrado?
Alternativas:
(alternativa A) (CORRETA) 
15,75 mL 
(alternativa B)
14 mL 
(alternativa C)
31,5 mL
(alternativa D)
17,5 mL
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Resposta comentada:
Cálculo e Resposta Comentada:
Passo 1: Calcular a dose máxima em mg.
Fórmula:
Dose máxima (mg) = peso (kg) × dose máxima recomendada (mg/kg)
→ 70 kg × 4,5 mg/kg = 315 mg
Passo 2: Calcular o volume correspondente em mL para solução a 2%.
Lidocaína 2% = 20 mg/mL
Volume (mL) = Dose (mg) ÷ Concentração (mg/mL)
→ 315 mg ÷ 20 mg/mL = 15,75 mL
 
Análise das Alternativas:
14 mL” — Incorreta. Subestima tanto a dose máxima quanto o volume correspondente.
15,75 mL” — Correta. Calculada com base em peso e concentração da solução.
31,5 mL” — Incorreta. Excede a dose, uma vez que a solução usada é 2%.
17,5 mL” — Incorreta. Excede a dose máxima recomendada, aumentando o risco de toxicidade
sistêmica.
Referência:
SAVASSI-ROCHA, Paulo R. ; SANCHES, Soraya Rodrigues de A. ; SAVASSI-ROCHA,
Alexandre L. Cirurgia de ambulatório: MedBook Editora, 2013. E-book. ISBN 9786557830215.
Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786557830215/. Acesso em: 28
maio 2024.
20ª QUESTÃO
Enunciado:
(AFYA Palmas) Uma criança de 18 meses, previamente hígida, é levada ao pronto-socorro com
história de episódios de choro inconsolável, com flexão das pernas sobre o abdome, alternados
com períodos de aparente melhora, iniciados há cerca de 12 horas.
A mãe refere também vômitos e a presença de fezes com sangue e muco, descritas como
"geléia de morango".
Ao exame físico, a criança apresenta-se prostrada, com abdome distendido e doloroso à
palpação, associado a sinais de irritação peritoneal difusa.
Qual deve ser a conduta inicial mais adequada neste caso?
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Alternativas:
(alternativa A)
Iniciar hidratação intravenosa com antibiótico empírico por 48h e considerar laparotomia.
(alternativa B) (CORRETA) 
Contraindicar enema, optando por cirurgia imediata devido aos sinais clínicos de peritonite difusa.
(alternativa C)
Confirmar o diagnóstico com tomografia e tentar redução com enema baritado.
(alternativa D)
Realizar radiografia de abdômen. Confirmada a intussuscepção, realizar redução com solução
salina ou ar.
Resposta comentada:
Correta. Contraindicar enema, optando por cirurgia imediata devido aos sinais clínicos de
peritonite difusa. A conduta recomendada em casos com sinais clínicos de peritonite é a cirurgia
imediata. A redução não cirúrgica com enema está absolutamente contraindicada na presença de
peritonite ou instabilidade hemodinâmica.
Errada. Confirmar o diagnóstico com tomografia e tentar redução com enema baritado. O exame
de escolha para avaliação inicial de invaginação intestinal é a ultrassonografia, não a tomografia,
especialmente em crianças pequenas, devido à ausência de radiação e alta sensibilidade. A
presença de sinais clínicos de irritação peritoneal indica provável complicação grave (necrose,
perfuração, peritonite) e, nesses casos, a redução com enema é contraindicada. A conduta é a
cirurgia imediata, não tentativa de redução com enema.
Errada. Realizar radiografia de abdômen. Confirmada a intussuscepção, realizar redução com
solução salina ou ar. A radiografia pode sugerir invaginação ou excluir pneumoperitônio, mas não
é necessária para diagnóstico definitivo além do que o exame de escolha é a ultrassonografia. Na
presença de sinais de irritação peritoneal, é contraindicado realizar qualquer tentativa de redução
não cirúrgica, incluindo redução hidrostática ou pneumática. O risco de perfuração e agravamento
é muito elevado.
Errada. Iniciar hidratação intravenosa com antibiótico empírico por 48h e considerar laparotomia.
É correta a necessidade de iniciar hidratação venosa e antibioticoterapia empírica. Contudo, a
presença de sinais de peritonite difusa exige intervenção cirúrgica imediata. Não se deve
"aguardar 48 horas" nem "considerar" laparotomia — deve-se realizá-la prontamente. A conduta
expectante não é segura nesse quadro.
Referências:
Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). Departamento de Cirurgia Pediátrica. Manual de
orientação – Abordagem das urgências abdominais em pediatria. 2022.
Behrman, Kliegman, Jenson. Nelson Tratado de Pediatria. 21. ed. Rio de Janeiro: Elsevier,
2020.
21ª QUESTÃO
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Enunciado:
(Banco AFYA) Um paciente de 63 anos, obeso, com antecedentes de DPOC e tabagismo,
procura o pronto-socorro com dor intensa e progressiva em região inguinal direita, associada a
náuseas, distensão abdominal e ausência de eliminação de flatos e fezes nas últimas 24 horas.
Ao exame físico, apresenta massa endurecida, irredutível, dolorosa à palpação e sem sinais de
peritonite. Com base nesse quadro, qual é a conduta terapêutica mais adequada diante da
complicação apresentada? 
Alternativas:
(alternativa A)
Solicitar tomografia abdominal para confirmação diagnóstica e indicar tratamento conservador
com observação por 48 horas antes de qualquer intervenção. 
(alternativa B) (CORRETA)Indicar cirurgia de urgência para herniorrafia, com exploração do saco herniário e possível
ressecção intestinal, mesmo na ausência de sinais sistêmicos graves. 
(alternativa C)
Iniciar antibioticoterapia empírica, dieta zero e analgesia, aguardando melhora clínica para
posterior indicação cirúrgica eletiva. 
(alternativa D)
Realizar tentativa de redução manual com sedação e analgesia, seguida de alta hospitalar com
agendamento ambulatorial de hernioplastia.
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Resposta comentada:
Gabarito:
Indicar cirurgia de urgência para herniorrafia, com exploração do saco herniário e possível
ressecção intestinal, mesmo na ausência de sinais sistêmicos graves.
Resposta Comentada:
“Iniciar antibioticoterapia empírica, dieta zero e analgesia, aguardando melhora clínica para
posterior indicação cirúrgica eletiva.” — Incorreta. Em casos de hérnia encarcerada com
obstrução intestinal, o tratamento não é conservador, pois há risco iminente de estrangulamento e
necrose intestinal, mesmo na ausência de peritonite.
“Realizar tentativa de redução manual com sedação e analgesia, seguida de alta hospitalar com
agendamento ambulatorial de hernioplastia.” — Incorreta. A manobra de tax (redução manual)
está contraindicada em pacientes com quadro obstrutivo e dor progressiva, pois pode mascarar
uma alça já isquêmica e levar à perfuração intra-abdominal.
“Indicar cirurgia de urgência para herniorrafia, com exploração do saco herniário e possível
ressecção intestinal, mesmo na ausência de sinais sistêmicos graves.” — Correta. O quadro é
sugestivo de hérnia encarcerada com obstrução intestinal, que exige abordagem cirúrgica de
urgência. A exploração do conteúdo herniado permite avaliar a viabilidade das alças e realizar
ressecção se necessário, evitando complicações como necrose, perfuração e sepse.
“Solicitar tomografia abdominal para confirmação diagnóstica e indicar tratamento conservador
com observação por 48 horas antes de qualquer intervenção.” — Incorreta. A tomografia pode
auxiliar na avaliação, mas não deve postergar a cirurgia em um quadro típico de encarceramento
com obstrução. A observação clínica é contraindicada nesse contexto.
Referências:
SOCIEDADE BRASILEIRA DE CIRURGIA GERAL (SBCG). Diretrizes para tratamento das
hérnias de parede abdominal. São Paulo: SBCG, 2023.
BAILEY, C. B. ; LOVE, W. F. Cirurgia geral. 27. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2022.
MCCARTHY, M. A. et al. Management of incarcerated and strangulated hernias. Surgical Clinics
of North America, v. 100, n. 1, p. 123-134, 2024.
22ª QUESTÃO
Enunciado:
(Banco AFYA) Um paciente de 65 anos, com diagnóstico de choque séptico, necessita de acesso
venoso central para administração de drogas vasoativas e monitorização hemodinâmica. Durante
a avaliação pré-procedimento, o médico identifica que o paciente apresenta coagulopatia
importante (INR 2,5) e plaquetopenia (40.000/mm³), além de uma infecção cutânea extensa na
região cervical. Considerando as indicações, contraindicações e boas práticas para a inserção de
um cateter venoso central (CVC), qual a conduta mais adequada neste caso?
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Alternativas:
(alternativa A)
Contraindicar o procedimento pela coagulopatia, independentemente da necessidade clínica, e
optar por acesso venoso periférico.
(alternativa B) (CORRETA) 
Proceder à correção dos distúrbios da coagulação, quando possível, e considerar a punção
guiada por ultrassom na veia femoral.
(alternativa C)
Realizar a punção venosa central na veia subclávia direita, por ser menos compressível,
reduzindo o risco de sangramento.
(alternativa D)
Realizar o procedimento na veia jugular interna esquerda, com técnica anatômica tradicional, pois
é uma abordagem de menor risco. 
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Resposta comentada:
Gabarito: Proceder à correção dos distúrbios da coagulação, quando possível, e considerar a
punção guiada por ultrassom na veia femoral.
Nos casos de coagulopatia e plaquetopenia, é recomendado corrigir esses distúrbios sempre que
possível antes da inserção do CVC. A presença de infecção local na região cervical contraindica
o acesso pela veia jugular. A veia femoral é uma opção viável em situações emergenciais, por ser
facilmente compressível, reduzindo o risco de sangramento, especialmente quando guiada por
ultrassonografia, que aumenta a segurança do procedimento.
Justificativa das incorretas:
Realizar a punção venosa central na veia subclávia direita, por ser menos compressível,
reduzindo o risco de sangramento. Embora a veia subclávia seja considerada uma via de menor
colonização bacteriana, ela é de difícil compressão e não recomendada em pacientes com
coagulopatias importantes ou plaquetopenia, devido ao alto risco de sangramento incontrolável e
pneumotórax. Portanto, essa escolha não é adequada.
Contraindicar o procedimento pela coagulopatia, independentemente da necessidade clínica, e
optar por acesso venoso periférico.
A coagulopatia é uma contraindicação relativa, não absoluta, ao acesso venoso central. Em
casos de necessidade emergencial, como no choque séptico, deve-se buscar corrigir os
distúrbios, mas a obtenção do acesso é essencial para administração de medicamentos
vasoativos. A via periférica não é suficiente para drogas irritantes ou de administração contínua
em doses altas.
Realizar o procedimento na veia jugular interna esquerda, com técnica anatômica tradicional, pois
é uma abordagem de menor risco.
A infecção extensa na região cervical contraindica o uso da veia jugular interna, pois o acesso
através de um local infeccionado pode disseminar a infecção para a corrente sanguínea.
Além disso, realizar a punção com técnica de anatomia tradicional, sem ultrassom, aumenta o
risco de complicações. O uso de ultrassonografia é hoje considerado padrão de cuidado sempre
que disponível.
Referências:
ASSOCIAÇÃO DE MEDICINA INTENSIVA BRASILEIRA. Diretrizes para inserção e manutenção
de cateter venoso central em pacientes críticos. São Paulo: AMIB, 2017.
MARINO, Paul. Manual de terapia intensiva. 5. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2020.
23ª QUESTÃO
Enunciado:
(FASA VIC) Paciente do sexo feminino, 64 anos, hipertensa e obesa (IMC = 34 kg/m²), apresenta
dor, sensação de peso e edema em membro inferior esquerdo, que surgiram de forma súbita há 3
dias. Refere ainda coloração arroxeada da panturrilha e piora do edema ao final do dia. No exame
físico, observa-se edema unilateral até o joelho, empastamento muscular, sinal de Homans
positivo e discreta hipertermia local. Ela relata histórico de veias varicosas diagnosticadas há 10
anos, sem tratamento cirúrgico. Não faz uso de anticoagulantes. 
Com base no caso apresentado, qual entre as opções abaixo é a melhor estratégia terapêutica
inicial para a paciente? 
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Alternativas:
(alternativa A)
Prescrever varfarina oral de início imediato e suspender o uso de meias de compressão até a
resolução completa do quadro. 
(alternativa B)
Indicar trombólise venosa por cateter e contraindicar o uso de compressão elástica devido ao
risco de síndrome pós-trombótica. 
(alternativa C)
Iniciar heparina de baixo peso molecular (HBPM) em dose terapêutica e prescrever meias de
compressão elástica para manejo da insuficiência venosa crônica. 
(alternativa D) (CORRETA) 
Iniciar anticoagulação oral direta com rivaroxabana e recomendar elevação do membro afetado,
com compressão elástica após estabilização clínica. 
Resposta comentada:
Alternativa: Iniciar anticoagulação oral direta com rivaroxabana e recomendar elevação do
membro afetado, com compressão elástica após estabilização clínica. Correta.
Anticoagulantes orais diretos, como rivaroxabana, são preferidos para TVP em pacientes
estáveis, pela eficácia e praticidade. A compressão elástica é introduzida após a fase aguda para
prevenir a síndrome pós-trombótica. Aelevação do membro ajuda a reduzir o edema e a dor no
curto prazo.
Alternativa: Iniciar heparina de baixo peso molecular (HBPM) em dose terapêutica e prescrever
meias de compressão elástica para manejo da insuficiência venosa crônica. Incorreta.
Embora a HBPM seja amplamente utilizada no manejo inicial da TVP, o uso de meias de
compressão elástica deve ser adiado até que o paciente esteja estabilizado, para evitar a
exacerbação de sintomas agudos.
Alternativa: Prescrever varfarina oral de início imediato e suspender o uso de meias de
compressão até a resolução completa do quadro. Incorreta.
Varfarina não é iniciada isoladamente devido ao risco de hipercoagulabilidade transitória; deve ser
associada à HBPM nos primeiros dias. Além disso, suspender completamente o uso de
compressão elástica pode agravar os sintomas de insuficiência venosa crônica.
Alternativa: Indicar trombólise venosa por cateter e contraindicar o uso de compressão elástica
devido ao risco de síndrome pós-trombótica. Incorreta.
A trombólise venosa é reservada para casos graves, como TVP extensa com risco iminente de
síndrome compartimental ou embolia pulmonar. A compressão elástica, quando usada
adequadamente, reduz o risco de síndrome pós-trombótica e deve ser recomendada.
 
Referência:
TOWNSEND, Courtney M. Sabiston Textbook of Surgery: The Biological Basis of Modern
Surgical Practice. 21ª edição. Elsevier, 2022.
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24ª QUESTÃO
Enunciado:
(AFYA Palmas) Uma mulher de 55 anos, previamente saudável, procura atendimento médico
com queixa de dor no quadril direito e massa progressiva na região inguinal, que aumenta ao ficar
em pé e diminui ao deitar-se.
No exame físico, observa-se uma protuberância abaixo do ligamento inguinal, dolorosa à
palpação, com redução difícil, porém possível.
Não há sinais de encarceramento, estrangulamento ou obstrução intestinal.
Qual das condutas abaixo representa a abordagem inicial mais apropriada, considerando o risco
associado a esse tipo de hérnia?
Alternativas:
(alternativa A)
Orientar perda ponderal e o uso de faixa para contenção da hérnia, postergando a cirurgia até
redução de peso e melhora dos sintomas.
(alternativa B)
Realizar redução manual em ambiente ambulatorial e manter a paciente em observação clínica,
com retorno se houver sinais de agravamento.
(alternativa C) (CORRETA) 
Indicar correção cirúrgica programada, considerando o risco elevado de encarceramento e a
localização anatômica desfavorável da hérnia femoral.
(alternativa D)
Solicitar ressonância magnética da pelve para avaliar melhor a extensão da lesão e confirmar a
hipótese de hérnia inguinal antes de indicar cirurgia.
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Resposta comentada:
Justificativas:
Correta. Indicar correção cirúrgica programada, considerando o risco elevado de encarceramento
e a localização anatômica desfavorável da hérnia femoral. A hérnia femoral apresenta um risco
elevado de encarceramento e estrangulamento, mesmo quando ainda reduzível. O tratamento
padrão é a correção cirúrgica programada. Não há necessidade de cirurgia em caráter de
urgência na ausência de sinais de complicação, mas também não se recomenda conduta
expectante.
Errada. Orientar perda ponderal e o uso de faixa para contenção da hérnia, postergando a cirurgia
até redução de peso e melhora dos sintomas. A hérnia femoral não deve ser tratada de forma
conservadora devido ao risco elevado de complicações. Perda de peso e uso de faixa são
medidas que podem ser sugeridas em alguns casos de hérnias inguinais assintomáticas, mas
são inadequadas e insuficientes aqui. A conduta correta é a correção cirúrgica. O consenso
internacional e as principais diretrizes orientam que toda hérnia femoral deve ser reparada
cirurgicamente assim que diagnosticada, mesmo na ausência de sintomas. A perda ponderal
pode reduzir o risco cirúrgico em outros contextos, mas não altera a necessidade de reparação
da hérnia femoral. O uso de faixa pode mascarar sintomas, sem prevenir complicações, podendo
até atrasar o diagnóstico de um estrangulamento iminente.
Errada. Solicitar ressonância magnética da pelve para avaliar melhor a extensão da lesão e
confirmar a hipótese de hérnia inguinal antes de indicar cirurgia. O exame físico já é suficiente
para diagnóstico: massa abaixo do ligamento inguinal, dolorosa, no triângulo femoral. Além disso,
trata-se de hérnia femoral, não inguinal. A ressonância magnética raramente é necessária para o
diagnóstico de hérnias. O tratamento não depende de maior avaliação de extensão, mas sim do
risco elevado de complicação.
Errada. Realizar redução manual em ambiente ambulatorial e manter a paciente em observação
clínica, com retorno se houver sinais de agravamento. Embora a hérnia seja reduzível, o risco de
encarceramento é elevado. A estratégia de "reduzir e observar" não é segura para hérnias
femorais. O tratamento recomendado é a correção cirúrgica programada, independentemente da
ausência de sinais agudos.
Referências:
ZURCHER, R. M. ; MELLO, A. L. C. Tratado de Clínica Cirúrgica – Hérnias Abdominais. Rio de
Janeiro: Atheneu, 2019.
AMERICAN COLLEGE OF SURGEONS. Current Diagnosis and Treatment: Surgery. 15. ed.
McGraw-Hill, 2020.
SOCIEDADE BRASILEIRA DE CIRURGIA – SBC. Diretrizes clínicas para o manejo das hérnias
inguinais e femorais em adultos. Acesso em: 2023.
25ª QUESTÃO
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Enunciado:
(UNIDOMPEDRO) Homem, 19 anos, condutor de bicicleta, estava descendo a ladeira e colidiu
com um carro. Foi trazido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência. Foi colocado em
prancha rígida, com colar cervical e oxigênio suplementar em máscara a 15 L/min. Realizou-se
expansão volêmica com 1000 mL de Ringer Lactato. Apresenta-se no atendimento inicial com
Glasgow 14. Refere síncope. No momento, está lúcido e descolorado. PA: 91×58 mmHg; FC: 129
bpm; FR: 26 irpm; oximetria de pulso: 96%. Exame físico: Tórax e abdome: sem alterações;
Extremidades: membro inferior esquerdo encurtado.
O exame que auxilia no raciocínio para identificar outros possíveis locais de sangramento na sala
de emergência é o(a):
Alternativas:
(alternativa A)
curva do pH e do lactato.
(alternativa B)
exame radiográfico de abdomen.
(alternativa C)
hemoglobina e hematócrito.
(alternativa D) (CORRETA) 
ultrassonografia dirigida para trauma.
Resposta comentada:
Correta: Ultrassonografia dirigida para trauma.
O uso da ultrassonografia dirigida para o trauma (FAST) tem grande valor na avaliação de
determinadas localizações, como pelve, espaço hepatorrenal, espaço esplenorrenal e saco
pericárdico.
Justificativas:
Exame radiográfico de abdômen. Não é eficaz para detectar sangramentos internos.
Hemoglobina e hematócrito. Podem indicar sangramento, mas com atraso, não sendo úteis para
diagnóstico imediato.
Curva do pH e do lactato. Avaliam hipoperfusão e gravidade do choque, mas não localizam o
sangramento.
Referência:
AMERICAN COLLEGE OF SURGEONS. ATLS: Advanced Trauma Life Support: student course
manual. 10ª ed. Chicago: American College of Surgeons, 2018.
26ª QUESTÃO
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Enunciado:
(Banco AFYA) Um homem de 25 anos apresenta dor escrotal aguda há 5 horas, iniciada
subitamente, com náuseas e vômitos. Ao exame físico, o testículo direito encontra-se elevado,
em posição horizontalizada, muito sensível, com ausência do reflexo cremastérico. A
ultrassonografia com Doppler demonstra fluxo reduzido no testículo direito. Outro paciente, de 30
anos, também apresenta dor escrotal, de início insidioso, com febre baixa e disúria. Ao exame
físico, há edema e dor à palpação do epidídimo, com reflexo cremastérico presente e melhora da
dor à elevação do testículo (sinal de Prehn positivo). A urina tipo 1 mostra leucocitúria e
bacteriúria. 
Com base nos achados clínicos e exames complementares, qual das alternativas correspondecorretamente à interpretação dos diagnósticos e sua diferenciação? 
Alternativas:
(alternativa A)
O primeiro caso é compatível com orquiepididimite e o segundo com tumor testicular; a ausência
de bacteriúria no primeiro paciente reforça o diagnóstico apenas inflamatório. 
(alternativa B)
Ambos os casos representam orquiepididimite, sendo o Doppler pouco confiável para diferenciar
a torção testicular.
(alternativa C)
A torção testicular é possível em ambos os casos e a confirmação de infecção no segundo
paciente depende da urocultura.
(alternativa D) (CORRETA) 
O primeiro caso representa torção testicular, confirmada pela redução do fluxo ao Doppler,
enquanto o segundo é orquiepididimite, com achados sugestivos de infecção. 
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Resposta comentada:
“O primeiro caso é compatível com orquiepididimite e o segundo com tumor testicular; a ausência
de bacteriúria no primeiro paciente reforça o diagnóstico apenas inflamatório.” — Incorreta. O
quadro clínico agudo, ausência de reflexo cremastérico e Doppler com fluxo reduzido são típicos
de torção testicular no primeiro paciente e o texto não menciona a análise da urina no primeiro
paciente. A presença de bacteriúria e dor progressiva com sinal de Prehn positivo é mais
compatível com orquiepididimite e não com tumor testicular.
“O primeiro caso representa torção testicular, confirmada pela redução do fluxo ao Doppler,
enquanto o segundo é orquiepididimite, com achados clínicos e laboratoriais sugestivos de
infecção.” — Correta. A torção testicular é caracterizada por início súbito, dor intensa, reflexo
cremastérico ausente e hipoperfusão testicular ao Doppler. Já a orquiepididimite apresenta início
insidioso, disúria, leucocitúria e melhora com elevação testicular.
“Ambos os casos representam orquiepididimite, sendo o Doppler pouco confiável para diferenciar
a torção testicular.” — Incorreta. O Doppler é o exame de escolha na diferenciação entre torção
(fluxo diminuído ou ausente) e orquiepididimite (fluxo aumentado por hiperemia). Sua sensibilidade
é alta quando bem realizada.
“A torção testicular é possível em ambos os casos e a confirmação de infecção no segundo
paciente depende da urocultura.” — Incorreta. O primeiro caso representa torção testicular,
enquanto o segundo é orquiepididimite, com achados clínicos e laboratoriais sugestivos de
infecção. A confirmação da infecção já foi estabelecida pela leucocitúria associada à bacteriúria. A
urocultura mostra o agente infeccioso.
Referência:
PATERSON-BROWN, Simon. Tópicos Essenciais em Cirurgia Geral e de Emergência: Grupo
GEN, 2016. E-book. ISBN 9788595156517. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595156517/. Acesso em: 28 maio 2024.
27ª QUESTÃO
Enunciado:
(Banco AFYA) Durante o atendimento inicial a um paciente politraumatizado em sala de
emergência, a equipe segue o protocolo do Advanced Trauma Life Support (ATLS). Após garantir
a segurança da cena, inicia-se o exame primário com o objetivo de identificar e tratar
imediatamente lesões que oferecem risco à vida. Com base nesse protocolo, qual das
alternativas a seguir descreve corretamente uma das etapas do exame primário e sua
intervenção associada? 
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Alternativas:
(alternativa A)
Lavagem gástrica precoce para todos os pacientes com trauma abdominal fechado,
independentemente da estabilidade hemodinâmica. 
(alternativa B)
Avaliação da pupila e função motora dos membros inferiores, com realização imediata de
tomografia de crânio. 
(alternativa C)
Exame físico detalhado de todas as extremidades, com imobilização de fraturas e solicitação de
radiografias de rotina. 
(alternativa D) (CORRETA) 
Verificação da amplitude respiratória e ausculta pulmonar, com intervenção imediata em caso de
pneumotórax hipertensivo com toracocentese de alívio. 
Resposta comentada:
Gabarito:
Verificação da amplitude respiratória e ausculta pulmonar, com intervenção imediata em caso de
pneumotórax hipertensivo com toracocentese de alívio.
 Resposta Comentada:
“Avaliação da pupila e função motora dos membros inferiores, com realização imediata de
tomografia de crânio.” — Incorreta. Essa conduta faz parte do exame neurológico do exame
secundário, não do primário, e a tomografia só é realizada após estabilização clínica.
“Verificação da amplitude respiratória e ausculta pulmonar, com intervenção imediata em caso de
pneumotórax hipertensivo com toracocentese de alívio.” — Correta. Esta é uma etapa do "B"
(Breathing) do exame primário do ATLS, com conduta imediata diante de uma condição
potencialmente fatal. O pneumotórax hipertensivo é tratado com punção descompressiva seguida
de drenagem torácica.
“Exame físico detalhado de todas as extremidades, com imobilização de fraturas e solicitação de
radiografias de rotina.” — Incorreta. Essa conduta pertence ao exame secundário, que é realizado
após estabilização inicial e avaliação das funções vitais.
“Lavagem gástrica precoce para todos os pacientes com trauma abdominal fechado,
independentemente da estabilidade hemodinâmica.” — Incorreta. Lavagem gástrica não é
indicada rotineiramente em trauma, e o tratamento do trauma abdominal depende da avaliação
clínica e hemodinâmica, geralmente com FAST ou tomografia.
Referência:
AMERICAN COLLEGE OF SURGEONS. Advanced Trauma Life Support (ATLS®): Student
Course Manual. 10. ed. Chicago: ACS, 2018.
28ª QUESTÃO
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Enunciado:
(AFYA Palmas) Homem de 38 anos, vítima de incêndio residencial, chega ao pronto-socorro com
queimaduras de terceiro grau em 35% da superfície corporal total (SCT), atingindo tronco anterior,
ambos os membros inferiores e parte do rosto. Foi admitido 3 horas após o acidente,
apresentando sinais de choque hipovolêmico e lesões profundas com risco de infecção. Após
estabilização inicial, é transferido para unidade de queimados, onde evolui com dor intensa em
membros inferiores, parestesia distal nas pernas e diminuição da perfusão nas extremidades. A
pressão intra-compartimental nas panturrilhas é de 40 mmHg.
Com base no quadro clínico e no valor da pressão compartimental, qual é a conduta mais
apropriada neste momento?
Alternativas:
(alternativa A)
A elevação da pressão intra-compartimental é comum nas primeiras 24 horas e deve ser tratada
com analgesia, hidratação e reavaliação clínica periódica antes de qualquer cirurgia.
(alternativa B) (CORRETA) 
O diagnóstico de síndrome compartimental deve ser considerado e está indicada a fasciotomia
imediata, com o objetivo de evitar isquemia e necrose muscular progressiva.
(alternativa C)
A prioridade inicial é controlar o risco infeccioso e manter a estabilidade hemodinâmica,
postergando qualquer intervenção muscular até o terceiro dia de evolução.
(alternativa D)
A fasciotomia só está indicada se houver sinais clínicos de necrose muscular, que ainda não
foram identificados neste caso, sendo adequada a observação com suporte clínico.
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Resposta comentada:
Correta. O diagnóstico de síndrome compartimental deve ser considerado e está indicada a
fasciotomia imediata, com o objetivo de evitar isquemia e necrose muscular progressiva.
A síndrome compartimental é uma emergência cirúrgica. A pressão de 40 mmHg associada à dor
intensa, parestesia e hipoperfusão distal confirma o diagnóstico. A fasciotomia imediata está
indicada para evitar necrose muscular, dano nervoso e perda funcional.
Errada. A elevação da pressão intra-compartimental é comum nas primeiras 24 horas e deve ser
tratada com analgesia, hidratação e reavaliação clínica periódica antes de qualquer cirurgia.
Embora a elevação da pressão compartimental possa ocorrer em queimaduras, valores acima de
30 mmHg com sintomas clínicos não devem ser tratados conservadoramente. Atrasar a
intervenção cirúrgica pode resultar em lesão irreversível.Errada. A fasciotomia só está indicada se houver sinais clínicos de necrose muscular, que ainda
não foram identificados neste caso, sendo adequada a observação com suporte clínico. A
necrose muscular é uma complicação tardia. A fasciotomia deve ser feita antes que ela ocorra,
com base em sinais clínicos precoces e pressão elevada, como no caso apresentado.
Errada. A prioridade inicial é controlar o risco infeccioso e manter a estabilidade hemodinâmica,
postergando qualquer intervenção muscular até o terceiro dia de evolução.
A síndrome compartimental é uma urgência absoluta e não deve ser postergada para após a
estabilização hemodinâmica tardia. O risco de dano permanente é elevado se o tratamento for
adiado.
Referências:
AMERICAN COLLEGE OF SURGEONS. Advanced Trauma Life Support – ATLS: Student
Course Manual. 10. ed. Chicago: ACS, 2018.
MATHES, S.J. ; NAHABEDIAN, M.Y. Surgical Treatment of Burns and Wounds. In: Plastic
Surgery. 3rd ed. Elsevier, 2013.
29ª QUESTÃO
Enunciado:
(Banco AFYA) Um paciente com diabetes mellitus tipo 2 descompensado procura o serviço de
emergência apresentando ferida crônica em região plantar, com bordas espessadas, base com
exsudato purulento e tecido necrótico focal. O exame físico mostra ausência de sinais sistêmicos
de infecção. Considerando os princípios fisiológicos da cicatrização, as comorbidades do paciente
e a abordagem baseada em evidências, qual das estratégias terapêuticas a seguir é mais
apropriada para promover a cicatrização dessa lesão? 
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Alternativas:
(alternativa A)
Cobertura com gaze seca e uso empírico de antibióticos por via oral, mantendo a ferida ocluída
até o desaparecimento completo do exsudato. 
(alternativa B)
Aplicação diária de solução iodada em alta concentração, exposição contínua ao ar para secagem
e evitar manipulação da ferida. 
(alternativa C)
Imersão da ferida em solução salina hipertônica e interrupção do uso de qualquer cobertura até
que ocorra cicatrização espontânea. 
(alternativa D) (CORRETA) 
Desbridamento do tecido necrótico, controle glicêmico rigoroso, curativo com ambiente úmido e
reavaliação periódica da ferida.
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Resposta comentada:
Gabarito: Desbridamento do tecido necrótico, controle glicêmico rigoroso, curativo com ambiente
úmido e reavaliação periódica da ferida.
 
