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PV1
Nutrição Animal
Introdução e Conceitos
Importância da Nutrição:
Saúde e bem-estar
Emoções
Capacidade física
Susceptibilidade e retorno de doenças
Incidência e severidade de doenças metabólicas
Produção animal → rendimento econômico
Nutrição:
Ato ou efeito de nutrir;
É a associação dos processos físicos, químicos e biológicos pelo qual o animal assimila o alimento, forma e recupera os tecidos, transformam os alimentos em atividades e tecidos;
É a utilização adequada dos princípios nutritivos para satisfação das necessidades animais.
Processo de fornecer as células do corpo animal as condições químicas necessárias para que ocorram as reações metabólicas relacionadas com o crescimento, mantença, produção e reprodução
Digestão = Compreende os processos químicos e físicos responsáveis pelo desdobramento do alimento em seus nutrientes, e os mecanismos de transporte através das células do intestino. 
Absorção = Envolve os processos químicos e físicos relacionados com o transporte dos nutrientes pela membrana do intestino e seu transporte até a circulação sangüínea ou linfática. 
Obs.: Absorção e Digesão = São processos complementares!
Metabolismo = Conjunto de reações catabólicas e anabólicas que permitem o funcionamento normal das células e consequentemente da vida do animal.
1.Catabolismo: quebra de macromoléculas em pequenos compostos.
2.Anabolismo: síntese de macromoléculas a partir de compostos pequenos.
Excreção = É a eliminação das partes dos alimentos não absorvidos ou produtos resultantes das reações metabólicas.
ALIMENTO
Toda matéria suscetível de ser transformada e aproveitada pelos animais, sustentando a vida, a saúde e a produção. São constituído de nutrientes que exercem um papel particular no organismo.
Estuda a composição dos alimentos e os padrões de necessidades nutritivas. Pode referir-se a ingestão ou a administração de alimento.
 É o processo de fornecimento do alimento ao animal, na forma mais adaptada às suas preferências e condições fisiológicas.
Alimentação Racional = Objetivo de fornecer ao indivíduo os alimentos para sua manutenção e produção, a um baixo custo.
NUTRIENTE
É o componente do alimento, representando uma entidade química, que entra no metabolismo celular e concorre para manutenção da vida. 
Entidade química com características nutritivas.
Compostos (orgânicos ou inorgânicos) que participam dos processos metabólicos e são fornecidos pelos alimentos
Exigências de mantença, reprodução, crescimento, lactação ou ganho de peso.
Compostos químicos orgânicos e inorgânicos que participam diretamente dos processos metabólicos e são fornecidos pelos alimentos. 
Nutrientes Essencial = nutrientes que não necessitam de transformações catabólicas ou anabólicas para serem metabolizados. Ex. aminoácidos.
	Nutrientes:
	Funções Metabólicas gerais
	Ptns
	Fonte de aminoácidos necessários para o desenvolvimento do animal
	Agua
	Sucos digestivos, Reações enzimáticas...
	Carboidrato
	Fonte de energia
	Lipídeos
	Fonte de energia e ácidos graxos essenciais.
	Vitaminas
	Necessárias para a atividade enzimática e hormonal
	Minerais
	Rigidez e resistência dos ossos e dentes; ativadores de sist. enzimáticos (reações metabólicas); manter pressão osmótica e excreção; atuar no equilíbrio ácido-base; exercer efeitos característicos na irritabilidade dos músculos e nervos; atuar na produção de leite, carne e ovos.
RAÇÃO = é a quantidade total de alimento fornecido e consumido por um animal em 24 horas.
DIETA = indica os componentes de uma ração, ou seja, é o ingrediente alimentício ou mistura de ingredientes, incluindo a água.
RAÇÃO BALANCEADA = É uma mistura de alimentos convenientemente equilibrada para fornecer todos os nutrientes exigidos pelos animais nas diferentes fases da vida.
INGREDIENTES = componentes de qualquer combinação ou mistura que constitui um alimento.
NDT = nutrientes digestíveis totais
ALIMENTO CONCENTRADO = alimento que contém um teor de fibra menor que 18% e rico em energia e/ou proteína
ALIMENTO VOLUMOSO = alimento com baixa concentração em nutrientes, tendo mais de 18% de fibras.
ADITIVOS = substâncias não nutritivas, adicionadas aos alimentos para melhorar suas propriedades ou seu aproveitamento.
