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Resumo Nutrição cães e 
gatos 
Comportamento alimentar e a 
fisiologia digestiva de Cães e Gatos 
Linha evolutiva ordem carnivora: 
Cães: 
Canidae- lobo cinzento → Canis Lupus 
Cão doméstico →(Canis lupus familiaris) 
Felinos- Gato doméstico (Felis catus) 
Processo de domesticação: 
Gatos- controle de roedores 
cães- caça 
Os cães são mais domesticados 
enquanto os gatos ainda estão no 
processo de domesticação. 
Comportamento alimentar de cães: 
● Caçam e vivem em grupos→ 
buscam presas grandes; 
● Competição alimentar entre os 
cães → ingestão rápida do 
alimento, até mesmo sem a 
presença de outros cães por 
perto; 
● Refeições volumosas; 
● Alimentação intermitente( várias 
vezes, intervaladas) → grandes 
alimentações em vários períodos 
(diurno); 
● Enterrar as sobras; 
● Ingerem Frutas e algumas plantas 
→Além da linhagem carnívora, 
adquiriram comportamentos 
não estritos, assumindo um 
comportamento onívoro; 
Comportamento alimentar de gatos: 
● Caçadores solitários → presas 
pequenas → Dieta com pouca 
carne; 
● Fazem várias pequenas refeições 
por dia ( 13 a 16 refeições/dia- 
diurna e noturna); 
● Ingestão lenta de alimento, 
porque os gatos são carnívoros 
estritos 
● Não se alimentam de frutas ou 
vegetais 
Difícil avaliação, atualmente são 
animais dependentes do ser humano 
Particularidades 
Gatos: 
● Alta necessidades proteicas: 
algumas proteínas são essenciais 
para os gatos como taurina e 
arginina, gatos não produzem 
taurina, por isso são essenciais 
deve conter no seu alimento; 
● Inabilidade de síntese de 
vitamina A a partir de 
carotenoides. 
● Baixa capacidade de Síntese de 
vitamina D, podem ficar o dia 
todo no sol que não adquirem, 
por isso é adquirido no alimento; 
● Necessidade de tirosina; 
● Necessidade de ácido 
araquidônico (lipídio que faz 
parte da Mb) adquirido nas 
gorduras/animal, importante na 
dieta amparada nas 
características carnívoras; 
● Metabolismo de carboidratos, 
deve fazer parte da dieta; (tende 
a ter msm comportamento 
glicêmico). 
Fisiologia Digestiva 
● Dentes, língua, Gland.salivares; 
esofago; estomago; intestino 
delgado- duodeno; Gland. 
anexas; intestino grosso; 
microbiota intestinal. 
Alais Oliveira 
 
● Funções: motilidade, secreção, 
digestão etc. 
Fisiologia digestiva 
Digestão: combinação de eventos 
complexos, mecânicos, químicos e 
microbiológicos→ fragmentar o 
alimento→ Degradação de compostos 
alimentares. 
Mecânico: 
- Mastigação 
(voluntário) 
-Peristaltismo 
(involuntário) 
Redução do 
tamanho das 
partículas de 
forma mecânica 
do alimentar. 
(movimento) 
 
Químicos: 
-Fluidos ricos em 
enzimas ; 
-Estômago 
pâncreas e 
intestino delgado 
 
Degradação 
química 
 
Microbiológico: final do processo. 
-Microrganismos 
-Intestino Grosso 
Enzimas 
+ 
Digestão química 
 
Anatomia e funcionalidade 
Tamanho do intestino 
órgão Cães Gatos 
ID 3,9m 1,7m 
IG 0,6m 0,4m 
Total 4,5m 2,1 
Tamanho pequeno, impacta no trânsito 
rápido, pequeno tempo de permanência 
do alimento no intestino. 
 
