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APOSTILA DO PROF COPPI

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Administração de Suprimentos e Logística / Gestão de Materiais - Profs. Coppi e Tacinari
Administração Geral, Tecnologias em Gestão Comercial e de Logística Empresarial e Administração de Marketing 
ADMINISTRAÇÃO DE SUPRIMENTOS E LOGÍSTICA
OBJETIVOS:
Apresentar a “Administração de Suprimentos e Logística”, como processo de negócio responsável por prover, movimentar e manter todos os materiais utilizados pela empresa, buscando otimização de custos e níveis de serviços ao cliente de forma aceitável.
Conceito, funções, organização e estrutura
“Atividade que planeja, executa e controla, nas condições mais eficazes e econômicas, o fluxo de material, partindo das especificações dos artigos a comprar até a entrega do produto acabado ao cliente”.
Breve histórico
( Século XVII
( Foi criado no exército Francês o cargo de Marechal dês logis – responsável pelo suprimento e transporte do material bélico – resultou no termo “logística”
( Século XVIII (Revolução industrial)
As empresas eram organizadas em 3 atividades básicas:
( Suprimento de capital, pessoal e material;
( Produção ou conservação;
( Venda e distribuição.
Administração de Suprimentos e Logística estabelece objetivo financeiro e administrativo
Eliminar itens sem movimentação;
Reduzir ao máximo, itens de estoque sem afetar a produção e a vendas;
Reduzir ao máximo as perdas de materiais;
Atender aos pedidos de imediato;
Eliminar ao máximo os custos de embalagens pela utilização de novos sistemas de movimentação;
Orçamento da empresa;
Desenvolvimento e projeto do produto;
Planejamento de vendas;
Levantamento e controle da produção;
Logística de abastecimento e da manufatura.
Recursos Materiais
( São os itens ou componentes que uma empresa utiliza nas suas operações do dia a dia, na elaboração do seu produto final ou na consecução dos seus objetivos.
Estoques
( Estoques da empresa: materiais auxiliares, matéria-prima, produtos em processos, produtos acabados e materiais de apoio.
PREVISÃO DA DEMANDA
O ponto de partida para uma previsão do estoque é a definição das quantidades necessárias de matéria-prima para atender à produção. Desta forma é de vital importância o conhecimento da “demanda do produto acabado”.
Prevendo-se a demanda de produto acabado temos o parâmetro para dimensionar a produção de um determinado produto.
Assim, dimensionamos a necessidade de matéria-prima para atender a esta produção. Nenhum administrador tem “bola de cristal” para prever; ele utiliza métodos probabilísticos para o cálculo da demanda.
Assim sendo, pode-se estimar o custo de se ter na empresa um determinado nível de estoque ou retardar o atendimento ao cliente, assim maximizando o lucro.
As técnicas de previsão
( Projeção – são aquelas que admitem que o futuro será a repetição do passado ou as vendas evoluirão no tempo.
( Explicação – procura-se explicar as vendas do passado mediante leis que relacionam as mesmas com outras variáveis cuja evolução é conhecida ou previsível.
( Predileção – Funcionários experientes e conhecedores de fatores influentes nas vendas e no mercado estabelecem a evolução das vendas futuras
Técnicas:
a) Método do último período - MUP: Este modelo mais simples e sem base matemática consiste em utilizar como previsão para o período seguinte o valor ocorrido no período anterior.
Ex: A tabela mostra a demanda, em unidade, da peça referência “XYZ” no primeiro semestre de 2006.
	PERIODO
	Janeiro
	fevereiro
	março
	abril
	maio
	junho
	DEMANDA
	2.250
	2.300
	2.350
	2.350
	2.200
	2.500
Para efetuarmos a previsão de demanda pelo método do último período, simplesmente buscamos qual a quantidade vendida no mês de junho. 
Logo entendemos que para a previsão de demanda para o mês de julho será igual ao do último período, ou seja, igual a do mês de junho.
	PERIODO
	Janeiro
	Fevereiro
	Março
	Abril
	Maio
	Junho
	Julho
	DEMANDA
	2.250
	2.300
	2.350
	2.350
	2.200
	2.500
	2500 
b) Método da média móvel aritmética- MMA: Neste método, a previsão para o próximo período é obtida calculando-se a média dos valores de consumo nos “n” períodos anteriores.
A previsão gerada por esse modelo é geralmente menor que os valores ocorridos se a tendência for de consumo crescente
Fórmula: CM = C1 + C2 + C3 + .............+ Cn / N
CM = Consumo médio
C = Consumo nos períodos anteriores
N = Número de períodos
Ex. Para encontrarmos a previsão de demanda para o período de julho com N=3: N=4 ou N=5 teremos a seguinte demonstração:
N = 3
	Período
	abril
	maio
	junho
	Demanda
	2.350
	2.200
	2.500
 
 
(2.350 + 2.200 + 2.500 / 3) = 2.350 unidades. Previsão p/ julho.
N = 4
	Período
	março
	abril
	maio
	junho
	Demanda
	2.350
	2.350
	2.200
	2.500
(2.350 + 2.350 + 2.200 + 2.500 / 4) = 2.350 unidades. Previsão p/ julho.
N = 5
	Período
	fevereiro
	março
	abril
	maio
	junho
	Demanda
	2.300
	2.350
	2.350
	2.200
	2.500
(2.300+ 2.350 + 2.350 + 2.200 + 2.500/ 5) = 2.340 unidades. Previsão p/julho.
c) Método da média móvel ponderada - MMP: Este método é uma variação do modelo anterior em que os valores dos períodos mais próximos recebem peso maior que os valores correspondentes aos períodos mais antigos.
Fórmula:- Ppp = (C1 x p1) + (C2 x p2) + (C3 x p3).....+ (Cn x pn)
Ppp = Consumo médio
C = Consumo nos períodos anteriores.
P = pesos.
Veja a seguir um exercício resolvido com os mesmos princípios que você deverá utilizar.
	Mês
	Demanda
	Ponderação (%)
	Resolução
	janeiro
	2.250
	5
	112,50
	fevereiro
	2.300
	7
	161,00
	março
	2.350
	8
	188,00
	abril
	2.350
	15
	352,50
	maio
	2.200
	25
	550,00
	junho
	2.500
	40
	1000,00
	julho
	2.364
	100,0
	2364
(2.250 x 0,05)+ 2.300 x 0.07)+(2.350 x 0.08)+(2.350 x 0.15)+(2.200 x 0.25) + (2.500 x 0.40). =
= 112,50 + 161 + 188 + 352,50 + 550 + 1000 = 2.364 unidades.
d) Método da média móvel com suavização exponencial - MMSE: Esse método elimina muitas desvantagens dos métodos da média móvel e da média móvel ponderada. Alem de valorizar os dados mais recentes, apresenta menor manuseio de informações passadas. Apenas três fatores são necessários para gerar a previsão do próximo período:
( A previsão do último período;
( O consumo ocorrido de fato no último período; e
( Uma constante que determina o valor ou ponderação dada aos valores mais recentes.
Fórmula: Ppp = [(Ca x α) + (1 - α) x Pa]
Ppp = Consumo médio.
Ca = Consumo do último período.
α = valor da constante.
Pa = Previsão do mês anterior.
Ex: Determinar a previsão de demanda para o mês de julho, pelo método (MMSE) Método da média móvel com suavização exponencial é (α = 0,20) e tinha sido previsto uma demanda para o mês de junho de 2.550
Ppp = [(2.500 x 0,20) + (1-0,20) x 2.550]
Ppp = 500 + 0,80 x 2.550
Ppp = 500 + 2.040
Ppp = 2.540 unidades.
e) Método dos mínimos quadrados - MMMQ: Este método é usado para determinar a melhor linha de ajuste que passa mais perto de todos os dados coletados, ou seja é a linha de melhor ajuste que minimiza as distâncias entre cada ponto de consumo levantado.
Fórmulas; ∑y = n x a +b∑x
 ∑xy = a∑x + b∑x2 Y(p) = a + b.x
 
Ou, derivando-se as equações originais (integrais), teremos:
B= (∑y. ∑x) - (n . ∑ xy)
 _______________
 (∑ x)² - (n . ∑ x²)
A= ∑x.y – b . ∑x² Y(p) = a + b.x
 ∑x
Ou, ainda podemos utilizar as seguintes equações (derivadas), como seguem:
a = Σx²Σy - ΣxΣxy__
 nΣx² - (Σx)²
b = nΣxy - ΣxΣy__
 nΣx² - (Σx)²
Yp = a + b.x
	PERÍODO
	Y
	X
	X2 
	X.Y
	janeiro
	2.250fevereiro
	2.300
	 
	 
	 
	março
	2.350
	 
	 
	 
	abril
	2.350
	 
	 
	 
	maio
	2.200
	 
	 
	 
	junho
	2.500
	 
	 
	 
∑ 13.950
ATIVIDADES: (Exercícios)
1ª) Considere as informações abaixo:
	Mês
	Demanda
	Ponderação (%)
	Jun 
	143.530 
	5
	Jul 
	156.780
	7
	Ago 
	174.610 
	8
	Set 
	126.120 
	15
	Out 
	146.980 
	25
	Nov 
	151.740
	40
Com base nos dados apresentados, calcule a previsão pelo Método da Média Aritmética (MMA) com n=3, pelo Método da Média Ponderada (MMP), pelo Método da Média dos Mínimos Quadrados (MMMQ), pelo Método do Último Período (MUP) e pelo Método da Média com Suavização Exponencial (MMSE). A constante de suavização exponencial é = 0,26 e tinha sido prevista uma demanda para o mês de novembro de 163.210 unidades. Obs. Todas as previsões deverão ser para o período de “Dezembro”
2º) Desenvolva a previsão de demanda para a planilha como segue:
	Meses
	Y
	X
	X2
	X.Y
	Mai
	1.640
	
	
	
	Jun
	1.350
	
	
	
	Jul
	1.980
	
	
	
	Ago
	1.840
	
	
	
	Set
	1.770
	
	
	
	
	
	
	