Resposta Comentada:
“Cobertura com gaze seca e uso empírico de antibióticos por via oral, mantendo a ferida ocluída
até o desaparecimento completo do exsudato.” — Incorreta. A gaze seca não promove um
ambiente ideal para cicatrização, e o uso empírico de antibióticos sem sinais sistêmicos de
infecção não é indicado de forma rotineira. O exsudato deve ser manejado, e não evitado a
qualquer custo.
“Desbridamento do tecido necrótico, controle glicêmico rigoroso, curativo com ambiente úmido e
reavaliação periódica da ferida.” — Correta. Essa estratégia reúne os elementos fundamentais
para cicatrização de feridas crônicas em pacientes diabéticos: remoção de tecido desvitalizado,
controle metabólico, uso de curativos modernos que mantêm a umidade ideal e acompanhamento
clínico regular.
“Aplicação diária de solução iodada em alta concentração, exposição contínua ao ar para
secagem e evitar manipulação da ferida.” — Incorreta. Soluções iodadas em alta concentração
são citotóxicas, e a exposição ao ar seco retarda a cicatrização. Manipulação cuidadosa e
ambiente úmido são princípios da moderna abordagem de feridas.
“Imersão da ferida em solução salina hipertônica e interrupção do uso de qualquer cobertura até
que ocorra cicatrização espontânea.” — Incorreta. A cicatrização espontânea em feridas crônicas
não é eficiente sem intervenções locais adequadas. A salina hipertônica pode ser útil em casos
selecionados para desbridamento osmótico, mas não substitui curativo apropriado e
desbridamento eficaz.
Referências:
SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES (SBD). Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes
2023-2024. São Paulo: Clannad, 2023.
INTERNATIONAL WORKING GROUP ON THE DIABETIC FOOT (IWGDF). IWGDF Guidelines
on the prevention and management of diabetic foot disease. The Hague: IWGDF, 2023.
FERREIRA, L. M.; et al. Bases fisiológicas e clínicas da cicatrização. Revista do Colégio
Brasileiro de Cirurgiões, v. 43, n. 3, p. 174–179, 2016.
30ª QUESTÃO
Enunciado:
(AFYA Palmas) Um paciente politraumatizado é admitido no pronto-socorro e a equipe médica
inicia o atendimento seguindo o protocolo do Advanced Trauma Life Support (ATLS). Após a
abordagem primária (vias aéreas, respiração e circulação), identifica-se quadro de choque
hemorrágico, com hipotensão persistente mesmo após infusão inicial de 1.000 mL de cristaloide
isotônico aquecido. O paciente não apresenta traumatismo cranioencefálico (TCE) grave
associado.
Qual deve ser a conduta imediata mais apropriada neste cenário?
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Alternativas:
(alternativa A)
Continuar com a infusão de cristaloides até a melhora da instabilidade hemodinâmica e manter o
paciente aquecido. 
(alternativa B)
Iniciar infusão de vasopressores como noradrenalina de forma imediata, visando manter a
pressão arterial enquanto aguarda exames complementares.
(alternativa C)
Realizar tomografia computadorizada de corpo inteiro para localização do sangramento e avaliar,
após os resultados, a necessidade de intervenção cirúrgica.
(alternativa D) (CORRETA) 
Iniciar transfusão de hemoderivados, avaliar inclusão em protocolo de transfusão maciça e
manter hipotensão permissiva até o controle do sangramento.
Resposta comentada:
Justificativas:
Errada. Continuar com a infusão de cristaloides até a melhora da instabilidade hemodinâmica e
manter o paciente aquecido. A infusão de grandes volumes de cristaloide pode agravar a
coagulopatia do trauma e piorar a evolução clínica. Se não houver resposta à reposição inicial,
deve-se prosseguir com transfusão de sangue e hemoderivados.
Errada. Realizar tomografia computadorizada de corpo inteiro para localização do sangramento e
avaliar, após os resultados, a necessidade de intervenção cirúrgica.
A realização de tomografia em pacientes instáveis não é indicada. O ATLS recomenda que
pacientes instáveis com suspeita de sangramento sejam avaliados com FAST ou levados à
cirurgia, sem atrasos para exames de imagem.
Correta. Iniciar transfusão de hemoderivados, avaliar inclusão em protocolo de transfusão maciça
e manter hipotensão permissiva até o controle do sangramento.
A transfusão precoce de hemoderivados e o uso do protocolo de transfusão maciça são indicados
em pacientes que não respondem à reposição inicial. A hipotensão permissiva é uma estratégia
apropriada, desde que o paciente não tenha TCE grave associado.
Errada. Iniciar infusão de vasopressores como noradrenalina de forma imediata, visando manter a
pressão arterial enquanto aguarda exames complementares.
Vasopressores não devem ser utilizados como primeira escolha no choque hemorrágico. A
prioridade é restaurar o volume intravascular com cristaloides iniciais e, se necessário, transfusão
de hemoderivados.
Referência:
AMERICAN COLLEGE OF SURGEONS. Advanced Trauma Life Support – ATLS: Student
Course Manual. 10. ed. Chicago: American College of Surgeons, 2018.
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AFYA 
CURSO DE MEDICINA - AFYA
NOTA FINAL
Aluno:
Componente Curricular: Estágio em Atenção Ambulatorial e Hospitalar em
Clínica Cirúrgica
Professor (es):
Período: 202501 Turma: Data: 11/06/2025
N2 INTERNATO - MEDICINA - CC - 2025.1 - ROT 3 - 11/JUNHO
RELATÓRIO DE DEVOLUTIVA DE PROVA
PROVA 16105 - CADERNO 003
1ª QUESTÃO
Enunciado:
(Banco AFYA) Um homem de 68 anos, hipertenso, tabagista e com histórico de claudicação
intermitente, é atendido no pronto-socorro com dor súbita intensa em membro inferior direito,
associada a frialdade, palidez e ausência de pulsos distais. Ao exame físico,apresenta
extremidade fria, sensibilidade diminuída e mobilidade limitada. Considerando o quadro clínico, o
histórico do paciente e os princípios da abordagem vascular em urgência, qual das condutas
abaixo representa corretamente o plano terapêutico inicial e as estratégias para prevenção de
complicações? 
Alternativas:
(alternativa A)
Administrar analgésicos e observar em ambiente ambulatorial por 48 horas, considerando que a
claudicação intermitente é característica da DAOP e tende à autolimitação.
(alternativa B)
Prescrever vasodilatadores orais e repouso com pernas elevadas para facilitar a circulação
colateral, adiando condutas invasivas por pelo menos uma semana. 
(alternativa C)
Solicitar radiografia de membros inferiores e iniciar antibioticoterapia profilática, pois o quadro
sugere erisipela com obstrução linfática associada. 
(alternativa D) (CORRETA) 
Iniciar anticoagulação com heparina, realizar avaliação clínica urgente da viabilidade do membro
e, se necessário, encaminhar para embolectomia ou revascularização cirúrgica. 
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Resposta comentada:
Gabarito:
Iniciar anticoagulação com heparina, realizar avaliação clínica urgente da viabilidade do membro
e, se necessário, encaminhar para embolectomia ou revascularização cirúrgica.
 
Resposta Comentada:
“Solicitar radiografia de membros inferiores e iniciar antibioticoterapia profilática, pois o quadro
sugere erisipela com obstrução linfática associada.” — Incorreta. O quadro descrito é
característico de obstrução arterial aguda e não de infecção de partes moles. Radiografia não tem
papel na abordagem inicial de isquemia aguda arterial.
“Iniciar anticoagulação com heparina, realizar avaliação clínica urgente da viabilidade do membro
e, se necessário, encaminhar para embolectomia ou revascularização cirúrgica.” — Correta. O
tratamento da obstrução arterial aguda começa com anticoagulação sistêmica imediata (heparina
não fracionada), avaliação da viabilidade tecidual e indicação cirúrgica ou endovascular precoce
se necessário.
“Administrar analgésicos e observar em ambiente ambulatorial por 48 horas, considerando que a
claudicação intermitente é característica da DAOP e tende à autolimitação.” — Incorreta.
Claudicação intermitente é crônica e progressiva, enquanto este quadro agudo, com dor súbita e
ausência de pulso, exige abordagem imediata para evitar perda do membro.
“Prescrever vasodilatadores orais e repouso com pernas elevadas para facilitar a circulação
colateral, adiando condutas invasivas por pelo menos uma semana.” — Incorreta. Em isquemia
arterial aguda, o tempo é essencial. Elevar o membro pode agravar a hipoperfusão, e
vasodilatadores orais não são eficazes nesse contexto.
Referências:
SOCIEDADE BRASILEIRA DE ANGIOLOGIA E DE CIRURGIA VASCULAR (SBACV).
Diretrizes de tratamento da isquemia aguda de membros. São Paulo: SBACV, 2022.
RUTHERFORD, R. B. Vascular surgery. 8. ed. Philadelphia: Elsevier, 2019.
BRUNNER, L. S. ; SUDDARTH, D. S. Tratado de enfermagem médico-cirúrgica. 14. ed. Rio de
Janeiro: Elsevier, 2018.
UPTODATE. Acute limb ischemia: clinical features and diagnosis. Wolters Kluwer, 2024.
Disponível em: https://www.uptodate.com. Acesso em: 22 maio 2025.
2ª QUESTÃO
Enunciado:
(Banco AFYA) Um paciente em estado crítico é submetido à inserção de cateter venoso central
pela veia jugular interna direita, guiado por ultrassonografia. Após o procedimento, é realizada uma
radiografia de tórax para verificar a localização do cateter e descartar complicações. A imagem
revela a ponta do cateter posicionada no átrio direito, sem desvio lateral ou pneumotórax. Com
base nos critérios de posicionamento adequado do cateter venoso central e na interpretação de
exames, qual das alternativas abaixo está correta? 
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Alternativas:
(alternativa A)
O posicionamento da ponta do cateter tem que ser confirmado com a ultrassonografia, por ser o
exame preferencial para definir a localização exata. 
(alternativa B)
O cateter deve ser imediatamente retirado, pois sua ponta nunca pode ultrapassar a veia cava
superior, sendo contraindicado o posicionamento próximo ao átrio direito. 
(alternativa C)
A ponta do cateter deve sempre permanecer acima da clavícula na radiografia, pois essa posição
evita risco de tamponamento cardíaco.
(alternativa D) (CORRETA) 
A localização da ponta do cateter no átrio direito é aceitável em pacientes sob monitoramento
intensivo, desde que não haja complicações clínicas ou sinais de arritmia. 
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Resposta comentada:
Gabarito:
A localização da ponta do cateter no átrio direito é aceitável em pacientes sob monitoramento
intensivo, desde que não haja complicações clínicas ou sinais de arritmia.
 
Resposta Comentada:
“O cateter deve ser imediatamente retirado, pois sua ponta nunca pode ultrapassar a veia cava
superior, sendo contraindicado o posicionamento próximo ao átrio direito.” — Incorreta. Embora o
ideal seja manter a ponta no terço inferior da veia cava superior, em situações específicas como
monitorização hemodinâmica intensiva, a ponta pode se posicionar no átrio direito, desde que haja
vigilância para complicações, como arritmias.
“A localização da ponta do cateter no átrio direito é aceitável em pacientes sob monitoramento
intensivo, desde que não haja complicações clínicas ou sinais de arritmia.” — Correta. Esse
posicionamento pode ser clinicamente aceitável, principalmente quando se busca medições
precisas de pressão venosa central ou uso de dispositivos com múltiplos lúmens. Monitoramento
eletrocardiográfico contínuo é essencial nesses casos.
“A ponta do cateter deve sempre permanecer acima da clavícula na radiografia, pois essa
posição evita risco de tamponamento cardíaco.” — Incorreta. A localização acima da clavícula
indica mau posicionamento do cateter, possivelmente na veia jugular externa ou subclávia
proximal, o que não é funcional para infusões de alta osmolaridade ou monitorização
hemodinâmica.
“O posicionamento da ponta do cateter tem que ser confirmado com a ultrassonografia por ser o
exame preferencial para definir a localização exata. — Incorreta. A ultrassonografia é útil para
guiar a punção e avaliar pneumotórax, mas não substitui completamente a radiografia,
especialmente para confirmar a posição da ponta do cateter, que deve ser avaliada por imagem
torácica.
Referências:
ASSOCIAÇÃO DE MEDICINA INTENSIVA BRASILEIRA. Diretrizes para inserção e manutenção
de cateter venoso central em pacientes críticos. São Paulo: AMIB, 2017.
MARINO, Paul. Manual de terapia intensiva. 5. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2020.
3ª QUESTÃO
Enunciado:
(Banco AFYA) Um homem de 28 anos é admitido na emergência após colisão automobilística,
apresentando taquicardia, hipotensão e rebaixamento do nível de consciência. Apresenta ainda
fratura em extremidades, possivelmente fêmur. A equipe médica suspeita de lesão abdominal .
Considerando a avaliação inicial e os exames complementares no contexto do trauma abdominal,
qual das seguintes estratégias diagnósticas é a mais adequada para rápida triagem e tomada de
decisão inicial?
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Alternativas:
(alternativa A)
Iniciar com dosagem de amilase e função hepática, pois alterações precoces nesses exames
confirmam lesões viscerais e definem a necessidade de cirurgia.
(alternativa B)
Solicitar radiografia simples de abdome e pelve, além do membro inferior, seguida de exame
laboratorial completo antes de qualquer outra medida.
(alternativa C)
Solicitar tomografia computadorizada de abdome com contraste venoso em todos os casos,
independentemente da estabilidade hemodinâmica. 
(alternativa D) (CORRETA) 
Realizar ultrassonografia FAST (Focused Assessment with Sonography for Trauma) no leito,
priorizando a identificação de líquido livre intra-abdominal.
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Resposta comentada:
“Solicitar tomografia computadorizada de abdome com contraste venoso em todos os casos,
independentemente da estabilidade hemodinâmica.” — Incorreta. A TC é útil em pacientes
hemodinamicamente estáveis. No caso de instabilidade, como o do paciente do enunciado, não
se deve atrasar o diagnóstico com exames que exigem transporte e estabilidade clínica.
“Solicitar radiografia simples de abdome, pelve e fêmur, seguida de exame laboratorial completo
antes de qualquer outra medida.” — Incorreta. Embora úteis em casos selecionados (ex. fratura
de pelve), radiografias simples não são sensíveis para detecção de lesões intra-abdominais
graves, e exames laboratoriais isoladamente não são diagnósticos nem resolutivos em situações
de urgência.
“Realizar ultrassonografia FAST (Focused Assessment with Sonography for Trauma) no leito,
priorizando a identificação de líquido livre intra-abdominal.” — Correta. O exame FAST é um
método rápido, sensível e não invasivo, ideal para triagem de hemoperitônio em pacientes
instáveis, permitindo decisões imediatas, como laparotomia de urgência.
“Iniciar com dosagem de amilase e função hepática, pois alterações precoces nesses exames
confirmam lesões viscerais e definem a necessidade de cirurgia.” — Incorreta. Embora úteis em
avaliação complementar, esses exames não são suficientemente sensíveis ou específicos, nem
devem ser priorizados na abordagem imediata de trauma abdominal com instabilidade.
Referência:
MORETTI, Miguel Antônio; BAPTISTA FILHO, Mario Lúcio Alves (ed.). Manual de cuidados
perioperatórios. São Paulo: Manole, 2014. 1 recurso online. ISBN 9788520451663. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788520451663/. Acesso em: 19 set. 2017.
PATERSON-BROWN, Simon. Tópicos Essenciais em Cirurgia Geral e de Emergência. [Digite o
Local da Editora]: Grupo GEN, 2016. E-book. ISBN 9788595156517. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595156517/. Acesso em: 28 maio 2024.
RIBEIRO JUNIOR, Marcelo A. F. Fundamentos em cirurgia do trauma. Rio de Janeiro: Roca,
2016. 1 recurso online. ISBN 9788527730587. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527730587/. Acesso em: 19 set. 2017.
4ª QUESTÃO
Enunciado:
(AFYA Palmas) Um paciente de 45 anos, previamente saudável, sofreu um ferimento cortante na
região anterior da perna, há cerca de 10 dias, com profundidade moderada e sem
comprometimento muscular. A ferida foi inicialmente limpa com soro fisiológico e suturada no
pronto-socorro, mas agora o paciente retorna queixando-se de dor, exsudato amarelado e bordas
eritematosas. Ao exame, percebe-se tensão na sutura, sinais locais de infecção e ausência de
sinais sistêmicos.
Considerando os principais fatores técnicos que favorecem uma boa cicatrização e as estratégias
eficazes no cuidado de feridas, qual é a conduta mais adequada neste caso?
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Alternativas:
(alternativa A)
Manter a sutura, intensificar curativos secos e aguardar evolução, evitando manipulações para
não interferir na cicatrização.
(alternativa B)
Deixar a ferida exposta ao ar, interromper curativos e indicar repouso absoluto para acelerar a
cicatrização espontânea.
(alternativa C)
Reforçar a sutura com pontos adicionais, utilizar solução antisséptica alcoólica e aplicar pomada
antibiótica tópica.
(alternativa D) (CORRETA) 
Retirar parte dos pontos, aliviar a tensão, realizar desbridamento e instituir curativos úmidos, além
de reavaliar a necessidade de antibioticoterapia.
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Resposta comentada:
Correta: Retirar parte dos pontos, aliviar a tensão, realizar desbridamento e instituir curativos
úmidos, além de reavaliar a necessidade de antibioticoterapia.
A presença de tensão na sutura é um fator técnico negativo, que compromete a perfusão local e
favorece complicações como deiscência e infecção.
A conduta adequada inclui:
Alívio da tensão (retirada de pontos).
Desbridamento de tecido desvitalizado.
Implementação de curativos úmidos, que mantêm o equilíbrio hídrico ideal para a cicatrização.
Avaliação criteriosa da necessidade de antibioticoterapia sistêmica, conforme a gravidade da
infecção.
Essa estratégia técnica melhora a perfusão, reduz infecção e promove ambiente propício à
cicatrização.
Justificativa das incorretas:
Deixar a ferida exposta ao ar, interromper curativos e indicar repouso absoluto para acelerar a
cicatrização espontânea.
Deixar a ferida exposta ao ar prejudica o equilíbrio da umidade, favorece a desidratação tecidual e
formação de crostas, que retardam a cicatrização.
Além disso, a ausência de curativos impede o controle adequado do exsudato e da infecção local.
O repouso absoluto não corrige os fatores mecânicos prejudiciais.
Reforçar a sutura com pontos adicionais, utilizar solução antisséptica alcoólica e aplicar pomada
antibiótica tópica.
Reforçar a sutura aumenta ainda mais a tensão tecidual, comprometendo a vascularização e
agravando o risco de deiscência e infecção.
O uso de antissépticos alcoólicos pode ser citotóxico, prejudicando as células envolvidas na
reparação tecidual.
Pomadas antibióticas tópicas não são suficientes para manejar infecção com sinais clínicos.
Manter a sutura, intensificar curativos secos e aguardar evolução, evitando manipulações para
não interferir na cicatrização.
Manter a sutura sob tensão e realizar curativos secos favorece a desidratação e aderência do
curativo ao leito da ferida, prejudicando a cicatrização e aumentando o risco de dor e trauma na
troca.
A estratégia passiva de "aguardar" não resolve os fatores técnicos prejudiciais identificados.
Referência:
DOHERTY, Gerard M. CURRENT Cirurgia. [Digite o Local da Editora]: Grupo A, 2017. E-book.
ISBN 9788580556018. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788580556018/. Acesso em: 28 maio 2024.
5ª QUESTÃO
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Enunciado:
(FMIT) Paciente de 68 anos, sexo masculino, tabagista, com histórico de hipertensão arterial e
diabetes mellitus tipo 2, apresenta queixa de dor do tipo cãibra em panturrilha direita ao deambular
dois quarteirões da sua casa até a padaria, melhorando após breve repouso. Durante a
investigação diagnóstica, é identificado, por meio de EcoDoppler, um aneurisma de aorta
abdominal infrarrenal com 5,0 cm de diâmetro. Considerando a necessidade de aplicar um plano
terapêutico para esse paciente, qual das seguintes condutas é a mais adequada no manejo
imediato?
Alternativas:
(alternativa A)
Programar correção endovascular do aneurisma de aorta abdominal com urgência, não havendo
tempo para preparo pré-operatório. 
(alternativa B)
Indicar repouso relativo, evitar caminhadas longas e aguardar avaliação cirúrgica, pois a
claudicação pode indicar risco iminente de ruptura do aneurisma.
(alternativa C)
Iniciar terapia antitrombótica com rivaroxabana e agendar angioplastia para a claudicação
intermitente em caráter eletivo sem muita urgência. 
(alternativa D) (CORRETA) 
Orientar a cessação do tabagismo, controle rigoroso da pressão arterial e do diabetes, e
acompanhamento regular com ultrassonografia para monitorar o aneurisma.
Resposta comentada:
O manejo de pacientes masculinos com aneurisma de aorta abdominal (AAA) menor que 5,5 cm
assintomático e doença arterial periférica (DAP) envolve medidas conservadoras para prevenir
complicações.
A cessação do tabagismo, o controle da pressão arterial e da glicemia são fundamentais para
reduzir o risco de progressão do aneurisma e eventos cardiovasculares. Resposta correta.
Para AAAcom repouso.
Referências:
Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV). Diretrizes para o Tratamento
do Aneurisma de Aorta Abdominal e Doença Arterial Periférica. 2021.
Hirsch, A. T., et al. "ACC/AHA Guidelines for the Management of Patients with Peripheral Arterial
Disease." Journal of the American College of Cardiology, 2016.
6ª QUESTÃO
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Enunciado:
(AFYA Palmas) Uma mulher de 55 anos, previamente saudável, procura atendimento médico
com queixa de dor no quadril direito e massa progressiva na região inguinal, que aumenta ao ficar
em pé e diminui ao deitar-se.
No exame físico, observa-se uma protuberância abaixo do ligamento inguinal, dolorosa à
palpação, com redução difícil, porém possível.
Não há sinais de encarceramento, estrangulamento ou obstrução intestinal.
Qual das condutas abaixo representa a abordagem inicial mais apropriada, considerando o risco
associado a esse tipo de hérnia?
Alternativas:
(alternativa A)
Orientar perda ponderal e o uso de faixa para contenção da hérnia, postergando a cirurgia até
redução de peso e melhora dos sintomas.
(alternativa B)
Realizar redução manual em ambiente ambulatorial e manter a paciente em observação clínica,
com retorno se houver sinais de agravamento.
(alternativa C)
Solicitar ressonância magnética da pelve para avaliar melhor a extensão da lesão e confirmar a
hipótese de hérnia inguinal antes de indicar cirurgia.
(alternativa D) (CORRETA) 
Indicar correção cirúrgica programada, considerando o risco elevado de encarceramento e a
localização anatômica desfavorável da hérnia femoral.
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Resposta comentada:
Justificativas:
Correta. Indicar correção cirúrgica programada, considerando o risco elevado de encarceramento
e a localização anatômica desfavorável da hérnia femoral. A hérnia femoral apresenta um risco
elevado de encarceramento e estrangulamento, mesmo quando ainda reduzível. O tratamento
padrão é a correção cirúrgica programada. Não há necessidade de cirurgia em caráter de
urgência na ausência de sinais de complicação, mas também não se recomenda conduta
expectante.
Errada. Orientar perda ponderal e o uso de faixa para contenção da hérnia, postergando a cirurgia
até redução de peso e melhora dos sintomas. A hérnia femoral não deve ser tratada de forma
conservadora devido ao risco elevado de complicações. Perda de peso e uso de faixa são
medidas que podem ser sugeridas em alguns casos de hérnias inguinais assintomáticas, mas
são inadequadas e insuficientes aqui. A conduta correta é a correção cirúrgica. O consenso
internacional e as principais diretrizes orientam que toda hérnia femoral deve ser reparada
cirurgicamente assim que diagnosticada, mesmo na ausência de sintomas. A perda ponderal
pode reduzir o risco cirúrgico em outros contextos, mas não altera a necessidade de reparação
da hérnia femoral. O uso de faixa pode mascarar sintomas, sem prevenir complicações, podendo
até atrasar o diagnóstico de um estrangulamento iminente.
Errada. Solicitar ressonância magnética da pelve para avaliar melhor a extensão da lesão e
confirmar a hipótese de hérnia inguinal antes de indicar cirurgia. O exame físico já é suficiente
para diagnóstico: massa abaixo do ligamento inguinal, dolorosa, no triângulo femoral. Além disso,
trata-se de hérnia femoral, não inguinal. A ressonância magnética raramente é necessária para o
diagnóstico de hérnias. O tratamento não depende de maior avaliação de extensão, mas sim do
risco elevado de complicação.
Errada. Realizar redução manual em ambiente ambulatorial e manter a paciente em observação
clínica, com retorno se houver sinais de agravamento. Embora a hérnia seja reduzível, o risco de
encarceramento é elevado. A estratégia de "reduzir e observar" não é segura para hérnias
femorais. O tratamento recomendado é a correção cirúrgica programada, independentemente da
ausência de sinais agudos.
Referências:
ZURCHER, R. M. ; MELLO, A. L. C. Tratado de Clínica Cirúrgica – Hérnias Abdominais. Rio de
Janeiro: Atheneu, 2019.
AMERICAN COLLEGE OF SURGEONS. Current Diagnosis and Treatment: Surgery. 15. ed.
McGraw-Hill, 2020.
SOCIEDADE BRASILEIRA DE CIRURGIA – SBC. Diretrizes clínicas para o manejo das hérnias
inguinais e femorais em adultos. Acesso em: 2023.
7ª QUESTÃO
Enunciado:
(Banco AFYA) Durante um procedimento de redução e fixação de fratura de rádio distal em
ambiente de emergência, o anestesiologista opta por realizar um bloqueio do plexo braquial para
analgesia adequada do membro superior.
Considerando a anatomia e as técnicas de anestesia periférica, qual das alternativas abaixo
corresponde corretamente ao bloqueio mais indicado para esse procedimento e sua justificativa
anatômica? 
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Alternativas:
(alternativa A) (CORRETA) 
Bloqueio supraclavicular do plexo braquial, por promover anestesia completa do membro superior
desde o ombro até a mão, especialmente eficaz para cirurgias distais. 
(alternativa B)
Bloqueio do nervo femoral, já que sua abrangência cobre a região do punho e facilita a
imobilização do membro superior. 
(alternativa C)
Bloqueio interescalênico, por sua eficácia na anestesia do plexo lombossacral e analgesia da
extremidade distal do membro inferior. 
(alternativa D)
Bloqueio do nervo ulnar na altura do punho, pois ele supre toda a inervação sensitiva do antebraço
e da mão.
Resposta comentada:
“Bloqueio do nervo ulnar na altura do punho, pois ele supre toda a inervação sensitiva do
antebraço e da mão.” — Incorreta. O bloqueio do nervo ulnar no punho não abrange toda a
inervação do antebraço nem da mão; sua ação é limitada ao território específico do nervo,
principalmente o lado medial da mão. 
“Bloqueio interescalênico, por sua eficácia na anestesia do plexo lombossacral e analgesia da
extremidade distal do membro inferior.” — Incorreta. O bloqueio interescalênico é um bloqueio do
plexo braquial, indicado para ombro e terço proximal do braço, e não tem efeito sobre o plexo
lombossacral ou membros inferiores. 
“Bloqueio supraclavicular do plexo braquial, por promover anestesia completa do membro
superior desde o ombro até a mão, especialmente eficaz para cirurgias distais.” — Correta. O
bloqueio supraclavicular é considerado o bloqueio do plexo braquial mais eficaz para
procedimentos distais do membro superior, como punho e mão, pois atinge os três troncos do
plexo braquial com alto grau de previsibilidade e abrangência. 
“Bloqueio do nervo femoral, já que sua abrangência cobre a região do punho e facilita a
imobilização do membro superior.” — Incorreta. O nervo femoral pertence ao plexo lombar,
responsável pela inervação do membro inferior anterior, sem qualquer função no membro
superior. 
Referência:
SAVASSI-ROCHA, Paulo R.; SANCHES, Soraya Rodrigues de A.; SAVASSI-ROCHA, Alexandre
L. Cirurgia de ambulatório. [Digite o Local da Editora]: MedBook Editora, 2013. E-book. ISBN
9786557830215. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786557830215/. Acesso em: 28 maio 2024.
8ª QUESTÃO
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Enunciado:
(Banco AFYA) Durante atendimento emergencial, um paciente com trauma craniofacial grave é
submetido a cricotireoidostomia por impossibilidade de intubação orotraqueal. Após estabilização,
evolui com crepitação subcutânea cervical progressiva, estridor e dificuldade ventilatória. A equipe
considera revisão do acesso cirúrgico e suspeita de complicação relacionada à via aérea.
Dentre os possíveis eventos adversos associados ao ato realizado, qual das alternativas
apresenta corretamente a complicação provável e a conduta adequada? 
Alternativas:
(alternativa A)
Obstrução por coágulo ou deslocamento de cânula, devendo-se proceder à retirada, ventilação
com máscara e nova cricotireoidostomia no mesmo local.
(alternativa B)
Lesão de nervo laríngeo recorrente,devendo-se realizar traqueostomia imediata para substituição
definitiva da via aérea. 
(alternativa C) (CORRETA) 
Enfisema subcutâneo por falsa via ou extravasamento de ar, exigindo remoção da cânula mal
posicionada e nova abordagem com revisão da cricotireoidostomia.
(alternativa D)
Pneumotórax hipertensivo bilateral, sendo indicada drenagem torácica de urgência antes de
qualquer outra intervenção.
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Resposta comentada:
“Lesão de nervo laríngeo recorrente, devendo-se realizar traqueostomia imediata para
substituição definitiva da via aérea.” — Incorreta. Embora a lesão do nervo laríngeo recorrente
possa ocorrer, não é a causa mais provável de enfisema subcutâneo ou estridor agudo. Além
disso, sua manifestação costuma ser mais tardia e relacionada à disfonia.
“Obstrução por coágulo ou deslocamento de cânula, devendo-se proceder à retirada, ventilação
com máscara e nova cricotireoidotomia no mesmo local.” — Incorreta. A repetição da
cricotireoidotomia no mesmo local pode agravar a lesão. Em caso de complicação, a abordagem
alternativa, como traqueostomia, é preferível.
“Enfisema subcutâneo por falsa via ou extravasamento de ar, exigindo remoção da cânula mal
posicionada e nova abordagem por traqueostomia formal.” — Correta. O enfisema subcutâneo
após cricotireoidotomia sugere má posição ou dissecção de falsa via, com escape de ar para
tecidos moles. A conduta é suspender o uso da via ineficaz e estabelecer acesso definitivo e
seguro por traqueostomia, preferencialmente em ambiente cirúrgico controlado.
“Pneumotórax hipertensivo bilateral, sendo indicada drenagem torácica de urgência antes de
qualquer outra intervenção.” — Incorreta. Embora pneumotórax possa causar sintomas
respiratórios, o achado predominante de enfisema subcutâneo cervical após cricotireoidotomia
sugere complicação local da via aérea, e não um pneumotórax primário.
Referências:
PATERSON-BROWN, Simon. Tópicos Essenciais em Cirurgia Geral e de Emergência: Grupo
GEN, 2016. E-book. ISBN 9788595156517. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595156517/. Acesso em: 28 maio 2024.
RIBEIRO JUNIOR, Marcelo A. F. Fundamentos em cirurgia do trauma. Rio de Janeiro: Roca,
2016. 1 recurso online. ISBN 9788527730587. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527730587/. Acesso em: 19 set. 2017.
9ª QUESTÃO
Enunciado:
(AFYA Palmas) Um paciente politraumatizado é admitido no pronto-socorro e a equipe médica
inicia o atendimento seguindo o protocolo do Advanced Trauma Life Support (ATLS). Após a
abordagem primária (vias aéreas, respiração e circulação), identifica-se quadro de choque
hemorrágico, com hipotensão persistente mesmo após infusão inicial de 1.000 mL de cristaloide
isotônico aquecido. O paciente não apresenta traumatismo cranioencefálico (TCE) grave
associado.
Qual deve ser a conduta imediata mais apropriada neste cenário?
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Alternativas:
(alternativa A)
Iniciar infusão de vasopressores como noradrenalina de forma imediata, visando manter a
pressão arterial enquanto aguarda exames complementares.
(alternativa B) (CORRETA) 
Iniciar transfusão de hemoderivados, avaliar inclusão em protocolo de transfusão maciça e
manter hipotensão permissiva até o controle do sangramento.
(alternativa C)
Realizar tomografia computadorizada de corpo inteiro para localização do sangramento e avaliar,
após os resultados, a necessidade de intervenção cirúrgica.
(alternativa D)
Continuar com a infusão de cristaloides até a melhora da instabilidade hemodinâmica e manter o
paciente aquecido. 
Resposta comentada:
Justificativas:
Errada. Continuar com a infusão de cristaloides até a melhora da instabilidade hemodinâmica e
manter o paciente aquecido. A infusão de grandes volumes de cristaloide pode agravar a
coagulopatia do trauma e piorar a evolução clínica. Se não houver resposta à reposição inicial,
deve-se prosseguir com transfusão de sangue e hemoderivados.
Errada. Realizar tomografia computadorizada de corpo inteiro para localização do sangramento e
avaliar, após os resultados, a necessidade de intervenção cirúrgica.
A realização de tomografia em pacientes instáveis não é indicada. O ATLS recomenda que
pacientes instáveis com suspeita de sangramento sejam avaliados com FAST ou levados à
cirurgia, sem atrasos para exames de imagem.
Correta. Iniciar transfusão de hemoderivados, avaliar inclusão em protocolo de transfusão maciça
e manter hipotensão permissiva até o controle do sangramento.
A transfusão precoce de hemoderivados e o uso do protocolo de transfusão maciça são indicados
em pacientes que não respondem à reposição inicial. A hipotensão permissiva é uma estratégia
apropriada, desde que o paciente não tenha TCE grave associado.
Errada. Iniciar infusão de vasopressores como noradrenalina de forma imediata, visando manter a
pressão arterial enquanto aguarda exames complementares.
Vasopressores não devem ser utilizados como primeira escolha no choque hemorrágico. A
prioridade é restaurar o volume intravascular com cristaloides iniciais e, se necessário, transfusão
de hemoderivados.
Referência:
AMERICAN COLLEGE OF SURGEONS. Advanced Trauma Life Support – ATLS: Student
Course Manual. 10. ed. Chicago: American College of Surgeons, 2018.
10ª QUESTÃO
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Enunciado:
(Banco AFYA) Um paciente de 35 anos, vítima de colisão de alta energia, é admitido na sala de
trauma apresentando rebaixamento do nível de consciência, hipotensão arterial (PA 80/40
mmHg), taquicardia (FC 130 bpm) e respiração superficial. No exame primário do protocolo
ATLS, é detectado sangramento ativo na pelve e instabilidade hemodinâmica refratária à
reposição volêmica inicial com cristaloides. O FAST é positivo para líquido livre em pelve e
espaço hepatorrenal, e a radiografia pélvica mostra fratura instável. Qual das condutas a seguir
representa a estratégia terapêutica mais adequada e prioritária segundo o protocolo ATLS para
esse paciente? 
Alternativas:
(alternativa A)
Realizar tomografia computadorizada de abdome para avaliação da extensão do trauma
abdominal antes de qualquer intervenção adicional. 
(alternativa B)
Aplicação de manobras de compressão abdominal manual e monitoramento clínico até
estabilização dos sinais vitais.
(alternativa C) (CORRETA) 
Estabilização da pelve com cinta pélvica, acesso venoso calibroso com reposição volêmica
guiada por metas, e encaminhamento imediato ao centro cirúrgico para controle de hemorragia. 
(alternativa D)
Administração empírica de drogas vasopressoras para manutenção da perfusão cerebral,
postergando a abordagem cirúrgica até reversão do choque. 
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Resposta comentada:
Gabarito:
Estabilização da pelve com cinta pélvica, acesso venoso calibroso com reposição volêmica
guiada por metas, e encaminhamento imediato ao centro cirúrgico para controle de hemorragia.
Resposta Comentada:
“Realizar tomografia computadorizada de abdome para avaliação da extensão do trauma
abdominal antes de qualquer intervenção adicional.” — Incorreta. A TC não deve ser realizada em
pacientes instáveis, conforme o protocolo do ATLS. O FAST positivo e a instabilidade indicam a
necessidade de intervenção cirúrgica imediata.
“Estabilização da pelve com cinta pélvica, acesso venoso calibroso com reposição volêmica
guiada por metas, e encaminhamento imediato ao centro cirúrgico para controle de hemorragia.”
— Correta. Esta conduta segue os princípios do controle de danos, com estabilização da fratura
pélvica, reposição volêmica prudente (restrita e guiada) e cirurgia emergencial para hemostasia.
“Aplicação de manobras de compressão abdominal manual e monitoramento clínico até
estabilização dos sinais vitais.” — Incorreta. Manobras manuais não são efetivas na contenção de
hemorragias internas. A conduta expectante nãoé indicada em pacientes com instabilidade
hemodinâmica e FAST positivo.
“Administração empírica de drogas vasopressoras para manutenção da perfusão cerebral,
postergando a abordagem cirúrgica até reversão do choque.” — Incorreta. Vasopressores não
devem ser usados como tratamento inicial do choque hemorrágico. O foco deve ser o controle da
fonte do sangramento, ou seja, intervenção cirúrgica precoce.
 