 
Cavidade oral 
● Boca 
Quebra o alimento em partículas 
menores e ação da saliva para digestão. 
Não mastigam bem , eles deglutem o 
alimento com pouca ou nenhuma 
mastigação; 
● Dentes 
Mesma quantidade de dentes incisivos e 
caninos, porém cães tem mais 
pré-molares e molares que os gatos; 
 Cão Gato 
Incisivos 6 6 
Caninos 2 2 
Pré-Molares 8 5 
Molares 5 2 
Total 42 30 
 
● Saliva 
pH de 7,34 e 7,8 (alcalino) secretada 
durante a mastigação por 4 pares de 
gland. salivares; 
parótidas, mandibulares, sublinguais e 
zigomáticas .
 
● Estímulos: 
Expectativa de comer, som associado, 
visualizar o alimento.Há uma variação 
de secreção de acordo com o tipo de 
alimento, taxa de secreção de alimento, 
Alais Oliveira 
 
temperatura corporal. Salivas de cães e 
gatos não possuem alfa amilase (não 
inicia digestão pela boca), o pH é de 7,34 
á 7,8; As funções incluem, lubrificação 
da cavidade oral, estímulos dos 
receptores do paladar, controle da 
população bacteriana. 
● Língua: 
Realiza apreensão, mistura e deglutição, 
nela encontramos as papilas gustativas, 
a solubilização dos componentes 
dietéticos,faz a estimulação das papilas 
gustativas, impondo sabor ao alimento. 
Cães E Gatos–ancestral estritamente 
carnívoro = NÃO possuem alfa-amilase. 
● Deglutição: 
A deglutição inicia-se com a fase 
voluntária, onde o alimento é preparado 
na boca. Ao entrar na fase faríngea, o 
palato mole se eleva e as dobras 
palatofaríngeas se fecham, impedindo 
que o alimento vá para as vias nasais. 
Simultaneamente, a epiglote cobre a 
entrada da laringe, que se move para 
cima, protegendo a traqueia. Em 
seguida, os músculos constritores 
superiores da faringe contraem-se, 
empurrando o bolo alimentar. Uma onda 
peristáltica conduz o alimento ao 
esôfago, que se abre reflexamente e 
esficerdepois se contrai para impedir o 
refluxo. 
● Exofago 
 É curto e tubular, atua no transporte do 
alimento para o estômago. A parede 
esofágica é composta em sua maioria 
por musculatura estriada, distribuída 
em camadas longitudinal e circular, 
proporcionando movimentos 
peristálticos eficazes em praticamente 
toda a extensão do órgão. 
 • Nos gatos, a porção caudal do esôfago 
pode apresentar algumas células 
musculares lisas, se diferenciando da 
musculatura estriada nas demais 
regiões. 
As células esofágicas secretam muco 
que lubrifica a passagem do alimento, e 
são estimuladas pelos movimentos 
peristálticos. Ao final do esôfago, ocorre 
o relaxamento do esfíncter cárdico(anel 
muscular presente acima da cárdia do 
estômago), permitindo a entrada do 
alimento no estômago. Em seguida, o 
esfíncter se contrai logo depois para 
evitar refluxo gástrico ao esôfago, 
atuando em resposta à peristalse. 
 
Estômago 
O estômago é subdivido em duas seções 
com funções diferentes, a proximal e a 
distal; 
● Parte proximal: 
Ação mecânica,da digestão, recebendo e 
acomodando o alimento ingerido.Essa 
região funciona como um depósito 
temporário, realiza a mistura e 
maceração do conteúdo alimentar por 
meio da musculatura circular. Ela atua 
como uma espécie de depósito 
temporário. O epitélio gástrico e as 
glândulas da região proximal do 
estômago secretam muco alcalino, que 
protege a mucosa gástrica contra a 
acidez. 
● Parte distal: 
 O ácido clorídrico (HCl) é uma das 
principais substâncias secretadas pelo 
estômago — mais especificamente pelas 
células parietais ou oxínticas da mucosa 
gástrica. Desempenha diversas Funções: 
cria um ambiente ácido necessário para 
a ativação de enzimas digestivas, 
digestão de proteínas e gorduras e 
regula saída para intestino; 
 
