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A IDADE PRÉ ESCOLAR DESENVOLVIMENTO EMOCIONAL VOLUME 3 CAP 1 1 2016

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A IDADE PRÉ-ESCOLAR
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DESENVOLVIMENTO EMOCIONAL
A fase anal – a criança dos 2 aos 3 anos
O início do segundo ano de vida – conquistas 
infantis de autodomínio e socialização.
Joseph Stone – entre o 15º e 30º mês – período de 
Toddler – organização a partir do andar.
Caracteriza-se pela intensa explosão muscular e 
movimentação infantil.
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A criança emerge – dos primeiros passos inseguros, 
do andar na ponta dos pés, braços erguidos para 
tentar o equilíbrio, atingindo a corrida livre no final 
do terceiro ano.
Começa a se introduzir no mundo das pessoas – 
corre para os pais, procurar o carinho particular de 
alguém próximo.
Pode manifestar a recusa, definir escolhas. O 
aparecimento do “não”. 
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Para Spitz o “não” define a passagem de uma 
predominância dos processos primários para os 
secundários. 
Frustração – em vez de voltar-se para a fantasia, 
pode definir uma recusa e trabalhá-la na realidade.
Pode expressar a recusa e pode comemorar com 
gozo seus efeitos vividos como heróicos.
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Organização psicomotora – segmentações começam 
a se estabelecer.
Pode sentar sobre um caixote e balançar 
alternadamente suas pernas, divertindo-se com o 
movimento e ruído. Mas é repleto de sincinesias – 
(contrações musculares involuntárias).
Aos 7 anos – liberta-se das sincinesias – os dedos 
alcançarão a prontidão para a escrita.
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Início da socialização, treino dos esfíncteres está se 
desenvolvendo(músculos de fibras circulares em 
forma de anel que controla o grau de amplitude de 
um determinado orifício).
Pode organizar seu corpo para desempenhar 
tarefas.
Pode andar, falar, reter e expelir seus excrementos.
Cada realização aplaudida – vitória. 
Cada fracasso não é bem compreendido.
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Alterna momentos de concentração – alguma 
organização dos brinquedos com explosões motoras 
demolições.
Comemora sempre cada conquista ou cada 
demolição.
Erik Erikson - crise psicossocial da autonomia – 
fase muscular-anal – relação e fantasias anais 
(Psicanálise) e atividades musculares ligadas à
autonomia nas relações sociais de início de vida.
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Vergonha e dúvida – contrapartida da autonomia – 
não pode entender porque é repreendida por se 
sujar / olhares e gritos de reprovação a 
desestruturam / pega em flagrante, não pode 
entender à cobrança, não se pode estruturar – 
sentimentos de inadequação.
Adulto – ao ser surpreendido no banheiro com as 
calças abaixadas – não é sentimento de ter feito 
coisas erradas – mas de estar inadequado.
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Poderá levar a projetar agressivamente sua 
inadequação – seus produtos que em fantasia se 
confirmam como maus e destrutivos – paranóias.
Tentativas rígidas de domínio e controle, onde os 
aspectos evolutivos da afetividade serão encobertos 
pelo controle, como ocorrerá na estrutura 
obsessiva.
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O desenvolvimento da autonomia – 
comportamentos de oposição. 
Uma criança de 2 anos recebe a ordem do pai de 
descer a escada e responde um não,repetirá a 
cada pedido. Mas, se o pai vira as costas, provavel-
mente descerá sozinha.
Não pretende se opor ao pedido do adulto – firmar 
a comemoração de ter subido um degrau.
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O porque – palavra mágica e que merece atenção.
Carinho e posição firme – explicação retórica( bem 
falar, persuadir) inútil para a compreensão infantil.
É difícil manter um bom vínculo afetivo – 
dominância do não.
No brinquedo – caracterização da progressiva 
passagem de um eu individual, que se organiza, 
para os níveis sócio-relacionais.
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Brinquedo paralelo – interesse por ter crianças 
consigo, mas as outras são consideradas como se 
fossem objetos de brincar – servem para ser 
empurradas, de suporte para as atividades onde 
mais de um pode brincar.
 Jogo coletivo – as crianças elegem atividades 
comuns. Se estão juntas em um parque, a primeira 
que vai para a caixa de areia é seguida por todas. 
Depois, todas vão para outros brinquedos.
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No final da fase anal - Jogo dramático – imita o pai 
indo ao trabalho, a mãe varrendo a casa.