CONVERSÃO ALIMENTAR = capacidade de um alimento se converter em uma unidade de produto animal: CA = consumo/ganho de peso
EFICIÊNCIA ALIMENTAR = quantidade de produto animal obtido por uma quantidade unitária de alimento: EA = (ganho de peso/consumo) x 100
FÓRMULA = seleção quantitativa dos componentes de uma ração ou de um suplemento.
DEFICIÊNCIA NUTRITIVA = inexistência ou insuficiência de um nutriente essencial.
CARÊNCIA = quadro sintomático apresentado pelo animal como consequência de deficiência nutritiva.
EXIGÊNCIA NUTRITIVA = quantidade de cada nutriente, requerida por determinada espécie e categoria animal, para sua boa manutenção, reprodução e produção eficientes.
DIGESTIBILIDADE = aptidão de um alimento para ser digerido por uma dada espécie animal.
Digestibilidade do feno de alfafa entre diferente espécies
NUTRIÇÃO ANIMAL:
Ciência da NUTRIÇÃO:
Química, física e matemática
Integração entre os avanços ocorridos nas ciências do solo, planta, animal, bioquímica, genética, produção...
Nutricionista
Nutrientes, bioquímica, metabolismo, relações metabólicas
Comportamento animal, fisiologia, genética, agricultura, microbiologia...
APARELHO DIGESIVO
Funções:
1.Armazenar alimentos por um período de tempo;
2.Preparar o alimento para absorção/digestão;
3.Absorver nutrientes
4.Rejeitar a porção não digerida
BASES DA PRODUÇÃO ANIMAL:
MELHORAMENTO 🡨 SANIDADE 🡨 NUTRIÇÃO = Ingrediente / Fabricação / Produtos.
O TRATO GASTROINTESTINAL E A NUTRIÇÃO
Importância do TGI na Nutrição?
Influencia na utilização dos alimentos e nutrientes!
Digestão x Absorção
DIGESTÃO = Preparação do alimento para absorção, ou seja, quebra física e química de partículas alimentares e moléculas em subunidades disponíveis para absorção. Inclui:
1.Mecanismos mecânicos = Mastigação, contrações do TGI 
2.Mecanismos químicos = Ação do HCl no estômago; Ação da bile no ID ; Hidrólise por enzimas produzidas no próprio TGI 
Reduz o alimento de forma a permitir a absorção e utilização celular dos nutrientes liberados no processo. 
Importância da redução física - permite ao alimento fluir através do tubo digestivo relativamente estreito e aumenta a área superficial das partículas alimentares, aumentando assim a área exposta às ações de enzimas digestivas.
Inicia com a mastigação e se completa pela ação trituradora do estômago distal com auxílio da pepsina e HCl 
Obs.: Hidrólise: cisão de uma ligação química pela inserção de uma molécula de água
Catalisada por enzimas digestivas que Agem no lúmen intestinal e na membrana superficial do epitélio 
ABSORÇÃO = Passagem de pequenas moléculas do lúmen do TGI para a mucosa das células do lúmen e destas para o sangue 
Anatomia e Função do TGI 
TGI nos Mamíferos = Boca e gl e estruturas associadas 🡪 Esôfago 🡪 Estômago 🡪 Intestino delgado 🡪 Intestino grosso (em algumas espécies inclui-se o ceco). Órgãos associados Fígado (secreta a bile no ID/Emulsificação de gorduras) e Pâncreas (secreta enzimas no ID).
Tipos de TGI 
Variações na estrutura e funções nos componentes do TGI de acordo com a espécie 
•Microorganismos (simbiose) 🡪IG de todas as espécies e Rúmen, retículo.
 Ruminantes x não ruminantes 
Não Ruminantes 
•Boca e estruturas associadas (língua, lábios e dentes) = Preensão e mastigação do alimento, produção de saliva e formação do bolo alimentar 
Esôfago = Tubo muscular aglandular e suas contrações através dos movimentos peristálticos fazem com que o bolo alimentar avance até ao estômago e Muco! 
