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Gestão de Desempenho aulas 1 a 3

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AULA 01: AS ORGANIZAÇÕES E O AMBIENTE QUE ELAS VIVENCIAM
Introdução:
“Não existe nada mais difícil, mais perigoso de conduzir, ou mais incerto em seu sucesso, do que liderar a introdução de uma nova ordem das coisas.” Niccolò Machiavelli, 1469-1527
“Tudo flui e nada permanece parado.”
“A mudança é constante e inexorável.”
“Você não consegue se banhar duas vezes na mesma água do mesmo rio, pois outras águas e ainda outras vão fluindo...” Heráclito, fragmentos.
Como podemos observar, o ambiente em que vivemos está em constante mudança e isso significa que devemos estar preparados para que elas não tenham um impacto negativo nos nossos resultados.
Estar sempre preparado é o que garantirá o sucesso ou insucesso das organizações.
Quem perceber a necessidade de mudança e a fizer de forma rápida e eficaz levará vantagem perante os seus concorrentes e ganhará credibilidade dos seus clientes.
Se pensarmos como Ford (Henry Ford) na sua célebre frase: “você pode adquirir qualquer carro, desde que seja Ford, da cor preta e modelo T”, chegaremos à conclusão de que o cliente não tinha opções. 
Hoje, essa realidade é completamente diferente. Estamos verificando a existência de um número cada vez maior de ofertas de produtos muito bem elaborados, com uma qualidade que atende aos requisitos dos clientes a um preço atraente e outras características que fazem com que o cliente tenha várias opções para satisfazê-lo.
Benjamin Curiat, em seu livro “Pensar pelo avesso”, retrata a sua experiência vivida no Japão, quando foi adotada uma posição em que as organizações se colocavam no lugar dos seus próprios clientes.
Pensar pelo avesso significa pensar de forma contrária à de Ford.
O que ELES realmente querem e desejam adquirir. O que EU realmente quero e desejo adquirir. Colocar-se diante do “balcão de vendas” e não atrás dele. Fazer-me cliente de mim mesmo.
Essa foi a grande quebra de paradigma. O foco do cliente. 
E agindo dessa forma, as organizações começaram a se preocupar com o ambiente em que atuavam, começaram a conhecer melhor os relacionamentos entre os dois ambientes (externo e interno) e no próprio ambiente interno.
Esta é a representação mais básica de uma organização com os seus relacionamentos.
Podemos notar que qualquer organização não sobrevive sozinha. Há a necessidade de receber insumos ou recursos para que os mesmos sejam transformados pela organização em produtos finais (bens ou serviços) que são apresentados no ambiente externo (mercado e acionistas).
Por que os acionistas? São pessoas que investiram na organização e ela tem a obrigação de apresentar a eles os resultados obtidos pela mesma. 
Por que o mercado? É a ele que a organização vai apresentar o produto e, desta forma, garantir ou não a permanência da mesma.   
As setas que retornam são mais conhecidas como feed-back ou retroalimentação. Elas significam um retorno a um momento anterior para dar qualquer tipo de informação. 
Hoje esse retorno (feedback) deve ser tratado como uma oportunidade de aprendizagem, ou seja, verificar o resultado obtido e fazer um questionamento. O resultado foi positivo ou negativo? 
Se o resultado foi positivo, o que pode ser feito para que haja um processo de melhoria. Como podemos melhorar e / ou aumentar o nosso desempenho.
Se o resultado foi negativo, verificar o que ocasionou o erro, corrigir para que essa situação, já vivenciada, não se repita.
Pois bem, a isso chamamos de LIÇÕES APRENDIDAS (vide www.google.com.br – PMI – Gestão de Projetos - a importância de documentar as Lições Aprendidas).
O que queremos dizer é que devemos perceber o que ocorreu, se acertos ou erros. Se forem acertos, procurar melhorar. Se forem erros, identificar o que ocorreu, o que causou esse erro, corrigir, documentar e disseminar para que todos tenham ciência do que está ocorrendo.