	
Obs- Encontrar a previsão para os meses de:outubro,novembro e dezembro
3º) 1) Considere as informações abaixo:
	Mês
	Demanda
	Ponderação (%)
	Jun 
	143.530
	5
	Jul 
	156.780
	7
	Ago 
	174.610
	8
	Set 
	126.120
	15
	Out 
	146.980
	25
	Nov 
	151.740
	40
Com base nos dados apresentados, calcule a previsão pelo Método da Média Aritmética (MMA) com n=3.
Calcule a previsão, pelo método da média ponderada, para o mês de “dezembro”
Calcule a previsão, pelo método da média ponderada, para o mês de “janeiro”.
Respostas:-
Atividade 1)
Média aritmética com N=3 = 141.613 unidades.
Média Ponderada = 148.479 unidades.
Método do ultimo período = 151.740 unidades.
Método dos mínimos quadrados = Previsão p/ dezembro. = 146.276
unidades.
Método suavização = 160.228 unidades.
RETORNO DO CAPITAL INVESTIDO
O retorno do capital investido é um indicador importantíssimo na avaliação do desempenho da empresa.
Os olhos da Presidência da empresa, da alta administração, dos acionistas estão para ele voltados.
Essa avaliação é baseada no lucro da empresa em relação ao capital investido em estoques.
O retorno de capital mede o desempenho da administração no negócio. É um coeficiente que normalmente é maior que a unidade (1).
Seu valor depende do ramo de atividade da empresa, porém, é certo que, quanto maior for esse número, melhor será o resultado da gerência da empresa.
Em se tratando de estoque devemos comparar o lucro obtido no negócio com o capital investido nos estoques com a finalidade de gerar esse lucro. Ele representa o quanto cada unidade monetária investida no capital da empresa tem de retorno em unidades monetárias para a lucratividade da empresa.
Em suma, quanto cada R$ 1,00 investido em capital de estoques temos de retorno em R$ no lucro da empresa em vendas.
Segundo Pozo, “O coeficiente ideal para Retorno de Capital em materiais está ao redor de 15 a 25”. Isso significa que para cada R$1,00 investido em capital nos estoques, a empresa tem de R$15,00 a R$25,00 de retorno – (lucratividade) para a empresa. 
Essa variação de 15 a 25 depende da Política Estratégica adotada pela empresa.
RC = L / C
Onde:
RC = retorno de capital
L = lucro das vendas
C = capital investido em estoques 
Exemplo:
A empresa Roberta Ltda. teve suas vendas anuais no valor de R$890.000,00 tendo um lucro anual de R$134.000,00. O investimento em estoques foi de R$15.000,00 no período considerado.
Pergunta-se, qual é o retorno de capital em estoque? 
Solução:
Aplicação direta da fórmula = RC = L / C
RC = 134.000,00 / 15.000,00
RC = 8,93
Nota: Para cada R$1,00 investido em estoques, retorna R$ 8,93 em vendas.
GIRO DE ESTOQUES ( G )
Também conhecido por Índice de Rotatividade (IR) é a relação entre o consumo de determinado período sobre o estoque médio do item nesse mesmo período.
Representa o número de vezes que o estoque gira no período de análise em relação ao consumo médio do item, ou seja, representa o quanto o estoque “encheu” e “esvaziou” no período em análise.
Esse período pode ser diário, semanal, mensal ou anual.
O Giro de estoque, por estar referenciado no tempo, representa a velocidade com que a mercadoria em estoque se transforma em vendas efetivas no período de observação.
Quanto maior for o giro de estoque, maior a velocidade e tanto menor será o capital investido no estoque em função do seu consumo médio.
GIRO ALTO >> ESTOQUE PEQUENO
O capital investido varia ao longo do tempo, motivo pelo qual, consideramos valores médios para o cálculo. 
O importante é que o valor a ser considerado deve representar o investimento para suprir as vendas no período considerado.
G = custo das vendas anuais ($) (CV) / valor do estoque ($) (VE)
G = número de peças vendidas (QV) / peças em estoque (QE)
Exemplo:
A empresa Alfa Ltda. teve suas vendas anuais no valor de R$890.000,00 cujo lucro anual obtido foi de R$134.000,00. O investimento em estoques foi de R$15.000,00 no período considerado.
Considerando que essa empresa teve um custo anual de vendas de R$620.000,00 pergunta-se qual foi o giro de estoque?
Solução:
G = CV (custo de vendas) / VE (valor do estoque)
G = R$620.000,00 / R$15.000,00
G = 41,33 - Significa que o estoque girou 41,33 vezes no ano/período considerado.
Exercício:
Uma empresa tem vendas anuais do seu produto LEM-45 em 6.890 unidades (QV) e o estoque médio dessa peça no período foi de 2.500 (QE). Pergunta-se qual a rotatividade do estoque?
Solução:
G = QV / QE
G = 6.890 unid. / 2.500 unid.
G = 2,76
O estoque girou 2,76 vezes no período considerado (no caso atual).
TEMPO DE DURAÇÃO DO ESTOQUE (T)
Conhecendo-se o Giro do Estoque ou índice de Rotatividade do Estoque podemos determinar quanto tempo esse estoque suportará a demanda – considerando-se uma demanda constante e igual a do período anterior.
O estoque é consumido em dias, semanas, meses ou anos.
Um ano tem 12 meses, 52 semanas, 365 dias, 240 dias úteis...
O giro do exemplo anterior foi de 2,76 vezes por ano, então:
Tempo de duração em meses será:
T (m) = 12 / 2,76 = 4,34 – que corresponde aproximadamente a 4 meses e 10 dias.
1 mês = 30d
0,34m = x
Logo, 0,34m * 30d = 10 dias
T (d) = 365 / 2,76 = 132,25 = que corresponde aproximadamente a 130 dias e 6 horas
1 dia = 24h
0,25d = x
Logo 0,25d * 24h = 6 horas
T (dias úteis) = 240 / 2,76 = 86,96 = 86 dias e 23 horas.
1 dia = 24 h
0,96d = x
Logo 0,96d * 24h = 23 horas
NOTA:
Estoque mensal médio = média de valores em determinado mês;
Estoque médio mensal = média de valores entre vários meses.
As frações de tempo devem ser calculadas através de uma regra de três, considerando-se que:
1 mês corresponde a 30 dias; 1 dia corresponde a 24 horas, 
1 hora corresponde a 60 minutos e assim sucessivamente.
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
1 – A Empresa Laticínios Brasileiros Ltda. tem um custo anual de mercadorias vendidas no valor de R$350.000,00 e o estoque médio anual é de R$100.000,00. Quantas vezes o estoque da empresa gira por ano?
A – 0,286
B – 0,350
C) – 0,714
D) – 2,500
E) – 3,500
Solução:
G = CV / VE
CV = 350.000,00
VE = 100.000,00
350.000,00 / 100.000,00 = 3,500
2 – A Empresa Alfa Ltda. teve ótimas vendas, cujo custo anual foi de R$ 680.000,00, lucro no período de R$55.000,00 tendo um capital investido em estoques de R$270.000,00. Pergunta-se: Qual foi a rotatividade dos estoques e o que esse número representa?
Solução:
G = CV / VE
CV = 680.000,00
VE = 270.000,00
680.000,00 / 270.000,00 = 2,52
Esse número representa que o estoque girou 2,52 vezes no períodoconsiderado.
3 – A Empresa Alfa Ltda. tem suas vendas anuais no valor de R$1.300.000,00 sendo o seu custo anual das vendas na ordem de R$730.000,00 e seu lucro anual de R$ 175.000,00. 
Sabendo-se que seus estoques tiveram um investimento de R$ 45.000,00 na média, pergunta-se: Qual o Retorno do Capital da Empresa? O que esse número representa?
Solução: RC = L / C
RC = 175.000,00 / 45.000,00
RC = 3,9
Significa que para cada R$1,00 investido em estoque a empresa obteve R$3,90 de lucro em vendas.
4 – No lançamento de um produto a Empresa GV Ltda. tem suas vendas do período estimadas em R$1.500.000,00 com seu respectivo custo de R$450.000,00.
Estima-se um lucro para o período de R$65.000,00, tendo sido realizado um investimento em estoques de R$140.000,00. Pergunta-se: Qual o Retorno do Capital da Empresa? Qual o Giro do Estoque? O que esses números representam como dados gerenciais?
Solução:
RC = L / C
RC = 65.000,00 / 140.000,00
RC = 0,46 Esse índice significa que para cada R$1,00 investido em estoques, a empresa obteve apenas R$0,46 de retorno em vendas.
G = CV / VE
G = 450.000,00 / 140.000,00
G = 3,21
5 – Com base nos exercícios 2 e 4, considerando-se os Giros de Estoques obtidos, qual o tempo em dias úteis e em meses para esses giros?
2) Giro de estoque = G = CV / VE
G = 680.000,00 / 270.000,00 = 2,52
T (d) = 240 / 2,52 = 95,24 que corresponde a 95 dias e 6 horas. 
1 dia = 24 h
0,24d = x
0,24d * 24h = 6h
4) Giro de estoque = G = CV / VE
G = 450.000,00 / 140.000,00 = 3,21
T (d) = 240 / 3,21 = 74,77
T (d) = 74 dia e 18 horas
1 dia = 24 horas
0,77 dias = x horas
0,77 * 24 = 18 horas
6) Pelo conceito do Giro de Estoque, ele representa quantas vezes o estoque está girando no período. Assim:
quanto menor é o giro, maior será o lucro;
quanto maior o giro menor é o capital investido em estoques;
quanto maior é o giro, maior é o capital em estoque;
o giro de estoques não é importante para a administração de materiais;
há uma relação direta entre o giro e as vendas.
AVALIAÇÃO DOS NÍVEIS DE ESTOQUES
Um dos problemas mais importantes diz respeito à determinação do nível de estoque mais econômico possível para a empresa.
Sabemos que os custos de estoques são influenciados por diversos fatores, tais como: 
- volume, disponibilidade, 
- movimentação, 
- mão de obra,
- e o próprio recurso financeiro envolvido.
Dependendo da situação, cada variável tem peso que pode ter diversas magnitudes em razão da situação específica.
Uma das técnicas utilizadas diz respeito ao enfoque da dimensão do lote econômico para manutenção de níveis de estoques satisfatórios e que denominamos de sistema máximo-mínimos.
O funcionamento do sistema máximo-mínimo é visto esquematicamente na figura a seguir, contendo a seguinte ação:
Cada produto ou material receberá cinco informes básicos:
- estoque mínimo que se deseja manter (Emin), 
- o momento em que novas quantidades da peça devem ser compradas - Ponto de Pedido (PP), 
- tempo necessário para repor a peça (TR), 
- a quantidade de peças que devem ser compradas, ou seja, o lote de compras (LC), e 
- quando este lote comprado chega à fábrica, temos o estoque máximo (Emax).
Onde:
TR = Tempo de Reposição da Peça
PP = Ponto de colocação de um Pedido de Compra
LC = Quantidade a ser comprada para repor estoque 
E.MAX = Volume máximo de peças em estoque
E.MIN = Volume mínimo de peças em estoque.
IR = Intervalo de Ressuprimento
ES = Estoque de Segurança
Nessa figura, podemos verificar que o Lote de Compra é de 300 unidades, o Ponto de Pedido de 200 unidades, o Tempo de Reposição de 3,0 unidades de tempo, o Estoque Mínimo de zero, o Estoque de Segurança é de 50 unidades e o Estoque Máximo de 350 unidades, Intervalo de Ressuprimento de 6 unidades de tempo.
TEMPO DE REPOSIÇÃO (TR)
Quando emitimos um pedido de compra, decorre um espaço de tempo que vai desde o momento de sua solicitação no almoxarifado, colocação do pedido de compra e passando pelo processo de fabricação em nosso fornecedor, até o momento que o recebemos e o lote estiver liberado para produção em nossa fábrica.
Portanto, o TR é composto de três elementos, conforme se segue:
tempo para elaborar e confirmar o pedido junto ao fornecedor;
tempo que o fornecedor leva para processar e entregarnos o pedido, e
tempo para processar a liberação do pedido em nossa fábrica.
	TR = 1 + 2 + 3
Como podemos perceber, duas variáveis do TR (1 e 3) são dependentes de ações de nossa empresa, e que poderemos reduzi-lo ao máximo possível, tendendo-o a zero.
Quanto ao item 2, variável de nosso fornecedor, é dependente de uma boa negociação que devemos manter com ele também para reduzi-lo ao menor tempo possível.
PONTO DE PEDIDO (PP)
É a quantidade de peças que temos em estoque e que garante o processo produtivo para que não sofra problemas de continuidade, enquanto aguardamos a chegada do lote de compra, durante o tempo de reposição.
Isso quer dizer que quando um determinado item de estoque atinge seu ponto de pedido, deveremos efetuar o ressuprimento de seu estoque, colocando-se um pedido de compra.
Para calcular o Ponto de Pedido utiliza-se a fórmula abaixo:
	PP = (CM x TR) + ES
PP = Ponto de Pedido
CM= Consumo Médio normal da peça
TR = Tempo de Reposição
ES = Estoque de Segurança
Para melhor compreensão do cálculo vamos realizar o seguinte exercício de fixação:
Determinada peça é consumida em média, em 2.500 unidades mensais e sabemos que seu tempo de reposição é de 45 dias.
Então, qual é o Ponto de Pedido (PP) uma vez que seu estoque de segurança é de 400 unidades?
PP = (CM x TR) + ES
CM = 2.500 unidades por mês
TR = 45 dias = 1,5 mês
ES = 400 unidades
PP = (2500 x 1,5) + 400
PP = 3.750 + 400
PP = 4.150 unidades.
LOTE DE COMPRA
É a quantidade de peças especificadas no pedido de compra, que estará sujeita à política de cada empresa.
Existem diversas fórmulas para calcular o lote de compra, sobre as quais estaremos explorando-as mais à frente, quando abordaremos o assunto “Lote Econômico de Compras - Lec”.
ESTOQUE MÁXIMO
É o resultado da soma do estoque de segurança mais o lote de compra. 
O nível máximo de estoque é normalmente determinado de forma que seu volume não ultrapasse a somatória da quantidade do estoque de segurança com o lote de compra em um valor que seja suficiente para suportar variações normais de estoque em face da dinâmica de mercado, deixando margem que assegure, a cada novo lote, que o nível máximo do estoque não cresça e onere os custos de manutenção do estoque.
	Emax = ES + LC
Ex.1 Qual é o estoque máximo de uma peça cujo lote de compras é de 1.000 unidades e o estoque de segurança é igual à metade do lote de compra?
Emax = ES + LC
Emax = (1.000 : 2) + 1.000
Emax = 500 + 1.000 = 1.500 unidades.
ESTOQUE DE SEGURANÇA (ES)
Também conhecido por estoque mínimo ou estoque de reserva, é a quantidade mínima de peças que tem que existir no estoque com a função de cobrir as possíveis variações do sistema, que podem ser: 
- atrasos no tempo de fornecimento (TR) por nosso fornecedor, 
- rejeição do lote de compras ou aumento na demanda do produto, 
- diferenças de inventário, 
- remessas por parte do fornecedor divergente do solicitado. 
Sua finalidade é não afetar o processo produtivo, e principalmente não acarretar transtornos aos clientes por falta de material e consequentemente atrasar a entrega de nosso produto ao mercado.
Pode-se determinar o estoque mínimo através de:
 