Estômago = função de armazenar por pequeno período os alimentos, para que possam ser misturados ao suco gástrico e digeridos, forma e tamanho varia entre as espécies 
Intestino Delgado (duodeno, jejuno e íleo) = digestão final dos cho’s, prt e lipídeos e é a seção de maior absorção de nutrientes 
Intestino Grosso (ceco, cólon e reto) = Excreção dos resíduos alimentaresnão aproveitados no ID, absorção de água e eletrólitos, fermentação dos resíduos não aproveitados no ID 
AVES
Bico, Papo (“dilatação” do esôfago; Aglandular; Armazenamento), Estômago Glandular OU proventrículo (secreção => suco gástrico) e Estômago muscular OU moela (Trituração de alimentos). Lactase e Digestão microbiana no ceco: ↓ 
Ruminantes 
Boca = sem dentes incisivos na parte superior; “grazer” (bov e ovino), intermediários (caprinos), “concentrade selectors” (girafa); Produção de saliva (10 L ovino e 150 L bovino adulto) e Alto poder tamponante.
Estômago = dividido em 4 compartimentos:
RUMEN
•É um órgão extremamente grande e ocupa quase todo lado esquerdo da cavidade abdominal (da 7ª vértebra toráxica até a entrada da cavidade pélvica) 
•Possui um grande número de papilas (até 1 cm) que aumenta a área de superfície e facilita a absorção 
•A parte interna do rúmen é dividida em sacos através dos pilares musculares 
RETICULO 
•Localizado cranialmente ao rúmen, próximo ao diafragma e ao coração 
•Não tem pilares e divisões como o rúmen 
•A parede é pregueada (cristas do retículo) com formato de favos de mel. O fundo das delimitações é revestido por papilas cornificadas 
•Prega rúmeno-reticular: mantém comunicação do ru-ret bem aberto. Portanto, o retículo tem função de câmara de fermentação igual ao rúmen 
•O esôfago desemboca entre o ru-ret
OMASO 
•Possui pregas longitudinais delgadas (lâminas do omaso) 
•Funções = Maceramento do alimento, Compressão e Absorção.
ABOMASO
•Estômago “verdadeiro” 
•Corresponde ao estômago dos demais mamíferos domésticos 
•O processo digestivo neste compartimento é semelhante ao dos não ruminantes 
•Tem forma de “saco” e situa-se no assoalho da cavidade abdominal, à direita do plano mediano 
•A mucosa do abomaso é lisa e apresenta pregas no sentido longitudinal 
•A camada muscular se espessa no orifício de comunicação com o duodeno, formando o piloro 
Obs.: % do TGI = Estômago: 65 – 80% 
Ruminante jovem 🡪 Goteira esofágica = estende-se desde a cárdia ao abomaso e é constituído por 2 pregas resistentes que cerrando-se levam diretamente do esôfago ao abomaso 
Obs.: é semelhante a uma calha transversal à parede do rúmen, desde a cárdia até ao orifício retículo-omasal.
Desenvolvimento e Capacidade do Estômago 
•O estômago de bovino é aparente aos 28 dias de desenvolvimento embrionário e aos 56 dias os compartimentos estão diferenciados. 
Ordem de tamanho em bov adultos: ru > abom > omaso > ret e em ovelha e cabra: ru > abom > ret > omaso.
Desenvolvimento do rúmen = A velocidade de crescimento depende da dieta, atingindo-se a taxa máxima com o acesso a alimento sólido, logo após o nascimento 
A fase de não ruminante a ruminante:
🡪 Fase de não ruminante nos bovinos: do nascimento até às 3 semanas 
🡪 Fase transitória: 3 à 8 semanas 
🡪Fase adulta: A partir das 8 semanas desde que tenha acesso a alimento sólido 
Obs1.: Só com dietas lácteas => Os pré-estômagos permanecem rudimentares por 14 a 15 semanas ou mais. Os alimentos altamente digeríveis => Como os concentrados, provocam uma maior produção de AGV e um desenvolvimento epitelial mais rápido. A forragem => Ajuda a desenvolver a musculatura dos pré-estômagos 
Obs2.: Ao nascimento os pré-estômagos são estéreis, sendo logo colonizados por bactérias ambientais criando-se um ambiente redutivo. E Para a colonização protozoária é necessária a presença de outros bovinos 
Processos físicos na digestão 
Preensão = Captura e o transporte do alimento até a boca, Variação entre as espécies e a Importância dos lábios e língua.