Para que se possa fazer uma análise da organização é preciso que saibamos como ela se posiciona, como se relaciona com os módulos que compõem o ambiente que elas vivenciam.
A seguir, uma representação desses relacionamentos.
Podemos iniciar a análise do gráfico verificando a entrada de insumos para a organização. Ela, por sua vez, com a capacidade de desenvolver um produto, oferece ao mercado receptor que aceita ou não. 
Essa aceitação pelo mercado receptor (cliente) só se dará se esse produto for desenvolvido de forma a atender plenamente o desejo e a expectativa do mesmo.  
O que garantirá essa aceitação é a resposta que o cliente dará à organização, através do pagamento do produto adquirido.
Esse processo aqui descrito é o que acontece em todo mercado competitivo. Existem várias ofertas de produtos ao mercado e quem tiver a melhor oferta garantirá a sua permanência.
Esse processo é o que acontece sempre. Alguém recebe insumos, desenvolve um produto e oferece ao mercado receptor.
Se todos agem dessa maneira, o que se pode fazer para criar um diferencial competitivo?
Uma das estratégias é fechar uma parceria com o fornecedor para garantir sempre o melhor insumo, no momento certo, a um preço acessível.
Por outro lado, para que o cliente seja atendido em suas expectativas e necessidades é preciso criar uma estratégia que o “aproxime” da organização. Hoje já existem várias formas de aproximar os clientes das organizações.
É o “pensar pelo avesso” de Benjamin Curiat. 
Nesse caso, o conceito de Lições Aprendidas é perfeitamente aplicado.
O módulo da Concorrência, pelo que se pode notar, está em todo o processo, vai desde o mercado fornecedor até o mercado receptor. 
No módulo de Órgãos Regulamentadores fica evidenciado que é necessário haver regulamentos e legislações para que a organização atue. Entre os órgãos regulamentadores, estão os governos (nos três níveis – federal, estadual e municipal), os conselhos regionais, agências regulamentadoras, etc.. 
E finalmente o módulo da Organização. Ele é composto basicamente de uma estrutura organizacional que possibilita à organização desenvolver todas as suas atividades, traduzidas no gráfico como fluxos das ações e o tipo de gestão que é utilizado para obtenção dos melhores resultados e aumento de desempenho.
Reco-Reco – É uma estratégia de motivação desenvolvida para que os colaboradores tenham uma maior participação nas ações ou projetos desenvolvidos. 
Reco-Reco significa: RECONHECER e RECOMPENSAR .
Como falamos anteriormente, o mercado está muito dinâmico e cada vez mais competitivo.
Diante dessa realidade, as organizações estão adotando estratégias que venham a garantir a sua posição no mercado e buscar novos negócios.
Essa estratégia é buscar no mercado em que ela atua as oportunidades de novos negócios (ONN).
Essa representação nos mostra como a organização deve agir na busca de oportunidades de novos negócios. 
Percebe-se que a organização está dividida em três níveis hierárquicos: a Alta Administração (AA), o nível intermediário (Gerencial ou Tático) e o nível operacional.
A preocupação da AA é identificar no ambiente externo (acima da linha pontilhada) as oportunidades de novos negócios e, ao mesmo tempo, verificar internamente a capacidade da organização em absorver e atender essas oportunidades.
Isso é verificado nos três níveis. Toda a organização deve estar envolvida.
O questionamento que se faz é o seguinte: Temos capacidade para absorver essa nova oportunidade?
A resposta a ser dada, deve ser tal, que possibilite à AA voltar ao ambiente externo, a tempo de ainda “brigar” por essa oportunidade. 
Se a resposta demorar muito, pode ser que a oportunidade tenha passado ou, pior, alguém foi mais rápido e conseguiu absorvê-la.
Podemos concluir, então, que oportunidade é algo que todos estão à busca e que deve ser percebida, absorvida, fazendo com que a Oportunidade de Novos Negócios (ONN) se transforme em Novos Negócios (NN).
Conclusão:“Você não consegue se banhar duas vezes na mesma água do mesmo rio, pois outras águas e ainda outras vão fluindo...”