Organização anal – erotismo anal – fase dos 
primeiros produtos.
Andar e falar – produções pessoais.
Fezes e urina – produtos concretos e reais gerados 
pela criança.
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Fezes – primeiros produtos sobre os quais se tem 
controle. O treino dos esfíncteres é iniciado com o 
controle das fezes.
Expelir as fezes – fazer força para colocar algo fora/
Assumir o domínio do que se quer que aconteça. 
Urina – atingido cerca de um ano depois.
Reter a urina – esforço de se impedir um reflexo de 
distensão do esfíncter urinário – manter o controle 
para que algo não aconteça.
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As trocas envolvem “como o mundo receberá o que 
a criança é capaz de produzir.”
Socialização e internalização de valores – ligados à 
receptividade que seus produtos terão no mundo – 
dimensão de sua capacidade de produzir coisas 
boas, de sentir que pode entrar para o mundo, pois 
ela é boa e aceita, e seus produtos são bons e 
geradores de amor.
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Ética e estética – se confundem para o pensamento 
infantil – o belo, o bom, o amor,o feio, o mau, o 
sujo, o ódio são correlatos.
O desenvolvimento anal – ligado ao 
desenvolvimento artístico (parcialmente).
Sentimento básico da adequação – autonomia.
Solução satisfatória – não só produção artística, 
mas também um trabalho realizado, invenção, 
emprego conquistado. Nosso produto.
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O sentimento de adequação do que produzimos – 
liberdade e confiança para criar e produzir.
Organização anal – o prazer dado pela defecação ou 
pela micção, elemento que perdura na organização 
adulta.
A organização do prazer é associada a uma 
descarga tensional.
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O treino dos esfíncteres, o andar, o falar quando em 
fase de aquisição regridem diante de qualquer 
problemática emocional mais intensa – acidente, 
vinda de um irmão menor, doença, afastamento de 
um dos pais, castigos ambíguos, excessivos ou 
sentidos como injustos, conflitos abertos entre os 
pais.
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Formação de valores – rígida – a criança ainda é 
incapaz de uma ética relacional – entende o 
permitido, o proibido, certo e errado devem estar 
bem definidos.
Expectativa presente – recompensa do bem e 
punição do mal.
A certeza de que há o bem e o mal definidos, que o 
mal terá uma punição certa e violenta – dará 
segurança a criança para, com sua fragilidade, 
transitar entre os perigos do mundo.
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O falso moralismo que distorce a punição dos maus 
só servirá para reduzir a criança à impotência, à 
perspectiva de que o mau poderá agir 
impunemente.
A sexualidade na fase anal:
. a definição masculino-feminino ainda não se 
configuram neste momento.
. a sexualidade está iniciando sua organização, 
estruturada na dicotomia – ativo-passivo.
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. O erotismo anal é um erotismo muscular.
. As relações ativas ou passivas na obtenção de 
prazer serão organizadas a este nível.
. A postura masculina é intrusiva – conquista pela 
força, choque e ruptura – brinquedos de heróis,
armas, competições físicas.
. A postura feminina é passiva – conquista que se 
opõe à atuação e ao domínio muscular.
. Desenvolvimento verbal e social da menina até a 
puberdade é superior ao do menino
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. No 2º ano de vida as meninas e meninos gritam e 
batem quando provocados. Mais tarde o menino 
reagirá mais pela agressão física e a menina pela 
agressão verbal.
. Modalidades ativo-passivo – núcleo do futuro 
Sadomasoquismo.
Françoise Dolto explica:
Sadismo – ter prazer de utilizar o corpo ativamente 
para ter prazer na relação com o outro.
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Masoquismo – ter prazer em entregar seu corpo 
para uma relação agradável com o outro.
. Perversões sadomasoquistas – distorções 
patológicas de uma modalidade que é 
evolutivamente adequada. Quando os impulsos
destrutivos ou de ódio predominam sobre os 
construtivos ou de amor, esta destrutividade passa 
a integrar a relação, distorcendo-a.
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Psicopatologia da Fase Anal:
Freud e Abraham – a fase anal se subdivide em 2 
etapas evolutivas:
Expulsiva:
. Defesas projetivas – paranóides.
. Suporte da colocação dos primeiros produtos no 
mundo – aprender a colocar os próprios produtos 
internos fora, de forma adequada, percebendo a 
receptividade, organizando as trocas com os pais.