Mastigação = desdobramento mecânico dos alimentos na boca com o objeivo de degradar alimentos para fornecer área de superfície para ação dos sucos digestivos e Misturar com a saliva de modo adequado para garantir lubrificação do bolo alimentar para sua passagem ininterrupta através do esôfago. Varia em Tempo, Espécie e Natureza do alimento.
Obs.: Nos animais domésticos, os dentes incisivos são usados para obtenção ou remoção dos alimentos e os molares para triturá-los, transformando-o em partículas menores.
Deglutição = Passagem do alimento da boca, através da faringe e do esôfago, até o estômago. Inicia-se de maneira voluntária, terminando de maneira reflexa.
Obs.: A língua conduz o bolo alimentar até a entrada da faringe onde os pontos de deglutição determinam o reflexo deglutitório; a deglutição só ocorre qndo existe algo sólido ou líquido para desencadear o reflexo
Secreções do Sistema digestivos 
•Saliva = com a função Antibacteriana: anti-corpos e lisosima 
•Digestiva = Animais onívoros: amilase salivar e Animais jovens: lipase lingual 
À medida q o alimento é mastigado, mistura-se com as secreções salivares q permitem moldá-lo num bolo bem lubrificado o qual facilita a deglutição.
Estômago
Mucosa aglandular (ratos e equinos)
Mucosa glandular: Mucosa cárdica (Glândulas secretam muco alcalino), Mucosa parietal (Células parietais => produção de HCl/Células mucosas do colo => secretam muco/Células principais => pepsinogênio => precursor da pepsina) e Mucosa pilórica (Células G => secretam gastrina)
Renina e Lipase gástrica 
Pâncreas = pâncreas exócrino (libera secreções no lúmen intestinal) – Secreção de HCO3 visando retificar o pH ácido do conteúdo gástrico q flui para o duodeno ; Secreção de enzimas para digestão luminal de cho’s, prts e lipídeos:
•Tripsinogênio 🡪 tripsina 
•Lipase pancreática 
•Amilase pancreática 
Fígado = Secreção da bile que é armazenada na vesícula bile com um papel importante na digestão de gorduras.
Funções = emulsificação das gorduras, absorção dos lipídios (micelas formadas por sais biliares, ácidos graxos e monoglicerídeos), neutralização do pH do quimo e ativação da lipase pancreática.
Intestino Delgado = Secreção intestinal resulta da ação estimulante exercida pelas substâncias alimentares: Aminopetidadeses, Tripeptidases, Maltase, Sacarase lipase.
A mucosa do Intestino Delgado = Pregas circulares = Aumentam a área superficial do ID e as Vilosidades (projeções epiteliais digitiformes que recobrem a superfície da mucosa) que aumentam de 10-15 x. E Borda em escova que é composta por microvilosidades microscópicas q aumentam ainda mais a área superficial 
0bs.: A mucosa do Intestino Delgado Enterócitos: células epiteliais que recobrem as vilosidades e criptas
Intestino Grosso = presença de micros; produtos da fermentação absorvidos constituem importante fonte de energia para o animal: Ruminantes: rúmen/retículo => câmara de fermentação e Não ruminantes herbívoros: ceco e cólon.
Agua 
Principal Componente: é o nutriente mais abundante do organismo e varia de acordo com o peso, idade e estado fisiológico – 60 a 75% do organismo de mamíferos adultos.
Ex.: 70-75% em adultos / 70% bezerro / 50% Vaca em lactação.
É o “nutriente + barato (baixo custo) no entanto é fisiologicamente indispensável.
Obs.: Um animal adulto pode perder quase toda sua gordura, metade da proteína do corpo, mas não pode perder 1/10 da água, senão morre. É um nutriente indispensável à vida!
Funções:
1) Transporte e Absorção de nutrientes
2) Excreção de metabólitos
3) Digestão de alimentos
4) Sucos digestivos –saliva, suco gástrico, bilis, sucos pancreático e entérico.
5) Regulador da temperatura corporal
6) Líquido sinovial (articulações)
7) Humor aquoso – visão, audição, fluido espinhal.
8) Manutenção da pressão osmótica = ingestão ou eliminação de água e eletrólitos 
9) Equilíbrio ácido-básico = o processo oxidativo que ocorre no metabolismo orgânico resulta na produção de resíduos como CO2, ácido lático... que acidificamos líquidos Extracelulares, e é através de mecanismos especiais ocorre a eliminação dos resíduos de forma a manter a homeostase orgânica
10) Facilita reações enzimáticas que ocorrem no metabolismo intermediário, onde a maioria delas são simples subtração e adição de água
Fontes de HO: 
1.Agua Livre = agua de bebida (não está quimicamente ligada ao alimento) sendo a principal fonte e deve ser limpa e livre de contaminações.