Alais Oliveira 
 
 
FISIOLOGIA DIGESTIVA 
➔ O estômago armazena alimentos 
temporariamente e controla a 
taxa de entrada da ingesta no 
intestino delgado; 
➔ Participa das fases iniciais da 
digestão, secretando ácido 
clorídrico e pepsinogênio; 
➔ As secreções do epitélio gástrico 
e glândulas associadas incluem 
água, muco, ácido clorídrico, 
enzimas proteolíticas e íons 
inorgânicos; 
➔ Secreções gástricas começam 
antes mesmo da ingestão, 
ativadas por visão, cheiro e 
presença de alimento na boca ou 
estômago. 
➔ O muco alcalino recobre a 
parede gástrica para evitar 
lesões causadas pelo ácido 
clorídrico e pelas enzimas 
proteolíticas (como a 
pepsina).Isso facilita o contato 
com enzimas e prepara o quimo 
para o intestino. 
➔ O hormônio gastrina e o 
neurotransmissor parassimpático 
acetilcolina (ACh) são os mais 
importantes reguladores 
fisiológicos. 
➔ pH varia de acordo com a dieta- 
Mais ácido em gatos - pH médio 
do estômago do gato é 2,5 ± 0,07 
e no cão de 4-6; 
➔ O marcapasso gástrico, 
situado no centro do estômago, 
gera ondas peristálticas que se 
propaga pelo segmento distal. 
Essas ondas controlam a 
passagem do quimo para o 
duodeno, de forma gradual e 
coordenada. 
➔ Do ponto de vista evolutivo, os 
cães apresentam capacidade de 
distensão gástrica 
significativamentesuperior à dos 
gatos — podendo expandir o 
estômago até seis vezes o seu 
volume original-Capacidade 
gástrica de cães e gatos – 50 ml 
por kg de peso corporal 
Enzimas gástricas 
➔ Enzimas pepsina e a lipase 
funcionam alterando 
ligeiramente a composição da 
gordura e proteína ingerida, 
preparando-se para uma ação 
posterior de enzimas digestivas 
no intestino delgado. 
Pepsina → Enzima digestiva produzida 
pela parede do estômago, sendo 
secretada pelo suco gástrico. Funciona 
melhor em ambiente ácido, 
especialmente em pH 2, e fica inativa no 
duodeno, onde o pH é mais alcalino. Útil 
para digerir proteínas animais, como o 
colágeno. 
Lipase gástrica → estimulada pela 
presença de ácido clorídrico (HCl), que 
cria o ambiente ácido necessário para 
sua ativação inicial. Baixa eficiência na 
digestão de lipídeos. Ela é inativada em 
pH 7. A Fase Inicial de 
hidrólise é lenta devido à falta de 
emulsificação, onde as fases aquosa e 
lipídica estão separadas. O calor do 
estômago auxilia na liquefação dos 
lipídios, facilitando a ação da enzima. 
Lipase gástrica: Realiza a pré-hidrólise 
dos triacilgliceróis. Comparada à lipase 
pancreática, a lipase gástrica tem uma 
importância muito menor no 
metabolismo dos lipídeos. Auxilia na 
formação de micelas, estruturas 
importantes para a absorção dos 
lipídeos no intestino. 
Esvaziamento gástrico: 
Processo de liberação do alimento 
parcialmente digerido (quimo) do 
estômago para o duodeno. Essa taxa não 
é fixa, e pode variar bastante conforme 
vários fatores fisiológicos e dietéticos; 
Taxa é afetada por: 
-Conteúdo energético da dieta; 
-Viscosidade do alimento, temperatura 
-Densidade Ingestão de água; 
-Quantidade de ácido no duodeno; 
-Tamanho da partícula Tamanho e tipo 
da refeição. 
 Tempo 
mínimo 
Tempo 
máximo 
Cão 72m 240m 
Gato 25m 449m 
 
Controle das secreções gástricas 
Fase Cefálica (30–40% da secreção 
gástrica) 
Fase gástrica (50 – 60% da secreção) 
 Fase intestinal (10% da secreção) 
 
 
 
Alais Oliveira 
 
 
 
Anatomia e funcionalidade do Sistema 
Digestório Intestino delgado 
➔ Dividido em três partes com 
funções distintas no processo 
digestivo: Duodeno, Jejuno e ílio. 
 