Referência:
AMERICAN COLLEGE OF SURGEONS. Advanced Trauma Life Support (ATLS®): Student
Course Manual. 10. ed. Chicago: ACS, 2018.
11ª QUESTÃO
Enunciado:
(Banco AFYA) Um paciente de 63 anos, obeso, com antecedentes de DPOC e tabagismo,
procura o pronto-socorro com dor intensa e progressiva em região inguinal direita, associada a
náuseas, distensão abdominal e ausência de eliminação de flatos e fezes nas últimas 24 horas.
Ao exame físico, apresenta massa endurecida, irredutível, dolorosa à palpação e sem sinais de
peritonite. Com base nesse quadro, qual é a conduta terapêutica mais adequada diante da
complicação apresentada? 
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Alternativas:
(alternativa A)
Iniciar antibioticoterapia empírica, dieta zero e analgesia, aguardando melhora clínica para
posterior indicação cirúrgica eletiva. 
(alternativa B)
Realizar tentativa de redução manual com sedação e analgesia, seguida de alta hospitalar com
agendamento ambulatorial de hernioplastia.
(alternativa C)
Solicitar tomografia abdominal para confirmação diagnóstica e indicar tratamento conservador
com observação por 48 horas antes de qualquer intervenção. 
(alternativa D) (CORRETA) 
Indicar cirurgia de urgência para herniorrafia, com exploração do saco herniário e possível
ressecção intestinal, mesmo na ausência de sinais sistêmicos graves. 
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Resposta comentada:
Gabarito:
Indicar cirurgia de urgência para herniorrafia, com exploração do saco herniário e possível
ressecção intestinal, mesmo na ausência de sinais sistêmicos graves.
Resposta Comentada:
“Iniciar antibioticoterapia empírica, dieta zero e analgesia, aguardando melhora clínica para
posterior indicação cirúrgica eletiva.” — Incorreta. Em casos de hérnia encarcerada com
obstrução intestinal, o tratamento não é conservador, pois há risco iminente de estrangulamento e
necrose intestinal, mesmo na ausência de peritonite.
“Realizar tentativa de redução manual com sedação e analgesia, seguida de alta hospitalar com
agendamento ambulatorial de hernioplastia.” — Incorreta. A manobra de tax (redução manual)
está contraindicada em pacientes com quadro obstrutivo e dor progressiva, pois pode mascarar
uma alça já isquêmica e levar à perfuração intra-abdominal.
“Indicar cirurgia de urgência para herniorrafia, com exploração do saco herniário e possível
ressecção intestinal, mesmo na ausência de sinais sistêmicos graves.” — Correta. O quadro é
sugestivo de hérnia encarcerada com obstrução intestinal, que exige abordagem cirúrgica de
urgência. A exploração do conteúdo herniado permite avaliar a viabilidade das alças e realizar
ressecção se necessário, evitando complicações como necrose, perfuração e sepse.
“Solicitar tomografia abdominal para confirmação diagnóstica e indicar tratamento conservador
com observação por 48 horas antes de qualquer intervenção.” — Incorreta. A tomografia pode
auxiliar na avaliação, mas não deve postergar a cirurgia em um quadro típico de encarceramento
com obstrução. A observação clínica é contraindicada nesse contexto.
Referências:
SOCIEDADE BRASILEIRA DE CIRURGIA GERAL (SBCG). Diretrizes para tratamento das
hérnias de parede abdominal. São Paulo: SBCG, 2023.
BAILEY, C. B. ; LOVE, W. F. Cirurgia geral. 27. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2022.
MCCARTHY, M. A. et al. Management of incarcerated and strangulated hernias. Surgical Clinics
of North America, v. 100, n. 1, p. 123-134, 2024.
12ª QUESTÃO
Enunciado:
(Banco AFYA) Um lactente de 7 meses é levado ao pronto-socorro com histórico de episódios de
choro intenso intermitente, palidez, vômitos e evacuação com muco e sangue. No exame físico,
observa-se massa palpável no quadrante superior direito do abdome, sem sinais de irritação
peritoneal. Considerando os principais diagnósticos diferenciais de abdome agudo em pediatria,
qual das alternativas abaixo corresponde corretamente à hipótese diagnóstica mais provável, ao
exame indicado e ao tratamento inicial recomendado?
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Alternativas:
(alternativa A)
Má rotação intestinal; indicado o uso de enema opaco como primeiro exame e tratamento com
suporte clínico e dieta leve. 
(alternativa B) (CORRETA) 
Intussuscepção intestinal; ultrassonografia como exame de escolha e tentativa de redução não
cirúrgica com enema pneumático sob supervisão. 
(alternativa C)
Vólvulo intestinal; confirmação diagnóstica com ultrassonografia e tratamento ambulatorial com
medidas expectantes, já que a condição é autolimitada. 
(alternativa D)
Invaginação intestinal; indicado o uso de tomografia computadorizada como primeira escolha e
tratamento clínico com antibióticos e hidratação venosa. 
Resposta comentada:
Gabarito:
Intussuscepção intestinal; ultrassonografia com sinal do “alvo” como exame de escolha e
tentativa de redução não cirúrgica com enema pneumático sob supervisão.
Resposta Comentada:
“Intussuscepção intestinal; indicado o uso de tomografia computadorizada como primeira escolha
e tratamento clínico com antibióticos e hidratação venosa.” — Incorreta. A tomografia não é o
exame de primeira linha em crianças devido à exposição à radiação. O tratamento não é clínico
exclusivo, e sim reducional com enema, quando indicado.
“Má rotação intestinal; indicado o uso de enema opaco como primeiro exame e tratamento com
suporte clínico e dieta leve.” — Incorreta. A má rotação pode evoluir para vólvulo, quadro cirúrgico
de emergência. O enema não é indicado; o exame mais apropriado é o trânsito intestinal com
contraste oral ou sonda.
“Intussuscepção intestinal; ultrassonografia com sinal do “alvo” como exame de escolha e
tentativa de redução não cirúrgica com enema pneumático sob supervisão.” — Correta. O quadro
clínico descrito é típico de intussuscepção intestinal, e o tratamento padrão, na ausência de sinais
de perfuração, é a redução com enema sob controle radiológico.
“Vólvulo intestinal; confirmação diagnóstica com ultrassonografia e tratamento ambulatorial com
medidas expectantes, já que a condição é autolimitada.” — Incorreta. O vólvulo intestinal é uma
emergência cirúrgica. A ultrassonografia pode ser usada como triagem, mas o exame principal é
o trânsito intestinal contrastado. O tratamento é cirúrgico e imediato.
Referências:
Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). Departamento de Cirurgia Pediátrica. Manual de
orientação – Abordagem das urgências abdominais em pediatria. 2022.
Behrman, Kliegman, Jenson. Nelson Tratado de Pediatria. 21. ed. Rio de Janeiro: Elsevier,
2020.
13ª QUESTÃO
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Enunciado:
(AFYA Palmas) Homem de 38 anos, vítima de incêndio residencial, chega ao pronto-socorro com
queimaduras de terceiro grau em 35% da superfície corporal total (SCT), atingindo tronco anterior,
ambos os membros inferiores e parte do rosto. Foi admitido 3 horas após o acidente,
apresentando sinais de choque hipovolêmico e lesões profundas com risco de infecção. Após
estabilização inicial, é transferido para unidade de queimados, onde evolui com dor intensa em
membros inferiores, parestesia distal nas pernas e diminuição da perfusão nas extremidades. A
pressão intra-compartimental nas panturrilhas é de 40 mmHg.
Com base no quadro clínico e no valor da pressão compartimental, qual é a conduta mais
apropriada neste momento?
Alternativas:
(alternativa A)
A fasciotomia só está indicada se houver sinais clínicos de necrose muscular, que ainda não
foram identificados neste caso, sendo adequadaReferência:
DOHERTY, Gerard M. CURRENT Cirurgia. [Digite o Local da Editora]: Grupo A, 2017. E-book.
ISBN 9788580556018. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788580556018/. Acesso em: 28 maio 2024.
5ª QUESTÃO
Enunciado:
(UNIGRANRIO Barra) Paciente idoso, cardiopata com prótese metálica valvar, de 80 anos,
obeso, no 8º dia de pós-operatório de fratura de fêmur, apresenta queixa de edema, dor à
dorsiflexão do pé e empastamento da panturrilha esquerda. Embasado nesse quadro, qual das
condutas a seguir está correta em relação ao manejo inicial e seguimento desse paciente?
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Alternativas:
(alternativa A)
A terapia anticoagulante deve ser monitorada pelo INR, que deve permanecer abaixo de 1,2
durante toda a fase de tratamento com heparina não fracionada.
(alternativa B)
A duração máxima recomendada da anticoagulação para TVP associada a fator de risco
transitório, como cirurgia, é de três meses.
(alternativa C) (CORRETA) 
O tratamento com heparina não fracionada deve ser ajustado para manter o TTPa entre 60 e 80
segundos, com transição para anticoagulante oral (varfarina) visando INR entre 2,0 e 3,0.
(alternativa D)
Em pacientes idosos e obesos, é preferível evitar o uso de HBPM, iniciando-se diretamente a
anticoagulação oral com varfarina.
Resposta comentada:
A terapia anticoagulante deve ser monitorada pelo INR, que deve permanecer abaixo de 1,2
durante toda a fase de tratamento com heparina não fracionada. Incorreta – O INR é usado para
monitorar varfarina, e não a heparina. A heparina não fracionada é monitorada através do TTPa,
enquanto a HBPM não exige monitoramento de rotina, exceto em casos especiais. Além disso,
durante anticoagulação oral com varfarina, o INR alvo deve estar entre 2,0 e 3,0. INR abaixo de
1,2 é próximo ao normal, e não é indicativo de anticoagulação terapêutica.
A duração máxima recomendada da anticoagulação para TVP associada a fator de risco
transitório, como cirurgia, é de três meses. Incorreta – As principais diretrizes orientam que, para
TVP provocada por fator de risco transitório (ex.: cirurgia ortopédica), a duração mínima
recomendada da anticoagulação é de 3 meses. Não se define uma "duração máxima" rígida, pois
pode ser prolongada conforme avaliação do risco de recorrência e sangramento.
Em pacientes idosos e obesos, é preferível evitar o uso de HBPM, iniciando-se diretamente a
anticoagulação oral com varfarina. Incorreta – A heparina de baixo peso molecular (HBPM), como
enoxaparina, é uma opção segura e eficaz para tratamento inicial de TVP, mesmo em idosos e
obesos. O que deve ser considerado é a função renal e, em casos de obesidade extrema, o
ajuste da dose. A monoterapia inicial com varfarina não é recomendada, pois o início isolado pode
provocar estado pró-trombótico.
O tratamento com heparina não fracionada deve ser ajustado para manter o TTPa entre 60 e 80
segundos, com transição para anticoagulante oral visando INR entre 2,0 e 3,0. Correta – É
objetivo do tratamento com heparina não fracionada manter o PTT em 60 e 80 segundos, seguido
pela terapia com varfarina com INR de 2,5 a 3,0.
 
Referência:
Sabiston Textbook of Surgery: The Biological Basis of Modern Surgical Practice, 20ª edição.
6ª QUESTÃO
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Enunciado:
(Banco AFYA) Um paciente com diabetes mellitus tipo 2 descompensado procura o serviço de
emergência apresentando ferida crônica em região plantar, com bordas espessadas, base com
exsudato purulento e tecido necrótico focal. O exame físico mostra ausência de sinais sistêmicos
de infecção. Considerando os princípios fisiológicos da cicatrização, as comorbidades do paciente
e a abordagem baseada em evidências, qual das estratégias terapêuticas a seguir é mais
apropriada para promover a cicatrização dessa lesão? 
Alternativas:
(alternativa A)
Cobertura com gaze seca e uso empírico de antibióticos por via oral, mantendo a ferida ocluída
até o desaparecimento completo do exsudato. 
(alternativa B) (CORRETA) 
Desbridamento do tecido necrótico, controle glicêmico rigoroso, curativo com ambiente úmido e
reavaliação periódica da ferida.
(alternativa C)
Imersão da ferida em solução salina hipertônica e interrupção do uso de qualquer cobertura até
que ocorra cicatrização espontânea. 
(alternativa D)
Aplicação diária de solução iodada em alta concentração, exposição contínua ao ar para secagem
e evitar manipulação da ferida. 
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Resposta comentada:
Gabarito: Desbridamento do tecido necrótico, controle glicêmico rigoroso, curativo com ambiente
úmido e reavaliação periódica da ferida.
 
Resposta Comentada:
“Cobertura com gaze seca e uso empírico de antibióticos por via oral, mantendo a ferida ocluída
até o desaparecimento completo do exsudato.” — Incorreta. A gaze seca não promove um
ambiente ideal para cicatrização, e o uso empírico de antibióticos sem sinais sistêmicos de
infecção não é indicado de forma rotineira. O exsudato deve ser manejado, e não evitado a
qualquer custo.
“Desbridamento do tecido necrótico, controle glicêmico rigoroso, curativo com ambiente úmido e
reavaliação periódica da ferida.” — Correta. Essa estratégia reúne os elementos fundamentais
para cicatrização de feridas crônicas em pacientes diabéticos: remoção de tecido desvitalizado,
controle metabólico, uso de curativos modernos que mantêm a umidade ideal e acompanhamento
clínico regular.
“Aplicação diária de solução iodada em alta concentração, exposição contínua ao ar para
secagem e evitar manipulação da ferida.” — Incorreta. Soluções iodadas em alta concentração
são citotóxicas, e a exposição ao ar seco retarda a cicatrização. Manipulação cuidadosa e
ambiente úmido são princípios da moderna abordagem de feridas.
“Imersão da ferida em solução salina hipertônica e interrupção do uso de qualquer cobertura até
que ocorra cicatrização espontânea.” — Incorreta. A cicatrização espontânea em feridas crônicas
não é eficiente sem intervenções locais adequadas. A salina hipertônica pode ser útil em casos
selecionados para desbridamento osmótico, mas não substitui curativo apropriado e
desbridamento eficaz.
Referências:
SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES (SBD). Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes
2023-2024. São Paulo: Clannad, 2023.
INTERNATIONAL WORKING GROUP ON THE DIABETIC FOOT (IWGDF). IWGDF Guidelines
on the prevention and management of diabetic foot disease. The Hague: IWGDF, 2023.
FERREIRA, L. M.; et al. Bases fisiológicas e clínicas da cicatrização. Revista do Colégio
Brasileiro de Cirurgiões, v. 43, n. 3, p. 174–179, 2016.
7ª QUESTÃO
Enunciado:
(Banco AFYA) Um paciente de 42 anos chega à sala de emergência após colisão de alta energia,
apresentando dispneia, dor torácica intensa, enfisema subcutâneo e desvio de traqueia para o
lado esquerdo. No exame físico, observa-se ausência de murmúrio vesicular no hemitórax direito,
turgência jugular e instabilidade hemodinâmica.
Considerando os diferentes tipos de trauma torácico e seus sinais clínicos, qual é o diagnóstico
mais provável e a conduta imediata adequada?
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Alternativas:
(alternativa A)
Tórax instável; realizar imobilização torácica com faixa compressiva e administrar opioides para
analgesia.
(alternativa B)
Contusão pulmonar à esquerda; iniciar antibiótico intravenoso e oxigenoterapia de alto fluxo.
(alternativa C)
Hemotórax maciço à direita; realizar toracocentese com agulha de grosso calibre no segundo
espaço intercostal, linha médio-clavicular.
(alternativa D) (CORRETA) 
Pneumotórax hipertensivo à direita; realizar descompressão imediata com agulha e, em seguida,
drenagem torácica em selo d’água.
Resposta comentada:
“Hemotórax maciço à direita; realizar toracocentese com agulha de grosso calibre no segundo
espaço intercostal, linha médio-clavicular.” — Incorreta. O hemotórax requera observação com suporte clínico.
(alternativa B)
A elevação da pressão intra-compartimental é comum nas primeiras 24 horas e deve ser tratada
com analgesia, hidratação e reavaliação clínica periódica antes de qualquer cirurgia.
(alternativa C) (CORRETA) 
O diagnóstico de síndrome compartimental deve ser considerado e está indicada a fasciotomia
imediata, com o objetivo de evitar isquemia e necrose muscular progressiva.
(alternativa D)
A prioridade inicial é controlar o risco infeccioso e manter a estabilidade hemodinâmica,
postergando qualquer intervenção muscular até o terceiro dia de evolução.
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Resposta comentada:
Correta. O diagnóstico de síndrome compartimental deve ser considerado e está indicada a
fasciotomia imediata, com o objetivo de evitar isquemia e necrose muscular progressiva.
A síndrome compartimental é uma emergência cirúrgica. A pressão de 40 mmHg associada à dor
intensa, parestesia e hipoperfusão distal confirma o diagnóstico. A fasciotomia imediata está
indicada para evitar necrose muscular, dano nervoso e perda funcional.
Errada. A elevação da pressão intra-compartimental é comum nas primeiras 24 horas e deve ser
tratada com analgesia, hidratação e reavaliação clínica periódica antes de qualquer cirurgia.
Embora a elevação da pressão compartimental possa ocorrer em queimaduras, valores acima de
30 mmHg com sintomas clínicos não devem ser tratados conservadoramente. Atrasar a
intervenção cirúrgica pode resultar em lesão irreversível.
Errada. A fasciotomia só está indicada se houver sinais clínicos de necrose muscular, que ainda
não foram identificados neste caso, sendo adequada a observação com suporte clínico. A
necrose muscular é uma complicação tardia. A fasciotomia deve ser feita antes que ela ocorra,
com base em sinais clínicos precoces e pressão elevada, como no caso apresentado.
Errada. A prioridade inicial é controlar o risco infeccioso e manter a estabilidade hemodinâmica,
postergando qualquer intervenção muscular até o terceiro dia de evolução.
A síndrome compartimental é uma urgência absoluta e não deve ser postergada para após a
estabilização hemodinâmica tardia. O risco de dano permanente é elevado se o tratamento for
adiado.
Referências:
AMERICAN COLLEGE OF SURGEONS. Advanced Trauma Life Support – ATLS: Student
Course Manual. 10. ed. Chicago: ACS, 2018.
MATHES, S.J. ; NAHABEDIAN, M.Y. Surgical Treatment of Burns and Wounds. In: Plastic
Surgery. 3rd ed. Elsevier, 2013.
14ª QUESTÃO
Enunciado:
(Banco AFYA) Um paciente de 45 anos dá entrada na emergência com dor abdominal localizada
no quadrante inferior esquerdo, febre e leucocitose. A tomografia computadorizada de abdome
com contraste mostra espessamento da parede do cólon sigmoide, infiltração da gordura
pericólica e presença de bolhas de gás extraluminal sem líquido livre abundante. Considerando o
quadro clínico e os achados radiológicos, qual das alternativas corresponde corretamente ao
diagnóstico mais provável e aos principais achados de imagem associados às demais condições
inflamatórias abdominais agudas? 
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Alternativas:
(alternativa A)
O diagnóstico é de obstrução intestinal secundária à má rotação.
(alternativa B) (CORRETA) 
Trata-se de diverticulite aguda.
(alternativa C)
O quadro é compatível com apendicite aguda.
(alternativa D)
Trata-se de colecistite aguda.
Resposta comentada:
Gabarito: Trata-se de diverticulite aguda. A diverticulite aguda do sigmoide é comum após os 40
anos, e os achados descritos na TC são clássicos, principalmente quando complicações como
perfuração localizada estão presentes.
 
Resposta Comentada:
“O quadro é compatível com apendicite aguda — Esta afirmativa está incorreta. Apendicite aguda
se manifesta por espessamento e dilatação do apêndice (>6 mm), realce da parede e inflamação
da gordura periapendicular, não necessariamente com dilatação do ceco ou gás livre.
“Trata-se de colecistite aguda — Esta afirmativa está incorreta. A colecistite aguda cursa com
espessamento da parede da vesícula, líquido perivesicular e sinal de Murphy ultrassonográfico
positivo, sem relação com espessamento colônico.
“O diagnóstico é de obstrução intestinal secundária à má rotação — Esta afirmativa está
incorreta. Esta condição é típica da infância, e os achados descritos no enunciado são mais
compatíveis com inflamação colônica segmentar.
Referências:
BRASIL. Protocolo de uso da tomografia computadorizada no abdome agudo. Brasília: Ministério
da Saúde, 2018.
SILVA, A. C. ; COSTA, L. B. ; MARCHINI, G. S. Diagnóstico por imagem no abdome agudo.
Radiologia Brasileira, São Paulo, v. 45, n. 4, p. 225–231, jul./ago. 2012.
15ª QUESTÃO
Enunciado:
(Banco AFYA) Um adolescente de 15 anos procura a emergência com dor testicular súbita,
intensa, iniciada há 4 horas, associada a náuseas e vômitos. Ao exame físico, observa-se
testículo elevado e horizontalizado, com ausência do reflexo cremastérico à direita e importante
sensibilidade local. 
Diante do quadro clínico e dos achados complementares, qual das condutas abaixo representa a
terapêutica mais eficaz e imediata? 
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Alternativas:
(alternativa A)
Iniciar tratamento para priapismo com punção aspirativa e irrigação com solução salina fria,
seguido de injeção intracavernosa de simpatomimético. 
(alternativa B)
Prescrever anti-inflamatórios e analgésicos, solicitar avaliação ambulatorial com urologista e
repetir Doppler em 24 horas.
(alternativa C)
Realizar biópsia testicular para confirmação do diagnóstico de orquiepididimite e iniciar antibióticos
de amplo espectro.
(alternativa D) (CORRETA) 
Encaminhar imediatamente para exploração cirúrgica e orquidopexia, preferencialmente dentro
das primeiras 6 horas.
Resposta comentada:
“Prescrever anti-inflamatórios e analgésicos, solicitar avaliação ambulatorial com urologista e
repetir Doppler em 24 horas.” — Incorreta. O atraso no diagnóstico e tratamento da torção
testicular pode levar à necrose testicular. O tempo de viabilidade testicular é menor que 6 horas, e
condutas conservadoras colocam em risco a função gonadal.
“Realizar biópsia testicular para confirmação do diagnóstico de orquiepididimite e iniciar
antibióticos de amplo espectro.” — Incorreta. A biópsia testicular é contraindicada em contexto
agudo e não é necessária para diagnóstico de orquiepididimite. Além disso, o quadro clínico e
ultrassonográfico favorece fortemente torção, não infecção.
“Encaminhar imediatamente para exploração cirúrgica e orquidopexia, preferencialmente dentro
das primeiras 6 horas.” — Correta. O quadro é clássico de torção testicular. A torção testicular é
uma emergência urológica, e o tempo de viabilidade testicular diminui progressivamente após 6
horas. A conduta correta é exploração cirúrgica imediata com orquidopexia, geralmente bilateral.
“Iniciar tratamento para priapismo com punção aspirativa e irrigação com solução salina fria,
seguido de injeção intracavernosa de simpatomimético.” — Incorreta. A conduta descrita é
apropriada para priapismo isquêmico, mas o quadro clínico descrito é incompatível com
priapismo, e sim típico de torção testicular.
Referência:
PATERSON-BROWN, Simon. Tópicos Essenciais em Cirurgia Geral e de Emergência: Grupo
GEN, 2016. E-book. ISBN 9788595156517. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595156517/. Acesso em: 28 maio 2024.
16ª QUESTÃO
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Enunciado:
(AFYA Palmas) Uma criança de 18 meses, previamente hígida, é levada ao pronto-socorro com
história de episódios de choro inconsolável, com flexão das pernas sobre o abdome, alternados
com períodos de aparente melhora, iniciados há cerca de 12 horas.
A mãe refere também vômitos e a presença de fezes com sangue e muco, descritas como
"geléia de morango".
Ao exame físico, a criança apresenta-se prostrada,com abdome distendido e doloroso à
palpação, associado a sinais de irritação peritoneal difusa.
Qual deve ser a conduta inicial mais adequada neste caso?
Alternativas:
(alternativa A)
Iniciar hidratação intravenosa com antibiótico empírico por 48h e considerar laparotomia.
(alternativa B) (CORRETA) 
Contraindicar enema, optando por cirurgia imediata devido aos sinais clínicos de peritonite difusa.
(alternativa C)
Realizar radiografia de abdômen. Confirmada a intussuscepção, realizar redução com solução
salina ou ar.
(alternativa D)
Confirmar o diagnóstico com tomografia e tentar redução com enema baritado.
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Resposta comentada:
Correta. Contraindicar enema, optando por cirurgia imediata devido aos sinais clínicos de
peritonite difusa. A conduta recomendada em casos com sinais clínicos de peritonite é a cirurgia
imediata. A redução não cirúrgica com enema está absolutamente contraindicada na presença de
peritonite ou instabilidade hemodinâmica.
Errada. Confirmar o diagnóstico com tomografia e tentar redução com enema baritado. O exame
de escolha para avaliação inicial de invaginação intestinal é a ultrassonografia, não a tomografia,
especialmente em crianças pequenas, devido à ausência de radiação e alta sensibilidade. A
presença de sinais clínicos de irritação peritoneal indica provável complicação grave (necrose,
perfuração, peritonite) e, nesses casos, a redução com enema é contraindicada. A conduta é a
cirurgia imediata, não tentativa de redução com enema.
Errada. Realizar radiografia de abdômen. Confirmada a intussuscepção, realizar redução com
solução salina ou ar. A radiografia pode sugerir invaginação ou excluir pneumoperitônio, mas não
é necessária para diagnóstico definitivo além do que o exame de escolha é a ultrassonografia. Na
presença de sinais de irritação peritoneal, é contraindicado realizar qualquer tentativa de redução
não cirúrgica, incluindo redução hidrostática ou pneumática. O risco de perfuração e agravamento
é muito elevado.
Errada. Iniciar hidratação intravenosa com antibiótico empírico por 48h e considerar laparotomia.
É correta a necessidade de iniciar hidratação venosa e antibioticoterapia empírica. Contudo, a
presença de sinais de peritonite difusa exige intervenção cirúrgica imediata. Não se deve
"aguardar 48 horas" nem "considerar" laparotomia — deve-se realizá-la prontamente. A conduta
expectante não é segura nesse quadro.
Referências:
Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). Departamento de Cirurgia Pediátrica. Manual de
orientação – Abordagem das urgências abdominais em pediatria. 2022.
Behrman, Kliegman, Jenson. Nelson Tratado de Pediatria. 21. ed. Rio de Janeiro: Elsevier,
2020.
17ª QUESTÃO
Enunciado:
(UNIGRANRIO Barra) Paciente idoso, cardiopata com prótese metálica valvar, de 80 anos,
obeso, no 8º dia de pós-operatório de fratura de fêmur, apresenta queixa de edema, dor à
dorsiflexão do pé e empastamento da panturrilha esquerda. Embasado nesse quadro, qual das
condutas a seguir está correta em relação ao manejo inicial e seguimento desse paciente?
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Alternativas:
(alternativa A) (CORRETA) 
O tratamento com heparina não fracionada deve ser ajustado para manter o TTPa entre 60 e 80
segundos, com transição para anticoagulante oral (varfarina) visando INR entre 2,0 e 3,0.
(alternativa B)
Em pacientes idosos e obesos, é preferível evitar o uso de HBPM, iniciando-se diretamente a
anticoagulação oral com varfarina.
(alternativa C)
A duração máxima recomendada da anticoagulação para TVP associada a fator de risco
transitório, como cirurgia, é de três meses.
(alternativa D)
A terapia anticoagulante deve ser monitorada pelo INR, que deve permanecer abaixo de 1,2
durante toda a fase de tratamento com heparina não fracionada.
Resposta comentada:
A terapia anticoagulante deve ser monitorada pelo INR, que deve permanecer abaixo de 1,2
durante toda a fase de tratamento com heparina não fracionada. Incorreta – O INR é usado para
monitorar varfarina, e não a heparina. A heparina não fracionada é monitorada através do TTPa,
enquanto a HBPM não exige monitoramento de rotina, exceto em casos especiais. Além disso,
durante anticoagulação oral com varfarina, o INR alvo deve estar entre 2,0 e 3,0. INR abaixo de
1,2 é próximo ao normal, e não é indicativo de anticoagulação terapêutica.
A duração máxima recomendada da anticoagulação para TVP associada a fator de risco
transitório, como cirurgia, é de três meses. Incorreta – As principais diretrizes orientam que, para
TVP provocada por fator de risco transitório (ex.: cirurgia ortopédica), a duração mínima
recomendada da anticoagulação é de 3 meses. Não se define uma "duração máxima" rígida, pois
pode ser prolongada conforme avaliação do risco de recorrência e sangramento.
Em pacientes idosos e obesos, é preferível evitar o uso de HBPM, iniciando-se diretamente a
anticoagulação oral com varfarina. Incorreta – A heparina de baixo peso molecular (HBPM), como
enoxaparina, é uma opção segura e eficaz para tratamento inicial de TVP, mesmo em idosos e
obesos. O que deve ser considerado é a função renal e, em casos de obesidade extrema, o
ajuste da dose. A monoterapia inicial com varfarina não é recomendada, pois o início isolado pode
provocar estado pró-trombótico.
O tratamento com heparina não fracionada deve ser ajustado para manter o TTPa entre 60 e 80
segundos, com transição para anticoagulante oral visando INR entre 2,0 e 3,0. Correta – É
objetivo do tratamento com heparina não fracionada manter o PTT em 60 e 80 segundos, seguido
pela terapia com varfarina com INR de 2,5 a 3,0.
 