2. Agua Presa ou Coloidal = a que está quimicamente ligada aoalimento, ou seja, retida nos alimentos.
3. Agua Metabólica = Formada durante o processo de oxidação dos H2 contidas nas proteínas, carboidratos e gorduras a nível de metabolismo orgânico.
Obs.: alimentação com Feno e capim seco o animal consome +agua e com a cana-de-açucar e cilagem o animal consome menos agua.
FATORES QUE AFETAM A INGESTÃO DE ÁGUA
Temperatura da água = Aumento da T ambiente 🡪 ↑o consumo água;
· ↑ T ambiente 🡪 ↑transpiração ou respiração e necessidades de água
· ↓ T ambiente 🡪 ↑catabolismo de proteina 🡪 ↑necessidades de água
Umidade relativa: determina zona de temperatura de conforto
· ↑T e U 🡪 dificultam troca de calor animal-ambiente 🡪 estresse calórico 🡪 ↑consumo
· ↓U 🡪 > transpiração 🡪 > consumo para repor perdas.
Função fisiológica = Animais em lactação > gestação > crescimento
Espécie animal = Aves < mamíferos 🡪 tipo de excreção do N.
Idade do animal = Aumenta com a idade e decrescem em relação ao PV.
Composição da dieta = Proteína, Minerais, Feno
Doença = Tipo de bebedouro e altura e Qualidade da água.
ABSORÇÃO = Água se move por osmose e a Mucosa intestinal é livremente permeável à água 🡪 se move em qualquer direção determinada pelas modificações na pressão osmótica. 
METABOLISMO DA ÁGUA = Regulação: Sede e Hormonal (ADH/vasopressina)
Restrição de água = Aumento da pulsação, Elevação da temperatura retal, Entorpecimento e formigamento dos dedos dos pés. Aumento da frequência respiratória, Aumento da viscosidade do volume do sangue e Efeitos práticos como a Redução no consumo de alimentos e metabolismo e Redução de 50% no consumo ad libitum causa:
PERDAS DE ÁGUA
Fezes 🡪 varia com a espécie = 150 –200 mL/dia
Ex.: Bovinos até 80% das fezes
Obs.: Diarréia
Urina 🡪 varia com a espécie = 1000 –1500 mL/dia
Pulmões 🡪 o ar expelido é saturado = 300 –700 mL/dia
Pele 🡪 glândulas sudoríparas = 100 –500 mL/dia
Produtos animais 🡪 leite, ovos, carne, ...
CONSUMO DE ÁGUA
SEDE = desejo consciente de beber. Assegurar que a água seja reposta prontamente, quando ocorre uma deficiência.
ATO DE BEBER: ocorre por outras razões que não a sede – tais como hábitos sociais e associação com as refeições.
Carboidratos
ESTUDO DOS CARBOIDRAVOS E SEU METABOLISMO
Introdução - ENERGIA
A energia é o segundo componente mais importante da dieta. Sendo as principais formas de energia:
–Plantas = carboidratos (amido)
–Animais = lipídios e carboidratos (glicogênio)
Fontes de energia: Carboidratos, Lipídios, Ptns
Carboidratos
Principal fonte de energia para os seres vivos. Consegue carboidratos na natureza através da fotossíntese;
São Hidratos de Carbono, glicídeos ou OSES. Polihidroxialdeídos ou cetonas que contém em sua estrutura de C, H e O (1:2:1), ou seja, são os nutrientes que fornecem energia e calor ao organismo, formados por carbono, hidrogênio, e oxigênio.
Produto final da digestão = açúcares simples que são metabolizados organicamente produzindo água, CO2 e energia.
Obs.: Produto final 🡪 Glicose (açucares)
Funções dos Carboidratos:
· Fonte de E
· Cadeias de C para formação de aa não essenciais
· Síntese de outros compostos orgânicos (ác. Glicuronico, DNA, RNA, etc)
Funções da Fibra
Funcionamento correto do trato gastrointestinal
Solvente dietético – reduza densidade E total da dieta
Estimula o peristaltismo
Aumenta o volume do conteúdo fecal
Reduz o trânsito gastrointestinal - para aumentar a absorção dos nutrientes pois ficam mais tempo retido.