AULA 02: CONCEITOS E OBJETIVOS
AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO
CONCEITUAÇÃO
Avaliação: segundo Aurélio, é levantar valores, avaliar as competências, as metas e os parâmetros estabelecidos para obtenção de resultados desejados.
Desempenho: é a ação ou um conjunto de ações, de uma pessoa , dirigida a obtenção de um resultado específico (ou conjunto de resultados), que tem lugar a um momento particular e está condicionada por um conjunto de fatores que formam seu contexto.
Para um bom desempenho é necessário estabelecer determinadas ações direcionadas a metas, tais como:
a) Explicação necessária por meio de metas.
b) Adequadas a normas e padrões culturais.
c) Passíveis de julgamentos, em termos de adequação e eficiência.
AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO:
É o processo através do qual uma ou mais pessoas formulam julgamentos sobre o desempenho dos outros, através dos seguintes itens:
a) Observação sistemática de comportamentos e ações realizadas.
b) Registro de Incidentes Críticos.
c) Utilização de instrumentos e/ou escalas.
d) Critérios de desempenho satisfatórios.
OBJETIVOS PRINCIPAIS:
A avaliação de desempenho é importante para as organizações, pois auxilia o gestor nos processo decisório e tem como objetivos principais:
Aferir os níveis de produtividade individual – Esse item é importante porque todas as pessoas envolvidas em qualquer atividade nas organizações devem ter como base o que fazer, como fazer e o que se espera dessas ações.
Aferir os níveis de produtividade organizacional – Os níveis de produtividade organizacional devem refletir o somatório dos níveis de produtividade individual. Se o nível individual for considerado crítico, o nível organizacional terá como resultado um nível também considerado crítico.
Reavaliar tecnologia, procedimentos e materiais – Esse item é muito importante, pois avaliar o nível tecnológico que a organização utiliza e serve para comparar se as competências e as habilidades dos colaboradores que estão envolvidos nessas ações são compatíveis com o que a organização pratica.
Adequar os suportes internos às demandas externas – Essa adequação é fundamental, pois ela é que poderá garantir se a organização continuará atendendo às demandas do ambiente em que ela convive. O atendimento ou não dessas demandas poderá levar as organizações ao sucesso ou à sua morte.  
Aperfeiçoar políticas de incentivos e benefícios – Esse é outro item muito importante e que deve atender à maioria das reivindicações dos colaboradores. Os gestores começam a se preocupar com os seus colaboradores, proporcionando bem-estar e diferenciais, como uma política de retenção de talentos e incentivos não só financeiros, mas também de capacitação e promoções.
Reorientar metas, diretrizes e políticas – Esse item deve ser o reflexo dos resultados obtidos após os resultados da avaliação de desempenho. Isso significa que a organização deve estar sempre se preocupando em estar adequada com as metas estabelecidas e a sua real capacidade de atendê-las.
Subsidiar processo decisório – Todo processo decisório depende exclusivamente de informações. As decisões devem proporcionar aos gestores escolher alternativas que venham a atender aos objetivos e metas estabelecidas. O processo decisório está intimamente ligado ao realinhamento das estratégias, ajustando-se sempre que necessário a uma nova realidade.
A IMPORTÂNCIA DA AVALIAÇÃO PARA OS GESTORES
Podemos perceber claramente a importância da avaliação de desempenho como um instrumento impulsionador para:
Desenvolver habilidades de comunicação e discussão de objetivos: Diz respeito à necessidade que os gestores têm em discutir e difundir os objetivos a serem alcançados por todos os níveis organizacionais, levando-se em consideração as reais capacidades das mesmas em atingi-los. Somente desta forma será possível obter êxito.
 Negociar padrões de desempenho: Estabelecer padrões compatíveis com as competências dos colaboradores, tendo sempre como meta a obtenção dos objetivos individuais e organizacionais. Esses padrões servirão de parâmetros para que a organização se mantenha competitiva.