Referência:
Sabiston Textbook of Surgery: The Biological Basis of Modern Surgical Practice, 20ª edição.
18ª QUESTÃO
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Enunciado:
(AFYA Santa Inês) Um paciente de 68 anos, com histórico de hipertensão arterial sistêmica
(HAS) e diabetes mellitus (DM) insulinodependente de difícil controle, deu entrada em uma
unidade de pronto atendimento relatando dor intensa no hipocôndrio direito, com início há
aproximadamente 48 horas. O quadro clínico é acompanhado de náusea, um episódio de vômito
e febre (38 ºC). O uso de analgésicos proporcionou alívio mínimo dos sintomas. Foram
solicitados exames laboratoriais e uma tomografia computadorizada (TC) de abdome como parte
da investigação inicial, que revelou quadro sugestivo de colecistite aguda enfisematosa.
Considerando o quadro clínico descrito, qual é o principal agente etiológico associado a essa
condição?
Alternativas:
(alternativa A)
Klebsiella pneumoniae
(alternativa B) (CORRETA) 
Clostridium perfringens
(alternativa C)
Escherichia coli
(alternativa D)
Proteus mirabilis
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Resposta comentada:
Resposta correta: Clostridium welchii.
O paciente apresenta um quadro clínico sugestivo de colecistite aguda enfisematosa, uma forma
grave de colecistite aguda caracterizada pela presença de gás na parede da vesícula biliar,
identificado na tomografia de abdome. Esse tipo de infecção ocorre com maior frequência em
pacientes diabéticos e idosos, como o caso descrito.
A colecistite enfisematosa é causada por bactérias anaeróbias formadoras de gás, sendo o
Clostridium welchii (sinônimo de Clostridium perfringens) o agente etiológico mais comum. Esse
microrganismo consegue produzir toxinas e gás, explicando a presença de ar na parede da
vesícula observada na TC.
Demais alternativas:
Escherichia coli – Incorreta
A E. coli é uma bactéria Gram-negativa frequentemente envolvida em infecções do trato urinário e
em casos de colecistite aguda não enfisematosa. Embora possa estar presente em até 15% dos
casos de colecistite enfisematosa, não é o agente mais prevalente. Apesar de ser comum em
infecções abdominais, não é a principal causadora da forma enfisematosa da doença.
Proteus mirabilis – Incorreta
O Proteus mirabilisé uma bactéria Gram-negativa, associada principalmente a infecções do trato
urinário e à formação de cálculos renais devido à sua capacidade de produzir urease. Raramente
está envolvido em infecções da vesícula biliar, especialmente na forma enfisematosa. Não é um
patógeno comum em colecistite enfisematosa.
Klebsiella pneumoniae – Incorreta
A Klebsiella pneumoniae pode ser isolada em alguns casos de infecções biliares, incluindo
colecistite aguda, especialmente em pacientes imunossuprimidos e diabéticos. Apesar de estar
associada a infecções graves, não é o microrganismo mais comum na colecistite enfisematosa.
Embora possa estar presente, sua prevalência é menor em comparação com o Clostridium
welchii.
Referências:
AMERICAN COLLEGE OF SURGEONS. ATLS: Advanced Trauma Life Support: Student Course
Manual. 10ª ed. Chicago: American College of Surgeons, 2018. ISBN: 978-0-9968262-3-5.
SCHWARTZ, Seymour I. ; BRUNICARDI, F. C.; et al. Princípios de Cirurgia. 9ª ed. Rio de
Janeiro: McGraw-Hill, 2014. 2 v.
TOWNSEND, C. M. BEAUCHAMP, R. D. ; EVERS, B. M. ; MATTOX, K. L. Sabiston: Tratado de
Cirurgia – A Base Biológica da Prática Cirúrgica Moderna. 20ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2019.
2 v.
WALSH, P. C. CAMPBELL, M. F.; et al. Campbell-Walsh Urology. 11ª ed. Philadelphia:
Saunders/Elsevier, 2016. 4 v.
19ª QUESTÃO
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Enunciado:
(Banco AFYA) Durante a preparação para um bloqueio de plexo braquial via abordagem axilar em
um paciente de 70 kg, com função hepática e renal preservadas, o anestesiologista opta pelo uso
de lidocaína sem vasoconstritor.
Considerando a dose máxima recomendada de lidocaína sem vasoconstritor de 4,5mg/Kg e
utilizando uma solução de lidocaína a 2%, qual é o volume máximo que pode ser administrado?
Alternativas:
(alternativa A)
31,5 mL
(alternativa B)
14 mL 
(alternativa C)
17,5 mL
(alternativa D) (CORRETA) 
15,75 mL 
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Resposta comentada:
Cálculo e Resposta Comentada:
Passo 1: Calcular a dose máxima em mg.
Fórmula:
Dose máxima (mg) = peso (kg) × dose máxima recomendada (mg/kg)
→ 70 kg × 4,5 mg/kg = 315 mg
Passo 2: Calcular o volume correspondente em mL para solução a 2%.
Lidocaína 2% = 20 mg/mL
Volume (mL) = Dose (mg) ÷ Concentração (mg/mL)
→ 315 mg ÷ 20 mg/mL = 15,75 mL
 
Análise das Alternativas:
14 mL” — Incorreta. Subestima tanto a dose máxima quanto o volume correspondente.
15,75 mL” — Correta. Calculada com base em peso e concentração da solução.
31,5 mL” — Incorreta. Excede a dose, uma vez que a solução usada é 2%.
17,5 mL” — Incorreta. Excede a dose máxima recomendada, aumentando o risco de toxicidade
sistêmica.
Referência:
SAVASSI-ROCHA, Paulo R. ; SANCHES, Soraya Rodrigues de A. ; SAVASSI-ROCHA,
Alexandre L. Cirurgia de ambulatório: MedBook Editora, 2013. E-book. ISBN 9786557830215.
Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786557830215/. Acesso em: 28
maio 2024.
20ª QUESTÃO
Enunciado:
(Banco AFYA) Um paciente de 55 anos, vítima de trauma facial grave, foi submetido a
traqueostomia de urgência para garantir a via aérea. Após a estabilização clínica, permanece em
unidade de terapia intensiva com suporte ventilatório mecânico.
Considerando o manejo pós-operatório da via aérea cirúrgica, qual plano de cuidados é mais
adequado para evitar complicações e promover a segurança do paciente? 
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Alternativas:
(alternativa A) (CORRETA) 
Realizar fixação adequada da cânula, monitorar acúmulo de secreções, inspecionar o local da
incisão regularmente e material de aspiração à beira do leito.
(alternativa B)
Evitar manipulações próximas à cânula nas primeiras 72 horas para prevenir infecções,
suspendendo a higiene local nesse período. 
(alternativa C)
Após 48 horas de monitoramento com estabilidade, reduzir a frequência de avaliação local a cada
72 horas. 
(alternativa D)
Manter curativo oclusivo e compressivo no local da traqueostomia, aspirar secreções apenas
quando o paciente apresentar tosse ou desconforto. 
Resposta comentada:
“Manter curativo oclusivo e compressivo no local da traqueostomia, aspirar secreções apenas
quando o paciente apresentar tosse ou desconforto.” — Incorreta. O curativo não deve ser
compressivo e a aspiração de secreções deve ser feita de forma programada ou conforme
avaliação clínica, não apenas por sintomas.
“Realizar fixação adequada da cânula, monitorar acúmulo de secreções, inspecionar o local da
incisão regularmente e material de aspiração à beira do leito.” — Correta. Essas são práticas
recomendadas no cuidado com a traqueostomia, prevenindo deslocamento acidental, obstruções,
infecções e falhas ventilatórias. O cuidado envolve monitoramento contínuo, higiene local e
suporte da equipe multiprofissional.
“Após 48 horas de monitoramento com estabilidade, reduzir a frequência de avaliação local a
cada 72 horas.” — Incorreta. Mesmo com estabilidade após 48h, não exime a necessidade de
monitoramento contínuo.
“Evitar manipulações próximas à cânula nas primeiras 72 horas para prevenir infecções,
suspendendo a higiene local nesse período.” — Incorreta. A higiene local é essencial desde o pós-
operatório imediato para evitar colonização e infecções. Manipulações devem ser feitas com
técnica asséptica, não evitadas.
Referências:
PATERSON-BROWN, Simon. Tópicos Essenciais em Cirurgia Geral e de Emergência: Grupo
GEN, 2016. E-book. ISBN 9788595156517. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595156517/. Acesso em: 28 maio 2024.
RIBEIRO JUNIOR, Marcelo A. F. Fundamentos em cirurgia do trauma. Rio de Janeiro: Roca,
2016. 1 recurso online. ISBN 9788527730587. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527730587/. Acesso em: 19 set. 2017.
21ª QUESTÃO
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Enunciado:
(Banco AFYA) Durante o atendimento inicial a um paciente politraumatizado em sala de
emergência, a equipe segue o protocolo do Advanced Trauma Life Support (ATLS). Após garantir
a segurança da cena, inicia-se o exame primário com o objetivo de identificar e tratar
imediatamente lesões que oferecem risco à vida. Com base nesse protocolo, qual das
alternativas a seguir descreve corretamente uma das etapas do exame primário e sua
intervenção associada? 
Alternativas:
(alternativa A)
Exame físico detalhado de todas as extremidades, com imobilização de fraturas e solicitação de
radiografias de rotina. 
(alternativa B)
Lavagem gástrica precoce para todos os pacientes com trauma abdominal fechado,
independentemente da estabilidade hemodinâmica. 
(alternativa C)
Avaliação da pupila e função motora dos membros inferiores, com realização imediata de
tomografia de crânio. 
(alternativa D) (CORRETA) 
Verificação da amplitude respiratória e ausculta pulmonar, com intervenção imediata em caso de
pneumotórax hipertensivo com toracocentese de alívio. 
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Resposta comentada:
Gabarito:
Verificação da amplitude respiratória e ausculta pulmonar, com intervenção imediata em caso de
pneumotórax hipertensivo com toracocentese de alívio.
 Resposta Comentada:
“Avaliação da pupila e função motora dos membros inferiores, com realização imediata de
tomografia de crânio.” — Incorreta. Essa conduta faz parte do exame neurológico do exame
secundário, não do primário, e a tomografia só é realizada após estabilização clínica.
“Verificação da amplitude respiratória e ausculta pulmonar, com intervenção imediata em caso de
pneumotórax hipertensivo com toracocentese de alívio.” — Correta. Esta é uma etapa do "B"
(Breathing) do exame primário do ATLS, com conduta imediata diante de uma condição
potencialmente fatal. O pneumotórax hipertensivo é tratado com punção descompressiva seguida
de drenagem torácica.
“Exame físico detalhado de todas as extremidades, com imobilização defraturas e solicitação de
radiografias de rotina.” — Incorreta. Essa conduta pertence ao exame secundário, que é realizado
após estabilização inicial e avaliação das funções vitais.
“Lavagem gástrica precoce para todos os pacientes com trauma abdominal fechado,
independentemente da estabilidade hemodinâmica.” — Incorreta. Lavagem gástrica não é
indicada rotineiramente em trauma, e o tratamento do trauma abdominal depende da avaliação
clínica e hemodinâmica, geralmente com FAST ou tomografia.
Referência:
AMERICAN COLLEGE OF SURGEONS. Advanced Trauma Life Support (ATLS®): Student
Course Manual. 10. ed. Chicago: ACS, 2018.
22ª QUESTÃO
Enunciado:
(Banco AFYA) Um homem de 40 anos, vítima de ferimento torácico penetrante, é admitido na
emergência com dispneia, cianose periférica e abaulamento de veias cervicais. O exame revela
bulhas cardíacas abafadas, queda progressiva da pressão arterial e pulso paradoxal. Qual das
condutas abaixo é mais adequada quanto ao tratamento imediato recomendado no manejo do
choque nesse contexto? 
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Alternativas:
(alternativa A)
Realizar toracocentese com agulha no segundo espaço intercostal e infundir cristaloides em
pequena quantidade para evitar sobrecarga cardíaca. 
(alternativa B)
Indicar drenagem torácica bilateral com sonda 36 Fr e iniciar infusão contínua de noradrenalina
para restaurar o débito cardíaco antes de qualquer intervenção invasiva.
(alternativa C) (CORRETA) 
Realizar punção pericárdica imediata (pericardiocentese) e iniciar infusão de 500 a 1.000 mL de
cristaloide para manter enchimento cardíaco adequado até abordagem definitiva. 
(alternativa D)
Iniciar ressuscitação volêmica vigorosa com 2.000 mL de solução hipertônica e encaminhar o
paciente para tomografia antes da intervenção cirúrgica. 
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Resposta comentada:
“Realizar toracocentese com agulha no segundo espaço intercostal e infundir cristaloides em
pequena quantidade para evitar sobrecarga cardíaca.” — Incorreta. A toracocentese no segundo
espaço intercostal é indicada para pneumotórax hipertensivo, e não para tamponamento cardíaco,
cuja abordagem correta é pericardiocentese. 
“Iniciar ressuscitação volêmica vigorosa com 2.000 mL de solução hipertônica e encaminhar o
paciente para tomografia antes da intervenção cirúrgica.” — Incorreta. Volumes muito altos
podem agravar o tamponamento, e a tomografia não deve ser priorizada em instabilidade
hemodinâmica, especialmente em uma emergência clínica já identificada clinicamente. 
“Realizar punção pericárdica imediata (pericardiocentese) e iniciar infusão de 500 a 1.000 mL de
cristaloide para manter enchimento cardíaco adequado até abordagem definitiva.” — Correta. A
pericardiocentese é a medida de alívio temporário indicada para tamponamento cardíaco, e a
infusão de cristaloides em volume moderado ajuda a manter a pré-carga enquanto se organiza a
toracotomia ou pericardiotomia definitiva. 
“Indicar drenagem torácica bilateral com sonda 36 Fr e iniciar infusão contínua de noradrenalina
para restaurar o débito cardíaco antes de qualquer intervenção invasiva.” — Incorreta. A
drenagem torácica não resolve o tamponamento pericárdico, e vasopressores não são a conduta
inicial. O alívio da compressão sobre o coração é prioritário antes do uso de drogas vasoativas. 
Referências: 
MORETTI, Miguel Antônio; BAPTISTA FILHO, Mario Lúcio Alves (ed.). Manual de cuidados
perioperatórios. São Paulo: Manole, 2014. 1 recurso online. ISBN 9788520451663. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788520451663/. Acesso em: 19 set. 2017.
PATERSON-BROWN, Simon. Tópicos Essenciais em Cirurgia Geral e de Emergência: Grupo
GEN, 2016. E-book. ISBN 9788595156517. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595156517/. Acesso em: 28 mai. 2024.
RIBEIRO JUNIOR, Marcelo A. F. Fundamentos em cirurgia do trauma. Rio de Janeiro: Roca,
2016. 1 recurso online. ISBN 9788527730587. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527730587/. Acesso em: 19 set. 2017.
23ª QUESTÃO
Enunciado:
(Banco AFYA) Um paciente de 65 anos, com diagnóstico de choque séptico, necessita de acesso
venoso central para administração de drogas vasoativas e monitorização hemodinâmica. Durante
a avaliação pré-procedimento, o médico identifica que o paciente apresenta coagulopatia
importante (INR 2,5) e plaquetopenia (40.000/mm³), além de uma infecção cutânea extensa na
região cervical. Considerando as indicações, contraindicações e boas práticas para a inserção de
um cateter venoso central (CVC), qual a conduta mais adequada neste caso?
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Alternativas:
(alternativa A)
Realizar o procedimento na veia jugular interna esquerda, com técnica anatômica tradicional, pois
é uma abordagem de menor risco. 
(alternativa B)
Realizar a punção venosa central na veia subclávia direita, por ser menos compressível,
reduzindo o risco de sangramento.
(alternativa C)
Contraindicar o procedimento pela coagulopatia, independentemente da necessidade clínica, e
optar por acesso venoso periférico.
(alternativa D) (CORRETA) 
Proceder à correção dos distúrbios da coagulação, quando possível, e considerar a punção
guiada por ultrassom na veia femoral.
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Resposta comentada:
Gabarito: Proceder à correção dos distúrbios da coagulação, quando possível, e considerar a
punção guiada por ultrassom na veia femoral.
Nos casos de coagulopatia e plaquetopenia, é recomendado corrigir esses distúrbios sempre que
possível antes da inserção do CVC. A presença de infecção local na região cervical contraindica
o acesso pela veia jugular. A veia femoral é uma opção viável em situações emergenciais, por ser
facilmente compressível, reduzindo o risco de sangramento, especialmente quando guiada por
ultrassonografia, que aumenta a segurança do procedimento.
Justificativa das incorretas:
Realizar a punção venosa central na veia subclávia direita, por ser menos compressível,
reduzindo o risco de sangramento. Embora a veia subclávia seja considerada uma via de menor
colonização bacteriana, ela é de difícil compressão e não recomendada em pacientes com
coagulopatias importantes ou plaquetopenia, devido ao alto risco de sangramento incontrolável e
pneumotórax. Portanto, essa escolha não é adequada.
Contraindicar o procedimento pela coagulopatia, independentemente da necessidade clínica, e
optar por acesso venoso periférico.
A coagulopatia é uma contraindicação relativa, não absoluta, ao acesso venoso central. Em
casos de necessidade emergencial, como no choque séptico, deve-se buscar corrigir os
distúrbios, mas a obtenção do acesso é essencial para administração de medicamentos
vasoativos. A via periférica não é suficiente para drogas irritantes ou de administração contínua
em doses altas.
Realizar o procedimento na veia jugular interna esquerda, com técnica anatômica tradicional, pois
é uma abordagem de menor risco.
A infecção extensa na região cervical contraindica o uso da veia jugular interna, pois o acesso
através de um local infeccionado pode disseminar a infecção para a corrente sanguínea.
Além disso, realizar a punção com técnica de anatomia tradicional, sem ultrassom, aumenta o
risco de complicações. O uso de ultrassonografia é hoje considerado padrão de cuidado sempre
que disponível.
Referências:
ASSOCIAÇÃO DE MEDICINA INTENSIVA BRASILEIRA. Diretrizes para inserção e manutenção
de cateter venoso central em pacientes críticos. São Paulo: AMIB, 2017.
MARINO, Paul. Manual de terapia intensiva. 5. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2020.
24ª QUESTÃO
Enunciado:
(Banco AFYA) Um paciente de 42 anos chega à sala de emergência após colisão de alta energia,
apresentando dispneia, dor torácica intensa, enfisema subcutâneo e desvio de traqueia para o
lado esquerdo. No exame físico, observa-seausência de murmúrio vesicular no hemitórax direito,
turgência jugular e instabilidade hemodinâmica.
Considerando os diferentes tipos de trauma torácico e seus sinais clínicos, qual é o diagnóstico
mais provável e a conduta imediata adequada?
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Alternativas:
(alternativa A)
Hemotórax maciço à direita; realizar toracocentese com agulha de grosso calibre no segundo
espaço intercostal, linha médio-clavicular.
(alternativa B)
Tórax instável; realizar imobilização torácica com faixa compressiva e administrar opioides para
analgesia.
(alternativa C) (CORRETA) 
Pneumotórax hipertensivo à direita; realizar descompressão imediata com agulha e, em seguida,
drenagem torácica em selo d’água.
(alternativa D)
Contusão pulmonar à esquerda; iniciar antibiótico intravenoso e oxigenoterapia de alto fluxo.
Resposta comentada:
“Hemotórax maciço à direita; realizar toracocentese com agulha de grosso calibre no segundo
espaço intercostal, linha médio-clavicular.” — Incorreta. O hemotórax requer drenagem torácica
com tubo em espaço intercostal inferior (geralmente 5º ou 6º EIC, linha axilar média), não
toracocentese com agulha, que é mais indicada para alívio rápido de pneumotórax hipertensivo.
“Pneumotórax hipertensivo à direita; realizar descompressão imediata com agulha e, em seguida,
drenagem torácica em selo d’água.” — Correta. O quadro clínico (dispneia grave, desvio traqueal,
enfisema subcutâneo, ausência de murmúrio e instabilidade) é típico de pneumotórax
hipertensivo, uma emergência que requer descompressão imediata com agulha no segundo EIC,
linha médio-clavicular, seguida de drenagem com tubo em selo d’água.
“Contusão pulmonar à esquerda; iniciar antibiótico intravenoso e oxigenoterapia de alto fluxo.” —
Incorreta. Contusão pulmonar causa hipoxemia, mas não há desvio traqueal nem turgência
jugular. Além disso, antibióticos não são indicados sistematicamente sem sinais de infecção.
“Tórax instável; realizar imobilização torácica com faixa compressiva e administrar opioides para
analgesia.” — Incorreta. O tórax instável exige analgesia eficaz, porém faixas compressivas são
contraindicadas, pois restringem a ventilação e agravam a hipoxemia. Além disso, o quadro
descrito no enunciado não é compatível com tórax instável.
Referências:
MORETTI, Miguel Antônio; BAPTISTA FILHO, Mario Lúcio Alves (ed.). Manual de cuidados
perioperatórios. São Paulo: Manole, 2014. 1 recurso online. ISBN 9788520451663. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788520451663/. Acesso em: 19 set. 2017.
PATERSON-BROWN, Simon. Tópicos Essenciais em Cirurgia Geral e de Emergência. [Digite o
Local da Editora]: Grupo GEN, 2016. E-book. ISBN 9788595156517. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595156517/. Acesso em: 28 maio 2024.
RIBEIRO JUNIOR, Marcelo A. F. Fundamentos em cirurgia do trauma. Rio de Janeiro: Roca,
2016. 1 recurso online. ISBN 9788527730587. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527730587/. Acesso em: 19 set. 2017.
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25ª QUESTÃO
Enunciado:
(Banco AFYA) Um paciente com diabetes mellitus tipo 2 descompensado procura o serviço de
emergência apresentando ferida crônica em região plantar, com bordas espessadas, base com
exsudato purulento e tecido necrótico focal. O exame físico mostra ausência de sinais sistêmicos
de infecção. Considerando os princípios fisiológicos da cicatrização, as comorbidades do paciente
e a abordagem baseada em evidências, qual das estratégias terapêuticas a seguir é mais
apropriada para promover a cicatrização dessa lesão? 
Alternativas:
(alternativa A) (CORRETA) 
Desbridamento do tecido necrótico, controle glicêmico rigoroso, curativo com ambiente úmido e
reavaliação periódica da ferida.
(alternativa B)
Aplicação diária de solução iodada em alta concentração, exposição contínua ao ar para secagem
e evitar manipulação da ferida. 
(alternativa C)
Imersão da ferida em solução salina hipertônica e interrupção do uso de qualquer cobertura até
que ocorra cicatrização espontânea. 
(alternativa D)
Cobertura com gaze seca e uso empírico de antibióticos por via oral, mantendo a ferida ocluída
até o desaparecimento completo do exsudato. 
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Resposta comentada:
Gabarito: Desbridamento do tecido necrótico, controle glicêmico rigoroso, curativo com ambiente
úmido e reavaliação periódica da ferida.
 
Resposta Comentada:
“Cobertura com gaze seca e uso empírico de antibióticos por via oral, mantendo a ferida ocluída
até o desaparecimento completo do exsudato.” — Incorreta. A gaze seca não promove um
ambiente ideal para cicatrização, e o uso empírico de antibióticos sem sinais sistêmicos de
infecção não é indicado de forma rotineira. O exsudato deve ser manejado, e não evitado a
qualquer custo.
“Desbridamento do tecido necrótico, controle glicêmico rigoroso, curativo com ambiente úmido e
reavaliação periódica da ferida.” — Correta. Essa estratégia reúne os elementos fundamentais
para cicatrização de feridas crônicas em pacientes diabéticos: remoção de tecido desvitalizado,
controle metabólico, uso de curativos modernos que mantêm a umidade ideal e acompanhamento
clínico regular.
“Aplicação diária de solução iodada em alta concentração, exposição contínua ao ar para
secagem e evitar manipulação da ferida.” — Incorreta. Soluções iodadas em alta concentração
são citotóxicas, e a exposição ao ar seco retarda a cicatrização. Manipulação cuidadosa e
ambiente úmido são princípios da moderna abordagem de feridas.
“Imersão da ferida em solução salina hipertônica e interrupção do uso de qualquer cobertura até
que ocorra cicatrização espontânea.” — Incorreta. A cicatrização espontânea em feridas crônicas
não é eficiente sem intervenções locais adequadas. A salina hipertônica pode ser útil em casos
selecionados para desbridamento osmótico, mas não substitui curativo apropriado e
desbridamento eficaz.
Referências:
SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES (SBD). Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes
2023-2024. São Paulo: Clannad, 2023.
INTERNATIONAL WORKING GROUP ON THE DIABETIC FOOT (IWGDF). IWGDF Guidelines
on the prevention and management of diabetic foot disease. The Hague: IWGDF, 2023.
FERREIRA, L. M.; et al. Bases fisiológicas e clínicas da cicatrização. Revista do Colégio
Brasileiro de Cirurgiões, v. 43, n. 3, p. 174–179, 2016.
26ª QUESTÃO
Enunciado:
(Banco AFYA) Um paciente de 35 anos foi internado em unidade de queimados após acidente
com chama direta, apresentando queimaduras de espessura parcial profunda e total em membros
superiores e tronco anterior, totalizando 25% da superfície corporal queimada (SCQ). Após
realização de desbridamento cirúrgico e enxertia, a equipe médica planeja os cuidados pós-
operatórios para otimizar a recuperação e prevenir infecções.
Qual das alternativas a seguir representa corretamente uma conduta baseada em evidências para
o cuidado pós-operatório de queimaduras com foco na prevenção de infecções? 
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Alternativas:
(alternativa A)
Suspender os curativos após a primeira semana, promovendo o banho diário apenas com água
corrente, sem necessidade de avaliação médica contínua. 
(alternativa B)
Manter o uso de antibióticos sistêmicos de amplo espectro por tempo prolongado, mesmo na
ausência de sinais clínicos de infecção. 
(alternativa C) (CORRETA) 
Realizar curativos oclusivos com trocas diárias, associando limpeza com soluções antissépticas
suaves e monitoramento constante dos sinais locais e sistêmicos de infecção.
(alternativa D)
Deixar as áreas enxertadas expostas ao ar para acelerar a formação de crostas secas e reduzir o
risco de colonização bacteriana. 
Resposta comentada:
“Manter o uso de antibióticos sistêmicos de amplo espectro por tempo prolongado, mesmo na
ausência de sinais clínicos deinfecção.” — Incorreta. O uso indiscriminado de antibióticos
aumenta a resistência bacteriana e não é recomendado como prevenção rotineira. O tratamento
antimicrobiano sistêmico só deve ser instituído mediante sinais clínicos ou laboratoriais de
infecção.
“Realizar curativos oclusivos com trocas diárias, associando limpeza com soluções antissépticas
suaves e monitoramento constante dos sinais locais e sistêmicos de infecção.” — Correta. Essa
conduta promove um ambiente úmido favorável à cicatrização, evita colonização secundária e
permite detecção precoce de infecção, além de ser compatível com os protocolos modernos de
manejo em unidades de queimados.
“Deixar as áreas enxertadas expostas ao ar para acelerar a formação de crostas secas e reduzir
o risco de colonização bacteriana.” — Incorreta. A exposição das áreas queimadas aumenta o
risco de infecção e retarda a cicatrização, especialmente em áreas enxertadas, que exigem
proteção mecânica e controle do meio ambiente local.
“Suspender os curativos após a primeira semana, promovendo o banho diário apenas com água
corrente, sem necessidade de avaliação médica contínua.” — Incorreta. Pacientes com
queimaduras profundas ou extensas exigem cuidados contínuos, avaliação médica frequente e
acompanhamento da evolução da ferida, especialmente nas áreas enxertadas.
Referência:
TOY, Eugene C. ; LIU, Terrence H. CAMPBELL, André R. Casos clínicos em cirurgia. 4. ed. Porto
Alegre: AMGH, 2013. 1 recurso online. ISBN 9788580552607. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788580552607/. Acesso em: 19 set. 2017.
27ª QUESTÃO
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Enunciado:
(UNIDOMPEDRO) Homem, 19 anos, condutor de bicicleta, estava descendo a ladeira e colidiu
com um carro. Foi trazido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência. Foi colocado em
prancha rígida, com colar cervical e oxigênio suplementar em máscara a 15 L/min. Realizou-se
expansão volêmica com 1000 mL de Ringer Lactato. Apresenta-se no atendimento inicial com
Glasgow 14. Refere síncope. No momento, está lúcido e descolorado. PA: 91×58 mmHg; FC: 129
bpm; FR: 26 irpm; oximetria de pulso: 96%. Exame físico: Tórax e abdome: sem alterações;
Extremidades: membro inferior esquerdo encurtado.
O exame que auxilia no raciocínio para identificar outros possíveis locais de sangramento na sala
de emergência é o(a):
Alternativas:
(alternativa A)
exame radiográfico de abdomen.
(alternativa B)
hemoglobina e hematócrito.
(alternativa C)
curva do pH e do lactato.
(alternativa D) (CORRETA) 
ultrassonografia dirigida para trauma.
Resposta comentada:
Correta: Ultrassonografia dirigida para trauma.
O uso da ultrassonografia dirigida para o trauma (FAST) tem grande valor na avaliação de
determinadas localizações, como pelve, espaço hepatorrenal, espaço esplenorrenal e saco
pericárdico.
Justificativas:
Exame radiográfico de abdômen. Não é eficaz para detectar sangramentos internos.
Hemoglobina e hematócrito. Podem indicar sangramento, mas com atraso, não sendo úteis para
diagnóstico imediato.
Curva do pH e do lactato. Avaliam hipoperfusão e gravidade do choque, mas não localizam o
sangramento.
Referência:
AMERICAN COLLEGE OF SURGEONS. ATLS: Advanced Trauma Life Support: student course
manual. 10ª ed. Chicago: American College of Surgeons, 2018.
28ª QUESTÃO
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Enunciado:
(Banco AFYA) Um paciente politraumatizado foi submetido à laparotomia de emergência por
lesão hepática grau IV após acidente automobilístico. No pós-operatório imediato, encontra-se
hemodinamicamente estável, com boa evolução clínica, porém refere dor abdominal intensa que
interfere na ventilação e mobilização precoce.
Considerando os protocolos atuais de cuidado pós-operatório em trauma abdominal, qual das
estratégias a seguir representa uma conduta adequada para o manejo da dor visando à
recuperação otimizada do paciente? 
Alternativas:
(alternativa A) (CORRETA) 
Utilizar analgesia multimodal combinando opioides, AINEs e, se disponível, bloqueios regionais
como cateter peridural, ajustando conforme resposta clínica. 
(alternativa B)
Prescrever apenas anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs), evitando opioides devido ao risco
de depressão respiratória em qualquer intensidade de dor. 
(alternativa C)
Realizar sedação contínua com benzodiazepínicos e monitorar a dor apenas se o paciente
demonstrar agitação ou hipertensão.
(alternativa D)
Administrar analgésicos conforme demanda (PRN), evitando esquemas fixos ou controle
contínuo para prevenir tolerância e dependência medicamentosa. 
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Resposta comentada:
“Prescrever apenas anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs), evitando opioides devido ao risco
de depressão respiratória em qualquer intensidade de dor.” — Incorreta. AINEs isoladamente são
insuficientes para controle da dor intensa em pós-operatório de trauma maior. Opioides podem ser
utilizados com segurança, desde que com monitoramento adequado.
“Utilizar analgesia multimodal combinando opioides, AINEs e, se disponível, bloqueios regionais
como cateter peridural, ajustando conforme resposta clínica.” — Correta. A analgesia multimodal
é a abordagem recomendada, pois melhora o controle da dor, reduz o consumo isolado de
opioides e favorece a mobilização precoce, ventilação adequada e menor tempo de internação.
“Realizar sedação contínua com benzodiazepínicos e monitorar a dor apenas se o paciente
demonstrar agitação ou hipertensão.” — Incorreta. A sedação não substitui a analgesia. A dor
deve ser avaliada ativamente com escalas específicas, mesmo em pacientes pouco responsivos.
“Administrar analgésicos conforme demanda (PRN), evitando esquemas fixos ou controle
contínuo para prevenir tolerância e dependência medicamentosa.” — Incorreta. O uso exclusivo
de medicação “conforme necessidade” pode resultar em controle ineficaz da dor, especialmente
nas primeiras 48 horas pós-operatórias. Esquemas regulares com avaliação periódica são mais
eficazes e seguros.
Referências:
MORETTI, Miguel Antônio; BAPTISTA FILHO, Mario Lúcio Alves (ed.). Manual de cuidados
perioperatórios. São Paulo: Manole, 2014. 1 recurso online. ISBN 9788520451663. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788520451663/. Acesso em: 19 set. 2017.
PATERSON-BROWN, Simon. Tópicos Essenciais em Cirurgia Geral e de Emergência: Grupo
GEN, 2016. E-book. ISBN 9788595156517. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595156517/. Acesso em: 28 maio 2024.
RIBEIRO JUNIOR, Marcelo A. F. Fundamentos em cirurgia do trauma. Rio de Janeiro: Roca,
2016. 1 recurso online. ISBN 9788527730587. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527730587/. Acesso em: 19 set. 2017.
29ª QUESTÃO
Enunciado:
(FASA VIC) Paciente do sexo feminino, 64 anos, hipertensa e obesa (IMC = 34 kg/m²), apresenta
dor, sensação de peso e edema em membro inferior esquerdo, que surgiram de forma súbita há 3
dias. Refere ainda coloração arroxeada da panturrilha e piora do edema ao final do dia. No exame
físico, observa-se edema unilateral até o joelho, empastamento muscular, sinal de Homans
positivo e discreta hipertermia local. Ela relata histórico de veias varicosas diagnosticadas há 10
anos, sem tratamento cirúrgico. Não faz uso de anticoagulantes. 
Com base no caso apresentado, qual entre as opções abaixo é a melhor estratégia terapêutica
inicial para a paciente? 
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Alternativas:
(alternativa A)
Indicar trombólise venosa por cateter e contraindicar o uso de compressão elástica devido ao
risco de síndrome pós-trombótica. 
(alternativa B) (CORRETA) 
Iniciar anticoagulação oral direta com rivaroxabana e recomendar elevação do membro afetado,
com compressão elástica após estabilização clínica. 
(alternativa C)
Prescrever varfarina oral de início imediatoe suspender o uso de meias de compressão até a
resolução completa do quadro. 
(alternativa D)
Iniciar heparina de baixo peso molecular (HBPM) em dose terapêutica e prescrever meias de
compressão elástica para manejo da insuficiência venosa crônica. 
Resposta comentada:
Alternativa: Iniciar anticoagulação oral direta com rivaroxabana e recomendar elevação do
membro afetado, com compressão elástica após estabilização clínica. Correta.
Anticoagulantes orais diretos, como rivaroxabana, são preferidos para TVP em pacientes
estáveis, pela eficácia e praticidade. A compressão elástica é introduzida após a fase aguda para
prevenir a síndrome pós-trombótica. A elevação do membro ajuda a reduzir o edema e a dor no
curto prazo.
Alternativa: Iniciar heparina de baixo peso molecular (HBPM) em dose terapêutica e prescrever
meias de compressão elástica para manejo da insuficiência venosa crônica. Incorreta.
Embora a HBPM seja amplamente utilizada no manejo inicial da TVP, o uso de meias de
compressão elástica deve ser adiado até que o paciente esteja estabilizado, para evitar a
exacerbação de sintomas agudos.
Alternativa: Prescrever varfarina oral de início imediato e suspender o uso de meias de
compressão até a resolução completa do quadro. Incorreta.
Varfarina não é iniciada isoladamente devido ao risco de hipercoagulabilidade transitória; deve ser
associada à HBPM nos primeiros dias. Além disso, suspender completamente o uso de
compressão elástica pode agravar os sintomas de insuficiência venosa crônica.
Alternativa: Indicar trombólise venosa por cateter e contraindicar o uso de compressão elástica
devido ao risco de síndrome pós-trombótica. Incorreta.
A trombólise venosa é reservada para casos graves, como TVP extensa com risco iminente de
síndrome compartimental ou embolia pulmonar. A compressão elástica, quando usada
adequadamente, reduz o risco de síndrome pós-trombótica e deve ser recomendada.
 