CLASSIFICAÇÃO DOS CARBOIDRATOS
Carboidratos Estruturais = Parede celular, fornecem suporte físico para crescimento das plantas (fibras insolúveis em água).
🡪 Parede Celular Composta por pectina, celulose, hemicelulose, lignina, complexos fenólicos e proteínas
Carboidratos Não Estruturais = Conteúdo celular encontrados nas sementes, folhas, hastes(ácidos orgânicos, açúcares, amido, gomas, mucilagens) 🡪 fibras solúveis em água.
(CH2O)n, n > 3:
Monossacarídeos = Açúcares simples classificados de acordo com o nº Carbonos.
· Triose = participa da glicólise;
· Pentose = DNA, RNA, ATP, NAD, Hemicelulose, Ciclo das pentoses
· Hexose = glicose (principal), frutose (fruas e forragens verdes), galactose (leie e forragens) e manose (ovo e soro sanguíneo).
Dissacarídeos = 2 monossacarídeos ligados por ligações glicosídicas 🡪lactose, sacarose, maltose.
Polissacarídeos = + de 12 unidades de monossacarídeos (+complexos) com Alto peso molecular, Insolúveis em água e é a Maior fração energética das plantas 🡪 amido, glicogênio, dextrinas, fibras (celulose, hemicelulose, pectina, mucilagem e cola vegetal).
Obs.: *Solúveis e insolúveis em água/ *Digerido e não digerido por enzimas animais
Amido – reserva natural das plantas => 70% nas sementes que contém 2 polímeros de glicose (amiloseeamilopectina).
Glicogênio – reserva animal (menos de 1% do corpo). Abundante no fígado e músculo esquelético.
Celulose - não é aproveitada pelos animais. É quebrada por microorganismo e a quebra desse componente faz com que o conteúdo celular seja liberado.
Obs.: apenas microorganismos degradam celulose por ação da enzima CELULASE.
Hemicelulose - principal componente da parede celular. É um heteropolissacarídeo (constituído de glicose, xilose, manose, arabinose). Xilose e glicose são os componentes predominantes.
Pectina – importante na estrutura celular (presente na lamela média)
Lignina (nãoéCHO!!) – componente da parede celular que apresenta função estrutural (presente nas partes lenhosas dos vegetais, sabugos, cascas...). Aumenta a concentração com a idade da planta diminuindo a digestibilidade da celulose e hemicelulose.
Digestão e Absorção dos Carboidratos
Os carboidratos para serem absorvidos, precisam ser digeridos e degradados em monossacarídios, por enzimas digestivas específicas
BOCA - Amilasesalivar (α-amilase) - presente na saliva de animais onívoro, ausente em carnívoros e ruminantes Pouca digestão dos CHO´S.
INTESTINO DELGADO
Duas classes de enzimas digestivas: 
FASE LUMINAL 🡪 enzimas que agem no lúmen do TGI – originárias das principais glândulas do TGI (salivar, gástrica e pancreática) 🡪 hidrólise incompleta = polímeros de cadeia curta.
FASE DE MEMBRANA 🡪 enzimas que agem na superfície da membrana do epitélio intestinal 🡪 hidrólise é completa = monômeros.
A digestão dos carboidratos na fase luminal só se aplica ao amido, pq os açúcares são todos digeridos na fase membranosa.
Fase Luminal: digestão do amido ou glicogênio, com a hidrólise enzimática das ligações α1-4.
Fase membranosa: digestão dos di e trissacarídios, com a quebradas ligações α1-4. E digestão dos oligossacarídios (dextrina) com a quebra das ligações α1-4 e α1-6. As enzimas de membrana estão localizadas nas microvilosidades dos enterócitos (borda em escova).
Absorção
A absorção de monossacarídeos do lúmen para a célula intestinal é efetuada por dois mecanismos:
Transporte Passivo (difusão facilitada) – o movimento da glicose está “a favor” do gradiente de concentração. A difusão facilitada é mediada por um sistema de transporte de monossacarídeos. O mecanismo tem alta especificidade para frutose.