Fixação de determinada projeção mínima (projeção estimada do consumo)
Cálculos e modelos matemáticos.
METODOS:
1º) MÉTODO DO GRAU DE ATENDIMENTO (MGA)
Este modelo mais simples e fácil de utilizar,e não requer nenhum conhecimento profundo de matemática. 
Tal modelo usa um fator de risco dado em porcentagem, que é definido pelo administrador em função de sua sensibilidade de mercado e informações que colhe junto a vendas e suprimentos.
Onde:
ES = Estoque de segurança
 C = Consumo médio no período
 K = Coeficiente de grau de atendimento
Exemplo.
Uma empresa necessita definir o Estoque de Segurança de determinado produto que tem uma demanda média mensal de 600 unidades e para tanto, o gerente de logística definiu um grau de atendimento de risco de 35%. Nesse caso, qual deverá ser o estoque de segurança?
ES = C x K ou
600 x 0,35
ES = 210 unidades.
2º) MÉTODO COM VARIAÇÃO DE CONSUMO 
E / OU TEMPO DE REPOSIÇÃO (MVC)
Este modelo somente é utilizado quando as variações de demanda e / ou tempo de reposição forem maiores que os dados definidos, ou seja, quando houver atrasos na entrega do pedido e / ou aumento nas vendas.
Onde: 
ES = Estoque de Segurança
Cn = Consumo normal do produto
Cm = Consumo maior previsto do produto
Ptr = Porcentagem de atraso no tempo de reposição.
Exemplo:
Uma empresa necessita definir o Estoque de Segurança de determinado produto cuja demanda média mensal é de 600 unidades.
O gerente de logística está prevendo um aumento na demanda de 25% e recebeu informações de seu fornecedor que haverá um atraso de 10 dias na entrega do pedido, cujo prazo normalmente é de um mês. Qual será o estoque de segurança?
ES = (Cm - Cn) + Cm x Ptr
 (750 – 600) + 750 x 0,333
 150 + 250
ES = 400 unidades.
Exercício de fixação.
Se, no mesmo exemplo, ocorresse: (a) atraso na entrega do pedido; ou (b) aumento na demanda, qual seria o estoque de segurança? Consideremos o exemplo e calculemos o estoque de segurança para os dois casos separadamente.
Atraso no tempo de reposição.
ES = 600 x 0,333
ES = 200 unidades.
Aumento nas vendas
ES = ( 750 – 600) + 0
ES = 150 unidades.
3º) MÉTODO DA PORCENTAGEM DE CONSUMO 
Este método considera os consumos anteriores que são registrados em um gráfico de distribuição acumulativo da seguinte maneira: suponhamos que o consumo diário no ano anterior de determinado material tenha sido de 90, 80, 70, 65, 60, 50, 40, 30, 20 unidades e o número de dias em que ocorreu esse consumo foi de: 4, 8, 12, 28, 49, 80, 110, 44, 30 respectivamente. 
Com esses dados construiremos a tabela e poderemos ver que o consumo médio é de 46 unidades por dia. 
Um consumo de 70 unidades só ocorrerá em aproximadamente 10% das vezes. Considerando essa quantidade como consumo máximo, o estoque mínimo seria:
Se o TR for de 10 dias, o estoque de segurança para este caso será:
ES = ( 70 – 46 ) x 10
ES = (24 x 10) 
ES = 240 unidades.
NOTA:
Para utilizarmos a fórmula acima de maneira adequada, o administrador deve recorrer do uso de um fator de risco a exemplo do “Grau de Atendimento”, de modo que, utilizando o mesmo exemplo da tabela a seguir, se quisermos correr um risco compreendido entre 10 e 15%, deveremos utilizar como parâmetro de Consumo Máximo, a quantidade de 70 unidades.
“DEMONSTRAÇÃO DO CÁLCULO PARA ENCONTRAR A MÉDIA BASEADA NAS INFORMAÇÕES”.
TABELA
	1
	2
	3
	4
	5
	CONSUMO
	Nº DE DIAS
	1 X 2
	ACUMULADO
	% DA
	DIÁRIO
	QUE O CONSUMO
	PRODUTO
	
	ACUMULAÇÃO
	
	OCORREU
	
	
	
	90
	4
	360
	360
	2,12
	80
	8
	640
	1000
	5,91
	70
	12
	840
	1840
	10,87
	65
	28
	1820
	3660
	21,63
	60
	49
	2940
	6600
	39,00
	50
	80
	4000
	10600
	62,64
	40
	110
	4400
	15000
	88,85
	30
	44
	1320
	16320
	96,45
	20
	30
	600
	16920
	100,00
	 
	365
	 
	 
	 
Média = 16.920 / 365 = 46,36 arredondado = 46 unidades.
MÉTODO COM GRAU DE ATENDIMENTO DEFINIDO (MGAD)
Este modelo visa determinar um estoque de segurança baseado em um consumo médio do produto durante certo período e um atendimento da demanda não em sua totalidade, mas em determinado grau de atendimento.
Por esse método, podemos comparar em termos percentuais e financeiros as diversas alternativas de grau de atendimento, decidindo pelo que melhor atenda às políticas da empresa e o que causará menor impacto negativo para a empresa por não entregar todos os pedidos.
Para efetuarmos o cálculo do estoque de segurança, é necessário utilizarmos três etapas, que são:
1 – Calcular o Consumo Médio (Cm)
2 – Calcular o Desvio Padrão (δ)
3 – Calcular o Estoque de Segurança (ES)
1 - Fórmula do Consumo Médio: Cm = (∑ C) / n
2 – Fórmula do Desvio-padrão: δ = √ ∑ (C – Cm)²
 n - 1
3 – Fórmula do estoque de Segurança: ES = δ x k
Onde:
 Cm = Consumo Médio Mensal
 C = Consumo Mensal
 n = Número de Períodos
 δ = Desvio-Padrão
 k = Coeficiente de Risco (ver tabela)
Exemplo:
A Empresa Pan Americana S/A obteve neste ano o seguinte volume de vendas para o seu produto “Bomba Injetora MTX”:
	MÊS
	QUANTIDADE
	Janeiro
	2.500
	fevereiro
	2.200
	Março
	2.650
	Abril
	2.800
	Maio
	2.850
	Junho
	2.900
	Julho
	3.000
Calcular o Estoque de Segurança com o Grau de Atendimento de 90%
Para calcularmos o estoque de segurança, seguiremos as três etapas, sendo:
1 – Calcular o Estoque médio
Cm= (2.500 + 2.200 + 2.650 + 2.800 + 2.850 + 2.900 + 3.000) : 7
Cm = (18.900) : 7 = 2.700 unidades
2 – Calcular o Desvio-padrão
δ = √ ∑ (C – Cm)²
 n - 1
Para este cálculo necessitamos tabular os dados, conforme a tabela abaixo:
	PEDRÍDO
	C
	(C - Cm)
	(C - Cm)²
	1
	JANEIRO
	2.500
	-200
	40.000
	2
	FEVEREIRO
	2.200
	-500
	250.000
	3
	MARÇO
	2.650
	-50
	2.500
	4
	ABRIL
	2.800
	100
	10.000
	5
	MAIO
	2.850
	150
	22.500
	6
	JUNHO
	2.900
	200
	40.000
	7
	JULHO
	3.000
	300
	90.000
	 