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. Estabelecimento das bases afetivas – nos darão 
energia para colocar no mundo o nosso trabalho,
nossas criações – sentir que o mundo se constrói à
medida que nos construímos.
. Os mecanismos biológicos fundamentais são as 
trocas com o meio. Incorpora-se o que é bom e 
dejeta-se o que é mal.
. A criança que defeca em momento inadequado e 
percebe as reações de nojo, reprovação, rejeição – 
entenderá que é má e seus produtos são 
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destrutivos. 
. Uma mãe obsessiva – qualquer contato com 
sujeira desmobiliza suas defesas e a coloca em 
pânico, transmitirá esta rejeição à crianças.
. Processos de angústia – rejeição parental – não se 
resolvem com conselhos dados aos pais para que 
elogiem os filhos – corre-se o risco – a mãe 
expressa-se verbalmente de maneira adequada, 
mas expressa nos gestos, facial e contexto de sua 
atuação sua rejeição.
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Pode ser – crianças – problema – filhas de pais- 
problema.
. A mãe e o pai desorganizados, incapazes de 
definir uma estrutura de mundo coerente, 
incapazes de definir para si um esforço presente 
voltado para o futuro, jamais poderão esperar um 
adequado rendimento escolar do filho.
. O sentimento de inadequação é projetado – busca 
de bodes expiatórios que justifiquem os fracassos 
do filho – professora incompetente, escola 
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desorganizada, os colegas são prejudiciais.
. Alguns pais mantém os filhos por anos nas escolas
das quais se queixam – precisam manter para que 
a verdadeira angústia não seja percebida – eximem 
da culpa, colocando-a em objetos externos.
Mandar os filhos para escolas recomendadas – os 
deixariam sem defesas – teriam que enfrentar a 
própria culpa.
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. Os mecanismos projetivos podem estar presentes 
em momentos da vida de qualquer pessoa – 
patologia – quando há predominância destes 
mecanismos, fazendo com que qualquer relação 
seja estabelecida a partir deles. OS EXCESSOS.
. Surto Psicótico – quando a angústia é muito 
forte – energia do ego é mobilizada em defesas.
As funções do ego ligadas à organização da 
realidade ficam enfraquecidas e os processos 
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inconscientes passam a sobrepor.
.Paranóia: quando no surto psicótico predominam 
os mecanismos projetivos – a cada momento sente 
que será morto por alguém – projeta seus instintos
homicidas ou destrutivos sobre o mundo, passando 
a vê-lo como colorido pela agressão.
2. Controle:
.Defesas por controle – obsessivas derivadas da 
retenção.
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. Elemento fundamental de adaptação ao mundo.
. A ordem, elaboração, perseverança e 
delineamento de metas caracterizam o ego sadio.
. As tentativas de controle ou de posse predominam 
sobre as de amor ou elaboração.
. O obsessivo não ama – domina / não cria – 
manipula.
. Atualiza em fantasia a destrutividade que não 
pode sentir – lava as mãos centenas de vezes por 
dia – mantê-las limpas – atualizando a analidade
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que não pode vivenciar.
Formação reativa: atua exatamente de forma 
contrária aos seus impulsos instintivos, 
transformando numa socialização aparente e falsa.
Como não pode viver seus sentimentos, o 
obsessivo se utiliza de mecanismos de controle e 
outros.
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A fase fálica –3/4 a 5/6 anos a descoberta da 
sexualidade:
O desenvolvimento do amor pleno, capacidade de 
estabelecer relações maduras, duradouras e 
produtivas – desenvolvimento do amor de objeto 
(em Psicanálise) – segue a partir das dimensões 
parciais da sexualidade oral e anal, até obter seu 
primeiro estágio de integração com as vivências da 
fase fálica e organização do complexo de Édipo.
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O encontro com o seio estabeleceu as primeiras 
ligações significativas com o mundo exterior.
A integração num triângulo pleno de 
relacionamento pai-mãe-filho é tarefa da fase 
fálica.
Com a estabilização das fases anteriores e com a 
evolução maturacional, a libido antes oral e anal – 
agora passará a erotizar os genitais – relação onde 
a atração homem-mulher iniciará seu
desenvolvimento.
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A erotização dos genitais – interesse infantil para a 
percepção das diferenças anatômicas.
Primeiro momento – fantasia infantil nega a 
ausência do pênis na mulher – o menino concentra 
sua atenção em seu pênis e a menina valoriza o 
clitóris como sendo um pequeno pênis e que se 
desenvolverá.