➔ A maior parte da digestão 
enzimática dos alimentos ocorre 
no intestino delgado; 
➔ A absorção de água ocorre de 
forma majoritária no intestino 
delgado, com destaque para o 
jejuno 50%, 40% pelo íleo e 10% 
pelo intestino grosso. 
➔ A digesta que sai do estômago é 
ácida. Ao chegar no duodeno, ela 
é rapidamente neutralizada, 
ocorre devido à secreção de suco 
pancreático e bile, ambos ricos 
em bicarbonato. Esse processo 
eleva o pH, criando um ambiente 
alcalino no duodeno. A 
neutralização e a mudança no pH 
são essenciais para proteger a 
mucosa intestinal e permitir que 
as enzimas digestivas atuem 
corretamente.5.7a6..4 
Ação Mecânica 
1. Movimentos misturam 
completamente a massa 
alimentar (quimo) com as 
secreções intestinais(suco 
pancreático, bile, enzimas etc.) 
2. Aumentam a exposição das 
partículas alimentares digeridas 
em relação à superfície 
mucosa,Isso permite que as 
partículas digeridas fiquem 
próximas da superfície 
absorvente (enterócitos), 
favorecendo a atuação das 
enzimas da borda em escova e a 
absorção dos nutrientes. 
3. Torna mais lenta a propulsão da 
massa alimentar pelo trato 
intestinal, ao retardar o trânsito 
intestinal, o corpo ganha mais 
tempo para realizar a digestão e 
aproveitar os nutrientes. 
4. Movimentos constantes das 
microvilosidades, aumentam a 
superfície de absorção e ajudam 
a “agitar” o quimo próximo à 
parede intestinal. 
5. Mistura do quimo com a parede 
intestinal para que não haja áreas 
do quimo isoladas no centro do 
lúmen, otimizando a digestão e 
absorção. 
6. Todos os processos anteriores 
culminam no objetivo de 
aumentar a eficiência de 
absorção da partícula, 
permitindo que os nutrientes 
digeridos sejam absorvidos da 
forma mais completa possível. 
Digestão Química 
➔ Mistura do quimo com enzimas 
e bicarbonato; 
➔ Enzimas Pancreáticas 
(digestivas): Lipases, proteases, 
amilases. 
➔ Ácidos biliares: bile liberada da 
vesícula por ação da 
colecistocinina(CCK),emulsifica 
gorduras, aumenta área de 
Alais Oliveira 
 
reabsorção e é responsável pela 
digestão de gorduras. 
➔ Enzimas intestinais:Produzidas 
pela mucosa duodenal, e as 
enzimas borda em escova, 
quebram em monômeros 
aminoácidos, monossacarídeos e 
ácidos graxos. 
 Secretina e Colecistoquinina 
Produzidas pelas células da mucosa 
intestinal, regulam a produção de suco 
pancreático; 
● Secretina 
 Hormônio produzido no ID, tem como 
principal alvo o pâncreas, estimula a 
secreção de bicarbonato. O bicarbonato 
tem a função de neutralizar o pH ácido 
do quimo, quando ocorre a acidificação 
dos conteúdos do intestino delgado. 
● Colecistoquinina CCK 
hormônio digestivo produzido pelas 
células do intestino delgado,em 
resposta à presença de alimentos 
parcialmente digeridos, especialmente 
gorduras e peptídeos contendo 
aminoácidos aromáticos como a 
fenilalanina. Quando liberada, seu órgão 
alvo é o pâncreas e a vesícula biliar. No 
pâncreas, estimula a secreção de 
enzimas digestivas, como lipases, 
proteases e amilases, na vesícula biliar 
promove contração, levando à liberação 
da bile no duodeno. Esse conjunto de 
ações marca o início da digestão 
química no intestino delgado. 
● BILE 
Produzida Pelos hepatócitos e 
armazenada na vesícula biliar 
• Fonte de ácidos biliares necessários 
para a digestão e a absorção de 
gorduras, facilitando a ação da lipase 
pancreática 
- Rota de excreção para certos 
metabólitos e drogas 
- Tampão adicional para a neutralização 
de íons H no duodeno 
• Liberação → no intestino em resposta 
a presença de lipídeos e produtos- Ação 
da colecistocinina. 
Suco pancreático 
 Função do pâncreas exócrino→cai 
sobre uma superfície livre: nesse caso o 
intestino; O suco pancreático é 
sintetizado pelas células exócrinas do 
pâncreas organizadas em ácinos 
responsáveis pela secreção de enzimas. 
O suco tem propriedades 
antibacterianas; Secreção de 
bicarbonato para alcalinizar o pH ácido 
do conteúdo gástrico que flui para o 
duodeno - Secreção de enzimas para a 
digestão luminal de carboidratos, 
gorduras e proteínas . 
regulada pela secretina e a 
colecistoquinina. 
Enzimas: Amilase (carboidratos)e lipase 
(lipídeos); 
Enzimas Pancreáticas (Proteínas) 
Tripsinogênio: enzima inativa 
(zimógeno), ativada pela enteroquinase 
no intestino → se transforma em 
tripsina. 
Tripsina: atua como endopeptidase, 
quebrando proteínas nas partes 
internas; também ativa outros 
zimógenos. 
Quimotripsinogênio: precursor da 
quimotripsina, também endopeptidase. 
Procarboxipeptidase: convertida em 
carboxipeptidase pela tripsina. 
Carboxipeptidase: funciona como 
exopeptidase, atuando nas 
extremidades das proteínas. 
 