	Cm
	2.700
	 
	∑455.000
δ = √ 455.000
 6 = 7-1
δ = √ 75.8333,33
δ = 275,38
	VALORES DO COEFICIENTE k PARA GRAUS DE
ATENDIMENTO COM RISCOS PERCENTUAIS
	
	RISCO (%)
	k
	RISCO (%)
	k
	RISCO (%)
	k
	52,00
	0,102
	80,00
	0,842
	90,00
	1,282
	55,00
	0,126
	85,00
	1,036
	95,00
	1,645
	60,00
	0,253
	86,00
	1,085
	97,50
	1,960
	65,00
	0,385
	87,00
	1,134
	98,00
	2,082
	70,00
	0,524
	87,50
	1,159
	99,00
	2,326
	75,00
	0,674
	88,00
	1,184
	99,50
	2,576
	78,00
	0,775
	89,00
	1,233
	99,90
	3,090
3 – Calcular o Estoque de Segurança
ES = δ x K
ES = 275,38 x 1,282
ES = 353 unidades.
Definindo o Estoque de Segurança, e considerando o estoque normal igual ao consumo médio (2.700 unidades), podemos calcular com essas informações, e com um grau de atendimento definido em 90%, qual será o volume máximo desse produto que poderemos vender, utilizando um lote de compra de 2.700 unidades e um estoque de segurança de 353 unidades.
ES = C – Cm
353 = C – 2.700
C = 2.700 + 353 
C = 3.053
O volume máximo de vendas dessa peça com grau de atendimento de 90% será de 3.053 unidades. Ou seja, possivelmente, deixaremos de atender a 10% da demanda.
Com esse modelo, podemos comparar valores para atender ao mercado com maior ou menor grau de atendimento ao cliente, tomando decisão sobre custos e benefícios de volumes de estoques.
Portanto, considerando o exemplo anterior, vamos comparar o resultado obtido com os 90% de grau de atendimento com outros graus de atendimento, sendo um de 95% e outro de 98%.
Nessa análise, avaliamos o percentual de aumento do estoque e o compararemos com o aumento percentual do incremento do volume de vendas.
Para a tomada de decisão, comparam-se os custos dessas variaçõese decide-se sobre o menor custo.
90% de atendimento, ES = 353 unidades
A - Calcular para 95% de atendimento:
δ = 275,38
k = 1,645
ES = δ x k
ES = 275,38 x 1,645
ES = 453 unidades.
B – Calcular para 98% de atendimento
δ = 275,38
k = 2,082
ES = δ x k
ES = 275,38 x 2,082
ES = 573 unidades
Comparando os três valores temos:
90% : ES = 353 e vendas máximas de 3.053 unidades
ES = C – Cm
353 = C – 2.700
C = 2.700 + 353 = 3.053
95% : ES = 453 e vendas máximas = 3.153 unidades
ES = C – Cm
453 = C – 2.700
C = 2.700 + 453 = 3.153
98% : ES = 573 e vendas máximas = 3.273
ES = C – Cm
573 = C – 2.700
C = 573 + 2.700 = 3.273
CONCLUSÃO
	GRAU DE
	ESTOQUE DE
	VARIAÇÃO
	VENDAS
	VARIAÇÃO
	ATENDIMENTO
	SEGURANÇA
	(%)
	 
	(%)
	90
	353
	 
	3.053
	 
	95
	453
	28%
	3.153
	3,3%
	98
	573
	62%
	3.273
	7,2%
Considerações:
Compensaria aumentar 28% de estoques e seus cursos para somente acrescer em mais 3,3% de vendas?
Compensaria aumentar 62% de estoques e seus custos para somente mais 7,3% de vendas?
Claro que para respondermos adequadamente a esta indagação, é necessário estarmos com outros dados a respeito do mercado, políticas da empresa, conjuntura e objetivos a atingir. 
Porém, como fatores exclusivos de custos envolvidos e lucratividade, não se justificam pequenos ganhos de vendas com base em estoques elevadíssimos.
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO.
1º) Uma determinada empresa consome matéria-prima (peça) em 300 unidades mensais, tendo um período de reposição bimestral. O seu estoque de reserva representa metade do consumo. Qual é o ponto de pedido (PP)?
R. 750
2º) Uma empresa tem um grau de atendimento de 60% e um consumo previsto de 3200 unidades/mês. Pergunta-se qual é o estoque de segurança nessa situação?
R.1920
3º) O consumo de uma peça é de 2600 unidades/mês, sendo o tempo de reposição de 60 dias e o intervalo entre pedidos de 150 dias. Sabendo-se que o estoque de segurança é de 680 unidades, calcule o ponto de pedido e o estoque máximo.
R. 5880 e 13680
4º) Uma empresa decidiu como política de estoques manter no Estoque de Segurança 100 peças. O tempo de reposição é de 1 mês e a quantidade de cada pedido é para ser consumida em 2,5 meses de consumo. 
Considerando um consumo mensal de 200 peças, determine o PP e o estoque máximo dessa peça?
R. 300 e 600
5º) Calcule o PP de um produto, sabendo-se que seu consumo mensal é de 500 unidades, seu ES é de 20% do consumo informado e a TR é de 75 dias.
R.1350
6º) A indústria de velas “Luz do Dia Ltda.” quer determinar a quantidade do “Estoque de Segurança” para seu produto “XZT-22” cujo consumo se encontra na tabela a seguir. 
Faça o cálculo e o gráfico utilizando o “ método da porcentagem de consumo” sabendo-se que o TR = 15 dias e o Grau de Atendimento é de 13%.
TABELA
	1
	2
	3
	4
	5
	CONSUMO
	Nº DE DIAS
	1 X 2
	ACUMULADO
	% DA
	DIÁRIO
	QUE O CONSUMO
	PRODUTO
	
	ACUMULAÇÃO
	
	OCORREU
	
	
	
	95
	5
	
	
	
	80
	10
	
	
	
	75
	15
	
	
	
	65
	30
	
	
	
	60
	50
	
	
	
	50
	80
	
	
	
	45
	110
	
	
	
	30
	40
	
	
	
	20
	20
	
	
	
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	
	 
	 
	 
7) A Empresa Irmãos Unidos S/A obteve no ano passado, o seguinte volume de vendas para o seu produto “Bomba Injetora - ALX”, conforme segue:
	PERÍODO - C
	C-CM
	(C-Cm)²
	1
	2.320
	
	
	2
	2.280
	
	
	3
	2.450
	
	
	4
	2.710
	
	
	5
	2.890
	
	
	6
	2.940
	
	
	7
	3.180
	
	
	Cm
	
	
	∑
Calcule o Estoque de Segurança com graus de atendimento de 89 e 95%, bem como, as respectivas vendas máximas.
Resposta
	GRAU DE
	ESTOQUE DE
	VARIAÇÃO
	VENDAS
	VARIAÇÃO
	ATENDIMENTO
	SEGURANÇA
	(%)
	 
	(%)
	89
	423
	 
	3.104
	 
	95
	564
	33%
	3.245
	4,5%
O MÉTODO “ABC” DE MATERIAIS E ESTOQUES
	
UM POUCO DE HISTÓRIA
O princípio da classificação “ABC” ou curva 80 – 20 é atribuído a Vilfredo Pareto, um renascentista italiano do século XIX, que em 1897 executou um estudo sobre a distribuição de renda da população. 
Através deste estudo, percebeu-se que a distribuição da riqueza não se dava de maneira uniforme, havendo grande concentração de riqueza (80%) nas mãos de pequena parcela da população (20%).
A partir de então, tal princípio de análise tem sido estendido a outras áreas e atividades tais como a industrial e a comercial, sendo mais amplamente aplicado a partir do século XX.
A aplicabilidade dos fundamentos do método de Pareto aos estoques foi comprovada e posta em prática nos Estados Unidos logo após o término da Segunda Guerra Mundial, pela General Electric. 
De lá para cá, o sistema tem-se mostrado importante instrumento de controle e de gerenciamento, possibilitando a divisão dos itens em categorias – “A”, “B” e “C”.
Classificando-os de acordo com os seus valores, e dando maior importância de controle aos materiais de maior valor monetários, em função da representatividade de cada um em relação aos investimentos feitos em estoque.
NOS TEMPOS MODERNOS
A classificação “ABC” tem sido bastante utilizada para a administração de estoques, para a definição de políticas de vendas, para o planejamento da distribuição, para a programação da produção e uma série de problemas usuais de empresas, quer seja de características industriais, comerciais ou de prestação de serviços. 
Trata-se de uma ferramenta gerencial que permite identificar quais itens justificam atenção e tratamento adequados quanto à sua importância relativa.
A partir desta classificação, a empresa tem condições de “separar o essencial do trivial”. 
O objetivo do método é identificar os itens mais significativos para a gestão financeira e, a partir desta constatação, imprimir um gerenciamento por exceção.
Esse gerenciamento deve consistir basicamente na realização de medidas de controles mais apurados e constantes sobre poucos itens, ao invés da administração preocupar-se, da mesma forma e na mesma medida, com todo o conjunto do inventário. 
O método permite a introdução de tratamentos diferenciados para cada item ou grupo de materiais, quanto à natureza e extensão dos controles necessários.
Os itens de pouca expressividade de valor em relação ao montante considerado – os que apresentam relativo peso neste conjunto e aqueles que representam custos mais elevados para a empresa - não devem numa administração por objetivos, estar sujeitos aos mesmos tipos de controle e tampouco serem tratados ou trabalhados da mesma forma. 
Isto representa tempo e dinheiro que poderiam ter melhor distribuição, sobretudo em benefício de um desempenho mais efetivo dos estoques.
O ENTENDIMENTO GRÁFICO
O método pode ser mais bem entendido através do gráfico apresentado abaixo, que mostra a curva “ABC” do estoque, limitada pelos valores extremos dos eixos coordenados.
Nos eixos horizontal e vertical são colocados, respectivamente, os percentuais dos itens e dos valores acumulados.
Notamos no diagrama que 10% dos itens (classe A) correspondem a 70% do valor investido e o maior número de itens (classe C), ou seja, 60% do total em estoque representam apenas 10% do valor. 
E, entre estes limites, estão compreendidos 30% dos itens (classe B), correspondendo a 20% das aplicações.
GRÁFICO “ABC”
Controlando 10% dos materiais do inventário, estaremos controlando a maior parte dos recursos. 
Logo, um esforço maior e mais concentrado sobre estes itens torna-se compensador para a gestão, além do controle ser mais fácil e mais abrangente, por compreender um número reduzido de materiais, sem desprezar, evidentemente, o controle das demais categorias.
Todavia, são dispensados entretanto, aos itens “B” e “C” um tratamento relativo à importância que possuem no conjunto.
Isto não quer dizerque devemos abandonar o controle dos itens “B” e “C”; mas eles deverão ter um tratamento diferente, menos rigoroso do que os classificados na categoria “A”.
Embora reconheçamos que tais percentuais de classificação possam variar de empresa para empresa, é importante observar que o princípio “ABC” o qual representa uma pequena porcentagem de itens é responsável por uma grande percentagem do valor de demanda ou consumo anual, que normalmente ocorre.
Deve-se ter em mente ainda que, apesar da análise “ABC” ser usualmente através do valor de consumo anual, este é apenas um dos muitos critérios que podem afetar a classificação de um item.
A seguir, listamos alguns fatores que afetam a importância de um item e que podem ser utilizado como critérios qualificadores numa análise “ABC”:
 ( custo unitário:
 ( cuidados de armazenagem para um item:
 