Identificar e diagnosticar problemas de desempenho: A avaliação de desempenho, como já foi dito anteriormente, deve ser um processo contínuo de monitoramento através de medições dos resultados obtidos, que possibilite aos gestores tomarem decisões que venham a atender os padrões de desempenho estabelecidos.
Elaborar planos de ação e planos de acompanhamento de carreiras: Esse item é de extrema importância. Planos devem ser elaborados através do pleno conhecimento do ambiente interno da organização, dos resultados obtidos e dos resultados desejados.
A CADA DEGRAU VOCÊ FICA MAIS PRÓXIMO DA SUA INDEPENDÊNCIA FINANCEIRA.
O Plano de Carreira é o caminho mais rápido para chegar ao sucesso profissional, ao mesmo tempo que para a organização significa: redução de riscos, diminuição da rotatividade, aumento da produtividade, qualidade dos serviços executados e ganhos financeiros.
Podemos perceber os principais objetivos da Avaliação de Desempenho:
a) Diagnosticar discrepâncias de desempenho.
b) Identificar necessidades de capacitação.
c) Validar sistema de promoção e carreira.
d) Avaliar e orientar políticas e diretrizes.
e) Apoiar processos de tomada de decisão administrativa.
f) Validar processo seletivo e apoiar sistema de acompanhamento de pessoal.
g) Orientar programas de desenvolvimento de pessoal e de higiene e segurança do trabalho.
Apoiar programas de mudança e desenvolvimento organizacional.
AULA 03: CONCEITOS E SISTEMAS
A representação ao lado nos mostra as empresas sendo vistas como um sistema aberto.
Com o advento da Teoria dos Sistemas, tornou-se uma realidade a percepção de que as organizações tivessem uma natureza sistêmica. 
A classificação ou conceito de sistemas abertos surgiu na Biologia, a partir do estudo dos seres vivos e de sua dependência e adaptabilidade ao meio em que vivencia.  
Entre a representação anterior e essa, podemos notar a inclusão das setas no sentido do resultado (produto final) para as minhas entradas ou insumos.
Essas setas são conhecidas como REALIMENTAÇÃO.
Elas significam uma reentrada ou retorno ao sistema dos resultados alcançados e que passam a influenciar todas as ações de funcionamento da organização.
Ela atua basicamente como um mecanismo que permite à organização orientar-se em relação às expectativas e necessidades do ambiente externo e verificar se elas foram atendidas ou não.
Esse resultado (atendido ou não) é que garantirá que a organização se posicione no ambiente externo.
A REALIMENTAÇÃO também pode ser chamada de LIÇÕES APRENDIDAS.
Lições Aprendidas é algo que todos devem aprender. Diz respeito à jornada de melhoria contínua e aumento de desempenho.
Lições Aprendidas implica em aprender antes de fazer, enquanto fazemos e depois de ter feito. 
Lições Aprendidas são aquelas que temos condições de relatar, após ter executado uma atividade.
Lições Aprendidas é a constatação de algo que fugiu à normalidade. Nesse momento é preciso fazer uma análise do que ocorreu.
O que pode ter acontecido que gerou essa não conformidade ou uma conformidade? 
Nesse ponto é preciso reunir as pessoas envolvidas e refazer os planos. Aprender com os erros e com os acertos. Isso caracteriza uma Lição Aprendida.
Os procedimentos que os gestores devem executar são:
a) Identificação da situação;
b) Planejamento de uma ação corretiva;
c) Colher um resultado positivo ou negativo;
d) Registrar e distribuir o aprendizado.
A visão sistêmica de uma organização e atuação das pessoas como responsáveis na execução de atividades, que deverão atender às necessidades e expectativas do mercadoe acionista.
Essa representação nos mostra uma visão sistêmica de uma organização com os componentes característicos de um sistema (entrada, processamento e saída).
Podemos perceber uma estrutura vertical (por funções) e uma estrutura horizontal (por atividades).
Essa representação é muito útil para os nossos estudos de Gestão de Desempenho, pois nos mostra as pessoas envolvidas nas atividades e o quanto elas são importantes para o desempenho individual e organizacional.

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