A maturação intelectual e o desenvolvimento da 
percepção definirão que só o homem possui pênis.
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Os homens são fálicos e as mulheres são castradas.
A modalidade sexual – fálico-castrado.
A sexualidade é masculina e o feminino definido 
pela ausência.
A atração do menino pela mãe: ligação inicial de 
toda criança,masculina ou feminina – estabelecida 
com a mãe – que continua sendo durante grande 
parte da infância o objeto central das ligações de 
conforto, prazer e proteção.
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Essas ligações tornam-se para o garoto – 
elementos facilitadores da atração fálica agora 
desenvolvida.
Modelo: 
Libido – organizada em torno dos genitais.
Busca de satisfação – relação homem – mulher.
Ligação desejada e sentida – prazerosa.
A mãe – suporte afetivo inicial – mulher mais 
próxima e de quem mais gosta.
Consequência natural: atração do menino pela mãe.
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Atração adaptativa – permitirá que os instintos 
sexuais organizem um objeto de desejo adequado – 
fortalece a busca prazerosa de uma mulher / cria 
condições para o estabelecimento de um forte 
vínculo genital (posteriormente necessário para a 
sexualidade adulta) para a estabilidade de uma 
relação homem-mulher e para amar os frutos dessa 
ligação – para que os filhos sejam amados.
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Verbalizações e comportamentos infantis – refletem 
o padrão do vínculo amoroso que se estabelece.
Para Erik Erikson – crise psicossocial da iniciativa – 
o objeto de conquista do menino está no plano da 
fantasia e não pode ser alcançado, mas a energia 
para buscá-lo permanece.
Exs.: diz que quer se casar com a mãe, brinca de 
pequeno homem ou pequeno herói, é guerreiro, 
utilizando um pedaço de pau como espada......
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O triângulo edípico: 
Estabelecido o vínculo sexual com a mãe – o pai 
emerge como figura repressora / interdita a 
conquista da mãe pelo filho / alterna entre a 
imagem de amor e modelo e de inimigo.
Na fase anal – os vínculos amorosos alternavam-se 
entre pai e mãe.
Na fase fálica - pai e mãe são percebidos juntos.
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Essa ambiguidade permitirá ao menino organizar os 
modelos básicos de suas relações com o amor e a 
lei – com o desejo e a organização social.
Uma figura masculina frágil desvalorizada pela 
mãe- jamais será um modelo a ser seguido ou um 
competidor a ser levado em conta. 
A mãe frígida, castradora ou assustada diante da 
masculinidade jamais poderá apresentar ao filho a 
figura de um pai.
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No plano da realidade: 
Mãe parceira sexual do pai.
A criança não conhece o relacionamento sexual – 
mas alguma coisa boa está sendo realizada com a 
mãe pelo pai.
O pai é o todo poderoso – trabalha, provedor, 
recompensa, castiga, protege, decide, impõe
normas de vida ao filho - impõem um sentimento 
de impotência – simultaneamente um sentimento 
de proteção, amor e desejo de ser como ele.
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Um pai psicologicamente sadio saberá preservar-se 
como representante da lei, permitindo ao filho que 
no plano lúdico estabeleça seus combates (jogar, 
lutar, ganhar, perder...) Manterá
preservado e claro 
o amor que sente pelo filho – amor paternal.
No plano da fantasia: emerge a figura do pai – 
senhor absoluto do grupo e interditor da posse das 
mulheres.
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O temor da castração: 
A etapa fálica trouxe a valorização do genital 
masculino.
O pênis traz prazer do erotismo, poder, conquista, 
mas também temor da castração que surge 
violento – perda do que simboliza – poder, 
atividade, conquista... e o menino desenvolve 
meios de proteção contra a ameaça paterna. 
Exs.: ameaças para os adultos (ingênuas) “vou 
cortar seu pipi” , para as crianças soam trágicas.
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O menino desenvolve meios de proteção contra a 
ameaça paterna. Mecanismos básicos de defesa:
 
. Identificação: para se proteger do temor, 
identifica-se com a figura que o ameaça. Sendo 
igual à ela, não precisa temê-la.
Não imitará os valores e atitudes do pai, mas 
sentir-se-á como tendo essas características que 
serão introjetadas.
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É um processo necessário no início da vida, quando 
a criança está assimilando o mundo. Mas 
permanecer, impede a aquisição de uma identidade 
própria.