 ( custos de falta de material:
 ( mudanças de engenharia (projeto)
 ( perecibilidade.
 ( tempo de fornecimento
 ( obsoletismo
 ( volume do material
EXCEÇÕES DA REGRA
Observamos, todavia, que esta lógica deve ser utilizada com certa acuidade ou precaução em relação a determinados itens do estoque. 
Sabemos que, na prática, toda regra ou formulação teórica tem exceções ou particularidades que se não forem consideradas, anulam qualquer possível vantagem ou benefício da sua aplicação, podendo trazer até mesmo, resultados inversos aos esperados.
Uma série de materiais pode estar situada nas classes B ou C, mas constituir-se de itens de categoria A (importantes) dentro de outra forma de classificação que não seja a que foi considerada. 
Por exemplo, sabemos que, alguns itens de modo geral, têm determinado custo de ruptura ou de falta que pode variar numa escala de valores de 0 (zero) a n. 
Embora na prática seja quase impossível a mensuração real deste custo, não só pela dificuldade de obtenção dos valores, mas principalmente, pela definição dos critérios a considerar, identificamos fisicamente os materiais críticos, que apresentam um fator de risco (paralisação de equipamentos, máquinas, vendas etc.) maior que outros. 
Estes itens, que são estratégicos para a empresa, independente dos valores que apresentam, devem ser tratados da mesma forma que os itens de classe A.
Com base na experiência do classificador, vejamos alguns exemplos que fogem à regra:
( Materiais perecíveis e custo pequeno.
De acordo com a regra deveriam ser classificados em “C”, por custarem pouco, mas como podem ser estocados apenas por alguns dias, devemos classificá-los em “A”.
( Materiais importados e de custo intermediário. 
Em termos de valores, deveriam ser classificados em “B”, mas o tempo de importação leva ao administrador a classificá-lo em “C” em virtude do longo prazo de reabastecimento do item.
( Materiais volumosos e custo pequeno ou intermediário. 
Deveriam ser classificados em “B” ou “C”, mas, para evitar a construção de novas instalações (armazéns), devemos classificá-los em “A”, tendo uma rotação rápida e ocupando menos espaço no recinto do armazenamento.
Portanto, cabe ao administrador, baseado nas faturas e na experiência, transpor o item do material de “A” para “B” ou “C” e vice – versa.
CONSTRUÇÃO DO SISTEMA “ABC”
O sistema “ABC” pode ser construído de diferentes maneiras. O mais difundido e assimilado entre nós é o que toma como parâmetro principal o valor (de custo) da demanda anual de cada um dos itens do estoque. 
E a partir destes dados é construída a relação dos itens “A”, “B” e “C” em função dos valores limites estabelecidos previamente para cada um destes grupos.
O importante é a administração ter meios de conhecer o peso de cada item nos custos e / ou nas vendas da empresa. 
Um dos aspectos positivos do sistema é revelar os materiais cujo preço unitário é depreciável, comparando-os com outros, mas seu grande consumo ou estoque adquire valores consideráveis. 
Na construção são necessários três elementos básicos: 
- relação dos itens do estoque, 
- consumo anual médio de cada um e 
- preço unitário, como mostra a Tabela 1. 
(passo 1)
TABELA I
	CÓDIGO DO MATERIAL
	PREÇO
	CONSUMO ANUAL
	CLASSIFICAÇÃO
	
	UNITÁRIO ($)
	QUANTIDADE
	VALOR ($)
	
	1010
	3,00
	30
	 
	 
	1020
	1,50
	100
	 
	 
	1030
	12,00
	25
	 
	 
	1045
	11,20
	60
	 
	 
	1060
	15,80
	20
	 
	 
	2010
	48,00
	30
	 
	 
	2015
	530,00
	10
	 
	 
	2020
	363,50
	4
	 
	 
	2035
	9.860,50
	5
	 
	 
	2040
	10.622,50
	4
	 
	 
	3000
	21,32
	100
	 
	 
	3010
	110,50
	122
	 
	 
	3015
	17,20
	60
	 
	 
	3020
	128,00
	50
	 
	 
	4010
	11,23
	500
	 
	 
	4050
	10,50
	100
	 
	 
	4060
	11,45
	120
	 
	 
	5000
	194,55
	20
	 
	 
(passo 2)
Após identificarmos os produtos constantes no nosso estoque, listaremos os itens do estoque (no nosso exercício 20 itens), efetuaremos a valorização do estoque, item por item, multiplicando o valor unitário pela quantidade do consumo anual. (ver exemplo)
	Preço Unitário (1)
	Quantidade (2)
	Valor (1x2)
	R$ 3,00 
	30
	R$ 90,00 
	R$ 1,50 
	100
	R$ 150,00 
	R$ 12,00 
	25
	R$ 300,00 
(passo 3)
Após a valorização de todos os itens que compõem o estoque, faremos uma classificação, ordenando os valores totais de forma decrescente. (Tabela I completa).
TABELA I
(passo 4)
Uma vez classificado, elaboraremos a Tabela II, que constará de 6 colunas, onde efetuaremos a classificação na ordem decrescente e não como consta na Tabela I, onde a ordem era por codificação (1010 / 1020 / 1030 etc.)
TABELA II
(passo 5)
A montagem da Tabela II inicia-se com a identificação dos códigos (2ª coluna), valor decrescente (3ª coluna), valor do consumo acumulado (4ª coluna), apuração do percentual do consumo em relação ao valor total do estoque (5ª coluna).
Ex: 49.301,00/139.400,00 = 35,366% e finalmente encontramos o percentual de cada item em relação a quantidade de itens total (20 itens) e acumulamos (6ª coluna) Ex: 1/20 = 0,05 x 100% = 5% (Tabela II completa).
TABELA II
CLASSIFICAÇÃO E ANÁLISE “ABC”
Para classificar os itens em classes “ABC”, e efetuar sua análise, uma das formas mais usuais é examinar os estoques em um determinado período de tempo normalmente (6 meses ou 1 ano) do consumo, em valor monetário ou quantidade de itens de estoque, para que eles sejam classificados em ordem decrescente de importância. 
Aos itens mais importantes de todos, segundo a ótica do valor ou da quantidade, dá-se a denominação itens classe A, aos intermediários, itens classe B, e aos menos importantes, itens classe C.
Não existe forma totalmente aceita de dizer qual o percentual dos itens que pertencem à classe “A”, “B” ou “C”. 
Os itens “A” são mais significativos podendo representar algo entre 55% e 80% do valor movimentado dos estoques, os itens “B” variam de 10% a 45%, e os itens “C” representam o restante.
A experiência demonstra que poucos itens, de 10% a 20% do total, são da classe “A” enquanto uma grande quantidade, em torno de 50% ou mais, são de classe “C” e 30% a 40% são da classe “B”.
Como essa regra é muito flexível, adotamos para o nosso trabalho, um parâmetro que ajudará a identificar as classes “A”, “B” e “C” conforme indicado.
 