 
Alais Oliveira 
 
 
Anatomia e funcionalidade do Sistema 
Digestório- Intestino grosso 
➔ Compreende: Ceco, cólon e reto. 
➔ Diferente do intestino delgado, o 
intestino grosso não possui 
vilos; 
➔ Muco alcalino, rico em 
bicarbonato serve para 
lubrificação, proteção mucosa 
(danos mecânicos e químicos), - 
Inativação de ácidos da 
fermentação bacteriana e 
lubrificação das fezes. 
➔ Tempo de residência médio de 12 
horas para que haja fermentação; 
➔ 8% da digestão total ocorre no 
IG, em dietas de alta 
digestibilidade, menor 
quantidade de alimento chega ao 
IG; já em dietas com baixa 
digestibilidade, um maior volume 
de resíduos atingindo essa 
porção intestinal; 
➔ Em cães e gatos o IG é 
relativamente curto (0,6 m em 
cães; 0,4 m em gatos); 
➔ A função principal é absorver 
eletrólitos e água e servir como 
ambiente para a fermentação 
microbiana; 
 Microbiota 
 A maioria das bactérias do intestino 
saudável são anaeróbicas, e os 
principais gêneros bacterianos em cães 
ou gatos saudáveis: Streptococcus, 
Lactobacillus, Bacteroides e 
Clostridium. 
Microbiota Id 
 - Intestino Delgado de cães e gatos 
saudáveis Também contém populações 
microbianas residentes; 
- Previnem a colonização de 
microrganismos patogênicos, 
competindo pelos nutrientes 
disponíveis; Produzem ácidos graxos de 
cadeia curta, mistura de bactérias 
anaeróbias, aeróbias e facultativas 
influenciam o ambiente luminal e a 
saúde intestinal. 
-Nutrientes e componentes da dieta 
podem influenciar a microbiota do ID. 
 Microbiota IG 
Os cães e gatos abriga uma quantidade 
extremamente alta de bactérias–10⁹ a 
10¹¹ UFC/mL (Unidades Formadoras de 
Colônia). 
- Exclusivamente bactérias anaeróbias, 
realizam fermentação dos resíduos 
alimentares (como fibras, proteínas não 
digeridas, etc.), A fermentação gera 
ácidos graxos de cadeia curta (ex: 
butirato, propionato, acetato) 
-são diretamente afetadas pela dieta. 
-cólon é onde vai acontecer a maior 
parte da fermentação; 
 Produtos da fermentação: Acetato, 
Propionato e Butirato → Ácidos graxos 
de cadeia curta =ENERGIA→ 
Determinam o pH (5,5 a 7,5) 
-sulfeto de hidrogênio, metano, amônia, 
aminas, fenóis, indóis podem alterar o 
pH intestinal (entre 5,5 e 7,5), tóxicos e 
irritantes, causar mau odor, inflamação 
e desconforto.Produzidos em maior 
quantidade quando há excesso de 
proteínas mal digeridas. 
-Bactérias aderentes à mucosa 
influenciam a capacidade endocítica e 
hidrolítica intracelular, melhorando a 
degradação de antígenos presentes no 
lúmen intestinal. 
 