Referência:
TOWNSEND, Courtney M. Sabiston Textbook of Surgery: The Biological Basis of Modern
Surgical Practice. 21ª edição. Elsevier, 2022.
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30ª QUESTÃO
Enunciado:
(Banco AFYA) Um homem de 25 anos apresenta dor escrotal aguda há 5 horas, iniciada
subitamente, com náuseas e vômitos. Ao exame físico, o testículo direito encontra-se elevado,
em posição horizontalizada, muito sensível, com ausência do reflexo cremastérico. A
ultrassonografia com Doppler demonstra fluxo reduzido no testículo direito. Outro paciente, de 30
anos, também apresenta dor escrotal, de início insidioso, com febre baixa e disúria. Ao exame
físico, há edema e dor à palpação do epidídimo, com reflexo cremastérico presente e melhora da
dor à elevação do testículo (sinal de Prehn positivo). A urina tipo 1 mostra leucocitúria e
bacteriúria. 
Com base nos achados clínicos e exames complementares, qual das alternativas corresponde
corretamente à interpretação dos diagnósticos e sua diferenciação? 
Alternativas:
(alternativa A) (CORRETA) 
O primeiro caso representa torção testicular, confirmada pela redução do fluxo ao Doppler,
enquanto o segundo é orquiepididimite, com achados sugestivos de infecção. 
(alternativa B)
A torção testicular é possível em ambos os casos e a confirmação de infecção no segundo
paciente depende da urocultura.
(alternativa C)
Ambos os casos representam orquiepididimite, sendo o Doppler pouco confiável para diferenciar
a torção testicular.
(alternativa D)
O primeiro caso é compatível com orquiepididimite e o segundo com tumor testicular; a ausência
de bacteriúria no primeiro paciente reforça o diagnóstico apenas inflamatório. 
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Resposta comentada:
“O primeiro caso é compatível com orquiepididimite e o segundo com tumor testicular; a ausência
de bacteriúria no primeiro paciente reforça o diagnóstico apenas inflamatório.” — Incorreta. O
quadro clínico agudo, ausência de reflexo cremastérico e Doppler com fluxo reduzido são típicos
de torção testicular no primeiro paciente e o texto não menciona a análise da urina no primeiro
paciente. A presença de bacteriúria e dor progressiva com sinal de Prehn positivo é mais
compatível com orquiepididimite e não com tumor testicular.
“O primeiro caso representa torção testicular, confirmada pela redução do fluxo ao Doppler,
enquanto o segundo é orquiepididimite, com achados clínicos e laboratoriais sugestivos de
infecção.” — Correta. A torção testicular é caracterizada por início súbito, dor intensa, reflexo
cremastérico ausente e hipoperfusão testicular ao Doppler. Já a orquiepididimite apresenta início
insidioso, disúria, leucocitúria e melhora com elevação testicular.
“Ambos os casos representam orquiepididimite, sendo o Doppler pouco confiável para diferenciar
a torção testicular.” — Incorreta. O Doppler é o exame de escolha na diferenciação entre torção
(fluxo diminuído ou ausente) e orquiepididimite (fluxo aumentado por hiperemia). Sua sensibilidade
é alta quando bem realizada.
“A torção testicular é possível em ambos os casos e a confirmação de infecção no segundo
paciente depende da urocultura.” — Incorreta. O primeiro caso representa torção testicular,
enquanto o segundo é orquiepididimite, com achados clínicos e laboratoriais sugestivos de
infecção. A confirmação da infecção já foi estabelecida pela leucocitúria associada à bacteriúria. A
urocultura mostra o agente infeccioso.
Referência:
PATERSON-BROWN, Simon. Tópicos Essenciais em Cirurgia Geral e de Emergência: Grupo
GEN, 2016. E-book. ISBN 9788595156517. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595156517/. Acesso em: 28 maio 2024.
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AFYA 
CURSO DE MEDICINA - AFYA
NOTA FINAL
Aluno:
Componente Curricular: Estágio em Atenção Ambulatorial e Hospitalar em
Clínica Cirúrgica
Professor (es):
Período: 202501 Turma: Data: 11/06/2025
N2 INTERNATO - MEDICINA - CC - 2025.1 - ROT 3 - 11/JUNHO
RELATÓRIO DE DEVOLUTIVA DE PROVA
PROVA 16105 - CADERNO 004
1ª QUESTÃO
Enunciado:
(Banco AFYA) Um homem de 28 anos é admitido na emergência após colisão automobilística,
apresentando taquicardia, hipotensão e rebaixamento do nível de consciência. Apresenta ainda
fratura em extremidades, possivelmente fêmur. A equipe médica suspeita de lesão abdominal .
Considerando a avaliação inicial e os exames complementares no contexto do trauma abdominal,
qual das seguintes estratégias diagnósticas é a mais adequada para rápida triagem e tomada de
decisão inicial?
Alternativas:
(alternativa A)
Solicitar radiografia simples de abdome e pelve, além do membro inferior, seguida de exame
laboratorial completo antes de qualquer outra medida.
(alternativa B)
Solicitar tomografia computadorizada de abdome com contraste venoso em todos os casos,
independentemente da estabilidade hemodinâmica. 
(alternativa C) (CORRETA) 
Realizar ultrassonografia FAST (Focused Assessment with Sonography for Trauma) no leito,
priorizando a identificação de líquido livre intra-abdominal.
(alternativa D)
Iniciar com dosagem de amilase e função hepática, pois alterações precoces nesses exames
confirmam lesões viscerais e definem a necessidade de cirurgia.
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Resposta comentada:
“Solicitar tomografia computadorizada de abdome com contraste venoso em todos os casos,
independentemente da estabilidade hemodinâmica.” — Incorreta. A TC é útil em pacientes
hemodinamicamente estáveis. No caso de instabilidade, como o do paciente do enunciado, não
se deve atrasar o diagnóstico com exames que exigem transporte e estabilidade clínica.
“Solicitar radiografia simples de abdome, pelve e fêmur, seguida de exame laboratorial completo
antes de qualquer outra medida.” — Incorreta. Embora úteis em casos selecionados (ex. fratura
de pelve), radiografias simples não são sensíveis para detecção de lesões intra-abdominais
graves, e exames laboratoriais isoladamentenão são diagnósticos nem resolutivos em situações
de urgência.
“Realizar ultrassonografia FAST (Focused Assessment with Sonography for Trauma) no leito,
priorizando a identificação de líquido livre intra-abdominal.” — Correta. O exame FAST é um
método rápido, sensível e não invasivo, ideal para triagem de hemoperitônio em pacientes
instáveis, permitindo decisões imediatas, como laparotomia de urgência.
“Iniciar com dosagem de amilase e função hepática, pois alterações precoces nesses exames
confirmam lesões viscerais e definem a necessidade de cirurgia.” — Incorreta. Embora úteis em
avaliação complementar, esses exames não são suficientemente sensíveis ou específicos, nem
devem ser priorizados na abordagem imediata de trauma abdominal com instabilidade.
Referência:
MORETTI, Miguel Antônio; BAPTISTA FILHO, Mario Lúcio Alves (ed.). Manual de cuidados
perioperatórios. São Paulo: Manole, 2014. 1 recurso online. ISBN 9788520451663. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788520451663/. Acesso em: 19 set. 2017.
PATERSON-BROWN, Simon. Tópicos Essenciais em Cirurgia Geral e de Emergência. [Digite o
Local da Editora]: Grupo GEN, 2016. E-book. ISBN 9788595156517. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595156517/. Acesso em: 28 maio 2024.
RIBEIRO JUNIOR, Marcelo A. F. Fundamentos em cirurgia do trauma. Rio de Janeiro: Roca,
2016. 1 recurso online. ISBN 9788527730587. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527730587/. Acesso em: 19 set. 2017.
2ª QUESTÃO
Enunciado:
(Banco AFYA) Um paciente de 45 anos dá entrada na emergência com dor abdominal localizada
no quadrante inferior esquerdo, febre e leucocitose. A tomografia computadorizada de abdome
com contraste mostra espessamento da parede do cólon sigmoide, infiltração da gordura
pericólica e presença de bolhas de gás extraluminal sem líquido livre abundante. Considerando o
quadro clínico e os achados radiológicos, qual das alternativas corresponde corretamente ao
diagnóstico mais provável e aos principais achados de imagem associados às demais condições
inflamatórias abdominais agudas? 
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Alternativas:
(alternativa A)
O quadro é compatível com apendicite aguda.
(alternativa B)
Trata-se de colecistite aguda.
(alternativa C) (CORRETA) 
Trata-se de diverticulite aguda.
(alternativa D)
O diagnóstico é de obstrução intestinal secundária à má rotação.
Resposta comentada:
Gabarito: Trata-se de diverticulite aguda. A diverticulite aguda do sigmoide é comum após os 40
anos, e os achados descritos na TC são clássicos, principalmente quando complicações como
perfuração localizada estão presentes.
 
Resposta Comentada:
“O quadro é compatível com apendicite aguda — Esta afirmativa está incorreta. Apendicite aguda
se manifesta por espessamento e dilatação do apêndice (>6 mm), realce da parede e inflamação
da gordura periapendicular, não necessariamente com dilatação do ceco ou gás livre.
“Trata-se de colecistite aguda — Esta afirmativa está incorreta. A colecistite aguda cursa com
espessamento da parede da vesícula, líquido perivesicular e sinal de Murphy ultrassonográfico
positivo, sem relação com espessamento colônico.
“O diagnóstico é de obstrução intestinal secundária à má rotação — Esta afirmativa está
incorreta. Esta condição é típica da infância, e os achados descritos no enunciado são mais
compatíveis com inflamação colônica segmentar.
Referências:
BRASIL. Protocolo de uso da tomografia computadorizada no abdome agudo. Brasília: Ministério
da Saúde, 2018.
SILVA, A. C. ; COSTA, L. B. ; MARCHINI, G. S. Diagnóstico por imagem no abdome agudo.
Radiologia Brasileira, São Paulo, v. 45, n. 4, p. 225–231, jul./ago. 2012.
3ª QUESTÃO
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Enunciado:
(AFYA Palmas) Um paciente de 45 anos, previamente saudável, sofreu um ferimento cortante na
região anterior da perna, há cerca de 10 dias, com profundidade moderada e sem
comprometimento muscular. A ferida foi inicialmente limpa com soro fisiológico e suturada no
pronto-socorro, mas agora o paciente retorna queixando-se de dor, exsudato amarelado e bordas
eritematosas. Ao exame, percebe-se tensão na sutura, sinais locais de infecção e ausência de
sinais sistêmicos.
Considerando os principais fatores técnicos que favorecem uma boa cicatrização e as estratégias
eficazes no cuidado de feridas, qual é a conduta mais adequada neste caso?
Alternativas:
(alternativa A) (CORRETA) 
Retirar parte dos pontos, aliviar a tensão, realizar desbridamento e instituir curativos úmidos, além
de reavaliar a necessidade de antibioticoterapia.
(alternativa B)
Deixar a ferida exposta ao ar, interromper curativos e indicar repouso absoluto para acelerar a
cicatrização espontânea.
(alternativa C)
Reforçar a sutura com pontos adicionais, utilizar solução antisséptica alcoólica e aplicar pomada
antibiótica tópica.
(alternativa D)
Manter a sutura, intensificar curativos secos e aguardar evolução, evitando manipulações para
não interferir na cicatrização.
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Resposta comentada:
Correta: Retirar parte dos pontos, aliviar a tensão, realizar desbridamento e instituir curativos
úmidos, além de reavaliar a necessidade de antibioticoterapia.
A presença de tensão na sutura é um fator técnico negativo, que compromete a perfusão local e
favorece complicações como deiscência e infecção.
A conduta adequada inclui:
Alívio da tensão (retirada de pontos).
Desbridamento de tecido desvitalizado.
Implementação de curativos úmidos, que mantêm o equilíbrio hídrico ideal para a cicatrização.
Avaliação criteriosa da necessidade de antibioticoterapia sistêmica, conforme a gravidade da
infecção.
Essa estratégia técnica melhora a perfusão, reduz infecção e promove ambiente propício à
cicatrização.
Justificativa das incorretas:
Deixar a ferida exposta ao ar, interromper curativos e indicar repouso absoluto para acelerar a
cicatrização espontânea.
Deixar a ferida exposta ao ar prejudica o equilíbrio da umidade, favorece a desidratação tecidual e
formação de crostas, que retardam a cicatrização.
Além disso, a ausência de curativos impede o controle adequado do exsudato e da infecção local.
O repouso absoluto não corrige os fatores mecânicos prejudiciais.
Reforçar a sutura com pontos adicionais, utilizar solução antisséptica alcoólica e aplicar pomada
antibiótica tópica.
Reforçar a sutura aumenta ainda mais a tensão tecidual, comprometendo a vascularização e
agravando o risco de deiscência e infecção.
O uso de antissépticos alcoólicos pode ser citotóxico, prejudicando as células envolvidas na
reparação tecidual.
Pomadas antibióticas tópicas não são suficientes para manejar infecção com sinais clínicos.
Manter a sutura, intensificar curativos secos e aguardar evolução, evitando manipulações para
não interferir na cicatrização.
Manter a sutura sob tensão e realizar curativos secos favorece a desidratação e aderência do
curativo ao leito da ferida, prejudicando a cicatrização e aumentando o risco de dor e trauma na
troca.
A estratégia passiva de "aguardar" não resolve os fatores técnicos prejudiciais identificados.
Referência:
DOHERTY, Gerard M. CURRENT Cirurgia. [Digite o Local da Editora]: Grupo A, 2017. E-book.
ISBN 9788580556018. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788580556018/. Acesso em: 28 maio 2024.
4ª QUESTÃO
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Enunciado:
(AFYA Santa Inês) Um paciente de 68 anos, com histórico de hipertensão arterial sistêmica
(HAS) e diabetes mellitus (DM) insulinodependente de difícil controle, deu entrada em uma
unidade de pronto atendimento relatando dor intensa no hipocôndrio direito, com início há
aproximadamente 48 horas. O quadro clínico é acompanhado de náusea, um episódio de vômito
e febre (38 ºC). O uso de analgésicos proporcionou alívio mínimo dos sintomas.Foram
solicitados exames laboratoriais e uma tomografia computadorizada (TC) de abdome como parte
da investigação inicial, que revelou quadro sugestivo de colecistite aguda enfisematosa.
Considerando o quadro clínico descrito, qual é o principal agente etiológico associado a essa
condição?
Alternativas:
(alternativa A) (CORRETA) 
Clostridium perfringens
(alternativa B)
Proteus mirabilis
(alternativa C)
Escherichia coli
(alternativa D)
Klebsiella pneumoniae
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Resposta comentada:
Resposta correta: Clostridium welchii.
O paciente apresenta um quadro clínico sugestivo de colecistite aguda enfisematosa, uma forma
grave de colecistite aguda caracterizada pela presença de gás na parede da vesícula biliar,
identificado na tomografia de abdome. Esse tipo de infecção ocorre com maior frequência em
pacientes diabéticos e idosos, como o caso descrito.
A colecistite enfisematosa é causada por bactérias anaeróbias formadoras de gás, sendo o
Clostridium welchii (sinônimo de Clostridium perfringens) o agente etiológico mais comum. Esse
microrganismo consegue produzir toxinas e gás, explicando a presença de ar na parede da
vesícula observada na TC.
Demais alternativas:
Escherichia coli – Incorreta
A E. coli é uma bactéria Gram-negativa frequentemente envolvida em infecções do trato urinário e
em casos de colecistite aguda não enfisematosa. Embora possa estar presente em até 15% dos
casos de colecistite enfisematosa, não é o agente mais prevalente. Apesar de ser comum em
infecções abdominais, não é a principal causadora da forma enfisematosa da doença.
Proteus mirabilis – Incorreta
O Proteus mirabilis é uma bactéria Gram-negativa, associada principalmente a infecções do trato
urinário e à formação de cálculos renais devido à sua capacidade de produzir urease. Raramente
está envolvido em infecções da vesícula biliar, especialmente na forma enfisematosa. Não é um
patógeno comum em colecistite enfisematosa.
Klebsiella pneumoniae – Incorreta
A Klebsiella pneumoniae pode ser isolada em alguns casos de infecções biliares, incluindo
colecistite aguda, especialmente em pacientes imunossuprimidos e diabéticos. Apesar de estar
associada a infecções graves, não é o microrganismo mais comum na colecistite enfisematosa.
Embora possa estar presente, sua prevalência é menor em comparação com o Clostridium
welchii.
Referências:
AMERICAN COLLEGE OF SURGEONS. ATLS: Advanced Trauma Life Support: Student Course
Manual. 10ª ed. Chicago: American College of Surgeons, 2018. ISBN: 978-0-9968262-3-5.
SCHWARTZ, Seymour I. ; BRUNICARDI, F. C.; et al. Princípios de Cirurgia. 9ª ed. Rio de
Janeiro: McGraw-Hill, 2014. 2 v.
TOWNSEND, C. M. BEAUCHAMP, R. D. ; EVERS, B. M. ; MATTOX, K. L. Sabiston: Tratado de
Cirurgia – A Base Biológica da Prática Cirúrgica Moderna. 20ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2019.
2 v.
WALSH, P. C. CAMPBELL, M. F.; et al. Campbell-Walsh Urology. 11ª ed. Philadelphia:
Saunders/Elsevier, 2016. 4 v.
5ª QUESTÃO
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Enunciado:
(FASA VIC) Paciente do sexo feminino, 64 anos, hipertensa e obesa (IMC = 34 kg/m²), apresenta
dor, sensação de peso e edema em membro inferior esquerdo, que surgiram de forma súbita há 3
dias. Refere ainda coloração arroxeada da panturrilha e piora do edema ao final do dia. No exame
físico, observa-se edema unilateral até o joelho, empastamento muscular, sinal de Homans
positivo e discreta hipertermia local. Ela relata histórico de veias varicosas diagnosticadas há 10
anos, sem tratamento cirúrgico. Não faz uso de anticoagulantes. 
Com base no caso apresentado, qual entre as opções abaixo é a melhor estratégia terapêutica
inicial para a paciente? 
Alternativas:
(alternativa A)
Iniciar heparina de baixo peso molecular (HBPM) em dose terapêutica e prescrever meias de
compressão elástica para manejo da insuficiência venosa crônica. 
(alternativa B) (CORRETA) 
Iniciar anticoagulação oral direta com rivaroxabana e recomendar elevação do membro afetado,
com compressão elástica após estabilização clínica. 
(alternativa C)
Indicar trombólise venosa por cateter e contraindicar o uso de compressão elástica devido ao
risco de síndrome pós-trombótica. 
(alternativa D)
Prescrever varfarina oral de início imediato e suspender o uso de meias de compressão até a
resolução completa do quadro. 
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Resposta comentada:
Alternativa: Iniciar anticoagulação oral direta com rivaroxabana e recomendar elevação do
membro afetado, com compressão elástica após estabilização clínica. Correta.
Anticoagulantes orais diretos, como rivaroxabana, são preferidos para TVP em pacientes
estáveis, pela eficácia e praticidade. A compressão elástica é introduzida após a fase aguda para
prevenir a síndrome pós-trombótica. A elevação do membro ajuda a reduzir o edema e a dor no
curto prazo.
Alternativa: Iniciar heparina de baixo peso molecular (HBPM) em dose terapêutica e prescrever
meias de compressão elástica para manejo da insuficiência venosa crônica. Incorreta.
Embora a HBPM seja amplamente utilizada no manejo inicial da TVP, o uso de meias de
compressão elástica deve ser adiado até que o paciente esteja estabilizado, para evitar a
exacerbação de sintomas agudos.
Alternativa: Prescrever varfarina oral de início imediato e suspender o uso de meias de
compressão até a resolução completa do quadro. Incorreta.
Varfarina não é iniciada isoladamente devido ao risco de hipercoagulabilidade transitória; deve ser
associada à HBPM nos primeiros dias. Além disso, suspender completamente o uso de
compressão elástica pode agravar os sintomas de insuficiência venosa crônica.
Alternativa: Indicar trombólise venosa por cateter e contraindicar o uso de compressão elástica
devido ao risco de síndrome pós-trombótica. Incorreta.
A trombólise venosa é reservada para casos graves, como TVP extensa com risco iminente de
síndrome compartimental ou embolia pulmonar. A compressão elástica, quando usada
adequadamente, reduz o risco de síndrome pós-trombótica e deve ser recomendada.
 
Referência:
TOWNSEND, Courtney M. Sabiston Textbook of Surgery: The Biological Basis of Modern
Surgical Practice. 21ª edição. Elsevier, 2022.
6ª QUESTÃO
Enunciado:
(Banco AFYA) Um homem de 25 anos apresenta dor escrotal aguda há 5 horas, iniciada
subitamente, com náuseas e vômitos. Ao exame físico, o testículo direito encontra-se elevado,
em posição horizontalizada, muito sensível, com ausência do reflexo cremastérico. A
ultrassonografia com Doppler demonstra fluxo reduzido no testículo direito. Outro paciente, de 30
anos, também apresenta dor escrotal, de início insidioso, com febre baixa e disúria. Ao exame
físico, há edema e dor à palpação do epidídimo, com reflexo cremastérico presente e melhora da
dor à elevação do testículo (sinal de Prehn positivo). A urina tipo 1 mostra leucocitúria e
bacteriúria. 
Com base nos achados clínicos e exames complementares, qual das alternativas corresponde
corretamente à interpretação dos diagnósticos e sua diferenciação? 
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Alternativas:
(alternativa A)
A torção testicular é possível em ambos os casos e a confirmação de infecção no segundo
paciente depende da urocultura.
(alternativa B)
O primeiro caso é compatível com orquiepididimite e o segundo com tumor testicular; a ausência
de bacteriúria no primeiro paciente reforça o diagnóstico apenas inflamatório. 
(alternativa C) (CORRETA) 
O primeiro caso representa torção testicular, confirmada pela redução do fluxo ao Doppler,
enquanto o segundo é orquiepididimite, com achados sugestivos de infecção. 
(alternativa D)
Ambos os casos representam orquiepididimite, sendo o Doppler pouco confiável para diferenciar
a torção testicular.
Resposta comentada:
“O primeiro caso é compatível com orquiepididimite e o segundo com tumor testicular; a ausência
de bacteriúria no primeiro pacientereforça o diagnóstico apenas inflamatório.” — Incorreta. O
quadro clínico agudo, ausência de reflexo cremastérico e Doppler com fluxo reduzido são típicos
de torção testicular no primeiro paciente e o texto não menciona a análise da urina no primeiro
paciente. A presença de bacteriúria e dor progressiva com sinal de Prehn positivo é mais
compatível com orquiepididimite e não com tumor testicular.
“O primeiro caso representa torção testicular, confirmada pela redução do fluxo ao Doppler,
enquanto o segundo é orquiepididimite, com achados clínicos e laboratoriais sugestivos de
infecção.” — Correta. A torção testicular é caracterizada por início súbito, dor intensa, reflexo
cremastérico ausente e hipoperfusão testicular ao Doppler. Já a orquiepididimite apresenta início
insidioso, disúria, leucocitúria e melhora com elevação testicular.
“Ambos os casos representam orquiepididimite, sendo o Doppler pouco confiável para diferenciar
a torção testicular.” — Incorreta. O Doppler é o exame de escolha na diferenciação entre torção
(fluxo diminuído ou ausente) e orquiepididimite (fluxo aumentado por hiperemia). Sua sensibilidade
é alta quando bem realizada.
“A torção testicular é possível em ambos os casos e a confirmação de infecção no segundo
paciente depende da urocultura.” — Incorreta. O primeiro caso representa torção testicular,
enquanto o segundo é orquiepididimite, com achados clínicos e laboratoriais sugestivos de
infecção. A confirmação da infecção já foi estabelecida pela leucocitúria associada à bacteriúria. A
urocultura mostra o agente infeccioso.
Referência:
PATERSON-BROWN, Simon. Tópicos Essenciais em Cirurgia Geral e de Emergência: Grupo
GEN, 2016. E-book. ISBN 9788595156517. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595156517/. Acesso em: 28 maio 2024.
7ª QUESTÃO
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Enunciado:
(Banco AFYA) Um adolescente de 15 anos procura a emergência com dor testicular súbita,
intensa, iniciada há 4 horas, associada a náuseas e vômitos. Ao exame físico, observa-se
testículo elevado e horizontalizado, com ausência do reflexo cremastérico à direita e importante
sensibilidade local. 
Diante do quadro clínico e dos achados complementares, qual das condutas abaixo representa a
terapêutica mais eficaz e imediata? 
Alternativas:
(alternativa A)
Realizar biópsia testicular para confirmação do diagnóstico de orquiepididimite e iniciar antibióticos
de amplo espectro.
(alternativa B) (CORRETA) 
Encaminhar imediatamente para exploração cirúrgica e orquidopexia, preferencialmente dentro
das primeiras 6 horas.
(alternativa C)
Iniciar tratamento para priapismo com punção aspirativa e irrigação com solução salina fria,
seguido de injeção intracavernosa de simpatomimético. 
(alternativa D)
Prescrever anti-inflamatórios e analgésicos, solicitar avaliação ambulatorial com urologista e
repetir Doppler em 24 horas.
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Resposta comentada:
“Prescrever anti-inflamatórios e analgésicos, solicitar avaliação ambulatorial com urologista e
repetir Doppler em 24 horas.” — Incorreta. O atraso no diagnóstico e tratamento da torção
testicular pode levar à necrose testicular. O tempo de viabilidade testicular é menor que 6 horas, e
condutas conservadoras colocam em risco a função gonadal.
“Realizar biópsia testicular para confirmação do diagnóstico de orquiepididimite e iniciar
antibióticos de amplo espectro.” — Incorreta. A biópsia testicular é contraindicada em contexto
agudo e não é necessária para diagnóstico de orquiepididimite. Além disso, o quadro clínico e
ultrassonográfico favorece fortemente torção, não infecção.
“Encaminhar imediatamente para exploração cirúrgica e orquidopexia, preferencialmente dentro
das primeiras 6 horas.” — Correta. O quadro é clássico de torção testicular. A torção testicular é
uma emergência urológica, e o tempo de viabilidade testicular diminui progressivamente após 6
horas. A conduta correta é exploração cirúrgica imediata com orquidopexia, geralmente bilateral.
“Iniciar tratamento para priapismo com punção aspirativa e irrigação com solução salina fria,
seguido de injeção intracavernosa de simpatomimético.” — Incorreta. A conduta descrita é
apropriada para priapismo isquêmico, mas o quadro clínico descrito é incompatível com
priapismo, e sim típico de torção testicular.
Referência:
PATERSON-BROWN, Simon. Tópicos Essenciais em Cirurgia Geral e de Emergência: Grupo
GEN, 2016. E-book. ISBN 9788595156517. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595156517/. Acesso em: 28 maio 2024.
8ª QUESTÃO
Enunciado:
(Banco AFYA) Um paciente de 55 anos, vítima de trauma facial grave, foi submetido a
traqueostomia de urgência para garantir a via aérea. Após a estabilização clínica, permanece em
unidade de terapia intensiva com suporte ventilatório mecânico.
Considerando o manejo pós-operatório da via aérea cirúrgica, qual plano de cuidados é mais
adequado para evitar complicações e promover a segurança do paciente? 
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Alternativas:
(alternativa A)
Manter curativo oclusivo e compressivo no local da traqueostomia, aspirar secreções apenas
quando o paciente apresentar tosse ou desconforto. 
(alternativa B)
Após 48 horas de monitoramento com estabilidade, reduzir a frequência de avaliação local a cada
72 horas. 
(alternativa C)
Evitar manipulações próximas à cânula nas primeiras 72 horas para prevenir infecções,
suspendendo a higiene local nesse período. 
(alternativa D) (CORRETA) 
Realizar fixação adequada da cânula, monitorar acúmulo de secreções, inspecionar o local da
incisão regularmente e material de aspiração à beira do leito.
Resposta comentada:
“Manter curativo oclusivo e compressivo no local da traqueostomia, aspirar secreções apenas
quando o paciente apresentar tosse ou desconforto.” — Incorreta. O curativo não deve ser
compressivo e a aspiração de secreções deve ser feita de forma programada ou conforme
avaliação clínica, não apenas por sintomas.
“Realizar fixação adequada da cânula, monitorar acúmulo de secreções, inspecionar o local da
incisão regularmente e material de aspiração à beira do leito.” — Correta. Essas são práticas
recomendadas no cuidado com a traqueostomia, prevenindo deslocamento acidental, obstruções,
infecções e falhas ventilatórias. O cuidado envolve monitoramento contínuo, higiene local e
suporte da equipe multiprofissional.
“Após 48 horas de monitoramento com estabilidade, reduzir a frequência de avaliação local a
cada 72 horas.” — Incorreta. Mesmo com estabilidade após 48h, não exime a necessidade de
monitoramento contínuo.
“Evitar manipulações próximas à cânula nas primeiras 72 horas para prevenir infecções,
suspendendo a higiene local nesse período.” — Incorreta. A higiene local é essencial desde o pós-
operatório imediato para evitar colonização e infecções. Manipulações devem ser feitas com
técnica asséptica, não evitadas.
Referências:
PATERSON-BROWN, Simon. Tópicos Essenciais em Cirurgia Geral e de Emergência: Grupo
GEN, 2016. E-book. ISBN 9788595156517. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595156517/. Acesso em: 28 maio 2024.
RIBEIRO JUNIOR, Marcelo A. F. Fundamentos em cirurgia do trauma. Rio de Janeiro: Roca,
2016. 1 recurso online. ISBN 9788527730587. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527730587/. Acesso em: 19 set. 2017.
9ª QUESTÃO
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Enunciado:
(AFYA Palmas) Homem de 38 anos, vítima de incêndio residencial, chega ao pronto-socorro com
queimaduras de terceiro grau em 35% da superfície corporal total (SCT), atingindo tronco anterior,
ambos os membros inferiores e parte do rosto. Foi admitido 3 horas após o acidente,
apresentando sinais de choque hipovolêmico e lesões profundas com risco de infecção. Após
estabilização inicial, é transferido para unidadedrenagem torácica
com tubo em espaço intercostal inferior (geralmente 5º ou 6º EIC, linha axilar média), não
toracocentese com agulha, que é mais indicada para alívio rápido de pneumotórax hipertensivo.
“Pneumotórax hipertensivo à direita; realizar descompressão imediata com agulha e, em seguida,
drenagem torácica em selo d’água.” — Correta. O quadro clínico (dispneia grave, desvio traqueal,
enfisema subcutâneo, ausência de murmúrio e instabilidade) é típico de pneumotórax
hipertensivo, uma emergência que requer descompressão imediata com agulha no segundo EIC,
linha médio-clavicular, seguida de drenagem com tubo em selo d’água.
“Contusão pulmonar à esquerda; iniciar antibiótico intravenoso e oxigenoterapia de alto fluxo.” —
Incorreta. Contusão pulmonar causa hipoxemia, mas não há desvio traqueal nem turgência
jugular. Além disso, antibióticos não são indicados sistematicamente sem sinais de infecção.
“Tórax instável; realizar imobilização torácica com faixa compressiva e administrar opioides para
analgesia.” — Incorreta. O tórax instável exige analgesia eficaz, porém faixas compressivas são
contraindicadas, pois restringem a ventilação e agravam a hipoxemia. Além disso, o quadro
descrito no enunciado não é compatível com tórax instável.
Referências:
MORETTI, Miguel Antônio; BAPTISTA FILHO, Mario Lúcio Alves (ed.). Manual de cuidados
perioperatórios. São Paulo: Manole, 2014. 1 recurso online. ISBN 9788520451663. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788520451663/. Acesso em: 19 set. 2017.
PATERSON-BROWN, Simon. Tópicos Essenciais em Cirurgia Geral e de Emergência. [Digite o
Local da Editora]: Grupo GEN, 2016. E-book. ISBN 9788595156517. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595156517/. Acesso em: 28 maio 2024.
RIBEIRO JUNIOR, Marcelo A. F. Fundamentos em cirurgia do trauma. Rio de Janeiro: Roca,
2016. 1 recurso online. ISBN 9788527730587. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527730587/. Acesso em: 19 set. 2017.
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8ª QUESTÃO
Enunciado:
(Banco AFYA) Um paciente de 45 anos dá entrada na emergência com dor abdominal localizada
no quadrante inferior esquerdo, febre e leucocitose. A tomografia computadorizada de abdome
com contraste mostra espessamento da parede do cólon sigmoide, infiltração da gordura
pericólica e presença de bolhas de gás extraluminal sem líquido livre abundante. Considerando o
quadro clínico e os achados radiológicos, qual das alternativas corresponde corretamente ao
diagnóstico mais provável e aos principais achados de imagem associados às demais condições
inflamatórias abdominais agudas? 
Alternativas:
(alternativa A)
O diagnóstico é de obstrução intestinal secundária à má rotação.
(alternativa B) (CORRETA) 
Trata-se de diverticulite aguda.
(alternativa C)
O quadro é compatível com apendicite aguda.
(alternativa D)
Trata-se de colecistite aguda.
Resposta comentada:
Gabarito: Trata-se de diverticulite aguda. A diverticulite aguda do sigmoide é comum após os 40
anos, e os achados descritos na TC são clássicos, principalmente quando complicações como
perfuração localizada estão presentes.
 