	Classe
	Quantidade de Itens (%)
	Valores Acumulados dos Itens (%)
	A
	5 a 15
	70 a 75
	B
	20 a 30
	15 a 25
	C
	50 a 70
	5 a 10
De acordo com os parâmetros definidos pelo administrador, efetuaremos a classificação “ABC” de nosso exercício, e encontraremos a seguinte situação. Ver tabela a baixo. (passo 6)
GRÁFICO “ABC"
	CLASSE
	% valores acumulados
	% de itens acumulados
	A
	65,85
	10
	B
	24,88
	25
	C
	9,27
	 65
	TOTAL100
	 100
Uma análise da tabela mostra que os dois primeiros itens (2035/2040 - representam 65,85% dos gastos totais com matérias de estoques no período: são, portanto itens tipicamente da classe “A” . 
Os cinco itens seguintes (3010/3020/4010/2015/5000) representam 24,88% dos gastos com materiais: são tipicamente itens da classe “B”. 
Os treze itens restantes representam 9,27% dos gastos: são, então, itens da classe “C”.
COMENTÁRIOS
A análise “ABC” de estoques, que multiplica o custo unitário com o volume comprado, permite que cada classe “A”, “B” ou “C” tenha um tratamento diferenciado. 
Os itens da classe “A” devem receber mais atenção, pois uma economia ou melhoria em sua utilização (por exemplo, 10%) representa uma economia (no caso, de R$9.179,25) representativa no conjunto do estoque.
EXEMPLO
Em nosso universo de estoque que compreende 20 itens, que valorizado representa um total de R$ 139.400,00.
Classificamos em três categorias, a saber: “A”, “B” e “C”.
Se o departamento de materiais através de seu PCP (Planejamento e Controle da Produção), órgão responsável pelo controle dos estoques e encarregado de efetuar o ressuprimento de materiais dedicar uma atenção especial à classe “A” e identificar uma forma de reduzir 01 (uma) unidade da peça referência “2040” que tem um custo unitário de R$ 10.622,50, essa redução irá representar relativamente a 7,62%.
Ao analisarmos com profundidade esse percentual (7,62%) podemos concluir que somente 1 (uma) unidade do código “2040” tem o mesmo peso da maioria dos itens que compõem a classe “C”
Comparando, temos a seguinte situação toda classe “C” representa 65% dos itens do nosso estoque com uma representatividade de 9,27%.
EXEMPLO
Se o departamento de materiais através do seu departamento de COMPRAS, elaborar um plano para reduzir seus custos, e criar uma meta de 5% para negociar descontos, será mais racional atuar junto aos fornecedores que fornecem itens da classe “A” que representam 10% dos itens e 65,85% dos valores.
Caso o departamento de compras consiga um desconto de 5% sobre os 65,85% teríamos uma economia de R$4.589,62.
CONCLUSÃO
Uma análise detalhada dos estoques é uma exigência que se faz a todo administrador de materiais. 
Não somente em decorrência dos volumes de capital envolvidos, mas, principalmente pela vantagem competitiva que a empresa pode obter, dispondo de mais rapidez e precisão no atendimento aos clientes.
Na busca de tais objetivos, os administradores dispõem de vários indicadores, como o do giro dos estoques, da cobertura, da acurácia e da análise “ABC” tradicional.
Além destes, a criticidade assume importância cada dia maior. Muitas vezes, a falta de um item de baixíssimo custo e pequena rotatividade pode parar uma fábrica, com prejuízos de milhares de reais.
QUESTÕES PARA DISCUSSÃO
1) O que é demanda dependente e demanda independente? 
2) Como são classificados os estoques?
3) O que é inventário e como podemos classificá-los?
4) O que é acurácia?
5) O que é nível de serviços ou nível de atendimento?
6) Por que as empresas procuram ter um alto giro de seus estoques?
7) Por que a análise “ABC” simples (custo unit. x volume) pode levar a distorções na análise de estoques?
8) O que é análise de criticidade de um item de estoque?
RESPOSTAS
Demanda Independente – são os itens cuja demanda decorre dos pedidos dos clientes externos. 
Ex: Os produtos acabados, que a empresa vende diretamente aos seus clientes externos (pneu que a loja vende para o consumidor final).
2) Demanda Dependente - quando a quantidade a ser utilizada depende da demanda de um item de demanda independente. Assim, um pneu em uma montadora é um item de demanda dependente, pois a quantidade total a ser utilizada da previsão de automóveis a serem montados. 
Ex: 5 unidades por automóvel.
3) Para efeito contábil, são classificados 5 grandes categorias:
Estoques de matérias primas;
Estoques de produtos em processo;
Estoques de produtos acabados;
Estoques em trânsito;
Estoques em consignação;
4) Inventário físico consiste na contagem física dos itens de estoques. São eles: periódico e rotativo.
5) Uma vez terminado o inventário, pode-se calcular a acurácia dos controles, que mede a porcentagem de itens corretos, tanto em quantidade quanto em valor. 
É um tipo de controle que determina o nível percentual de assertividade das classes ABC.
6) Nível de serviço ou Nível de atendimento é o indicador de quão eficaz foi o estoque para atender às solicitações dos requisitantes usuários. 
Quanto mais requisições forem atendidas, nas quantidades e especificações solicitadas tanto maior será o nível de serviço.
7) O giro de estoques mede quantas vezes, por unidade de tempo, o estoque se renovou ou girou. 
Como os estoques representam parcelas substanciais dos ativos das empresas, atualmente a Administração de Materiais, preocupa-se em evitar que haja um excesso de materiais em estoque, evitando um capital ocioso aguardando sua futura utilização.
Uma das formas que a Administração de Materiais encontrou para evitar esse capital parado em estoque é fazer com que se adquiram lotes menores, desta forma aumenta-se o giro de materiais.
8) A análise ABC de estoques permite que cada classe tenha um tratamento diferenciado. 
Os itens da classe A devem receber mais atenção dos que os itens da classe B que deverá receber mais atenção que os itens da classe C.
Por outro lado, uma análise exclusiva da relação pode levar a distorções perigosas para a Administração de Estoques, pois ela não considera a importância do item em relação à operação do sistema como um todo.
9) Criticidade é a avaliação dos itens quanto ao impacto que sua falta causará na operação da empresa, na imagem da empresa perante os clientes na facilidade de substituição do item por um outro e na velocidade de obsolescência.
AQUISIÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS
RECURSOS MATERIAIS
São todos os itens ou componentes que uma empresa utiliza nas suas operações do dia-a-dia, na elaboração do seu produto final ou na execução do seu objeto social.
Assim, são adquiridos regularmente, constituindo os estoques da empresa.
Eles podem ser classificados em materiais auxiliares, matéria-prima, produtos em processo e produtos acabados.
Esses recursos materiais podem ser produtivos, ou seja, aqueles que se incorporam ao produto final, ou não produtivos, são todos aqueles que não se incorporam ao produto final.
MATERIAIS AUXILIARES
São aqueles que não se incorporam ao produto final: óleos de corte, materiais de escritório e manutenção são classificados como matéria auxiliares.
São também chamados de materiais indiretos ou não produtivos.
Os materiais que se incorporam ao produto final, incluindo-se os de embalagem, são classificados como matéria-prima. 
São também chamados de materiais diretos ou de produtivos.
Os produtos em processo são os materiais que estão em processo de fabricação. 
Na prática, costuma-se dizer que são os materiais que se encontram “no meio da fábrica”.
Os produtos acabados são os materiais, agora já sob a forma de produto final, prontos para serem comercializados ou entregues, caso tenham sido feitos sob encomenda.
O SINAL DA DEMANDA
Essa é a forma sob a qual a informação chega à área de compras para desencadear o processo de aquisição de bens materiais ou patrimoniais.
No caso de bens patrimoniais, o sinal pode vir, por exemplo, de um estudo de viabilidade ou de uma necessidade de expansão.
Já no caso de obras públicas, ele pode ser resultado, entre outros, de um estudo de mercado ou de necessidades sociais.
No caso de recursos materiais, as formas mais comuns são as solicitações de compras, MRP, just-in-time, reposição periódica, ponto de pedido, etc.
SOLICITAÇÃO DE COMPRAS
Por meio dasolicitação de compras ou requisição de compras, qualquer unidade organizacional ou mesmo um colaborador qualquer manifesta a sua necessidade de comprar um item para uso em benefício da empresa.
A solicitação de compras é enviada à área de compras que providenciará, seguindo procedimentos estabelecidos, a compra do material.
MRP
Materials Requirement Planning (MRP) ou planejamento das necessidades de compras dos materiais que serão utilizados na fabricação de um produto qualquer.
Com base na lista de materiais (LM) ou bill of material, obtida por meio da estrutura analítica do produto, também conhecida por árvore ou explosão do produto, o sistema calcula as necessidades de materiais que serão utilizados e verifica se há estoques disponíveis para o atendimento.
Se não houver material suficiente em estoque, nas quantidades necessárias, esse sistema emitirá uma solicitação de compras – para os itens comprados, ou uma ordem de fabricação – para os itens fabricados internamente.
 
Exemplo:
A Empresa New Orleans recebeu um pedido de 1.500 unidades do seu produto W.F.X.
A estrutura analítica do produto (árvore / explosão), uma forma de especificar a relação de material (bill of material) e da disponibilidade de estoques, encontra-se demonstrada a seguir:
Nesta figura, a simbologia é a seguinte:
B (2) significa que necessitamos 2 submontagens B para compor uma unidade de A.
O Componente G, por exemplo, é sutilizado tanto na montagem do C como do D.
Assim, G (3) significa que necessitamos de 3 unidades do componente para montar uma unidade de C e G (2) significa que necessitamos de 2 unidades do componente G para montar uma unidade de D.
Exercício de Fixação:
Determinar as quantidades a serem compradas de cada item para produzir 1.500 unidades do produto A, para que não haja interrupção na fabricação.
Assim, para atender ao pedido, são necessárias as seguintes quantidades de componentes / peças:
	COMPONENTES/PEÇAS
	QUANTIDADES (U)
	A
	1.200
	B
	1.200
	C
	1.200
	D
	2.800
	E
	0
	F
	1.300
	G
	4.700
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO:
1º) - Considere a Estrutura do Material abaixo (Carrinho de Mão) e construa a Lista de Necessidade de Materiais, considerando-se uma demanda de 200 unidades e o estoque de materiais (componentes) igual a 0 (zero)
2º) Com base na Estrutura do Material abaixo (MP3) construa a Lista de Necessidades de Materiais, considerando-se uma demanda de 250 unidades e estoque de materiais (componentes) igual a 0 (zero).
 