Transporte ativo – a glicose é catada do lúmen para a célula epitelial do intestino por um co−transportador Na+ − monossacarídeo. É um processo ativo indireto cujo mecanismo envolve a enzima ATPase (bombade(Na+−K+), quer e move oNa+ da célula, em troca de K+,com a hidrólise de ATP.O mecanismo tem alta especificida de por glicose e galactose.
Após digestão, em NÃO ruminantes:
Glicose, galactose e frutose – usadas como:
· Fonte imediata de energia,
· Precursoresdelipídios,
· Armazenadas como glicogênio,
· Usadas no ciclo das pentoses (p/produção de ribose e NADPH)
· Síntese de vitamina C (glicose e galactose).
Utilização de CHO´s por NÃO ruminantes
Pintinhos – saco vitelínico rico em água, lipídeo e proteína – baixa reserva energética.
Suínos – leitões somente lactase nas primeiras semanas vida
Potros – Enzima lactase até 2-3 anos de idade. Cavalos adultos lactose acima de 2g/kgPVdia –fezes aquosas
Cães e gatos – carnívoros –dieta com pouco carboidratos - 20-35%, exceto gestação –reserva energética,CHO´s cru-mal digeridos.
FOS (Fruto ligossacarídeos) e MOS (Mananoligossacarídeos).
COMO O RUMINANTE OBTÉM ENERGIA DO ALIMENTO? 
Respiração:
🡪 Processo contrário da fotossíntese;
🡪 Energia dos nutrientes é liberada quando eles são “metabolizados” na presença do O2, produzindo CO2 e água.
Fermentação:
🡪 Bactérias ruminais:
🡪 Ausência de O2
🡪 Carboidratos são “quebrados” em açúcares simples (glicose), e esses em metano, CO2, água e ácidos graxos voláteis (AGV).
Obs.: nos RUMINANTES, boa parte dos CHO’s sofre fermentação microbiana no rúmen (ação das enzimas celulase, celobiase, amilase, sacarase, etc):
Digestão de cho’s no Intestino Grosso
Ação de enzimas microbianas
Obs.: Não ocorre digestão enzimática no IG dos mamíferos
Cho’s fibrosos ou não fibrosos 🡪 Hexoses 🡪 AGV + gases
METABOLISMO DOS CARBOIDRATOS
Conjunto de reações catabólicas e anabólicas que permitem o funcionamento normal das células e consequentemente da vida do animal.
O metabolismo é dividido em:
Catabolismo: Reações de degradação de moléculas complexas em produtos mais simples que levam à produção de energia.
Anabolismo: Reações de síntese a partir de moléculas precursoras simples e pequenas, processo que requer energia.
Todos os animais necessitam de glicose:
–Síntese endógena
- Fontes dietéticas de glicose = CHO´s, lipídios e proteínas
Aa glicogênicos: Cães = alanina, glicina e serina e Gatos = serina;
Obs.: Alimentos secos = 30-60%CHO´s e Alimentos enlatados = 0-30%CHO´s
O metabolismo dos carboidratos é essencial mente voltado para a produção de energia. 
GLICÓLISE: Glicose 🡪 (2) Piruvato/2 ATP 
GLICOGENÓLISE: Glicogênio 🡪 Glicose
FERMENTAÇÕES ANAERÓBICAS:
1. Fermentação Latica: piruvato 🡪 lactato = produz 2 ATPs.
2. Fermentação Alcoolica: piruvato 🡪 etanol = produz 2 ATPs.
CICLO DO ÁCIDO CÍTRICO (ciclo de Krebs): Glicose 🡪 CO2+ H2O = produz 38 ATPs.
CICLO DAS PENTOSES FOSFATO: produz ribose para síntese de ácidos nucléicos.
Glicólise
A glicólise é a via central do catabolismo da glicose em uma sequência de dez reações enzimáticas que ocorrem no citossol de todas as células animais. 
= degradação oxidativa da glicose até piruvato
1 Glicose + 2NAD+ + 2ADP + 2Pi 🡪 2NADH + 2PIRUVATO + 2ATP + 2H2O
Glicogênese
É a SINTESE intracelular de GLICOGÊNIO a partir de moléculas de glicose.
A glicose é armazenada na forma de glicogênio no músculo e no fígado.
Glicogenólise
DEGRADAÇÃO do GLICOGENÊNIO a partir das extremidades com a liberação de unidades de glicose em resposta a necessidade de recuperação dos níveis séricos de glicose.