Resposta Comentada:
“O quadro é compatível com apendicite aguda — Esta afirmativa está incorreta. Apendicite aguda
se manifesta por espessamento e dilatação do apêndice (>6 mm), realce da parede e inflamação
da gordura periapendicular, não necessariamente com dilatação do ceco ou gás livre.
“Trata-se de colecistite aguda — Esta afirmativa está incorreta. A colecistite aguda cursa com
espessamento da parede da vesícula, líquido perivesicular e sinal de Murphy ultrassonográfico
positivo, sem relação com espessamento colônico.
“O diagnóstico é de obstrução intestinal secundária à má rotação — Esta afirmativa está
incorreta. Esta condição é típica da infância, e os achados descritos no enunciado são mais
compatíveis com inflamação colônica segmentar.
Referências:
BRASIL. Protocolo de uso da tomografia computadorizada no abdome agudo. Brasília: Ministério
da Saúde, 2018.
SILVA, A. C. ; COSTA, L. B. ; MARCHINI, G. S. Diagnóstico por imagem no abdome agudo.
Radiologia Brasileira, São Paulo, v. 45, n. 4, p. 225–231, jul./ago. 2012.
9ª QUESTÃO
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Enunciado:
(Banco AFYA) Um paciente de 55 anos, vítima de trauma facial grave, foi submetido a
traqueostomia de urgência para garantir a via aérea. Após a estabilização clínica, permanece em
unidade de terapia intensiva com suporte ventilatório mecânico.
Considerando o manejo pós-operatório da via aérea cirúrgica, qual plano de cuidados é mais
adequado para evitar complicações e promover a segurança do paciente? 
Alternativas:
(alternativa A)
Após 48 horas de monitoramento com estabilidade, reduzir a frequência de avaliação local a cada
72 horas. 
(alternativa B) (CORRETA) 
Realizar fixação adequada da cânula, monitorar acúmulo de secreções, inspecionar o local da
incisão regularmente e material de aspiração à beira do leito.
(alternativa C)
Manter curativo oclusivo e compressivo no local da traqueostomia, aspirar secreções apenas
quando o paciente apresentar tosse ou desconforto. 
(alternativa D)
Evitar manipulações próximas à cânula nas primeiras 72 horas para prevenir infecções,
suspendendo a higiene local nesse período. 
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Resposta comentada:
“Manter curativo oclusivo e compressivo no local da traqueostomia, aspirar secreções apenas
quando o paciente apresentar tosse ou desconforto.” — Incorreta. O curativo não deve ser
compressivo e a aspiração de secreções deve ser feita de forma programada ou conforme
avaliação clínica, não apenas por sintomas.
“Realizar fixação adequada da cânula, monitorar acúmulo de secreções, inspecionar o local da
incisão regularmente e material de aspiração à beira do leito.” — Correta. Essas são práticas
recomendadas no cuidado com a traqueostomia, prevenindo deslocamento acidental, obstruções,
infecções e falhas ventilatórias. O cuidado envolve monitoramento contínuo, higiene local e
suporte da equipe multiprofissional.
“Após 48 horas de monitoramento com estabilidade, reduzir a frequência de avaliação local a
cada 72 horas.” — Incorreta. Mesmo com estabilidade após 48h, não exime a necessidade de
monitoramento contínuo.
“Evitar manipulações próximas à cânula nas primeiras 72 horas para prevenir infecções,
suspendendo a higiene local nesse período.” — Incorreta. A higiene local é essencial desde o pós-
operatório imediato para evitar colonização e infecções. Manipulações devem ser feitas com
técnica asséptica, não evitadas.
Referências:
PATERSON-BROWN, Simon. Tópicos Essenciais em Cirurgia Geral e de Emergência: Grupo
GEN, 2016. E-book. ISBN 9788595156517. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595156517/. Acesso em: 28 maio 2024.
RIBEIRO JUNIOR, Marcelo A. F. Fundamentos em cirurgia do trauma. Rio de Janeiro: Roca,
2016. 1 recurso online. ISBN 9788527730587. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527730587/. Acesso em: 19 set. 2017.
10ª QUESTÃO
Enunciado:
(Banco AFYA) Um paciente de 35 anos foi internado em unidade de queimados após acidente
com chama direta, apresentando queimaduras de espessura parcial profunda e total em membros
superiores e tronco anterior, totalizando 25% da superfície corporal queimada (SCQ). Após
realização de desbridamento cirúrgico e enxertia, a equipe médica planeja os cuidados pós-
operatórios para otimizar a recuperação e prevenir infecções.
Qual das alternativas a seguir representa corretamente uma conduta baseada em evidências para
o cuidado pós-operatório de queimaduras com foco na prevenção de infecções? 
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Alternativas:
(alternativa A) (CORRETA) 
Realizar curativos oclusivos com trocas diárias, associando limpeza com soluções antissépticasde queimados, onde evolui com dor intensa em
membros inferiores, parestesia distal nas pernas e diminuição da perfusão nas extremidades. A
pressão intra-compartimental nas panturrilhas é de 40 mmHg.
Com base no quadro clínico e no valor da pressão compartimental, qual é a conduta mais
apropriada neste momento?
Alternativas:
(alternativa A)
A fasciotomia só está indicada se houver sinais clínicos de necrose muscular, que ainda não
foram identificados neste caso, sendo adequada a observação com suporte clínico.
(alternativa B)
A prioridade inicial é controlar o risco infeccioso e manter a estabilidade hemodinâmica,
postergando qualquer intervenção muscular até o terceiro dia de evolução.
(alternativa C) (CORRETA) 
O diagnóstico de síndrome compartimental deve ser considerado e está indicada a fasciotomia
imediata, com o objetivo de evitar isquemia e necrose muscular progressiva.
(alternativa D)
A elevação da pressão intra-compartimental é comum nas primeiras 24 horas e deve ser tratada
com analgesia, hidratação e reavaliação clínica periódica antes de qualquer cirurgia.
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Resposta comentada:
Correta. O diagnóstico de síndrome compartimental deve ser considerado e está indicada a
fasciotomia imediata, com o objetivo de evitar isquemia e necrose muscular progressiva.
A síndrome compartimental é uma emergência cirúrgica. A pressão de 40 mmHg associada à dor
intensa, parestesia e hipoperfusão distal confirma o diagnóstico. A fasciotomia imediata está
indicada para evitar necrose muscular, dano nervoso e perda funcional.
Errada. A elevação da pressão intra-compartimental é comum nas primeiras 24 horas e deve ser
tratada com analgesia, hidratação e reavaliação clínica periódica antes de qualquer cirurgia.
Embora a elevação da pressão compartimental possa ocorrer em queimaduras, valores acima de
30 mmHg com sintomas clínicos não devem ser tratados conservadoramente. Atrasar a
intervenção cirúrgica pode resultar em lesão irreversível.
Errada. A fasciotomia só está indicada se houver sinais clínicos de necrose muscular, que ainda
não foram identificados neste caso, sendo adequada a observação com suporte clínico. A
necrose muscular é uma complicação tardia. A fasciotomia deve ser feita antes que ela ocorra,
com base em sinais clínicos precoces e pressão elevada, como no caso apresentado.
Errada. A prioridade inicial é controlar o risco infeccioso e manter a estabilidade hemodinâmica,
postergando qualquer intervenção muscular até o terceiro dia de evolução.
A síndrome compartimental é uma urgência absoluta e não deve ser postergada para após a
estabilização hemodinâmica tardia. O risco de dano permanente é elevado se o tratamento for
adiado.
Referências:
AMERICAN COLLEGE OF SURGEONS. Advanced Trauma Life Support – ATLS: Student
Course Manual. 10. ed. Chicago: ACS, 2018.
MATHES, S.J. ; NAHABEDIAN, M.Y. Surgical Treatment of Burns and Wounds. In: Plastic
Surgery. 3rd ed. Elsevier, 2013.
10ª QUESTÃO
Enunciado:
(AFYA Palmas) Uma criança de 18 meses, previamente hígida, é levada ao pronto-socorro com
história de episódios de choro inconsolável, com flexão das pernas sobre o abdome, alternados
com períodos de aparente melhora, iniciados há cerca de 12 horas.
A mãe refere também vômitos e a presença de fezes com sangue e muco, descritas como
"geléia de morango".
Ao exame físico, a criança apresenta-se prostrada, com abdome distendido e doloroso à
palpação, associado a sinais de irritação peritoneal difusa.
Qual deve ser a conduta inicial mais adequada neste caso?
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Alternativas:
(alternativa A)
Confirmar o diagnóstico com tomografia e tentar redução com enema baritado.
(alternativa B)
Realizar radiografia de abdômen. Confirmada a intussuscepção, realizar redução com solução
salina ou ar.
(alternativa C)
Iniciar hidratação intravenosa com antibiótico empírico por 48h e considerar laparotomia.
(alternativa D) (CORRETA) 
Contraindicar enema, optando por cirurgia imediata devido aos sinais clínicos de peritonite difusa.
Resposta comentada:
Correta. Contraindicar enema, optando por cirurgia imediata devido aos sinais clínicos de
peritonite difusa. A conduta recomendada em casos com sinais clínicos de peritonite é a cirurgia
imediata. A redução não cirúrgica com enema está absolutamente contraindicada na presença de
peritonite ou instabilidade hemodinâmica.
Errada. Confirmar o diagnóstico com tomografia e tentar redução com enema baritado. O exame
de escolha para avaliação inicial de invaginação intestinal é a ultrassonografia, não a tomografia,
especialmente em crianças pequenas, devido à ausência de radiação e alta sensibilidade. A
presença de sinais clínicos de irritação peritoneal indica provável complicação grave (necrose,
perfuração, peritonite) e, nesses casos, a redução com enema é contraindicada. A conduta é a
cirurgia imediata, não tentativa de redução com enema.
Errada. Realizar radiografia de abdômen. Confirmada a intussuscepção, realizar redução com
solução salina ou ar. A radiografia pode sugerir invaginação ou excluir pneumoperitônio, mas não
é necessária para diagnóstico definitivo além do que o exame de escolha é a ultrassonografia. Na
presença de sinais de irritação peritoneal, é contraindicado realizar qualquer tentativa de redução
não cirúrgica, incluindo redução hidrostática ou pneumática. O risco de perfuração e agravamento
é muito elevado.
Errada. Iniciar hidratação intravenosa com antibiótico empírico por 48h e considerar laparotomia.
É correta a necessidade de iniciar hidratação venosa e antibioticoterapia empírica. Contudo, a
presença de sinais de peritonite difusa exige intervenção cirúrgica imediata. Não se deve
"aguardar 48 horas" nem "considerar" laparotomia — deve-se realizá-la prontamente. A conduta
expectante não é segura nesse quadro.
Referências:
Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). Departamento de Cirurgia Pediátrica. Manual de
orientação – Abordagem das urgências abdominais em pediatria. 2022.
Behrman, Kliegman, Jenson. Nelson Tratado de Pediatria. 21. ed. Rio de Janeiro: Elsevier,
2020.
11ª QUESTÃO
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Enunciado:
(Banco AFYA) Durante um procedimento de redução e fixação de fratura de rádio distal em
ambiente de emergência, o anestesiologista opta por realizar um bloqueio do plexo braquial para
analgesia adequada do membro superior.
Considerando a anatomia e as técnicas de anestesia periférica, qual das alternativas abaixo
corresponde corretamente ao bloqueio mais indicado para esse procedimento e sua justificativa
anatômica? 
Alternativas:
(alternativa A)
Bloqueio interescalênico, por sua eficácia na anestesia do plexo lombossacral e analgesia da
extremidade distal do membro inferior. 
(alternativa B)
Bloqueio do nervo ulnar na altura do punho, pois ele supre toda a inervação sensitiva do antebraço
e da mão.
(alternativa C) (CORRETA) 
Bloqueio supraclavicular do plexo braquial, por promover anestesia completa do membro superior
desde o ombro até a mão, especialmente eficaz para cirurgias distais. 
(alternativa D)
Bloqueio do nervo femoral, já que sua abrangência cobre a região do punho e facilita a
imobilização do membro superior. 
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Resposta comentada:
“Bloqueio do nervo ulnar na altura do punho, pois ele supre toda a inervação sensitiva do
antebraço e da mão.” — Incorreta. O bloqueio do nervo ulnar no punho não abrange toda a
inervação do antebraço nem da mão; sua ação é limitada ao território específico do nervo,
principalmente o lado medial da mão. 
“Bloqueio interescalênico, por sua eficácia na anestesia do plexo lombossacral e analgesia da
extremidade distal do membro inferior.” — Incorreta. O bloqueio interescalênico é um bloqueio do
plexo braquial, indicado para ombro e terço proximal do braço, e não tem efeito sobre o plexo
lombossacral ou membros inferiores.“Bloqueio supraclavicular do plexo braquial, por promover anestesia completa do membro
superior desde o ombro até a mão, especialmente eficaz para cirurgias distais.” — Correta. O
bloqueio supraclavicular é considerado o bloqueio do plexo braquial mais eficaz para
procedimentos distais do membro superior, como punho e mão, pois atinge os três troncos do
plexo braquial com alto grau de previsibilidade e abrangência. 
“Bloqueio do nervo femoral, já que sua abrangência cobre a região do punho e facilita a
imobilização do membro superior.” — Incorreta. O nervo femoral pertence ao plexo lombar,
responsável pela inervação do membro inferior anterior, sem qualquer função no membro
superior. 
Referência:
SAVASSI-ROCHA, Paulo R.; SANCHES, Soraya Rodrigues de A.; SAVASSI-ROCHA, Alexandre
L. Cirurgia de ambulatório. [Digite o Local da Editora]: MedBook Editora, 2013. E-book. ISBN
9786557830215. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786557830215/. Acesso em: 28 maio 2024.
12ª QUESTÃO
Enunciado:
(Banco AFYA) Um paciente de 35 anos foi internado em unidade de queimados após acidente
com chama direta, apresentando queimaduras de espessura parcial profunda e total em membros
superiores e tronco anterior, totalizando 25% da superfície corporal queimada (SCQ). Após
realização de desbridamento cirúrgico e enxertia, a equipe médica planeja os cuidados pós-
operatórios para otimizar a recuperação e prevenir infecções.
Qual das alternativas a seguir representa corretamente uma conduta baseada em evidências para
o cuidado pós-operatório de queimaduras com foco na prevenção de infecções? 
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Alternativas:
(alternativa A) (CORRETA) 
Realizar curativos oclusivos com trocas diárias, associando limpeza com soluções antissépticas
suaves e monitoramento constante dos sinais locais e sistêmicos de infecção.
(alternativa B)
Manter o uso de antibióticos sistêmicos de amplo espectro por tempo prolongado, mesmo na
ausência de sinais clínicos de infecção. 
(alternativa C)
Suspender os curativos após a primeira semana, promovendo o banho diário apenas com água
corrente, sem necessidade de avaliação médica contínua. 
(alternativa D)
Deixar as áreas enxertadas expostas ao ar para acelerar a formação de crostas secas e reduzir o
risco de colonização bacteriana. 
Resposta comentada:
“Manter o uso de antibióticos sistêmicos de amplo espectro por tempo prolongado, mesmo na
ausência de sinais clínicos de infecção.” — Incorreta. O uso indiscriminado de antibióticos
aumenta a resistência bacteriana e não é recomendado como prevenção rotineira. O tratamento
antimicrobiano sistêmico só deve ser instituído mediante sinais clínicos ou laboratoriais de
infecção.
“Realizar curativos oclusivos com trocas diárias, associando limpeza com soluções antissépticas
suaves e monitoramento constante dos sinais locais e sistêmicos de infecção.” — Correta. Essa
conduta promove um ambiente úmido favorável à cicatrização, evita colonização secundária e
permite detecção precoce de infecção, além de ser compatível com os protocolos modernos de
manejo em unidades de queimados.
“Deixar as áreas enxertadas expostas ao ar para acelerar a formação de crostas secas e reduzir
o risco de colonização bacteriana.” — Incorreta. A exposição das áreas queimadas aumenta o
risco de infecção e retarda a cicatrização, especialmente em áreas enxertadas, que exigem
proteção mecânica e controle do meio ambiente local.
“Suspender os curativos após a primeira semana, promovendo o banho diário apenas com água
corrente, sem necessidade de avaliação médica contínua.” — Incorreta. Pacientes com
queimaduras profundas ou extensas exigem cuidados contínuos, avaliação médica frequente e
acompanhamento da evolução da ferida, especialmente nas áreas enxertadas.
Referência:
TOY, Eugene C. ; LIU, Terrence H. CAMPBELL, André R. Casos clínicos em cirurgia. 4. ed. Porto
Alegre: AMGH, 2013. 1 recurso online. ISBN 9788580552607. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788580552607/. Acesso em: 19 set. 2017.
13ª QUESTÃO
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Enunciado:
(Banco AFYA) Um paciente de 42 anos chega à sala de emergência após colisão de alta energia,
apresentando dispneia, dor torácica intensa, enfisema subcutâneo e desvio de traqueia para o
lado esquerdo. No exame físico, observa-se ausência de murmúrio vesicular no hemitórax direito,
turgência jugular e instabilidade hemodinâmica.
Considerando os diferentes tipos de trauma torácico e seus sinais clínicos, qual é o diagnóstico
mais provável e a conduta imediata adequada?
Alternativas:
(alternativa A)
Tórax instável; realizar imobilização torácica com faixa compressiva e administrar opioides para
analgesia.
(alternativa B)
Hemotórax maciço à direita; realizar toracocentese com agulha de grosso calibre no segundo
espaço intercostal, linha médio-clavicular.
(alternativa C) (CORRETA) 
Pneumotórax hipertensivo à direita; realizar descompressão imediata com agulha e, em seguida,
drenagem torácica em selo d’água.
(alternativa D)
Contusão pulmonar à esquerda; iniciar antibiótico intravenoso e oxigenoterapia de alto fluxo.
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Resposta comentada:
“Hemotórax maciço à direita; realizar toracocentese com agulha de grosso calibre no segundo
espaço intercostal, linha médio-clavicular.” — Incorreta. O hemotórax requer drenagem torácica
com tubo em espaço intercostal inferior (geralmente 5º ou 6º EIC, linha axilar média), não
toracocentese com agulha, que é mais indicada para alívio rápido de pneumotórax hipertensivo.
“Pneumotórax hipertensivo à direita; realizar descompressão imediata com agulha e, em seguida,
drenagem torácica em selo d’água.” — Correta. O quadro clínico (dispneia grave, desvio traqueal,
enfisema subcutâneo, ausência de murmúrio e instabilidade) é típico de pneumotórax
hipertensivo, uma emergência que requer descompressão imediata com agulha no segundo EIC,
linha médio-clavicular, seguida de drenagem com tubo em selo d’água.
“Contusão pulmonar à esquerda; iniciar antibiótico intravenoso e oxigenoterapia de alto fluxo.” —
Incorreta. Contusão pulmonar causa hipoxemia, mas não há desvio traqueal nem turgência
jugular. Além disso, antibióticos não são indicados sistematicamente sem sinais de infecção.
“Tórax instável; realizar imobilização torácica com faixa compressiva e administrar opioides para
analgesia.” — Incorreta. O tórax instável exige analgesia eficaz, porém faixas compressivas são
contraindicadas, pois restringem a ventilação e agravam a hipoxemia. Além disso, o quadro
descrito no enunciado não é compatível com tórax instável.
Referências:
MORETTI, Miguel Antônio; BAPTISTA FILHO, Mario Lúcio Alves (ed.). Manual de cuidados
perioperatórios. São Paulo: Manole, 2014. 1 recurso online. ISBN 9788520451663. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788520451663/. Acesso em: 19 set. 2017.
PATERSON-BROWN, Simon. Tópicos Essenciais em Cirurgia Geral e de Emergência. [Digite o
Local da Editora]: Grupo GEN, 2016. E-book. ISBN 9788595156517. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595156517/. Acesso em: 28 maio 2024.
RIBEIRO JUNIOR, Marcelo A. F. Fundamentos em cirurgia do trauma. Rio de Janeiro: Roca,
2016. 1 recurso online. ISBN 9788527730587. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527730587/. Acesso em: 19 set. 2017.
14ª QUESTÃO
Enunciado:
(Banco AFYA) Durante a preparação para um bloqueio de plexo braquial via abordagem axilar em
um paciente de 70 kg, com função hepática e renal preservadas, o anestesiologista opta pelo uso
de lidocaína sem vasoconstritor.
Considerando a dose máxima recomendada de lidocaína sem vasoconstritor de 4,5mg/Kg e
utilizando uma solução de lidocaína a 2%, qual é o volume máximo que pode ser administrado?
000161.050014.20107d.370dc4.10740b.46f52d.a69e3c.20be8 Pgina 21 de 48Alternativas:
(alternativa A)
31,5 mL
(alternativa B)
14 mL 
(alternativa C)
17,5 mL
(alternativa D) (CORRETA) 
15,75 mL 
Resposta comentada:
Cálculo e Resposta Comentada:
Passo 1: Calcular a dose máxima em mg.
Fórmula:
Dose máxima (mg) = peso (kg) × dose máxima recomendada (mg/kg)
→ 70 kg × 4,5 mg/kg = 315 mg
Passo 2: Calcular o volume correspondente em mL para solução a 2%.
Lidocaína 2% = 20 mg/mL
Volume (mL) = Dose (mg) ÷ Concentração (mg/mL)
→ 315 mg ÷ 20 mg/mL = 15,75 mL
 
Análise das Alternativas:
14 mL” — Incorreta. Subestima tanto a dose máxima quanto o volume correspondente.
15,75 mL” — Correta. Calculada com base em peso e concentração da solução.
31,5 mL” — Incorreta. Excede a dose, uma vez que a solução usada é 2%.
17,5 mL” — Incorreta. Excede a dose máxima recomendada, aumentando o risco de toxicidade
sistêmica.
Referência:
SAVASSI-ROCHA, Paulo R. ; SANCHES, Soraya Rodrigues de A. ; SAVASSI-ROCHA,
Alexandre L. Cirurgia de ambulatório: MedBook Editora, 2013. E-book. ISBN 9786557830215.
Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786557830215/. Acesso em: 28
maio 2024.
15ª QUESTÃO
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Enunciado:
(UNIDOMPEDRO) Homem, 19 anos, condutor de bicicleta, estava descendo a ladeira e colidiu
com um carro. Foi trazido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência. Foi colocado em
prancha rígida, com colar cervical e oxigênio suplementar em máscara a 15 L/min. Realizou-se
expansão volêmica com 1000 mL de Ringer Lactato. Apresenta-se no atendimento inicial com
Glasgow 14. Refere síncope. No momento, está lúcido e descolorado. PA: 91×58 mmHg; FC: 129
bpm; FR: 26 irpm; oximetria de pulso: 96%. Exame físico: Tórax e abdome: sem alterações;
Extremidades: membro inferior esquerdo encurtado.
O exame que auxilia no raciocínio para identificar outros possíveis locais de sangramento na sala
de emergência é o(a):
Alternativas:
(alternativa A)
curva do pH e do lactato.
(alternativa B)
hemoglobina e hematócrito.
(alternativa C)
exame radiográfico de abdomen.
(alternativa D) (CORRETA) 
ultrassonografia dirigida para trauma.
Resposta comentada:
Correta: Ultrassonografia dirigida para trauma.
O uso da ultrassonografia dirigida para o trauma (FAST) tem grande valor na avaliação de
determinadas localizações, como pelve, espaço hepatorrenal, espaço esplenorrenal e saco
pericárdico.
Justificativas:
Exame radiográfico de abdômen. Não é eficaz para detectar sangramentos internos.
Hemoglobina e hematócrito. Podem indicar sangramento, mas com atraso, não sendo úteis para
diagnóstico imediato.
Curva do pH e do lactato. Avaliam hipoperfusão e gravidade do choque, mas não localizam o
sangramento.
Referência:
AMERICAN COLLEGE OF SURGEONS. ATLS: Advanced Trauma Life Support: student course
manual. 10ª ed. Chicago: American College of Surgeons, 2018.
16ª QUESTÃO
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Enunciado:
(Banco AFYA) Um paciente de 35 anos, vítima de colisão de alta energia, é admitido na sala de
trauma apresentando rebaixamento do nível de consciência, hipotensão arterial (PA 80/40
mmHg), taquicardia (FC 130 bpm) e respiração superficial. No exame primário do protocolo
ATLS, é detectado sangramento ativo na pelve e instabilidade hemodinâmica refratária à
reposição volêmica inicial com cristaloides. O FAST é positivo para líquido livre em pelve e
espaço hepatorrenal, e a radiografia pélvica mostra fratura instável. Qual das condutas a seguir
representa a estratégia terapêutica mais adequada e prioritária segundo o protocolo ATLS para
esse paciente? 
Alternativas:
(alternativa A)
Aplicação de manobras de compressão abdominal manual e monitoramento clínico até
estabilização dos sinais vitais.
(alternativa B)
Administração empírica de drogas vasopressoras para manutenção da perfusão cerebral,
postergando a abordagem cirúrgica até reversão do choque. 
(alternativa C) (CORRETA) 
Estabilização da pelve com cinta pélvica, acesso venoso calibroso com reposição volêmica
guiada por metas, e encaminhamento imediato ao centro cirúrgico para controle de hemorragia. 
(alternativa D)
Realizar tomografia computadorizada de abdome para avaliação da extensão do trauma
abdominal antes de qualquer intervenção adicional. 
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Resposta comentada:
Gabarito:
Estabilização da pelve com cinta pélvica, acesso venoso calibroso com reposição volêmica
guiada por metas, e encaminhamento imediato ao centro cirúrgico para controle de hemorragia.
Resposta Comentada:
“Realizar tomografia computadorizada de abdome para avaliação da extensão do trauma
abdominal antes de qualquer intervenção adicional.” — Incorreta. A TC não deve ser realizada em
pacientes instáveis, conforme o protocolo do ATLS. O FAST positivo e a instabilidade indicam a
necessidade de intervenção cirúrgica imediata.
“Estabilização da pelve com cinta pélvica, acesso venoso calibroso com reposição volêmica
guiada por metas, e encaminhamento imediato ao centro cirúrgico para controle de hemorragia.”
— Correta. Esta conduta segue os princípios do controle de danos, com estabilização da fratura
pélvica, reposição volêmica prudente (restrita e guiada) e cirurgia emergencial para hemostasia.
“Aplicação de manobras de compressão abdominal manual e monitoramento clínico até
estabilização dos sinais vitais.” — Incorreta. Manobras manuais não são efetivas na contenção de
hemorragias internas. A conduta expectante não é indicada em pacientes com instabilidade
hemodinâmica e FAST positivo.
“Administração empírica de drogas vasopressoras para manutenção da perfusão cerebral,
postergando a abordagem cirúrgica até reversão do choque.” — Incorreta. Vasopressores não
devem ser usados como tratamento inicial do choque hemorrágico. O foco deve ser o controle da
fonte do sangramento, ou seja, intervenção cirúrgica precoce.
 
Referência:
AMERICAN COLLEGE OF SURGEONS. Advanced Trauma Life Support (ATLS®): Student
Course Manual. 10. ed. Chicago: ACS, 2018.
17ª QUESTÃO
Enunciado:
(Banco AFYA) Um homem de 40 anos, vítima de ferimento torácico penetrante, é admitido na
emergência com dispneia, cianose periférica e abaulamento de veias cervicais. O exame revela
bulhas cardíacas abafadas, queda progressiva da pressão arterial e pulso paradoxal. Qual das
condutas abaixo é mais adequada quanto ao tratamento imediato recomendado no manejo do
choque nesse contexto? 
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Alternativas:
(alternativa A)
Iniciar ressuscitação volêmica vigorosa com 2.000 mL de solução hipertônica e encaminhar o
paciente para tomografia antes da intervenção cirúrgica. 
(alternativa B)
Realizar toracocentese com agulha no segundo espaço intercostal e infundir cristaloides em
pequena quantidade para evitar sobrecarga cardíaca. 
(alternativa C)
Indicar drenagem torácica bilateral com sonda 36 Fr e iniciar infusão contínua de noradrenalina
para restaurar o débito cardíaco antes de qualquer intervenção invasiva.
(alternativa D) (CORRETA) 
Realizar punção pericárdica imediata (pericardiocentese) e iniciar infusão de 500 a 1.000 mL de
cristaloide para manter enchimento cardíaco adequado até abordagem definitiva. 
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Resposta comentada:
“Realizar toracocentese com agulha no segundo espaço intercostal e infundir cristaloides em
pequena quantidade para evitar sobrecarga cardíaca.” — Incorreta. A toracocentese no segundo
espaço intercostal é indicada para pneumotórax hipertensivo, e não para tamponamento cardíaco,
cuja abordagem correta é pericardiocentese. 
“Iniciar ressuscitação volêmica vigorosa com 2.000 mL de solução hipertônica e encaminhar o
paciente para tomografia antes da intervenção cirúrgica.” — Incorreta. Volumes muito altos
podem agravar o tamponamento, e a tomografia não deve ser priorizada em instabilidade
hemodinâmica, especialmente em uma emergência clínicajá identificada clinicamente. 
“Realizar punção pericárdica imediata (pericardiocentese) e iniciar infusão de 500 a 1.000 mL de
cristaloide para manter enchimento cardíaco adequado até abordagem definitiva.” — Correta. A
pericardiocentese é a medida de alívio temporário indicada para tamponamento cardíaco, e a
infusão de cristaloides em volume moderado ajuda a manter a pré-carga enquanto se organiza a
toracotomia ou pericardiotomia definitiva. 
“Indicar drenagem torácica bilateral com sonda 36 Fr e iniciar infusão contínua de noradrenalina
para restaurar o débito cardíaco antes de qualquer intervenção invasiva.” — Incorreta. A
drenagem torácica não resolve o tamponamento pericárdico, e vasopressores não são a conduta
inicial. O alívio da compressão sobre o coração é prioritário antes do uso de drogas vasoativas. 
Referências: 
MORETTI, Miguel Antônio; BAPTISTA FILHO, Mario Lúcio Alves (ed.). Manual de cuidados
perioperatórios. São Paulo: Manole, 2014. 1 recurso online. ISBN 9788520451663. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788520451663/. Acesso em: 19 set. 2017.
PATERSON-BROWN, Simon. Tópicos Essenciais em Cirurgia Geral e de Emergência: Grupo
GEN, 2016. E-book. ISBN 9788595156517. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595156517/. Acesso em: 28 mai. 2024.
RIBEIRO JUNIOR, Marcelo A. F. Fundamentos em cirurgia do trauma. Rio de Janeiro: Roca,
2016. 1 recurso online. ISBN 9788527730587. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527730587/. Acesso em: 19 set. 2017.
18ª QUESTÃO
Enunciado:
(Banco AFYA) Um paciente em estado crítico é submetido à inserção de cateter venoso central
pela veia jugular interna direita, guiado por ultrassonografia. Após o procedimento, é realizada uma
radiografia de tórax para verificar a localização do cateter e descartar complicações. A imagem
revela a ponta do cateter posicionada no átrio direito, sem desvio lateral ou pneumotórax. Com
base nos critérios de posicionamento adequado do cateter venoso central e na interpretação de
exames, qual das alternativas abaixo está correta? 
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Alternativas:
(alternativa A)
O cateter deve ser imediatamente retirado, pois sua ponta nunca pode ultrapassar a veia cava
superior, sendo contraindicado o posicionamento próximo ao átrio direito. 
(alternativa B) (CORRETA) 
A localização da ponta do cateter no átrio direito é aceitável em pacientes sob monitoramento
intensivo, desde que não haja complicações clínicas ou sinais de arritmia. 
(alternativa C)
O posicionamento da ponta do cateter tem que ser confirmado com a ultrassonografia, por ser o
exame preferencial para definir a localização exata. 
(alternativa D)
A ponta do cateter deve sempre permanecer acima da clavícula na radiografia, pois essa posição
evita risco de tamponamento cardíaco.
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Resposta comentada:
Gabarito:
A localização da ponta do cateter no átrio direito é aceitável em pacientes sob monitoramento
intensivo, desde que não haja complicações clínicas ou sinais de arritmia.
 