CUSTOS DE ESTOQUES
INTRODUÇÃO
Os materiais adquiridos pela empresa, (produtivos, improdutivos, manutenção), normalmente devem ser armazenados adequadamente no almoxarifado. Todavia, isso gera custos, os quais citamos abaixo:
- Juros
- Depreciação
- Equipamentos de movimentação
- Deterioração
- Obsolescência
- Seguros 
- Salários
- Conservação
- Outros.
Todos eles podem ser agrupados em diversas modalidades:
- Custos de capital (juros, depreciação)
- Custos com pessoal (salários, encargos sociais)
- Custos com edificação (aluguel, impostos, luz, conservação)
- Custos de manutenção (deterioração, obsolescência, equipamentos de movimentação)
Existem duas variáveis que aumentam estes custos, que são a quantidades de materiais em estoque e o respectivo tempo de permanência no mesmo:
CUSTOS DE ARMAZENAGEM ( I )
A necessidade de manter materiais em estoque acarreta uma série de custos.
Uma das tarefas mais importantes dentro da administração de estoques é a definição dos níveis de estoque que podem ser economicamente mantidos e a decisão sobre as respectivas quantidades.
Assim, 
ARMAZENAGEM: quanto maior o estoque, mais área necessária para estocagem, maior serão os custos de aluguéis e maiores serão os custos de seguros e administração geral;
MANUSEIO: Quanto maior o estoque, maior será o número de pessoas e equipamentos necessários para manuseá-los; maior serão os custos de mão de obra e equipamentos.
FÓRMULA - Q/2 X T X P X I
Onde: 
Q = Quantidade de material em estoque no tempo considerado.
P = Preço unitário do material.
i = Taxa de armazenamento, expressa em %
T = Tempo considerado de armazenagem.
Exemplo:
Vamos calcular o custo de armazenagem anual de um item de estoque, “parafuso inox ¾ x 3” (obs. custo do dinheiro ao ano = 12%)
1000 peças em estoque, que custa R$ 3,00/unid.
CUSTO DA EMISSÃO DO PEDIDO ( B )
Chamamos de B o custo do pedido em R$ de um pedido de compra. 
Para calcularmos o custo anual de todos os pedidos colocados no período de um ano é necessário multiplicar o custo de cada pedido pelo número de vezes que, em um ano, foi processado.
Se (N) for o número de pedidos efetuados durante um ano, o resultado será;
B x N = Custo total de pedidos (CTA)
O total das despesas que compões o CTA é;
mão de obra – para emissão e processamento (funcionários do depto.)
material – utilizado na confecção do pedido ( lápis, papel, borracha, envelope, impresso do pedido de compras, tinta da impressora etc)
custos indiretos – despesas ligadas com o pedido (telefone, luz, aluguel do escritório, correios, reproduções, viagens estadias).
Após apuração anual destas despesas teremos o custo anual dos pedidos.
Para calcular o custo unitário é só dividir o CTA pelo número total anual de pedidos.
 
B = Custo total anual dos pedidos (CTA)
 Número anual de pedidos ( N)
Exemplificação do cálculo da taxa do custo de posse, considerando-se um valor médio do estoque da ordem de R$4.573.333,30, por exemplo.
	Custos
	Valor (R$)
	%
	Mão de obra
	240.000,00
	5,26
	Juros pagos
	110.000,00
	2.40
	Seguros
	32.000,00
	0,70
	Aluguel
	360.000,00
	7,87
	Luz e Telefone
	95.000,00
	2,08
	Transporte, embalagem e fretes
	220.000,00
	4.81
	Diversos
	120.000,00
	2,62
	Outros
	195.000,00
	4.26
	Total
	1.372.000,00
	30,00
Taxa = 1.372.000,00 / 4.573.333,30
Taxa (i) = 0,30 ou 30%
Exemplificando o cálculo de custo anual de compras e considerando, hipoteticamente, um número anual de 3.245 ordens de compras emitidas no período, teremos:
	Custos
	Valor ( R$)
	Mão de obra
	310.000,00
	Contas de Consumo
	50.000,00
	Aluguel
	100.000,00
	Despesas gerais
	69.000,00
	Insumos gerais do escritório (papel – tonner – fax – etc)
	120.000,00
	TOTAL
	649.000,00
	 
	 
	Logo,
	B = 649.000,00
	
	3.245
	
	
	
	B = R$200,00
LISTA DE EXERCÍCIOS DE CUSTOS DE ESTOQUES.
1º) A Indústria Metalúrgica "Tacinoppi & Coppinari” consome durante o ano 36.000 unidades de esferas para o seu produto “Rolamento KYW”, pagando R$1,20 por unidade. Sabe-se que a Área de Armazenagem trabalha com uma taxa anual de 12% e a Área de Compras tem um custo de emissão de pedido em R$46,00.
CALCULAR:
O custo da emissão do pedido para Lotes de 9.000 unidades.
O custo de armazenagem para lotes de 9.000 unidades.
O custo total de estocagem.
RESOLUÇÃO:
Dados:
C = 36.000
Q = 9.000
P = R$1,20
i = 12% a.a. ou 0,12
B = R$46,00
a) custo da emissão do pedido para lotes de 9.000 unidades, ou seja, custo da emissão do pedido, caso a empresa opte por efetuar compras em lotes de 9.000 unidades:
custo do pedido = B x C
 Q
46,00 x 36.000 = 46 x 4 = R$184,00 
 9.000
ou seja, o custo será igual à emissão de 4 pedidos ao ano.
b) custo de armazenamento para lotes de 9.000 peças
custo de armazenagem = Q x P x i
 2
9.000 x 1,20 x 0,12 = R$648,00
 2
c) custo total de estocagem (CT) = B x C + Q x P x i =Q 2
= 184,00 + 648,00 = R$832,00
 
2º A Indústria "Coppitaci & Naricoppi" consome anualmente 48.000 unidades do componente “Rebinzeta da Grampola”, matéria prima esta, indispensável para a industrialização da peça "Rebimboca da Parafuzeta", consumida em grande escala pela indústria automobilística, pagando R$2,20 por unidade”. 
Sabe-se que o Departamento de Compras tem custo de emissão de pedido em torno de R$20,00 e o Departamento de Almoxarifado trabalha com uma taxa de 16% a.a.
CALCULAR:
O custo da emissão do pedido para Lotes de 8.000 , 12.000 e 24.000 unidades.
O custo de armazenagem para os mesmos lotes.
O custo total de estoques para os mesmos lotes.
RESOLUÇÃO:
Dados:
C = 48.000 unidades
Q = 8.000, 12.000 e 24.000 unidades 
P = R$2,20
i = 16% a.a. ou 0,16
B = R$20,00
a) custo da emissão do pedido, caso a empresa opte por efetuar compras de 8.000, 12.000 e 24.000 unidades:
p/ 8.000 unidades = B x C 
 Q
20,00 x 48.000 = R$120,00
 8.000
p/ 12.000 unidades = 20,00 x 48.000 = R$80,00
 12.000
p/ 24.000 unidades = 20,00 x 48.000 = R$40,00
 24.000
b) custo de armazenagem para lotes de 8.000, 12.000 e 24.000 unidades
custo de armazenagem = Q x P x i
 2
p/ lotes de 8.000 unidades 
= 8.000 x 2,20 x 0,16 = R$1.408,00
 2
p/ lotes de 12.000 unidades 
= 12.000 x 2,20 x 0,16 = R$2.112,00
 2
p/ lotes de 24.000 unidades 
= 24.000 x 2,20 x 0,16 = R$4.224,00
 2
c) custo total de estocagem =
 (CT) = B x C + Q x P x i = 
 Q 2
	RESUMO
	LOTES
	CUSTO DO
	CUSTO DE
	CUSTO TOTAL
	
	PEDIDO
	ARMAZENAGEM
	DO ESTOQUE
	 8.000
	120,00
	 1.408,00
	1.528,00
	12.000
	 80,00
	 2.112,00
	2.192,00
	24.000
	 40,00
	 4.224,00
	4.264,00
Diante do resumo acima, deveremos encontrar um ponto intermediário (Lote Econômico de Compras) onde o custo da emissão do pedido possa igualar-se ao custo de armazenagem.
Dessa maneira, estaremos calculando o Lote Econômico de Compras ou LEC
LOTE ECONÔMICO DE COMPRAS = LEC
FÓRMULA:
Lec = B x C + Q x P x i
 Q 2
Derivando-se, teremos:
Lec ou Q econômico = √ 2xBxC
 i x p 
note que i (taxa) x p (preço) = custo ! = (I)
Neste caso, o Lec ou Qec econômico será:
√ 2 x 20,00 x 48.000
 (0,16 x 2,20)
√ 1.920.000
 0,35
√ 5.485.714 
 = 2.342,16, ou seja, o lote econômico deverá ser de 2.342 unidades
Assim, se dividirmos a quantidade do consumo anual (48.000 peças) pelo lote econômico, obteremos a quantidade total de pedidos que deveremos realizar, bem como, o custo de sua emissão.
Então:
48.000 = 20,49 ou seja, 20 pedidos juntamente com um aditivo.
 2.342
Em outras palavras, estaremos efetuando 20 compras no decorrer do ano.
Passemos agora para a "prova final":
 
 P x C B x C + I x Qec
 Qec 2
(custo do material) + (custo do pedido) + (custo de armazenagem)
 2,20 x 48.000 + 20 x 48.000 + 0,35 x 2.342,16
 2.342,16 2
 R$105.600,00 + R$409,87 + R$409,87
Observe que o valor do custo da emissão do pedido igualou-se ao custo da armazenagem.
Isso significa que o lote econômico determinou o equilíbrio entre os custos de emissão do pedido, bem como, o da estocagem.
Se por algum motivo, o resultado dessa grandeza não for igual, significa que ocorreu algum erro de cálculo, motivo pelo qual, o aluno deverá refazê-lo.
Assim, o CUSTO TOTAL DE ESTOCAGEM utilizando-se o Lote Econômico de compras será de R$106.419,74
3º A empresa “L.P.I”em 2008 efetuou um levantamento de seus custos dos departamentos de “Compras e Almoxarifado” e obteve os seguintes resultados.
	Custos do Depto
	 