Alais Oliveira 
 
Medidas e Necessidades Energéticas 
Energia não é um nutriente por si 
próprio, mas uma propriedade 
conferida à dieta por gorduras, 
proteínas e carboidratos. 
➔ Derivada da oxidação de 
moléculas orgânicas do alimento 
ou das reservas de proteína, 
gordura e carboidratos do corpo; 
➔ É usada para todas as atividades: 
andar, respirar, digerir, manter a 
temperatura, produzir proteínas, 
etc. 
➔ A transferência de energia do 
nutriente para o organismo é 
feita por uma série de reações 
bioquímicas enzimáticas como 
glicogênese e gliconeogênese, 
que geram outros compostos que 
contêm energia biodisponível ao 
organismo, o mais importante é 
o ATP. 
➔ Consomem energia para 
impulsionar íons, sintetizar 
moléculas e ativar proteínas 
contrácteis; 
● Cada animal tem uma 
necessidade específica de 
energia, chamada Necessidade 
Energética de Manutenção 
(NEM). Essa necessidade 
depende de fatores como peso, 
idade, nível de atividade, 
condição corporal (magro, obeso, 
castrado, etc.). 
● Balanço energético é a diferença 
entre: Energia ingerida pelo 
alimento. Energia gasta pelo 
organismo (metabolismo basal, 
exercício, digestão, etc.). 
● Quando o balanço está 
equilibrado, o animal mantém um 
peso saudável. Se ingerir mais do 
que gasta → engorda; se ingerir 
menos → emagrece. 
● A energia que o alimento 
oferece é calculada pela Energia 
Metabolizável (EM). 
Componentes do gasto energético 
1. taxa metabólica basal TMB. 
Componente do gasto energético diário 
dos animais, representa cerca de 60 à 
75% da energia total gasta em um dia, 
energia mínima necessária para 
manter as funções vitais do corpo em 
repouso absoluto, sem atividade 
muscular voluntária. Energia gasta pelo 
organismo em repouso sob condições 
de neutralidade térmica, 12hs após a 
última refeição.Ela cobre: 
-Transporte de íons pelas membranas. 
-Trabalho hepático e renal. 
-Funções do sistema nervoso. 
-Turnover de proteínas e lipídios 
(renovação constante dessas moléculas). 
-Varia com idade, peso corporal, raça, 
espécie, sexo, status fisiológico e 
temperatura ambiente. 
2. Atividade Muscular Voluntária 
Representa cerca de 30% do gasto 
energético diário. Refere à energia 
usada em movimentos voluntários, esse 
valor varia de acordo com o peso e 
tamanho do animal, grau, duração e 
intensidade do exercício físico. 
3. Incremento calórico 
Corresponde a 10% das calorias 
ingeridas. Calor produzido pela digestão 
e absorção dos nutrientes (Mastigação, 
digestão dos nutrientes, absorção e 
metabolização dos componentes da 
dieta) Ou seja, parte da energia do 
alimento é “gasta” para processar o 
próprio alimento, e não vai diretamente 
para manutenção ou atividade. 
4. Termogênese Adaptativa 
Alais Oliveira 
 
Refere-se a uma perda energética 
adicional que não é obrigatória, ou seja, 
ela não ocorre em todos os indivíduos 
nem o tempo todo.Essa energia extra 
gasta não está ligada diretamente à 
atividade física ou digestão, mas sim a 
adaptações do metabolismo frente a 
certos estímulos ou desafios. 
 