. Repressão: é o processo pelo qual se afastam da 
consciência conflitos e frustrações demasiadamente 
dolorosos para serem experimentados ou 
lembrados, reprimindo-os e recalcando-os para o 
inconsciente.Esquecemos o que é desagradável.
 
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A energia presente na atração sexual pela mãe fica 
impossibilitada de se realizar ou descarregar.
Energia – acúmulo de tensão / prazer – descarga 
da energia.
Vai buscar outros caminhos para obtenção do 
prazer.
.Sublimação: redirecionar pulsões ou impulsos que 
são pessoal ou socialmente inaceitáveis para 
atividades construtivas, produtivas.
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A energia sexual é transformada em atividades 
sociais, culturais e intelectuais.
A energia da criança será dirigida para a evolução 
dentro do mundo do conhecimento e das relações 
interpessoais. 
A fase fálica começa a se encerrar – surge o 
período de latência – momento das aquisições na 
conquista do real.
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Formação do superego:
com a repressão da sexualidade, fica introjetada a 
regra fundamental da existência do grupo humano: 
O tabu do incesto. O pai é da mãe / a mãe é do 
pai/ compreensão dos direitos e deveres.
É o herdeiro do complexo de Édipo – a criança 
antes dirigida por normas externas – agora orienta-
se com base num referencial interno.
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Superego estruturado em duas dimensões:
Ego ideal – internalização dos valores almejados – 
nos mobiliza para a conquista social, intelectual, 
organização social que sentimos justa. 
Consciência moral – internalização do proibido, do 
tabu.
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O comportamento psicopático é característico da 
inexistência de um superego adequadamente 
estruturado.
A organização da sexualidade feminina em Freud:
Jung dá para a caracterização do feminino – Electra 
recusado por Freud.
A menina vivencia a relação fálico/castrado.
O conhecimento da vagina é inexistente para a 
criança.
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A erotização clitórica levará a menina a fantasiar a 
posse de um pênis.
O clitóris configura-se como um pênis diminuto que 
tenderia a crescer.
Como o pênis não aparece, não cresce, a menina 
descobre-se castrada e não descobre ainda a 
feminilidade, mas quer conquistar o órgão 
valorizado.
É o pai o representante fálico e a menina dirige sua 
afetividade para o pai.
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Não é o pai diretamente buscado, mas a força do 
poder.
Fica claro o vínculo existente entre o pai e a mãe, é 
a mãe quem o atrai e a menina passa então a 
imitá-la – mecanismo de identificação.
Descobrindo que é castrada – duas soluções 
patológicas, segundo Freud:
. Assustar-se diante da comparação com o fálico – 
reprimir a sexualidade como um todo e com isto 
reprimir os valores nesse momento associados à
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sexualidade masculina. A mulher renuncia à 
ativação clitórica, tornando-se sexualmente fria, 
passiva e dependente.
. Mulher nega a realidade, agarra-se firmemente à 
fantasia de ser fálica e nela permanecer. Vivenciará 
valores e modelos masculinos, ativos, dominadores.
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A organização da sexualidade e identidade feminina 
é gradual – transição da sexualidade clitórica para a 
vagina. Possui dois fechos:
. A gratificação progressiva da erotização vaginal 
permite uma renúncia à ativação clitórica e o 
abandono da postura fálica inicial. A mulher pode 
agora incorporar a vagina em sua organização da 
feminilidade.
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. A vinda de um filho que pode confirmar a 
fertilidade – fantasia básica da feminilidade.
Filho homem – em fantasia, teria conseguido um 
pênis.
O desejo e a interdição, o id e superego não são 
adequadamente organizados por um ego frágil. 
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Patologia: Histeria – os principais sintomas são a
somatização e fobias.
Após a puberdade – a evolução afetiva vai se 
organizando – encerramento da fase fálica e início 
do período de latência – pontos de fixação que 
podem originar patologias.
A morte de uma pessoa amada – angústia intensa – 
regressão.
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Na criança – sintomas a nível corporal – 
perturbações emocionais atuam diretamente na 
compreensão das relações do mundo externo e nas 
vivências interpessoais.
Dispraxias – disfunção motora neurológica que 
impede o cérebro de desempenhar os movimentos 
corretamente.
Dislexias – dificuldade nas áreas da leitura, escrita, 
soletração - problema visual, envolvendo o 
processamento da escrita no cérebro. 
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Hiperatividade - excesso de comportamentos, em 
relação às outras crianças, além de dificuldade em 
manter a concentração, impulsividade e agitação. 
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