	Custos do Depto
	 
	de Almoxarifado
	(R$)
	de Compras.
	(R$)
	Salários + Encargos
	180.000,00
	Salários + Encargos
	290.000,00
	Juros
	120.000,00
	Aluguel
	60.000,00
	Seguros
	100.000,00
	Contas de consumo
	20.000,00
	Aluguel
	150.000,00
	IPTU
	 8.000,00
	Contas de Consumo
	28.000,00
	Material de Escritório 
	180.000,00
	Embalagens
	22.000,00
	Manutenção Predial 
	 42.000,00
	IPTU
	12.000,00
	Seguros
	100.000,00
	Manutenção Predial
	14.000,00
	Manutenção Predial
	10.000,00
	Moviment. de Materiais
	13.000,00
	Outros Custos Operacionais
	250.000,00
	TOTAL
	639.000,00
	TOTAL
	960.000,00
O estoque médio no período totalizou R$ 3.195.000,00 e foram emitidos 4.000 Pedidos de Compras. Sabe-se também que o consumo da peça “XYZ” foi de 4.800 unidades ano.
CALCULAR:
a) Qual o custo de posse (armazenagem), para o produto “XYZ” sabendo-se que foram efetuadas aquisições de 600 peças no período, com preço unitário de R$ 3,40 
b) Determinar: qual o custo de aquisição (emissão do pedido) para o produto “XYZ” no período. 
c) Determinar o custo total de estoques para o lote de 600 unidades.
d) Com o custo do pedido e taxa apurada no “exercício nº 3” calcular o custo total de estoques para compras: Mensais. Bimestrais , Trimestrais e Semestrais. 
RESOLUÇÃO:
C = 4.800 unidades
P = R$3,40
Q = 600 unidades
i = ?
B = ?
I = ?
1º Passo, deveremos encontrar o valor de (i), ou seja, a taxa de estocagem/armazenagem:
(i) = Custo Total da Área de Armazenagem =R$639.000,00 = 0,2 ou 20%
 Valor do Estoque Médio R$3.195.000,00
2º Passo, deveremos encontrar o valor de (B), ou seja, o custo da emissão do pedido:
B = Custo Total do Depto. de Compras = R$960.000,00 = R$240,00
 Qtde. de Pedidos Emitidos no Ano 4.000
a) custo de armazenagem para lotes de 600 unidades:
Q x P x i = 600 x 3,40 x 0,2 = R$204,00
 2 2 
b) Custo da Emissão do Pedido:
B x C = 240 x 4.800 = R$1.920,00
 Q 600
c) Custo Total do Estoque (para lotes de 600 unidades):
R$204,00 + R$1920,00 = R$2.124,00
d):
compras mensais = 4.800 = 400 unidades
 12
compras bimestrais = 4.800 = 800 unidades
 6
compras trimestrais = 4.800 = 1.200 unidades
 4
compras semestrais = 4.800 = 2.400
 2 
custo de estocagem: = Q x P x i
 2
400 x 3,40 x 0,2 = R$136,00
 2
800 x 3,40 x 0,2 = R$272,00
 2
1.200 x 3,40 x 0,2 = R$408,00 
 2
2.400 x 3,40 x 0,2 = R$816,00
 2
custo da emissão do pedido: = B x C 
 Q
240,00 x 4.800 = R$2.880,00
 400
240,00 x 4.800 = R$1.440,00
 800
240,00 x 4.800 = R$960,00
 1.200
240,00 x 4.800 = R$480,00
 2.400
	R E S U M O
	COMPRAS
	QTDE. DE PEÇAS
	CUSTO DO PEDIDO
	CUSTO DA ARMAZENAGEM
	CUSTOTOTAL
	MENSAIS
	400
	2.880,00
	136,00
	3.016,00
	BIMESTRAIS
	800
	1.440,00
	272,00
	1.712,00
	TRIMESTRAIS
	1.200
	960,00
	408,00
	1.368,00
	SEMESTRAIS
	2.400
	480,00
	816,00
	1.296,00
À primeira vista, temos a impressão que para a empresa seria melhor fazer aquisições semestrais, vez que o custo total dos estoques, através deste resumo, foi o menor obtido.
Todavia, conforme já estudamos no Capítulo específico sobre "Níveis de Estoques", pode ser que o nosso estoque total, não comporte as quantidades equivalentes às compras semestrais, ou seja, não teria o espaço necessário, bem como, toda a estrutura necessária para a sua manutenção, o que fatalmente poderia nos exigir inclusive, um novo galpão para que pudéssemos armazenar todo o excedente de materiais.
E neste caso, poderia ser que estaríamos desembolsando os seguintes custos "extras", por exemplo:
- aluguel de um novo galpão
- seguros sobre o excedente da capacidade de carga
- mão de obra com maior número de pessoas envolvidas no processo
- movimentação de carga
- manutenção
- contas de consumo
- outros.
Assim sendo, a exemplo do estudo de caso anterior, faz-se necessário encontrarmos o melhor lote de compras que possa satisfazer às necessidades dessa empresa, obtendo-se o "Lote Econômico de Compras" – Lec.
Então vejamos:
Lec ou Q econômico = √ 2xBxC
 i x p 
 note que i (taxa) x p (preço) = custo ! = (I)
Para o nosso exercício:
 
Qec = √ 2 x 240,00 x 4.800 = √ 2.304.000 = √ 3.388235,29
 0,2 x 3,40 0,68 (I)
Lec ou Qec = 1.840,72 unidades
Assim, se dividirmos o total do consumo anual da peça (4.800 unidades) pela quantidade obtida através do Lec ou Qec (1.840,72) iremos encontrar a quantidade de compras (emissão de pedidos) a serem efetuadas no transcorrer do ano, que represente a melhor economia para a empresa, tanto em custo na emissão dos pedidos, bem como, nos custos de armazenagem.
De outro modo: 4.800 = 2,6 pedidos x R$240,00 = R$625,84 !
 1.840,72
Passemos agora para a "prova final":
 P x C B x C + I x Qec
 Qec 2
(custo do material) + (custo do pedido) + (custo de armazenagem)
3,40 x 4.800 + 240 x 4.800 + 0,68 x 1.840,72 = 
 1.840,72 2
R$16.320,00 + 625,84 + 625,84 = 
CT = R$17.571,68
Observe que o custo da emissão do pedido é exatamente igual ao do custo de armazenamento!
ES = C . K
ES = (Cm - Cn) + Cm x Ptr
P A R Â M E T R O S
COMPOSIÇÃO
DAS
CLASSES
CUSTO DE MATERIAIS. – É o valor de todos os materiais que estão na empresa armazenados para atender a uma futura demanda. Está composto de matéria prima, material auxiliar, material de manutenção, material de escritório, material em processo e produto acabado. É o custo financeiro do dinheiro correspondente a todos esses materiais parados.
CUSTO DE PESSOAL.- É o custo de toda mão de obra envolvida em atividades de estoques, tais como pessoal de manuseio, de obtenção (compras), de controle e gerenciamento, inclusive com os encargos trabalhistas.
CUSTOS DE EQUIPAMENTOS E MANUTENÇÃO. – São as despesas periódicas para manter os estoques, incluindo a depreciação dos equipamentos, o maquinário utilizado e suas despesas de manutenção. Podem ser incluídos também, os custos de movimentação de cargas dentro do almoxarifado.
CUSTOS DE EDIFICAÇÕES. É o custo correspondente ao aluguel das edificações que são destinadas à estocagem, seus impostos e seguros.
Cálculo. - 1000/2 x 1 x R$ 3,00 x 0,12 = 
 = 500 x 1 x R$ 3,00 x 0,12 =
 = R$ 1500,00 x 0,12
 = R$ 180,00
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_1268668822.xls
Plan1
		CÓDIGO DO MATERIAL		PREÇO		CONSUMO ANUAL				CLASSIFICAÇÃO
				UNITÁRIO ($)		QUANTIDADE		VALOR ($)
		1010		$3.00		30		$90.00		20
		1020		$1.50		100		$150.00		19
		1030		$12.00		25		$300.00		18
		1045		$11.20		60		$672.00		16
		1060		$15.80		20		$316.00		17
		2010		$48.00		30		$1,440.00		11
		2015		$530.00		10		$5,300.00		6
		2020		$363.50		4		$1,454.00		10
		2035		$9,860.50		5		$49,302.50		1
		2040		$10,622.50		4		$42,490.00		2
		3000		$21.32		100		$2,132.00		8
		3010		$110.50		122		$13,481.00		3
		3015		$17.20		60		$1,032.00		15
		3020		$128.00		50		$6,400.00		4
		4010		$11.23		500		$5,615.00		5
		4050		$10.50		100		$1,050.00		14
		4060		$11.45		120		$1,370.00		12
		5000		$194.55		20		$3,891.00		7
		5010		$36.94		50		$1,847.00		9
		5020		$14.20		75		$1,065.00		13
Plan2
		
Plan3
		
_1293039799.xls
Plan1
				Código do Material		Valor do Consumo		Valor do Consumo Anual Acumulado		Consumo Acumulado Anual (%)		Item
		Classificação										Acumulado Anual (%)
		1		2035		49,302.50		49,302.50		35.37		5
		2		2040		42,490.00		91,792.50		65.85		10		A
		3		3010		13,481.00		105,273.50		75.52		15
		4		3020		6,400.00		111,673.50		80.11		20
		5		4010		5,615.00		117,288.50		84.14		25
		6		2015		5,300.00		122,588.50		87.94		30		B
		7		5000		3,891.00		126,479.50		90.73		35
		8		3000		2,132.00		128,611.50		92.26		40
		9		5010		1,847.00		130,458.50		93.58		45
		10		2020		1,454.00		131,912.50		94.63		50
		11		2010		1,440.00		133,352.50		95.66		55
		12		4060		1,374.00		134,726.50		96.65		60
		13		5020		1,065.00		135,791.50		97.41		65
		14		4050		1,050.00		136,841.50		98.16		70		C
		15		3015		1,032.00		137,873.50		98.90		75
		16		1045		672.00		138,545.50		99.39		80
		17		1060		316.00		138,861.50		99.61		85
		18		1030		300.00		139,161.50		99.83		90
		19		1020		150.00		139,311.50		99.94		95
		20		1010		90.00		139,401.50		100.00		100
Plan2
		
Plan3
		
_1293043198.xls
Plan1
		
		
								% DE VALORES
				100%		100																						139,401.50
				9.27%		90
				24.88%		80										126,479.50
						70
				65.85%		60				91,792.50
						50														C		65% ITENS
						40						B
						30						25% ITENS
						20		A
						10																								% DE ITENS
						0		10		20		30		40		50		60		70		80		90		100
		
								10% ITENS		25% ITENS										65% ITENS
Plan2
		
Plan3
		
_1473614600.xls
Plan1
		
								MACROFLUXO DE UM M.R.P.
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
														bill of material
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
														SIM
		
		
		
												NÃO
		
		
		
		
		
														SIM
		
		
		
												NÃO
PROJEÇÃO 
DE DEMANDA
PLANO DE PRODUÇÃO
SISTEMA
M.R.P.
CONSULTA AO ESTOQUE
CONTROLE DE ESTOQUE
HÁ DISPONIBILIDADE
LIBERA FABRICAÇÃO
ITEM FABRICADO OU COMPRADO
LIBERA FABRICAÇÃO DO ITEM
FÁBRICA - PRODUÇÃO
LIBERA COMPRAS
FORNECEDOR
LISTA DE NECESSIDADES DE MATERIAIS
Plan2
		
Plan3
		
_1272292303.xls
Plan1
		COMPONENTE		DEMANDA		ESTOQUE		NECESSIDADE
		PEÇA
		A		1500		300		1.500 - 300 = 1.200
		B		2 X 1.200 = 2.400		1,200		2.400 - 1.200 = 1.200
		C		1 X 1.200 = 1.200		0		1.200 - 0 = 1.200
		D		3 X 1.200 = 3.600		800		3.600 - 800 = 2.800
		E		1 X 1.200 + 1 X 2.800 = 4.000		6,000		0
		F		2 X 1.200 + 2 X 1.200 = 4.800		3,500		4.800 - 3.500 = 1.300

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