Gliconeogênese
Formação de novas moléculas de glicose a partir de precursores não carboidratos;
O corre no fígado (90%)e rins (10%)
O corre em casos de jejum prolongado ou exercício vigoroso;
Obs.: Cérebro, hemácias, medula renal, cristalino e córnea ocular necessitam de suprimento contínuo de glicose, como fonte energia.
Considerando o PIRUVATO como PONTO INICIAL, as reações podem ser comparadas com as da via glicolítica, mas no sentido inverso.
Precursores da Gliconeogênese
1) Lactato-liberado no sangue pelas cél. que não possuem mitocôndrias, como hemácias e músculo esquelético em exercício-ciclo de Cori;
O lactato formado no músculo ativo é convertido em glicose no fígado, quando a demanda no músculo é maior do que a glicose circulante.
2) Glicerol-liberado durante a hidrólise de triacilgliceróis no tecido adiposo;
3) Alfa-cetoácidos(piruvato, oxaloacetato e alfa-cetoglutarato)-derivados do metabolismo de aminoácidos;
Jejum prolongado ou inanição a alanina e outros aminoácidos são liberados a partir de proteínas presentes nos músculos esqueléticos.
A alanina é transportada para o fígado, onde sofre transaminação para gerar piruvato. O piruvato por meio da gliconeogênese forma glicose que pode retornar aos músculos ou ser degrada pela via glicolítica.
Obs.: Transaminações – o grupamento amino de um AA é transferido para o α-cetoglutarato para formar o glutamato (Ác.glutâmico) 
4) Compostos cetogênicos - acetilCoA e compostos derivados como acetoacetato
Obs.: RUMINANTES = propionato, proteína, glicerol e lactato
Aminoácidos glicogênicos:
Quando faltam carboidratos na alimentação,os AAs glicogênicos fazem transaminações e são transformados em ácido glutâmico.
Ciclo das Pentoses-Fosfato
Uma rota alternativa da via glicolítica,mais rápida para oxidação da glicose, não requer e não produz ATP.
Tem como produtos:
NADPH – a gente redutor em pregado para os processos anabólicos (biossíntese de ácidos graxos e colesterol, durante a lipogênese)
Ribose−5−fosfato – componente estrutural de nucleotídeos e de ácidos nucléicos.
Classificação dos animais 
Em relação a obtenção e utilização de glicose:
1. Obtém glicose da digestão enzimática e absorção dos CHO´s da dieta. Outros monossacarídeos 🡪 glicose no fígado
EX.: Suínos, aves domésticas, equinos e ruminantes jovens.
2. Obtém glicose de produtos derivados da fermentação microbiana nas câmaras de fermentação pré-gástricas e/ou intestino.
Ex.: Ruminantes e herbívoros, suínos com acesso a forragem.
3. Obtém glicose da gliconeogênese a partir de aminoácidos absorvidos no intestino
EX.: Animais carnívoros = cães e gatos
ESTADO ABSORTIVO = Ocorrea té 4h após a alimentação. Ocorre grande absorção de nutrientes(glicose), armazena glicose como glicogênio e relação insulina/glucagon = 1,25
ESTADO PÓS – ABSORTIVO = período de 4h a 12h após a alimentação. Ocorre a Utilização do glicogênio hepático e a Relação insulina/glucagon = 0,16.
JEJUM = começa12h após a alimentação. Ocorre a Gliconeogênese a partir de AA e utilização de AG como fonte de E. Rins? Jejuns prolongados = produção de corpos cetônicos no fígado (fonte de E para o músculo).
Considerações:
• Em nutrição a energia é sempre a 1ª demanda a ser satisfeita com a dieta.
• Ambiente e criação dos animais domésticos Alimentação em porções é o método mais adequado para controlar o equilíbrio energético.
• Dieta balanceada para suprir as demandas de todos nutrientes.
Obs.: Acidose Ruminal = Dietas ricas em carboidratos 🡪 ↑carboidratos não estrutural (açúcar, amido) 🡪 fermentação pelo microorganismo do rumen 🡪 produção de AGV, H2, CO2, metano e lactato 🡪 QuedapH (<5,0), redução microorg. Celulolíticos, aumento microorg. Amilolíticos e aumento produção Lactato-acidez.

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