Resposta Comentada:
“O cateter deve ser imediatamente retirado, pois sua ponta nunca pode ultrapassar a veia cava
superior, sendo contraindicado o posicionamento próximo ao átrio direito.” — Incorreta. Embora o
ideal seja manter a ponta no terço inferior da veia cava superior, em situações específicas como
monitorização hemodinâmica intensiva, a ponta pode se posicionar no átrio direito, desde que haja
vigilância para complicações, como arritmias.
“A localização da ponta do cateter no átrio direito é aceitável em pacientes sob monitoramento
intensivo, desde que não haja complicações clínicas ou sinais de arritmia.” — Correta. Esse
posicionamento pode ser clinicamente aceitável, principalmente quando se busca medições
precisas de pressão venosa central ou uso de dispositivos com múltiplos lúmens. Monitoramento
eletrocardiográfico contínuo é essencial nesses casos.
“A ponta do cateter deve sempre permanecer acima da clavícula na radiografia, pois essa
posição evita risco de tamponamento cardíaco.” — Incorreta. A localização acima da clavícula
indica mau posicionamento do cateter, possivelmente na veia jugular externa ou subclávia
proximal, o que não é funcional para infusões de alta osmolaridade ou monitorização
hemodinâmica.
“O posicionamento da ponta do cateter tem que ser confirmado com a ultrassonografia por ser o
exame preferencial para definir a localização exata. — Incorreta. A ultrassonografia é útil para
guiar a punção e avaliar pneumotórax, mas não substitui completamente a radiografia,
especialmente para confirmar a posição da ponta do cateter, que deve ser avaliada por imagem
torácica.
Referências:
ASSOCIAÇÃO DE MEDICINA INTENSIVA BRASILEIRA. Diretrizes para inserção e manutenção
de cateter venoso central em pacientes críticos. São Paulo: AMIB, 2017.
MARINO, Paul. Manual de terapia intensiva. 5. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2020.
19ª QUESTÃO
Enunciado:
(Banco AFYA) Durante o atendimento inicial a um paciente politraumatizado em sala de
emergência, a equipe segue o protocolo do Advanced Trauma Life Support (ATLS). Após garantir
a segurança da cena, inicia-se o exame primário com o objetivo de identificar e tratar
imediatamente lesões que oferecem risco à vida. Com base nesse protocolo, qual das
alternativas a seguir descreve corretamente uma das etapas do exame primário e sua
intervenção associada? 
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Alternativas:
(alternativa A)
Avaliação da pupila e função motora dos membros inferiores, com realização imediata de
tomografia de crânio. 
(alternativa B)
Lavagem gástrica precoce para todos os pacientes com trauma abdominal fechado,
independentemente da estabilidade hemodinâmica. 
(alternativa C) (CORRETA) 
Verificação da amplitude respiratória e ausculta pulmonar, com intervenção imediata em caso de
pneumotórax hipertensivo com toracocentese de alívio. 
(alternativa D)
Exame físico detalhado de todas as extremidades, com imobilização de fraturas e solicitação de
radiografias de rotina. 
Resposta comentada:
Gabarito:
Verificação da amplitude respiratória e ausculta pulmonar, com intervenção imediata em caso de
pneumotórax hipertensivo com toracocentese de alívio.
 Resposta Comentada:
“Avaliação da pupila e função motora dos membros inferiores, com realização imediata de
tomografia de crânio.” — Incorreta. Essa conduta faz parte do exame neurológico do exame
secundário, não do primário, e a tomografia só é realizada após estabilização clínica.
“Verificação da amplitude respiratória e ausculta pulmonar, com intervenção imediata em caso de
pneumotórax hipertensivo com toracocentese de alívio.” — Correta. Esta é uma etapa do "B"
(Breathing) do exame primário do ATLS, com conduta imediata diante de uma condição
potencialmente fatal. O pneumotórax hipertensivo é tratado com punção descompressiva seguida
de drenagem torácica.
“Exame físico detalhado de todas as extremidades, com imobilização de fraturas e solicitação de
radiografias de rotina.” — Incorreta. Essa conduta pertence ao exame secundário, que é realizado
após estabilização inicial e avaliação das funções vitais.
“Lavagem gástrica precoce para todos os pacientes com trauma abdominal fechado,
independentemente da estabilidade hemodinâmica.” — Incorreta. Lavagem gástrica não é
indicada rotineiramente em trauma, e o tratamento do trauma abdominal depende da avaliação
clínica e hemodinâmica, geralmente com FAST ou tomografia.
Referência:
AMERICAN COLLEGE OF SURGEONS. Advanced Trauma Life Support (ATLS®): Student
Course Manual. 10. ed. Chicago: ACS, 2018.
20ª QUESTÃO
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Enunciado:
(Banco AFYA) Um paciente politraumatizado foi submetido à laparotomia de emergência por
lesão hepática grau IV após acidente automobilístico. No pós-operatório imediato,encontra-se
hemodinamicamente estável, com boa evolução clínica, porém refere dor abdominal intensa que
interfere na ventilação e mobilização precoce.
Considerando os protocolos atuais de cuidado pós-operatório em trauma abdominal, qual das
estratégias a seguir representa uma conduta adequada para o manejo da dor visando à
recuperação otimizada do paciente? 
Alternativas:
(alternativa A) (CORRETA) 
Utilizar analgesia multimodal combinando opioides, AINEs e, se disponível, bloqueios regionais
como cateter peridural, ajustando conforme resposta clínica. 
(alternativa B)
Prescrever apenas anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs), evitando opioides devido ao risco
de depressão respiratória em qualquer intensidade de dor. 
(alternativa C)
Realizar sedação contínua com benzodiazepínicos e monitorar a dor apenas se o paciente
demonstrar agitação ou hipertensão.
(alternativa D)
Administrar analgésicos conforme demanda (PRN), evitando esquemas fixos ou controle
contínuo para prevenir tolerância e dependência medicamentosa. 
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Resposta comentada:
“Prescrever apenas anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs), evitando opioides devido ao risco
de depressão respiratória em qualquer intensidade de dor.” — Incorreta. AINEs isoladamente são
insuficientes para controle da dor intensa em pós-operatório de trauma maior. Opioides podem ser
utilizados com segurança, desde que com monitoramento adequado.
“Utilizar analgesia multimodal combinando opioides, AINEs e, se disponível, bloqueios regionais
como cateter peridural, ajustando conforme resposta clínica.” — Correta. A analgesia multimodal
é a abordagem recomendada, pois melhora o controle da dor, reduz o consumo isolado de
opioides e favorece a mobilização precoce, ventilação adequada e menor tempo de internação.
“Realizar sedação contínua com benzodiazepínicos e monitorar a dor apenas se o paciente
demonstrar agitação ou hipertensão.” — Incorreta. A sedação não substitui a analgesia. A dor
deve ser avaliada ativamente com escalas específicas, mesmo em pacientes pouco responsivos.
“Administrar analgésicos conforme demanda (PRN), evitando esquemas fixos ou controle
contínuo para prevenir tolerância e dependência medicamentosa.” — Incorreta. O uso exclusivo
de medicação “conforme necessidade” pode resultar em controle ineficaz da dor, especialmente
nas primeiras 48 horas pós-operatórias. Esquemas regulares com avaliação periódica são mais
eficazes e seguros.
Referências:
MORETTI, Miguel Antônio; BAPTISTA FILHO, Mario Lúcio Alves (ed.). Manual de cuidados
perioperatórios. São Paulo: Manole, 2014. 1 recurso online. ISBN 9788520451663. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788520451663/. Acesso em: 19 set. 2017.
PATERSON-BROWN, Simon. Tópicos Essenciais em Cirurgia Geral e de Emergência: Grupo
GEN, 2016. E-book. ISBN 9788595156517. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595156517/. Acesso em: 28 maio 2024.
RIBEIRO JUNIOR, Marcelo A. F. Fundamentos em cirurgia do trauma. Rio de Janeiro: Roca,
2016. 1 recurso online. ISBN 9788527730587. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527730587/. Acesso em: 19 set. 2017.
21ª QUESTÃO
Enunciado:
(Banco AFYA) Um paciente de 63 anos, obeso, com antecedentes de DPOC e tabagismo,
procura o pronto-socorro com dor intensa e progressiva em região inguinal direita, associada a
náuseas, distensão abdominal e ausência de eliminação de flatos e fezes nas últimas 24 horas.
Ao exame físico, apresenta massa endurecida, irredutível, dolorosa à palpação e sem sinais de
peritonite. Com base nesse quadro, qual é a conduta terapêutica mais adequada diante da
complicação apresentada? 
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Alternativas:
(alternativa A)
Realizar tentativa de redução manual com sedação e analgesia, seguida de alta hospitalar com
agendamento ambulatorial de hernioplastia.
(alternativa B)
Iniciar antibioticoterapia empírica, dieta zero e analgesia, aguardando melhora clínica para
posterior indicação cirúrgica eletiva. 
(alternativa C) (CORRETA) 
Indicar cirurgia de urgência para herniorrafia, com exploração do saco herniário e possível
ressecção intestinal, mesmo na ausência de sinais sistêmicos graves. 
(alternativa D)
Solicitar tomografia abdominal para confirmação diagnóstica e indicar tratamento conservador
com observação por 48 horas antes de qualquer intervenção. 
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Resposta comentada:
Gabarito:
Indicar cirurgia de urgência para herniorrafia, com exploração do saco herniário e possível
ressecção intestinal, mesmo na ausência de sinais sistêmicos graves.
Resposta Comentada:
“Iniciar antibioticoterapia empírica, dieta zero e analgesia, aguardando melhora clínica para
posterior indicação cirúrgica eletiva.” — Incorreta. Em casos de hérnia encarcerada com
obstrução intestinal, o tratamento não é conservador, pois há risco iminente de estrangulamento e
necrose intestinal, mesmo na ausência de peritonite.
“Realizar tentativa de redução manual com sedação e analgesia, seguida de alta hospitalar com
agendamento ambulatorial de hernioplastia.” — Incorreta. A manobra de tax (redução manual)
está contraindicada em pacientes com quadro obstrutivo e dor progressiva, pois pode mascarar
uma alça já isquêmica e levar à perfuração intra-abdominal.
“Indicar cirurgia de urgência para herniorrafia, com exploração do saco herniário e possível
ressecção intestinal, mesmo na ausência de sinais sistêmicos graves.” — Correta. O quadro é
sugestivo de hérnia encarcerada com obstrução intestinal, que exige abordagem cirúrgica de
urgência. A exploração do conteúdo herniado permite avaliar a viabilidade das alças e realizar
ressecção se necessário, evitando complicações como necrose, perfuração e sepse.
“Solicitar tomografia abdominal para confirmação diagnóstica e indicar tratamento conservador
com observação por 48 horas antes de qualquer intervenção.” — Incorreta. A tomografia pode
auxiliar na avaliação, mas não deve postergar a cirurgia em um quadro típico de encarceramento
com obstrução. A observação clínica é contraindicada nesse contexto.
Referências:
SOCIEDADE BRASILEIRA DE CIRURGIA GERAL (SBCG). Diretrizes para tratamento das
hérnias de parede abdominal. São Paulo: SBCG, 2023.
BAILEY, C. B. ; LOVE, W. F. Cirurgia geral. 27. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2022.
MCCARTHY, M. A. et al. Management of incarcerated and strangulated hernias. Surgical Clinics
of North America, v. 100, n. 1, p. 123-134, 2024.
22ª QUESTÃO
Enunciado:
(AFYA Palmas) Um paciente politraumatizado é admitido no pronto-socorro e a equipe médica
inicia o atendimento seguindo o protocolo do Advanced Trauma Life Support (ATLS). Após a
abordagem primária (vias aéreas, respiração e circulação), identifica-se quadro de choque
hemorrágico, com hipotensão persistente mesmo após infusão inicial de 1.000 mL de cristaloide
isotônico aquecido. O paciente não apresenta traumatismo cranioencefálico (TCE) grave
associado.
Qual deve ser a conduta imediata mais apropriada neste cenário?
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Alternativas:
(alternativa A)
Iniciar infusão de vasopressores como noradrenalina de forma imediata, visando manter a
pressão arterial enquanto aguarda exames complementares.
(alternativa B) (CORRETA) 
Iniciar transfusão de hemoderivados, avaliar inclusão em protocolo de transfusão maciça e
manter hipotensão permissiva até o controle do sangramento.
(alternativa C)
Realizar tomografia computadorizada de corpo inteiro para localização do sangramento e avaliar,
após os resultados, a necessidade de intervenção cirúrgica.
(alternativa D)
Continuar com a infusão de cristaloides até a melhora da instabilidade hemodinâmica e manter o
paciente aquecido. 
Resposta comentada:
Justificativas:
Errada. Continuar com a infusão de cristaloides até a melhorada instabilidade hemodinâmica e
manter o paciente aquecido. A infusão de grandes volumes de cristaloide pode agravar a
coagulopatia do trauma e piorar a evolução clínica. Se não houver resposta à reposição inicial,
deve-se prosseguir com transfusão de sangue e hemoderivados.
Errada. Realizar tomografia computadorizada de corpo inteiro para localização do sangramento e
avaliar, após os resultados, a necessidade de intervenção cirúrgica.
A realização de tomografia em pacientes instáveis não é indicada. O ATLS recomenda que
pacientes instáveis com suspeita de sangramento sejam avaliados com FAST ou levados à
cirurgia, sem atrasos para exames de imagem.
Correta. Iniciar transfusão de hemoderivados, avaliar inclusão em protocolo de transfusão maciça
e manter hipotensão permissiva até o controle do sangramento.
A transfusão precoce de hemoderivados e o uso do protocolo de transfusão maciça são indicados
em pacientes que não respondem à reposição inicial. A hipotensão permissiva é uma estratégia
apropriada, desde que o paciente não tenha TCE grave associado.
Errada. Iniciar infusão de vasopressores como noradrenalina de forma imediata, visando manter a
pressão arterial enquanto aguarda exames complementares.
Vasopressores não devem ser utilizados como primeira escolha no choque hemorrágico. A
prioridade é restaurar o volume intravascular com cristaloides iniciais e, se necessário, transfusão
de hemoderivados.
Referência:
AMERICAN COLLEGE OF SURGEONS. Advanced Trauma Life Support – ATLS: Student
Course Manual. 10. ed. Chicago: American College of Surgeons, 2018.
23ª QUESTÃO
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Enunciado:
(FMIT) Paciente de 68 anos, sexo masculino, tabagista, com histórico de hipertensão arterial e
diabetes mellitus tipo 2, apresenta queixa de dor do tipo cãibra em panturrilha direita ao deambular
dois quarteirões da sua casa até a padaria, melhorando após breve repouso. Durante a
investigação diagnóstica, é identificado, por meio de EcoDoppler, um aneurisma de aorta
abdominal infrarrenal com 5,0 cm de diâmetro. Considerando a necessidade de aplicar um plano
terapêutico para esse paciente, qual das seguintes condutas é a mais adequada no manejo
imediato?
Alternativas:
(alternativa A)
Indicar repouso relativo, evitar caminhadas longas e aguardar avaliação cirúrgica, pois a
claudicação pode indicar risco iminente de ruptura do aneurisma.
(alternativa B) (CORRETA) 
Orientar a cessação do tabagismo, controle rigoroso da pressão arterial e do diabetes, e
acompanhamento regular com ultrassonografia para monitorar o aneurisma.
(alternativa C)
Iniciar terapia antitrombótica com rivaroxabana e agendar angioplastia para a claudicação
intermitente em caráter eletivo sem muita urgência. 
(alternativa D)
Programar correção endovascular do aneurisma de aorta abdominal com urgência, não havendo
tempo para preparo pré-operatório. 
Resposta comentada:
O manejo de pacientes masculinos com aneurisma de aorta abdominal (AAA) menor que 5,5 cm
assintomático e doença arterial periférica (DAP) envolve medidas conservadoras para prevenir
complicações.
A cessação do tabagismo, o controle da pressão arterial e da glicemia são fundamentais para
reduzir o risco de progressão do aneurisma e eventos cardiovasculares. Resposta correta.
Para AAAcom pernas elevadas para facilitar a circulação
colateral, adiando condutas invasivas por pelo menos uma semana. 
(alternativa C) (CORRETA) 
Iniciar anticoagulação com heparina, realizar avaliação clínica urgente da viabilidade do membro
e, se necessário, encaminhar para embolectomia ou revascularização cirúrgica. 
(alternativa D)
Administrar analgésicos e observar em ambiente ambulatorial por 48 horas, considerando que a
claudicação intermitente é característica da DAOP e tende à autolimitação.
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Resposta comentada:
Gabarito:
Iniciar anticoagulação com heparina, realizar avaliação clínica urgente da viabilidade do membro
e, se necessário, encaminhar para embolectomia ou revascularização cirúrgica.
 
Resposta Comentada:
“Solicitar radiografia de membros inferiores e iniciar antibioticoterapia profilática, pois o quadro
sugere erisipela com obstrução linfática associada.” — Incorreta. O quadro descrito é
característico de obstrução arterial aguda e não de infecção de partes moles. Radiografia não tem
papel na abordagem inicial de isquemia aguda arterial.
“Iniciar anticoagulação com heparina, realizar avaliação clínica urgente da viabilidade do membro
e, se necessário, encaminhar para embolectomia ou revascularização cirúrgica.” — Correta. O
tratamento da obstrução arterial aguda começa com anticoagulação sistêmica imediata (heparina
não fracionada), avaliação da viabilidade tecidual e indicação cirúrgica ou endovascular precoce
se necessário.
“Administrar analgésicos e observar em ambiente ambulatorial por 48 horas, considerando que a
claudicação intermitente é característica da DAOP e tende à autolimitação.” — Incorreta.
Claudicação intermitente é crônica e progressiva, enquanto este quadro agudo, com dor súbita e
ausência de pulso, exige abordagem imediata para evitar perda do membro.
“Prescrever vasodilatadores orais e repouso com pernas elevadas para facilitar a circulação
colateral, adiando condutas invasivas por pelo menos uma semana.” — Incorreta. Em isquemia
arterial aguda, o tempo é essencial. Elevar o membro pode agravar a hipoperfusão, e
vasodilatadores orais não são eficazes nesse contexto.
Referências:
SOCIEDADE BRASILEIRA DE ANGIOLOGIA E DE CIRURGIA VASCULAR (SBACV).
Diretrizes de tratamento da isquemia aguda de membros. São Paulo: SBACV, 2022.
RUTHERFORD, R. B. Vascular surgery. 8. ed. Philadelphia: Elsevier, 2019.
BRUNNER, L. S. ; SUDDARTH, D. S. Tratado de enfermagem médico-cirúrgica. 14. ed. Rio de
Janeiro: Elsevier, 2018.
UPTODATE. Acute limb ischemia: clinical features and diagnosis. Wolters Kluwer, 2024.
Disponível em: https://www.uptodate.com. Acesso em: 22 maio 2025.
26ª QUESTÃO
Enunciado:
(Banco AFYA) Um lactente de 7 meses é levado ao pronto-socorro com histórico de episódios de
choro intenso intermitente, palidez, vômitos e evacuação com muco e sangue. No exame físico,
observa-se massa palpável no quadrante superior direito do abdome, sem sinais de irritação
peritoneal. Considerando os principais diagnósticos diferenciais de abdome agudo em pediatria,
qual das alternativas abaixo corresponde corretamente à hipótese diagnóstica mais provável, ao
exame indicado e ao tratamento inicial recomendado?
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Alternativas:
(alternativa A)
Má rotação intestinal; indicado o uso de enema opaco como primeiro exame e tratamento com
suporte clínico e dieta leve. 
(alternativa B)
Vólvulo intestinal; confirmação diagnóstica com ultrassonografia e tratamento ambulatorial com
medidas expectantes, já que a condição é autolimitada. 
(alternativa C)
Invaginação intestinal; indicado o uso de tomografia computadorizada como primeira escolha e
tratamento clínico com antibióticos e hidratação venosa. 
(alternativa D) (CORRETA) 
Intussuscepção intestinal; ultrassonografia como exame de escolha e tentativa de redução não
cirúrgica com enema pneumático sob supervisão. 
Resposta comentada:
Gabarito:
Intussuscepção intestinal; ultrassonografia com sinal do “alvo” como exame de escolha e
tentativa de redução não cirúrgica com enema pneumático sob supervisão.
Resposta Comentada:
“Intussuscepção intestinal; indicado o uso de tomografia computadorizada como primeira escolha
e tratamento clínico com antibióticos e hidratação venosa.” — Incorreta. A tomografia não é o
exame de primeira linha em crianças devido à exposição à radiação. O tratamento não é clínico
exclusivo, e sim reducional com enema, quando indicado.
“Má rotação intestinal; indicado o uso de enema opaco como primeiro exame e tratamento com
suporte clínico e dieta leve.” — Incorreta. A má rotação pode evoluir para vólvulo, quadro cirúrgico
de emergência. O enema não é indicado; o exame mais apropriado é o trânsito intestinal com
contraste oral ou sonda.
“Intussuscepção intestinal; ultrassonografia com sinal do “alvo” como exame de escolha e
tentativa de redução não cirúrgica com enema pneumático sob supervisão.” — Correta. O quadro
clínico descrito é típico de intussuscepção intestinal, e o tratamento padrão, na ausência de sinais
de perfuração, é a redução com enema sob controle radiológico.
“Vólvulo intestinal; confirmação diagnóstica com ultrassonografia e tratamento ambulatorial com
medidas expectantes, já que a condição é autolimitada.” — Incorreta. O vólvulo intestinal é uma
emergência cirúrgica. A ultrassonografia pode ser usada como triagem, mas o exame principal é
o trânsito intestinal contrastado. O tratamento é cirúrgico e imediato.
Referências:
Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). Departamento de Cirurgia Pediátrica. Manual de
orientação – Abordagem das urgências abdominais em pediatria. 2022.
Behrman, Kliegman, Jenson. Nelson Tratado de Pediatria. 21. ed. Rio de Janeiro: Elsevier,
2020.
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27ª QUESTÃO
Enunciado:
(Banco AFYA) Um paciente de 65 anos, com diagnóstico de choque séptico, necessita de acesso
venoso central para administração de drogas vasoativas e monitorização hemodinâmica. Durante
a avaliação pré-procedimento, o médico identifica que o paciente apresenta coagulopatia
importante (INR 2,5) e plaquetopenia (40.000/mm³), além de uma infecção cutânea extensa na
região cervical. Considerando as indicações, contraindicações e boas práticas para a inserção de
um cateter venoso central (CVC), qual a conduta mais adequada neste caso?
Alternativas:
(alternativa A)
Contraindicar o procedimento pela coagulopatia, independentemente da necessidade clínica, e
optar por acesso venoso periférico.
(alternativa B)
Realizar o procedimento na veia jugular interna esquerda, com técnica anatômica tradicional, pois
é uma abordagem de menor risco. 
(alternativa C)
Realizar a punção venosa central na veia subclávia direita, por ser menos compressível,
reduzindo o risco de sangramento.
(alternativa D) (CORRETA) 
Proceder à correção dos distúrbios da coagulação, quando possível, e considerar a punção
guiada por ultrassom na veia femoral.
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Resposta comentada:
Gabarito: Proceder à correção dos distúrbios da coagulação, quando possível, e considerar a
punção guiada por ultrassom na veia femoral.
Nos casos de coagulopatia e plaquetopenia, é recomendado corrigir esses distúrbios sempre que
possível antes da inserção do CVC. A presença de infecção local na região cervical contraindica
o acesso pela veia jugular. A veia femoral é uma opção viável em situações emergenciais, por ser
facilmente compressível, reduzindo o risco de sangramento, especialmente quando guiada por
ultrassonografia, que aumenta a segurança do procedimento.
Justificativa das incorretas:
Realizar a punção venosa central na veia subclávia direita, por ser menos compressível,
reduzindo o risco de sangramento. Embora a veia subclávia seja considerada uma via de menor
colonização bacteriana, ela é de difícil compressão e não recomendada em pacientes com
coagulopatiasimportantes ou plaquetopenia, devido ao alto risco de sangramento incontrolável e
pneumotórax. Portanto, essa escolha não é adequada.
Contraindicar o procedimento pela coagulopatia, independentemente da necessidade clínica, e
optar por acesso venoso periférico.
A coagulopatia é uma contraindicação relativa, não absoluta, ao acesso venoso central. Em
casos de necessidade emergencial, como no choque séptico, deve-se buscar corrigir os
distúrbios, mas a obtenção do acesso é essencial para administração de medicamentos
vasoativos. A via periférica não é suficiente para drogas irritantes ou de administração contínua
em doses altas.
Realizar o procedimento na veia jugular interna esquerda, com técnica anatômica tradicional, pois
é uma abordagem de menor risco.
A infecção extensa na região cervical contraindica o uso da veia jugular interna, pois o acesso
através de um local infeccionado pode disseminar a infecção para a corrente sanguínea.
Além disso, realizar a punção com técnica de anatomia tradicional, sem ultrassom, aumenta o
risco de complicações. O uso de ultrassonografia é hoje considerado padrão de cuidado sempre
que disponível.
Referências:
ASSOCIAÇÃO DE MEDICINA INTENSIVA BRASILEIRA. Diretrizes para inserção e manutenção
de cateter venoso central em pacientes críticos. São Paulo: AMIB, 2017.
MARINO, Paul. Manual de terapia intensiva. 5. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2020.
28ª QUESTÃO
Enunciado:
(AFYA Palmas) Uma mulher de 55 anos, previamente saudável, procura atendimento médico
com queixa de dor no quadril direito e massa progressiva na região inguinal, que aumenta ao ficar
em pé e diminui ao deitar-se.
No exame físico, observa-se uma protuberância abaixo do ligamento inguinal, dolorosa à
palpação, com redução difícil, porém possível.
Não há sinais de encarceramento, estrangulamento ou obstrução intestinal.
Qual das condutas abaixo representa a abordagem inicial mais apropriada, considerando o risco
associado a esse tipo de hérnia?
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Alternativas:
(alternativa A)
Realizar redução manual em ambiente ambulatorial e manter a paciente em observação clínica,
com retorno se houver sinais de agravamento.
(alternativa B) (CORRETA) 
Indicar correção cirúrgica programada, considerando o risco elevado de encarceramento e a
localização anatômica desfavorável da hérnia femoral.
(alternativa C)
Orientar perda ponderal e o uso de faixa para contenção da hérnia, postergando a cirurgia até
redução de peso e melhora dos sintomas.
(alternativa D)
Solicitar ressonância magnética da pelve para avaliar melhor a extensão da lesão e confirmar a
hipótese de hérnia inguinal antes de indicar cirurgia.
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Resposta comentada:
Justificativas:
Correta. Indicar correção cirúrgica programada, considerando o risco elevado de encarceramento
e a localização anatômica desfavorável da hérnia femoral. A hérnia femoral apresenta um risco
elevado de encarceramento e estrangulamento, mesmo quando ainda reduzível. O tratamento
padrão é a correção cirúrgica programada. Não há necessidade de cirurgia em caráter de
urgência na ausência de sinais de complicação, mas também não se recomenda conduta
expectante.
Errada. Orientar perda ponderal e o uso de faixa para contenção da hérnia, postergando a cirurgia
até redução de peso e melhora dos sintomas. A hérnia femoral não deve ser tratada de forma
conservadora devido ao risco elevado de complicações. Perda de peso e uso de faixa são
medidas que podem ser sugeridas em alguns casos de hérnias inguinais assintomáticas, mas
são inadequadas e insuficientes aqui. A conduta correta é a correção cirúrgica. O consenso
internacional e as principais diretrizes orientam que toda hérnia femoral deve ser reparada
cirurgicamente assim que diagnosticada, mesmo na ausência de sintomas. A perda ponderal
pode reduzir o risco cirúrgico em outros contextos, mas não altera a necessidade de reparação
da hérnia femoral. O uso de faixa pode mascarar sintomas, sem prevenir complicações, podendo
até atrasar o diagnóstico de um estrangulamento iminente.
Errada. Solicitar ressonância magnética da pelve para avaliar melhor a extensão da lesão e
confirmar a hipótese de hérnia inguinal antes de indicar cirurgia. O exame físico já é suficiente
para diagnóstico: massa abaixo do ligamento inguinal, dolorosa, no triângulo femoral. Além disso,
trata-se de hérnia femoral, não inguinal. A ressonância magnética raramente é necessária para o
diagnóstico de hérnias. O tratamento não depende de maior avaliação de extensão, mas sim do
risco elevado de complicação.
Errada. Realizar redução manual em ambiente ambulatorial e manter a paciente em observação
clínica, com retorno se houver sinais de agravamento. Embora a hérnia seja reduzível, o risco de
encarceramento é elevado. A estratégia de "reduzir e observar" não é segura para hérnias
femorais. O tratamento recomendado é a correção cirúrgica programada, independentemente da
ausência de sinais agudos.
Referências:
ZURCHER, R. M. ; MELLO, A. L. C. Tratado de Clínica Cirúrgica – Hérnias Abdominais. Rio de
Janeiro: Atheneu, 2019.
AMERICAN COLLEGE OF SURGEONS. Current Diagnosis and Treatment: Surgery. 15. ed.
McGraw-Hill, 2020.
SOCIEDADE BRASILEIRA DE CIRURGIA – SBC. Diretrizes clínicas para o manejo das hérnias
inguinais e femorais em adultos. Acesso em: 2023.
29ª QUESTÃO
Enunciado:
(Banco AFYA) Durante atendimento emergencial, um paciente com trauma craniofacial grave é
submetido a cricotireoidostomia por impossibilidade de intubação orotraqueal. Após estabilização,
evolui com crepitação subcutânea cervical progressiva, estridor e dificuldade ventilatória. A equipe
considera revisão do acesso cirúrgico e suspeita de complicação relacionada à via aérea.
Dentre os possíveis eventos adversos associados ao ato realizado, qual das alternativas
apresenta corretamente a complicação provável e a conduta adequada? 
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Alternativas:
(alternativa A)
Pneumotórax hipertensivo bilateral, sendo indicada drenagem torácica de urgência antes de
qualquer outra intervenção.
(alternativa B)
Obstrução por coágulo ou deslocamento de cânula, devendo-se proceder à retirada, ventilação
com máscara e nova cricotireoidostomia no mesmo local.
(alternativa C) (CORRETA) 
Enfisema subcutâneo por falsa via ou extravasamento de ar, exigindo remoção da cânula mal
posicionada e nova abordagem com revisão da cricotireoidostomia.
(alternativa D)
Lesão de nervo laríngeo recorrente, devendo-se realizar traqueostomia imediata para substituição
definitiva da via aérea. 
Resposta comentada:
“Lesão de nervo laríngeo recorrente, devendo-se realizar traqueostomia imediata para
substituição definitiva da via aérea.” — Incorreta. Embora a lesão do nervo laríngeo recorrente
possa ocorrer, não é a causa mais provável de enfisema subcutâneo ou estridor agudo. Além
disso, sua manifestação costuma ser mais tardia e relacionada à disfonia.
“Obstrução por coágulo ou deslocamento de cânula, devendo-se proceder à retirada, ventilação
com máscara e nova cricotireoidotomia no mesmo local.” — Incorreta. A repetição da
cricotireoidotomia no mesmo local pode agravar a lesão. Em caso de complicação, a abordagem
alternativa, como traqueostomia, é preferível.
“Enfisema subcutâneo por falsa via ou extravasamento de ar, exigindo remoção da cânula mal
posicionada e nova abordagem por traqueostomia formal.” — Correta. O enfisema subcutâneo
após cricotireoidotomia sugere má posição ou dissecção de falsa via, com escape de ar para
tecidos moles. A conduta é suspender o uso da via ineficaz e estabelecer acesso definitivo e
seguro por traqueostomia, preferencialmente em ambiente cirúrgico controlado.
“Pneumotórax hipertensivo bilateral, sendo indicada drenagem torácica de urgência antes de
qualquer outra intervenção.” — Incorreta. Embora pneumotórax possa causar sintomas
respiratórios, o achado predominante deenfisema subcutâneo cervical após cricotireoidotomia
sugere complicação local da via aérea, e não um pneumotórax primário.
Referências:
PATERSON-BROWN, Simon. Tópicos Essenciais em Cirurgia Geral e de Emergência: Grupo
GEN, 2016. E-book. ISBN 9788595156517. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595156517/. Acesso em: 28 maio 2024.
RIBEIRO JUNIOR, Marcelo A. F. Fundamentos em cirurgia do trauma. Rio de Janeiro: Roca,
2016. 1 recurso online. ISBN 9788527730587. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527730587/. Acesso em: 19 set. 2017.
30ª QUESTÃO
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Enunciado:
(Banco AFYA) Um paciente com diabetes mellitus tipo 2 descompensado procura o serviço de
emergência apresentando ferida crônica em região plantar, com bordas espessadas, base com
exsudato purulento e tecido necrótico focal. O exame físico mostra ausência de sinais sistêmicos
de infecção. Considerando os princípios fisiológicos da cicatrização, as comorbidades do paciente
e a abordagem baseada em evidências, qual das estratégias terapêuticas a seguir é mais
apropriada para promover a cicatrização dessa lesão? 
Alternativas:
(alternativa A)
Aplicação diária de solução iodada em alta concentração, exposição contínua ao ar para secagem
e evitar manipulação da ferida. 
(alternativa B) (CORRETA) 
Desbridamento do tecido necrótico, controle glicêmico rigoroso, curativo com ambiente úmido e
reavaliação periódica da ferida.
(alternativa C)
Imersão da ferida em solução salina hipertônica e interrupção do uso de qualquer cobertura até
que ocorra cicatrização espontânea. 
(alternativa D)
Cobertura com gaze seca e uso empírico de antibióticos por via oral, mantendo a ferida ocluída
até o desaparecimento completo do exsudato. 
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Resposta comentada:
Gabarito: Desbridamento do tecido necrótico, controle glicêmico rigoroso, curativo com ambiente
úmido e reavaliação periódica da ferida.
 