 Conhecimento das necessidades 
nutricionais e particularidades da 
espécie e do indivíduo em questão 
indicam como escolher ou indicar a 
dieta mais apropriada. 
Fatores a considerar Cão 
Nível de Atividade 
● Cães mais ativos (ex: cães de 
guarda, cães que fazem 
caminhadas frequentes) têm 
maior gasto energético. 
● Cães sedentários ou que vivem 
em apartamentos (indoor) 
precisam de dietas com menor 
densidade calórica para evitar 
ganho excessivo de peso. 
Condição Reprodutiva 
Escore Corporal (ECC) 
● Avaliação visual e tátil da 
condição corporal do cão. 
● A dieta deve ser personalizada 
para manter o cão em escore 
corporal ideal. 
Escolha da Dieta para Cães Adultos em 
Manutenção: 
1. Alimentos comerciais- Alimentos 
para cães adultos em 
manutenção; 
2. Alimentos para raças pequenas, 
médias, grandes e gigantes; 
3. Raças com tendência à 
obesidade: alimentos light; 
4. Controle da quantidade; 
5. Alimentos indoor – animais de 
apartamento; 
6. Menos calóricas e com redutores 
de odor e fezes. 
Equações - nem cães 
Tipo Kcal/dia 
Cão adulto jovem e ativo* 140 x (PC)0,75 
Cão adulto ativo 130 x (PC)0,75 
 Cães inativos 95 x (PC)0,75 
 PC = peso corporal em KG (NRC, 2006) 
Fatores a considerar: Gatos adultos/ 
manutenção 
● Maior necessidade proteica 
- Taurina é essencial; Maior 
necessidade de arginina, 
metionina e cisteína. 
● Ácidos graxos essenciais - 
derivados do linolênico. 
● Maior necessidade de niacina 
(B3) e piridoxina (B6 ); 
● Não sintetizam a vit A a partir do 
betacaroteno; 
● Não sintetizam vitamina D 
através da pele. 
Escolha da dieta para Gatos adultos em 
manutenção: 
1. Tendência à obesidade: Animais 
inativos (indoors) e castrados - 
Alimento ad libtum (à vontade); 
2. pH urinário: Dieta deve ter 
controle do pH urinário, doença 
do trato urinário inferior;diurese 
e Acidificantes;3. Variedades Alimentos: para gatos 
adultos, gatos castrados e lights 
 EQUAÇÕES - NEM 
Tipo NEM Kcal/dia 
 Gatos domésticos magros * 100x (PC)0,67 
 Gatos domésticos obesos 130x (PC)0,4 
Alais Oliveira 
 
 Quantidade de energia do alimento 
Energia bruta (EB) → Energia das fezes 
→ Energia digestível (ED) → Energia da 
urina e gases → Energia metabolizável 
(EM)→ Energia líquida (EL)→ 
Incremento térmico. 
➔ Cálculo da estimativa da energia 
metabolizável: 
EM (kcal/100g) = (3,5 x Proteína) + (3,5 
x carboidratos) + (8,5 x gordura) 
No rótulo do alimento: 
Proteína = Proteína bruta 
Gordura = Extrato etéreo 
Carboidratos = Extrativo não 
-nitrogenados: devem ser calculados 
pela diferença; 
Etapas para estimar a energia 
metabolizável do alimento: 
 EXEMPLO: Alimento com -10% 
umidade; 24% PB; 12% EE; 8% MM; 3% 
FB. 
1. Calcular ENN 
ENN = 100 -(Umidade + PB + EE + Fibra + 
Mat. Mineral) 
 𝐸𝑁𝑁 = 100 − 10+24+12+8+3
57%( ) = 43%
2. Calcular EM 
 EM (kcal/100g) = (3,5 x Proteína) + (3,5 x 
carboidratos) + (8,5 x gordura) 
 EM = (3,5 x 24) + (3,5 x 43) + (8,5 x 12) EM 
= 84 + 150,5 + 102 EM = 336,5 kcal/100g 
-> 3,36kcal/g 
 Cálculo da estimativa da energia 
metabolizável 
 Alimento seco EM(kcal/100g) = (%PB x 
5,65) + (% EE x 9,4) + (% ENN x 4,15) x 
0,99 - 126 
Alimento úmido EM(kcal/100g) = (%PB 
x 3,9) + (% EE x 7,7) + (% ENN x 3,0) - 5 
 
 
Alais Oliveira

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