Resposta Comentada:
“Cobertura com gaze seca e uso empírico de antibióticos por via oral, mantendo a ferida ocluída
até o desaparecimento completo do exsudato.” — Incorreta. A gaze seca não promove um
ambiente ideal para cicatrização, e o uso empírico de antibióticos sem sinais sistêmicos de
infecção não é indicado de forma rotineira. O exsudato deve ser manejado, e não evitado a
qualquer custo.
“Desbridamento do tecido necrótico, controle glicêmico rigoroso, curativo com ambiente úmido e
reavaliação periódica da ferida.” — Correta. Essa estratégia reúne os elementos fundamentais
para cicatrização de feridas crônicas em pacientes diabéticos: remoção de tecido desvitalizado,
controle metabólico, uso de curativos modernos que mantêm a umidade ideal e acompanhamento
clínico regular.
“Aplicação diária de solução iodada em alta concentração, exposição contínua ao ar para
secagem e evitar manipulação da ferida.” — Incorreta. Soluções iodadas em alta concentração
são citotóxicas, e a exposição ao ar seco retarda a cicatrização. Manipulação cuidadosa e
ambiente úmido são princípios da moderna abordagem de feridas.
“Imersão da ferida em solução salina hipertônica e interrupção do uso de qualquer cobertura até
que ocorra cicatrização espontânea.” — Incorreta. A cicatrização espontânea em feridas crônicas
não é eficiente sem intervenções locais adequadas. A salina hipertônica pode ser útil em casos
selecionados para desbridamento osmótico, mas não substitui curativo apropriado e
desbridamento eficaz.
Referências:
SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES (SBD). Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes
2023-2024. São Paulo: Clannad, 2023.
INTERNATIONAL WORKING GROUP ON THE DIABETIC FOOT (IWGDF). IWGDF Guidelines
on the prevention and management of diabetic foot disease. The Hague: IWGDF, 2023.
FERREIRA, L. M.; et al. Bases fisiológicas e clínicas da cicatrização. Revista do Colégio
Brasileiro de Cirurgiões, v. 43, n. 3, p. 174–179, 2016.
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	Gabarito CC - Caderno 01 - Rotação III
	Gabarito CC - Caderno 02 - Rotação III
	Gabarito CC - Caderno 03 - Rotação III
	Gabarito CC - Caderno 04 - Rotação III
	Devolutiva CC - Caderno 01 - Rotação III
	Devolutiva CC - Caderno 02 - Rotação III
	Devolutiva CC - Caderno 03 - Rotação III
	Devolutiva CC - Caderno 04 - Rotação IIIsuaves e monitoramento constante dos sinais locais e sistêmicos de infecção.
(alternativa B)
Suspender os curativos após a primeira semana, promovendo o banho diário apenas com água
corrente, sem necessidade de avaliação médica contínua. 
(alternativa C)
Manter o uso de antibióticos sistêmicos de amplo espectro por tempo prolongado, mesmo na
ausência de sinais clínicos de infecção. 
(alternativa D)
Deixar as áreas enxertadas expostas ao ar para acelerar a formação de crostas secas e reduzir o
risco de colonização bacteriana. 
Resposta comentada:
“Manter o uso de antibióticos sistêmicos de amplo espectro por tempo prolongado, mesmo na
ausência de sinais clínicos de infecção.” — Incorreta. O uso indiscriminado de antibióticos
aumenta a resistência bacteriana e não é recomendado como prevenção rotineira. O tratamento
antimicrobiano sistêmico só deve ser instituído mediante sinais clínicos ou laboratoriais de
infecção.
“Realizar curativos oclusivos com trocas diárias, associando limpeza com soluções antissépticas
suaves e monitoramento constante dos sinais locais e sistêmicos de infecção.” — Correta. Essa
conduta promove um ambiente úmido favorável à cicatrização, evita colonização secundária e
permite detecção precoce de infecção, além de ser compatível com os protocolos modernos de
manejo em unidades de queimados.
“Deixar as áreas enxertadas expostas ao ar para acelerar a formação de crostas secas e reduzir
o risco de colonização bacteriana.” — Incorreta. A exposição das áreas queimadas aumenta o
risco de infecção e retarda a cicatrização, especialmente em áreas enxertadas, que exigem
proteção mecânica e controle do meio ambiente local.
“Suspender os curativos após a primeira semana, promovendo o banho diário apenas com água
corrente, sem necessidade de avaliação médica contínua.” — Incorreta. Pacientes com
queimaduras profundas ou extensas exigem cuidados contínuos, avaliação médica frequente e
acompanhamento da evolução da ferida, especialmente nas áreas enxertadas.
Referência:
TOY, Eugene C. ; LIU, Terrence H. CAMPBELL, André R. Casos clínicos em cirurgia. 4. ed. Porto
Alegre: AMGH, 2013. 1 recurso online. ISBN 9788580552607. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788580552607/. Acesso em: 19 set. 2017.
11ª QUESTÃO
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Enunciado:
(Banco AFYA) Um adolescente de 15 anos procura a emergência com dor testicular súbita,
intensa, iniciada há 4 horas, associada a náuseas e vômitos. Ao exame físico, observa-se
testículo elevado e horizontalizado, com ausência do reflexo cremastérico à direita e importante
sensibilidade local. 
Diante do quadro clínico e dos achados complementares, qual das condutas abaixo representa a
terapêutica mais eficaz e imediata? 
Alternativas:
(alternativa A) (CORRETA) 
Encaminhar imediatamente para exploração cirúrgica e orquidopexia, preferencialmente dentro
das primeiras 6 horas.
(alternativa B)
Prescrever anti-inflamatórios e analgésicos, solicitar avaliação ambulatorial com urologista e
repetir Doppler em 24 horas.
(alternativa C)
Realizar biópsia testicular para confirmação do diagnóstico de orquiepididimite e iniciar antibióticos
de amplo espectro.
(alternativa D)
Iniciar tratamento para priapismo com punção aspirativa e irrigação com solução salina fria,
seguido de injeção intracavernosa de simpatomimético. 
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Resposta comentada:
“Prescrever anti-inflamatórios e analgésicos, solicitar avaliação ambulatorial com urologista e
repetir Doppler em 24 horas.” — Incorreta. O atraso no diagnóstico e tratamento da torção
testicular pode levar à necrose testicular. O tempo de viabilidade testicular é menor que 6 horas, e
condutas conservadoras colocam em risco a função gonadal.
“Realizar biópsia testicular para confirmação do diagnóstico de orquiepididimite e iniciar
antibióticos de amplo espectro.” — Incorreta. A biópsia testicular é contraindicada em contexto
agudo e não é necessária para diagnóstico de orquiepididimite. Além disso, o quadro clínico e
ultrassonográfico favorece fortemente torção, não infecção.
“Encaminhar imediatamente para exploração cirúrgica e orquidopexia, preferencialmente dentro
das primeiras 6 horas.” — Correta. O quadro é clássico de torção testicular. A torção testicular é
uma emergência urológica, e o tempo de viabilidade testicular diminui progressivamente após 6
horas. A conduta correta é exploração cirúrgica imediata com orquidopexia, geralmente bilateral.
“Iniciar tratamento para priapismo com punção aspirativa e irrigação com solução salina fria,
seguido de injeção intracavernosa de simpatomimético.” — Incorreta. A conduta descrita é
apropriada para priapismo isquêmico, mas o quadro clínico descrito é incompatível com
priapismo, e sim típico de torção testicular.
Referência:
PATERSON-BROWN, Simon. Tópicos Essenciais em Cirurgia Geral e de Emergência: Grupo
GEN, 2016. E-book. ISBN 9788595156517. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595156517/. Acesso em: 28 maio 2024.
12ª QUESTÃO
Enunciado:
(AFYA Palmas) Homem de 38 anos, vítima de incêndio residencial, chega ao pronto-socorro com
queimaduras de terceiro grau em 35% da superfície corporal total (SCT), atingindo tronco anterior,
ambos os membros inferiores e parte do rosto. Foi admitido 3 horas após o acidente,
apresentando sinais de choque hipovolêmico e lesões profundas com risco de infecção. Após
estabilização inicial, é transferido para unidade de queimados, onde evolui com dor intensa em
membros inferiores, parestesia distal nas pernas e diminuição da perfusão nas extremidades. A
pressão intra-compartimental nas panturrilhas é de 40 mmHg.
Com base no quadro clínico e no valor da pressão compartimental, qual é a conduta mais
apropriada neste momento?
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Alternativas:
(alternativa A)
A fasciotomia só está indicada se houver sinais clínicos de necrose muscular, que ainda não
foram identificados neste caso, sendo adequada a observação com suporte clínico.
(alternativa B)
A elevação da pressão intra-compartimental é comum nas primeiras 24 horas e deve ser tratada
com analgesia, hidratação e reavaliação clínica periódica antes de qualquer cirurgia.
(alternativa C)
A prioridade inicial é controlar o risco infeccioso e manter a estabilidade hemodinâmica,
postergando qualquer intervenção muscular até o terceiro dia de evolução.
(alternativa D) (CORRETA) 
O diagnóstico de síndrome compartimental deve ser considerado e está indicada a fasciotomia
imediata, com o objetivo de evitar isquemia e necrose muscular progressiva.
Resposta comentada:
Correta. O diagnóstico de síndrome compartimental deve ser considerado e está indicada a
fasciotomia imediata, com o objetivo de evitar isquemia e necrose muscular progressiva.
A síndrome compartimental é uma emergência cirúrgica. A pressão de 40 mmHg associada à dor
intensa, parestesia e hipoperfusão distal confirma o diagnóstico. A fasciotomia imediata está
indicada para evitar necrose muscular, dano nervoso e perda funcional.
Errada. A elevação da pressão intra-compartimental é comum nas primeiras 24 horas e deve ser
tratada com analgesia, hidratação e reavaliação clínica periódica antes de qualquer cirurgia.
Embora a elevação da pressão compartimental possa ocorrer em queimaduras, valores acima de
30 mmHg com sintomas clínicos não devem ser tratados conservadoramente. Atrasar a
intervenção cirúrgica pode resultar em lesão irreversível.
Errada. A fasciotomia só está indicada se houver sinais clínicos de necrose muscular, que ainda
não foram identificados neste caso, sendo adequada a observação com suporte clínico. A
necrose muscular é uma complicação tardia. A fasciotomia deve ser feita antes que ela ocorra,
com base em sinais clínicos precoces e pressão elevada, como no caso apresentado.
Errada. A prioridade inicial é controlar o risco infeccioso e manter a estabilidadehemodinâmica,
postergando qualquer intervenção muscular até o terceiro dia de evolução.
A síndrome compartimental é uma urgência absoluta e não deve ser postergada para após a
estabilização hemodinâmica tardia. O risco de dano permanente é elevado se o tratamento for
adiado.
Referências:
AMERICAN COLLEGE OF SURGEONS. Advanced Trauma Life Support – ATLS: Student
Course Manual. 10. ed. Chicago: ACS, 2018.
MATHES, S.J. ; NAHABEDIAN, M.Y. Surgical Treatment of Burns and Wounds. In: Plastic
Surgery. 3rd ed. Elsevier, 2013.
13ª QUESTÃO
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Enunciado:
(Banco AFYA) Um paciente em estado crítico é submetido à inserção de cateter venoso central
pela veia jugular interna direita, guiado por ultrassonografia. Após o procedimento, é realizada uma
radiografia de tórax para verificar a localização do cateter e descartar complicações. A imagem
revela a ponta do cateter posicionada no átrio direito, sem desvio lateral ou pneumotórax. Com
base nos critérios de posicionamento adequado do cateter venoso central e na interpretação de
exames, qual das alternativas abaixo está correta? 
Alternativas:
(alternativa A) (CORRETA) 
A localização da ponta do cateter no átrio direito é aceitável em pacientes sob monitoramento
intensivo, desde que não haja complicações clínicas ou sinais de arritmia. 
(alternativa B)
O cateter deve ser imediatamente retirado, pois sua ponta nunca pode ultrapassar a veia cava
superior, sendo contraindicado o posicionamento próximo ao átrio direito. 
(alternativa C)
O posicionamento da ponta do cateter tem que ser confirmado com a ultrassonografia, por ser o
exame preferencial para definir a localização exata. 
(alternativa D)
A ponta do cateter deve sempre permanecer acima da clavícula na radiografia, pois essa posição
evita risco de tamponamento cardíaco.
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Resposta comentada:
Gabarito:
A localização da ponta do cateter no átrio direito é aceitável em pacientes sob monitoramento
intensivo, desde que não haja complicações clínicas ou sinais de arritmia.
 
Resposta Comentada:
“O cateter deve ser imediatamente retirado, pois sua ponta nunca pode ultrapassar a veia cava
superior, sendo contraindicado o posicionamento próximo ao átrio direito.” — Incorreta. Embora o
ideal seja manter a ponta no terço inferior da veia cava superior, em situações específicas como
monitorização hemodinâmica intensiva, a ponta pode se posicionar no átrio direito, desde que haja
vigilância para complicações, como arritmias.
“A localização da ponta do cateter no átrio direito é aceitável em pacientes sob monitoramento
intensivo, desde que não haja complicações clínicas ou sinais de arritmia.” — Correta. Esse
posicionamento pode ser clinicamente aceitável, principalmente quando se busca medições
precisas de pressão venosa central ou uso de dispositivos com múltiplos lúmens. Monitoramento
eletrocardiográfico contínuo é essencial nesses casos.
“A ponta do cateter deve sempre permanecer acima da clavícula na radiografia, pois essa
posição evita risco de tamponamento cardíaco.” — Incorreta. A localização acima da clavícula
indica mau posicionamento do cateter, possivelmente na veia jugular externa ou subclávia
proximal, o que não é funcional para infusões de alta osmolaridade ou monitorização
hemodinâmica.
“O posicionamento da ponta do cateter tem que ser confirmado com a ultrassonografia por ser o
exame preferencial para definir a localização exata. — Incorreta. A ultrassonografia é útil para
guiar a punção e avaliar pneumotórax, mas não substitui completamente a radiografia,
especialmente para confirmar a posição da ponta do cateter, que deve ser avaliada por imagem
torácica.
Referências:
ASSOCIAÇÃO DE MEDICINA INTENSIVA BRASILEIRA. Diretrizes para inserção e manutenção
de cateter venoso central em pacientes críticos. São Paulo: AMIB, 2017.
MARINO, Paul. Manual de terapia intensiva. 5. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2020.
14ª QUESTÃO
Enunciado:
(Banco AFYA) Durante atendimento emergencial, um paciente com trauma craniofacial grave é
submetido a cricotireoidostomia por impossibilidade de intubação orotraqueal. Após estabilização,
evolui com crepitação subcutânea cervical progressiva, estridor e dificuldade ventilatória. A equipe
considera revisão do acesso cirúrgico e suspeita de complicação relacionada à via aérea.
Dentre os possíveis eventos adversos associados ao ato realizado, qual das alternativas
apresenta corretamente a complicação provável e a conduta adequada? 
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Alternativas:
(alternativa A)
Obstrução por coágulo ou deslocamento de cânula, devendo-se proceder à retirada, ventilação
com máscara e nova cricotireoidostomia no mesmo local.
(alternativa B) (CORRETA) 
Enfisema subcutâneo por falsa via ou extravasamento de ar, exigindo remoção da cânula mal
posicionada e nova abordagem com revisão da cricotireoidostomia.
(alternativa C)
Lesão de nervo laríngeo recorrente, devendo-se realizar traqueostomia imediata para substituição
definitiva da via aérea. 
(alternativa D)
Pneumotórax hipertensivo bilateral, sendo indicada drenagem torácica de urgência antes de
qualquer outra intervenção.
Resposta comentada:
“Lesão de nervo laríngeo recorrente, devendo-se realizar traqueostomia imediata para
substituição definitiva da via aérea.” — Incorreta. Embora a lesão do nervo laríngeo recorrente
possa ocorrer, não é a causa mais provável de enfisema subcutâneo ou estridor agudo. Além
disso, sua manifestação costuma ser mais tardia e relacionada à disfonia.
“Obstrução por coágulo ou deslocamento de cânula, devendo-se proceder à retirada, ventilação
com máscara e nova cricotireoidotomia no mesmo local.” — Incorreta. A repetição da
cricotireoidotomia no mesmo local pode agravar a lesão. Em caso de complicação, a abordagem
alternativa, como traqueostomia, é preferível.
“Enfisema subcutâneo por falsa via ou extravasamento de ar, exigindo remoção da cânula mal
posicionada e nova abordagem por traqueostomia formal.” — Correta. O enfisema subcutâneo
após cricotireoidotomia sugere má posição ou dissecção de falsa via, com escape de ar para
tecidos moles. A conduta é suspender o uso da via ineficaz e estabelecer acesso definitivo e
seguro por traqueostomia, preferencialmente em ambiente cirúrgico controlado.
“Pneumotórax hipertensivo bilateral, sendo indicada drenagem torácica de urgência antes de
qualquer outra intervenção.” — Incorreta. Embora pneumotórax possa causar sintomas
respiratórios, o achado predominante de enfisema subcutâneo cervical após cricotireoidotomia
sugere complicação local da via aérea, e não um pneumotórax primário.
Referências:
PATERSON-BROWN, Simon. Tópicos Essenciais em Cirurgia Geral e de Emergência: Grupo
GEN, 2016. E-book. ISBN 9788595156517. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595156517/. Acesso em: 28 maio 2024.
RIBEIRO JUNIOR, Marcelo A. F. Fundamentos em cirurgia do trauma. Rio de Janeiro: Roca,
2016. 1 recurso online. ISBN 9788527730587. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527730587/. Acesso em: 19 set. 2017.
15ª QUESTÃO
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Enunciado:
(FASA VIC) Paciente do sexo feminino, 64 anos, hipertensa e obesa (IMC = 34 kg/m²), apresenta
dor, sensação de peso e edema em membro inferior esquerdo, que surgiram de forma súbita há 3
dias. Refere ainda coloração arroxeada da panturrilha e piora do edema ao final do dia. No exame
físico, observa-se edema unilateral até o joelho, empastamento muscular, sinal de Homans
positivo e discreta hipertermia local. Ela relata histórico de veias varicosas diagnosticadas há 10
anos, sem tratamento cirúrgico. Não faz uso de anticoagulantes. 
Com base no caso apresentado, qual entre as opções abaixo é a melhor estratégia terapêutica
inicial para a paciente? 
Alternativas:
(alternativa A)
Iniciar heparina debaixo peso molecular (HBPM) em dose terapêutica e prescrever meias de
compressão elástica para manejo da insuficiência venosa crônica. 
(alternativa B)
Indicar trombólise venosa por cateter e contraindicar o uso de compressão elástica devido ao
risco de síndrome pós-trombótica. 
(alternativa C) (CORRETA) 
Iniciar anticoagulação oral direta com rivaroxabana e recomendar elevação do membro afetado,
com compressão elástica após estabilização clínica. 
(alternativa D)
Prescrever varfarina oral de início imediato e suspender o uso de meias de compressão até a
resolução completa do quadro. 
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Resposta comentada:
Alternativa: Iniciar anticoagulação oral direta com rivaroxabana e recomendar elevação do
membro afetado, com compressão elástica após estabilização clínica. Correta.
Anticoagulantes orais diretos, como rivaroxabana, são preferidos para TVP em pacientes
estáveis, pela eficácia e praticidade. A compressão elástica é introduzida após a fase aguda para
prevenir a síndrome pós-trombótica. A elevação do membro ajuda a reduzir o edema e a dor no
curto prazo.
Alternativa: Iniciar heparina de baixo peso molecular (HBPM) em dose terapêutica e prescrever
meias de compressão elástica para manejo da insuficiência venosa crônica. Incorreta.
Embora a HBPM seja amplamente utilizada no manejo inicial da TVP, o uso de meias de
compressão elástica deve ser adiado até que o paciente esteja estabilizado, para evitar a
exacerbação de sintomas agudos.
Alternativa: Prescrever varfarina oral de início imediato e suspender o uso de meias de
compressão até a resolução completa do quadro. Incorreta.
Varfarina não é iniciada isoladamente devido ao risco de hipercoagulabilidade transitória; deve ser
associada à HBPM nos primeiros dias. Além disso, suspender completamente o uso de
compressão elástica pode agravar os sintomas de insuficiência venosa crônica.
Alternativa: Indicar trombólise venosa por cateter e contraindicar o uso de compressão elástica
devido ao risco de síndrome pós-trombótica. Incorreta.
A trombólise venosa é reservada para casos graves, como TVP extensa com risco iminente de
síndrome compartimental ou embolia pulmonar. A compressão elástica, quando usada
adequadamente, reduz o risco de síndrome pós-trombótica e deve ser recomendada.
 
Referência:
TOWNSEND, Courtney M. Sabiston Textbook of Surgery: The Biological Basis of Modern
Surgical Practice. 21ª edição. Elsevier, 2022.
16ª QUESTÃO
Enunciado:
(Banco AFYA) Durante a preparação para um bloqueio de plexo braquial via abordagem axilar em
um paciente de 70 kg, com função hepática e renal preservadas, o anestesiologista opta pelo uso
de lidocaína sem vasoconstritor.
Considerando a dose máxima recomendada de lidocaína sem vasoconstritor de 4,5mg/Kg e
utilizando uma solução de lidocaína a 2%, qual é o volume máximo que pode ser administrado?
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Alternativas:
(alternativa A)
14 mL 
(alternativa B) (CORRETA) 
15,75 mL 
(alternativa C)
17,5 mL
(alternativa D)
31,5 mL
Resposta comentada:
Cálculo e Resposta Comentada:
Passo 1: Calcular a dose máxima em mg.
Fórmula:
Dose máxima (mg) = peso (kg) × dose máxima recomendada (mg/kg)
→ 70 kg × 4,5 mg/kg = 315 mg
Passo 2: Calcular o volume correspondente em mL para solução a 2%.
Lidocaína 2% = 20 mg/mL
Volume (mL) = Dose (mg) ÷ Concentração (mg/mL)
→ 315 mg ÷ 20 mg/mL = 15,75 mL
 
Análise das Alternativas:
14 mL” — Incorreta. Subestima tanto a dose máxima quanto o volume correspondente.
15,75 mL” — Correta. Calculada com base em peso e concentração da solução.
31,5 mL” — Incorreta. Excede a dose, uma vez que a solução usada é 2%.
17,5 mL” — Incorreta. Excede a dose máxima recomendada, aumentando o risco de toxicidade
sistêmica.
Referência:
SAVASSI-ROCHA, Paulo R. ; SANCHES, Soraya Rodrigues de A. ; SAVASSI-ROCHA,
Alexandre L. Cirurgia de ambulatório: MedBook Editora, 2013. E-book. ISBN 9786557830215.
Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786557830215/. Acesso em: 28
maio 2024.
17ª QUESTÃO
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Enunciado:
(AFYA Palmas) Uma mulher de 55 anos, previamente saudável, procura atendimento médico
com queixa de dor no quadril direito e massa progressiva na região inguinal, que aumenta ao ficar
em pé e diminui ao deitar-se.
No exame físico, observa-se uma protuberância abaixo do ligamento inguinal, dolorosa à
palpação, com redução difícil, porém possível.
Não há sinais de encarceramento, estrangulamento ou obstrução intestinal.
Qual das condutas abaixo representa a abordagem inicial mais apropriada, considerando o risco
associado a esse tipo de hérnia?
Alternativas:
(alternativa A)
Solicitar ressonância magnética da pelve para avaliar melhor a extensão da lesão e confirmar a
hipótese de hérnia inguinal antes de indicar cirurgia.
(alternativa B)
Orientar perda ponderal e o uso de faixa para contenção da hérnia, postergando a cirurgia até
redução de peso e melhora dos sintomas.
(alternativa C) (CORRETA) 
Indicar correção cirúrgica programada, considerando o risco elevado de encarceramento e a
localização anatômica desfavorável da hérnia femoral.
(alternativa D)
Realizar redução manual em ambiente ambulatorial e manter a paciente em observação clínica,
com retorno se houver sinais de agravamento.
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Resposta comentada:
Justificativas:
Correta. Indicar correção cirúrgica programada, considerando o risco elevado de encarceramento
e a localização anatômica desfavorável da hérnia femoral. A hérnia femoral apresenta um risco
elevado de encarceramento e estrangulamento, mesmo quando ainda reduzível. O tratamento
padrão é a correção cirúrgica programada. Não há necessidade de cirurgia em caráter de
urgência na ausência de sinais de complicação, mas também não se recomenda conduta
expectante.
Errada. Orientar perda ponderal e o uso de faixa para contenção da hérnia, postergando a cirurgia
até redução de peso e melhora dos sintomas. A hérnia femoral não deve ser tratada de forma
conservadora devido ao risco elevado de complicações. Perda de peso e uso de faixa são
medidas que podem ser sugeridas em alguns casos de hérnias inguinais assintomáticas, mas
são inadequadas e insuficientes aqui. A conduta correta é a correção cirúrgica. O consenso
internacional e as principais diretrizes orientam que toda hérnia femoral deve ser reparada
cirurgicamente assim que diagnosticada, mesmo na ausência de sintomas. A perda ponderal
pode reduzir o risco cirúrgico em outros contextos, mas não altera a necessidade de reparação
da hérnia femoral. O uso de faixa pode mascarar sintomas, sem prevenir complicações, podendo
até atrasar o diagnóstico de um estrangulamento iminente.
Errada. Solicitar ressonância magnética da pelve para avaliar melhor a extensão da lesão e
confirmar a hipótese de hérnia inguinal antes de indicar cirurgia. O exame físico já é suficiente
para diagnóstico: massa abaixo do ligamento inguinal, dolorosa, no triângulo femoral. Além disso,
trata-se de hérnia femoral, não inguinal. A ressonância magnética raramente é necessária para o
diagnóstico de hérnias. O tratamento não depende de maior avaliação de extensão, mas sim do
risco elevado de complicação.
Errada. Realizar redução manual em ambiente ambulatorial e manter a paciente em observação
clínica, com retorno se houver sinais de agravamento. Embora a hérnia seja reduzível, o risco de
encarceramento é elevado. A estratégia de "reduzir e observar" não é segura para hérnias
femorais. O tratamento recomendado é a correção cirúrgica programada, independentemente da
ausência de sinais agudos.
Referências:
ZURCHER, R. M. ; MELLO, A. L. C. Tratado de Clínica Cirúrgica – Hérnias Abdominais. Rio de
Janeiro: Atheneu, 2019.
AMERICAN COLLEGE OF SURGEONS. Current Diagnosis and Treatment: Surgery. 15. ed.
McGraw-Hill, 2020.
SOCIEDADE BRASILEIRA DECIRURGIA – SBC. Diretrizes clínicas para o manejo das hérnias
inguinais e femorais em adultos. Acesso em: 2023.
18ª QUESTÃO
Enunciado:
(Banco AFYA) Um paciente politraumatizado foi submetido à laparotomia de emergência por
lesão hepática grau IV após acidente automobilístico. No pós-operatório imediato, encontra-se
hemodinamicamente estável, com boa evolução clínica, porém refere dor abdominal intensa que
interfere na ventilação e mobilização precoce.
Considerando os protocolos atuais de cuidado pós-operatório em trauma abdominal, qual das
estratégias a seguir representa uma conduta adequada para o manejo da dor visando à
recuperação otimizada do paciente? 
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Alternativas:
(alternativa A)
Administrar analgésicos conforme demanda (PRN), evitando esquemas fixos ou controle
contínuo para prevenir tolerância e dependência medicamentosa. 
(alternativa B)
Prescrever apenas anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs), evitando opioides devido ao risco
de depressão respiratória em qualquer intensidade de dor. 
(alternativa C)
Realizar sedação contínua com benzodiazepínicos e monitorar a dor apenas se o paciente
demonstrar agitação ou hipertensão.
(alternativa D) (CORRETA) 
Utilizar analgesia multimodal combinando opioides, AINEs e, se disponível, bloqueios regionais
como cateter peridural, ajustando conforme resposta clínica. 
Resposta comentada:
“Prescrever apenas anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs), evitando opioides devido ao risco
de depressão respiratória em qualquer intensidade de dor.” — Incorreta. AINEs isoladamente são
insuficientes para controle da dor intensa em pós-operatório de trauma maior. Opioides podem ser
utilizados com segurança, desde que com monitoramento adequado.
“Utilizar analgesia multimodal combinando opioides, AINEs e, se disponível, bloqueios regionais
como cateter peridural, ajustando conforme resposta clínica.” — Correta. A analgesia multimodal
é a abordagem recomendada, pois melhora o controle da dor, reduz o consumo isolado de
opioides e favorece a mobilização precoce, ventilação adequada e menor tempo de internação.
“Realizar sedação contínua com benzodiazepínicos e monitorar a dor apenas se o paciente
demonstrar agitação ou hipertensão.” — Incorreta. A sedação não substitui a analgesia. A dor
deve ser avaliada ativamente com escalas específicas, mesmo em pacientes pouco responsivos.
“Administrar analgésicos conforme demanda (PRN), evitando esquemas fixos ou controle
contínuo para prevenir tolerância e dependência medicamentosa.” — Incorreta. O uso exclusivo
de medicação “conforme necessidade” pode resultar em controle ineficaz da dor, especialmente
nas primeiras 48 horas pós-operatórias. Esquemas regulares com avaliação periódica são mais
eficazes e seguros.
Referências:
MORETTI, Miguel Antônio; BAPTISTA FILHO, Mario Lúcio Alves (ed.). Manual de cuidados
perioperatórios. São Paulo: Manole, 2014. 1 recurso online. ISBN 9788520451663. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788520451663/. Acesso em: 19 set. 2017.
PATERSON-BROWN, Simon. Tópicos Essenciais em Cirurgia Geral e de Emergência: Grupo
GEN, 2016. E-book. ISBN 9788595156517. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595156517/. Acesso em: 28 maio 2024.
RIBEIRO JUNIOR, Marcelo A. F. Fundamentos em cirurgia do trauma. Rio de Janeiro: Roca,
2016. 1 recurso online. ISBN 9788527730587. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527730587/. Acesso em: 19 set. 2017.
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19ª QUESTÃO
Enunciado:
(AFYA Palmas) Uma criança de 18 meses, previamente hígida, é levada ao pronto-socorro com
história de episódios de choro inconsolável, com flexão das pernas sobre o abdome, alternados
com períodos de aparente melhora, iniciados há cerca de 12 horas.
A mãe refere também vômitos e a presença de fezes com sangue e muco, descritas como
"geléia de morango".
Ao exame físico, a criança apresenta-se prostrada, com abdome distendido e doloroso à
palpação, associado a sinais de irritação peritoneal difusa.
Qual deve ser a conduta inicial mais adequada neste caso?
Alternativas:
(alternativa A)
Confirmar o diagnóstico com tomografia e tentar redução com enema baritado.
(alternativa B)
Realizar radiografia de abdômen. Confirmada a intussuscepção, realizar redução com solução
salina ou ar.
(alternativa C)
Iniciar hidratação intravenosa com antibiótico empírico por 48h e considerar laparotomia.
(alternativa D) (CORRETA) 
Contraindicar enema, optando por cirurgia imediata devido aos sinais clínicos de peritonite difusa.
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Resposta comentada:
Correta. Contraindicar enema, optando por cirurgia imediata devido aos sinais clínicos de
peritonite difusa. A conduta recomendada em casos com sinais clínicos de peritonite é a cirurgia
imediata. A redução não cirúrgica com enema está absolutamente contraindicada na presença de
peritonite ou instabilidade hemodinâmica.
Errada. Confirmar o diagnóstico com tomografia e tentar redução com enema baritado. O exame
de escolha para avaliação inicial de invaginação intestinal é a ultrassonografia, não a tomografia,
especialmente em crianças pequenas, devido à ausência de radiação e alta sensibilidade. A
presença de sinais clínicos de irritação peritoneal indica provável complicação grave (necrose,
perfuração, peritonite) e, nesses casos, a redução com enema é contraindicada. A conduta é a
cirurgia imediata, não tentativa de redução com enema.
Errada. Realizar radiografia de abdômen. Confirmada a intussuscepção, realizar redução com
solução salina ou ar. A radiografia pode sugerir invaginação ou excluir pneumoperitônio, mas não
é necessária para diagnóstico definitivo além do que o exame de escolha é a ultrassonografia. Na
presença de sinais de irritação peritoneal, é contraindicado realizar qualquer tentativa de redução
não cirúrgica, incluindo redução hidrostática ou pneumática. O risco de perfuração e agravamento
é muito elevado.
Errada. Iniciar hidratação intravenosa com antibiótico empírico por 48h e considerar laparotomia.
É correta a necessidade de iniciar hidratação venosa e antibioticoterapia empírica. Contudo, a
presença de sinais de peritonite difusa exige intervenção cirúrgica imediata. Não se deve
"aguardar 48 horas" nem "considerar" laparotomia — deve-se realizá-la prontamente. A conduta
expectante não é segura nesse quadro.
Referências:
Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). Departamento de Cirurgia Pediátrica. Manual de
orientação – Abordagem das urgências abdominais em pediatria. 2022.
Behrman, Kliegman, Jenson. Nelson Tratado de Pediatria. 21. ed. Rio de Janeiro: Elsevier,
2020.
20ª QUESTÃO
Enunciado:
(Banco AFYA) Um homem de 40 anos, vítima de ferimento torácico penetrante, é admitido na
emergência com dispneia, cianose periférica e abaulamento de veias cervicais. O exame revela
bulhas cardíacas abafadas, queda progressiva da pressão arterial e pulso paradoxal. Qual das
condutas abaixo é mais adequada quanto ao tratamento imediato recomendado no manejo do
choque nesse contexto? 
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Alternativas:
(alternativa A)
Realizar toracocentese com agulha no segundo espaço intercostal e infundir cristaloides em
pequena quantidade para evitar sobrecarga cardíaca. 
(alternativa B)
Iniciar ressuscitação volêmica vigorosa com 2.000 mL de solução hipertônica e encaminhar o
paciente para tomografia antes da intervenção cirúrgica. 
(alternativa C)
Indicar drenagem torácica bilateral com sonda 36 Fr e iniciar infusão contínua de noradrenalina
para restaurar o débito cardíaco antes de qualquer intervenção invasiva.
(alternativa D) (CORRETA) 
Realizar punção pericárdica imediata (pericardiocentese) e iniciar infusão de 500 a 1.000 mL de
cristaloide para manter enchimento cardíaco adequado até abordagem definitiva. 
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Resposta comentada:
“Realizar toracocentese com agulha no segundo espaço intercostal e infundir cristaloides em
pequena quantidade para evitar sobrecarga cardíaca.” — Incorreta. A toracocentese no segundo
espaço intercostal é indicada para pneumotórax hipertensivo, e não para tamponamento cardíaco,
cuja abordagem correta é pericardiocentese. 
“Iniciar ressuscitação volêmica vigorosa com 2.000 mL de solução hipertônica e encaminhar o
paciente para tomografia antes da intervenção cirúrgica.” — Incorreta. Volumes muito altos
podem agravar o tamponamento, e a tomografia não deve ser priorizada em instabilidade
hemodinâmica, especialmente em uma emergência clínica já identificada clinicamente. 
“Realizar punção pericárdica imediata (pericardiocentese) e iniciar infusão de 500 a 1.000 mL de
cristaloide para manter enchimento cardíaco adequado até abordagem definitiva.” — Correta. A
pericardiocentese é a medida de alívio temporário indicada para tamponamento cardíaco, e a
infusão de cristaloides em volume moderado ajuda a manter a pré-carga enquanto se organiza a
toracotomia ou pericardiotomia definitiva. 
“Indicar drenagem torácica bilateral com sonda 36 Fr e iniciar infusão contínua de noradrenalina
para restaurar o débito cardíaco antes de qualquer intervenção invasiva.” — Incorreta. A
drenagem torácica não resolve o tamponamento pericárdico, e vasopressores não são a conduta
inicial. O alívio da compressão sobre o coração é prioritário antes do uso de drogas vasoativas. 
Referências: 
MORETTI, Miguel Antônio; BAPTISTA FILHO, Mario Lúcio Alves (ed.). Manual de cuidados
perioperatórios. São Paulo: Manole, 2014. 1 recurso online. ISBN 9788520451663. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788520451663/. Acesso em: 19 set. 2017.
PATERSON-BROWN, Simon. Tópicos Essenciais em Cirurgia Geral e de Emergência: Grupo
GEN, 2016. E-book. ISBN 9788595156517. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595156517/. Acesso em: 28 mai. 2024.
RIBEIRO JUNIOR, Marcelo A. F. Fundamentos em cirurgia do trauma. Rio de Janeiro: Roca,
2016. 1 recurso online. ISBN 9788527730587. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527730587/. Acesso em: 19 set. 2017.
21ª QUESTÃO
Enunciado:
(FMIT) Paciente de 68 anos, sexo masculino, tabagista, com histórico de hipertensão arterial e
diabetes mellitus tipo 2, apresenta queixa de dor do tipo cãibra em panturrilha direita ao deambular
dois quarteirões da sua casa até a padaria, melhorando após breve repouso. Durante a
investigação diagnóstica, é identificado, por meio de EcoDoppler, um aneurisma de aorta
abdominal infrarrenal com 5,0 cm de diâmetro. Considerando a necessidade de aplicar um plano
terapêutico para esse paciente, qual das seguintes condutas é a mais adequada no manejo
imediato?
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Alternativas:
(alternativa A)
Iniciar terapia antitrombótica com rivaroxabana e agendar angioplastia para a claudicação
intermitente em caráter eletivo sem muita urgência. 
(alternativa B)
Indicar repouso relativo, evitar caminhadas longas e aguardar avaliação cirúrgica, pois a
claudicação pode indicar risco iminente de ruptura do aneurisma.
(alternativa C)
Programar correção endovascular do aneurisma de aorta abdominal com urgência, não havendo
tempo para preparo pré-operatório. 
(alternativa D) (CORRETA) 
Orientar a cessação do tabagismo, controle rigoroso da pressão arterial e do diabetes, e
acompanhamento regular com ultrassonografia para monitorar o aneurisma.
Resposta comentada:
O manejo de pacientes masculinos com aneurisma de aorta abdominal (AAA) menor que 5,5 cm
assintomático e doença arterial periférica (DAP) envolve medidas conservadoras para prevenir
complicações.
A cessação do tabagismo, o controle da pressão arterial e da glicemia são fundamentais para
reduzir o risco de progressão do aneurisma e eventos cardiovasculares. Resposta correta.
Para AAA

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